Você está na página 1de 72

Manejo de Pragas na Cultura

do Milho
Pragas de Solo
Larva-Arame
Verdadeira larva arame- Conoderus spp. (Elateridae)

- Várias espécies e ocorrem no mundo todo.


- Adultos são besouros saltadores
- Coloração varia de marron claro a escuro
- Ovos são colocados no solo em grumos
- Larvas, +/- 2.5 cm, coloração amarelo-brilhante

Danos:
- Atacam preferencialmente sementes/raízes
Alimentam-se do embrião reduzindo germinação
- Pupas são frágeis com coloração branca.

- Ciclo- varia de 1 ano a vários anos.

-Controle- tratamento de sementes.


Coró-das-pastagens ou Bicho-Bolo

Inseto:
- Univoltino
- Escarabeidae
- Adultos- besouros grandes/revoada
- Larvas- causa danos, volumosas
com formato C.
- Monitoramento das áreas

Gassen (1986)
Corós
• Duas espécies de maior importância:
– Diloboderus abderus
– Phyllophaga sp
• Danos
– Se alimentam do sistema radicular – fase larval
– Reduzem o volume de raízes
– Reduzem população e produtividade
Larvas de Coró
Galerias e adulto de Coró
Diabrótica
• Monitorar durante o desenvolvimento da
cultura
• Surgimento na fase inicial até V10
– Alimenta das folhas – pequenos danos nesta fase
– Postura no sistema radicular – problemas
acamamento na fase de pré ou pós pendoamento
Danos Sistema Radicular
Danos Sistema Radicular
Lagartas cortadoras (Agrotis sp.)
Lagarta rosca- Agrotis ipsilon (Lep.: Noctuidae)
Adultos- mariposas pardo-escura com desenhos
nas asas anteriores, 4,0 cm envergadura.
Posturas- feitas no solo, preferências áreas sujas
Larvas- cinza escuro a marron-claro, a partir do 4o
instar o corpo fica liso e brilhante e mais escuro.

Danos plântulas- lagartas cortam no nível do solo


à noite e arrastam a parte aérea para galerias.
Plantas V2- larvas furam galeria na região do coleto
terminando pela destruição do ponto de crescimento
provocando o sintoma de “coração morto”.
Atenção- também as lagartas do cartucho e da aveia
podem causar esse mesmo tipo de dano e sintoma.
Lagartas cortadoras (Agrotis sp.)
Inseto
• Final de inverno / início de
primavera
• Lagartas atacam plântulas
• Monitoramento das áreas
Medidas Preventivas
• Maior intervalo entre manejo das
plantas hospedeiras (antecessoras)
e a semeadura do milho
Medidas Curativas
• Inseticidas piretróides em
pulverização do solo (IPS)
Lagarta-elasmo- Elasmopalpus lignosellus

Lagarta-elasmo-
Adultos- pequenas mariposas crepusculares
Comportamento- vôo rasteiro e respondem queimadas
Ovos- colocados isolados no solo, próximos plântulas
Predomina- solos leves e secos onde há brotações
Baixa densidades - sob boa condição umidade e PD.
Alimentação- polífaga, ataca gramíneas e leguminosas

Danos- larvas raspam a


folha e deslocam para o
coleto onde perfuram
galeria destruindo o
ponto de crescimento.
Larva-angora- Astyllus variegatus

Adultos- coloração geral amarela, a cabeça é preta


Életros amarelos com 5 pares de manchas negras
Vaquinha amarela- são encontrados nas flores
Alimentam-se de néctar, pólen e exudatos da planta

Gassen (1986)

Postura- é feita no solo em rachaduras.


Larvas- coloração marron e peluda
Alimentam-se da semente e coleto Gassen (1986)
Pupas- em câmaras subterrâneas
Percevejo-castanho- Scaptocoris castaneum

