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INSETICIDAS
Recife, PE
Outubro de 2009.
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INTRODUÇÃO
Os inseticidas são produtos químicos largamente utilizados no controle de pragas, quer de
forma isolada ou em programas de manejo integrado. Na escolha de um inseticida deve-se levar em
consideração não apenas a sua eficácia, bem como outros aspectos relevantes, como a seletividade
aos inimigos naturais de pragas, toxicidade ao homem e animais, persistência no meio ambiente e
custo do produto.
O Brasil é o terceiro consumidor mundial de agrotóxicos, os quais são utilizados no controle
de pragas de importância agrícola e de interesse Médico-Veterinário. A produção, comercialização,
exportação, importação, pesquisa, experimentação, embalagem, rotulagem, registro, destinação final
das embalagens, resíduos em alimentos, etc., são disciplinados pela Lei no 7802 de ll/7/89,
regulamentada pelo Decreto no 4.074 de 4/01/2002.
Para efeitos desta lei, consideram-se:
Aditivo – substância ou produto adicionado a agrotóxicos, componentes e afins, para melhorar sua
ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar o processo de produção.
Adjuvante – produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua aplicação.
Agente biológico de controle – organismo vivo de ocorrência natural, ou obtido por manipulação
genética, introduzido no ambiente para o controle de uma população ou de atividades biológicas de
outro organismo vivo considerado nocivo.
Agrotóxicos e afins - produtos ou agentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados
ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas
pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes
urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim
de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e
produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.
Componentes – princípios ativos, produtos técnicos, suas matérias-primas, ingredientes inertes e
aditivos usados na fabricação dos agrotóxicos e afins.
Ingrediente inerte ou outro ingrediente – substância ou produto não ativo em relação à eficácia
dos agrotóxicos e afins, usado apenas como veículo, diluente ou para conferir características
próprias às formulações.
Matéria-prima – substância, produto ou organismo utilizado na obtenção de um ingrediente ativo,
ou de um produto que o contenha, por processos químico, físico ou biológico.
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Princípio ativo ou ingrediente ativo – agente químico, físico ou biológico que confere eficácia aos
agrotóxicos e afins.
Produto formulado – agrotóxico ou afim obtido a partir do produto técnico ou de pré-mistura, por
intermédio de processo físico, ou diretamente de matérias-primas por meio de processos físicos,
químicos ou biológicos.
Produto formulado equivalente – produto que, se comparado com outro produto formulado já
registrado, possui a mesma indicação de uso, produtos técnicos equivalentes entre si, a mesma
composição qualitativa e cuja variação quantitativa de seus componentes não o leve a expressar
diferença no perfil toxicológico e ecotoxicológico frente ao do produto em referência.
Produto técnico – produto obtido diretamente de matérias-prima por processo químico, físico ou
biológico, destinado à obtenção de produtos formulados ou de pré-misturas e cuja composição
contenha teor definido de ingrediente ativo e impurezas, podendo conter estabilizantes e produtos
relacionados, tais como isômeros.
Produto técnico equivalente – produto que tem o mesmo ingrediente ativo de outro produto
técnico já registrado, cujo teor, bem como o conteúdo de impurezas presentes, não variem a ponto
de alterar seu perfil toxicológico e ecotoxicológico.
São mencionadas as piretrinas, rotenona, nicotina, o nim (Azadirachta indica), que contém a
azadiractina, principal substância bioativa, etc. Esses produtos são aplicados como extratos aquosos,
alcóolicos, metanólicos, etanólicos, óleos (fixos e essenciais), pós e em mistura com água, em
formulações comerciai (óleos emulsionáveis). São utilizados no controle de várias pragas, como
lagartas, moscas brancas, afídeos, cochonilhas, gafanhotos, ácaros, pragas de grãos armazenados,
etc. Atuam por contato, ingestão e fumigação, provocando mortalidade, repelência, deterrência
alimentar, redução no crescimento, efeitos morfogenéticos e redução na fertilidade e fecundidade.
