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APRESENTAÇÃO:
Seja bem-vindo(a), caro leitor(a).
Sabe-se que um dos grandes impasses nos dias atuais para a manutenção do potencial
produtivo do trigo é o controle de insetos-praga, nesse sentido, uma das principais formas de controle
desses insetos é através da correta identificação das espécies, ou seja, usando do primeiro alicerce
para a tomada de decisão dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Neste e-book você irá ler as
descrições e danos dos insetos, também visualizar algumas fotos dos mais importantes insetos-praga
que ocorrem na cultura do trigo.
Importante ressaltar: jamais tenha como base esse e-book para tomar decisões de manejo,
sempre consulte um técnico responsável.
Boa leitura!
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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agrárias, foi fundada em Setembro de 2019. O principal intuito da
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anos, nasci e resido no pequeno município de Condor/RS.
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Sou Tecnólogo em Produção de Grãos (IFFar) e
atualmente faço mestrado em Entomologia, pela
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sociais para que de alguma forma eu possa contribuir conhecimento-agronomico
para a vida das pessoas, focando em informação de
relevância e principalmente conhecimento.”
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SUMÁRIO: @conhecimento_agronomico
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Pulgão-verde-dos-cereais
Schizaphis graminum (Rondani, 1852)
Descrição: S. graminum é considerada a mais importante, por sua alta
fecundidade, polifagia e injeção de saliva tóxica (GASSEN, 1988). Salvadori &
Tonet (2001) relatam que este afídeo prefere clima quente e seco, como o
encontrado na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Na interação
pulgão-trigo há certa sincronia entre espécie praga e estágio fenológico da planta.
Danos: Os prejuízos são maiores em anos de seca, para todas as espécies de
afídeos encontradas nos cereais. Os pulgões, de um modo geral, provocam
amalelecimento da superfície foliar, podendo, em muitos casos, quando o ataque
ocorre no início da cultura, dar origem a plantas raquíticas e mesmo levá-las à
Figura 02. Amarelecimento de folhas de trigo causado pelo Barley yellow dwarf
morte. Os maiores prejuízos resultam da transmissão do vírus do nanismo virus, agente causal do nanismo amarelo. Foto: Douglas Lau – Embrapa Trigo.
amarelo da cevada (VNAC).
A B C
Figura 01. A) detalhe da cabeça mostrando tubérculos antenais pouco desenvolvidos; B) detalhe dos Figura 03. Redução do crescimento de plantas de trigo devido à infecção por Barley
sifúnculos; C) aspecto geral do adulto áptero, com seta indicando antena de coloração mais escura que o yellow dwarf virus. As plantas no centro da reboleira foram infectadas no início do seu
corpo. Fotos: Paulo R.V.S. Pereira. desenvolvimento, sendo mais afetadas. Foto: Douglas Lau – Embrapa Trigo. 05
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Pulgão-do-colmo-do-trigo
Rhopalosiphum padi (Linnaeus, 1758)
Descrição: caracteriza- se por apresentar o corpo de forma piriforme,
coloração verde-oliva-acastanhada, normalmente com regiões
castanho-avermelhadas ao redor dos sifúnculos e entre as bases dos
sifúnculos; as antenas são curtas, com seis segmentos e de
comprimento maior que a metade do comprimento do corpo, sendo
que o processo terminal do segmento VI tem 4 a 5,5 vezes o
comprimento da base; as pernas e os sifúnculos (curtos e cônicos) são
de cor verde-acastanhada; normalmente, apresenta dois pares de
cerdas laterais; possuem tamanho variando de 1,2 a 2,4 mm de
comprimento. Esta espécie prefere se instalar nas folhas e nos colmos,
das plantas de trigo.
Figura 04. Rhopalosiphum padi adulto. A) antena; B) detalhe dos sifúnculos; C) aspecto
Danos: A sua ocorrência se dá principalmente na parte aérea das geral do adulto áptero. Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
plantas, onde suga o limbo foliar das espigas e da bainha das folhas.
