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Wilson Fernandes

CULTIVANDO SAÚDE
Plantas Alimentícias Não Convencionais - PANC

Mais sementes de Sustentabilidade


Para Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu, 2023


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As Plantas Alimentícias Não Convencionais se caracterizam pela rusticidade


diante de fatores climáticos adversos, como as longas estiagens que vem se
tornando mais frequentes, e com intervalos cada vez menores. As PANC, assim
chamadas, possuem fatores nutricionais mais elevados que a grande maioria
dos vegetais tradicionais encontrados nas mesas dos brasileiros. São plantas
conhecidas como “alimentos Funcionais”, a exemplo da Beldroega, Peixinho da
Horta, Capuchinha, Caruru, Ora pro nobis, Taioba, Chaya, Cansanção, entre
outras, que além dos altos valores nutricionais, apresentam Compostos
Bioativos de suma importância para o desenvolvimento seguro e saudável de
crianças, jovens e adultos. Também auxiliam para envelhecimento digno dos
idosos.
Os Compostos Bioativos se caracterizam pelas propriedades benéficas para a
saúde, contribuindo na prevenção e no tratamento de doenças, como
hipertensão, diabetes, Alzheimer, catarata e câncer.
Várias das espécies PANC são hoje utilizadas na composição de suplementos,
de fármacos ou ingeridas por meio da alimentação.
O Projeto Cultivando Saúde nasceu na Empresa Foz Tropicana Parque de Aves,
em março de 2020, no início da Pandemia do Covid 19. A proposta inicial era o
cultivo de plantas alimentícias não convencionais, abordando suas respectivas
propriedades nutracêuticas (nutritivas e farmacêuticas), para então serem
inseridas na alimentação dos Colaboradores da Empresa e, oferecer uma
experiência sustentável e gastronômica aos visitantes do Parque das Aves.
A reunião sobre a criação do projeto se deu em frente ao recinto dos Papagaios
do Congo, espécie da avifauna que deu origem ao Atrativo Turístico do Parque
das Aves em 1994. Neste encontro estava a CEO da Empresa, Carmel
Croukamp, que sugeriu o projeto, e Wilson Fernandes, Biólogo da Empresa.
Iniciou-se então a aquisição de sementes de várias espécies de Panc, como
hibisco roxo, hibisco vinagreira, camapu, quenafe, chuchu de vento, couvinha do
mato, lulo, couve crespa, feijão borboleta, capuchinha, bucha, almeirão roxo,
huacatay, serralha, feijão andu, moringa, celósia, entre outras. Também foram
adquiridas com auxílio dos Colaboradores do Parque das Aves, mudas de ora
pro nobis, taioba, inhame, cana do brejo, beldroega, melão de São Caetano,
begônia, major gomes, trapoeiraba, assa peixe, peixinho da horta, erva jabuti,
azedinha, urtigão, bertalha coração e bertalha roxa.

Algumas PANC espontâneas foram coletadas na forma de sementes, como


picão preto, trançarem, dente de leão, caruru, almeirão do campo e urtiga mansa.
Flores, folhas e frutos de algumas PANC que fazem parte da Flora do Parque
das Aves também foram utilizadas em receitas para verificar a aceitação junto
aos Colaboradores, como Paineira, abutilon, lanterna chinesa, primavera,
jaracatiá, uvaia, pitanga, cereja do rio grande, cipó trombeta e tumbérgia
arbustiva. Ressalta-se que todas as espécies citadas no presente projeto estão
descritas em documento contendo informações botânicas e nutracêuticas com
as respectivas fontes. Estas informações foram retiradas de revistas e artigos, ambos
científicos.
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Os plantios se concentraram nos jardins do Parque das Aves e na chácara da Empresa.


Em novembro de 2020 algumas espécies de PANC começaram a ser servidas no
refeitório da Empresa, e alguns pratos começaram e ser oferecidos para os visitantes,
como o assa peixe e ora pro nobis.

Risoto com caruru

Carne de panela com Caruru


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Farofa de Caruru e salada com folhas de hibisco roxo

Torta de legumes com Caruru


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Maionese com folhas de beldroega, saladas com almeirão roxo, folhas e flores
de capuchinha

Lasanha com folhas de peixinho da horta


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Farofa de coração de bananeira e omelete com folhas de azedinha

Panqueca com folhas de major gomes


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Escondidinho com flores de hibisco colibri

Chipaguazú com folhas de urtigão e urtiga mansa


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Flores comestíveis utilizada na composição de pratos

Espécies Panc utilizadas em saladas In natura


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Salada do Bem-Estar com folhas de kale e flores de capuchinha

Pratos com Panc servidos aos visitantes do Parque das Aves


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Sucos e chá sucos com flores de fada azul e capuchinha


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Parceria com 14º Batalhão da Polícia Militar (Horta Solidária)


Durante os plantios e pesquisas, notou-se a grande versatilidade, rapidez de
crescimento e resistência destas plantas contra herbivoria e estiagem.
Pesquisando também os benefícios destas plantas contra processos
inflamatórios, degenerativos e de desnutrição, observou-se a importância destes
vegetais como complementos nutricionais devido aos altos valores de minerais,
proteínas, vitaminas e fibras, que poderiam ser agregados na alimentação de
crianças e idosos, principalmente nos grupos de baixa renda. Diante disso, em
fevereiro de 2021 o biólogo Wilson sugeriu a diretoria do Parque das Aves uma
Parceira com o 14 Batalhão da Policia Militar de Foz do Iguaçu, que abriga o
projeto Horta Solidária.

