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APRESENTAÇÃO
Este rico material que você leitor e leitora terão As receitas que você vai encontrar nesta pu-
o privilégio de ler, é o resultado de uma longa ca- blicação são baratas, eficientes, de fácil preparo e
minhada que se iniciou com os Clubes de Mães do com alguns produtos que geralmente teriam como
Município de Garibaldi, na intenção de resgatar os destino o esgoto e o descarte, como lixo, que é o
sabores que os antepassados nos legaram e que caso do óleo de cozinha. É uma reflexão sobre o
foram quase que esquecidos com o fim da memória desperdício.
oral. Eles viveram em um tempo onde não havia Da velha Itália e suas dificuldades, se herdou a
tanta necessidade de comprar coisas, onde quase gastronomia, que na nova terra, cheia de farturas,
tudo se produzia na propriedade rural e familiar. gerou uma rica diversidade culinária. Então, os her-
São informações, reflexões e dicas ambien­tal­mente deiros da polenta, tinham na mesa carnes, queijos,
sustentáveis e socialmente justas. salames, fortaia, pão, mel, leite e o vinho, alimento
As plantas medicinais, aromáticas e condimen- do corpo e da alma.
tares representam uma “farmácia viva” na história da Aqui no Brasil, os imigrantes encontraram uma
imigração italiana, inserida no cotidiano da cozinha biodiversidade fascinante. Da “escola da falta de
das mães e das nonas. Não havia propriedade rural tudo” na Itália, eles vêem a sua nova morada farta,
sem horta, e as doenças eram tratadas preventi- onde a flora e a fauna nunca haviam sido explora-
vamente. As parteiras ajudavam na chegada das das. As crianças tinham frutas silvestres em todas
novas vidas e os chás, xaropes e cataplasmas eram as estações. Com as plantas nativas, elaboravam-se
repassados através de gerações. também os licores. Como por exemplo: a murta,
Não se conheciam venenos e controle de pragas amoras, jabuticaba, goiaba do mato, quaresma. O
e doenças que afetavam as plantações e os animais pinhão serviu muitas vezes de pão e massa. Eles
também vinha da rica biodiversidade que o meio pro- trouxeram temperos em suas rústicas bagagens
porcionava. As leis da natureza eram observadas e e com o passar das décadas, novos temperos,
respeitadas. As fases da lua nunca eram desprezadas, novos cheiros inebriavam as comidas, as mesas e
mas sim considerava-se o seu significado. as cozinhas. Além de temperar, esses condimentos
Todas as plantas na natureza têm a sua função, também conservavam os alimentos.
mas lamentavelmente, são vistas como invasoras e O projeto de “Qualificação da Política Am-
que precisam de herbicidas para serem mortas. Elas biental de Garibaldi” teve origem em demandas
são preciosas por dar um gosto especial no preparo apontadas pela própria população de Garibaldi, em
dos alimentos como o refogado de caruru, o pão de Conferências Municipais de Meio Ambiente. O proje-
urtiga e a salada de menstruz. to visa desenvolver, em conjunto com a comunidade
Mensalmente gastamos uma significativa parce- e o poder público, alternativas integradas capazes
la da nossa renda na aquisição de produtos de higie- de superar alguns dos problemas ambientais e
ne e limpeza que tem como escoadouros as águas sociais vivenciados pela população urbana e rural
dos nossos córregos e rios. Este passivo ambiental de Garibaldi, enfatizando práticas de agricultura
tem um custo de difícil mensuração. ecológica e consumo ético e solidário.
Queremos reconquistar valores que foram
sendo perdidos junto com o saber dos nossos
antepassados. E foram as mulheres e as nonas, as
guardiãs deste saber.
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SOBRE AS OFICINAS REALIZADAS

O cultivo, processamento e uso de plan- rização de plantas bioativas e da biodiversidade


tas medicinais, aromáticas e condimentares alimentar, através do conhecimento, preparo e
representa o conhecimento acumulado de várias uso destas plantas; além de estabelecer uma
gerações, tendo grande importância na saúde, na relação entre o homem e o ambiente que gere
alimentação, e na qualidade de vida das pessoas, maior qualidade de vida.
além de ser uma possibilidade de renda para os Foram oferecidas dez (10) oficinas distin-
agricultores. Apesar disto, o trabalho com estas tas, com carga horária de quatro (4) horas por
plantas ainda é considerado de menor importân- oficina, sendo que cada uma foi oferecida mais
cia se comparado com outros cultivos agrícolas. de uma vez, totalizando mais de 40 oficinas no
Por outro lado, em diversos municípios, inclusive período de abril a junho de 2008. As oficinas ofe-
no município de Garibaldi, este trabalho tem recidas nas comunidades do interior atenderam a
ganhado cada vez mais importância, em muitos demandas levantadas pelos respectivos Clubes
casos, especialmente pelo trabalho dos Clubes de Mães, os quais auxiliaram na organização do
de Mães. calendário destas atividades, e as oficinas reali-
As oficinas tiveram o objetivo de sensibili- zadas na cidade deram oportunidade ao público
zar, tanto famílias agricultoras, como a população urbano conhecer mais sobre o assunto.
urbana, para a importância da preservação do
meio ambiente, incluindo a preservação e valo-

Relação das diferentes oficinas realizadas:


· Estudo e identificação de plantas medicinais
· Organização e implantação de hortos medicinais
· Preparo de receitas com plantas medicinais para uso humano
· Preparo de receitas com plantas medicinais no controle de pragas e doenças na agricultura
· Preparo de receitas com plantas medicinais para uso animal
· Preparo de receitas com plantas medicinais e aromáticas em prod. de higiene e limpeza
· Preparo de salgadinhos e doces com plantas condimentares ”Inços” que podem ser utilizadas na alimentação
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Estudo e identificação de Plantas
Medicinais, Aromáticas e Condimentares
As plantas medicinais acompanham a história da humanidade: o conhecimento e a utilização das mesmas é uma
prática milenar, que se perpetua através das gerações. Em Garibaldi, assim como em todo o Estado, a utilização
das plantas medicinais faz parte da cultura popular. Movimentos populares, órgãos governamentais, universidades
e instituições de pesquisas estudam e discutem o assunto.
O Governo Federal através da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, e Governos Esta-
duais de diversos estados do nosso País reconhecem o uso de plantas medicinais como opção terapêutica legítima
e com enorme potencialidade de contribuir no suprimento de medicamentos para os usuários do Sistema Único de
Saúde (SUS), e como forma de contribuir na valorização do conhecimento histórico e cientifico, bem como da cultura
tradicional e popular.
Obter as plantas corretas, devidamente identificadas, em boas condições de higiene, produzidas ou coletadas em
locais não poluídos, armazenadas de forma adequada, são passos básicos para que se obtenha o efeito terapêutico
desejado. É de suma importância, pois, reconhecê-las, preservá-las e cultivá-las.
A seguir, algumas orientações para o uso das plantas medicinais, aromáticas e condimentares:

Para colher as plantas e ervas:


- Colher antes do sol esquentar, sem sereno ou que não estejam molhadas da chuva.
- Não colher em local poluído, junto a esterqueiras, águas estagnadas ou suspeitas de contaminação, na beira de
estradas, em lavouras ou solos contaminados por agrotóxicos.
- Colher as que possuam boa aparência, inteiras, sem fungos ou doenças aparentes.
- Conforme a planta você vai colher: raízes, casca, caule, madeira, folhas, flores e sementes.
- É aconselhável colher raízes na dormência da planta, geralmente no outono; casca, lenho, e folhas, colher no início
da floração, época em que possuem mais princípios ativos; flores quando abertas e as sementes quando maduras.
- Raízes, principalmente, devem ser bem lavadas e as cascas raspadas para retirar parasitas ou fungos.
- A secagem deve ser em lugar ventilado e à sombra. As partes mais duras da planta devem ser picadas, para facilitar
a secagem.
- Guardar cada tipo de chá ou partes diferentes da mesma em saquinho de papel grosso bem fechado ou potes de
vidro, de lata ou plásticos bem tapados. Se aparecer umidade no plástico a secagem não foi completa. Deve-se
continuar a secagem, pois se mofar não poderá ser usado.
- Colocar etiqueta nos recipientes com o nome da planta e data da coleta, refazendo os estoques anualmente, pois
com o tempo os chás sofrem alterações.

Para preparar o chá:


- Na preparação do chá, evite utensílios de alumínio ou cobre. Use de aço inoxidável, esmaltados, cerâmica ou vidro
refratário.
- As raízes, talos, cascas e sementes levam mais tempo para cozinhar. As flores, folhas, que são partes mais tenras,
levam menos tempo e são preparadas em separado devido também às propriedades que podem ser diferentes.

Processos para a utilização das plantas:


1 - INFUSÃO: verter água fervente sobre a erva picada numa vasilha, tapar e deixar esfriar por 10 minutos. Usa-se
para partes mais delicadas da planta: folhas e flores.
2 - DECOCÇÃO: pôr as ervas numa vasilha com água e levar ao fogo. Ferver durante 2 a 15 minutos. Usa-se para
raízes, rizomas, madeira, caule, casca ou sementes. São partes mais duras que devem ser picadas e aconselha-
-se deixar durante a noite na água antes da decocção (macerar).
3 - MACERAÇÃO: colocar as ervas em molho durante 8 a 24 horas em líquidos na temperatura ambiente: água (tisana
ou garrafada), vinho, cachaça ou graspa ou mistura de água e álcool de cereais. As partes mais duras devem
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ficar mais tempo no líquido. Neste processo os minerais e vitaminas são mais aproveitados. Não são expelidos
pelo vapor como nos processo anteriores.
4 - TINTURA: usa-se de 25% a 80% de ervas e completa-se com álcool de cereais com maior ou menor graduação.
Usa-se mais ou menos álcool conforme a planta. Algumas liberam os princípios ativos com mais facilidade do
que outras.
- Existem outras formas de utilização das ervas: em compressas, cataplasmas, sucos de ervas frescas, pomadas e
ungüentos.

Como preparar a dosagem:


- Dosagem normal: em 1 litro coloca-se de 20 a 30 gramas de ervas frescas; em um copo (200ml) ou seja, a quinta
parte de um litro, coloca-se de 5 a 6 gramas, o que corresponde a uma colher cheia de folhas picadas. Se forem
folhas secas, pode-se reduzir o peso (não o volume) pela metade.
- O adulto toma de 3 a 4 xícaras (200ml) por dia. Para 1 xícara (150ml) coloca-se 4 gramas de folhas (1 colher)
- Tinturas: variam de 10 a 30 gotas, com água, 3 vezes ao dia. Se for de vinho pode-se tomar um pequeno cálice.
- Xaropes: 4 a 5 colheres de sopa diárias.

OBS: Para crianças, a mesma quantia de vezes diárias em doses diminuídas de acordo com o peso.

Orientações para tomar chá:


- Para se tomar o chá e surtir maior efeito, recomenda-se não por açúcar. É preferível colocar um pouco de mel.
- De maneira geral, a melhor hora para se tomar o chá é:
. Pela manhã: chás depurativos, purgantes, diuréticos, vermífugos.
. Antes das refeições (30 a 40 minutos antes): chás para melhorar o apetite ou alguns problemas de estômago.
. Após as refeições: para perturbações da bílis, do fígado ou da vesícula.
. Entre as refeições: chás depurativos, calmantes, tônicos e semelhantes.
. Antes de dormir: laxantes suaves e sedativos.
- O organismo deve se acostumar ao chá. É bom iniciar com dose mais fraca e ir aumentando até o décimo dia após
ir diminuindo até completar 20 dias. Não é bom tomar o mesmo chá por período maior. Pode-se parar por algum
tempo e após repetir o procedimento ou trocar por outra erva com a mesma propriedade.
- Não precisamos tomar o chá só quando nos sentirmos doentes. Os chás, sem os inconvenientes dos remédios
alopáticos, podem ser tomados também como preventivos, fortalecendo o organismo. Recomenda-se, por exemplo,
tomar algumas vezes por ano, na mudança das estações, alguns chás depurativos do sangue, como faziam nossos
antepassados, pois o sangue puro e limpo significa saúde geral.

“Nenhuma espécie deve ser extinta, porque dela poderá depender, no futuro,
a cura de doenças que hoje consideramos incuráveis, por falta de conhecimento”
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Plantas medicinais mais usadas no município de Garibaldi:
Nome comum: Babosa Nome comum: Guaco
Nome científico: Aloe arborescens ou Aloe vera Nome científico: Mikania laevigata ou M. glomerata
Uso: queimaduras, feridas, furúnculos, queda de cabelo e Uso: expectorante, para tosses e bronquites. É digestivo.
contusões. * Fazer chá ou xarope.
* Fazer pomadas, compressas.
Nome comum: Hortelã
Nome comum: Calêndula Nome científico: Mentha sp
Nome científico: Calendula officinalis L. Uso: prisão de ventre, digestiva, tônica, combate vermes.
Uso: antisséptica, cicatrizante, tonificante da pele e * Fazer chá.
antialérgica. Nome comum: Malva
* Fazer chá, pomada e tintura. Nome científico: Malva parviflora L.
Uso: inflamações na boca e garganta. Hidrata, protege e
Nome comum: Camomila ou Maçanilha
suavisa a pele.Tem ação cicatrizante e expectorante.
Nome científico: Matricaria chamomilla ou Chamomilla recutita * Fazer chá, xarope ou pomada.
Uso: cólicas, gases, indigestão, inflamações da pele e olhos.
É antisséptica. Nome comum: Mangerona
* Fazer chá e compressas. Nome científico: Oreganum majorana L.
Uso: colesterol, antisséptica, antiespasmódica (cólicas), anti-
Nome comum: Capim-cidró ou Caninha ou Capim limão reumática, sedativa e analgésica.
Nome científico: Cymbopogon citratus Stapf *Fazer chá, tintura ou óleo.
Uso: combate a gripe, baixa a pressão e a febre.
É analgésico e calmante. Nome comum: Marcela ou Macela
Pessoas com pressão baixa devem evitar este chá. Nome científico: Achyrocline satureioides Lam
* Fazer chá ou suco das folhas. Uso: digestivo, antiinflamatória, diminui a taxa de Colesterol,
* Sachês de folhas servem para aromatizar roupas e repelir antimicrobiana e sedativa.
insetos. * Fazer chá, tinturas e travesseiros (favorecem o sono).
Nome comum: Melissa
Nome comum: Carqueja
Nome científico: Melissa officinalis L.
Nome científico: Baccharis trimera Less
Uso: calmante, insônia, dor de cabeça, digestiva,
Uso: digestivo, nos problemas de estômago, fígado, resfriado e TPM.
debilidade orgânica e anemia. É antisséptica. * Fazer chá ou tintura.
* Fazer chá das folhas ou tintura.
Nome comum: Mil-folhas ou Mil-em-rama
Nome comum: Chapéu-de-couro Nome científico: Achillea millefolium L.
Nome científico: Echinodorus grandiflorus / Cham. Et Schlccht Uso: analgésica, antiinflamatória, antifebril, diurética,
Uso: diurético, depurativo (elimina ácido úrico), anti-reumático, digestiva e afecções urinárias.
laxativo e digestivo. * Fazer chá das folhas e flores.
* Fazer chá de 1 pedaço de folha em 1 xícara de água.
Nome comum: Poejo
Nome comum: Confrei Nome científico: Mentha pulegium
Nome científico: Symphytum officinalis L. Uso: distúrbios digestivos com náuseas e cólicas, resfriados
Uso: cicatrização de feridas, cortes e queimaduras. e tosse.
* Elimina sardas, espinhas e irritação da pele. * Fazer chá, tintura ou xarope.
Aplicar compressa ou pomada. O Ministério da Saúde
Nome comum: Quebra-pedra
proíbe o uso interno do Confrei.
Nome científico: Phillanthus niruri L.
Nome comum: Dente-de-leão Uso: diurético, eliminador de ácido úrico, cólicas e cálculos
Nome científico: Taraxacum officinalis Weber renais. Tem ação sobre o vírus da hepatite B, diabete,
Uso: depurativo do sangue, fígado, rins, gases intestinais, afecções urinárias e da próstata.
* Fazer chá ou tintura.
prisão de ventre, diabete e hemorróides.
* Fazer chá, tintura e usar como salada. Nome comum: Sálvia (tempero)
Nome científico: Salvia officinalis L.
Nome comum: Espinheira-santa Uso: problema digestivo, gripes, dor de garganta, cólicas,
Nome científico: Maytenus ilicifolia Marti gengivite, reposição hormonal e picadas de insetos.
Uso: gastrite, úlceras do estômago, afecções da pele, feridas. * Fazer chá.
É cicatrizante e antisséptica.
* Fazer chá, banhos e compressas. Nome comum: Tansagem
Nome científico: Plantago major
Nome comum: Funcho Uso: antiinflamatória, cicatrizante, expectorante e bactericida.
Nome científico: Foeniculum vulgare Mill Pode ser usada em úlceras gástricas, inflamações
Uso: cólicas intestinais, tosse e aumenta a lactação. internas e alergias de pele.
* Fazer chá das folhas ou sementes. * Fazer chá, pomada, tintura e xarope das folhas.
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Organização e implantação de Hortos Medicinais
Planta medicinal é toda planta que exerce ação farmacológica em homens e animais. É aquela planta que contém
princípios ativos responsáveis pelas reações terapêuticas no organismo. “O ambiente se gera e constrói ao longo do
processo histórico de ocupação e transformação do espaço por uma sociedade, portanto, surge como síntese histórica
das relações de intercâmbio entre sociedade e natureza.” (UNESCO).
O Estado do Rio Grande do Sul, situado no extremo sul do país com as variadas condições de clima, possui inú-
meras espécies medicinais nativas realmente eficientes. Garibaldi com um clima mais frio do que a média do Estado
cultiva inúmeras plantas medicinais européias, trazidas pelos imigrantes, com um conhecimento muito grande de seus
efeitos. A alternativa de cultivo de plantas medicinais pode contribuir muito para a saúde das pessoas e do ambiente.
As plantas podem ser classificadas em: árvore, arbusto, subarbusto, erva. Podem ser: anual, bianual, perene.
Podem ser: nativas ou exóticas.

Orientações para o cultivo:

1º.) Critérios par a escolha do local: 3º.) Manejo das plantas


- Receber luz do sol grande parte do dia. - Alelopatia e plantas companheiras: interações bioquí-
- Não ser muito encharcado e longe de agentes polui- micas entre todos os tipos de plantas, inclusive entre
dores. microorganismos, tanto inibitórios como estimulató-
- Ficar protegido de ventos frios. rios.
- Ter água nas proximidades, ou maneira de fazer uma
cisterna. - Efeitos de uma planta sobre a outra:
- Ser plano ou levemente inclinado. - Manjerona: melhora o perfume das plantas
- Arruda: boa companheira do alecrim
2º.) Preparo do solo, adubação e plantio: - Alho: bom companheiro da cebola, aumenta o poder
- Depois de escolhido o local, construir uma pequena medicinal das plantas
cerca para proteger dos animais. Limpar o terreno, - Bardana: bom companheiro do funcho
virar a terra. Em terrenos mais úmidos fazer canteiros - Alecrim: bom companheiro da sálvia, afasta insetos
mais altos. das plantas
- Cada espécie tem exigências diferentes quanto ao - Mil-em-rama: aumenta a produção de óleo essencial
clima e ao solo, mas a maioria se adapta melhor em nas outras plantas.
solo fértil e leve, onde as raízes têm facilidade para - Cravo de defunto: amiga de todas, protege contra
se desenvolver. nematóides.
- Caatinga-de-mulata: repele os insetos
- A textura do solo pode ser modificada com aduba-
- Urtiga : aumenta os princípios ativos das plantas
ção orgânica que pode ser esterco bem curtido ou
- Arnica brasileira: inibe a germinação de sementes
vermicompostagem. A adubação orgânica melhora
invasoras
o solo, fornecendo nutrientes e ajudando a reter a
- Calêndula: afasta insetos
umidade.
- Dente-de-leão: inibe o crescimento de plantas vizinhas
- No plantio procurar alternar plantas medicinais aro- - Alfafa: repele moscas e mosquitos
máticas com as não aromáticas, pois o perfume des- - Losna: mantém animais fora dos canteiros. Não se dá
sas plantas é repelente, e, portanto, afasta insetos e bem com outras plantas
ácaros prejudiciais. - Menstruz: mantém afastados pulgões e outros insetos.
- As plantas consideradas invasoras e que nascem
espontaneamente como a beldroega, o caruru, o 4º.) Escolha das plantas para fazer parte do horto
dente de leão e outras devem ser deixadas entre as medicinal:
plantas medicinais, pois elas também são alimentos
- É importante valorizar as plantas utilizadas na co-
para insetos e para o homem, assim como também
munidade, resgatando conhecimento das pessoas
têm função medicinal.
mais idosas. Assim vamos conhecer também quais
- O cercado em volta do horto poderá ser usado como as plantas que nasciam espontaneamente nesta
suporte de plantas que precisam de tutoramento comunidade. Este conhecimento é muito rico para as
como guaco, maracujá e outras. futuras gerações.
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Preparo de Receitas com
Plantas Medicinais para Uso Humano
POMADAS
As pomadas são preparadas com substâncias gordurosas e plantas medicinais ou tinturas. Pode-se acrescentar
cera de abelha, que contribui na cura e deixa a pomada mais cremosa. As pomadas são usadas em feridas e cortes
(como cicatrizantes e anti-inflamatório) contusões, hematomas, queimaduras, problemas de pele, reumatismo, dores
musculares, etc.
O local onde vai ser aplicada a pomada deve ser bem limpo. Os ferimentos devem ser lavados com água e sabão e
desinfetados com uma tintura indicada, ou um chá para cicatrizar mais rápido e evitar infecção. Depois de seco, colocar
uma camada fina de pomada sobre o ferimento e tapar com gaze ou pano limpo para proteger do pó. As aplicações
devem ser feitas duas a três vezes ao dia, principalmente à noite antes de deitar.