No comércio já existem formulações de nim (Neenseto, Natuneen, etc), sendo utilizadas no controle
de pragas em cultivos orgânicos e de produtores familiares.
Biológicos ou Bioinseticidas
São produtos contendo organismos vivos, derivados desses organismos, ou obtidos através
de manipulação genética.
Bactérias - Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Btk), conhecido comercialmente como Dipel. e B.
thuringiensis aizawai (Bta), que se encontra no comércio com o nome de Xentari, sendo
recomendados para o controle de lagartas. A bactéria atua por ingestão, e no trato digestivo da
lagarta, que tem pH alcalino, ocorre a dissolução do cristal tóxico (delta endotoxina), etapa
obrigatória para que a toxina possa expressar a sua ação. A lagarta para de se alimentar e,
posteriormente, apresenta paralisia intestinal. A morte pode ocorrer por toxemia ou septicemia. A
bactéria, de modo geral, apresenta seletividade para predadores e parasitóides, e baixa toxicidade
para vertebrados. Outra bactéria, Bacillus sphaericus, é utilizada no controle de mosquitos (Culex
quinquefasciatus).
Abamectina - inseticida, acaricida e antihelmíntico, isolado de produtos de fermentação da bactéria
Streptomyces avermetilis. Inibe o sistema neurotransmissor GABA (ácido gama aminobutírico) nas
junções neuromusculares de insetos e ácaros. Doses entre 1 a 30 mg/kg podem provocar efeitos
neurotóxicos severos em mamíferos e pássaros. Exposição crônica com a dose de 2 mg/kg/dia causa
sério efeito no SNC, provocando ataxia e tremores. Apresenta seletividade para ácaros predadores,
parasitóides e fungos entomopatogênicos.
Spinosynas (Spinosad) - São um grupo de moléculas derivadas naturalmente de uma nova espécie
de Actionomicetos, Saccharopolyspora spinosa, que é caracterizada como uma bactéria. Spinosad é
composto pelos dois fatores naturais mais ativos no controle de insetos (fatores A e D). O A é o
componente majoritário, no entanto, ambos são bastante similares em relação às suas estruturas e
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propriedades. É um produto muito eficaz no controle de várias pragas das ordens Coleoptera,
Diptera, Hymenoptera, Isoptera, Lepidoptera, Siphonaptera e Thysanoptera em diferentes culturas,
atuando por contato e ingestão. Provoca excitação do sistema nervoso dos insetos, levando à
contrações involuntárias dos músculos, prostação com tremores e, finalmente, paralisia. Ativam os
receptores nicotínicos da acetilcolina e também afetam o complexo de receptores de GABA, o que
pode contribuir para a sua ação inseticida. É seletivo para mamíferos e outros organismos não alvos.
Um dos produtos comerciais mais conhecidos é o Tracer.
Fungos - Metarhizium anisopliae, utilizado no controle de cigarrinhas da cana-de-açúcar e de
pastagens, pragas de grãos armazenados, cupins, etc; Beauveria bassiana, controla a broca-gigante
da cana-de-açúcar, cupins, moleque da bananeira, ácaro rajado etc. Atuam nos insetos via
tegumento, ou seja, por contato.
Virus - Baculovirus anticarsia; B. erinyis; B. spodoptera utilizados, respectivamente, no controle da
lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis), mandarová da mandioca (Erinyis ello) e lagarta do cartucho
do milho (Spodoptera frugiperda); são específicos em e, de um modo geral, seletivos aos inimigos
naturais.
Óleos minerais
São produtos emulsionáveis derivados do petróleo, utilizados no controle de cochonilhas e
ácaros, provocando a morte por asfixia. São também usados como adjuvantes de inseticidas. Assist,
Óleo mineral Fersol, Iharol, são exemplos de produtos comerciais. Apresentam baixa toxicidade
para vertebrados. Recomenda-se não utilizar concentrações acima de 1% para evitar fitoxicidade.