Contextualizando o Projeto Horta Solidária.

O Projeto Horta Solidária teve início em março de 2017, a partir de uma parceria
firmada entre a Justiça Federal, 4ª Vara Federal e o 14º Batalhão da Polícia
Militar, atuante na cidade de Foz do Iguaçu/ PR.
A realização do projeto Horta Solidária tem como objetivo tornar eficaz o
cumprimento da prestação de serviços comunitários pelos condenados
encaminhados pela Justiça Federal, empregando-os na atividade com a
produção de hortaliças para o consumo de entidades previamente cadastradas,
tais como escolas e creches, que atualmente, totalizam mais de 10.000 refeições
por semana.
O 14º BPM se dispôs a desenvolver o Projeto Horta Solidária cultivando
hortaliças no sistema hidropônico mediante mínima intervenção química,
contemplando ainda os três vieses da Sustentabilidade: social, econômico e
ambiental. Já os recursos financeiros são oriundos das penas de prestação
pecuniária e são destinados de acordo com a necessidade do projeto de maneira
pontual ao batalhão, para desenvolvimento e manutenção.

A primeira reunião com o Parque das Aves e o 14º Batalhão da Policia Militar
objetivando o cultivo das Plantas Alimentícias Não Convencionais ocorreu em 09
de fevereiro de 2021. Presentes nesta reunião estavam os oficiais Soldado
Ferraz, grande conhecedora e incentivadora das plantas medicinais e das
PANC, Soldado Juliane, Cabo Renildo e Cabo Brás, Sargento Matte e Capitão
Dal Pozzo, também um grande incentivador do cultivo de PANC. O Parque das
Aves estava representado pelo biólogo Wilson. Foi sugerido o cultivo destas
plantas no sistema de hidroponia. A ideia era acompanhar o desenvolvimento
das PANC nesta forma de cultivo para replicar futuramente em outras
Instituições.
O processo de hidroponia apresenta várias vantagens em relação às formas de
cultivo tradicionais, como: crescimento mais rápido; maior produtividade;
aumento da proteção contra doenças, pragas e insetos nas plantas; economia
de água de até 70% em comparação à agricultura tradicional; possibilidade de
plantio fora de época, assim como menores riscos perante as adversidades
climáticas.
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Em comum acordo com os planos e objetivos, nasceu nesta data de 09 de


fevereiro de 2021 a Parceria do Parque das Aves com o 14 Batalhão de Policia
Militar de Foz do Iguaçu.

Neste primeiro ano de parceria foram levadas para o 14 Batalhão da PM


sementes e mudas de algumas PANC para iniciar o cultivo no sistema de
hidroponia; couve kale, major gomes, azedinha, capuchinha, peixinho da horta e
beldroega.
De início algumas espécies não obtiveram sucesso neste sistema, como a
capuchinha e peixinho da horta.
Já as variedades de couve kale crespa e de toscana, espécies como beldroega
e azedinha se desenvolveram de forma que impressionou a todos os envolvidos.

Cultivo de beldroega (Portulaca spp) no sistema de hidroponia.


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Kale variedade Crespa, cultivo hidropônico

Kale variedade Toscana, cultivo hidropônico


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Em meados de outubro de 2022 o peixinho da horta voltou a ser cultivado na


hidroponia. Ajustando a condutividade, minerais e introduzindo a cultura de
microrganismos vivos EM1 no sistema de hidroponia, as capuchinhas e os
peixinhos da horta apresentaram um crescimento rápido e muito satisfatório.

Peixinho da horta na hidroponia

Capuchinha no sistema de hidroponia


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Ainda no mês de outubro de 2021, o 14 Batalhão da Policia Militar organizou um


evento, convidando a equipe de Remo Dragon Boat de Lótus em comemoração
ao Outubro Rosa. No evento alguns pratos com as PANC cultivadas na Horta
Solidária foram servidos as convidadas.

Equipe Dragon Boat de Lótus no evento Outubro Rosa no 14 Batalhão da PM

Torta de Beldroega servido no evento Outubro Rosa


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Bolo de Ora Pro Nobis no evento Outubro Rosa


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No dia 29 junho de 2022, foi realizada uma oficina para os Colaboradores e


Oficiais do Refeitório do 14º Batalhão da Policia Militar de Foz do Iguaçu, para
apresentar as PANC peixinho da horta e capuchinha para elas serem agregadas
na alimentação dos Oficiais da Instituição. Neste dia foram preparados os pratos
“Vaca Atolada” com folhas picadas de peixinho da horta e Saladas com flores e
folhas de capuchinha.

