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Proibida a reprodução total ou parcial. Todos os direitos reservados ao Dr. Alexandre Gazolla Neto.
SOBRE O AUTOR
Há mais de 10 anos atuando na área de produção de grãos e sementes nas
divers regiões do Brasil, com formação acadêmica como Engenheiro
Agrônomo, mestre e doutor em Ciência e Tecnologia de Sementes, todos na
Universidade Federal de Pelotas.
O Prof. Dr. Alexandre Gazolla Neto atuado como docente convidado em
várias instituições de ensino superior, em cursos de graduação, especialização
e mestrado profissional nas áreas de produção de grãos, sementes e manejo
para altas produtividades.
Também atua como consultor, e palestrante para empresas de produção de
sementes, distribuidores de insumos, multinacionais do o agro, produtores
rurais, estudantes e demais profissionais que interagem com o agronegócio.
Entre os principais temas abordados destacamos:
• Atendimento de Reclamações na Emergência de Plantas.
• Boas Práticas de Plantio.
• Manejo para Altos Rendimentos de Grãos.
• Plantabilidade e Qualidade de sementes e altos rendimentos de grãos.
• Produção, qualidade e análise de sementes.
• Estabelecimento de plantas.
• Análise de sementes.
• Qualificação em pós-colheita de sementes.
• Montagem de laboratórios de análise de sementes.
• Projeto de unidades de beneficiamento de sementes.
• Projetos para unidades de resfriamento de sementes.
• Treinamento para equipes de UBS.
• Equipes de campos na produção de sementes.
• Participação em feiras agropecuárias e eventos técnicos.
• Manejo em áreas destinadas a produção de sementes.
• Rastreabilidade de sementes e alimentos.
Ele também interage com grandes nomes do setor em eventos diversos,
sempre buscando aliar os conceitos teóricos aos desafios práticos enfrentados
pelos profissionais. Nos últimos anos, Gazolla tem treinado milhares de
pessoas em cursos, palestras e consultorias em várias regiões, tanto
presenciais como on-line. Saiba mais em www.alexandregazolla.com.br.
Destacamos que as informações e créditos deste material são para uso interno da equipe técnica e comercial
da Sementes Campeã e Sementes Boa Nova, sendo proibida a reprodução deste material sem autorização do
autor. A reprodução sem autorização implica em uma multa de R$20.000,00.

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
2. BOAS PRÁTICAS DE PLANTIO .......................................................................................... 6
3. LIMITAÇÕES NA EMERGÊNCIA DE PLANTAS ................................................................ 8
4. SEMENTES COM ALTO E BAIXO VIGOR ........................................................................ 10
5. DIFERENTES LIMITAÇÕES SIMULADAS ........................................................................ 11
6. TEMPERATURA DO AMBIENTE E DO SOLO ................................................................. 12
7. TEMPERATURA ELEVADA NO AMBIENTE E NO SOLO ............................................... 13
8. EFEITOS DA ALTA TEMPERATURA NO TALHÃO ......................................................... 14
9. DANO POR ALTA TEMPERATURA NOS COTILÉDONES .............................................. 15
10. DANO POR ALTA TEMPERATURA NO HIPOCÓTILO ................................................ 16
11. RETARDO NA EMERGÊNCIA DEVIDO À ALTA TEMPERATURA ............................. 17
12. EXCESSO DE PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NA SOJA ................................... 18
13. VARIAÇÃO NA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NA SOJA ................................. 19
14. PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NO MILHO .......................................................... 20
15. VARIAÇÃO NA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NO MILHO ............................... 21
16. PLANTAS DE SOJA COM DESENVOLVIMENTO ATRASADO .................................. 22
17. SEMEADURA SUPERFICAL NO SOLO ....................................................................... 23
18. SELAMENTO SUPERFICIAL DO SOLO ....................................................................... 24
19. OCORRÊNCIA DE CHUVA PÓS-PLANTIO .................................................................. 25
20. OCORRÊNCIA DE CHUVA PÓS-PLANTIO .................................................................. 26
22. PLANTIO COM EXCESSO DE UMIDADE NO SOLO ................................................... 28
23. TOMBAMENTO POR DAMPINF-OFF............................................................................ 29
24. TOMBAMENTO POR DAMPING-OFF ........................................................................... 30
25. SOLOS COMPACTADOS .............................................................................................. 31
26. PLANTIO COM SEMENTES NA PALHA ....................................................................... 32
27. DANO POR EMBEBIÇÃO EM PLÂNTULAS DE SOJA ................................................ 33
28. SEMEADURA EM SOLO COM RESTRIÇÃO HÍDRICA ................................................ 34
29. ATAQUE DE CARAMUJOS E LESMAS........................................................................ 35
30. ATAQUE DE TRIPES EM PLANTAS DE SOJA ............................................................ 36
31. ATAQUE DE TORRÃOZINHO DA SOJA ...................................................................... 37
32. ATAQUE DE PERCEVEJO CASTANHO NA SOJA ...................................................... 38
33. FITO DE AGROTÓXICO – METSULFUROM (ALLY) – APLICADO ATRAVÉS DO
TRATAMENTO ON-FARM ......................................................................................................... 39
34. FITO DE AGROTÓXICO – METSULFUROM (ALLY) – APLICADO NA SUPERFÍCIE
DO SOLO .................................................................................................................................... 40
35. FITO DE AGROTÓXICO – 2,4-D .................................................................................... 41
36. RESÍDUO DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICO - 2,4-D ................................................ 42
37. FITO DE AGROTÓXICO – PICLORAM ......................................................................... 43

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38. CHUVA & ALTA TEMPERATURA ................................................................................. 44
39. CHUVA & ALTA TEMPERATURA ................................................................................. 45
40. FITOTPOXIDADE POR Co-Mo ...................................................................................... 46
41. PRINCIPAIS VARIAÇÕES NA CONFIGURAÇÃO DOS DISCOS DE CORTE ............. 47
42. RECOMENDAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO TESTE DE CANTEIRO ...................... 48
43. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO DE SEMENTES .......................... 49
44. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 50
45. BOAS PRÁTICAS DE PLANTIO: TRÊS PASSOS PARA PLANTAS DE ALTA
PERFORMANCE ........................................................................................................................ 51