Reguladores de crescimento
Atuam por ingestão e contato, sendo muito eficazes no controle de lagartas e larvas de
besouros. Apresentam seletividade a predadores e parasitóides e baixa toxicidade para os
vertebrados. São divididos em três grupos: (a) inibidores da síntese de quitina; (b) agonistas do
ecdisteróide e (c) análogos do hormônio juvenil. Os primeiros são derivados da aciluréia e
benzoiluréias e agem impedindo a ecdise dos insetos, em virtude da sua interferência na síntese de
quitina. Deste modo, o inseto tem a sua fisiologia comprometida durante a ecdise, não forma uma
nova cutícula, não consegue se livrar da exúvia e morre. São exemplos deste grupo: triflumuron
(Alsystin), chlorfluazuron (Atabron), teflubenzuron (Nomolt), hexaflumuron (Consult),
flufenoxuron (Cascade), diflubenzuron (Dimilin), lufenuron (Match).
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O segundo grupo é formado pelos agonistas do ecdisteróide, ou seja, compostos que têm a
mesma ação do hormônio da ecdise (imitam o hormônio da ecidise). Pertencem ao grupo das
bisacilhidrazinas (tebufenozide, halofenozide, RH-2485, RH-5849). Estes compostos interagem com
o receptor de proteínas do ecdisteróide, provocando uma estimulação direta dos mesmos. Provocam
a indução de ecdise letal e prematura (acelerador de ecdise) e efeito esterilizante.
O terceiro grupo é o dos análogos do hormônio juvenil, como o methoprene, fenoxycarb,
pyriproxyfen e diofenolan. Pertencem ao grupo químico piridiléter. Agem nos estágios mais
sensíveis do desenvolvimento dos insetos, como no final do último ínstar larval ou ninfal, alongando
a duração do ínstar, formando uma larva ou ninfa superdesenvolvida, larva-pupa ou pupa-adulto ou
ninfa-adulto intermediários. Têm também ação ovicida, agindo nos estágios iniciais da
embriogênese. Em adultos de algumas espécies podem provocar uma redução na fertilidade.
Organoclorados
Os inseticidas organoclorados foram retirados do comércio brasileiro, em virtude da sua alta
persistência no meio ambiente, alto grau de toxicidade crônica, acumulando-se nos tecidos
gordurosos e capacidade de provocar câncer. São citados como exemplo, o DDT, BHC, aldrin,
dodecacloro, toxafeno, clordane, heptacloro, etc.
Organofosforados
São derivados dos ácidos fosfórico, tionofosfórico, tiolofosfórico, ditiofosfórico, etc.
Geralmente são mais tóxicos para os vertebrados em relação a outros grupos de inseticidas. São
inibidores irreversíveis da colinesterase (mediador químico da transmissão sináptica), provocando
acúmulo de acetilcolina (neurônio-neurônio, junção neuromuscular ou sinápses). Atuam por de
contato, ingestão, profundidade ou translaminar e fumigante, e alguns apresentam propriedades
sistêmicas. Podem ser classificados nos seguintes grupos químicos:
Alifáticos – trichlorfon (Dipterex), monocrotophos (Azodrin, Nuvacron), dimethoate (Agritoato),
disulfoton, dichlorvos (Dipterex), metamidophos (Tamaron), acephate (Orthene), etc.
Derivados fenílicos - methyl parathion, profenophos (Curacron), fenthion (Lebaycid), fenitrothion
(Sumithion).
Derivados heterocíclicos - diazinon (Diazinon) chlorpyrifos (Lorsban), methidathion (Supracid),
phosmet (Imidan).
Carbamatos
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São derivados dos ácidos N-metil carbâmico e N-N-dimetil carbâmico. São inibidores
reversíveis da acetilcolinesterase. Ataum por contato, ingestão e fumigação, e alguns são sistêmicos.
Exemplos: carbaryl (Carbaryl Fersol), methomyl (Lannate), carbofuran (Furadan), aldicarb (Temik),
thiodicarb (Larvin), carbosulfan (Marshal).
Piretróides
São ésteres derivados do ácido crisantêmico. São tóxicos do axônio, atuando nos canais de
sódio. Atuam por contato e ingestão e não apresentam ação sistêmica, translaminar e de fumigação.