Provoca amarelecimento das plantas, podendo, em ataques intensos,
causar até a morte.
Pulgão-da-folha-do-trigo
Metopolophium dirhodum (Walker, 1849)
Descrição: Os adultos sem asas têm entre 2 e 3 mm (0,08 a 0de
comprimento, esbelto, verde amarelado brilhante com uma faixa dorsal
mais escura. As antenas, pernas e sifunculos (tubos eretos voltados para
trás no abdômen) são relativamente longos e de cor pálida. Os
indivíduos alados têm entre 1,6 e 3,3 mm de comprimento e uma cor
verde uniforme. Os cereais usados por este pulgão como hospedeiros
secundários incluem trigo, cevada, aveia e centeio. Pesquisas na Nova
Zelândia mostraram que a cevada e a aveia foram mais afetadas por essa
praga do que o trigo, possivelmente porque as folhas inferiores de trigo,
nas quais os pulgões tendiam a se congregar, se tornaram senescentes
no início do ano, dando condições inadequadas para o crescimento Figura 06. Metopolophium dirhodum adulto. A) detalhe da cabeça mostrando
futuro de pragas. tubérculos desenvolvidos; B) detalhe dos sifúnculos; C) aspecto geral do adulto áptero.
Fotos: Paulo R.V.S. Pereira
Danos: Estes pulgões causam danos diretos pela sucção da seiva das
plantas, o que pode, em cereais de inverno, reduzir o número de grãos
por espiga, o tamanho do grão, o peso de grãos e o poder germinativo
das sementes . Além desses danos, os pulgões podem ser vetores de
viroses, principalmente do Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada
(VNAC).
Pulgão-da-espiga-do-trigo
Sitobion avenae (Fabricius, 1794)
Descrição: S. avenae é uma importante praga em sistemas agrícolas,
especialmente em climas temperados dos hemisférios norte e sul. Na forma
áptera, mede cerca de 1,3 a 3,3 mm e na forma alada, cerca de 1,6 a 2,9 mm
de comprimento. A coloração é determinada geneticamente, ou de acordo
com a resposta a fatores ambientais, incluindo a nutrição. Porém, a
coloração geral do corpo é verde amarelada, geralmente com mancha negra
dorsal, havendo predominância das cores verde e marrom (Pereira et al.,
2009). Este pulgão não apresenta hábito gregário quando se alimenta de Figura 08. Sitobion avenae. A) sifúnculos; B) aspecto geral do adulto áptero.
plantas jovens sobre as folhas (Beirne, 1972) e migra para a inflorescência Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
quando o trigo inicia o espigamento (Dean, 1974). Sua taxa de crescimento
em trigo é fortemente afetada pelo estágio de crescimento da planta
hospedeira, com a maior taxa de crescimento durante a alimentação em
grãos no estágio leitoso-maduro (Vereijken, 1979).
Danos: Devido ao hábito de se alimentar nas espigas, S. avenae causa dano
direto, na formação dos grãos, e dano indireto, devido o fato de ser vetor de
vírus (Bruehl, 1961). Com relação aos danos diretos, S. avenae pode causar
diminuição do número de espigas, além da redução do número de grãos por
espiga, redução do peso dos grãos e queda da viabilidade de sementes
(Reutappa, 1996).
A B C
Figura 09. Sitobion avenae. A, B e C) Infestação de pulgão nas espigas.
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Pulgão-preto-dos-cereais
Sipha maydis (Passerini, 1860)
Descrição: Os adultos ápteros são pequenos (1,0-1,9 mm); o corpo é
piriforme, achatado dorso-ventralmente e coberto de pêlos,
apresentando coloração marrom-escura brilhante na superfície
dorsal, que é totalmente esclerotizada. Os alados apresentam uma
placa dorsal escura sobre os tergitos abdominais 4 a 7 e medem
entre 1,3 e 2,0 mm. As ninfas têm a cabeça, tórax e abdômen
amarelo-alaranjado e olhos vermelhos.