Apresentação das PANC para Colaboradores e Oficiais do 14 Batalhão da PM

Saladas com folhas e flores de capuchinha


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Vaca atolada com folhas picadas de peixinho da horta


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No ano de 2022 cultivos com a beldroega foram realizados na hidroponia para


melhor entender o crescimento da planta. Isto para melhorar a qualidade e
apresentação da hortaliça PANC junto as doações e comércio.
Por ser uma planta rica em ômega 3, vitaminas A,C e do complexo B e minerais
como cálcio, potássio e ferro, o cultivo desta espécie pode colaborar para
aumentar os fatores nutricionais da alimentação de crianças e idosos. E pelo
sabor suave e levemente acídulo, pode ser um ótimo incremento em pratos e
bebidas.
A forma de cultivo na hidroponia tem demonstrado bons resultados através de
sementes, que são colocadas em espuma fenólica para germinação. 15 dias
após o semeio, as mudas estão prontas para serem levadas aos perfis na
hidroponia. O tempo de crescimento neste sistema fica por volta de 30 a 35 dias,
quando atinge o tamanho ideal para coleta. Estes dados têm sido registrados
nos períodos quentes de novembro e dezembro. Ajustando a nutrição das
plantas na hidroponia acredita-se que não haverá variações significantes do
tempo de colheita durante as outras estações do ano.

Sementes de beldroega seis dias após a germinação

Mudas de beldroega com 15 dias após o semeio


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Mudas de beldroega com 14 dias na bancada hidropônica

Beldroega com 28 dias na bancada hidropônica

Beldroega com 28 dias


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Em junho de 2022 o biólogo Wilson adquiriu estacas de uma variedade (Genótipo) de


ora pro nobis da espécie Pereskia aculeata. Estas estacas vieram de Minas Gerais e
foram desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(EPAMIG).
As estacas foram plantadas em vasos e se desenvolveram na estufa de mudas da Horta
Solidária do 14º Batalhão da Polícia Militar.

Mudas de ora pro nobis em agosto de 2022

Após enraizadas algumas mudas foram transplantadas para a Horta Lar, também
mantida pelo 14º BPM, outras seguiram para a Associação Fraternidade Aliança,
Colégio Agrícola, CMEI Celeste Sotomaior e para residência do biólogo Wilson.

Primeira coleta de ora pro nobis sem espinhos em 27 de dezembro de 2022

O objetivo de cultivar o ora pro nobis sem espinhos é levar esta variedade para escolas
e entidades assistenciais, pois a coleta de folhas é facilitada pela ausência dos
espinhos, o que leva segurança de manejo e consumo.
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Evento com PANC no ano de 2022 no 14º Batalhão da Polícia Militar

No dia 10 de novembro a Horta Solidária recebeu a turma de magistrados


federais da Escola da Magistratura do TRF da 4º Região. O evento apresentou
aos convidados vários pratos elaborados com as plantas alimentícias não
convencionais.
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Certificação Orgânica na Horta Lar

Também no mês de novembro de 2022 o 14º Batalhão da Policia Militar recebeu


a visita da TECPAR (Instituto Tecnológico do Paraná) para o início da articulação
de atividades de Certificação Orgânica. A área para esta finalidade é a Horta
Lar, onde os cultivos serão diretamente no solo. Além das hortaliças tradicionais,
plantas alimentícias não convencionais como taioba, peixinho da horta,
capuchinha, almeirão roxo, feijão andu, beldroega, celósia, major gomes, hibisco
roxo, quenafe, azedinha, feijão borboleta, ora pro nobis, bertalha, chaya, entre
outras serão cultivadas neste local.

Canteiros adubados organicamente e acrescidos de microrganismos inteligentes.


Prontos para o início do cultivo (26/01/2023)

Espécies Panc cultivadas na Horta Lar

Cultivo de taioba (Xanthosoma taioba)


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Capuchinha (Tropaeolum majus) Peixinho (Stachys byzantina)

Chaya (Cnidoscolus chayamansa) Ora pro nobis (Pereskia aculeata)


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Feijão borboleta (Clitoria ternatea) Quenafe (Hibiscus cannabinus)

Pepininho do mato (Coccinia grandis)


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Hibisco roxo (Hibiscus acetosella) Hibisco colibri (Malvaviscus arboreus)

Transplante de mudas de almeirão roxo para horta Lar (Foto Sargento Rogeri)
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Em junho de 2023 o biólogo Wilson realizou um workshop no 14º Batalhão da


Polícia Militar com o intuito de apresentar os benefícios nutricionais e bioativos
das Panc aos policiais da Instituição.
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Parceria com Colégio Agrícola Manoel Moreira Pena

Em maio de 2022 o Projeto Cultivando Saúde estendeu a Parceria para o Colégio


Agrícola de Foz do Iguaçu. Uma palestra com o título: “PANC e suas
Propriedades Nutracêuticas” foi realizada para os alunos dos Cursos Técnico em
Guia de Turismo e Técnico em Meio Ambiente no dia 26 de maio de 2022.