De um modo geral, são menos tóxicos em relação aos organofosforados, no entanto, são bastante
efetivos no controle de pragas, sendo rapidamente hidrolizados e eliminados intactos ou sob a forma
de metabólitos tóxicos, antes de atingirem o sistema nervoso. Exemplos: fenvalerate (Sumicidin,
Belmark), permetrina (Ambush, Pounce), bifentrina (Brigade, Talstar), lambdacyhalothrina
(Karate), cypermetrina (Ripcord, Cymbush), cyflutrina (Baytroid), fenpropatrina (Danimen,
Meothrin), deltametrina (Decis, K-obiol), esfenvalerate (Sumidan).
Fumigantes
São inseticidas que atuam na forma gasosa, penetrando pelos estigmas ou espiráculos dos
insetos, contendo na sua fórmula um ou mais halogêneos (Cl, Br ou F).
Brometo de metila – é um gás liquefeito sob pressão, contendo na sua formulação brometo
de metila e cloropicrina (substância que provoca lacrimejamento, prevenindo a intoxicação). É um
produto extremamente tóxico, pertencente à classe toxicológica I. Tem ação inseticida, fungicida e
nematicida. A absorção ocorre por via dérmica e via respiratória. A intoxicação aguda provoca
depressão no SNC, pneumonite química, edema pulmonar, hepatite e nefrite tóxicas. O contato
direto com o produto provoca a formação de vesículas na pele e ulcerações na córnea e mucosas.
Recentemente, seu uso vem se restringindo ao tratamento de madeira, visando ao controle de brocas.
Fosfina (Gastoxin, Gastoxin Pasta) – é um gás pertencente ao grupo dos fosfetos metálicos
(fosafeto de alumínio e fosfeto de magnésio), encontrado nas formulações de pastilha, pasta,
tabletes, sachês, sendo extremamente tóxico (Classe toxicológica I). Os fosfetos na presença de
umidade liberam fosfina, que provoca inibição dos sistemas enzimáticos celulares, produzindo
edema pulmonar, depressão do sistema nervoso central, mediocardite tóxica e colapso circulatório.
É usado no expurgo de grãos armazenados (controle curativo), no controle de cupins de montículo e
de cochonilhas da raiz do cafeeiro.
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Sulfonamidas fluoralifáticas
Como exemplo, cita-se a isca granulada Mirex-S, utilizada no controle das formigas saúvas e
quenquéns.
Fenil pirazol
Cita-se como exemplo o Fipronil (Regent), usado no controle de cupins da cana-de-açúcar,
bem como da larva alfinete (Diabrotica speciosa), larva arame (Conoderus scalaris) em batatinha, e
de tripes, curuquerê e bicudo do algodoeiro. É também utilizado na formulação de isca granulada
(Blitz) para o controle da formiga saúva. Atua no SNC, sendo um inibidor reversível do receptor
GABA.
Neonicotinóides ou Nicotinóides
São compostos relativamente novos que se caracterizam por apresentarem um novo modo de
ação. Dividem-se nas seguintes subclasses:
Compostos cloronicotinis: Imidacloprid (Confidor) – usado em esguicho (“drench”) e imersão;
(Gaucho) – tratamento de sementes; (Winner) – aplicação no tronco; Thiacloprid (Calipso) – usado
em pulverização. Todos os produtos mencionados são sistêmicos, sendo muito eficientes no controle
de insetos picadores-sugadores, como moscas-brancas, afídeos, tripes, psilídeos, etc. Os
cloronicotinis imitam o neurotransmissor acetilcolina e competem com eles pelos seus receptores,
isto é, são agonistas da acetilcolina, pois imitam a sua ação apesar de possuírem fórmulas estruturais
bem distintas do composto original. Contudo não são suscetíveis à hidrólise enzimática pela
acetilcolinesterase e a contínua interação entre os cloronicotinis e os receptores da acetilcolina leva
nos vertebrados a uma hiperexcitação do sistema nervoso, causando perda da coordenação muscular,
convulsões e finalmente a morte por falha respiratória.
