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CONTROLE BIOLÓGICO

Alexandre de Sene Pinto


Centro Universitário Moura Lacerda
BUG | OCCASIO | ESALQ,
Piracicaba, SP
Alexandre de Sene Pinto
alexandre@bugbrasil.com.br
Sócio e diretor da Occasio
edição de livros e desenvolvimento
de produtos agrícolas
Ex-sócio e diretor de P&D da Bug
produtos biológicos
Professor do Centro Universitário
Moura Lacerda, ESALQ/USP e
FGV

Consultor no manejo de
pragas
COMO ENCARAMOS OS INSETOS

beleza diversidade repugnância

prejuízos às plantas benéficos

prejuízos ao homem
PROBLEMA
PRAGAS
“O TERMO PRAGA É
ANTROPOCÊNTRICO E
PODE SER DEFINIDO
DE DIFERENTES
FORMAS PELOS
DIVERSOS
SEGMENTOS DA
POPULAÇÃO
HUMANA.”
causar prejuízos
diretos ou indiretos
1 MILHÃO DE potencial biótico
ESPÉCIES elevado
DESCRITAS estabilidade
5.000 com potencial para ser praga
de praga no Brasil
Oecophylla smaragdina

CONTROLE
BIOLÓGICO
China
citros
século III d.C.
CONTROLE
BIOLÓGICO
Fenômeno natural que
consiste na regulação de
plantas e animais

(agentes de controle
biológico, inimigos
naturais)
PARASITOIDE
Mata o hospedeiro

Adulto de vida livre

Precisa de somente um
indivíduo para completar o
desenvolvimento

Em geral, do mesmo
tamanho do hospedeiro
QUANTIDADE POR HECTARE
Usual o comércio de volume do parasitoide por
hectare. Peso é menos recomendado, pois se
comercializado na fase pupal, essa perde peso
diariamente.
Comum ser expresso número de parasitoides ou
predadores por hectare

6.000 vespinhas por hectare


3 mL de Trichogramma por hectare (3 g)
PARASITOIDES DE DIFERENTES FASES
PREDADOR
Mata a presa

Vida livre durante todo o ciclo

Exige mais de um indivíduo para


completar o desenvolvimento
DIFERENTES GRUPOS DE
PREDADORES
Necessidade de alimento
Capacidade de busca
ENTOMOPATÓGENO
Causa doenças em
insetos e ácaros
Fungos
Bactérias
Vírus
Nematoides
UNIDADE DE MEDIDA PARA
BACTÉRIAS E FUNGOS
Exame microscópico: estima apenas quantidade de
conídios/esporos total (vivos e mortos).
Unidade formadora de colônia (UFC): estima
número de bactérias ou fungos viáveis.

1,2x108 UFC/g de produto comercial


2,4x1011 UFC/ha de produto comercial
Os fungos foram os
primeiros agentes a serem
aplicados no controle
microbiano de insetos, com
cerca de 80% das doenças
FUNGOS de insetos causadas por
esses patógenos.
ENTOMOPATOGÊNICOS
São mais fáceis de se
encontrar na natureza,
fáceis de produzir e de
maior espectro no controle
de pragas, por atuar por
contato e por ingestão.
GERMINAÇÃO

Conídio germinado – tubo germinativo


Estudos iniciais com abelhas
e bicho-da-seda no final
do século XIX – antes das
doenças de insetos-praga

BACTÉRIAS Base para o


desenvolvimento do

ENTOMOPATOGÊNICAS controle microbiano


Existem centenas de
bactérias associadas a
insetos
Poucas têm características
para uso no controle
microbiano
Composição: um tipo de ácido
nucléico (RNA ou DNA) +
proteínas, lipídeos e
carboidratos;

Pequenas dimensões:

VÍRUS Replicam-se por processo de


montagem e não por divisão;
ENTOMOPATOGÊNICOS São parasitas celulares
obrigatórios;

Elevada especificidade em
relação ao hospedeiro.
Exceção: Baculovirus
Autographa californica
(elevadas concentrações).
Associação entre
nematoides e insetos datam
de 300 milhões de anos
atrás (fósseis de
ortopteroides)
Relacionamento entre
NEMATOIDES nematoides e insetos: 3
ENTOMOPATOGÊNICOS tipos: foresia, parasitismo e
parasitismo obrigatório
TRÊS REVOLUÇÕES AGRÍCOLAS
1ª REVOLUÇÃO 2ª REVOLUÇÃO
Rotação de culturas; Uso de fertilizantes químicos,
Semeadeira mecânica; inseticidas, sementes
Sistema de produção selecionadas, máquinas e
intensivo. melhoramento genético de
plantas.