Palestra apresentada pelo biólogo Wilson Fernandes

No dia 31 de maio de 2022 foi realizada uma reunião com o Diretor da Instituição
Reginaldo Rodrigues Vicente para apresentação e objetivos do Projeto
Cultivando Saúde. O Diretor sugeriu uma oficina sobre as PANC para as
Colaboradoras do Refeitório do Colégio Agrícola, que foi apresentada no dia 10
de junho de 2022. Nesta oficina foram apresentadas as Plantas Alimentícias Não
Convencionais peixinho da horta e Taioba. As Colaboradoras do Refeitório
prepararam então um refogado de Taioba e uma lasanha com peixinho da Horta.
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Colocação de folhas de peixinho da horta na lasanha


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As PANC utilizadas no preparo dos pratos no Refeitório do Colégio Agrícola


foram doadas pelo 14º Batalhão da Policia Militar, cultivadas na Horta Solidária.
No dia 20 de junho de 2022 uma nova oficina sobre PANC foi realizada no
refeitório do Colégio Agrícola para introduzir a capuchinha, azedinha e o coração
de bananeira. Neste dia as Colaboradoras fizeram uma farofa com coração de
bananeira e azedinha, e agregaram as folhas e flores de capuchinha nas
saladas.
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Postagem dos pratos PANC no Instagram do Colégio Agrícola

No dia 21 de junho de 2022 foi realizada uma reunião com professores e com o
Jardineiro Natanael do Colégio Agrícola, para definir quais as PANC que a
Instituição receberia para iniciar o cultivo. Decidiu-se então por mudas de
capuchinha e peixinho da horta.
Na mesma semana, dia 24 de junho foram doados pelo 14º Batalhão da Polícia
Militar, através da Horta Solidária, 120 mudas de peixinho da horta para o
Colégio Agrícola. E em 15 de agosto, também de 2022, 69 mudas de capuchinha
foram doadas pelo 14º BPM para o Colégio Agrícola.

Mudas de peixinho da horta plantadas no Colégio


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Atualização da parceria com o Colégio Agrícola (agosto de 2022)

A esquerda mudas de peixinho da horta depois de dois meses de transplante. As mudas


de capuchinha foram transplantadas em julho deste ano.

Peixinho da horta no mês de novembro. Segue se desenvolvendo muito bem no


cultivo agroflorestal.

Quanto as capuchinhas, suas folhas estão amarelando, indicando seu ciclo


anual. Já foi realizado uma primeira coleta de sementes, mas será possível
realizar mais duas até o final do ciclo da planta. As sementes ali colhidas serão
distribuídas para o 14º Batalhão da PM, AFA e CMEI Celeste Sottomayor. Já as
sementes que permanecerem no solo do canteiro farão o próximo ciclo a partir
de 2023 no próprio Colégio Agrícola.
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Novo encontro realizado em maio de 2023 no Colégio Agrícola para as próximas


ações no campo e no refeitório com as PANC envolvendo professores e alunos;
A meta é estabelecer o cultivo e receitas com estas plantas para serem
replicados a comunidade lindeira ao Colégio Agrícola.

Encontro PANC com alunos e professores no Colégio Agrícola de Foz do Iguaçu

Educadores e Merendeiras do Colégio Agrícola no encontro com as PANC

Biólogo Wilson na apresentação com as PANC


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Estágio Colégio Agrícola – Horta Solidária (Controle Biológico com as


Plantas Alimentícias Não Convencionais, PANC)

Também no mês de agosto de 2022 o Colégio Agrícola iniciou um convênio com


o 14º Batalhão da Polícia Militar para identificar na Horta Solidária, e Horta Lar,
insetos de importância no controle biológico. O objetivo é identificar artrópodes
que interagem nas hortaliças cultivadas em ambas as hortas, predando ou
parasitando larvas de borboletas, ácaros, mosca branca, pulgões, traças,
cochonilhas, cigarrinhas, tripes, entre outros. A planta que está sendo utilizada
para atrair estes artrópodes que contribuem no controle biológico é a capuchinha
(Tropaeolum majus), que além de uma excelente hospedeira, é uma PANC.
O uso de plantas hospedeiras tem se tornado uma opção viável para a redução
de agrotóxicos nas propriedades que trabalham com hortaliças. Por essa razão
estão sendo plantadas na Horta Solidária além da capuchinha, sementes de
Tagetes spp. e Chrysanthemum spp., esta última tendo em sua composição
química a piretrina, um eficiente inseticida natural.
Os alunos Claudemir Martins e Sônia Guimarães seguirão com o estágio na
horta solidária até dezembro do presente ano. Mas futuros estágios estão sendo
organizados para o ano de 2023.

Insetos de importância no controle biológico encontrados na Horta Solidária:

A – Mosca das flores (Syrphidae) – controle de pulgões;


B – Besouro soldado (Chauliognathus sp.) – controle de pulgões e larvas de moscas,
borboletas e mariposas;
C – Bicho lixeiro (Chrisopidae) – controle de ácaros, moscas brancas, afídeos e pulgões;
D – Joaninha (Coccilidae) – controle de pulgões;
E – Mosca de pernas longas (Condylostylus sp.) – controle de pulgões.