Figura 11. Ninfas e adultos da espécie Sipha maydis. Foto: José Roberto Salvadori.
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Pulgão-da-raiz
Rhopalosiphum rufiabdominalis (Sasaki, 1899)
Descrição: Os adultos ápteros apresentam corpo arredondado e de
coloração verde-escuro a oliva, geralmente com manchas
avermelhadas ao redor e entre as bases dos sifúnculos; tamanho
variando de 1,2mm a 2,2mm de comprimento; antenas com cinco
segmentos, cerdas com comprimento maior que o diâmetro do III
segmento e processo terminal caracteristicamente curvo; cauda
curta, de cor negra e com dois pares de setas laterais.
a b
Figura 12. Infestação de Rhopalosiphum rufiabdominalis. Foto: Sunil Joshi & Poorani, J. Figura 14. Rhopalosiphum rufiabdominalis, (a) adulto; (b) Ninfas e adultos da espécie.
Foto: Sunil Joshi & Poorani, J..
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Pulgão-do-milho
Rhopalosiphum maidis (Fitch, 1856)
Descrição: Os adultos ápteros apresentam corpo alongado, de coloração amarelo-
esverdeado ou azul-esverdeado e com manchas negras na área ao redor dos
sifúnculos; tamanho variando de 0,9mm a 2,6mm de comprimento; patas e
antenas de coloração negra; tubérculos antenais pouco desenvolvidos; antenas
curtas e com seis segmentos, processo terminal do segmento VI com duas a 2,3
vezes o comprimento da base; sifúnculo com base mais larga que ápice, de
coloração negra e com constrição apical; cauda de coloração negra com dois pares
de cerdas laterais.
Figura 15. Rhopalosiphum maidis. A) antena; B) detalhe dos sifúnculos; C) aspecto geral
Danos: A praga ataca as partes jovens da planta, como o cartucho e as gemas
do adulto áptero. Fotos: Paulo R.V.S. Pereira.
florais, mas pode atacar o pendão também. O principal dano causado por esta
praga estão relacionados à transmissão do vírus do mosaico, que pode ocorrer
com qualquer densidade de população, principalmente quando as formas aladas
estão presentes, já que transmissão do vírus se dá por via mecânica, através da
picada de prova.
As populações do inseto ficam sobre as folhas, quando em altas densidades,
provocando murchamento das mesmas em época de seca, em virtude da intensa
atividade de sucção. Quando ocorre a infecção da planta pela transmissão do
vírus, estas apresentam sintomas no limbo foliar na forma de um mosaico de cor
verde claro sobre um fundo verde escuro.
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Figura 18. Características morfológicas de afídeos: A) antena-número de segmentos (I a VI), B) segmento antenal apical, C) aspecto e forma do corpo,
D) tubérculos antenais bem desenvolvidos e E) tubérculos antenais pouco desenvolvidos. Ilustrações: Paulo R.V.S. Pereira 12
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Lagarta-do-trigo
Pseudaletia sequax (Franclemont, 1951)
Descrição: O adulto é uma mariposa que mede a 30 a 35 cm de envergadura,
apresentando a coloração do corpo e asas anteriores semelhantes, sendo cinza amarelada
com sombreamento de pardo ate negro. As asas posteriores são maisclaras. Os ovos são
esféricos, branco amarelado, sendo colocado em linhas juntos uns dos outros. A lagarta no
primeiro estagio de seu desenvolvimento tem coloração verde, com listras dorsais e
longitudinais; lateralmente possui faixas brancas e amarelas.
Danos: As lagartas alimentam-se durante a noite ou dias nublados. Na presença de sol,
elas possuem o hábito de se protegerem na base das plantas, sob as folhas secas. Quando
não há mais alimento, migram para outras lavouras em grupos, sendo, por esta razão,
confundidas com a lagarta militar.