Adultos- 7-9 mm, marron-claro, pata fossorial


Habitat- no solo, migram à noite, solo fértil
Postura- feita no solo e as ninfas são brancas.
Danos- adultos e ninfas sugam raízes.
•Tanto as formas jovens e adultos são de hábitos subterrâneos;
•À noite voam para outros locais;
•Postura no solo em profundidades variáveis;
•variam de profundidade de acordo com a umidade do solo;
•exalam odor forte e desagradável;
•milho, sorgo, algodão, cana, arroz.
 DANOS:
•injetam salivas com toxinas e causam a extração de seivas das partes subterrâneas
de plantas.
Pragas da Parte Aérea
Percevejo Barriga Verde
Percevejo Barriga Verde
Percevejo Marrom
Percevejo Marrom
Percevejos
• Alojam-se embaixo da palha e em plantas daninhas remanescentes de
dessecações mal manejadas
• Pelo fato da cor do percevejo ser semelhante à palha, é de difícil
visualização na lavoura
• Introduzem seu estilete nas plantas de milho, sugam nutrientes e injetam
toxinas, resultando:
– plantas de milho anãs

– plantas perfilhadas sem produção

– plantas dominadas

– menor stand e a produtividade


Danos causados
pelo ataque de percevejos
Diferenças de ataque entre percevejos
Percevejo Barriga Verde
Fase inicial de desenvolvimento
Estilete comprido = maior dano ao ponto de crescimento
e possível perfilhamento

Percevejo Marrom
Fase inicial de desenvolvimento até formação de espigas
Estilete curto = dificilmente causando dano de
perfilhamento (baixas pressões)
Aumento de plantas dominadas e espigas reduzidas
Ocorre em maior intensidade em anos de maior
temperatura
Identificação tardia de danos
Plantas dominadas apesar de boa distribuição
Plantas dominadas apesar de boa distribuição
Plantas dominadas apesar de boa distribuição
Danos Severos Percevejo Marrom
Preparo das íscas para um talhão:

1º - Medir 500 ml (± 300 g) de grãos de soja

2º - Colocar num recipiente com água limpa e deixar por 10 – 15 minutos

3º - Escorrer a água

4º - Adicionar ½ colher (café) de sal de cozinha e misturar (obs: não colocar o sal na água, pois
exigiria maior quantidade). Medir novamente o volume dos grãos já umedecidos e dividir esse volume
em 10 partes (iscas) iguais.
Lagarta do cartucho – Spodoptera frugiperda

Descrição:
espécie polífaga
Y invertido na cabeça e 3 linhas no dorso
Presença de quatro pontos negros,
formando um quadrado, no dorso dos
últimos segmentos abdominais
Biologia:
O ciclo biológico se completa em um
mês, sob condições favoráveis de clima e
de alimento
A longevidade dos adultos pode chegar
a três semanas
Spodoptera frugiperda
O que aconteceria com a planta se a praga não
sofresse interferência de seus inimigos naturais?

Se após a postura as plantas fossem cobertas por


uma gaiola apropriada?
Lagarta do Cartucho
(Spodoptera frugiperda)
• Ovo: massa de 50 a 60 ovos;
• Ciclo Biológico: de 32 a 46 dias;
– Ovo – 4 dias
– Lagarta – 17 dias
– Pupa – 8 dias
– Longevidade do Adulto – 13 dias
– Pré-ovoposição – 3 dias;
– Bota cerca de 1000 ovos/fêmea
Identificação – Lagarta do Cartucho

Y invertido
Spodoptera frugiperda infestação tardia em
Milho Bt

Inserção da espiga

Espiga caída
Produtos e época de aplicação
Detalhes da aplicação
1. Umidade Relativa: maior ou igual a 60%;
2. Velocidade do Vento: menor que 13 km/h;
3. Hora do dia: normalmente para se atingir a
umidade relativa e a velocidade do vento
citada anteriormente, os melhores horários
são a noite, devendo ser evitado nos dias
quentes aplicar das 10 às 16hs;
4. Vazão: muito relativa de acordo com o bico,
mas é necessário se trabalhar com a maior
vazão possível.
Pulgões
Pulgão do Milho
• Pulgão do Milho – Rhopalosiphum maidis
• Praga secundária – sugadora de seiva
• Vivem em colônias – início por pulgões alados
• Adulto – gera até 10 ninfas/dia
• Danos severos quando associado à seca / alta temperatura no
pré-florescimento/florescimento
• Esterilidade induzida (ataque no florescimento)
• Diferenças de sensibilidade entre híbridos
• Podem transmitir vírus do mosaico comum
Pulgão do Milho
Pulgão do Milho
Pulgão do Milho
• Medidas de Controle:
– Recomendado quando o ataque coincidir com o
pré-florescimento
– Considerar 20% de plantas com mais de 100
pulgões (colônias) em condições de estiagem
– Controlado com neonicotinóide e piretróide
• Tecnologia de aplicação
– Época de monitoramento e aplicação (pré-
florescimento e início do enchimento de grãos)
– Modo de aplicação (Uniport ou Aviação)
Pulgão do Milho
Quando e como controlar ?