POMADA CICATRIZANTE CHÁS


Ingredientes: - Infusão: folhas macias e flores de plantas medicinais.
2 colheres (sopa) de calêndula Colocar 1 colher (sopa) ou 2 g de planta em 1 xícara e
2 colheres (sopa) de confrei adicionar água fervente, tampar, aguardar 15 minutos
1 colher (sopa) de bálsamo brasileiro e coar.
1 colher (sopa) de mil-em-rama - Decocto: folhas duras, cascas, sementes e raízes.
1 colher (sopa) de tansagem Colocar 1 colher (sopa) ou 2 g de planta em uma cane-
1 xícara de banha ca esmaltada com 1 xícara de água, ferver de 2 a 15
3 colheres de cera ralada minutos, aguardar mais 15 min e coar.

Modo de fazer:
Cortar as plantas bem miúdas e medir XAROPES
Fritar as plantas levemente com a banha, sem deixar Xaropes são preparados líquidos e densos (grossos)
queimar; feitos com água, açúcar ou melado, e com plantas
Coar, acrescentar a cera, embalar e rotular. medicinais ou tinturas.
Dura aproximadamente 6 meses em local fresco. Os xaropes são indicados nos casos de tosse ou ou-
Serve para aplicar em feridas, queimaduras e racha- tras doenças do aparelho respiratório. Podem também
duras da pele. ser utilizados como fortificantes.

POMADA DE CALÊNDULA XAROPE CARAMELIZADO


Ingredientes:
Ingredientes:
200 ml de óleo de girassol
200 g de açúcar (1 xícara e meia)
Meia xícara de camomila
3 folhas de guaco
5 colheres (sopa) de cera ralada
5 ramos de poejo (20cm)
Meia xícara de calêndula
2 folhas grandes de sálvia da gripe
20 gotas de tintura de própolis
2 folhas grandes de pulmonária
7 folhas de manjericão
Modo de fazer:
1 planta pequena de menstruz
Deixar em maceração por 10 dias a camomila e a calên-
dula no óleo. Filtrar, amornar, colocar a cera e a tintura
Modo de fazer:
de própolis, mexer bem, embalar e rotular.
Cortar as plantas bem miúdas;
Dura aproximadamente 6 meses em local fresco.
Dourar o açúcar numa panela até fazer caramelo, sem
Esta pomada é especial para peles sensíveis e alér-
deixar queimar;
gicas, para queimaduras, acne, unhas inflamadas e
Juntar as plantas e a água deixar ferver até o ponto de
fungos.
xarope;
Deixar esfriar, coar e colocar em vidros esterilizados.
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TINTURAS TÔNICO PARA A MEMÓRIA E
São preparados concentrados extraídos das plantas SISTEMA NERVOSO
medicinais. Normalmente usa-se o álcool de cereais Ingredientes:
ou de álcool de farmácia 96° G.L.para a extração dos 1 litro de vinho tinto puro
princípios ativos das plantas. 3 galhos de alecrim (20 cm)
Para 1 litro de álcool usa-se 250 gramas de planta verde 7 batatinhas de tiririca
limpa, lavar, secar, e picar bem as plantas, depois socar. 2 xícaras de mel
Misturar o álcool. Colocar a tampa e guardar em local
escuro, agitando diariamente, durante 10 a 15 dias. Modo de fazer:
Coar. Colocar em vidros escuros esterilizados e guardar Misturar os ingredientes, macerar e deixar curtindo por 10
em local escuro. Pode-se usar a tintura por até 3 anos. dias no escuro em frasco de vidro com tampa.
Uso de 10 a 15 gotas diluídas em meio copo de água, Filtrar e rotular. Dura aproximadamente 1 mês na gela-
duas ou 3 vezes ao dia para adulto. deira.
As tinturas são usadas como base para a elaboração de Adulto – tomar 3 colheres (sopa) ao dia, após as refei-
pomadas e xaropes. ções.
Exemplos de tintura:
Tintura de alho para a hipertensão (pressão alta) CREME PARA AS MÃOS
Tintura de beldroega, para renite e sinusite Ingredientes:
Tintura de tansagem como anti-inflamatório 100 g de lanolina
200 ml de água
TINTURA DE MANJERICÃO E Meia xícara de camomila
Meia xícara de calêndula
MIL-EM-RAMA 100g de vaselina sólida
Ingredientes: 10ml óleo de amêndoas doce
100 g de manjericão 1 colher (sopa) própolis
100 g de mil-em-rama
1 litro de álcool de cereais Modo de fazer:
Preparar um chá forte com 100ml de água e meia xícara
Modo de fazer: de camomila;
Colocar cada uma das plantas bem picadas e maceradas Preparar um chá forte com 100ml de água e meia xícara
em frascos de vidro com metade do álcool. de calêndula;
Deixar curtindo por 7 dias em local escuro. Aquecer 50g de lanolina e acrescentar os dois chás
Filtrar, embalar e rotular. coados, batendo sempre até amornar.
Dura até 3 anos em local escuro, fresco e seco. Adicionar a vaselina e mais 30g de lanolina. Bater bem.
Serve para aliviar picada de insetos, desinfetar pequenos Juntar o óleo de amêndoa doce e o própolis mexer bem,
cortes e arranhões promovendo a cicatrização. envasar e rotular.

ÓLEO PARA A PELE COM


CALÊNDULA, OU FLOR DE CIPÓ
DE SÃO JOÃO
Ingredientes:
100 ml de óleo de amêndoas
Meia xícara de flores de calêndula ou flores de cipó de
São João

Modo de fazer:
Colocar a planta limpa e seca no óleo e fazer banho-
-maria por 30 min.
Coar, embalar e rotular. Dura aproximadamente 6 meses
em local fresco e seco.
Este óleo fortalece a pele, deixando-a macia.
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Preparo de Salgadinhos e Doces
com Plantas Condimentares
Nos últimos 30 anos houve uma radical mudança nos hábitos alimentares dos jovens. Influenciados pela TV eles
passaram a consumir “alimentos apetecíveis”, mas sem valor nutricional, provocando desequilíbrios no metabolismo
do corpo humano. Precocemente está ocorrendo sobre-peso, colesterol, triglicerídeos, pressão alta e diabetes.
Com o fechamento das escolas no meio rural, a nucleação e a redução de alunos, os jovens foram estudar nas
escolas distritais e da cidade, em geral permanecendo lá para trabalhar, e conseqüentemente perderam a sadia,
diversificada e natural alimentação feita pelas suas mães.
Informações e características sobre algumas das ervas condimentares:

ERVAS ORIGEM PARTES USADAS ONDE USAR


Aipo (aroma) Europa Folhas e talos Ensopados, molhos, sopa de arroz, saladas e
Appium graveolens carnes; Saladas de batatas, bifes, ensopados

Alcaparra (sabor) Ásia Botões florais não abertos Em conserva de vinagre, molhos, carnes, peixes,
Cappasis spinosa molho branco com alcaparra esmagada

Alecrim (sabor) Mediterrâneo Folhas secas ou frescas Carne, aves, caça, sopas, molhos, risotos
Rosmarinus officinalis

Alho (sabor) Europa Dentes, pastas, pó Molhos, sopas, risotos, conservas, carnes,
Allium sativirum refogados.

Alho-porró (sabor) Ásia Central Toda planta fresca. A parte Parte branca: sopas e batatas cozidas. Folhas:
Allium porrum branca é mais saborosa. ensopados, sopas, refogados (retire depois de
Cortar em rodelas bem finas. cozido)

Alfacava (sabor) Fresca ou seca. Fresca deve ser Embutidos, molhos para massas, peixes
Ocimum gratissimum adicionada ao final cozimento.

Aniz (sabor) Sementes em pequenas Carnes brancas, molhos, cremes, patês


Pimpinella anisum quantidades

Baunilha (aroma) América Favas, essência, açúcar Bolos, biscoitos, cremes, mingaus, bebidas com
Vanilla aromática leite, licores, patês

Canela (sabor) Ceilão Cascas, pau, pó Picles, doces em calda, canjica, quentão,
Cinnamomum zeylanicum chocolate quente, cobertura de sobremesas,
peixes, molhos, bolos e biscoitos.

Capim limão (sabor) Folhas Carnes de ovinos e caprinos


Cyumbopogum citratus

Cardomomo (aroma) Sementes Sopas, carne de porco, salame, picles


Amomum cardamomum

Capuchinha (sabor) Peru Botões em conserva Molhos quentes, molhos para saladas,
Tropealum majus Flores, folhas e frutos carnes e peixes. Folhas frescas bem picadas
com manteiga ficam ótimas em pães, saladas.
O fruto no vinagre substitui o cren.

Cebolinha verde (sabor) China Folhas e bulbinhos Molhos em geral, omeletes, queijos, patê
Allium fistolosum

Cebolinha francesa (sabor)


Folhas e bulbinhos Bulbinhos: omeletes, queijo, patês, peixes.
Allium shoenaprasum (cortados em rodelas bem finas)

Cebola (sabor) Sibéria Bulbo Espete 2 cravos da Ìndia em uma cebola e ponha
Alliun cepa na sopa de legumes ou caldo de carnes.
A cebola é usada em molhos em geral.
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ERVAS ORIGEM PARTES USADAS ONDE USAR

Cominho (sabor) Egito Inteiro, grão Molhos para carnes e peixes, embutidos, queijos,
Cominum cyminum legumes.

Coentro (sabor) Europa Planta fresca. Uso moderado Embutidos, frangos, peixes, hortaliças.
Coriandrum sativus pode causar intoxicações.
Sementes

Curcuma (cor) Rizomas secos. Grávidas não Sopas, arroz, massas.


Curcuma zedoaria podem consumi-los

Cravo (sabor) Oriente Botão floral Caldas para doces, quentão, biscoitos,
Caryophyllys sp carne de pato.

Erva doce (aroma) Ásia Folhas e sementes Carnes grelhadas, biscoito, pães, bolos,
Anethum foeniculum linguiças, salames.

Endro ou Aneto (sabor) Asia Folhas frescas, sementes Folhas: cortar com tesoura sobre a travessa
Anethum graveolens pronta de peixes, ensopados, molhos e
maioneses, Semente moída: torta de maçã,
biscoitos, folhados.Sementes inteiras: conservas.

Estragão (sabor) Rússia Fresco, em conserva Para quem não pode ingerir sal, o estragão tira a
Artemisia drucunculus insipidez do regime. As conservadas em vinagre
são ótimas para temperar aves, peixes, carne de
coelho e vinagres.

Funcho (sabor) Europa Fresco, seco, sementes Folhas e talos: sopas, molhos, costelas.
Foeninculum vulgare Sementes: pães, torta de frutas, molhos para ma-
carrão, feijão. As folhas de funcho picadas muito
finas corrigem o gosto oleoso de certos peixes

Gengibre (sabor) Índia Rizoma Raiz ralada: molhos para galinha, molho de
Zinziber officinalis tomate, picles. Raiz moída: doces, pães, bolos,
bebidas quentes, sopas.

Gergelim ou Sésamo Índia Sementes. pó Pães, biscoitos, bolos, patê, cremes, pudins,
(sabor)Sesanumi indicum aves, porco, peixe com gersal

Hortelã (sabor) Fresca, seca. Deve ser usada Legumes e verduras e geral. Porco e cordeiro
Menta sp. sozinha sem outro tempero assado. Bolinho de carne. Bolos.

Losna (sabor) Europa Fresca, seca Omeletes e saladas. Junto com a cebolinha
Artemisia absinthum verde e salsa, a losna em pequena quantidade é
ótima sobre assados.

Louro Oriente Médio Fresco, seca Usar com moderação: sopas,


Laurus nobilis feijão. Ensopados.

Manjerona (aroma) África Fresca, seca Assados, molhos para carnes. Substitui o
Origanum majorana orégano em pizzas e molhos de tomate, feijão.

Manjericão (sabor) Ásia Folhas frescas: são mais suaves. Em pratos quentes colocar ao final. Massas,
Ocimum basilicum Folhas secas: são mais picantes assados, sopas, carnes.

Mostarda (sabor) Europa Grãos amolecidos no vinagre Grãos inteiros: conservas, assados com carnes
Sinapis alba gordas, linguiças, salsichas, caças de pêlo, peixe,
maionese. Grãos miúdos: é muito ardida.
Misturar com água avinagrada na hora de utilizar
.
Noz Moscada (aroma) Semente (deve ser ralada na hora) Sopas, recheio de capeletti, creme de galinha,
Myristica fragrans peixe frito. Polvilhar nas panquecas e gemadas.

Orégano (aroma) Ásia Fresco, seco Pizzas, molhos, cordeiro, grelhados, picado sobre
Origamum vulgare salada de tomate e pizzas.
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ERVAS ORIGEM PARTES USADAS ONDE USAR

Páprica (sabor) América Pó Batatas, peixes, saladas. Misturar páprica ao


Capsicum annuum queijo, creme, passar em torradas

Pimenta (sabor) Diversas formas de uso : Calabresa (moída ou flocos): embutidos, molhos,
churrascos. Branca (inteira ou moída): utilizado em pratos que não permitem alterar
a cor. Pimenta de cheiro: ensopados em geral. Jamaica: Carnes inteiras ou moídas,
frangos, peixes, patês, cozido de porco e violeta. Malagueta (a mais brasileira das
pimentas): recheios, farofas. Pimenta do reino: molhos, carnes de panela, em grãos,
em conservas, e moderadamente em peixes.

Cren / Raiz forte (sabor) Raíz Molhos, saladas cruas como pepino e rabanete
Nasturtium amoracea ralado com vinagre de vinho. Acompanha cozidos
de carnes e verduras. Torna -se mais fraca
quando acompanhada de creme de leite.

Salsa (sabor) Folha Molhos, sopas, saladas, carnes, legumes cozidos


Petroselinum sativum no vapor, ou refogados na manteiga. Salsa
picada sobre omeletes, ovos cozidos e mexidos.

Sálvia (sabor) Europa Folhas Carneiro, cabrito, aves, porco, caças, molhos
Salvia officinalis ensopados.

Segurelha (sabor) Folhas secas Salpicar saladas, pratos com carnes, vegetais
Satureja hortensis cozidos, sopas. É um condimento para alimentos
pesados.

Tansagem (sabor) Europa Folhas Folhas cruas misturadas nas saladas. Folhas
Plantago major cozidas em sopas.

Tomilho (aroma) Europa Fresco e seco Sopa de feijão, mariscos, ostras, carnes, peixes
Thymus vugaris gordurosos, molhos escuros, legumes em geral

Urucum (cor) Brasil Sementes Dá atraente coloração vermelho-alaranjado no ar-


Bixa orellana roz, frango, queijos, molhos cremosos em farofa.

Receitas
BISCOITO DE ERVAS BISCOITO DE GERGELIM
Ingredientes: Ingredientes:
2 copos de água fria 1 copo de nata
2 cebolas médias 1 colherinha de sal
1 dente de alho, ou mais se desejar 1 colher de fermento rápido
Meio copo de azeite de oliva ou óleo de girassol, ou nata 1 ovo
fresca Farinha de trigo, farelo de trigo, gergelim e
5 xícaras de farinha integral (mais ou menos 1 kg) orégano ou tomilho
Sal a gosto Semente de linhaça, flocos de aveia
Funcho, salsa ou manjericão a gosto
Semente se caruru e linhaça Modo de fazer
Juntar os ingredientes, fazendo uma massa
Modo de fazer de boa consistência.
Liquidificar a cebola com a água e o alho Amassar bem, espichar a massa bem fina e
Colocar o líquido em uma bacia cortar os palitos. Colocar na forma e assar
Adicionar sal, óleo, ervas picadas e as sementes, juntar a até dourar.
farinha aos poucos, mexendo sempre. Se precisar adicionar
farinha branca até ficar uma massa homogênea
Abrir com o rolo a massa bem fininha, cortar em quadrados
e assar até dourar
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PALITO DE PIMENTA PÃO COM TEMPERINHO VERDE
Ingredientes: Ingredientes:
3 a 4 pimentas dedo de moça Massa de pão
3 colheres de manteiga Temperinho verde e queijo ralado
¾ xícara ( uma xícara quase cheia) de óleo
1 cebola grande Modo de fazer:
Meia xícara de leite Abrir a massa com o rolo para que fique fina (meio
2 colherinhas (chá) de sal centímetro).
Meio kg de farinha de trigo integral Polvilhar a massa com tempero verde picadinho, e
3 colheres (sopa) de queijo ralado queijo ralado.
1 colher (sopa) de fermento em pó Enrolar, deixar crescer e assar o rocambole. Cortar o
1 colherinha (chá) de açúcar rocambole em fatias finas para servir.
Semente de linhaça
MOLHO AL PESTO
Modo de fazer:
Ingredientes:
Liquidificar a pimenta, o óleo, a manteiga, a cebola, o
1 xícara de manjericão fresco
sal, o açúcar e o leite.
2 dentes de alho
Transferir a mistura para uma bacia, juntar os demais
3 nozes
ingredientes e amassar até desgrudar das mãos. Se
4 colheres (sopa) de azeite de oliva
precisar, juntar mais farinha. Abrir a massa, cortar os
Sal e pimenta a gosto
palitos e assar.
Modo de fazer:
SEMENTES DE ABÓBORA Triturar o alho e as nozes, juntar o azeite e levar ao
TORRADA fogo para refogar bem rapidamente, de modo que
Ingredientes permaneçam de cor clara. Misturar o manjericão bem
Sementes de abóbora e sal picadinho e mexer bem.
Este molho fica muito gostoso na massa, pizza, cana-
Modo de fazer pés e no pão fazendo sanduíche.
Lavar as sementes, colocar um pouquinho de sal
Torrar as sementes conservando a cor, até que fiquem PATÊ DE GRÃO DE BICO (Bastante
crocantes. Excelente como salgadinho. Grande valor nutritivo)
nutritivo.
Ingredientes:
1 xícara de grão de bico
BALAS DE GENGIBRE Água
Ingredientes: Meio dente de alho
2 xícaras de açúcar Salsa e cebolinha
1 colherinha (chá) de mel Orégano
2 colheres (sopa) de gengibre ralado 2 colheres de Óleo
1 colher (sopa) de suco de limão Sal
1 xícara de água
Modo de fazer:
Modo de fazer: Deixar o grão de bico de molho durante 12 horas.
Juntar todos os ingredientes e deixar ferver até o ponto Cozinhar o grão de bico com água
de bala, sem mexer. Quando cozido bater no liquidificador com os temperos
Derramar em prato untado. Fazer as balas. e o óleo, até ficar uma pasta.
No lugar do gengibre podemos colocar a planta medici-
nal que quisermos (guaco, funcho, hortelã).
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FARINHA DE MANDIOCA MOLHO VERDE PARA SALADAS
TEMPERADA Ingredientes:
Ingredientes: Salsa
1 xícara de farinha de mandioca Cebolinha
2 colheres (sopa) de salsa Hortelã
1 colher (sopa) de manjericão Alho
1 colher (sopa) de cebola picadinha Iogurte natural
1 colher (sopa) de manteiga Azeite de oliva
Sal a gosto
Modo de fazer:
Modo de fazer: Picar bem as plantas, acrescentar o azeite e em segui-
Refogar temperos na manteiga E juntar a farinha de da o iogurte.
mandioca, mexendo sempre até que fique levemente É usado para temperar saladas, especialmente de
torrada. cangica de trigo picadinho

VINAGRE E ÓLEO BOLO DE HORTELÃ


CONDIMENTADO Ingredientes:
1 xícara e meia de farinha de trigo integral
Ingredientes:
1 colherinha de canela em pó
Condimentos variados
1 colher (sopa) fermento em pó
Vinagre
1 xícara de aveia em flocos (reservar 1 colher sopa)
Óleo ou azeite de oliva
4 ovos
10 gramas de hortelã
Modo de fazer:
4 colheres (sopa) de nata
Lavar e secar os temperos;
1 xícara de açúcar
Colocar nos vidros os temperos;
Completar em vidros, um com óleo e o outro com
Modo de fazer:
vinagre.
Bater os ovos, hortelã, a nata e o acúcar por 2 minutos
Utilizar para temperar as saladas. Além de muito sa-
no liquidificador, desligar e acrescentar: a farinha de
borosos e bonitos eles contêm os princípios ativos das
trigo, a canela em pó, o fermento em pó, flocos de
plantas que utilizamos para enfeitá-los.
aveia e bater novamente por 1 minuto.
Obs: Os vidros devem ser limpos, esterilizados, e de
Colocar numa forma redonda untada, salpicar os flocos
preferência com tampas novas.
que estavam reservados e levar ao forno com a tempe-
ratura a 200o.C para assar durante 40 minutos.
GERSAL
Ingredientes: Gergelim e sal BOLO DE ABOBRINHA (suquete)
Modo de fazer:
Ingredientes:
Levar os dois ingredientes ao fogo numa panela me-
3 ovos
xendo sempre, até desprender o cheiro de amendoim
2 xícaras de abobrinha cortada em pedacinhos
torrado, ou as sementinhas começarem a saltar. Tritu-
2 xícaras e meia de açúcar mascavo
rar as sementes, deixar esfriar e envasar.
1 xícara de óleo
Coloca-se na mesa num vidro para as pessoas utili-
3 xícaras de farinha de trigo integral
zarem nas saladas, sopas, arroz integral e no pão em
sanduíches.
Meia colher (sopa) de bicarbonato
1 colher (sopa) rasa de fermento em pó
Modo de fazer:
Bater no liquidificador os ovos, o óleo e a abobrinha
Em outra tigela, misturar os outros ingredientes e juntar
à mistura anterior.
Levar para assar em forno médio por 40 minutos.
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Plantas espontâneas “inços”
que podem ser utilizados na alimentação
Todas as plantas têm uma função na natureza, e não nascem por acaso em um determinado local. Por isso, ao
invés de chamar algumas plantas de “inços” ou “daninhas”, o correto seria chamá-las de plantas que são “indesejáves”
naquele local e naquele momento, mas que podem ser muito úteis em outra situação.
Os “inços” geralmente habitam o mesmo espaço na horta, junto com os temperos, chás e flores, criando um
ambiente favorável ao desenvolvimento de plantas sadias.
Quase sempre desprezados pela falta de conhecimento da população, algumas destas plantas são vegetais ricos
em minerais, vitaminas e proteínas, considerados ótimos para a alimentação do ser humano, podendo ser preparado
de diversas formas: refogados, sopas, saladas e sucos. No caso do cren, preparado com vinagre, agrega um sabor
peculiar às carnes lessas.
No quadro abaixo, algumas destas plantas e suas propriedades:

Nome comum Propriedades


Nome científico

Beldroega É rica em proteínas, vitaminas A, B e C, cálcio, fósforo e ferro. Ao longo dos séculos, foi empregada
(Portulaca oleracea) na cura do escorbuto. Sua mucilagem (substância viscosa) confere-lhe virtudes emolientes, tanto
para uso interno quanto externo. É também depurativa, diurética e vermífuga.