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1. INTRODUÇÃO

Durante as últimas décadas, o interesse em aprimorar técnicas e


procedimentos de manejo com vistas ao estabelecimento uniforme de plantas e
campos de produção tem norteado a pesquisa agropecuária.
O principal desafio no estabelecimento de campos de produção é
construir estandes de plantas uniformemente distribuídos, sem duplas, triplas e
plantas limitadas. Nesse contexto, se faz necessário durante a semeadura
prezar por condições ideais de ambiente, plantabilidade, temperatura do solo,
umidade do solo, bem como profundidade correta e uniforme para deposição
das sementes no sulco.
Nesse sentido, surge um conjunto de práticas agronômicas que, quando
associadas, contribuem significativamente na construção do conceito de Boas
Práticas de Plantio. Este visa o desenvolvimento de um conceito amplo
envolvendo aspectos como a qualidade de sementes, cultivares,
biotecnologias, ambientes de plantio, manejo do solo, plantas de serviço,
agricultura de precisão, plantabilidade, modelos de semeadoras, capacitação
de operadores, profundidade de plantio, temperatura e disponibilidade de água
no solo, ocorrência de chuvas na pré e pós-semeadura, entre outros fatores
que influenciam negativamente sobre a germinação, a emergência e o
desenvolvimento das plantas.
Em conjunto com as Boas Práticas de Plantio surge a necessidade de
quantificar e qualificar as limitações e perdas de unidades produtivas na
emergência das plantas. Este cenário ganha importância em nível nacional e
internacional com a valorização dos produtos agropecuários e a necessidade
constante de aumento da produtividade, motivados pela crescente demanda
mundial por alimentos.
O Atendimento de Reclamações inclui a análise criteriosa da qualidade
do lote de sementes, processo logístico, armazenamento, ambiente de plantio,
características do solo, condições de clima, plantabilidade e limitações em pré
e pós-semeadura.

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2. BOAS PRÁTICAS DE PLANTIO

A semeadura seguida pelo estabelecimento uniforme de plantas com alta


performance produtiva é o principal desejo e desafio do agricultor brasileiro.
Por isso, entender que pequenos ajustes ao longo do sistema de produção,
como a escolha correta da cultivar, a utilização de sementes com alta
qualidade (genética, física, fisiológica, sanitária e visual), ambiente de produção
e semeadura adequados, solo estruturado e sem compactação, manejo
eficiente dos agentes redutores de produtividade, entre outras ações, são
cruciais para garantir altos índices de rendimento de grãos.
O sucesso nesta etapa está relacionado à qualidade das sementes
utilizadas e ao manejo do sistema de produção ao longo dos últimos anos,
fatores que afetam positivamente ou negativamente a plantabilidade, o
estabelecimento inicial e, consequentemente, todas as demais fases
fenológicas até a colheita.
Os principais fatores que devem ser observados estão relacionados à
semeadura com profundidade correta e uniforme, a temperatura do solo na
profundidade de deposição das sementes, a disponibilidade de água no solo, o
corte da palha e o fechamento e compactação do sulco de semeadura.
Nesse cenário, diversas limitações aparecem devido à problemas no
manejo da palha da cultura anterior ou das plantas de cobertura. Precisamos
entender que para o mecanismo de corte da semeadora efetuar um corte
preciso da palha, seguido pela abertura do sulco, devemos garantir de um
período mínimo para decomposição desta massa verde. O corte da palha vai
sempre deve ser efetuado com a palpa seca ou verde, murcha nunca.
Considerando as diferentes regiões de produção de grãos, precisamos
avaliar a disponibilidade de plantas de serviço (plantas de cobertura) para cada
realidade, sempre considerando o clima, solo, disponibilidade hídrica e época
de semeadura. O manejo destas plantas na pré-semeadura, através da
dessecação ou de equipamentos mecânicos deve respeitar um período mínimo
que garanta a eficiência do mecanismo de corte da semeadora.
Diversos resultados de pesquisas têm demonstrado reduzida taxa de
coeficiente de variação de sementes e plantas em talhões onde o manejo da
palha foi realizado com rolo faca. O período ideal para estas práticas varia em

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função do tipo de solo, relação C/N da palha e a utilização do rolo-faca ou outro
mecanismo para acomodar a palha sobre o solo, criando um ambiente
favorável à germinação e ao desenvolvimento das plantas. De maneira geral,
bons resultados no manejo com rolo-faca em áreas de produção são obtidos
com períodos de 25 a 50 dias antes da semeadura.
O correto manejo do solo através do trânsito controlado de máquina e a
utilização de equipamentos específicos para acondicionamento da palha,
proporcionam o desenvolvimento de um ambiente favorável à emergência e
desenvolvimento das plantas.
A utilização de cobertura do solo em consórcio ou de forma isolada,
destacam-se pelos benefícios na ciclagem dos nutrientes, manutenção de
cobertura verde e na descompactação do solo. O cultivo consorciado de
espécies pode proporcionar benefícios aos sistemas de produção. Isso porque
essas plantas apresentam características intrínsecas que resultam na
exploração de camadas distintas de solo, no favorecimento de grupos da biota
do solo, na ciclagem diferenciada de nutrientes.
Para garantirmos uma plantabilidade eficiente na área de produção, o
agricultor deve realizar a dessecação antecipada e o manejo da palha com
equipamentos específicos, como por exemplo rolo faca.

BENEFÍCIOS DAS PLANTAS DE COBERTURA


• Proteger o solo.
• Reciclar nutrientes.
• Reduzir a população de nematoides.
• Manutenção de elevadas taxas de infiltração de água.
• Aumento do aporte de massa vegetal ao solo.
• Atenuarem a amplitude térmica e diminuir a evaporação.
• Descompactação do solo.
• Criação de um ambiente favorável para semeadura e emergência das
plantas, com manutenção da temperatura e umidade do solo.
• Evitar a ocorrência do dano por calor nos cotilédones e no hipocótilo
(páginas 15 e 16).
• Evitar a ocorrência de incêndios nas áreas.

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3. LIMITAÇÕES NA EMERGÊNCIA DE PLANTAS

O acompanhamento técnico em pré e pós-semeadura, emergência de


plantas e nas fases iniciais do desenvolvimento é indispensável para
identificação de pragas, doenças, plantas daninhas e possíveis limitações que
possam comprometer o estande de plantas.
A ocorrência de limitações geralmente está relacionada aos processos
logísticos, armazenamento, semeadura e ambiente de plantio. Não é rara a
ocorrência de fatores limitantes oriundas do manejo incorreto dos fatores
ambientais necessários para a germinação, emergência e desenvolvimento
inicial das plantas. A não observância das corretas condições para a
semeadura, impõem severas restrições ao desenvolvimento das plantas. Estes
fatores interagem negativamente sobre o estabelecimento e desenvolvimento
inicial das espécies, comprometendo os componentes da produtividade de
grãos e em diversas oportunidades o estande de plantas.
A semeadura seguida pelo estabelecimento uniforme de plantas é o
principal desejo e desafio do agricultor. Por isso, entender que pequenos
ajustes ao longo do sistema de produção, como a escolha correta da cultivar,
utilização de sementes com alta qualidade (genética, física, fisiológica, sanitária
e visual), ambiente de produção e semeadura adequados, solo estruturado e
sem compactação, o manejo eficiente dos agentes redutores de produtividade,
o processo logístico e o armazenamento adequado, entre outras ações, são
cruciais para garantir altos índices de rendimento de grãos.
Os principais fatores que devem ser observados estão relacionados a
qualidade das sementes utilizadas, o manejo do sistema de produção ao longo
dos últimos anos, a semeadura com distribuição horizontal e vertical correta e
uniforme, a disponibilidade de água e a temperatura do solo na profundidade
de deposição das sementes, o corte da palha e o fechamento e compactação
do sulco de semeadura. Estas variáveis afetam positivamente ou
negativamente a plantabilidade, o estabelecimento inicial e,
consequentemente, todas as demais fases fenológicas até a colheita.
Após a emergência das plantas na área de produção, o acompanhamento
nas fases iniciais é indispensável para identificação de pragas, doenças,