Devido ao hábito de postura aglomerada e preferência por áreas com plantas acamadas
ou com maior vigor vegetativo, as lagartas causam danos iniciais em pequenas áreas na Figura 18. Lagarta em 6º instar da espécie Pseudoaletia sequax.
lavoura. Foto: Centro de Microscopia Eletrônica de Varredura (UFPR).
Em trigo, consomem o limbo foliar, arista e espigueta, permanecendo, algumas vezes,
somente o colmo e parte do ráquis das plantas. Na fase de maturação, é comum
observarem-se as espigas dos afilhos mais atrasados, cortadas e caídas no solo.
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g
a d
h
b e
c f
Figura 20. (a) oviposição/posturas dos ovos; (b) larvas de 1º instar; (c) larva de 2º instar; (d) larva de 4º instar; (e) larva de 5º instar. (f) pupa; (g) adulto (mariposa) macho; (h)
adulto (mariposa) fêmea. Escala, 5 mm. Fotos: Centro de Microscopia Eletrônica de Varredura (UFPR). 14
Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
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Lagarta-do-trigo
Pseudaletia adultera (Schaus, 1894)
Descrição: A mariposa possui asas de coloração pardo-acinzentada uniforme e aspecto
estriado, apresenta também um pequeno ponto esbranquiçado no centro da asa anterior.
A oviposição ocorre sobre folhas e colmos, que são protegidos por uma substância viscosa.
As lagartas são pardo-escuras, com várias estrias pelo corpo, apresentam seis ínstares,
sendo que, até o segundo ínstar, caminham como se estivessem medindo palmo, e no
último ínstar, adquirem a capacidade de migrarem da cultura atacada.
A fase de pupa ocorre no solo e apresenta coloração marrom. O ciclo biológico dessa
praga pode variar de 25 a70 dias.
Danos: As lagartas alimentam-se durante a noite ou dias nublados. Na presença de sol,
elas possuem o hábito de se protegerem na base das plantas, sob as folhas secas. Quando
não há mais alimento, migram para outras lavouras em grupos, sendo, por esta razão, Figura 21. Lagarta da espécie Pseudoaletia adultera.
confundidas com a lagarta militar. Foto: Lucas Rubio.
Em trigo, geralmente tem preferência por consumir o limbo foliar, em alguns casos de alta
infestação podem atacar a espigueta, permanecendo, algumas vezes, somente o colmo e
parte do ráquis das plantas. Na fase de maturação, é comum observarem-se as espigas dos
afilhos mais atrasados, cortadas e caídas no solo.
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Figura 25. Danos de Spodoptera frugiperda em trigo. (a) dano da lagarta rente ao solo, diretamente no colmo da planta; (b) raspagem em folhas de
trigo; (c) lavoura após infestação de lagartas da espécie. Fotos: Alessandro Braucks.
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Tripes
Caliothrips brasiliensis (Morgan, 1929)
Descrição: São insetos muito ágeis e pequenos, com geralmente medindo de 2 a 3
mm de comprimento na fase adulta. Os adultos possuem coloração escura com asas
translúcidas e franjadas, essa espécie possui uma listra branca nas asas, o que facilita
sua diferenciação das demais espécies. As formas jovens são mais claras e áptera.
Vivem em colônias nas folhas e nas brotações que. O ciclo biológico dura cerca de 15
dias. Figura 26. Tripes da espécie Caliothrips brasiliensis em folha de trigo.
Foto: Marcelo Roberto Zakseski.
Danos: Alimentam-se da seiva das plantas nas fases ninfal e adulta. Para isso, raspam
a superfície foliar (figura ) e sugam a seiva que extravasa. As folhas infestadas ficam
prateadas em razão dos ferimentos. Também podem ter sua consistência alterada,
ficar quebradiças e arqueadas e cair prematuramente quando em alta infestação.