Dente-de-leão Suas folhas contêm propriedades tônicas para o fígado. Combatem a febre, são depurativas,
(Taraxacum officinalis) antidiarréicas e anti-hemorrágicas. Ajuda no controle do colesterol e triglicerídeos, reumatismo e
prisão de ventre. As raízes são usadas como diurético, pois contém inulina e taraxina.

Maria-gorda ou Benção É ingrediente importante nos pratos regionais do norte e nordeste do Brasil. É muito nutritiva. Na
de Deus medicina doméstica, as folhas são usadas como emplasto para acelera a cicatrização de feridas e
(Talinum patens) cortes. Na culinária suas folhas são usadas em refogados, saladas e sopas.

Capuchinha As folhas e flores são ricas em vitaminas C. Abrem o apetite, facilitam a digestão e são calmantes,
(Trapaeolum majus) atuando contra a insônia e controle da psoríase. O seu suco, quando ingerido diariamente, diminui
a formação de catarro e facilita a sua expectoração. Existem pesquisas que indicam a capuchinha
para o tratamento de infecções urinárias sem destruir a flora intestinal. Toda a sua planta é co­mes­
tível. Os botões florais e os frutos são usados como picles. Tem sabor picante que lembra agrião.
O fruto, quando moído com vinagre, substitui o cren para colocar em carne lessa ou assada.

Menstruz Em chás ou xaropes é usado no combate às febres e problemas respiratórios. Seu uso externo é
(Coronopus didymus) recomendado no tratamento de hemorróidas e, em forma de cataplasma no tratamento de luxações
musculares. O suco das folhas é usado contra as doenças do estômago. É usado em saladas,
misturado com o radiche ou outras folhas.

Caruru São ricos em ferro, potássio e cálcio. Vão para a mesa desde o Brasil colonial, quando eram apre-
(Amaranthus ssp.) ciados da casa grande a senzala. Os carurus são usados em refogados, molhos, tortas, lasanhas,
pasteis e panquecas. As folhas e talos devem ser cozidos para eliminar o excesso de ácido nítrico
que prejudica seu sabor. O processo é idêntico ao que se usa com espinafre.

Ora-pro-nóbis Suas folhas são emolientes e laxativas. É rica em minerais, vitaminas e proteínas. Por isso chama-
(Pereskia aculeata.) da de “carne dos pobres”.

Cren É rica em vitamina C. É antisséptica, laxativa e extremamente diurética. Ralada com vinagre acom-
(Armoracia rusticana) panha cozidos de carne e legumes.

Flor de abóbora Pode ser colocada na sopa ou refogados. São muito nutritivas. Fortalecem a pele.
(Cucurbita spp.)

Urtiga Boa para circulação do sangue, depurativa, diurética e digestiva. É boa para gastrite, anemia, asma,
(Urtica urens L.) aumentar o leite, prevenção do câncer, caspa, diabete, digestão, reumatismo... Usada em receitas
de pães, bolos, refogados, guisados, rizotos ou ensopados. É excelente tônico para organismo.
OBS: As folhas de beldroega, dente-de-leão, maria-gorda, capuchinha, menstruz, e ora-pro-nobis devem ser misturadas sempre que possível nas saladas do
dia a dia. O caruru, assim como o espinafre, deve ser primeiro aferventado e depois acrescentados a nossa alimentação para enriquecê-la.
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Algumas receitas com estas plantas:

SALADA DE BELDROEGA, SALADA DE DENTE DE LEÃO


ALFACE E RADICCI Ingredientes:
Ingredientes 1 maço de dente-de-leão.
1 pé de alface 100g de nozes picadas.
1 maço pequeno de radicci 2 ovos cozidos e picados (opcional).
1 maço de folhas de beldroega Sal, azeite de oliva, pimenta, vinagre ou limão.
2 colheres (sopa) de puína. Modo de fazer:
Sal, azeite de oliva, limão ou vinagre a gosto. Lavar e cortar as folhas em tamanho médio.
Juntar os demais ingredientes, misturar e servir.
Modo de fazer:
Temperar as folhas com azeite, sal e vinagre. REFOGADO DE CARURU E ESPINAFRE:
Servir.
Ingredientes:
1 maço pequeno de caruru.
REFOGADO DE 1 maço pequeno de espinafre
BELDROEGA 2 colheres (sopa) óleo ou 1 colher (sopa) manteiga.
Ingredientes 1 cebola picadinha.
1 maço de beldroega. 1 dente de alho.
2 cebolas picadas. 1 pires de tempero verde.
1 tomate picado. Sal a gosto.
Tempero verde, alho, óleo e sal. Modo de fazer:
Aferventar o caruru e o espinafre na água, escorrer e picar.
Modo de fazer: Refogar a cebola, o alho e o óleo, acrescentar o caruru e o
Refogar a beldroega no óleo, alho, sal, cebola espinafre, o tempero verde e por último o sal.
e tomate. Juntar o tempero verde picadinho. Refogar mais 10 minutos e servir.
Deixar apenas amaciar e servir.
TORTA DE AIPIM COM CARURU E
SALADA MISTA
ESPINAFRE:
Ingredientes:
Espinafre. Ingredientes:
Alface. 1 Kg de aipim cozido e amassado.
Radiche ou dente de leão. 1 receita básica de caruru e espinafre refogado.
Folhas e flores de capuchinha 2 ovos e queijo ralado.
Azeite de oliva, sal e limão ou vinagre. Modo de fazer:
Colocar o aipim em uma forma refratária, arrumar por cima
Modo de fazer: o caruru e o espinafre refogado e depois os ovos batidos,
Lavar e escorrer todas as folhas. misturados com o queijo ralado.
Temperar com azeite, sal e limão ou vinagre. Levar ao forno para gratinar.

REFOGADO DE MARIA- OMELETE DE MENSTRUZ:


GORDA Ingredientes:
Ingredientes: 1 maço pequeno de menstruz.
1 colher de óleo 3 ovos.
1 cebola pequena picada Sal e pimenta.
2 dentes de alho 1 cebola picada.
Tomate (opcional) Óleo ou manteiga.
1 xícara da planta rasgada ou cortada Modo de fazer:
Bater os ovos, adicionar o sal, a pimenta e o mestruz picado.
Modo de fazer: Colocar o óleo ou a manteiga na frigideira, refogar com a
Colocar na panela o óleo com os demais cebola e em seguida adicionar a mistura.
ingredientes, e deixar refogar até que fiquem Servir quente com o arroz.
levemente macios.
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ORA-PRO-NÓBIS PASTA DE ORA-PRO-NÓBIS
REFOGADA COM FRANGO: Ingredientes:
Ingredientes: 50 gramas de folhas de ora-pro-nóbis
Meio frango cozido e cortado em pedaços, 150 gramas de ricota fresca
retirando a pele e ossos. 30 ml de azeite de oliva
Um maço de ora-pro-nóbis Sal
Cebola picada
Limão Modo de fazer:
Tomate Lavar folhas. Refogar as folhas rapidamente e processar com os
Manteiga demais ingredientes, até o ponto desejado, fazendo uma pasta
Tempero verde para servir sobre pães e biscoitos.
Alho, pimenta e sal
PÃO DE URTIGA
Modo de fazer: Ingredientes:
Picar e refogar o ora-pro-nóbis com algumas 1 kg de farinha de trigo
gotas de limão e um pouco de manteiga até 2 copos (500ml) de água
secar bem a “baba” e reservar. Sal (20 gramas)
Numa outra panela refogar com manteiga a 30 gramas de fermento
cebola, alho, tomate, carne e juntar o ora- 30 gramas de urtiga picada
pro-nóbis.
Temperar com sal, pimenta e o tempero Modo de fazer:
verde. Coloque a farinha em um recipiente e abra um buraco no centro.
Servir com arroz e saladas. Acrescente a água com o sal. Desmanche o fermento com as
mãos e dissolva-o na água. Misture os ingredientes com as
REFOGADO DE “MARIA- mãos até obter uma massa maleável. Quando a massa estiver
GORDA” OU “BENÇÃO-DE- bem homogênea, faça uma bola com ela e deixe descansar por
15 minutos. Assar em formas untadas, com forno a 200ºC.
DEUS”
Ingredientes:
PASTA OU PATÊ VERDE DE
1 colher de óleo
1 cebola pequena picada ORA-PRO-NÓBIS
2 dentes de alho Ingredientes:
Tomate (opcional) 2 cebolas médias picadas
1 xícara da planta rasgada ou cortada 1 colher de chá (ou 1 dente) de alho picado
4 colheres de sopa de óleo
Modo de fazer: 1 colher de sopa rasa de sal
Colocar na panela o óleo com os demais 500 gramas de ricota
ingredientes e deixar refogar até que fiquem 300 gramas de folhas de ora-pro-nóbis
levemente macios. 1 copo quase cheio de água fervente (se for preciso!)

PASTA DE CAPUCHINHA Modo de fazer:


Ingredientes: Descasque e pique as cebolas e leve a panela para dourar
24 flores de capuchinha juntamente com o sal, o alho, e somente em seguida as 4
150 gramas de ricota fresca colheres de óleo (ou menos se preferir). Pique grosseiramente
30 ml de azeite de oliva as folhas do ora-pro-nobis e refogue com os demais ingredientes
Sal já dourando na panela. Corte as ricotas em pedaços pequenos.
Transfira o refogado aos poucos para o liquidificador e vá
Modo de fazer: adicionando a ricota partida. Se houver necessidade acrescente
Lavar as flores. Processar as flores com os um pouco de água fervente para facilitar e homogeneizar bem
demais ingrediantes até o ponto desejado, a pasta. Armazene em recipiente de boca larga para facilitar a
fazendo uma pasta para servir sobre pães e retirada e sirva sobre biscoitos, pães.
biscoitos. Também pode ser utilizado em recheio de pastéis (frio e ou
assado) e recheios de massas em geral (capelleti, rondelle...)
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CERVEJA DE CARQUEJA SUCO DE COUVE E LIMÃO
Ingredientes: Ingredientes:
12 litros de água 1 litro de água
1 quilo e 200 gramas de açúcar 1 limão
1 maço de carqueja branca 1 folha de couve
2 copos de cachaça 2 folhas de ora-pro-nóbis
1 colher de café de fermento para pão
Modo de fazer:
Modo de fazer Lavar bem o limão, a couve e a ora-pro-nóbis.
Primeiro misture a água, a carqueja e 800 gramas de açúcar Cortar em pedaços. Tire as sementes do limão.
e leve ao fogo. Deixe ferver por 30 minutos. Depois tire do Liquidificar estes ingredientes. Com água e
fogo. Enquanto a mistura esfria, faça uma calda. Coloque coar. Diluir em água para ficar com gosto suave.
400 gramas de açúcar em uma panela e mexa até ficar com Adoçar e servir.
uma cor amarelada. OBS: Pode-se substituir a couve por espinafre,
Depois misture a calda quente na panela, sem a carqueja. dente-de-leão, folha de pitanga, de funcho, alface,
Quando a mistura estiver fria, adicione os 2 copos de e pode-se substituir o limão por maracujá.
cachaça e o fermento. Coar a bebida.
Deixe a bebida por 24 horas na panela. Depois, engarrafe o
líquido, feche bem, e deixe descansar por oito dias. A partir
SUCO DE BETERRABA E
daí espere a temperatura certa e saboreie. LIMÃO
Ingredientes:
FRISANTE DE LÍRIO DO BREJO 1 beterraba pequena, crua e sem casca
1 limão com casca, sem sementes
Ingredientes:
1 ramo de beldroega
250 gramas de raízes (rizomas) de lírio do brejo
1 litro de água
1 copo e meio de suco de limão
500 gramas de açúcar
Modo de fazer:
10 litros de água
Bater no liquidificador primeiro a beterraba e coar.
O resíduo pode ser utilizado como salada ou em
Modo de fazer:
sopa. Bater o restante dos ingredientes com o
Lavar os rizomas e cortar em fatias finas ou ralar no
suco já extraído da beterraba, coar e servir.
ralador grosso. Colocar numa panela com 1 litro de água
e levar ao fogo. Deixar ferver por 10 minutos. Tirar do
fogo e acrescentar os demais ingredientes. Após esfriar SUCO NUTRITIVO
bem, engarrafar em garrafas (tipo PET), cuidando para Ingredientes e Modo de fazer:
não encher muito e retirando todo o ar. Acondicionar as 1 ramo de brócolis
garrafas deitadas em local protegido do sol. O processo 1 ramo de benção-de-deus ou maria-gorda
de fermentação tornará as paredes das garrafas firmes, 2 laranjas sem casca
momento em que o frisante estará pronto. Açúcar (opcional)
Água
FRISANTE (“Fanta caseira”) Liquidificar e coar.
Ingredientes:
1 litro e meio de água
2 cenouras
1 laranja com casca e sem sementes
Suco de 2 limões
2 colheres de flores de capuchinha

Modo de fazer:
Lavar bem os ingredientes. Cortar em pedaços as cenouras
e a laranja. Liquidificar as cenouras, a laranja e a capuchinha
com um pouco de água. Coar. Juntar o suco de 2 limões e o
restante da água. Colocar açúcar e servir.
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Valor Nutritivo e Vitalidade dos Alimentos
O conhecimento dos alimentos e de seu valor nutritivo é importante para avaliar os nossos hábitos alimentares.
Os ALIMENTOS GERADORES DE VIDA são aqueles que estão potentes e vivos, cheios de energia natural,
por exemplo: germes, brotos de sementes, amêndoas, cereais, legumes, frutas, plantas medicinais e hortaliças. Estes
alimentos, que proporcionam energia e vitalidade, precisam estar presentes em nossa alimentação diária, pois asse-
guram o equilíbrio energético em qualquer idade. Precisamos utilizar diariamente esses alimentos em nosso cardápio
de forma diversificada.
Os ALIMENTOS DESVITALIZADOS são aqueles que sofrem alterações vitais através das formas de conservação,
preparação e industrialização. A desvitalização dos alimentos acontece quando os modificamos pelo cozimento, onde
se perdem as vitaminas e os sais minerais. Quando conservados em geladeiras, ou por processos químicos, perdem
também a energia natural, pois estes processos diminuem a energia da vida, e portanto, diminuem a vida, envelhecendo
precocemente e desvitalizando as células.
Nos ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS deve-se observar o conteúdo nutritivo. Por exemplo: o arroz branco é
um alimento que, além de ter sido retirada a película, que é muito nutritiva, sofre o acréscimo de elementos químicos
para sua conservação. Assim acontece com a maioria dos alimentos industrializados. Eles são desvitalizados porque,
na maioria das vezes, estão cheios de conservantes, corantes, antioxidantes e outros aditivos químicos. São alimentos
desenergizados, mortos e nocivos à saúde humana, portanto, destroem a vida.
A saúde preventiva tem como base o conhecimento da anatomia humana, seu funcionamento, as relações na-
turais do homem com o meio, através de uma nutrição equilibrada, com alimentos e água de qualidade. É de suma
importância conhecer a origem, os valores nutritivos e as formas de manuseio dos alimentos, conservando a vitalidade
dos alimentos para que as pessoas sejam beneficiadas com uma alimentação saudável.