Como visto nas observações, a capuchinha (Tropaeolum majus) tem atraído


uma variedade importante de insetos que atuam diretamente no controle
biológico. Esta planta se destaca pela quantidade de flores que produz, sendo
elas as maiores atrativas do vegetal para estes insetos predadores e
parasitoides. Além disso, a capuchinha é um importante repelente natural de
nematoides, vermes que causam prejuízo atacando e prejudicando o
crescimento e o desenvolvimento de várias espécies de plantas
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Resultados das observações do segundo semestre de 2022 com relação


ao controle de insetos filófagos e desfolhadores

As observações ocorreram de agosto a dezembro de 2022. O que evidenciou


nessas observações foi o controle na fase adulta da borboleta Ascia sp., já que
a maioria das lagartas coletadas e abertas apresentavam larvas de Cotesia
glomerata em seu interior.

Larvas de Cotesia encontradas no interior da lagarta Ascia

Isso demonstrou a efetividade de parasitismo por parte destas vespas sobre as


lagartas do gênero Ascia Esse parasitismo ocorreu em praticamente todos os
instares das lagartas. Mas como o período larval da vespa Cotesia glomerata
coincide com o período larval da Ascia, no momento em que as larvas de Cotesia
rompem a pele do lepidóptero, esta se encontra no 5º instar, ou seja, no estágio
pré pupa.

Larvas Cotesia eclodindo do corpo da lagarta da borboleta Ascia

Durante todo este estágio larval, a lagarta Ascia não interrompe sua alimentação
enquanto cresce neste estágio, devorando as folhas de couve. Esta herbivoria
acaba prejudicando as folhas da planta, que quando não totalmente devoradas,
ficam inviáveis para doação por apresentarem sinais de predação.
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Constatou-se então que para o controle de herbivoria, as vespas de Cotesia glomerata


não são eficazes, mas auxiliam no controle populacional da borboleta Ascia na sua fase
adulta.

Trichogramma pretiosum (Imagem do site Biodron)

Quanto ao controle de pulgões não foi observado um controle efetivo por parte dos
insetos predadores. A infestação de pulgão se estendeu por toda a Horta Solidária,
inviabilizando grande parte das couves para doação.
O que foi observado no final do mês de novembro e início de dezembro de 2022 foi o
aumento considerável de Eriops connexa, predador voraz de pulgões, mas não o
suficiente para controlar a infestação destes afídeos na horta.

Ninfa e adulto de Eriops connexa

Vale ressaltar a importância do cultivo de capuchinha junto as hortaliças convencionais


e ao cultivo de frutos, como o que acontece na estufa dos morangos. Notou-se ao longo
das observações uma grande variedade de insetos visitando as flores da capuchinha. A
abelha Apis melífera foi identificada nessas observações, e trata-se de uma espécie
muito importante para o cultivo de morangos por se tratar de um importante polinizador
para esta fruta.
Foram avistadas também durante as observações visitas diárias de beija flores nas
capuchinhas, principalmente no período matutino. Três espécies foram identificadas,
Hylocharis chrysura, Thalurania glaucopis e Chrysuronia versicolor. Os beija flores são
excelentes predadores de insetos, o que pode colaborar para um controle biológico na horta Lar
do 14º Batalhão da Policia Militar de Foz do Iguaçu.
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Controle biológico no primeiro semestre de 2023 utilizando como planta


hospedeira o feijão borboleta (Clitoria ternatea)

Neste primeiro semestre de 2023, as observações de predadores e parasitoides tiveram


como planta hospedeira a espécie Clitoria ternatea, popularmente conhecida como
feijão borboleta. Isto ocorreu porque as plantas de capuchinha ainda se encontravam
na estufa de germinação, não sendo possível naquele momento iniciar as observações.
No entanto, essas observações de predadores e parasitoides precisavam ser iniciadas
no mês de fevereiro de 2023 pelos alunos do colégio Agrícola, pois o estágio terminaria
em maio do mesmo ano.
O biólogo Wilson Fernandes, observando a floração da Clitoria ternatea, e notando a
presença de alguns insetos predadores já encontrados na capuchinha no segundo
semestre de 2022, sugeriu ao aluno Claudemir Martins para passar a observar as
interações com o feijão borboleta.

As observações se mostraram produtivas, mostrando além da relação com


polinizadores, uma forte interação com insetos de interesse para o controle biológico.

A) – Braconidade – parasitoides de moscas das frutas;


B) – Cosmoclopius sp. – predador;
C) – Chalcidoidea – parasitoide;
D) – Zelus sp. – predador;
E) – Tribo Cryptini – parasitoide;
F) - Ichneumonoidea – parasitoide;
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Vespas samurai parasitoides eclodidas de ovos de percevejo Loxa.

Louva deus predando uma mariposa

Besouro da subfamília Lamiinae – São importantes polinizadores e indicadores de


qualidade ambiental, pois sinalizam ambiente sem agrotóxico.
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PANC e a Gastronomia Sustentável

O projeto Cultivando Saúde visa também introduzir estas plantas no setor de


Comércio e Turismo de Foz do Iguaçu para começar a divulgar a cidade sob um
novo contexto Socioambiental.
Assim, em agosto de 2022, o projeto inicia parceria com a Chef Valéria Mariotti.
Conceituada na gastronomia de Foz do Iguaçu, Valéria Mariotti é uma entusiasta
da gastronomia cultural e será uma grande colaboradora para implementar as
PANC na alta gastronomia da cidade, contribuindo assim para um dos pilares da
Sustentabilidade, o econômico.