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plantas daninhas e possíveis limitações que possam comprometer o estande
de plantas e, com isso, a rentabilidade da lavoura.
Entre as limitações com maior ocorrência e potencial de fisiológico de
causar danos sobre as sementes e plantas durante o plantio e estabelecimento
inicial, destalamos:
• Sementes com baixos índices de vigor e germinação.
• Excesso de profundidade de semeadura, semeadura superficial e
variação de vertical ao longo da linha de plantio.
• Solos com compactação superficial.
• Excesso de ingrediente ativo e calda no tratamento de sementes na
fazenda.
• Deriva de herbicidas aplicados em áreas próximas.
• Resíduo de herbicidas no solo.
• Temperatura alta ou baixa do solo.
• Falta ou excesso de umidade no solo.
• Escolha incorreta do tipo de disco de corte ou mesmo o desgaste deste
equipamento.
• Excesso de palha sobre o solo, dificultando o processo de corte da palha
e distribuição uniforme das sementes pela semeadora.
• Falta de palha sobre o solo, alterando a temperatura e a disponibilidade
de água no mesmo.
• Ocorrência de chuvas em um intervalo igual ou menos que 24 horas em
pré e pós emergência cria um ambiente de deterioração para as
sementes no solo.
• Precipitações pluviométricas no pós-plantio aumenta a probabilidade de
ocorrência do dano por embebição, assoreamento e compactação do
sulco de plantio.
• Precipitações pluviométricas concentradas no pré-plantio aumenta a
probabilidade de ocorrência do dano por embebição, ocorrência de
espelhamento de sulco e dificuldades no plantio.
• Ataque de pragas ou doenças durante o processo de germinação e
emergência.
• Pragas e doenças presentes no solo ou restos culturas da cultura
anterior.
A seguir listamos com fotos as principais limitações associadas ao
ambiente de semeadura e às boas práticas de plantio. Lembramos que todas
as situações abaixo estão limitando as plantas durante a germinação e/ou
emergência, reduzindo a produtividade.

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4. SEMENTES COM ALTO E BAIXO VIGOR

FIGURA 01. Alto e baixo vigor. Plântulas oriundas de sementes com alto e
baixo vigor.
FOTO: Alexandre Gazolla Neto

CARACTERIZAÇÃO:
• Plantas originadas de um lote sementes de baixo vigor e outro de alto vigor.
• No campo para a correta identificação, sempre devemos eliminar todas as
limitações ambientais que causam atraso ou comprometem a germinação e
a emergência das plantas.
• Sempre considerar uma amostra representativa da área e proceder a
avaliação em diferentes partes do talhão.

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5. DIFERENTES LIMITAÇÕES SIMULADAS

FIGURA 02. Diferentes limitações. Distintas interações entre dois lotes de


sementes com alto e baixo vigor.
FOTO: Alexandre Gazolla Neto.

CARACTERIZAÇÃO:
• Observem a expressão de raízes no lote com alto e baixo vigor e o
estresse causado pelas limitações sobre a emergência e desenvolvimento
inicial das plantas.
• Devemos priorizar Boas Práticas de Plantio no estabelecimento da soja.
• Para simular o ambiente com alta temperatura, utilizou-se a temperatura
de 30°C durante 7 dias.
• Para simular o ambiente com baixa temperatura, utilizou-se a temperatura
de 15°C durante 7 dias.
• A profundidade de semeadura adotada nas avaliações foi de 3 e 6 cm,
respectivamente.

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6. TEMPERATURA DO AMBIENTE E DO SOLO

FIGURA 03. Temperatura do solo. A avaliação e o monitoramento da


temperatura do solo na pré e pós-semeadura da soja.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• A avaliação deve ser realizada na superfície do solo e na profundidade de
deposição das sementes no sulco de semeadura.
• Existem diversos modelos de termômetros que podem ser utilizados com
grande exatidão.
• Destacamos que a temperatura ideal do solo para germinação e
emergência das sementes de soja está entre 20°C e 30°C.
• Solos sem palha na superfície apresentam temperatura mais elevada que
solos com palha distribuída uniformemente.

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7. TEMPERATURA ELEVADA NO AMBIENTE E NO SOLO

FIGURA 04. Alta temperatura no ambiente e no solo. Temperaturas


elevadas deterioram as sementes e promovem eventos negativos sobre a
fisiologia das plantas.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Rápida perca de água do solo.
• Restrição na disponibilidade de água para as sementes no pós-
semeadura e durante o desenvolvimento das plantas.
• Situações extremas podem promover o dano por calor nas bordas dos
cotilédones (ver item 09) e o tombamento fisiológico ou por calor (ver item
10).
• Destacamos que a temperatura ideal do solo para germinação e
emergência das sementes de soja está entre 20°C e 30°C.
• Solos sem palha na superfície apresentam temperatura mais elevada que
solos com palha distribuída uniformemente.
• É fundamental durante o plantio manter a uniformidade na profundidade
de deposição das sementes no leito de semeadura.

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8. EFEITOS DA ALTA TEMPERATURA NO TALHÃO

FIGURA 05. Alta temperatura & Ambiente de Plantio. Emergência


desuniforme da área de plantio em função da temperatura elevada.

FOTOS: César Miranda.

CARACTERIZAÇÃO:

• Observem que na sombra das plantas a emergência foi uniforme,


diferente das demais partes do talhão.
• Ocorrência comum em áreas onde o plantio é realizado com alta
temperatura no solo.
• A alta temperatura no solo e no ambiente do talhão criam um ambiente
extremo para a germinação, emergência e desenvolvimento das plantas
de soja.
• Durante a germinação as sementes de soja necessitam absorver 50% a
54% do seu peso em água do solo.
• A temperatura ideal do solo para germinação e emergência das sementes
de soja está entre 20°C e 30°C.
• Fique atento às recomendações de Boas Práticas de Plantio.