Fitoterapia Culinária: As Frutas


Abacaxi: É ótimo após as refeições pesadas para ajudar a digestão das proteínas. É um auxiliar terapêutica da gota
e da arteriosclerose. É importante para a formação óssea dos adolescentes. Fonte de Vitamina C,
com quantidades úteis de vitamina B6, tiamina, ferro e magnésio.
Ameixa: É um laxante natural. Rica em cálcio, fósforo, ferro e algumas vitaminas.
Cereja: É um célebre e suculento diurético.
Figo: Suas virtudes laxativas deveriam fazer aqueles que têm problemas de prisão de ventre a utilizá-lo.
Goiaba: Indicada nos resfriados e nas infecções. Contém vitamina A, C, cálcio e fósforo.
Kiwi: Pode ser utilizado como amaciante de carnes. É excelente fonte de vitamina C, assim como potássio e fibras.
Laranja: As vitaminas A e C que contém conferem-lhe o poder de prevenir a gripe.
Limão: É um poderoso bactericida extremamente útil no caso de males da garganta. Fonte de vitamina C. Combate
infecções, pois aumenta a resistência do organismo. Contém ainda vitamina A, cálcio, fósforo, ferro.
Maçã: Reguladora das disfunções intestinais, essa excelente fruta é boa para o estômago, sendo também depurativa
e anti-séptica.
Mamão: Indicado para úlceras pépticas, gota, obesidade e diabetes. Regula a função intestinal.
Maracujá: Tem efeito calmante e relaxante. Contém potássio, ferro, fósforo e vitamina C.
Marmelo: As diarréias, sobre tudo as de lactentes, e os vômitos são energicamente combatidos por essa fruta apre-
sentada em forma de geléia ou de doce.
Melão: Atua na coagulação do sangue e na diminuição da velocidade da descalcificação. Contém vitamina C, fósforo,
potássio e sódio.
Morango: Rico em ferro e pouco rico em calorias, diurético e depurativo. Indicado para todas as anemias. Tem ação
anticancerígena. Contém vitamina C, fósforo, potássio e sódio.
Pêssego:Vitamina A, C, D e sais minerais, principalmente potássio. É levemente diurético.
Pitanga: Contém fibras, fósforo e cálcio. É digestivo e atua na formação óssea.
Uva: Seu açúcar não oferece perigo aos diabéticos. Além disso, também é beneficia em caso de distúrbios cardíacos,
de hipertensão e de reumatismos.
21
Fitoterapia Culinária: Os Condimentos e Legumes
Agrião: É mais rico em ferro do que o espinafre, contendo caroteno, vitaminas A, B1, B2, C e E.
Aipo: Indicado particularmente nos regimes para emagrecer.
Alcachofra: O “coração” da alcachofra é purificante e diurético. As folhas e o cabo são muito ativos contra distúrbios
hepáticos, renais e circulatórios.
Alecrim: Esse condimento tem muitas qualidades terapêuticas: revigorante, anti-reumático, diurético, poderoso agente
das digestões, da cicatrização, da sudação, do combate às infecções e os distúrbios nervosos.
Alho: Estimulante cardíaco, regulador de tensão arterial, o alho ativa a circulação do sangue, beneficia a digestão,
impede a proliferação dos micróbios, faz baixar a febre e ajuda a expulsar os parasitas intestinais. Porém,
há um inconveniente: seu odor. Para evitá-lo, deve-se mastigar bem um grão de café ou galho de salsa.
Alho-poró: Fortificante das cordas vocais, amigo dos reumáticos, inimigo da arteriosclerose e da obesidade, é um
excelente diurético.
Aspargo: É um diurético que pode ser usado em caso de cistite, de cálculos renais ou de prostatite.
Canela: É afrodisíaco, cura a tosse e o resfriado. Num líquido quente, funciona como sudorífero. É usada para fazer
doces e vinho quente.
Cebola: Estimulante diurético, rico em vitamina A, B e C, em ferro, cálcio, fósforo, potássio, sódio, enxofre, iodo, sílica,
açúcar (assimilado diretamente, mesmo pelos diabéticos), deve ser consumido de preferência cru.
Cenoura: O bom senso popular sempre lhe atribuiu, com razão, uma série de virtudes. É amiga da vista, da tez e da
bexiga.
Cravo- da- índia: É um delicioso afrodisíaco.
Dente-de-leão: Essa deliciosa hortaliça é aconselhável aos que têm excesso de colesterol e aos que de sofrem obe-
sidade e celulite.
Espinafre:Todos conhecem, a exemplo de “Popeye”, suas virtudes fortificantes.
Estragão: Possui virtudes aperitivas e é de grande utilidade nos regimes sem sal, cuja ausência permite disfarçar. É
servido também com verduras e legumes crus.
Feijão: Alimento vegetal rico em proteínas, ajuda a combater a fadiga e melhorar o estado nervoso.
Soja: É um alimento completo, rico em proteínas. Indicado aos anêmicos e aos estafados.
Funcho: Regularizador do ciclo menstrual, é também diurético e combate eficazmente os vômitos.
Hortelã: Muito utilizada pelos orientais e pelos ingleses para aromatizar petiscos, sopas, molhos e chás, a hortelã, além
disso, é excelente anti-séptico, eficaz contra as digestões difíceis, a aerofagia, as insuficiências hepáticas
e os vômitos.
Louro: Facilita a digestão, ajuda no tratamento das bronquites crônicas. O louro é parte integrante de todos os molhos.
Manjericão: Alivia enxaqueca, flatulências, aerofagia e insônia. É utilizado em sopas, saladas ou pratos de legumes
e verduras cruas.
Mostarda: Esse condimento para carnes e molhos estimula o funcionamento do pâncreas e dos rins; auxilia a digestão,
salvo se for empregado em excesso, pois, nesse caso, age contra o estômago.
Nabo: É um excelente fortificante.
Noz-moscada: Tempera agradavelmente molhos e carne branca e presta um precioso auxílio à digestão desses pratos.
Pimenta: Estimula a circulação sanguínea e regula a temperatura do corpo. Combate a enxaqueca e problemas do
intestino e do estômago.
Raiz-forte: Excelente fortificante, poderoso diurético, é também um amigo das vias respiratórias.
Repolho: Contribui para a forma física geral.
Salsa: Diurética, tônica, regulariza também as funções genitais femininas e combate os inchaços do abdômen.
Sálvia: Convêm particularmente às mulheres, pois acalma as dores específicas, e também facilita a menopausa.
Segurelha: Retarda o envelhecimento da pele, combate os distúrbios circulatórios.
Serpão: É uma planta de origem européia, cuja ação antisséptica é muito conhecida e eficaz contra as anginas, os
resfriados e a artrite.
Tomilho: Normalmente empregado em uma cozinha “saborosa”. Auxilia nos distúrbios da circulação e nas alergias
(asma, eczema).
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Transtornos de saúde por falta de VITAMINAS, e onde encontrá-las:
Sintomas causados pela falta de vitamina A: Onde encontrar a vitamina A:
Acomodação visual decorada. Alimentos: cenoura, brócolis, mamão, salsa, manga, agrião, feijão
Cegueira noturna. verde, batata-doce,laranja, damasco, amêndoa, caruru, couve,
Diminuição de lágrimas espinafre, bertalha,tomate, aspargos, pêssego, ameixa e goiaba.
Bronquite
Caspa do couro cabeludo.
Colites
Diarréias com muco e sanguinolentas.
Dificuldades de a vista suportar bem a luz.
Dificuldades no crescimento.
Espinhas, furúnculos.
Baixa resistência a infecções.
Resfriados freqüentes.
Fragilidade e queda de cabelos.
Olhos fatigados, visão deficiente.
Pele áspera, seca e escamosa.

Sintomas causados pela falta de vitaminas B1: Onde encontrar a vitamina B1:
Anemia. Alimentos: cereais integrais, castanhas, farelo de arroz integral,
Reumatismo. frutas, feijões, soja, amendoim, levedo, ervilhas, vagem, espinafre,
Digestão difícil. Gases. Prisão de ventre. mostarda, couve, couve-flor e quiabo.
Dormência. Fadiga. Sonolência.
Formigamentos. Cãibras.
Insônia.
Diminuição de energias.
Paralisia dos nervos, nervosismo.
Nefrite.
Perturbações cardíacas.

Sintomas causados pela falta de vitaminas B2: Onde encontrar a vitamina B2:
Ardor e comichão na vista. Alimentos: castanhas, levedo de cerveja, alfafa germinada,
Atraso no crescimento dos jovens. cogumelos, vegetais verdes, frutas, feijões, amendoim cru,
Cravos e palidez na pele. vagens, leite, creme de leite, queijo, ovos,ervilhas, pimenta
Descamação nos cantos dos olhos e nos vermelha, cenoura crua, agrião e pólen das flores.
lóbulos das orelhas.
Dificuldade de a vista suportar bem a luz e
secura dos olhos.
Feridas nos lábios e na língua.
Rachaduras nos lábios.
Gastrite crônica.
Inflamação na boca e na língua.
Palidez nos lábios e na língua.
Perturbações da visão.

Sintomas causados pela falta de vitamina B3: Onde encontrar a vitamina B3:
Inflamação das gengivas. Alimentos: castanhas, levedo de cerveja, farelo de arroz, cereais
Inflamação na boca e na língua. integrais, gema de ovo, grãos germinados, nozes, pimenta vermelha.
Visão deficiente.

Sintomas causados pela falta de vitamina B5: Onde encontrar a vitamina B5:
Úlceras no estômago. Alimentos: levedo, germe de trigo, farelo de arroz, gema de ovo e
Lesões na pele. pólen.
Fadiga, depressão e insônia.

Sintomas causados pela falta de vitamina B6: Onde encontrar a vitamina B6:
Arteriosclerose. Alimentos: castanhas, amendoim, gergelim, feijão, banana,cereais
Dificuldade em andar. integrais, repolho, leite, creme de leite, ervilha, levedo, farelo de
Diminuição de glóbulos vermelhos arroz, laranja, grãos germinados.
Dores abdominais.
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Vômitos na gravidez.
Eczemas.
Irritação na pele.
Enfermidades dos órgãos digestivos.
Epilepsia.
Fraqueza em geral.

Sintomas causados pela falta de vitamina B7 Onde encontrar a vitamina B7:


Inositol: Alimentos: Pólen, germe de trigo, levedo, laranja, alfafa,
Colesterol. germinada, nozes, melão, iogurte.
Nervosismo.
Esquizofrenia.
Distúrbio do sono.

Sintomas causados pela falta de vitamina B8 Onde encontrar a vitamina B8:


ou H= Biotina: Alimentos: soja germinada, levedo, grão germinados, gema de
Diminuição da energia ovo e rapadura
Enfermidades cerebrais.
Malária. .

Sintomas causados pela falta de vitamina B9 Onde encontrar a vitamina B9:


Ácido Fólico Alimentos: levedo, alfafa germinada, germe de trigo, grão
Alteração na cor natural dos cabelos. germinados, hortaliças verdes e cogumelos.
Anemia.
Desequilíbrio hormonal.

Sintomas causados pela falta de vitamina B12: Onde encontrar a vitamina B12:
Anemia. Sensação de calor. Alimentos: brotos germinados, levedo de
Cólicas. cevada leite de soja, certas algas marinhas, ovos, leite, cereais
Diarréias. integrais, frutos do mar.
Deficiência de ácido clorídrico no estômago.
Dormência nos pés.
Fraqueza nas pernas.
Enfermidade de pele.
Falta de apetite.
Inflamação na boca e na língua.
Nevralgias.
Palidez.

Sintomas causados pela falta de vitamina B13 Onde encontrar a vitamina B13:
Ácido orótico Alimentos: soro do leite e hortaliças cruas.
Esclerose múltipla.

Sintomas causados pela falta de vitamina B15 Onde encontrar a vitamina B15:
Ácido Pangâmico : Alimentos: amêndoa do damasco, grãos germinados,
Intoxicação do fígado. levedo e arroz integral.
Envelhecimento celular.

Sintomas pela falta de vitamina B17 Onde encontrar a vitamina B17:


Laetrile ou Amigdalin: Alimentos: amêndoa do damasco e frutas.
Câncer.

Sintomas causado pala falta de vitamina C: Onde encontrar a vitamina C:


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Anemia. Alimentos: frutas cítricas, morango, acerola, goiaba, uvaia,
Bronquite, gripe, resfriados frequentes. caju, tomate, pimentão, cenoura, alho, maçã, mamão,
Edema. alfafa, brócolis, quiabo, manga, pimenta vermelha.
Escorbuto.
Hemorragias.
Inflamação das gengivas.
Úlcera no estômago.
Visão deficiente.

Sintomas causados pela falta de vitamina D: Onde encontrar a vitamina D:


Artrite. Alimentos: levedo de cerveja, germes de grãos de cereais,
Broncopneumonia. sol em contato com a pele, gema de ovo, leite, peixe e soja.
Convulsões.
Crescimento defeituoso.
Depósito calcário nos dentes.
Deficiência de cálcio e fósforo.

Sintomas causados pela falta de vitamina E Onde encontrar a vitamina E:
Aborto. Alimentos: óleo e sementes de girassol, germes de trigo,
Atrofia muscular. castanhas, abacate, cereais integrais, alface, espinafre,
Dificuldades femininas. agrião, óleo de algodão e ovos.
Dores na menopausa.
Perturbações cardíacas.

Transtornos de saúde por falta de MINERAIS, e onde encontrá-los:


A falta de ferro causa: Onde encontrar o ferro:
Poluções noturnas. Alimentos: hortaliças de cor verde-escura, frutas secas, sementes, lentilha,
Palidez. castanhas, feijão preto, guandu e azuki, gergelim e aveia, melado, açúcar
Leucorréia. mascavo, batata-doce, gema de ovo, nozes, aspargos.
Falta de resistência.
Dores nas costas.
Anemia.

A falta de cloro causa: Onde encontrar o cloro:
Urina sanguinolenta. Alimentos: todas as hortaliças e frutas.
Prostração nervosa.
Membros pesados como chumbo.
Fome constante.
Dores nos ossos.
Angústia e lamentos durante o sono.

A falta de fósforo causa: Onde encontrar o fósforo:


Piorréia. Alimentos: carambola, castanhas, cereais, levedo de cerveja, abacate,
Neurastenia. feijões, cebola, lecitina de soja, amendoim, banana.
Impotência.
Frieza sexual.
Fadiga mental.
Dores na próstata.
Desenvolvimento podre dos ossos.
Albuminúria.

A falta de sódio causa: Onde encontrar sódio:


Vômitos. Alimentos: sal marinho, mariscos, cenoura, beterraba, alcachofra, charque,
Vertigens. miolo, rins e todas as hortaliças e frutas.
Pés frios.
Pele seca.
Língua seca.
Endurecimento das artérias.
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Falta de magnésio causa: Onde encontrar o magnésio:
Palidez nos olhos. Alimentos: frutas secas, mel, castanhas, hortaliças.
Nevralgias.
Micção freqüente e queimante.
Menstruação tardia e escassa.
Memória fraca.
Gases intestinais.
Dores no pescoço e ombros.
Desmaios.
Debilidade dos músculos abdominais.
Contrações no estômago.
Constipação intestinal.
Condições neuróticas e histéricas.
Arteriosclerose.
Aparência extenuada.

A falta de iodo causa: Onde encontrar o iodo:
Transtornos glandulares. Alimentos: agrião, cebola, alho, algas, sal marinho, algumas sementes,
Tendência ao bócio. alcachofra, rabanete, peixes.
Retenção de líquido no corpo.
Respiração curta e apressada.
Pulso lento e rápido alternadamente.
Perturbações da menopausa.
Pele seca e escamosa.
Nervosidade.
Mente tardia.
Mau funcionamento do coração e das artérias.
Falta de ânimo.
Emagrecimento.
Dores no coração.
Diminuição da inteligência e atividade mental.
Depressão mental, tristeza.
Cretinismo.

A falta de enxofre causa: Onde encontrar o enxofre:


Sensação de grande cansaço e debilidade. Alimentos: carne magra, feijão, peixe, ovos, repolho e cebola.
Sensação de ardor no abdome.
Ruídos nos ouvidos.
Retenção de impurezas.
Garganta queimante e mau hálito.

A falta de cálcio causa: Onde encontrar o cálcio:


Tensão exagerada dos músculos. Alimentos: brócolis, amêndoas, feijão, repolho, grãos, castanha-do-pará,
Sensação de grande cansaço castanha de caju, couve e salsa, leite com suco de limão, dolomita.
Debilidade.
Resfriados frequentes.
Pulmões doentes.
Raquitismo.
Frieiras.
Pessimismo.
Insônia.
Enxaqueca.
Palpitações ao subir escadas.
Ossos frágeis.
Desnutrição.
Cáries dentárias. A falta de zinco causa: Onde encontrar o zinco:
Hemorragias. Deficiência no crescimento. Alimentos: hortaliças, grãos integrais,
Dores nos órgãos genitais. Anemia. centeio, cevada, trigo, milho, aveia,
Coração nervoso. Distúrbios no metabolismo. levedo de cerveja, sementes de abóbora,
Coagulação deficiente do sangue.
arroz integral e mostarda em pó.
Células desvitalizadas.
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A falta de enxofre causa: Onde encontrar o enxofre:
Sensação de grande cansaço e debilidade. Alimentos: carne magra, feijão, peixe, ovos, repolho e cebola.
Sensação de ardor no abdome.
Ruídos nos ouvidos.
Retenção de impurezas.
Garganta queimante e mau hálito.

A falta de silício causa: Onde encontrar o silício:


Veias varicosas. Alimentos: levedo, sementes de girassol, aspargos, alface, morango e
Transpiração excessiva. pepino
Sensibilidade do couro cabeludo.
Sede intensa à noite.
Furunculose.
Fadiga cerebral.
Esgotamento sexual.
Calvície.
Alterações na pele.

A falta de ácido fólico causa: Onde encontrar o ácido fólico:


Derrame. Alimentos: hortaliças de cor verde-escura, frutas, cereais integrais, abóbora,
Ataques cardíacos. abacate, feijão, trigo, farinha de centeio.
Câncer.
Defeitos no feto.

A falta de flúor causa: Onde encontrar o flúor:


Tumores ósseos. Alimentos: todos os alimentos crus, frutas e verduras, brotos, enzimas e
Tuberculose. alimentos fermentados.
Tendência a surdez.
Mal da bexiga.
Esterilidade.
Doenças das unhas.
Ossos e dentes frágeis.
Debilidade da vista.
Cãibra nas pernas.
Erisipela.
Apetite incontrolável.

A falta de potássio causa: Onde encontrar o potássio:


Olhos fundos, vermelhos e sem brilho. Alimentos: frutas cítricas e hortaliças, frutas secas, melão, tomate , agrião,
Neurastenia. hortelã, semente de girassol, banana e batata.
Insônia.
Hemorragias nasais.
Fadiga.
Dores e debilidade cardíacas.
Dores de cabeça.
Desordem hepática.
Constipação intestinal.
Cãibras.
Atrofia muscular.

A falta de alumínio causa: Onde encontrar alumínio:


Insônia. Alimentos: sucos de verduras e frutas
Desequilíbrio no pâncreas. .

A falta de COBALTO causa: Onde encontrar cobalto:


Falta de glóbulos vermelhos. Alimentos: sucos e frutas, verduras, enzimas, brotos e alimentos
Desequilíbrio nervoso e vegetativo fermentados.
(enxaquecas)

A falta de lítio causa: Onde encontrar lítio:


Abalo do sistema nervoso e Alimentos; brotos de sementes, linhaça batida em forma de suco, enzimas,
todos os distúrbios psíquicos. frutas e verduras.

A falta de níquel causa: Onde encontrar níquel:
Disfunção no pâncreas (diabetes). Alimentos: brotos de sementes, sucos de frutas, e verduras e enzimas.


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Revitalização da Gastronomia Colonial
Para quem saiu de um país como a Itália, onde o alimento básico era a polenta, aqui, nas novas terras do Rio
Grande do Sul, no Brasil, o alimento era farto, pois a caça, a pesca, os frutos silvestres e o pinhão estavam disponíveis
no lote colonial.
Ao levantar-se, o colono e a família tomavam um café reforçado com polenta grelhada, salame e queijo, uma
fritada de ovos com cebola ou salame (a fortaia) pão, café e vinho, esse último, presença indispensável. Ao meio
dia: polenta, fortaia, queijo, fava, sopa de feijão reforçada com massa e radiche cozido e temperado com toucinho.
A tarde, na roça: pão, salame, queijo, batata-doce e vinho. A janta constava de polenta, salame, queijo e carne de
porco ao molho.
Nos domingos, dias santificados, Natal e Ano Novo: sopa de capelleti, galinha com massa, risoto. Nesses dias,
havia sobremesa de sagu e doces em compota. E a tarde, café com grostoli e biscoitos, pipoca, amendoim e pinhão.
Nos últimos vinte anos, nas festas coloniais, introduziu-se o churrasco com maionese ou seja, perdemos a diver-
sidade de pratos e estamos imitando os hábitos da alimentação das cidades. Hoje, apenas seis cereais “alimentam”
a humanidade, e a perda da biodiversidade está levando a uma “Macdonalização”. O lanche rápido está provocando
desequilíbrios nutricionais em todas as faixas etárias da população. Em média, cerca de 40% da população brasileira
tem sobrepeso. Enfim, somos o que comemos!
As festas sempre foram os momentos de descontração, felicidade e solidariedade, onde as alegrias e tristezas
eram compartilhadas. Cantava-se e dançava-se, e quando as pessoas retornavam aos seus lares o fardo era leve. As
festas eram aguardadas com meses de antecedência, bem como o uso da fatiota, para os homens, o melhor vestido
para as mulheres, as moças e as meninas, e a calça com suspensório para os meninos. Os sapatos eram lustrados
e o cabelo aparado.
O trabalho na agricultura era de extrema penosidade, de sol a sol e a nutrição precisava ser consistente e forte
como o combustível para os músculos. O açúcar era um produto escasso e caro. O melado, o mel e o açúcar mascavo
adoçavam os alimentos para o domingo e as comemorações festivas. A farinha de milho, como polenta ou pão, e a
batata-doce, substituíam a farinha de trigo.
O tríduo antecedia o dia mágico. Às seis horas: alvorada festiva com o repicar dos sinos. Às nove horas: o café
com biscoitos e a tripada com pão quentinho e com vinho. Em síntese, a festa envolvia todos sem distinção, pois todos
se sentiam importantes atores e protagonistas do evento.
Com o auxílio deste material o leitor terá o prazer de preparar receitas que criaram gerações, e que foram guar-
dadas pelos Clubes de Mães de Garibaldi.