Prato com caruru, beldroega e flores de capuchinha (Valéria Mariotti)

Taioba e capuchinha (Valéria. Mariotti) Peixinho da horta e fada azul (Valéria Mariotti)
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Sanduiche com pãozinho de taioba (Valéria Mariotti)

Caipirinha “flamingo” utilizando flores de fada azul

Caipirinha “Guara” com flores de quenafe (As flores podem ser congeladas ou desidratadas)
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Fada azul drink (AWASI) Pigmento primavera para sucos, doces e drinks

Suco de abacaxi com flores de Quenafe Geleia com flores de Quenafe (Claudia Recalde)

Manjericão e fada azul Bolo com flores de fada azul (Claudia Recalde)
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Pudim com flores de quenafe

Pigmentos de flores PANC para o preparo de drinks

Suco de flores e frutas

Ciente também que a alimentação orgânica, vegana, vegetariana e reducitariana


vem crescendo nos últimos anos, as PANC são ótimas referencias de qualidade
nutricional a serem agregadas nestes segmentos.
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Parceria com CMEI Celeste Sottomayor

Breve contexto sobre a Parceria do CMEI Celeste Sottomayor com o Parque das
Aves no Projeto PANC - Cultivando Foz.

No dia 12 agosto de 2021, o Parque das Aves recebeu a visita de Educadores


do CMEI Celeste Sottomayor para conhecer um pouco do universo das Plantas
Alimentícias Não Convencionais, e discutir a possibilidade de criar uma parceria
para estarem cultivando uma pequena horta nas dependências do CMEI. A ideia
é despertar nas crianças, as interações ecológicas que ocorrem durante no
desenvolvimento destas plantas. Também para estimular estes jovens, desde a
mais tenra idade, e também seus familiares um maior consumo de vegetais.

As Educadoras Marines Brandt e Jovani Stempinhaki, e a Diretora Maristela


Serafini foram recebidas pelo Biólogo Wilson Fernandes, que apresentou a horta
PANC cultivada na área interna do Parque das Aves.
Como algumas PANC cultivadas encontravam-se na Horta Solidária do 14º
Batalhão da Polícia Militar, e também em maior escala, estendeu-se então o
convite para que as Educadoras realizassem uma visita a Instituição para melhor
compreender o cultivo no sistema de hidroponia.

A visita ao 14 Batalhão da PM ocorreu no dia 24 de agosto de 2021 e foram


recebidas no local pelas Oficiais Soldados Ferraz e Suellen, que conduziram as
Educadoras pelas dependências da Horta Solidária.

Visita de Educadoras do CMEI Celeste Sottomayor as Panc cultivadas no sistema de


hidroponia na Horta Solidária
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No início de setembro de 2021, o CMEI Celeste Sotomayor entrou em contato


com o Parque das Aves, solicitando mudas de ora pro nobis para serem
distribuídas as crianças no dia da árvore, 21 de setembro. As mudas, no total de
138, foram arranjadas em garrafas pet de 500 ml e levadas ao CMEI.

Jaqueline Alencar, Colaboradora da Educação Ambiental do Parque das Aves


entregando mudas de ora pro nobis a crianças do CMEI Celeste Sottomayor
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Postagem nas redes sociais sobre o dia da árvore de 2021 no CMEI

Após este evento, as atividades envolvendo a Parceria Parque das Aves e CMEI
Celeste Sottomayor não foram possíveis de prosseguir devido ao aumento das
atividades no setor da Jardinagem do Parque das Aves, principalmente para
manutenção das plantas ao longo das trilhas de visitação, decorrente de
períodos de estiagem ocorridos nos meses de outubro, novembro e dezembro
de 2021.
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A parceria retornou em julho de 2022, quando o biólogo Wilson levou algumas


mudas de capuchinha e peixinho da horta para serem plantadas no CMEI
Celeste. Mas não foi possível acompanhar o desenvolvimento das plantas
devido aos plantios de PANC que estavam sendo realizados na horta Solidária.
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No mês de março de 2023 as primeiras flores de feijão borboleta cultivados na


horta Lar foram levadas para o CMEI, onde foi preparado um arroz com os
pigmentos (antocianinas) das flores.

Arroz dos “Smurfs” feito com flores de feijão borboleta (Clitoria ternatea)

A flor do feijão borboleta é uma parte importante da planta que contém uma
grande variedade de antioxidantes, como ácidos fenólicos, flavonóides,
antocianina e outros compostos fenólicos

Chá de cidreira e limão enriquecido com flores de feijão borboleta

As folhas e flores de capuchinha apresentam altos valores de vitamina A e C e


dos carotenoides luteína e zeaxantina, estes de muita importância para a boa
saúde e manutenção da visão

Omelete com flores de capuchinha e folhas de beldroega


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Quanto ao peixinho da horta, é necessário testar preparos com as folhas, já que


sua textura não é bem aceita ao paladar. Atualmente estas folhas são
conhecidas como lambari, porque ao serem empanadas e fritas, tanto o cheiro
como sabor lembram este peixe. Mas esta forma de preparo não é saudável para
consumo. Uma das formas que está sendo utilizada com as folhas é um
cozimento delas por 5 minutos, em seguida escorridas e picadas, levando então
ao refogo. Assim se tornam mais macias e podem ser inseridas em massas de
bolo, pães, omeletes, farofas e sopas. Podem ser batidas com caldo de feijão
para enriquecer o alimento.