Esses danos raramente causam prejuízos significativos. Em períodos de temperatura
baixa e estiagem, o manejo fitossanitário deve ser ainda maior, pois essas condições
favorecem o inseto.
Figura 26. Tripes da espécie Caliothrips brasiliensis em folha de trigo. Figura 27. a) Caliothrips brasiliensis adulto; b) ninfa. Foto: Paulo R.V.S.
Foto: Marcelo Roberto Zakseski. Pereira. 18
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Figura 28. Danos de tripes em folhas de trigo. a) Caliothrips brasiliensis adulto; b) raspagem nas folhas: (1) tripes, (2) S. frugiperda. Fotos: Marcelo Roberto Zakseski.
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a b
Figura 30. Coloração do abdômen de fêmeas de Dichelops furcatus: (a)
marrom-acinzentada, predominante em condições de temperaturas
baixas (inverno); (b) verde, presente em condições de temperaturas
altas (verão). Foto: Lisonéia Fiorentini Smaniotto.
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Figura 36. Vista lateral do Thyanta perditor adulto. Foto: Garcia Quesada. Figura 38. Thyanta perditor. (a) postura/ovos; (b) ninfa 3º instar. Fotos: Jade L. Fortnash.
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Percevejo-raspador, percevejo-do-capim ou
percequito, Collaria scenica (Stal, 1859)
Descrição: Os espécimes adultos do percevejo-raspador-das-pastagens medem aproximadamente
6mm de comprimento, têm os olhos compostos situados nas laterais da cabeça, apresentam o
corpo delgado e de coloração marrom-escura, com porções das asas e das pernas mais claras. No
Sul do Brasil, o ciclo biológico do percevejo-raspador normalmente se completa em 30 a 40 dias,
viabilizando o desenvolvimento de até sete gerações anuais (Carlessi et al., 1999; Oliveira et al.,
2010). Essas características biológicas explicam por que a população dessa praga pode aumentar
rapidamente em curto espaço de tempo.
Danos: Em geral, ataca as folhas em diferentes estádios de desenvolvimento das plantas. Para se
alimentar, rompe as células do tecido foliar, provocando o aparecimento de manchas
esbranquiçadas, diminuindo, com isso, a área fotossintética das plantas (Costa 1958, Gassen 1996,
Kalvelage 1988).
Figura 39. Raspagem em folha de trigo ocasionado pelo percevejo-raspador (Collaria scenica). Figura 40. Thyanta perditor adulto.
Foto: Luís Antônio Chiaradia. Foto: Luis Gerardo Cubillos Quijano.
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Foto 41. Formiga saúva cortando folha de uma gramínea. Foto: Marcos Paulo de Pinho Flecha / MilkPoint. Figura 42. Adulto da espécie Atta sexdens píriventris.
Foto: Luiz Vaiper.
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Figura 43. Formiga quenquén (Acromyrmex spp.). Foto: Dreamtime Nature Photography.
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Pupa
Abrigo Lagarta
Figura 44. Abrigo, lagarta e pupa, Elasmopalpus lignocellus. Foto: John C. French. Figura 46. (a) e (b) Adulto E. lignocellus. Fotos: Jerry Powell (a) e Jon Hart (b).
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a b a b
Figura 47. (a) danos/raspagem na folha; (b) galeria formada pela larva de L. bonariensis. Figura 49. (a) ovos; (b) larva abrigada dentro do colmo. Fotos: AgPest.
Fotos: (a) AgPest; (b) SL Goldson - MAFTech, Lincoln. 28
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VEREIJKEN, P. H. Feeding and multiplication of three cereal aphid species and their effect on yield of winter wheat. Agricultural Research Reports, v. 888, n.
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Guia de Identificação de Insetos-praga na Cultura do Trigo – Marcelo Roberto Zakseski / Conhecimento Agronômico
Guia de identificação de insetos-praga na cultura do trigo
Autor: Marcelo Roberto Zakseski
Edição: Conhecimento Agronômico, 2020