Receitas da culinária colonial:


CAPELETTI –
SOPA DE CAPELETTI Leda Venturela – Clube de Mães Tamandaré
Ingredientes: Ingredientes para o recheio do capeletti:
Meio quilo de ponta de peito 1 quilo de guisado de carne de gado
Meia galinha 2 coxas e sobre-coxas de galinha
1 cebola 1 punhado de salsa e cebolinha verde
Tempero verde (cebolinha e salsa) 1 pitadinha de pimenta moída
Capeletti 1 pitadinha de noz moscada
Sal Sal
Queijo ralado 2 colheres (sopa) de manteiga
1 pão feito em casa
Modo de fazer: 1 ovo
Colocar a carne e a cebola com água 2 colheres (sopa) de queijo ralado
numa panela para cozinhar até ficarem
macios. Modo de fazer:
Juntar o tempero verde e deixar ferver. Cozinhar a carne com a manteiga até ficar macia, colocando sempre
Acrescentar os capelettis e ferver até um pouquinho de água. Colocar temperos picadinhos, sal, pi­menta e
ficarem macios. Colocar o sal. a noz moscada moídas. Retirar do fogo, juntar o pão em pedaços, o
Servir quente com queijo ralado. queijo ralado e o ovo. Passar tudo na máquina de moer carne.
28
MASSA DO CAPELETTI MASSA COM FEIJÃO
Ingredientes: Elda Rigatti e Helena Sopelsa- Clube de Mães Amigas
2 kg de farinha de trigo da Natureza- São Roque Figueira de Mello
10 ovos Ingredientes:
Meio quilo de feijão
Modo de fazer:
Juntar a farinha com ovos e amassar bem. 1 quilo de massa feita em casa
Abrir a massa, cortando em quadradinhos de mais ou Meio quilo de linguiça nova
menos 3 centímetros. 200 gramas de queijo ralado
Colocar um pouquinho de recheio em cada pedaço de Temperos: salsa, alho. Cebola
massa e fechar os capelettis. 2 colheres de massa de tomate
1 colher de manteiga ou nata
FORTAIA
Clube de Mães Descobrindo o Bem Viver – Linha Modo de fazer:
Araújo e Souza Escolher e lavar o feijão.
Ingredientes: Cozinhar o feijão com bastante água e temperar com sal.
4 ovos Quando o feijão estiver cozido, cozinhar a massa na
2 cebolas água de feijão.
1 colher de banha Coar e temperar com molho de linguiça.
1 pitada de sal
MOLHO DE LINGUIÇA
Modo de fazer: Colocar numa panela a gordura com linguiça desfiada e
Descascar as cebolas e cortar em pedacinhos. deixar fritar bem.
Refogar as cebolas na banha e juntar os ovos batidos e Juntar os temperos, a massa de tomate e a manteiga ou
o sal, mexendo levemente até os ovos ficarem cozidos. nata.
Pode-se colocar também queijo e salame. Quando o molho estiver pronto colocar junto com o
queijo ralado sobre a massa. Servir bem quente.
FRANGO RECHEADO
Clube de Mães Rosa Viva – Santo Alexandre MANESTRA (SOPA DE FEIJÃO)
Ingredientes: Clube de Mães Amigas da Natureza – São Roque
1 frango inteiro
Figueira de Mello
Tempero verde: salsa, alho, cebola, sálvia, orégano,
sal, pimenta Ingredientes:
1 copo de vinho branco Meio quilo de feijão
Suco de 2 limões Temperos: cebola, salsa, alho, um pedacinho de folha de
2 copos de água louro
Sal a gosto
Modo de fazer: 2 colheres (sopa) de banha
Fazer a limpeza do frango. Juntar todos os temperos 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
picadinhos numa bacia. Meio quilo de massa feita em casa
Colocar o frango no tempero durante 5 horas, mexendo
de vez em quando. Modo de fazer:
A quantia de sal é 3% do peso do frango. Escolher e lavar o feijão.
Cozinhar o feijão com água até ficar macio.
Recheio:
Esmagar o feijão com uma caneca. Coar no coador de
2 xícaras de pão torrado ralado
1 xícara de queijo ralado massa para retirar um pouco das cascas.
4 ovos Colocar o feijão novamente numa panela e temperar.
Guisado de carne cozido Colocar numa outra panela a banha, a cebola, alho e
Sal salsa picadinhos e deixar fritar.
Pimenta Acrescentar a farinha de trigo e mexer bem, até formar
Noz moscada moída um creme.
Juntar uma xícara de feijão que está sendo cozido e
Modo de fazer: deixar ferver 5 minutos.
Juntar todos os ingredientes numa bacia, mexendo Misturar este tempero no feijão.
bem até o ponto que não grudar nas mãos. Rechear o Acrescentar 3 litros de água fervente e o sal.
frango. Colocar a massa e deixar cozinhar até que fique macia.
Depois de recheado prender a pele com palitos, para o Servir bem quente.
recheio não sair enquanto é assado.
Colocar o frango em assadeira untada e levar ao forno
para assar.
29
NHOQUE DE BATATA DOCE ROCAMBOLE DE TORTEI
Clube de Mães Descobrindo o Bem Viver – L. Araújo Lúcia Debiasi – Clube de Mães Amizade – Linha Araripe
e Souza Massa:
Ingredientes: Farinha de trigo (mais ou menos meio quilo)
Meio quilo de batata doce 5 ovos
1 ovo
Meia xícara de água Recheio:
Meia xícara de leite 1 moranga média cozida
Farinha de trigo o suficiente para dar o ponto 2 ovos
Sal a gosto
Modo de fazer: Noz moscada moída
Cozinhar a batata doce na água e amassar bem. Salsa picada
Deixar esfriar e acrescentar o ovo batido, água e a 1 colher (sopa) de massa de tomate
farinha até o ponto de não grudar nas mãos. Mostarda cozida e picada
Fazer rolinhos na espessura de um dedo, cortar em 1 xícara de pão torrado e ralado
cubinhos de 2 centímetros e amassar um pouquinho Meio quilo de linguiça fresca ou guisado
com o garfo.
Cozinhar em água salgada fervente. Depois de cozido Modo de fazer:
escorrer no coador de massa e colocar numa travessa. Juntar a farinha de trigo e os 5 ovos e fazer a massa.
Colocar o molho de sua preferência e polvilhar com Espichar a massa na largura do cilindro (mais ou menos
queijo ralado. 20 cm de largura).
Espalhar o recheio uniformemente.
RADICCI COTI Enrolar, formando rolos do tamanho de uma espiga de
Joana Casagrande – Clube de Mães Lar e Saúde – milho mais ou menos.
Marcorama Passar um pano em volta de cada rolo e amarrar para
Ingredientes: cozinhar.
1 molho grande de radicci comprido Cozinhar na água fervente por 40 minutos.
2 colheres (sopa) de toucinho picado Depois de cozido, tirar o pano e cortar em rodelas.
2 dentes de alho Colocar numa travessa uma camada de fatias, outra de
Meia xícara de rodelas de salame ou linguiça molho e queijo, até terminar.
3 colheres (sopa) de queijo ralado
3 colheres (sopa) de farinha de rosca BISCOITO DE LA NONA
Sal a gosto Clube de Mães Descobrindo o Bem Viver – Linha Araújo
e Souza
Modo de fazer:
Escolher o radicci e lavar bem. Ingredientes:
Cozinhar em água fervente. 4 ovos
Escorrer a água e cortar o radicci bem fininho. 2 xícaras de açúcar
Fritar o toucinho com alho e o salame. 1 xícara de leite
Juntar o radicci e fazer o refogado. 1 xícara de banha ou manteiga
Colocar o sal, a farinha de rosca e polvilhar com queijo 2 colheres (sopa) de sal amoníaco
ralado. Casca ralada de 1 laranja ou meia xícara de suco de
Servir quente. laranja
Farinha de trigo o suficiente para ficar uma massa mole
FREGOLÁ I
Modo de fazer:
Pasquina Spadini – Clube de Mães Comunidade em
Bater os ovos com açúcar e a gordura.
Ação – São Gotardo
Acrescentar o leite, o sal amoníaco, raspas da laranja ou
Ingredientes: o seu suco.
1 ovo Colocar a farinha de trigo e amassar mole.
1 xícara de açúcar Espichar a massa com o rolo, cortar os biscoitos, colocar
1 colher de banha numa assadeira untada e levar ao forno para assar.
1 colher de sal amoníaco
3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de farinha de milho

Modo de fazer:
Misturar todos os ingredientes e colocar numa forma
untada para assar.
30
CUCA DE UVA SAGÚ
Ingredientes: Mafalda Piffer – Garibaldi
2 ovos Ingredientes:
1 xícara de açúcar 3 copos de vinho tinto
1 xícara de leite 2 copos de água
2 xícaras de uvas (tirar as sementes) 1 copo de sagu
3 xícaras de farinha de trigo 1 copo de açúcar
1 colher (sopa) de fermento rápido 3 cravos e 1 pedaço pequeno de canela
3 colheres de nata
Modo de fazer:
Modo de fazer: Colocar numa panela o vinho, a água, o sagu, o cravo
Bater os ovos com açúcar e a nata. e a canela e levar ao fogo baixo para cozinhar.
Acrescentar o leite e a farinha peneirada com fermento. Quando o sagu estiver cozido, acrescentar o açúcar
Por último, acrescentar as uvas, polvilhadas com e deixar ferver mais um minuto, somente para
farinha de trigo. desmanchá-lo.
Colocar em forma untada e levar ao forno para assar.
FIGADA
Ingredientes:
FREGOLÁ II Figos
Ingredientes: Açúcar
4 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar Modo de fazer:
3 ovos Descascar os figos.
4 colheres (sopa) bem cheias de manteiga Levar ao fogo, numa panela, com um pouco de água
1 colher (sopa) de fermento rápido para ferver.
Esmagar os figos ou moer.
Modo de fazer: Para cada quilo de figo juntar de 500 a 600 gramas de
Juntar os ingredientes, fazendo uma farofa. açúcar e 1 colher de suco de limão.
Colocar a metade da farofa numa assadeira untada e Tirar um pouco das “sementes” durante a fervura.
polvilhada com farinha. Ferver até descolar toda a massa do tacho.
Rechear com uvada ou goiabada. Colocar em vidros esterilizados, com tampa.
Cobrir com restante de farofa.
Assar em forno médio até ficar dourada. GELÉIA DE UVA
Cortar em pedaços enquanto estiver quente.
Maria Tereza Girelli – Garibaldi
GROSTOLI Ingredientes:
Uvas
Vera Cagol - Clube de Mães Conquistamos a Paz -
Açúcar
Linha Cruzeiro
Ingredientes: Modo de fazer:
3 ovos Tirar a uva dos cachos e lavar bem.
2 xícaras de leite Colocar numa panela e levar ao fogo para ferver.
3 colheres (sopa) de nata Passar na peneira.
5 colheres (sopa) de açúcar Para cada quilo de uva colocar 600 a 700 gramas de
2 colheres (sopa) de fermento rápido açúcar.
Casca ralada de 1 limão Colocar no tacho. Quando começar a ferver bem
Farinha até dar o ponto contar 45 minutos e retirar do tacho.
Gordura para fritar Colocar em vidros esterilizados, com tampa.

Modo de fazer:
Bater os ovos com açúcar.
Misturar a nata, a casca do limão, o fermento e o leite,
mexendo bem.
Acrescentar a farinha até o ponto de não grudar nas
mãos.
Abrir a massa com o rolo, cortar os grostoli e fritar em
gordura quente.
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Preparados e Receitas com Plantas Medicinais
para Controle de Pragas e Doenças na
Agricultura
A natureza busca o equilíbrio
No controle natural ou ecológico de pragas e doenças, não se combate o inseto ou microorganismo. Pelo contrário,
procura-se fortalecer a planta para resistir a estes ataques, e procura-se reduzir o número dos insetos e microorganis-
mos, e não eliminá-los completamente.
Antes de controlar a praga ou doença, são observadas as condições onde a planta se encontra: tipo de solo,
clima, vento, luminosidade, etc. O solo geralmente é responsável pela saúde da planta, por isso, em primeiro lugar,
se trabalha no sentido de melhorar as condições do solo. Se o solo estiver desequilibrado, ou seja, com excesso de
alguns nutrientes e falta de outros, a planta também ficará mal nutrida, e os insetos e microorganismos irão atacar com
mais facilidade, deixando a planta doente.
Um solo agrícola deve ser vivo, e para isto deve ser protegido do calor excessivo, da erosão, da perda de umidade,
e ter bastante matéria-orgânica.
A natureza trabalha em ciclos
A natureza funciona em ciclos. A energia do sol, a água, os nutrientes, tudo é utilizado pelas plantas e animais e
reciclado, voltando para a natureza.
Os agrotóxicos são produtos inventados pelo ser humano (no início, para ser usado na guerra), e não existiam na
natureza. Quando utilizamos agrotóxicos, estamos liberando estes produtos, e eles passam a fazer parte dos ciclos
da natureza: estão na água (dos arroios, e da chuva), no ar, nas plantas, nos alimentos e nos animais. Todos os ciclos
são contaminados, e não conhecemos os efeitos destas substâncias a médio e longo prazo.
Influência da lua na agricultura
Os nossos antepassados se guiavam pelas 4 fases da lua. Para construir a habitação, nunca cortavam as plantas
na lua cheia. Para castrar os animais, plantar os cereais e nos cuidados com a horta, o calendário lunar era observado.
Era a “bússola” que norteava a vida animal e vegetal.

Melhor época e Lua para plantar: um X é BOM , dois XX é MUITO BOM:

ESPÉCIE Minguante Nova Crescente Cheia ESPÉCIE Minguante Nova Crescente Cheia

Alface X XX Gergelim XX
Abóbora X X XX Gengibre XX
Almeirão XX Girassol X
Alho XX Mandioca XX X
Abobrinha X XX Mostarda XX
Agrião XX Milho XX
Arroz XX Melancia XX
Amendoim XX Melão X XX
Beterraba XX Maracujá XX
Berinjela XX Nabo XX
Batata-doce XX X Pepino XX
Batata-salsa XX X Tomate XX
Cenoura XX Pimentão XX
Coentro XX X Yakon XX X
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ESPÉCIE Minguante Nova Crescente Cheia ESPÉCIE Minguante Nova Crescente Cheia

Cebolinha XX Taioba XX X
Couve XX Inhame XX X
Couve-flor X XX Mucuna XX X
Brócolis X XX Feijão Porco XX X
Chicória X XX Trigo Mourisco X XX
Couve Chinesa X XX Frutas XX X
Cebola XX Feijão vagem XX
Chuchu XX Feijões XX

Plantas daninhas, ou indicadoras e melhoradoras do solo?


Quando se fala em “planta daninha” ou “inço” pensamos logo em plantas sem importância que devem ser eliminadas.
Conhecendo melhor as plantas, perceberemos que elas podem ser indicadoras da condição do solo, e melhoradoras
deste solo, além de muitas destas plantas serem medicinais.
Com o tempo todas estas plantas melhoram as condições de acidez, fertilidade, e estrutura do solo, ou dão con-
dições para outras plantas que têm este papel, surgirem (isto se chama “sucessão vegetal”).
Todas as plantas têm uma função na natureza, e não nascem por acaso em um determinado local. Por isso, ao
invés de chamar estas plantas de “inços” ou “daninhas”, o correto seria chamá-las de plantas que são “indesejáves”
naquele local e naquele momento, mas que podem ser muito úteis em outra situação.

Veja alguns exemplos destas plantas na tabela abaixo:

NOME NOME CIENTÍFICO O QUE INDICAM

Azedinha Oxalis oxyptera Solo argiloso, pH baixo, falta de cálcio e/ou molibdênio.

Amendoim brabo Euphorbia heterophylla Desequilíbrio de nitrogênio c/ cobre, ausência de molibdênio.

Beldoegra Portuluca oleracea Solo bem estruturado, com umidade e matéria orgânica.
Capim arroz Echinochloa crusgallii Solo anaeróbico, com nutrientes “reduzidos” a substâncias tóxicas.

Cabelo de porco Carex ssp Solo muito exausto, com nível de cálcio extremamente.baixo.

Capim amoroso / Cenchrns ciliatus Solo depauperado e muito duro, pobre em cálcio.
Carrapicho

Caraguatá Eryngium ciliatus Planta de pastagens degradadas e com húmus ácido.

Carqueja Baccharis ssp Solos que retêm água estagnada na estação chuvosa,
pobres em molibdênio.

Caruru Amaranthus ssp Presença de nitrogênio livre (matéria orgânica).

Cravo brabo Tagetes minuta Solo infestado de nematóides.

Dente de leão Taraxum officinalis Presença de boro.


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NOME NOME CIENTÍFICO O QUE INDICAM

Fazendeiro ou picão Galinsoga parviflora Solos cultivados com nitrogênio suficiente, faltando cobre
Branco ou outros micronutrientes.

Guanxuma ou malva Sida ssp Solos muito compactados.

Língua de vaca Rumex ssp Excesso de nitrogênio livre, terra fresca.

Maria mole ou berneira Senecio brasiliensis Camada estagnante em 40 a 50 cm de profundidade,


falta potássio.

Mamona Ricinus communis Solo arejado, deficiente em potássio.

Nabisco ou nabo branco Raphanus raphanistrum Solos carentes em boro e manganês.

Papuã Brachiaria plantaginea Solos com laje superficial e falta zinco.

Picão preto Bidens pilosa Solos de média fertilidade.

Samambaia Pteridium aquilinum Excesso de alumínio tóxico.


Tiririca Cyperus rotunudus Solos ácidos, adensados, mal drenados, possível
deficiência de magnésio.

Urtiga Urtiga urens Excesso de nitrogênio livre, carência em cobre.


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A diversidade garante o equilíbrio da natureza
Quanto maior a diversidade, maior a interação e a colaboração entre plantas; e entre plantas e animais. Quanto
maior a diversidade, maior o equilíbrio do ambiente; por isso é importante fazer rotação de culturas e plantar dife-
rentes espécies juntas. As variedades de plantas e raças de animais “crioulos” são mais adaptadas ao local e ao
clima; e por isso são mais resistentes (além de serem mais nutritivos).

SUCESSÃO NATURAL (VEGETAL E ANIMAL)


Durante bilhões de anos as rochas foram se “desgastando” porque ficaram expostas ao sol, à chuva, e ao vento.
As primeiras formas de vida que surgiram foram os LÍQUENS, graças a certa umidade que existia. Os líquens fixam-
-se firmemente na rocha e retiram dela os nutrientes que precisam, ou seja, ajudam a “decompor” a rocha. Quando
morrem, os líquens viram matéria orgânica, e servem de alimento para outros MICROORGANISMOS que passam a
ter condições de sobreviver e se reproduzir.
O que era apenas rocha passa a ter alguns minerais (nutrientes) soltos, matéria orgânica e microorganismos,
então, começam a surgir formas de vida maiores como PLANTAS ESPINHENTAS e CAPINS DUROS, que conseguem
sobreviver em solos rasos. As raízes dessas plantas entram nas rochas e ajudam a soltar seus nutrientes. Quando
essas plantas morrem, aumentam a quantidade de solo (matéria orgânica) e de vida (microorganismos), permitindo
que plantas maiores e mais exigentes cresçam ali, como CAPINS MACIOS. Estes capins criam condições para o cres-
cimento de CAPOEIRAS, e as capoeiras criam condições para o crescimento de PEQUENAS ÁRVORES, e depois,
de ÁRVORES MAIORES.
Cada tipo de planta ou animal precisa de condições específicas (de solo, microclima, etc) para se desenvolver.
Existem espécies mais rústicas, adaptadas a ambientes ruins, e espécies mais sensíveis...

Manejo Ecológico do Solo com Plantas de Cobertura (adubação


verde)
O manejo ecológico do solo consiste em cultivar o solo de acordo com sua aptidão agrícola; corrigir a fertilidade
e adubar as culturas com resíduos vegetais e orgânicos; trabalhar o solo com mobilização mínima e em sistemas de
rotação de culturas intercaladas com plantas de cobertura do solo e melhoradoras do solo; controlar as plantas inde-
sejáveis, as pragas e as doenças sem agrotóxicos.
As plantas de cobertura do solo e melhoradoras do solo (adubação verde) são plantas espontâneas ou cultivadas
utilizadas para recuperar a fertilidade e a estrutura do solo.