3ª REVOLUÇÃO
Plantas transgênicas.
inseticidas transgênicos controle biológico

U$286 mi U$125 mi U$2-10 mi


McDougall (2016)

TÁTICAS DE CONTROLE
A REVOLUÇÃO DOS INSETOS 6 e 7 | MAIO | 2017

Hermetia illucens

Tenebrio molitor
OS INSETOS REVOLUCIONANDO O CAMPO
Controle biológico

6 e 7 | MAIO | 2017
QUARTA REVOLUÇÃO
AGRÍCOLA
o agroflorestas;
o controle biológico, fertilizantes
e bioestimulantes
microbiológicos;
o aplicativos de controle,
maquinário automatizado,
sistemas de gestão de insumos,
drones, agribots, entre outros.

AGRICULTURA 4.0 OU
DIGITAL DÉCADA 2010
CONTROLE BIOLÓGICO PREMIADO
primeira empresa latino-
americana a ganhar esse
prêmio

“Technology Pioneer”
EMPRESAS DE BIOLÓGICOS
PRODUTOS REGISTRADOS NO BRASIL
macro-organismos micro-organismos
PREDADORES Aspergillus flavus Pochonia chlamydosporia
Cryptolaemus montrouzieri Bacillus amyloliquefaciens Steinernema puertoricense
Neoseiulus californicus Bacillus firmus Trichoderma asperellum
Phytoseiulus macropilis Bacillus licheniformis Trichoderma harzianum
Stratiolaelaps scimitus Bacillus methylotrophicus Trichoderma stromaticum
Bacillus pumilis Vírus de Anticarsia gemmatalis
PARASITOIDES Bacillus subtilis Vírus de Chloridea virescens
Cotesia flavipes Bacillus thuringiensis Vírus de Condylorhiza vestigialis
Trichogramma galloi Beauveria bassiana Vírus de Helicoverpa armigera
Trichogramma pretiosum Metarhizium anisopliae Vírus de Helicoverpa zea
Paecilomyces lilacinus Vírus de Spodoptera frugiperda

Fonte: ABCBio (2017)


USO CRESCENTE DE BIODEFENSIVOS
15-20% de
aumento anual
de hectares

milhões de hectares
EXPANSÃO DO CONTROLE BIOLÓGICO NO BRASIL

= 1 milhão de hectares
Pressão por proibição Investimento na substituição
do uso de agrotóxicos de agrotóxicos por biológicos
Morte das
abelhas

Movimento para
mudança de tecnologia
de biológicos

Evolução da tecnologia
de biológicos passou a
ser atrativa
Criação de opções
biológicas

TENDÊNCIA MUNDIAL
Produtos biológicos

Biofertilizantes Bioestimulantes Bioagentes

Microbiológicos Manejo abiótico de estresse Bioinseticidas, biofungicidas, bioherbicidas Macrorganismos


Fixadores de N Aminoácidos Bioquímicos Microrganismos Insetos

Semioquímicos Bactérias Ácaros


Solubilizadores P2O5 Microrganismos
Extratos de plantas Fungos Nematoides
Mobilizadores de K Extratos de planta
Minerais Protozoários Os insetos são líderes;
Outros Ácidos orgânicos Algas
É o único grupo onde
PCVs Vírus
ovos, larvas, pupas e
Microrganismos Extratos de algas é o que predomina adultos são usados;
Ácidos orgânicos Outras leveduras
usados para aumentar nesse grupo;
a absorção de O maior desafio é a
Ácidos orgânicos são os ácidos Os extratos de plantas As bactérias seguidas pelos logística de uso e
nutrientes do solo; húmicos e fúlvicos usados como formam o maior segmento fungos formam o maior transporte;
As bactérias alteradores de solo, formados pela desse grupo; grupo comercial (>90%);
fixadoras de degradação microbiana da matéria Normalmente não é
Os semioquímicos Os microrganismos forma classificado como
nitrogênio dominam vegetal; (feromônios) tem o maior o principal mercado de Bioinseticida, mas
o grupo; Microrganismos, principalmente número de produtos; bioinseticidas (R$4,2 bi como produtos de
Inclui ainda bactérias, muito usados no O maior desafio para ano-1); controle biológico.
mobilizadores de tratamento de sementes ou solo para extratos de plantas é a Os principais desafios estão
nutrientes específicos auxiliar na assimilação de nutrientes; fabricação e qualidade Bioinseticidas | São derivados
ligados à formulação: (a)
(Zn, S) e fungos de materiais naturais (plantas,
A definição e a regulamentação está consistente no(s) tempo de prateleira; (b) bactérias e até minerais). Têm
micorrízicos; ainda em desenvolvimento no ingrediente(s) ativo(s). estabilidade; (c) melhoria alvos específicos e são muito
Regulamentação mundo. da performance. menos tóxicos do que
estadual. inseticidas sintéticos.
Azospirillum
Bacillus
Trichoderma