Compostos thianicotinis: Thiamethoxam (Actara) – usado em pulverização, imersão e esguicho;
(Cruiser) – usado no tratamento de sementes. A exemplo do grupo anterior, também são sistêmicos.
Os compostos thianicotinis, como o Thiamethoxam, afetam a transmissão de estímulos
nervosos fixando-se de forma permanente na proteína receptora da membrana da célula nervosa,
denominada receptor de acetilcolina tipo B. Esta união é desdobrada muito lentamente pela
acetilcolinesterase, permitindo a transmissão contínua de estímulos nervosos, causando colapso do
sistema nervoso do inseto. Este produto permite o controle de insetos resistentes aos inseticidas
convencionais organofosforados, carbamatos e piretróides.
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Toxicidade
É a propriedade inerente à substância de causar
efeito adverso à saúde.
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Risco
É a probabilidade de um evento causar efeito
adverso à saúde.
• Oral
DL50 • Dérmica
CL50 • Inalatória
Outros parâmetros:
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Toxicidade: Classificação
DL50 Oral DL50 Dérm. CL50 Inal.
(mg/kg) (mg/kg) Olhos Pele (mg/l)
Sólido Sólido 1h Expos.
Opacidade da Córnea
< < < <
I 5 20 10 40
Reversível ou não
em 7 dias. Irritação
persistente
Corrosivo < 0.2
Sem Opacidade da
5- 20- 10- 40-
II 50 200 100 400
Córnea. Irritação
Reversível em 7 dias
Irritação
Severa
0.2-2
Sem Opacidade da
50- 200- 100- 400-
III 500 2000 1000 4000
Córnea. Irritação
Reversível em
72 horas
Irritação
Moderada
2-20
Sem Opacidade da
> > > >
IV 500 2000 1000 4000
Córnea. Irritação
Reversível em
24 horas
Irritação
Leve
> 20
Classificação Toxicológica
Extremamente
I tóxico
II Altamente
tóxico
III Medianamente
tóxico
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IRAC - BR
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IRAC - BR
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IRAC - BR
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IRAC - BR
tríplice lavagem. Este método não se aplica aos produtos embalados em recipientes não rígidos
como os sacos hidrossolúveis, sacos plásticos, sacos aluminizados e sacos multifoliados. Estes
recipientes devem ser descartados de maneira diversa.
Na tríplice lavagem a embalagem vazia deve ser enxaguada três vezes para eliminar, o
máximo possível, as sobras do produto. Esta medida de segurança torna possível a reciclagem do
material usado na fabricação da embalagem de produtos fitossanitários. Nessa operação deve-se
sempre utilizar equipamentos de proteção individual adequados como: luvas, avental, botas, óculos
protetores ou protetor facial.
A reciclagem controlada é uma das alternativas mais viáveis para o destino final das
embalagens de produtos fitossanitários tríplice lavadas, por ter a característica de uma opção auto-
sustentável. Para uma maior orientação sobre o assunto, recomenda-se consultar o Manual de
Orientação sobre a Destinação de Embalagens Vazias de Atróxicos (BASF 2000).
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Ressurgência de pragas.
Consiste no ressurgimento de pragas numa infestação muito mais elevada, decorrido algum
tempo da aplicação de inseticidas de largo espectro, que são tóxicos para a praga e também para os
seus inimigos naturais. Como estes dependem das pragas ou hospedeiros para a sua sobrevivência,
demoram mais tempo para restabelecer o equilíbrio e, deste modo, as pragas livres dos seus
inimigos naturais desenvolvem altas infestações. Na citricultura paulista já foi constatada a
ressurgência do ácaro da falsa ferrugem (Phyllocoptruta oleivora) após a aplicação dos inseticidas
organofosforados fenitrothion e carbofenothion. Nos Estados Unidos já foi constatada ressurgência
desta praga devido a aplicações do inseticida organofosforado metidathion.