Farofinha com folhas de peixinho, ora pro nobis e flores de capuchinha

Bolo de aveia com folhas de peixinho


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Geleias com flores de quenafe Arroz com flores quenafe e fada azul

Sanduiche com ora pro nobis Torta salgada com ora pro nobis

Gelatina com flores de capuchinha


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Arroz com pigmento da Bouganvillea Panqueca com ora pro nobis

Panqueca com major gomes

Pão do “Hulk” com folha de Taioba


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As creches e escolas em Foz do Iguaçu tem incentivado o uso de stevia (Stevia


rebaudiana) para adoçar sucos, doces e chás servidos para as crianças. Esse
incentivo tem se dado para o cultivo desta planta nas instituições de ensino.
Mudas de stevia estão sendo cultivadas no 14º Batalhão da PM com o objetivo
de serem cultivadas nas creches e escolas. O CMEI Celeste Sottomayor foi a
primeira instituição a receber as primeiras mudas no mês de setembro do ano
de 2022.
No momento estas mudas estão sendo produzidas por estaquias e brotações.
Mas o objetivo é obtê-las por sementes.

Muda de stevia sendo cultivada no CMEI Celeste Sottomayor

O feijão borboleta (Clitorea ternatea) está sendo cultivado no CMEI Celeste


Sottomayor com objetivo de preparar saladas, colorir sucos, chá sucos, gelatina,
arroz e outros pratos para serem servidos as crianças. Por ser uma planta que
produz uma grande quantidade de sementes, o projeto objetiva também
disseminar as sementes junto as crianças para serem levadas e plantadas em
suas casas.
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No segundo semestre de 2023 foram realizadas várias ações de cultivo e


preparo das PANC no CMEI Celeste Sotomayor.

Uma planteira foi criada para melhor cultivo das Panc. Uma fita de jardinagem
foi colocada para separar a grama do cultivo das Panc.

Espaço de 50 metros de comprimento por 40 cm de largura. Colocação de composto


orgânico para enriquecimento do solo

Plantio das primeiras mudas de peixinho (21/07/2023) Mudas de peixinho em 03/10/2023


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Almeirão roxo adulto transplantado em 29/07/2023 Almeirão roxo em 06/10/2023

Beldroega 23/08/2023 Cambuci 06/10/2023

Tomatinho cereja 05/10/2023 Celósia


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Preparo do Jardim Comestível (Apoio Olavo Baltruk) Abertura de covas e separação com fita

Estacas de ora pro nobis plantadas em 23/08/2023 Mudas prontas para transplante (06/10/2023)

Parte dos fundos do CMEI (Feijão borboleta) Mudas plantadas em 01/10/2023


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Mudas de taioba na lateral do CMEI 06/08/2023 Cultivo de capuchinha ao lado do refeitório

Estévia adulta para beneficiamento Estévia desidratada e triturada

Polenta com flores de quenafe Flor quenafe


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Polenta com brácteas de primavera Brácteas de primavera

Peixinho da horta no feijão Preparo do arroz dos “Smurfs” (feijão borboleta)

Picadinho de carne com ora pro nobis Arroz com brácteas de primavera

Primavera é também conhecida como Bouganvilea (No Brasil são duas as espécies com
brácteas comestíveis, a Bougainvillea spectabilis e bougainvillea glabra). As brácteas são folhas
modificadas que a planta utiliza para chamar a atenção dos polinizadores, sendo na grande
maioria muito coloridas. A Primavera apresenta Betalaína, importante antioxidante,
antiproliferativo, cardioprotetor, antiviral, anticancerígeno, hipolipemiante, antidiabético,
hepatoprotetor, anti-inflamatório, entre outras.
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Primeiras colheitas de PANC no CMEI Celeste Sottomaior no final do


segundo semestre de 2023

Peixinho da horta, almeirão roxo, capuchinha e feijão borboleta. Ressalta-se que


a capuchinha é anual e no mês de dezembro o vegetal morre. A volta do cultivo
é a partir da segunda metade de fevereiro. O almeirão roxo começa a florescer
em setembro e seu cultivo também se mostra mais vigoroso a partir de março.
Já o feijão borboleta cultivado a partir de agosto começa seu florescimento já no
final de outubro. O feijão borboleta é uma planta perene e somente deixa de
produzir no inverno, quando este rigoroso.

No CMEI está sendo cultivado também o fruto camapu (Physalis sp.). Para o ano
de 2024 espera-se acrescentar nas receitas com este fruto que é uma ótima
fonte de vitamina C, ferro, fósforo e fibras. Um fruto muito importante para o
equilíbrio do sistema imunológico.

Mudas de fisális (Physalis sp.) sendo cultivadas no CMEI Celeste Sotomayor


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Estão sendo realizando também alguns preparos com auxílio de nutricionistas para
melhor absorção dos nutrientes em temperos. Um desses preparos é a colocação de
flores de capuchinha no vinagre, enriquecendo assim este tempero. A capuchinha é rica
em luteína e zeaxantina, carotenoides muito importantes para a saúde macular. Além
de ser rica em vitamina C, a capuchinha é um antibiótico natural e um excelente
antitrombótico. Este preparo fica ainda mais nutritivo quando feito com azeite de oliva.
Mas dentro da realidade de muitas Comunidades, as flores podem ser inseridas em
óleos mais em conta.