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9. DANO POR ALTA TEMPERATURA NOS COTILÉDONES

FIGURA 06. Dano por calor. Emergência de planta de soja em ambiente com
alta temperatura e solo com pouca palha, causando lesão por calor na borda
dos cotilédones.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto e Eduardo Zago.
CARACTERIZAÇÃO:
• Este dano é causado pela interação da alta temperatura no ambiente
durante a emergência das plantas, promovendo a deterioração dos
técnicos e a queda precoce dos cotilédones.
• Para reduzirmos o DANO POR CALOR nas bordas dos cotilédones,
devemos priorizar a semeadura em períodos com menor temperatura do
solo e do ambiente.
• Outra estratégia é a presença de palha com distribuição uniforme no
talhão, criando assim um ambiente mais ameno com relação a
temperatura.

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10. DANO POR ALTA TEMPERATURA NO HIPOCÓTILO

FIGURA 07. Tombamento fisiológico ou por calor. Emergência das plantas


de soja em ambiente com pouca palha e alta temperatura.
FOTOS: Silvio Villa e Mateus Cabra.
CARACTERIZAÇÃO:
• Este dano é causado pela interação da alta temperatura no ambiente
durante a emergência das plantas sobre os tecidos do hipocótilo.
• Para reduzirmos o TOMBAMENTO FISIOLÓGICO ou por CALOR no
hipocótilo, devemos priorizar a semeadura em períodos com menor
temperatura do solo e do ambiente.
• Outra estratégia é a presença de palha com distribuição uniforme no
talhão, criando um ambiente mais ameno em relação a temperatura.
• Profundidade de semeadura superior a 4 cm aumenta significativamente o
tombamento fisiológico.

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11. RETARDO NA EMERGÊNCIA DEVIDO À ALTA TEMPERATURA

FIGURA 08. Hipocótilo Curvo. A ocorrência do hipocótilo curvo em direção ao


solo em plantas de soja se deve a alta temperatura da superfície durante a
emergência.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto e Benilson da Silva Rocha.
CARACTERIZAÇÃO:
• A formação do arco do hipocótilo está relacionada à alta temperatura no
solo e do ambiente do talhão.
• Dependendo do tipo de solo e a compactação deste, pode ocorrer a
formação de um arco completo internamente no solo.
• Mais comum em solos arenosos, sem ou com reduzida cobertura de
palha.
• Essa limitação também pode ser identificada no teste de canteiro.

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12. EXCESSO DE PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NA SOJA

FIGURA 09. Profundidade de semeadura na soja. Avaliação do excesso de


profundidade na semeadura da soja, comprometendo o desenvolvimento das
plantas.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• A profundidade ideal para semeadura da soja está entre 3cm a 4cm, em
todos os tipos de solo.
• O excesso de profundidade no sulco de semeadura leva à redução do
sistema radicular, engrossamento e estiolamento do hipocótilo.
• Reduz a produtividade das plantas afetadas.
• Aumenta a porcentagem de plantas dominadas no talhão.
• É comum na pós-emergência das plantas observarmos os cotilédones
amarelados. Isso ocorre porque a planta utilizou grande parte das
reservas para superar a limitação em decorrência da profundidade
excessiva durante a emergência.

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13. VARIAÇÃO NA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NA SOJA

FIGURA 10. Profundidade de semeadura na soja. A variação na


profundidade na semeadura da soja, comprometendo a germinação,
emergência e o desenvolvimento uniforme das plantas.
FOTOS: Gilvanio Pereira.
CARACTERIZAÇÃO:
• A profundidade ideal para semeadura da soja está entre 3cm a 4 cm, em
todos os tipos de solo.
• O excesso de profundidade no sulco de semeadura leva a redução do
sistema radicular, engrossamento e estiolamento do hipocótilo.
• É comum na pós-emergência das plantas observarmos os cotilédones
amarelados. Isso ocorre porque a planta utilizou grande parte das
reservas para superar a limitação durante a emergência.
• Em determinadas situações, o talhão apresenta um alto coeficiente de
variação vertical na deposição das sementes, promovendo um
desenvolvimento de plantas desuniforme no campo.

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14. PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NO MILHO

FIGURA 11. Profundidade de semeadura no milho. Experimento


demonstrando as diferenças de profundidade no milho.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• O experimento foi conduzido em temperatura e umidade padrão para o
teste de germinação em sementes de milho.
• A única variação neste estudo foi na profundidade de semeadura de 4cm
e 7cm, tanto para o lote com Alto Vigor como para o lote de Baixo Vigor.
• A profundidade ideal para semeadura do milho é de 4 cm em todos os
tipos de solo.
• O excesso de profundidade no sulco de semeadura leva a redução do
sistema radicular, desenvolvimento debilitado da planta e ao alongamento
do MESOCÓTILO.
• Reduz a produtividade das plantas.
• A profundidade de plantio somada à variação na plantabilidade vertical
aumenta a porcentagem de plantas dominadas no talhão.

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15. VARIAÇÃO NA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA NO MILHO

FIGURA 12. Profundidade de Semeadura no Milho. Excesso de


profundidade de semeadura do Milho, limitando o desenvolvimento das plantas.
FOTOS: Nazaré Piran.
CARACTERIZAÇÃO:
• A profundidade ideal para semeadura do milho é de 4 cm, em todos os
tipos de solo.
• O excesso de profundidade no sulco de semeadura leva a redução do
sistema radicular, e prolongamento do MESOCÓTILO.
• A elongação da região do MESOCÓTILO torna a planta mais suscetível
ao ataque de doenças.
• Reduz a produtividade das plantas afetadas.
• No exemplo acima, a semeadura do talhão apresentou um alto coeficiente
de variação vertical na deposição das sementes, promovendo o
desenvolvimento de plantas desuniformes no campo.
• Situações como esta podem facilmente ser confundidas com sementes de
baixo vigor.

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16. PLANTAS DE SOJA COM DESENVOLVIMENTO ATRASADO

FIGURA 13. Plantas de soja dominadas. Plantas de soja dominadas em


campo de produção de grãos devido a erros na semeadura.
FOTO: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Neste exemplo temos uma restrição localizada devido ao acúmulo de
palha sobre o solo em uma faixa localizada.
• Plantas dominadas também podem ter como origem sementes de baixo
vigor, porém esta não é a principal causa.
• OUTRAS SITUAÇÕES LIMITANTES:
o Limitada em função da profundidade excessiva de semeadura ou a
variação desta ao longo da linha de plantio.
o Retida entre a palha, não entrando em contato direto com o solo.
o Restrição imposta pela compactação do solo no leito de semeadura.
o Presença de pedras, torrões e outras limitações.
o Competição com outras plantas próximas (ocorrência de plantas duplas
e triplas).