MECANISMOS DE AÇÃO DE BACTÉRIAS E


FUNGOS PCV (promotoras de crescimento vegetal)
FASES DO CONTROLE BIOLÓGICO
Fase 1 Fase 2
Importação e Pequenas áreas ou
inoculação ambientes protegidos

Fase 3 Fase 4
Grandes áreas, Grandes áreas,
auxiliar de inseticidas igual aos inseticidas
AGRICULTURA 4.0
POR QUE O PRODUTOR TEM DIFICULDADE EM
USAR PRODUTOS BIOLÓGICOS?
Por ser mais difícil
Por falta de oferta Por ser mais caro de aplicar
5% 10% 16%
Por repulsão
5% Por ser ineficaz
13%

Por ignorar
51%
o Monitoramento de pragas com
atrativos alimentares e armadilhas
de feromônios;
o Tecnologia de aplicação de
biodefensivos, especialmente de
parasitoides;
o Oferta de biodefensivos;
o Treinamentos.
AVANÇOS NO MANEJO
INTEGRADO DE PRAGAS
AVANÇOS NA TECNOLOGIA DE LIBERAÇÃO
ANAC, RBAC-E 94. Resolução 419 de 2 de maio de 2017
FORMAS DE
Moto/quadriciclo
3% Manual Avião

LIBERAÇÃO NO
17% 20%

BRASIL
2018 Drone
60%

milhões de hectares de Trichogramma


Organismos desprotegidos Organismos protegidos

Trichogramma spp. para o controle de lepidópteros Cotesia flavipes para o controle da broca-da-cana
o Identificação de
espécies em campo;
o Previsão de ocorrência
de pragas;
o Monitoramento de
pragas com nariz
eletrônico, V.A.N.T.s e
agribots;
o Novos biodefensivos e
maior oferta;

FUTUROS AVANÇOS NO MANEJO o Intensificação nos


treinamentos e
INTEGRADO DE PRAGAS assistência técnica.
Monitoramento de
doenças;
Monitoramento de pragas; MONITO-
Análise de solo em tempo
real; RAMENTO
Biometria;
Estresse hídrico;
DE PRAGAS
Avaliação planta por
planta para informar
situação da lavoura.
Embrapa, EESC-USP, Jacto S.A. e
Finep.
PROGRAMAS DE CONTROLE
BIOLÓGICO NO BRASIL
CANA-DE-AÇÚCAR
Cotesia flavipes
Trichogramma galloi
Steinernema puertoricense
Bacillus subtilis
Bacillus thuringiensis
Beauveria bassiana
Metarhizium anisopliae
Paecilomyces lilacinus
Pochonia chlamydosporia
Trichoderma asperellum
Trichoderma harzianum
Produtos biológicos para cana-de-açúcar

PCV PCV
Trichoderma Beauveria Paecilomyces Pochonia Bacillus
nematoides e doenças broca-da-cana, broca- nematoides nematoides nematoides,
gigante, cupins, gorgulho ferrugens
e corós

PCV

Cotesia Trichogramma Metarhizium Steinernema Azospirillum


broca-da-cana broca-da-cana gorgulho, cigarrinha e broca-gigante, migdolus, Nitrospirillum
corós gorgulho e corós
Sem controle
25%
Químico
35%

T. galloi C. flavipes
10% 30%
5,2%

7,0 5,9 1,8 2,2


testemunha inseticida liberação liberação
aérea terrestre
2013
2014

para controle de ovos de Diatraea saccharalis


Parasitismo (%)

3,6
18,0 6,3 19,8
aéreo aéreo aéreo aéreo terrestre
-1
6.000 ha-1 9.000 ha 12.000 ha 18.000 ha 6.000 ha-1
-1 -1

para controle de lagartas de Diatraea saccharalis


Ninfas por metro

0,4 5,2 5,5 0,3 11,2


Metarhizium anisopliae inseticida testemunha
aplicador trâmpulo avião etiprole
de NPK
60 dias após a aplicação

para controle de cigarrinhas, Mahanarva spp.