Benefícios das plantas de cobertura do solo e melhoradoras do solo:


- Protegem o solo do impacto da gota da chuva, reduzindo a velocidade do escoamento das águas e a erosão;
- Evitam aquecimento excessivo da superfície do solo e as perdas de água no solo;
- Rompem a camada adensada e melhoram a estrutura aumentando a infiltração e o armazenamento de água no solo;
- Elevam o teor de matéria orgânica, pelo aporte contínuo de material vegetal no solo;
- Incorporam nitrogênio no solo, principalmente, através das leguminosas;
- Reduzem a lavagem dos nutrientes para o lençol freático;
- Melhoram a atividade biológica e reciclam nutrientes do solo, permitindo reduzir a adubação de manutenção e de
cobertura para as culturas;
- Auxiliam no controle de plantas espontâneas (invasoras);
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Exemplos de plantas de cobertura do solo e melhoradoras do solo (adubos verdes):
VERÃO INVERNO
Feijão miúdo Ervilhaca ou Vica
Feijão de porco Trevo
Leguminosas (plantas com
vagem): fixam o nitrogênio do Feijão guandu Tremoço
ar. Decomposição rápida. Ervilha de verão Cornichão
Mucuna Chícharo
Crotalária
Outras espécies e plantas espontâneas, tanto de verão como de inverno

Trigo mourisco Aveia preta


Milheto, milho Centeio
Não leguminosas: Sorgo Nabo forrageiro
Decomposição lenta. Palha Girassol Azevém
fica mais tempo sobre o Teosinto (dente de burro)
solo
Aveia de verão
Outras espécies, e plantas espontâneas tanto de verão como de inverno

Descrição de algumas plantas de cobertura do solo e melhoradoras do solo (adubos verdes):


- Ervilhaca: de inverno. As espécies de ervilhaca mais aclimatadas são: a comum e peluda. A ervilhaca exige solo
fértil, com pH entre 5,5 e 6,0. Incorpora no solo até 150 kg de nitrogênio/ha (=330kg de uréia). A época preferencial
de semeadura é em maio. O plantio pode ser solteiro ou consorciado, a lanço ou em linhas (espaçamento de 15 até
30 cm nas entre linhas). No plantio solteiro recomenda-se utilizar 70 kg de sementes/ha e no consorciado de 30 kg
de sementes de aveia/ha e 60 kg de sementes de ervilhaca/ha.
- Ervilha forrageira: de inverno. A ervilhaca forrageira é uma planta recicladora de nitrogênio no solo e suas
sementes são aproveitadas na alimentação dos animais. Exige solo fértil, principalmente em fósforo, e pH entre 5,5
a 6,5. Incorpora no solo até 150 kg de nitrogênio/ha/ano (=330 kg de uréia). A época preferencial de semeadura é
em maio, para fins de cobertura do solo e, de junho a julho, para produção de grãos. O plantio pode ser solteiro ou
consorciado, a lanço ou em linhas (15 a 40 cm nas entrelinhas). No plantio solteiro recomenda-se usar 180 kg de
sementes de ervilha/ha e no consorciado 30kg de sementes de aveia/ha e 100kg de sementes de ervilha forrageira/ha.
- Tremoço: de inverno. As espécies de tremoço mais encontradas são: o branco, o azul e o amarelo. O tremoço tem
grande capacidade de reciclar nutrientes, principalmente o fósforo, e pode fixar no solo até 150 kg de nitrogênio/ha
(=330 kg de uréia). A época preferencial de semeadura é de abril até a primeira quinzena de maio. O plantio pode
ser a lanço ou em linhas (20 a 35 cm nas entrelinhas) com 80 a 90 kg de semente/ha.
- Nabo Forrageiro: de inverno. O nabo forrageiro é uma planta com elevada capacidade de reciclagem dos nu-
trientes, principalmente, o nitrogênio e o fósforo. Desenvolve-se bem em solo ácidos. Após acamado (rolado), seus
resíduos decompõem-se rapidamente, deixando o solo descoberto. Por este motivo, recomenda-se realizar o cultivo
consorciado com aveia. A época preferencial de semeadura é em maio. O plantio pode ser solteiro ou consorciado,
a lanço ou em linhas (15 a 20 cm nas entrelinhas) com 15 a 20 kg de sementes/ha. O acabamento (rolagem) deverá
ser com 30% dos frutos formados, para não ocorrer o rebrote.
- Aveia: de inverno. As principais espécies de aveia são a preta, a branca e a amarela. Produzem grande quantidade
de massa de resíduos culturais e são eficazes na reciclagem de nutrientes, na recuperação da estrutura do solo e
no controle de erosão. A época de semeadura poderá ser de março a junho, sendo preferencial em maio, em linhas
(com espaçamento de 15 a 20 cm nas entrelinhas) ou a lanço, utilizando-se 90 a 100 kg de sementes/ha. O período
de acabamento (rolagem) é quando as sementes estiverem em estágio leitoso.
- Trevo: de inverno. Os principais tipos são vermelho, branco e o vesiculoso. Cultiva-se em consórcio com aveia, aze-
vém e cornichão, para fins de pastejo. É utilizado para pastoreio dos animais, cobertura do solo e fonte de nitrogênio
para as culturas. Pode fixar no solo até 250 kg de nitrogênio/ha (=130 a 550 kg de uréia). A época preferencial de
semeadura é de março a junho, podendo ser a lanço ou em linhas com 8 a 10 kg de sementes/ha.
36
- Chícharo: de inverno. Deve ser semeado no espaçamento de 70 cm entre as linhas para semente e de 50 cm para
adubação verde, com oito a dez sementes por metro linear. A maior parte das experiências indica essa leguminosa
como própria para o Centro-Sul do país. As sementes são colhidas ao fim do ciclo, que é de 100 a 110 dias, na média
de 1.200 kg por hectare. No caso da adubação verde, a ramagem deve ser cortada depois do florescimento, quando
nascem as primeiras vagens; fornece de 3 a 5 toneladas por hectare, de matéria seca.
- Feijão Guandu: de verão. O guandu é planta arbustiva de porte baixo ou alto, resistente à seca, adapta-se a solos
arenosos e argilosos, com baixa fertilidade e pH. É utilizada para recuperar o solo ou para a alimentação dos animais.
Tem capacidade de fixar no solo até 195 kg de nitrogênio/ha (= 430 kg de uréia). Época preferencial e sistema
de semeadura: setembro a dezembro, solteiros, em linhas, com 50 kg de sementes/ha (50 cm nas entrelinhas) ou
consorciado com milho (2m nas entrelinhas e 20 kg de sementes/ha) ou com outras culturas. É uma planta com
grande capacidade de reciclar nutrientes no solo, principalmente o fósforo.
- Mucuna: de verão. A mucuna é uma planta de crescimento rasteiro ou trepador, resistente à seca, desenvolve-se
bem em solos ácidos e pobres em fertilidade. As variedades mais usadas são a preta e a cinza. Têm capacidade de
fixar no solo até 160 kg de nitrogênio/ha (= 350 kg de uréia). Época preferencial e sistema de semeadura: setem-
bro para produção de sementes, com 20 a 25 kg de sementes/ha (1m entrelinhas). E até dezembro para adubação
verde, em linhas ou covas (50 cm nas entrelinhas), com 6 a 8 sementes/metro linear (80 a 100 kg de sementes/ha).
Pode ser cultivada solteira ou em consórcio com milho ou frutíferas. No consórcio com milho, a mucuna deverá ser
plantada no período da floração da cultura.
- Soja perene: de verão. A soja perene é uma leguminosa que resiste a geadas fracas, podendo persistir durante
todo ano. É exigente em fertilidade e não tolera solos ácidos. Planta que pode ser empregada também como forrageira
para animais. Tem capacidade de fixar no solo até 250 kg de nitrogênio/ha, sendo normalmente utilizada como
fonte de nitrogênio para as frutíferas. Época preferencial e sistema de semeadura: setembro, podendo estender-se
até dezembro, em linhas com espaçamento de 50 cm nas entrelinhas, utilizando-se de 6 a 8 kg de sementes/ha.

MANEJO ECOLÓGICO DO SOLO:


Insumos usados como fertilizantes, e para prevenir e controlar doenças e insetos-praga
Os insumos devem ser utilizados como forma de recuperar o equilíbrio do sistema. Com o tempo deve-se buscar a
sustentação do sistema, reduzindo o uso de insumos externos, mesmo sendo produtos naturais. Abaixo, tabela com
principais insumos naturais usados na agricultura ecológica:

Insumos usados como fertili- Insumos usados no controle Insumos usados no controle
zantes
de solo ou de plantas de doenças (fungos e bactérias) de insetos-praga
Adubação verde Cinza Cinza
Cinza Enxofre Sal amargo
Pó de rocha Leite e soro de leite
Extrato de plantas diversas (cina-
Farinha de osso Calda bordalesa momo, fumo em corda, pimenta,
arruda, samambaia, urtiga, etc)
Calcário de concha Calda sulfocálcica
Fosfato natural Urina de vaca fermentada Oleo de neem
Esterco Trichoderma Óleo mineral
Biofertilizante simples Outros... Iscas com tayuyá, vinagre+açúcar, etc
Biofertilizante super-magro Armadilha luminosa
Biofertilizante bokashi Bacillus thurigiensis (Dipel)
Composto Baculovirus
Vermicomposto (húmus) Outros...
Urina de vaca fermentada
Ecofós
Outros...
OBS: Os fertilizantes naturais nutrem adequadamente a planta, promovendo maior equilíbrio nutricional e consequentemente mais
resistência ao ataque de fungos, bactérias e insetos. De nada adianta usar insumos naturais para controlar pragas e doenças, se o solo
e a planta estão desequilibrados nutricionalmente, pois os problemas irão voltar!
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Como preparar alguns destes insumos:
Água de cinza e cal: tem poder fertilizante, auxilia no controle de pragas e doenças:
500 g de cinza de fogão peneirada, 500 g de cal hidratada, 10 litros de água.
Misturar em um balde, agitando de 15 em 15 minutos durante 1h.
Deixar a mistura levemente turva (leitosa) e coar para usar, pulverizando sobre as plantas.

Água de cinza: controle de doenças fúngicas (antracnose, ou varola, em parreirais)


1 a 3 Kg de cinza de fogão para 100 l de água. Agitar rapidamente por 5 minutos e deixar repousar por
24h.
Usar somente o líquido que ficar na superfície, que pode ser armazenado por 10 dias.

Extrato de plantas (receita básica para diversas plantas)


(Cinamomo, fumo em corda, pimenta, arruda, samambaia, urtiga, cavalinha, alho, etc): controle de in-
setos como pulgão, lagartas, etc; além de servir como fortificantes de plantas.
500 g de folhas da planta (no caso do cinamomo os frutos são mais eficientes) em 2 l de água. Se pos-
sível picar ou macerar (esmagar) e deixar descansar por no mínimo 24h. Pode-se adicionar um pouco
de álcool (10 ml).
Quanto mais tempo ficar “curtindo” antes de usar, maior eficiência. Guardar em local protegido da luz.
Para usar deve-se diluir em 10 litros de água. Se necessário coar.
Obs: Não usar preparados com fumo em tomateiro, pimentão e beringela.

Preparado de pimenta: usado no controle de pulgões


100g de pimenta do reino (ou outra pimenta) moída.
1 litro de álcool.
125g (1/4 de barra) de sabão de coco diluído para cada 10 litros de água utilizada.
- Modo de fazer:
Misturar bem a pimenta e o álcool e deixar repousar 1 semana num recipiente com tampa.
Depois deste tempo, diluir 1 copo (250ml) em 10 litros de água com o sabão diluído e pulverizar.
Fazer 3 aplicações sucessivas de 2 em 2 dias.

Preparado de cavalinha: fortificante de plantas e controle de fungos do solo,


principalmente em canteiros
200 g de cavalinha
10 litros de água.
- Modo de fazer:
Moer a cavalinha e colocar na água para ferver durante 20 minutos.
Aplicar este chá frio no solo até molhar bem, e por vários dias.
OBS: Este chá é bastante forte e não deve ser aplicado sobre as plantas.

Extrato de samambaia: controle de ácaros, cochonilhas e pulgões


500g de folhas verdes de samambaia.
2 litros de água.
- Modo de fazer:
Ferver por meia hora. Deixar em repouso até o outro dia.
Utilizar 1 litro da solução pronta para 10 litros de água, pulverizando semanalmente.

Preparado de urtiga: fortificante, e repele pulgões e lagartas (Urtiga miúda)


Colocar 500 g de folhas frescas dentro de uma vasilha com 1 litro de água, esmagar bem e deixar des-
cansar por 2 dias.
Retirar a urtiga e colocar a solução em 10 litros de água para regar as plantas.
Regar as plantas seguidamente (a cada 10 ou 15 dias)
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Preparado de confrei: promove o crescimento da planta, e controla o amarelecimento e mur-
cha em brotação de plantas de vaso.
2 kg de plantas verdes, sem raízes, ou 150 gramas de planta seca
2 litros de água
- Modo de fazer:
Picar bem a planta e sobre ela colocar água fervendo e tampar. Deixar até amornar.
Usar 1 litro de extrato para cada 20 litros de água.
Pulverizar toda a planta, de preferência antes da brotação, umidecendo bem o solo na região das
raízes.

Preparado de cebola e alho: controla pulgões. No tomateiro controla fungos


3 cebolas médias
5 dentes de alho
10 litros de água
- Modo de fazer:
Moer ou triturar a cebola e o alho, misturar bem com 05 litros de água, espremer bem para sair
todo o suco, coar e misturar ao restante da água.
Coar e pulverizar sobre as plantas 1 vez por semana.

Preparado com soro de leite: controle de doenças e pragas em folhas e frutos do tomateiro
1 litro de soro (sem sal) ou leite desnatado.
1 litro de água.
Misturar bem o leite com água, pulverizar sobre as plantas uma vez por semana.

Preparado de sabão e óleo mineral: controle de cochonilhas, pulgões e outros insetos


200g de sabão neutro.
Meio litro de óleo mineral.
Meio litro de água.
- Modo de fazer:
Derreter o sabão na água quente e depois misturar o óleo mineral.
Depois de pronto, usar 200ml da mistura em 20 litros de água, e pulverizar nas plantas. Repetir a
cada 15 dias.

Adesivo ou cola de figo da índia: para fixar as caldas e extratos nas plantas, diminuindo o es-
corrimento
1 kg de folhas picadas em pequenos pedaços em 10 litros de água;
Deixar repousar por 2 dias, depois coar a calda retirando as folhas picadas.
Usar 1 litro desta cola adesiva para 100 litros de água. A cola adesiva deve ser colocada por últi-
mo no tanque do pulverizador, pois caso contrário, a calda pode coagular. (Pode-se usar também
sabão neutro como adesivo).
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Biofertilizante simples: é um adubo fermentado simples, barato, vivo e eficiente, que pode ser utilizado
como adubo foliar, ou no solo. Se utilizado puro pode queimar as plantas
30 Kg de esterco bovino fresco.
1 a 3 Kg de cinza.
3 a 6 litros de leite ou soro de leite sem sal.
1 a 3 Kg de açúcar ou melaço.
100 litros de água.
Pode-se também adicionar plantas espontâneas da região, frutas, farinha de osso, fosfato natural, dentre outros
materiais.
- Modo de fazer:
Misturar tudo em um recipiente de plástico, ou de outro material que não seja metal.
Tampar o recipiente de modo que impeça a entrada de animais e de água da chuva, mas que permita a entrada de ar.
Deixar o recipiente no sol para fermentar melhor.
O biofertilizante deve fermentar por 1 a 3 meses, conforme a época do ano (leva mais tempo para ficar pronto no
inverno). Deve ser usado somente após a fermentação, quando estiver estabilizado, diluído em água sempre
que a aplicação for nas folhas. A dose a ser usada varia conforme a cultura, estágio de desenvolvimento da plan-
ta, e a forma de aplicação. Em geral para aplicação foliar a dose varia de 0.1% a 5% e para o uso no solo de 10
a 30%.
Uma planta saudável dificilmente será atacada por pragas ou doenças.

Composto Bocachi: é um adubo natural que fornece nutrientes de forma branda e eficiente às plantas, e
além disso, introduz microorganismos benéficos no solo, e estimula sua multiplicação. Ou seja, estimula o
aumento da vida no solo.
Ingredientes:
200 Kg de terra vermelha (de barranco)
200 Kg de esterco fresco
30 Kg de farelo de trigo ou arroz
50 kg de fosfato natural
20 kg de feijão velho, ou bula de feijão, ou casca de soja
10 kg de calcário
100 kg de pó de rocha
2 litros de fermento para bocachi
3 kg de melaço
1 kg de amido (milho ou canjica ou batata-doce ou mandioca cozidos, ou farinha de mandioca)
- Modo de fazer:
Esparramar a terra com 50 % de umidade, em chão batido ou cimentado. Acrescentar os outros ingredientes e ir
misturando bem com pá ou enxada. Manter a mistura úmida, mas não encharcada.
Amontoá-la e cobri-la com sacos de aniagem ou esteiras.
É necessário manejar a mistura, pois, após apenas 24 horas de conclusão, pode atingir até 65 ºC. Quando isso
ocorre é necessário repicar a pilha. Entre 7 e 10 dias o bokashi estará estabilizado e pronto para o uso. O bio-
fertilizante poderá ser armazenado em sacos de aniagem, quando seco a 12% de umidade.
Obs: a terra deve ser argilosa, retirada de barranco, com baixo teor de matéria orgânica e microorganismo. Uma
forma prática de verificar se a terra está a 50 % de umidade é pegar um pouco dela e apertar na mão. Não deve
escorrer água, e quando se abre a mão a terra esboroa facilmente.
Modo de usar:
O bokashi pode ser utilizado imediatamente após o seu preparo, ou depois de armazenado. Quando aplicado no
sulco, põe-se 150 gramas por metro linear. Pode ser aplicado também a lanço, à base de 600 gramas a 1 kg por
metro quadrado.
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Fermento Caseiro para Bocachi:
Ingredientes:
40 kg de farelo de arroz ou trigo
O mesmo volume de folhas e madeira em decomposição de mato virgem de sua propriedade
5 litros de melaço ou melado ou açúcar mascavo
5 litros de soro de queijo sem sal

Modo de fazer:
Juntar todos os ingredientes e misturar bem. Se tiver algum galho ou outro material um pouco grande, podem
ser retirados. Depois de bem misturado, o material deve estar um pouco úmido, em torno de 40 a 50%. Se for usado
açúcar mascavo, deve-se colocar um pouco de água, algo em torno de 3 litros ou mais.
Colocar a mistura em um tonel e compactar um pouco para retirar o ar. Sobre o material compactado, colocar um
plástico para separar o ar restante que está dentro do recipiente. A fermentação é anaeróbica (sem ar), portanto, o
recipiente deve ser bem vedado.
A receita pode ser reduzida de acordo com as necessidades de cada um ou de acordo com o tamanho do tonel
vedado que se tem.
Importante: Deixar a fermentação ocorrer por 30 dias sem abrir o tonel.

Continuação da fermentação:
Ingredientes para a fermentação líquida:
20 kg de fermento pronto (citada acima), ou 20 litros de fermento líquido (no caso de caso de já ter sido feito uma
ou mais vezes o fermento de forma líquida)
20 kg de farelo de arroz ou trigo
5 litros de melaço ou açúcar mascavo
5 litros de soro de queijo sem sal
Completar um tonel de 200 litros com água não clorada.
A fermentação é anaeróbica (sem ar) e deve ser feita por no mínimo 15 dias.
Importante: Esta fermentação pode ser repetida por no máximo 4 vezes, depois disso, é necessário iniciar novamen-
te para não perder a qualidade.

Mistura rápida para substituir o fermento usado no Bocachi


Ingredientes:
20 kg de fermento pronto
10 litros de melaço
1 litro de soro de queijo

Modo de fazer:
Completar um tonel de 200 litros com água
Fazer fermentação anaeróbica (sem ar) por 3 dias e usar no bokashi.
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Preparados e Receitas com Plantas
Medicinais para uso animal
Até algumas décadas atrás, entre os agricultores familiares da região italiana, não havia remédio para a cura das
doenças dos animais. Também não havia médicos veterinários para prescrever medicação. As soluções sempre foram
muita criativas e as plantas medicinais estavam sempre presentes na prevenção e cura das doenças.
Nos nossos dias exitem profissionais na área da saúde animal, e muitos produtos sintéticos de uso veterinários.
Porém, em geral, os efeitos colaterais são danosos a quem consome o alimento, como é o caso dos antibióticos, que
deixam resíduos no leite.
O uso da fitoterapia animal vem crescendo em todo mundo, usada tanto para prevenção como para controle de
doenças como a mamite. A fitoterapia (junto com a homeopatia) é a forma mais barata, não agressiva, e saudável de
prevenir e curar as doenças dos animais domésticos.

POMADA CICATRIZANTE
Ingredientes:
200g de gordura (banha, óleo de girassol)
Meia xícara de tansagem picada.
Meia xícara de arruda picada.
Meia xícara de mil-em-rama picada.
Mucilagem de 1 folha de babosa.
1 xícara de confrei picado.
6 colheres de cera de abelha ralada.

Modo de fazer:
Colocar a gordura na panela com as plantas e aquecer com fogo brando até as plantas largarem a sua cor na
gordura.
Retirar do fogo, deixar esfriar um pouco, juntar a mucilagem da babosa, mexer bem e coar.
Juntar a cera da abelha, esquentar um pouco se for necessário. Embalar e rotular.
Dura aproximadamente 6 meses em local fresco.
Opcional: Na hora em que misturamos a mucilagem da babosa pode-se misturar 1 colher (sopa) de borra de própolis.

ÓLEO DE ANGICO VERMELHO


(Utilizado para o controle da mamite)
Ingredientes:
Cascas de angico vermelho em pedacinhos pequenos e óleo de girassol.

Modo de fazer:
Colocar num vidro esterilizado as cascas, cobrir com óleo e ferver em banho-maria por 30 minutos.
Coar, envasar e rotular. Passar o óleo no úbere da vaca para proteger da mamite.
O efeito é ainda melhor quando antes de passar o óleo, lavamos com o chá desinfetante.

CHÁ DESINFETANTE
Ingredientes:
Malva ou picão ou tansagem ou carqueja ou chá-de-bugre ou alecrim (100 g de plantas para 1 litro de água)

Modo de fazer:
Juntar a planta e a água, ferver por 3 minutos em panela com tampa. Deixar amornar e coar.
Uso geral em animais e equipamentos.

PREPARADO DE CARQUEJA
(Para controle da verminose)
30 a 50 gramas de carqueja seca moída misturada na ração, por dia, durante 5 dias.
Pode-se usar carqueja, hortelã, alho, losna, erva-de-santa-maria e outras.
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PREPARADO DE CRAVO-DE-DEFUNTO OU ARRUDA OU CAATINGA-DE-MULATA
(É utilizado para controlar pulgas e piolhos).
Ingredientes:
100 g de folhas da planta escolhida (no caso do cravo-de-defunto, usar as flores)
1 litro de álcool .

Modo e fazer
Triturar as folhas ou flores, colocar no álcool e tampar bem. Deixar descansar por 4 dias no escuro.
Coar a mistura e diluir em 20 litros de água.
Pulverizar sobre os animais e também sobre os locais onde eles dormem.

PREPARADO DE FUMO DE ROLO E ÓLEO QUEIMADO


(Utilizado para controlar e repelir bernes, bicheiras, piolhos e carrapatos).
Ingredientes:
1 litro de óleo queimado.
200 g de fumo de rolo.

Modo de fazer:
Picar bem o fumo e misturar no óleo queimado .
Passar esta mistura nos locais atacados até desaparecer, e preventivamente sobre o dorso do animal, uma
vez por semana.
Embalar o restante em garrafa de vidro em local escuro.

SAL MINERAL COM ALHO


(Além de controlar os vermes, previne a ocorrência de doenças respiratórias e a presença de carrapatos, ber-
nes e sarnas).
Ingredientes:
20 kg sal mineral.
1 kg alho amassado (5%).