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17. SEMEADURA SUPERFICAL NO SOLO

FIGURA 14. Semeadura superficial. Semeadura de soja com variação na


profundidade das sementes ao longo da linha de plantio.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Ao longo da linha de semeadura as sementes devem ser depositadas em
profundidade uniforme entre 3cm a 4 cm.
• A variação na profundidade de semeadura de plantio força as plantas a
uma germinação e emergência em momentos diferentes.
• As sementes necessitam de contato SOLO-SEMENTE para a
germinação, emergência e desenvolvimento inicial uniforme entre todas
as plantas.
• Sementes sobre o solo estão expostas ao dano por alta temperatura e de
embebição.

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18. SELAMENTO SUPERFICIAL DO SOLO

FIGURA 15. Selamento superficial. Compactação superficial devido a alta


precipitação pluvial.
FOTOS: José de Barros França Neto/Embrapa Soja e Alexandre Gazolla.
CARACTERIZAÇÃO:
• O plantio da soja sempre deve respeitar o período mínimo de 24 horas
sem chuva, antes e após o plantio.
• A não observância dessa recomendação expõe as sementes no leito de
semeadura ao assoreamento e selamento, com formação de crosta
superficial no solo.
• A camada de compactação dificulta a emergência das plantas de soja.
• Em determinadas situações é necessário a escarificarão superficial para
romper a camada de compactação.
• Destacamos os pontos de estrangulamento no hipocótilo.

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19. OCORRÊNCIA DE CHUVA PÓS-PLANTIO

FIGURA 16. Chuva pesada. Combinação de alta precipitação pluviométrica e


excesso de profundidade.
FOTOS: César Miranda.
CARACTERIZAÇÃO:
• Altas precipitações pluviométricas promovem o assoreamento do sulco de
semeadura.
• Dependendo do tipo de solo pode ocorrer o selamento superficial.
• Nesta situação tivemos a interação negativa entre chuva superior a 100
mm e alta temperatura.
• Precipitações superiores a 50 mm logo após a semeadura promovem o
dano por embebição, que limita a germinação (ver item 26).
• Nas figuras acima, observa-se o rompimento dos tecidos do hipocótilo
devido à alta disponibilidade de água no solo sobre as plântulas na
emergência.
• As sementes de soja com umidade inferior a 12% estão mais suscetíveis
ao dano por embebição.

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20. OCORRÊNCIA DE CHUVA PÓS-PLANTIO

FIGURA 17. Chuva pesada. Combinação de alta precipitação pluviométrica e


excesso de profundidade.
FOTOS: Tiago André Sliwinski.
CARACTERIZAÇÃO:
• Altas precipitações pluviométricas promovem o assoreamento do sulco de
semeadura.
• Dependendo do tipo de solo, pode ocorrer o selamento superficial (ver
item 18).
• Nesta situação tivemos a interação negativa entre chuva superior a 50
mm e alta temperatura.
• Precipitações superiores a 100 mm logo após a semeadura promovem o
dano por embebição, o que limita o desenvolvimento das plantas.
• Nas figuras acima, observa-se o rompimento dos tecidos do hipocótilo
devido à alta disponibilidade de água no solo.
• As sementes de soja com umidade inferior a 12% estão mais sujeitas ao
dano por embebição (ver item 26).

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21. SULCO DE SEMEADURA ABERTO

FIGURA 18. Espelhamento de sulco. Sulco de semeadura aberto,


restringindo o correto contato SEMENTES-SOLO.
FOTOS: Dirceu Gassen e Alexandre Gazolla.
CARACTERIZAÇÃO:
• Falta de contato SOLO-SEMENTE, limitando a germinação e a
emergência das plantas.
• As sementes ficam expostas a alta temperatura e ao dano por embebição
no caso de chuvas pesadas.
• Na foto acima observa-se variação na deposição das sementes, expondo-
as a diferentes interações com o ambiente.

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22. PLANTIO COM EXCESSO DE UMIDADE NO SOLO

FIGURA 19. Excesso de umidade no solo. Semeadura realizada em solo


com excesso de água seguido por período de estiagem prolongado.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Reduz a plantabilidade e o desenvolvimento das raízes.
• Pode provocar a formação de compactação superficial e o espelhamento
de sulco.
• Afeta o contato SOLO-SEMENTE, dificultando os processos de
germinação e emergência.
• Dificulta a germinação e a emergência das plantas de soja.
• Aumenta a variabilidade no desenvolvimento das plantas.

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23. TOMBAMENTO POR DAMPINF-OFF

AGENTES CAUSADORES

GÊNERO TIPO

PYTHIUM FUNGO

RHIZOCTONIA FUNGO

PHYTOPHTORA FUNGO

COLLETOTRICHUM FUNGO

PHOMA FUNGO

FUSARIUM FUNGO

CERCOSPORA FUNGO

BOTRYTIS FUNGO

XANTHOMONAS BACTÉRIA

PSEUDOMONAS BACTÉRIA

CONDIÇÕES DE AMBIENTE:

• Solos excessivamente encharcados e com temperatura entre 15 e 20 ºC


são extremamente favoráveis ao desenvolvimento de Pythium e
Phytophthora. Por outro lado, solos úmidos e quentes (acima de 30 ºC)
são ideais para a proliferação de Rhizoctonia.
• Os patógenos são favorecidos pois a germinação das plantas se dá de
forma lenta (principalmente em consideres adversas), isso porque os
tecidos tenros das plântulas recém emergidas são mais propensos ao
ataque de patógenos do tombamento por apresentarem menor
resistência à infecção pelo patógeno.

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24. TOMBAMENTO POR DAMPING-OFF

FIGURA 20. Tombamento por Damping-off. Morte de plantas de soja


causado por patógenos.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Ambiente e solo com baixa temperatura e alta disponibilidade de
umidade, causando um atraso na germinação e emergência das plantas.
• Condição ideal para o desenvolvimento de doenças causadas pelos
microorganismos Rhizoctonia solani, Pythium spp. e Phytophthora sojae.
• Reduz a plantabilidade, a desenvolvimento das raízes e parte aérea das
plantas.
• Áreas com solo compactado e sem rotação de culturas estão mais
propensas ao Damping-off.
• O agricultor deve respeitar a faixa de temperatura e umidade ideal do solo
para o plantio e sempre seguir as Boas Práticas de Plantio para cada
espécie e cultivar.