Vinagre com flores de capuchinha

Vinagre com flores de beldroega (Portulaca umbraticola)

As flores da beldroega, ricas em nutrientes e bioativos além de enriquecer temperos,


podem ser incorporadas em saladas, farofas, omeletes, sopas e sucos.
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Reportagens sobre o Projeto Cultivando Saúde em 2023

Reportagem da RIC TV no CMEI Celeste Sottomayor sobre as PANC


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Participação do CMEI Celeste Sotomayor na 15º Edição do Projeto Paulo


Freire

Doação de muda de peixinho da horta para moradora do entorno do CMEI – Iniciando


o envolvimento do Projeto junto a Comunidade do entorno do CMEI Celeste Sotomayor
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Participação do CMEI Celeste Sottomayor com as PANC´s na Feira de


Inovação Ficiencia Kids 2023
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Parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR)

No dia 15 de maio de 2023 as professoras Paola Stefanutti e Gislaine Simões do


IFPR realizaram uma visita na Horta Lar para conhecer as PANC ali cultivadas.
Nesta visita as professoras levaram folhas de peixinho da horta para serem
liofilizadas, que é um processo de retirar a água dos alimentos quando eles estão
congelados, através da sublimação. Isto garante maior integridade dos
nutrientes nelas contidos.

Liofilizador processando as folhas de peixinho da horta

Folhas liofilizadas, trituradas e utilizadas na produção de pães

Os pães, com ótima textura e sabor foram apresentados na l jornada de


Gastronomia e Sustentabilidade do IFPR, realizada no dia 14 de junho de 2023.
O objetivo e realizar mais testes com essa farinha liofilizada para que possa ser
apresentada futuramente ao Centro de Nutrição de Foz do Iguaçu.
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Atividades na Associação Fraternidade Aliança (AFA)

No dia 05 de julho de 2022 foi realizada uma visita, previamente marcada, a


Associação Fraternidade Aliança, com a finalidade de levar informações
nutricionais sobre as Panc, para serem agregadas no cardápio das crianças e
adolescentes.
A Gestora de Projetos Suzane Amorim sugeriu uma apresentação para as
Colaboradoras do Refeitório da Associação de como preparar as Panc para
incluir na alimentação dos jovens e Colaboradores da Entidade.
Esta apresentação ocorreu no dia 13 de julho, onde as plantas caruru,
capuchinha, peixinho da horta e beldroega, depois de introduzidas as
Colaboradoras, foram adicionadas no almoço das crianças e adolescentes da
AFA e UAI (Unidade de Acolhimento Infantil Juvenil)

Caruru, Beldroega, Peixinho da Horta e Capuchinha utilizadas no almoço da AFA

Hora do Almoço
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Em outubro de 2022 foi servido na Associação Fraternidade Aliança um almoço


com PANC no Evento Mães Solidárias.

Beldroega, almeirão roxo, hibisco roxo e flores de capuchinha


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Em 13/07/2023 a convite da A.D.E.R.E. (Associação Desportiva Educacional de


Responsabilidade Ecológica), o biólogo Wilson Fernandes apresentou seu
projeto “Cultivando Saúde” na Câmara dos Vereadores de Foz do Iguaçu. A
A.D.E.R.E. é guarda-chuva do projeto e uma das Instituições que apoia o
“Cultivando Saúde". O objetivo da apresentação foi demonstrar as viabilidades
do cultivo, beneficiamento e consumo das Plantas Alimentícias Não
Convencionais nas creches, escolas e entidades do Município. Também foram
apresentadas diversas opções de pratos e bebidas para os setores da
Gastronomia e Hotelaria da Cidade de Foz do Iguaçu. O projeto Cultivando
Saúde também acredita no potencial da cidade e toda sua infraestrutura e
logística para promover feiras, eventos, festivais e congressos relacionados a
Gastronomia e Saúde envolvendo as PANC. A cidade, sem dúvidas, pode se
tornar a Capital das PANC no Brasil, e com isso elevar ainda mais o status de
Sustentabilidade pelo qual a cidade já é conhecida.

Biólogo Wilson apresentando o projeto Cultivando Saúde na Cãmera dos Vereadores de Foz do Iguaçu.

Objetivo do projeto sendo apresentado na Câmara dos Vereadores.


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O Projeto Cultivando Saúde segue formando parcerias com o objetivo de


capacitar profissionais da Educação, Turismo e Gastronomia para os valores
Nutracêuticos das Plantas Alimentícias Não Convencionais. A riqueza que estes
vegetais carregam na forma de seus bioativos podem ser utilizados nos
diferentes setores da Sociedade. O Estado, o Mercado e a Sociedade Civil
podem interagir neste projeto para absorver e divulgar os benefícios que as
PANC promovem na saúde, no bem-estar, no Meio ambiente e na economia
local.

Luz Sempre!

Servidos?

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