Monitoramento dos 30 aos 70 dias após germinação


(durante fase vegetativa) e início da fase
reprodutiva;
Considerar 20% de plantas com mais de 100
pulgões (colônias) em condições de estiagem;
Controlado com neonicotinóide e piretróide.

“Porém, não há produto registrado para cultura do


milho.”
Pragas das Espigas
Lagarta da espiga – Helicoverpa zea

Biologia:
 Postura realizada nos "cabelos" das espigas
 Eclosão em 3 a 5 dias, surgindo as lagartinhas de
coloração branca, com cabeça marrom. Inicialmente
alimentam-se dos "cabelos" novos ou estigmas; em
seguida atacam os grãos novos
 5 ínstares
 Lagarta adulta 40 a 50 mm de comprimento,
possuindo coloração variável como verde, marrom,
branco sujo e até preta com listras de duas a três cores
Danos:
 Atacando os cabelos, impede a fertilização e, em
conseqüência, surgirão falhas nas espigas
 Alimentando-se dos grãos leitosos, destrói os
mesmos
 Os orifícios deixados nos grãos leitosos facilitam a
penetração de microorganismos e pragas dos grãos.
Percevejo Leptoglossus (gaúcho)
Percevejo Leptoglossus (gaúcho)

Estilete
em ação
Percevejo Leptoglossus (gaúcho)
Helicoverpa armigera
Heliothis virescens x Helicoverpa sp

Foto: Pioneer Sementes Foto: Pioneer Sementes

Heliothis virescens Helicoverpa armigera


Lagarta da maçã do algodoeiro Lagarta do velho mundo
Heliothis virescens x Helicoverpa sp

Foto: Paulo Degrande


Heliothis virescens x Helicoverpa sp
• Heliothis Ochesenheimer, 1816 • Helicoverpa Hardwick, 1965
• Ovo – Adulto: 35 - 40 dias • Ovo – Adulto: 35 - 40 dias
• P. Incubação: 3 – 4 dias • P. Incubação: 2 – 5 dias
• P. Larval: 14 – 18 dias • P. Larval: 14 - 18 dias
• P. Pupal: 9 – 15 dias • P. Pupal: 12 - 18 dias
• Pupa no Solo • Pupa no Solo
• Longevidade: > 7 dias • Longevidade: > 8 dias
• 4 - 5 gerações/ano • 2 – 11 gerações/ano
• Legumes(soja, alfafa, feijão...), • Tomate, legumes(soja,
Estruturas de algodoeiro, linho, alfafa, grão de bico...),
Plantas daninhas panicula de sorgo e milheto,
Estruturas de algodoeiro,
espigas de milho, tabaco,
Plantas daninhas
Helicoverpa zeae x Helicoverpa armigera
• Somente com Análise Molecular para se ter
certeza.
Ovos
Helicoverpa armigera
...a partir do quarto
instar...

Protuberância em forma de sela

Inúmeros pelos brancos

Foto: Pioneer Sementes


Diversidade de cores
Ciclo Helicoverpa, Hardwick, 1965
•Ovo – Adulto: 35 - 40 dias
• 2 – 11 gerações/ano

•Ovo: 3-5 dias

•Longevidade: > 8 dias


•Larva: 14 - 18 dias

•Pupa: 12 - 18 dias
Principais Problemas no Milho
No Milho

Foto: Celso Omoto


Na Espiga do Milho

Foto: Pioneer Sementes


Preparando-se para empupar

Foto: Cecilia Czepak


Níveis de ação para o controle de Helicoverpa armigera
nas diferentes culturas com inseticidas químicos. Fonte
EMBRAPA 2013
MIP – Pragas Secundárias
• O sucesso no controle depende:
– Produtor
– Assistência Técnica
MIP – Pragas Secundárias
• O sucesso no controle depende:
– Produtor
– Assistência Técnica

Monitoramento

Você também pode gostar