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25. SOLOS COMPACTADOS

FIGURA 21. Compactação do solo. Semeadura de soja em solo compactado,


restringindo o desenvolvimento das raízes e da planta.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Reduz a plantabilidade, a germinação, emergência e o desenvolvimento
das raízes.
• Aumenta a ocorrência de plantas dominadas e reduz o rendimento de
grãos.
• Pode provocar a formação de torrões na semeadura.
• Reduz significativamente o contato entre o SOLO e as SEMENTES,
dificultando os processos de germinação e emergência.
• Os torrões poderão causar impedimento físico à emergência de plântulas.
• Considerando longos períodos sem chuva, teremos uma maior deficiência
hídrica no solo.
• Chuvas fortes aumentam a erosão e a concentração de água nestes
solos.

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26. PLANTIO COM SEMENTES NA PALHA

FIGURA 22. Semeadura na palha. Sementes entre a palha, não


proporcionando o correto contato SEMENTE-SOLO.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Falta de contato SOLO-SEMENTE, limitando a germinação e a
emergência das plantas.
• As sementes entre a palha ficam expostas a alta temperatura e ao dano
por embebição no caso de chuvas pesadas.
• O manejo antecipado das plantas de cobertura, garante o
armazenamento de água no solo, ciclagem de nutrientes, maior taxa de
decomposição da palha em função da relação C/N e maior efetividade do
sistema de corte da plantadeira no momento da semeadura da cultura
subsequente.

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27. DANO POR EMBEBIÇÃO EM PLÂNTULAS DE SOJA

FIGURA 23. Dano de embebição. Lesões nos cotilédones características do


dano por embebição sobre as sementes de soja no plantio.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Esta limitação vem desafiando os agricultores no momento do plantio,
principalmente para lotes de sementes com umidade inferior a 12%.
• Os danos relativos à embebição podem ser atribuídos à ruptura das
membranas celulares das sementes, ocasionada pela intensa entrada de
água nos primeiros momentos de embebição.
• Este dano ocorre devido à diferença de potencial hídrico entre
a semente e o solo ou substrato onde ela se localiza.
• Danos de embebição em sementes de soja podem ocorrer durante a
condução do teste de germinação (substrato de papel e em alguns casos
em areia). Por isso, recomenda-se sempre pré-condicionar os lotes com
umidade inferior a 12%
• Caracterizam-se pela ocorrência de aberturas nos cotilédones; radículas
primárias anormais, entumecidas e pouco desenvolvidas.
• Sementes de algumas cultivares apresentam baixa germinação em
laboratório devido a esse dano, ao passo que no solo ou em areia a
emergência de plântulas poderá ser significativamente maior.

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28. SEMEADURA EM SOLO COM RESTRIÇÃO HÍDRICA

FIGURA 24. Semeadura no pó. Semeadura com excesso de profundidade


seguido por alto coeficiente de variação vertical na deposição das sementes no
solo.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Esta prática está associada a um alto risco de replantio.
• A variação na profundidade de semeadura ao longo da linha de plantio
expõe as sementes a diferentes interações com a temperatura e a
disponibilidade de água no solo.
• As sementes depositadas em profundidade maior vão utilizar mais
reservas do cotilédone durante a emergência. Nessa situação, as plantas
vão apresentar engrossamento na região do hipocótilo e redução de
sistema radicular.
• Para que ocorra a germinação, as sementes de soja necessitam de
temperatura do solo entre 20°C e 30°C e disponibilidade de água para
absorção e embebição de até 50% a 54% da sua massa.
• A semeadura no pó aumenta a degradação das reservas da semente.
• As sementes são organismos vivos e, consequentemente, estão
respirando e possuem o metabolismo ativo.
• A atividade respiratória ocorre com maior ou menor intensidade de acordo
com a temperatura e umidade das sementes e o ambiente de semeadura.

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29. ATAQUE DE CARAMUJOS E LESMAS

FIGURA 25. Caramujos e lesmas. Ocorrência de caramujos e lesmas em


lavoura de soja.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto e Notícias Agrícolas.
CARACTERIZAÇÃO:
• A ocorrência se dá no formato de reboleias em partes do talhão.
• Áreas com solo úmido e com baixa temperatura.
• Dificuldade de controle e falta de produtos registrados para a cultura da
soja.
• Um dos produtos recomendados para o controle de caramujos e lesmas é
o LESMICIDA METAREX SP. Este produto é um moluscicida, lesmicida
granulado azul contendo 5% de Metaldeído.

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30. ATAQUE DE TRIPES EM PLANTAS DE SOJA

FIGURA 26. Tripes em plantas de soja. Ocorrência de tripes na emergência


de campos de soja. Ninfa (A); Inseto Adulto (B).
FOTO: Edenilson Silva e Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• A presença de tripes é maior em regiões e/ou safras com restrição hídrica
e alta temperatura no solo e ambiente.
• O controle deve ser rápido para evitar restrição no desenvolvimento das
plantas.
• A maior dificuldade de controle ocorre quando o ataque ocorre nos
estádios iniciais do desenvolvimento da soja.
• Os tripes são insetos muito pequenos, de 1 a 1,5 mm de comprimento.
• Quando adulta, apresenta cor escura e possuem um aparelho bucal
raspador com o qual perfuram e desgarram os tecidos vegetais. Isso lhes
permite absorver os sucos celulares com os quais se alimentam.

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31. ATAQUE DE TORRÃOZINHO DA SOJA

FIGURA 27. Torrãozinho (Aracanthus sp). O ataque sobre as plantas de soja


inicia no estabelecimento do talhão.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Inseto de difícil controle que vem ganhando importância pelos danos que
tem causado às lavouras em várias regiões produtoras.
• O adulto raspa o caule e desfia os tecidos no local do ataque. Quando a
população é alta e ocorre na fase inicial da cultura, o dano é irreversível e
as plantas morrem, podendo haver perda total de parte da lavoura.
• Quando o ataque acontece mais tarde e as larvas se desenvolvem na
haste principal, formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do
vento e das chuvas.
• Também conhecido em algumas regiões produtoras como torrãozinho.
• Geralmente o adulto inicia seu ataque nas bordas da lavoura, junto a
estradas ou a talhões.
• Os danos mais graves ocorrem quando o seu ataque se dá na fase inicial
do desenvolvimento da cultura e caracterizam-se por pequenos orifícios e
cortes nas margens da folha e dos cotilédones, conferindo um aspecto de
serrilhado e em áreas com grande infestação. O inseto pode atacar
também a gema apical do vegetal.