Modo de fazer:
Moer o alho e guardar separado dentro de um pote fechado, em forma de pasta.
Toda vez que fornecer sal mineral, fornecer junto o alho na proporção de 5%, como indica a receita.

PÓ DE SÁLVIA PARA CONTROLE DE DIARRÉIA


Ingredientes:
Folhas secas de sálvia.

Modo de fazer:
Triturar as folhas secas.
Misturar o pó da folha na alimentação do animal nas seguintes proporções:
. BOVINOS: de 25 a 50 g por dia.
. OVELHAS: de 5 a 10 g por dia.
. CACHORRO: de 2 a 5 g por dia.
. AVES: de 1 a 2 g por dia.

DIARRÉIA DE TERNEIRO:
Ingredientes:
Folhas de goiabeira

Modo de fazer:
Utilizar 100g de folhas de goiabeira para um litro de água fervente.
Deixar esfriar, coar e fornecer 200ml de chá ao terneiro por dia, durante 3 dias.
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USO DE BABOSA PARA CONTROLAR FERIMENTOS:
Modo de fazer:
Extrair o suco amassando a babosa, manualmente ou batendo no liquidificador as folhas de babosa.
Passar o suco sobre a ferida .

USO DE BABOSA NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL PARA CONTROLE DE MAMITE


Modo de fazer:
Tirar os espinhos de uma folha grande de babosa, cortar e colocar sobre o alimento.
Se ela estiver com mamite, colocar todos os dias, pela manhã e a noite.
Para prevenção, colocar 1 vez por semana.

USO DE ARRUDA PARA ELIMINAR A PLACENTA


Modo de fazer:
Colocar a quantidade de folhas de arruda em água fervente e abafar por 10 minutos.
Servir como bebida morna.
Quantidade de folhas por animais:
. VACA: de 60 a 120 g em 1 litro de água .
. OVELHA, CABRA OU PORCA: de 15 a 30 g em meio litro de água.
. CADELA: 3 g em 1 copo de água.

USO DE FOLHAS DE SABUGUEIRO PARA ELIMINAR A PLACENTA


Modo de fazer:
Fazer uma cama com galhos finos e folhas de sabugueiro no local onde a vaca vai parir, no dia em que ela
vai dar cria.
Quando a vaca se deita nesta cama, esquenta as folhas e os princípos ativos do sabugueiro são liberados e
absorvidos pela pele do animal.

INFLAMAÇÃO DO ÚBERE
Ingredientes:
Sabugueiro, arruda e menstruz.
Modo de fazer:
Preparar o chá com 100g de folhas em meio litro de água fervente, e acrescentar uma pitada de sal. Com o chá
obtido das plantas, depois de gelado fazer compressas e massagens, uma vez por dia, durante 5 dias.

PREPARODO DE CINAMONO
(Para controle de carrapato)
Ingredientes:
1 kg de folhas de cinamomo
20 litros de água
Modo de fazer:
Fazer um chá (infusão) com 1 quilo de folhas de cinamomo e 20 litros de água.
Ou deixar as folhas de molho por 2h.
Banhar os animais sempre ao final da tarde.

PREPARADO DE ARRUDA
(Para controle de carrapato)
Ingredientes:
50 gramas de folhas de arruda
1 colher (sopa) de sal
1 litro de álcool ou cachaça
Modo de fazer:
Colocar a arruda num vidro com tampa, o sal e o álcool ou cachaça e deixar em infusão por 15 dias, no escuro.
Coar e passar no animal sempre no final da tarde.
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Preparados e Receitas com Plantas Medicinais
e Aromáticas em Produtos de Higiene e Limpeza
Higiene é o conjunto de hábitos sadios que cada um deve ter para com seu corpo, os utensílios e o ambiente,
preservando não só sua saúde, mas também a dos outros e do meio ambiente.
Há algumas décadas atrás só havia o sabão feito em casa, o esfregão de aço, a cinza do fogão e a esponja ve-
getal. Atualmente, porém, há uma infinidade de produtos sintéticos e tóxicos utilizados para estas finalidades, muitos
deles extremamente agressivos à saúde e ao ambiente. Além disso, grande parte do orçamento mensal de muitas
famílias é utilizado na aquisição de produtos de higiene e limpeza.
As plantas aromáticas e medicinais são cada vez mais pesquisadas e utilizadas na elaboração de produtos de
higiene e limpeza, com ótimos resultados, além de serem menos agressivas ao ambiente e à saúde, e de menor
custo.
Abaixo, tabela de ervas e suas propriedades cosméticas:

ERVA PELE CABELO


Agrião - Contra queda e caspa
Alecrim Estimula a circulação Contra queda e caspa
Alfazema Limpa / amacia / acalma Aromatizante
Artemísia Relaxante -
Alho porro Cicatrizante -
Avenca - Brilho
Babosa Hidratante / bactericida Fortalecedor e contra caspa
Bardana (raíz) Adstrigente Contra caspa
Boldo Calmante Clareia o cabelo
Camomila Adstringente / calmante Clareia o cabelo
Capuchinha - Queda de cabelo
Cânfora Antireumatismo -
Cavalinha Antiacne / espinhas Clareia o cabelo
Citronela Repelente Anti-caspa
Confrei Cicatrizante Cabelo oleoso
Erva doce Remove impurezas -
Espinafre - Tônico capilar, crescimento
Guanxuma Adstringente Tônico capilar, crescimento, queda e oleosida-
de
Hortelã Enrijecedor / refrescante Clareia o cabelo
Limão* Clareador -
Macela - Queda, clareia o cabelo
Malva Anti-rugas / refrescante Hidratante
Manjericão Hidratante Aromatizante
Manjerona Hidratante Revigorante
Melissa Revigorante -
Mil-em-Rama Adstringente / secante Escurece o cabelo
Nogueira - Amaciante, escurece o cabelo
Prímula (raíz) - Cabelos ressecados
Sabugueiro - Brilho e queda de cabelo
Salsa Anti-rugas, pele, acnéia, cicatrizante (rachadura nos pés)
Salsaparrilha Tonificante Escurece o cabelo
Sálvia Tonificante Escurece o cabelo
Tansagem Contusões -
* Limão: Promove fotosensibilidade, podendo provocar queimadura na pele com exposição ao sol.
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SACHÊ DE ERVAS PARA ÁGUA SANITÁRIA DE CINZAS
ESPANTAR TRAÇAS E BARATAS Ingredientes:
Ingredientes: 1 kg de cinzas de fogão à lenha
1 pedaço de tule ou tecido de algodão, fita, cordão ou 5 litros de água
tiras de tecido colorido.
Modo de fazer:
Plantas secas: manjericão, alecrim e louro.
Juntar a água e a cinza em um balde plástico com tampa
e deixar descansar por 10 dias.
Modo de fazer:
Coar, envasar e rotular.
Picar as plantas e fazer o sachê.
Este produto é utilizado diluído em água para limpeza
de pisos e banheiros, e também serve para branquear
DESINFETANTE panos de prato, sempre diluído em água.
Ingredientes:
Meio kg de sabão de glicerina ou de côco SABÃO DE LIMÃO
2 litros de álcool
Ingredientes:
2 litros de água
4 kg de gordura morna (sebo ou banha)
1 maço de malva cheirosa ou citronela ou eucalipto
3 litros de água morna
2 litros e meio de suco de limão
Modo de fazer:
1 kg de soda
Amassar bem as folhas e colocar dentro do álcool por
7 dias em local escuro. Modo de fazer:
Ferver 1 litro de água com o sabão picado ou ralado Colocar os ingredientes em um balde plástico grande,
até dissolver, mexendo sempre. mexendo bem, na ordem como está na receita: primeiro
Juntar esta mistura aos 3 litros de água restantes e a gordura, depois a água, em seguida o suco de limão,
acrescentar a maceração das folhas. mexendo bem.
Utilizado para fazer limpeza de pisos e banheiros. A soda deve ser seca e misturada por último.
Mexer por aproximadamente 30 minutos, até formar um
SABONETE DE BARDANA creme parecido com massa de bolo.
Ingredientes: Colocar em caixa plástica e cortar quando ainda não
1 kg de sabão de glicerina ralado ou cortado em estiver bem seco.
pedacinhos
200 g de folhas de bardana picada SABONETE LÍQUIDO CASEIRO
Meio litro de água Ingredientes:
100 g de sabão de glicerina ou côco
Modo de fazer: 4 litros de água
Fazer um chá bem forte com a bardana e a água, 1 xícara de semente de funcho
depois de levantar fervura, deixar amornar e filtrar num 2 colheres (sopa) de glicerina líquida
pano limpo espremendo bem para retirar todo o suco 1 colher (sopa) essência de erva-doce
das folhas.
Derreter o sabão em banho-maria e juntar ao chá Modo de fazer:
mexendo bem e colocar em forma para endurecer. Fazer um chá com a água e o funcho, fervendo por 10
Desenformar e cortar os sabonetes. minutos em panela com tampa.
A bardana é uma planta que tem grande poder curativo Cortar bem fino o sabão e juntar ao chá, mexendo bem.
nas moléstias da pele, como dermatoses, acne, Coar, deixar esfriar e juntar a glicerina e a essência.
eczema, furunculoses, pruridos da pele e seborréia do Mexer bem, envasar e rotular.
couro cabeludo.

Limpeza de óleo usado na cozinha


IMPORTANTE

· Se estiver líquido, coar em peneira fina.


· Colocar o óleo numa panela com igual quantidade de água.
· Levar ao fogo.
· Depois de frio a gordura limpa na superfície. Retirar com uma concha.
· Este processo é importante, especialmente, quando a gordura tem sal.
Com aquecimento a água retira o sal e grande parte das impurezas da gordura.
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SABÃO SABÃO MEDICINAL PARA
Ingredientes: CONTROLE DO PIOLHO
6 Kg de gordura (sebo e/ou banha e/ou óleo). A Ingredientes:
quantidade de óleo não pode ser mais de 30% . Meio kg de sabão de glicerina ou côco
Pode-se aproveitar banha e óleo utilizado em frituras. Meia xícara de folhas de carqueja
1 Kg de soda 2 colheres de babosa descascada e picada
5 litros de álcool (destes, pode-se trocar 1 litro de Meia xícara de água
álcool por 1 litro de suco de limão)
3 litros de água Modo de fazer:
Liquidificar a carqueja e a babosa com água e coar.
Modo de fazer: Cortar o sabão em pedacinhos e levar ao fogo para
Derreter a soda na água mexendo com pá de derreter, aos poucos colocar o líquido, mexendo até
madeira em balde plástico. a mistura ficar homogênea.
Num outro vasilhame juntar a gordura derretida e Derramar em caixa plástica e deixar descansar até
morna, com o álcool. endurecer.
Juntar as duas misturas. Desenformar e cortar.
Mexer com pá de madeira até formar espuma e uma Para o controle do piolho, lavar a cabeça e deixar a
nata. espuma do sabão por meia hora e enxaguar.
Colocar o sabão em caixas plásticas e cortar quando
estiver firme, antes que esfrie.
PASTA PARA LAVAR LOUÇA
Ingredientes:
XAMPU CASEIRO Meio kg de sabão cortado em pedacinhos
Ingredientes: 10 colheres (sopa) de suco de limão
100 g de sabão 5 colheres (sopa) de açúcar
4 litros de água Meio copo de água
3 colheres (sopa) glicerina líquida
1 colher de essência de sua preferência (opcional) Modo de fazer:
Um bom punhado de guanxuma ou espinafre ou Deixar o sabão de molho na água e esquentar para
bardana ou nogueira fazer uma pasta
Juntar o limão e o açúcar
Modo de fazer: Colocar a pasta em potes para usar com a esponja
Cortar bem fino o sabão. para lavar a louça
Colocar na panela a água e as plantas para ferver,
coar, juntar o sabão cortado fino.
Mexer bem, deixar esfriar, juntar a glicerina e a
SABÃO DE FARINHA DE MILHO
essência. Ingredientes:
Mexer bem, envasar e rotular. 10 litros de água
5 kg de gordura
1 kg de farinha de milho
DETERGENTE LÍQUIDO PARA 1 kg de soda
LIMPEZA EM GERAL
Ingredientes: Modo de fazer:
100 g de sabão Desmanchar a farinha em 2 litros de água.
4 litros de água Desmanchar a soda na água.
Um punhado de eucalipto ou alfazema ou alecrim Amornar a gordura e misturar no balde da soda.
Acrescentar a farinha desmanchada na água.
Modo de fazer: Juntar o restante da água. Misturar bem até formar
Cortar bem fino o sabão. um creme.como de massa de bolo.
Colocar na panela o eucalipto ou alfazema ou alecrim Deixar endurecer e cortar os pedaços.
com a água e fazer um chá, fervendo a planta, coar.
Juntar o sabão, mexer bem.
Deixar esfriar, envasar e rotular.
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SABÃO DE ABACATE SABÃO LÍOUIDO PARA LIMPEZA
Ingredientes: GERAL
4,5 kg de abacate maduro Ingredientes:
2,5 kg de sebo derretido 400 gramas de sabão
500 gramas de soda pura em escamas 2 limões
OBS: podem ser utilizados os abacates que já 1 copo de amoníaco líquido
estiverem passados, aproveitando o excesso de 6 litros de água
produção.
Modo de fazer:
Modo de fazer: Derreter o sabão ralado ou picado em 1 litro de água
Cortar o abacate, retirar a polpa, passar na peneira. fervente.
Misturar os outros ingredientes na massa de abacate, Deixar esfriar. Acrescentar 5 litros de água, suco dos
e levar ao fogo, mexendo sem parar por 30 minutos. limões e o amoníaco. Misturar.
Tirar do fogo e deixar descansa até esfriar, e colocar Engarrafar e etiquetar as garrafas.
em uma caixa plástica.
No dia seguinte tirar a massa da caixa e cortar em
pedaços. Colocar os pedaços em local arejado,
DESINFETANTE PARA BANHEIRO
mantendo uma distância mínima entre uma barra de Ingredientes:
sabão e outra, evitando que grudem. 30 folhas de eucalipto
OBS: O tempo de descanso da massa, até cortar os 1 litro de álcool
pedaços varia de acordo com o grau de maturidade 5,5 litros de água quente
da fruta, com a consistência da massa, e a Sobras de sabonete
temperatura local.
Modo de fazer:
Amassar bem as folhas do eucalipto.
SABÃO DE POLVILHO Juntar as folhas o álcool e meio litro de água morna.
Ingredientes: Colocar em vasilhas fechadas e deixar em descanso
1 copo de polvilho doce por 24 horas.
9 litros de água Picar as sobras de sabonete e derreter nos 5 litros de
1 kg de soda água quente.
4 kg de gordura morna (sebo ou banha) Após a água esfriar, acrescentar o líquido de eucalipto
1 detergente líquido (opcional) que ficou de molho. Misturar.
2 copos de sabão em pó Guardar em frasco bem fechado e rotular.

Modo de fazer:
Desmanchar a soda em 2 litros de água
AMACIANTE DE ROUPAS:
Desmanchar o polvilho e o sabão em pó em meio litro Ingredientes:
de água 1 sabonete azul pequeno (90 g)
No balde da soda derretida misturar a gordura morna, 100 ml de água de rosas
o restante da água, o polvilho desmanchado e por 1 colher de sopa de glicerina
último o detergente. 1 litro de água fervente
Mexer por mais ou menos 30 minutos e colocar na 4 litros de água
caixa para cortar no dia seguinte.
Modo de fazer:
Raspar o sabonete, juntar a água fervente e mexer
PREPARADO PARA LIMPEZA DE bem, até derretê-lo completamente.
VIDROS (JANELAS) Despejar o restante da água de rosas e a glicerina.
Ingredientes: Guardar em frasco bem fechado e rotular: AMACIANTE
1 copo de álcool DE ROUPAS.
Meio copo de água
Meio copo de vinagre OBS: O amaciante de roupas pode ser substituído por
vinagre de maçã. Neutraliza a força do sabão e a roupa
Modo de fazer: fica macia.
Juntar os 3 ingredientes
Passar com um pano nos vidros.
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Boas Práticas de Higiene no Preparo de Alimentos
O preparo de alimentos é uma arte e tem grande importância econômica, social e cultural para as famílias
rurais. Por não conterem aditivos químicos, os alimentos produzidos artesanalmente exigem cuidados redobrados
na sua fabricação, para evitar contaminações nocivas à saúde do consumidor e assegurar maior durabilidade aos
produtos.
Todos as pessoas envolvidas no preparo de alimentos precisam conhecer e adotar as Boas Práticas de Hi-
giene, como forma de garantir a produção de alimentos seguros, que atendam as normas higiênico-sanitárias e de
qualidade.

QUANTO AS PESSOAS:
O manipulador de alimentos é a principal fonte de contaminação dos alimentos, por isso é necessário que conhe-
ça e adote cuidados de higiene pessoal, para que possa produzir alimentos com qualidade.

É importante lembrar que:


- pessoas com diarréia, doença infecto-contagiosa, infeção, feridas ou inflamações na pele que possam causar conta-
minação do ambiente ou de outros manipuladores, não devem trabalhar na área de manipulação de alimentos;
- todos os cortes, queimaduras ou ferimentos devem ser imediatamente desinfectados e cobertos com curativo imper-
meável, e a pessoa deve ser direcionada para outro tipo de trabalho, que não seja a manipulação de alimentos.
- os manipuladores devem evitar contato com pessoas resfriadas, com broquite e enterites.

As mãos merecem cuidados especiais porque representam uma grande fonte de contaminação dos alimentos.
As unhas devem ser mantidas curtas, limpas e sem qualquer tipo de esmalte.
O manipulador de alimentos deve lavar e desinfetar as mãos e os braços até a altura dos cotovelos cuidadosa-
mente, antes do ínicio dos trabalhos, toda vez que mudar de atividade durante o trabalho, imediatamente após o uso
do banheiro, após pentear os cabelos, depois de comer, fumar, assoar o nariz, depois de manipular lixo ou restos de
alimentos e todas as vezes que for necessário.

Como higienizar as mãos:


- Lavar bem as mãos com água e sabonete neutro, demorando pelo menos 15 segundos com as mãos ensaboa-
das, enxaguar em água corrente e secá-las com papel toalha.
- Complementar a higienização, sanificando as mãos com produtos devidamente autorizados, com registro no
Ministério da Saúde, ou com seguinte solução:
700ml de álcool a 96 °
500ml de glicerina
300ml de água
Misturar primeiramente o álcool e a glicerina e somente depois acrescentar a água.

Cabelo, barba, bigode:


Os cabelos devem ser mantidos sempre limpos e penteados. Deve-se utilizar uma proteção adequada (touca,
rede, gorro), de modo a cobrir inteiramente os cabelos e evitar sua queda sobre os alimentos. Não pentear os cabelos
enquanto estiver usando o uniforme de trabalho, pois os pêlos soltos e a caspa podem cair sobre alimentos.
Em caso de barba e bigodes também é preciso ter muito cuidado e usar uma proteção adequada, para evitar que
sirvam de fonte de contaminação dos alimentos.
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Orelhas, nariz e boca:
As pessoas resfriadas ou gripadas não devem manipular os alimentos, pois a cada espirro desprende uma nuvem
de microrganismos sobre o corpo, sobre as superfícies e sobre os alimentos.
Os manipuladores também devem ter cuidado sempre que assoar o nariz, tossir ou espirrar, usar lenços descartá-
veis e lavar as mãos após o ato.

Hábito de fumar, comer e mastigar


O hábito de fumar em ambiente de manipulação de alimentos é ilegal e perigoso. Ao fazer isso, toca-se a boca, e
as bactérias ali presentes podem ser passadas para o alimento. Além disso, geralmente os fumantes sofrem de tosse e
espirram com mais frequência, formando nuvens de microrganismos que recaem nas superfícies e no próprio alimento
que está sendo processado. Pontas de cigarros e cinzas podem cair nos alimentos.
Também não é permitindo comer e mastigar (chicletes, palitos, etc.) durante a manipulação de alimentos, pois
aumenta o contato das mãos com a boca.

Uso de jóias, perfumes e loção pós-barba


Deve-se evitar o uso de loção pós-barba, colônia e perfumes, porque os alimentos têm grande capacidade de ab-
sorver odores. O uso de jóias, brincos, relógios e anéis também é proibido por representar risco de queda no produto,
além de provocar a contaminação devido à não-higienização desses objetos.
São recomendações de higiene para os manipuladores:
- Retirar todos os adornos antes de iniciar o trabalho.
- Manter as unhas bem aparadas, escovadas e sem esmaltes.
- Mãos rigorosamente limpas e sanitizadas.
- Usar touca ou gorro para proteger todo o cabelo. Quando longos ou volumosos, os cabelos devem ser presos e pro-
tegidos com rede de tecido.
- Usar máscaras, protegendo o nariz e a boca.
- Usar avental de mangas compridas com elástico e sem botões, para evitar a contaminação por meio dos pêlos do braço.
- Trocar periodicamente os uniformes mantendo-os sempre limpos e sem rasgos.
- Usar calçados de couro ou de borracha, fechados. Evitar o uso de calçados de lona e proibir o uso de chinelos e
sandálias.
- Utilizar quando exigido, botas de cano longo, brancas, devendo ser higienizadas sempre que entrar na área de pro-
cessamento.
- As pessoas gripadas, resfriadas, com tosse ou alguma infecção (garganta, olhos, ouvidos, respiratória) ou alergias na
pele não devem manipular alimentos.
- O uso de luvas descartáveis dispensa a lavagem frequente das mãos e é indicado para manipular alimentos cozidos
ou que não serão aquecidos posteriormente e ainda para o manuseio de alimentos prontos para o consumo. As luvas
devem ser exclusivas de cada tarefa e descartadas quando estiverem contaminadas ou se rasgarem e sempre que a
tarefa terminar.