A morte de inimigos naturais não é a única causa da ressurgência de pragas, pois o produto
pode interferir na fisiologia da planta e, deste modo, favorecer o aumento populacional de pragas,
devido à inibição da proteossíntese. Esta inibição provoca uma sensibilização da planta em relação a
pragas, devido o enriquecimento dos tecidos em substâncias solúveis. Como exemplo, cita-se o
aumento da infestação de ácaros durante um período prolongado, após aplicação de inseticidas
organofosforados, em virtude da ação dos mesmos sobre a composição bioquímica das plantas, pelo
aumento dos teores de glicídeos solúveis nas folhas e caules.
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Trofobiose
Teoria da trofobiose.
em baixa proporção a população de inimigos naturais. Existem dois tipos gerais de seletividade:
Seletividade fisiológica - neste caso, numa mesma concentração, o inseticida provoca uma alta
mortalidade à praga, em comparação aos inimigos naturais, isto é, o produto é tanto mais seletivo
quanto menos afetar os inimigos naturais. A seletividade envolve, primariamente, o movimento do
inseticida sobre ou no corpo do inseto e sua interação com o modo de ação ou alvo de ação, bem
como os processos de absorção, penetração, transporte e atuação de inseticidas, os quais quando
agem em diferentes intensidades resultam em toxicidade diferencial entre a praga e inimigo natural.
Outros processos, também podem estar envolvidos, como a retenção do inseticida no tecido
gorduroso do inseto e sua excreção e metabolismos seletivos, este último englobando a
destoxificação e a insensibilidade dos alvos de ação no inseto. O grau de seletividade fisiológica
pode ser calculado pela razão entre a DL 50 à praga e ao inimigo natural, ou pela relação entre a
dosagem recomendada para o controle da praga e a DL 50 ao inimigo natural. São considerados
seletivos para artrópodos não alvos, os produtos à base de Bacillus thuringiensis var. kurstaki e var.
azaiwai (predadores e parasitóides); os inseticidas reguladores de crescimento (predadores);
avermectin (predadores de ácaros); carbaryl, endossulfan e monocrotofos (predadores e parasitóides
de pragas da soja); deltametrina, permetrina e ciflutrina (parasitóides); acaricidas específicos
(joaninha – Pentilea egena);
Seletividade ecológica - baseia-se nas diferenças ecológicas existentes entre as pragas e seus
inimigos naturais, significando que a seletividade é alcançada devido a estratégia de aplicação do
inseticida. Em outras palavras, embora o produto seja também tóxico aos inimigos naturais, os seus
efeitos podem ser minimizados devido à estratégia de aplicação do mesmo.
Citam-se como exemplos de seletividade ecológica: aplicação de inseticidas granulados
sistêmicos no solo, tratamento de sementes com sistêmicos, aplicação de sistêmicos no tronco,
imersão de mudas em calda inseticida, esguicho, aplicação de inseticidas em reboleiras, uso de
iscas tóxicas, aplicação em fileiras alternadas, etc.
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Foerster (2002)
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Mecanismos de resistência
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piperonila (bloqueia a ação de enzimas oxidativas dependentes do citocromo P-450). No manejo por
ataque múltiplo recomenda-se o uso de rotação ou mistura de produtos. No primeiro caso, a
freqüência da resistência a um produto A diminui quando produtos alternativos A e B são utilizados.
Neste caso, há necessidade de assumir que existe custo adaptativo dos indivíduos resistentes na
ausência de pressão de seleção e que não existe resistência cruzada entre os componentes da
rotação. Na mistura de dois produtos, parte-se do princípio que os indivíduos resistentes ao produto
A são controlados pelo produto B, e vice-versa; no entanto, há a possibilidade de se encontrar
resistência múltipla aos produtos A e B.
FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS
Ingrediente ativo
+
Formulação
comercial ou Ingredientes
Preparado inertes
comercial
Princípio ativo (p.a) ou ingrediente ativo (i.a) – substância ativa responsável pela eficácia contra
pragas.
Componentes inertes – substâncias não ativas, sendo que cada uma delas tem sua função em uma
determinada formulação. São assinaladas as seguintes:
Formulações especiais
Aerosol
Gás liquefeito sob pressão
Concentrado para termonebulização
Gerador de gás
Isca
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