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32. ATAQUE DE PERCEVEJO CASTANHO NA SOJA

FIGURA 28. Percevejo castanho (Scaptocoris Castanea). Ataque em lavoura


de soja.
FOTOS: Eberton Romanini.
CARACTERIZAÇÃO:
• A ocorrência em diversas regiões produtoras de soja.
• Os danos ocorrem no formato de reboleias no talhão.
• Dificuldade de controle devido à baixa oferta de produtos químicos
registrados para a cultura da soja.
• O controle biológico com o fungo Metarhizium anisopliae apresenta bons
resultados.
• O manejo cultural utilizando-se a aração e a gradagem contribuem para
expor os insetos aos predadores e causam o esmagamento das ninfas e
adultos, sendo que a aração com arado de aiveca é o que apresenta
maior eficiência no controle do percevejo castanho.
• As ninfas e os adultos se alimentam nas raízes e sugam a seiva. O
ataque severo causa o definhamento e morte da planta. Os sintomas de
ataques variam com a intensidade e época do ataque e muitas vezes são
confundidos com nematoides, deficiência nutricional ou doença da planta.

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33. FITO DE AGROTÓXICO – METSULFUROM (ALLY) – APLICADO
ATRAVÉS DO TRATAMENTO ON-FARM

FIGURA 29. Fito de agrotóxicos. Erro no tratamento de sementes na fazenda


com Metsulfurom (Ally).
FOTO: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Erro na troca de produtos, seguido pela aplicação via tratamento de
sementes na fazenda com Metsulfurom (Ally).
• Os danos Ally aplicado por meio do tratamento de sementes formam um
aspecto amadeirado nas raízes e na inserção dos cotilédones.
• Esta limitação atrasa o desenvolvimento das plantas, podendo levá-las a
morte.
• Reduz o desenvolvimento de raízes e parte aérea das plantas de soja

Pg. 39
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34. FITO DE AGROTÓXICO – METSULFUROM (ALLY) – APLICADO NA
SUPERFÍCIE DO SOLO

FIGURA 30. Fito de agrotóxicos. Erro na aplicação de Metsulfurom (Ally) em


pós-semeadura.
FOTO: Dirceu Gassen.
CARACTERIZAÇÃO:
• Clrorimuron: sulfunilureia inibidor de ALS.
• Aplicação de 64 g de Ally, na superfície do solo, logo depois da
semeadura.
• Afeta com completo o desenvolvimento da planta.
• Podem ocorrer rebrotes, porém sem desenvolvimento e profundidade
estão comprometidos.

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35. FITO DE AGROTÓXICO – 2,4-D

FIGURA 31. Resíduo de aplicação de agrotóxico. Falta de atenção no


manejo e do ambiente em pré-semeadura.
FOTO: Dirceu Gassen.
CARACTERIZAÇÃO:
• Plântulas de soja afetadas por 2,4-D aplicado 18 dias antes da
semeadura.
• A combinação de solo compactado por pastejo, intervalo de estiagem e
chuva depois da semeadura.
• Solos compactados são comuns em regiões produtoras de soja, criando
um ambiente complexo e, ao mesmo tempo, favorável a situações como
esta.

Pg. 41
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36. RESÍDUO DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICO - 2,4-D

FIGURA 32. Resíduo de aplicação de agrotóxico na área de pastagem.


Deriva sobre área de cultivo de soja por erro no manejo de aplicação.

FOTO: Thiago Pinheiros.

CARACTERIZAÇÃO:

• Plântulas de soja afetadas por deriva de 2,4-D aplicado em área próxima


a lavoura de soja após a emergência das plantas.
• Esta Fitotoxidade, promove severas limitações ao desenvolvimento da
planta, reduzindo a produtividade e podendo causar a morte da mesma.
• Esta limitação pode estar presente em algumas plantas ou em
área total.
• A intensidade e a gravidade da limitação sobre as plantas
está relacionada à intensidade da deriva.

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37. FITO DE AGROTÓXICO – PICLORAM

FIGURA 33. Sintomas de aplicação de agrotóxico. Sintomas de Picloram em


folhas de soja.
FOTO: Dirceu Gassen.
CARACTERIZAÇÃO:
• Este agrotóxico é utilizado em áreas de pastagens, com aplicação em
área total ou localizada.
• Resíduos podem persistir no solo por diversas safras.
• Sintomas de Picloram em folhas de soja.
• O herbicida foi aplicado em arroz no ano anterior.

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38. CHUVA & ALTA TEMPERATURA

FIGURA 34. Chuva e alta temperatura. Combinação de excesso de


precipitação pluviométrica, selamento superficial do solo e alta temperatura.
FOTOS: Eduardo Zago.
CARACTERIZAÇÃO:
• Ocorre principalmente em solos virados e sem palha na superfície.
• Este dano é causado pela interação entre precipitação pluviométrica
torrencial superior a 80 mm, associado a alta temperatura do solo e do
ambiente após a chuva.
• Para reduzirmos este dano devemos priorizar a semeadura com um
intervalo de segurança mínimo de 24 horas anterior a ocorrência de
chuvas superiores a 30 mm.
• Para que ocorra a germinação e a emergência uniforme das plantas, as
sementes de soja necessitam de temperatura do solo entre 20°C a 30°C.

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39. CHUVA & ALTA TEMPERATURA

FIGURA 35. Solos secos. Plantio com excesso de umidade no solo.


FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• Semeadura realizada com alta disponibilidade de água no solo, seguido
por longo período de restrição hídrica.
• Nesta condição as plantas não conseguem desenvolver raízes para
explorar o solo em busca de água e nutrientes.
• Pode ocasionar a morte de algumas plantas ou em situações mais
drásticas em área total.
• Sempre priorizar as Boas Práticas de Plantio.

Pg. 45
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40. FITOTPOXIDADE POR Co-Mo

FIGURA 37. Fito de Co-Mo. Erro ou superdose na aplicação de Co-Mo via


tratamento de sementes.
FOTOS: Alexandre Gazolla Neto.
CARACTERIZAÇÃO:
• O dano pode ocorrer nas bordas do cotilédone (bordas escuras e com
sinal de degradação).
• Também se observa o efeito do amarelecimento sobre as folhas das
plantas.
• Este dano pode ocorrer em algumas plantas ou em área total.
• PRINCIPAIS CAUSAS:
o Erro na aplicação uniforme do produto na massa de sementes.
o Aplicação de doses elevadas do produto.
o O efeito salino do produto.

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41. PRINCIPAIS VARIAÇÕES NA CONFIGURAÇÃO DOS DISCOS DE
CORTE

• Os discos de corte podem ser lisos, ondulados e estriados.


• Para o melhor funcionamento, devem estar sempre limpos e afiados.
• De maneja geral a recomendação é proceder a troca com um desgaste
máximo entre 15% a 18%.
• Para mais informações sobre cada modelo, deve-se consultar o manual
do fabricante.

FIGURA 38. Tipos de discos. Variações na configuração dos discos de corte.