QUANTO AS INSTALAÇÕES:
- A localização e a construção são também aspectos importantes a serem considerados nas Boas Práticas de Fabrica-
ção, com o objetivo de prevenir contaminação do produto durante o processo ou depois de fabricados.
- As unidades de processamento de alimentos devem estar situadas em locais isentos de odores indesejáveis, fumaça,
pó e poluentes. Devem ser construídas de tal modo que permitam a limpeza fácil e adequada e evitem a penetração
e permanência de insetos, pássaros ou outros animais.
- Devem ser planejadas de forma a permitir a separação das áreas. O local de recebimento da matéria- prima deve
ser separado do local de processamento. Deve-se ter também um local separado para armazenar produtos não-
-comestíveis.
- É necessário planejar o destino que vai ser dado aos efluentes da unidade de processamento, para evitar danos ao
meio ambiente e manter a limpeza dos arredores.
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Teto:
O teto deve ser construído e ou acabado de modo que impeça o acúmulo de sujeira, facilite a higienização, apre-
sente resistência à umidade e vapores, e que possua vedação adequada.
Piso:
Nas áreas de manipulação de alimentos, os pisos devem ser de material resistente ao trânsito, impermeáveis,
laváveis e antiderrapantes. Devem ser fáceis de limpar e não possuir frestas.
Paredes:
As paredes devem ser revestidas de materiais impermeáveis e laváveis e de cores claras, até uma altura mínima
de 2 metros. Pode-se usar o azulejo, o laminado plástico ou pintura à base de epóxi (massa própria com aplicação
em paredes em camadas monolítica de 2 a 3 mm de espessura). Devem ser lisas e sem frestas, fáceis de limpar
e desinfetar.
Portas e janelas:
As janelas e outras aberturas devem ser construídas de maneira a se evitar o acúmulo de sujeira. Aquelas que se
comunicam com o exterior devem ser providas de telas como proteção antipragas.
Vestiários e banheiros:
Vestiários e banheiros de uso dos funcionários devem estar completamente separados das áreas de processamento,
de embalagem e de armazenamento.
Iluminação:
O local de processamento de alimentos deve ser bem iluminado para que o trabalho se desenvolva com rapidez
e precisão.
Ventilação:
As áreas de produção devem ser bem ventiladas, especialmente aqueles locais com equipamentos que produzam
excessivo calor ou vapor no ambiente, a fim de evitar a condensação de vapor d’água e a consequente profileração
do mofo nas partes altas, o que poderá contaminar os produtos.
Instalações elétricas:
A rede elétrica deverá ser bem dimensionada e com todas as proteções necessárias. Para evitar acidentes, sempre
usar os sistemas de aterramento de todos os equipamentos.
Suprimento de água:
As áreas de produção devem dispor de abundante suprimento de água potável. Para garantir a qualidade da água,
armazená-la em reservatório limpo e vedado.
Controle de pragas:
A presença de insetos, roedores, pássaros, cães e gatos é altamente indesejável na indústria de alimentos. Esses
animais constituem fonte de contaminação quando em contato com as áreas de processamento, de embalagem ou
de armazenamento e representam riscos à saúde do homem, à segurança e à qualidade de alimentos.
O controle desses animais é denominado controle de pragas, e deve ser executado com cuidado por profissionais
e empresas especializadas, devidamente credenciadas e registradas nos órgãos de saúde. Também os produtos
utilizados devem ser registrados.

QUANTO AOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS:


Os equipamentos e utensílios devem ser de uso exclusivo da unidade processamento e devem:
- Ser de fácil limpeza, com superfícies lisas;
- Estar em bom estado de conservação e de funcionamento;
- Estar localizado de acordo para facilitar o fluxo de processamento e a sua completa higienização;
- Manter distância mínima de 30 cm do piso e 60 cm das paredes e entre si;
- Ser em número adequado à atividade que está sendo desenvolvida.
Deve ser feita a correta higienização das instalações e de todos os materiais utilizados durante o processamen-
to de alimentos, no ínicio e no fim do processo, a fim de que todos os resíduos de alimentos sejam completamente
eliminados e que o alimento processado saia da unidade de processamento em perfeitas condições higiênico-
-sanitárias.
51
Procedimentos de Limpeza e Sanitização
a) Ambiente / Instalações
Local Frequência Produto Procedimentos
Bancadas, Diária Detergente neutro e hipoclorito de Retirada completa dos resíduos com água corrente,
pisos e ralos sódio a 220 ppm de cloro ativo(*) com auxílio de mangueira e detergente neutro.
Banho com solução de hipoclorito de sódio.

Paredes Semanal Detergente neutro e hipoclorito de Lavagem com detergente neutro com auxílio de bucha.
sódio a 220 ppm de cloro ativo(*) Enxágue com água corrente.
Banho com solução de hipoclorito de sódio.
Secagem natural.

Tubulações Bimestral Detergente neutro e hipoclorito de Lavagem com detergente neutro, com auxílio de escova
externas sódio a 220 ppm de cloro ativo(*) Enxague com água corrente com auxílio de mangueira.
Banho com solução de hipoclorito de sódio.
Secagem natural.

Luminárias Bimestral Detergente neutro e hipoclorito de Certificar-se da inexistência de fios expostos.


sódio a 220 ppm de cloro ativo(*) Limpeza com pano umedecido em detergente neutro.
Sanitização com pano umedecido em solução de
hipoclorito de sódio.

Portas e Mensal Detergente neutro e hipoclorito de Limpeza com pano umedecido em detergente neutro.
janelas sódio a 220 ppm de cloro ativo(*) Sanitização com pano umedecido em solução de
hipoclorito de sódio.

B) utensílios / equipamentos

Local Frequência Produto Procedimentos


F ogão Diária, após o Detergente neutro Partes externas: raspagem das incrustações; aplicação de detergente
uso e semanal e desincrustante neutro e desincrustante, se necessário; enxágue e secagem semanal

Queimadores e grelhas – desmonte as peças móveis e coloque de molho


numa solução de água morna com produto desincrustante por 30min; retire
as incrustações com esponja e espátula; enxágue e secar.

Tachos de cobre
Diária, um pouco Detergente neutro, Lavagem com água, detergente neutro e esponja; passar limão e sal
antes do uso limão e sal para manter a superfície bem brilhante e sem depósito da camada
verde de hidrocarboneto de cobre (azinhavre ou zinabre), que se
forma nos tachos expostos ao ar e à umidade; enxágue em água
corrente e secagem com calor.

Tachos e panelas Diária, antes e Detergente neutro e Lavagem com água e detergente neutro com o auxílio de bucha;
de alumínio, após o uso hipoclorito de sódio a enxágue com água corrente, de preferência quente; pulverização de
mesas, bancadas a 200 ppm de cloro solução de hipoclorito de sódio ou banho com solução hipoclorito
ativo (*) de sódio; secagem natural.

Peneiras, ralos, Diária, antes e Detergente neutro e Lavagem com água e detergente neutro com o auxílio de bucha;
facas, colheres, hipoclorito de sódio enxágue com água corrente, de preferência quente; pulverização de
pás, etc... a 200 ppm de cloro solução de hipoclorito de sódio ou banho com solução hipoclorito de
ativo (*) sódio; secagem natural.

Caixas de Diária, após Detergente neutro e Lavagem de caixas com detergente neutro com auxílio de bucha;
polietileno o uso hipoclorito de sódio enxágue em água corrente; pulverização de solução de
a 200 ppm de cloro hipoclorito de sódio.
ativo (*)
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C) sanitário e recipientes de lixo

Local Frequência Produto Procedimento


Sanitário
Diária, conforme Detergente neutro e Retirada do lixo, retirada dos resíduos; lavagem com detergente
a necessidade hipoclorito de sódio neutro, inclusive o vaso sanitário; enxágue com água corrente;
a 200ppm de cloro banho de hipoclorito de sódio; ação por 10 minutos; remoção do
ativo (*) excesso de solução natural; pulverização de solução de hipoclorito
de sódio dentro dos vasos sanitários; abastecimento dos toalheiros
com papel toalha; abastecimento das saboneteiras com sabonete
líquido e produto antisséptico

Recipientes
Diária, no ínicio Sacos de plástico; Manutenção dos recipientes para lixo, com sacos plásticos resistentes
de lixo
de cada turno detergente neutro e no seu interior e devidamente tampados; não permitir que os sacos
e semanal hipoclorito de sódio fiquem muito cheios, para possibilitar que sejam amarrados; a coleta
a 200ppm de cloro de lixo deve ser diária.
ativo (*) Higienização: remoção dos resíduos; lavagem com detergente neutro,
com auxílio de escova; enxágue com água corrente; banho com
solução de hipoclorito de sódio; ação por 10 minutos; secagem.

(*) Orientação para o preparo da solução de hipoclorito de sódio para a sanificação: preparar a solução de hipoclorito
de sódio pouco antes do uso; é recomendado o uso de luvas para o seu manuseio; manter a embalagem do
produto sempre fechada.
Para o preparo da solução, usar 2 ml de hipoclorito de sódio a 10 % de cloro ativo para cada litro de água.

Local Frequência Produto Procedimentos


Depósito Após o término da Solução de cloro: Técnica n° 1: Esvazie o depósito; escove as paredes, o fundo
de água construção ou de cada 05 litros de água, do reservatório e a parte da tampa com uma escova limpa;
qualquer reparo. 01 litro de água sani- enxágue bem; faça a desinfecção com solução de cloro. Deixe
tária, com 2,5% de cloro. agir durante 30 minutos; enxágue bem; deixe a água escoar pela
tubulação; encha novamente o reservatório.
Semestralmente 02 litros de hipoclorito Técnica n° 2: Esvazie o depósito; escove as paredes, o fundo
de sódio para cada 1000 do reservatório e a parte da tampa com uma escova limpa; en-
Sempre que litros de água. xágue bem; faça a desinfecção com hipoclorito de sódio; espere
houver suspeita de 1 hora e em seguida abra as torneiras para esgotar o reservató-
contaminação rio. Como esta água contém alta dosagem de cloro, não poderá
ser bebida.·

Estando o reservatório desinfetado, encha-o novamente.


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MATÉRIA-PRIMA
Dentre os requisitos das Boas Práticas de Fabricação, está a qualidade de matéria-prima utilizada, que tem
uma grande influência na qualidade do produto final.
A matéria-prima deve ser produzida seguindo as Boas Práticas de Produção. Deve ser transportada e arma-
zenada também de forma adequada, até o momento de utilização.
A matéria-prima deve apresentar condições higiênico-sanitárias próprias para o consumo.

PROCEDIMENTO DE PRODUÇÃO
Os procedimentos de produção, ou seja, as tecnologias utilizadas devem ser adequadas à capacidade e às
condições do equipamentos e instalações.
É importante seguir o fluxo de processamento recomendado, para facilitar o trabalho, o acompanhamento e o
controle de pontos importantes do processamento.
Respeitar as particularidades de cada tecnologia trabalhada.

INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR
O rótulo é a identificação do produto e deve conter todas informações que o consumidor precisa saber quanto
à composição do produto, à forma de utilização, à manutenção do produto, dentre outras informações.
O fabricante deve colocar no rótulo um telefone para contato, pois por meio desse mecanismo poderá conhe-
cer melhor a situação do seu produto no mercado e atender a eventuais reclamações.
O fabricante precisa conhecer a legislação específica à rotulagem de alimentos.

ARMANEZAMENTO E TRANSPORTE
O local e a forma de armazenagem dos produtos fabricados têm também uma grande importância, pois pode
acontecer de se ter todos os cuidados durante o processamento, porém a armazenagem inadequada pode
colocar tudo a perder.
Por isso é necessário seguir as recomendações para armazenagem de cada tipo de produto.
Em caso de se usar estrados ou prateleiras, deixá-los afastados da parede para facilitar a limpeza e a circu-
lação de ar. Os produtos devem ser organizados de modo que aqueles produzidos primeiro fiquem na frente,
assim serão os primeiros a serem comercializados.
O transporte deve ser em veículo adequado às condições do produto transportado.
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GLOSSÁRIO
Abscesso: Cavidade com pus.
Aclimatação: Maneira pela qual um animal ou planta se adapta a mudança no seu meio ambiente.
Adstringente: Que produz constrição, relativo a, ou aquilo que causa contração ou sensação de repuxamento
na pele ou em outro tecido orgânico.
Afecção: Alteração da saúde. Perturbação patológica localizada em determinado órgão. Doença, enfermidade.
Afonia: Perda de voz parcial ou total.
Afrodisíaco: Estimulante das funções sexuais.
Alcoolatura: Tintura a partir de material fresco; produto obtido do processo em que consiste a maceração de
uma planta no álcool.
Alicina: Responsável pelo odor característico de alho.
Analgésica: Que suprime a dor, que paralisa, anestésica.
Anemia: Fraqueza (diminuição da hemoglobina).
Anorexia: Redução ou perda de apetite para alimentos.
Ansiolítica: Que combate a ansiedade; tranqüilizante.
Anti-hemorrágico: Faz estancar a hemorragia.
Anti-hemorroidal: Combate hemorróidas.
Anti-hipertensiva: Que faz reduzir a pressão arterial.
Antiácido: Combate a acidez gástrica.
Antiarréico: Combate a diarréia, a eliminação de fezes líquidas.
Antiemético: Substância que evita o vômito.
Antiespasmódico: Substância que evita ou alivia espasmos e contração súbitas.
Antifebril: Que combate a febre.
Antimicrobiana: Que combate micróbios.
Antinevrálgico: Combate a nevralgia (dor aguda provocada por lesões de um nervo) e suas manifestações.
Antisséptico: Desinfetante.
Antitérmico: Que reduz a temperatura corporal.
Arteriosclerose: Doença degenerativa que causa o endurecimento das paredes das artérias.
Artrite: Inflamação dolorosa das juntas.
Antioxidante: Qualquer classe de composto que se adiciona a outras substâncias para retardar a oxidação, a
determinação e rancificação.
Bálsamo: Aromático e reconfortante.
Béquico: Combate a tosse.
Bulbo: Órgão vegetal formado por um caule subterrâneo, com numerosas folhas muito unidas e carnudas,
cheias de reservas nutritivas e que permite às plantas renovar anualmente suas partes aéreas.
Carcinogênico: Que produz câncer.
Cardiotônico: Que fortalece o coração.
Carminativa: Que faz eliminar gases.
Cataplasma: Pasta medicamentosa aplicada, entre dois panos, a uma parte do corpo dorida ou inflamada; afetada.
Cefaléia: Dor de cabeça.
Cirrose: Alteração degenerativa com proliferação, promovendo endurecimento de um órgão como o fígado.
Cistite: Inflamação da bexiga urinária.
Colesterol: Elemento componente da gordura animal.
Colite: Inflamação do intestino grosso.
Compressa: Chumaço de gaze ou outro material usado para fazer compressão sobre qualquer parte do corpo.
As vezes pode conter medicamento, ou proporcionar apenas calor.
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Constipação: Prisão de ventre. Resfriado, gripe, gripe comum.
Depurativo: Que limpa purifica.
Dermatose: Doença de pele.
Desmineralizar: Retirar ou perder sais minerais do organismo.
Diabete: Aumento do açúcar no sangue.
Diurético: Ajuda a eliminação da urina.
Dismenorréia: Menstruação difícil e dolorosa (cólicas)
Diurética: Aumenta a diurese (ou secreção urinária), quantidade de urina.
Eczema: Crosta na pele.
Emenagogo: Restabelece o fluxo menstrual; provoca a menstruação.
Emética: Que provoca vômitos.
Emoliente: Que abranda uma inflamação.
Emplasto: Medicamento para uso externo, que contém substância que amolece ao calor do corpo, e a este adere.
Encefalite: Inflamação no cérebro (dor de cabeça).
Entouceirada: Com tronco múltiplo, possibilitando alta produtividade.
Erisipela: Inflamação de pele com vermelhão e febre.
Escara: Crosta proveniente de modificação de tecidos, produzidos por gangrena ou cautério.
Escorbuto: Falha de vitamina C (que causa hemorragia, principalmente na gengiva).
Espasmolítico: Que tem capacidade ou tendência para aliviar, acalmar espasmo e contração súbita.
Espasmos: Distúrbio motor dependente de irritação sobre qualquer ponto caracterizado por concentração involuntá-
ria violenta de um músculo ou grupo de músculos.
Estomáquica: Relativo ao estômago.
Estomatite: Inflamação da mucosa da boca.
Estrogênio: Nome genérico de certos hormônios femininos; que estimula a função ovariana.
Expectorante: Que facilita a saída das secreções das vias respiratórias.
Febrífuga: Que combate a febre.
Flatulento: Que acumula gases.
Flebite: Inflamação nas veias.
Fotossensibilidade: Sensibilidade às radiações luminosas.
Gastrite: Inflamação do estômago.
Gengivite: Inflamação das gengivas.
Gota: Circulação anormal do sangue provocada pelo ácido úrico causando fortes dores no corpo (reumatismo).
Hematomas: Vazamento do sangue que forma mancha ou tumor.
Hemorróidas: Varizes na veia do ânus.
Hepático: Que se refere ao fígado.
Hepatite: Inflamação do fígado.
Hepato protetor: Estimula e protege as funções do fígado.
Hipoglicemiante: Que diminui a quantidade de glicose no sangue.
Hipotensor: Reduz a pressão arterial.
Impingem: Doenças da pele que forma erupção
Micose: Doença de pele causada por fungo.
Nefrite: Inflamação do rim.
Neurastenia: Popular mau humor; doença mental caracterizado por fraqueza física, grande irritabilidade, dor de ca-
beça, e alteração do sono.
Oftalmia: Inflamação do globo ocular.
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Panarícios: Tumor inflamatório, na ponta dos dedos ou na raiz das unhas.
Pólipos: Pequeno crescimento de células internamente (tipo verrugas)
Prurido: Coceira, comichão.
Psoríase: Doenças de pele que se manifesta por escamações.
Purgativo: Que purifica, que limpa.
Raquitismo: Definhamento, fraqueza.
Renite: Inflamação na mucosa nasal.
Reumatismo: Inflamação dolorosa nos músculos e articulações.
Rizoma: Caule subterrâneo que cresce horizontalmente, ramificando-se para dar origem a novas plantas; ocor-
re, por exemplo, no bambus, no gengibre, na cana.
Sedativa: Que seda ou acalma; calmante.
Sonífero: Que produz sono.
Tônico: Revigora e estimula o organismo debilitado.
Toxina: Substância produzida por bactérias, que perturba funções orgânicas.
Umectante: Que umedece ou dilui.

BIBLIOGRAFIA
- BRAGANÇA, Maria da Graça. Boas práticas de fabricação para o processamento artesanal de alimentos.
Belo Horizonte. EMATER-MG, 2001.
- BRANCO, Verônica B. Saúde e qualidade de vida. Editora Paulinas. São Paulo, 2004.
- BURG, Inês C.; MAYER, Paulo H. Manual de Alternativas Ecológicas para Prevenção de Pragas e
Doenças. Francisco Beltrão, PR. Editora Grafit, 1999.
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- CENTRO ECOLÓGICO. Agricultura Ecológica, princípios básicos. 2005.
- CORREA Jr, Cirino; MING, L.C; SCHEFFER, M. C. Cultivo de Plantas Medicinais Condimentares e
Aromáticas. Curitiba, EMATER-PR, 1991.
- FRANCO, Ivanir J.; FONTANA, Vilson L. Ervas e Plantas. Editora Edelbra. RS, 2005.
- FRÓES, Vera; ROCHA, Antônio. Alquimia Vegetal: Como fazer sua farmácia caseira. Editora Nova Era.
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- LOPES, Amélia M. V. Plantas usadas na medicina popular do RS. Editora da UFSM. Santa Maria,1997.
- LORENZI, H. Plantas Medicinais do Brasil: nativas e exóticas e cultivadas. Editora Plantarum.
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- PROJETO PLANTAS VIVAS. Fórum pela Vida. Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia
Legislativa do Rio Grande do Sul. 1999.
- REVISTA NATUREZA. Edição especial “Ervas e temperos”. Editora Europa, 1997.
- RUDDER, Maury C. de. Guia Compacto das Plantas Medicinais. Editora Rideel. São Paulo, 2002.
- SIMÕES. C.M.D. Plantas dA Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Editora da UFRGS.
Porto Alegre, 1988.
- VIDAL, Eunice L. Saúde com Sabor. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, 2003.
- ZATTA, Irmã Maria. A farmácia da natureza. Editora Paulinas. São Paulo, 2007.
- ZURLO, Cida. As Ervas comestíveis: descrição, ilustração e receitas. Editora Globo. São Paulo, 1990.

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