FONTE: Alexandre Gazolla Neto.

DISCOS LISOS
• Demandam de menor força de tração, peso da semeadora e pressão nas
molas para realizar o corte da palha e abertura do sulco de semeadura
em comparação com as demais variações.
• Necessitam ser constantemente afiados.
DISCOS ESTRIADOS
• Em decorrência das ranhuras, apresentam maior aderência de solo e
maior
• superfície de contato, necessitando de maior pressão nas molas para
penetração no solo.
• Promove maior mobilização de solo.
DISCOS ONDULADOS
• Requerem maior força de tração e proporcionam maior mobilização do
solo em comparação aos demais.

Pg. 47
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42. RECOMENDAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO TESTE DE CANTEIRO

1. Não utilizar o mesmo em canteiros utilizados em hortas domésticas ou


locais com excesso de matéria orgânica.
2. O solo e/ou a areia deverão ser trocados a cada avaliação, não devendo
ser reutilizados devido à infecção por patógenos.
3. Considerando a formação dos canteiros sem solo de lavoura, devemos
alterar o local a cada avaliação.
4. O canteiro deve ter uma profundidade em solo ou areia descompactada
de, no mínimo, 30 cm.
5. Proteger os canteiros de animais silvestres e domésticos.
6. Monitorar diariamente a umidade do solo, procurando manter próximo a
capacidade de campo.
7. A temperatura do solo no momento da semeadura deve estar entre 20ºC
e 30ºC.
8. Utilizar 400 sementes por lote ou amostra de sementes.
9. Realizar a amostragem de 20% das embalagens do lote de sementes.
10. Realizar a contagem com 8 dias após a semeadura, dependendo da
temperatura média.
11. A profundidade de semeadura para sementes de soja deve ser uniforme
entre 3cm a 4cm.
12. O plantio deve ser realizado sempre no início da manhã.
13. Manter uma distância entre as sementes de 2cm na linha de
semeadura.
14. A irrigação deve ser realizada 24 horas antes e 24 horas após a
semeadura.
15. O reservatório de água que será utilizado na irrigação deve ser protegido
do sol, evitando que fique muito quente.
16. Após 24 horas da semeadura, sempre concentrar a irrigação antes das 8
horas da manhã.
17. Após a semeadura, a irrigação diária deve ser de no máximo diário de
10 mm.
18. Realizar a distribuição uniforme das sementes na linha de semeadura.
19. Proceder a semeadura em períodos de temperatura mais amena.

Pg. 48
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43. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO DE SEMENTES

1. Ausência de luz direta sobre as embalagens.


2. Temperatura do ambiente entre 9°C e 25°C.
3. Umidade relativa equilibrada no ambiente de armazenamento entre 58%
e 70%.
4. Evitar contato direto com terra e/ou piso de concreto. Sempre utilize um
estrado de madeira ou similar em embaixo das embalagens.
5. Não armazenar próximo das paredes e o teto do armazém para evitar o
contato com umidade ou a compensação.
6. Não exceder o empilhamento máximo permitido na embalagem.
7. Manter uma distância mínima de 1,5 metro do telhado, evitando a
condensação.
8. Não armazenar sementes próximas a agrotóxicos, adubos ou outros
grãos.
9. Não violar a embalagem original, a menos que seja para realizar o
tratamento.
10. Realizar o tratamento de sementes sempre utilizando produtos
registrados no Ministério da Agricultura para esta finalidade, o mais
próximo do plantio possível.
11. Para evitar o dano térmico no momento do plantio, recomendasse
realizar uma aclimatação nas sementes quando estas estão
armazenadas em câmaras-frias com temperatura inferior a 17°C.

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44. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O potencial produtivo de uma lavoura é definido pelas condições


oferecidas ao desenvolvimento das plantas, desde a semeadura até a colheita.
Dentro do sistema de produção, a semente participa de forma significativa no
custo total de uma lavoura e, não raro, produtores e técnicos questionam as
empresas produtoras de sementes quanto à qualidade fisiológica dos lotes
entregues.

A utilização de sementes de soja com alto potencial fisiológico é aspecto


importante a ser considerado para o aumento da produtividade. Não basta
distribuirmos uniformemente sementes, precisamos que estas gerem plantas
com alta performance e livres de limitações no estabelecimento.

Porém, precisamos respeitar as recomendações de manejo associadas


à semeadura, com destaque especial para necessidade do contato solo-
semente, profundidade de semeadura, necessidade de temperatura do solo e
absorção de água pelas sementes durante as etapas da germinação. O
agricultor precisa entender que a semente não é um “SUPER HERÓI” que
enfrenta todas as condições adversas. Um estabelecimento de plantas com
baixo coeficiente de variação é função direta da qualidade do lote de sementes,
da precisão da semeadora e do manejo do ambiente de produção.

Na semeadura, a correta distribuição das sementes na linha (distribuição


horizontal) e em profundidade (distribuição vertical) são interações
fundamentais para o perfeito desenvolvimento da planta, contribuindo para uma
melhor captação de água e nutrientes, bem como a interceptação da luz.

Portanto, limitações causadas em pré e pós-semeadura e distribuições


irregulares das sementes, tais como agrupamentos, falhas, duplas e triplas,
acarretam a morte de plantas, o atraso no desenvolvimento e altas taxas de
plantas dominadas.

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45. BOAS PRÁTICAS DE PLANTIO: TRÊS PASSOS PARA PLANTAS DE
ALTA PERFORMANCE

I. SEMENTES DE QUALIDADE:
O uso de sementes com alto índice de germinação e vigor são
essenciais para evitar falhas, plantas duplas e dominadas. Quando faltam estes
dois padrões, vigor e germinação, muitas vezes os produtores acabam
aumentando a quantidade de sementes e não conseguem alcançar um estande
ideal. Este é considerado um fator preocupante, pois ocasiona redução na
produção e, consequentemente, uma menor rentabilidade ao produtor.

II. AMBIENTE DE PRODUÇÃO ADEQUADO:


Além de sementes com alto índice de vigor e germinação, é preciso
contar com um solo bem estruturado no que se refere à disponibilidade de
água, temperatura adequada, entre outros fatores para que ocorra o processo
de germinação e, consequentemente, a emergência dessas plantas.

• PROFUNDIDADE: 3cm a 4cm de profundidade com distribuição


uniforme.
• TEMPERATURA: 20°C a 30°C na profundidade da semente.

III. BOAS PRÁTICAS DE PLANTIO:


Um dos grandes pilares para ter plantas com alto potencial produtivo é
promover um estabelecimento da lavoura levando em conta as boas práticas
de plantio.

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UM FORTE ABRAÇO E BOA SAFRA A TODOS!

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