SOJA
Trichogramma pretiosum
Telenomus podisi
Bacillus amyloliquefaciens
Bacillus subtilis
Bacillus thuringiensis
Baculovírus
Beauveria bassiana
Isaria fumosorosea
Metarhizium anisopliae
Paecilomyces lilacinus
Pochonia chlamydosporia
Trichoderma harzianum
Produtos biológicos para soja

PCV PCV
Trichoderma Beauveria Paecilomyces Pochonia Bacillus Isaria
nematoides e doenças mosca-branca e nematoides nematoides nematoides, mosca-branca,
vaquinhas ferrugens, lagartas e
lagartas e percevejos
doenças

Telenomus Telenomus Trichogramma Metarhizium Baculovírus


percevejos Spodoptera lepidópteros ácaros e besouros lagartas
800

Grãos por 4 plantas


600
+ 45%
400

200

0
Controle Controle
Biológico Químico

para controle de ovos de mariposas


4000 a
a a
3500 a

Produtividade (Kg/ha)
3000 b
2500
+R$1.023,00
2000

R$3.182,00
1500 +R$793,00
1000
+R$580,00
500 +R$578,00
0
2.500 5.000 7.500 10.000 Testemunha
Quantidade liberada por hectare

para controle de ovos de percevejos


Ovos
Ninfas
100

80

Mortalidade (%)
60

40

20

0
JAB07 IBCB18 LCMAP3790

Espinosa (2016)

para controle de mosca-branca, Bemisia tabaci


Paecilomyces lilacinus | Pochonia chlamydosporia
100
Sem controle
80 Calda no solo (1 x 108 con. g solo)

Cistos na raiz (%)


TS 500 g 50 Kg sementes
60 TS 1.000 g 50 Kg sementes

40

20

0
Araújo, Silva e Araújo (2002)

para controle do nematoide-do-cisto, Heterodera glycines


preventivos
Bacillus subtilis
Bacillus firmus
Bacillus amyloliquefaciens

curativos
Bacillus firmus
Bacillus amyloliquefaciens
MILHO
Trichogramma pretiosum
Telenomus remus
Bacillus thuringiensis
Spodoptera frugiperda multiple
nucleopolyhedrovirus (SfMNPV)
Beauveria bassiana
Metarhizium anisopliae
Paecilomyces lilacinus
Pochonia chlamydosporia
Trichoderma harzianum
Produtos biológicos para milho

PCV PCV
Trichoderma Beauveria Paecilomyces Pochonia Bacillus
nematoides e doenças Spodoptera e nematoides nematoides nematoides, Spodoptera e
Dalbulus doenças

Telenomus Trichogramma Metarhizium Baculovírus


Spodoptera lepidópteros Spodoptera e besouros Spodoptera
OUTRAS CULTURAS E bioagentes
HORTALIÇAS micro-organismos
Spodoptera frugiperda
Peso (g) de grãos de 10 plantas
a
a a
a

747,50 681,50 692,50 768,50 461,00

Bt aizawai 1L Bt aizawai 2L Bt tolworth 0,5 Kg Bt tolworth 1,0 Kg Testemunha

Grupo: bactéria (cristais)


Alvo: lagartas em geral
Fase: lagartas até 3º instar
Ação: ingestão
Dose: 50 a 1.000 mL ha-1
Meloidogyne incognita
140
juvenis
120
ovos

Nematoides por g de raiz


100

80

60

40

20

0
Testemunha Vinhaça B. subtilis B. subtilis B. subtilis
+ vinhaça + vinhaça

Grupo: bactéria
Alvo: doenças e nematoides
Fase: juvenis de nematoides
Ação: contato
Dose: 2 a 4 L ha-1
Rhizoctonia solani, Verticilium Hemileia vastatrix
dahliae, Sclerotinia sclerotiorum
e Colletotrichum falcatum
Bacillus subtilis | controle de doenças
Cultura Nome científico Cultura Nome científico

Arroz Magnaporthe oryzae Manga Colletotrichum gloeosporioides


Batata Rhizoctonia solani Sporisorium reilianum, Fusarium
Milho
Cana-de- verticillioides
Colletotrichum falcatum
açúcar Pimenta Colletotrichum gloeosporioides
Colletotrichum acutatum, Penicillium Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium
Citros Soja
digitatum, P. italicum e Phytophthora capsici oxysporum e F. graminearum
Colza Sclerotinia sclerotiorum
Tabaco Phytophthora nicotianae
Framboesa Didymella applanata
Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici,
Ginseng Colletotrichum panacicola Sclerotium rolfsii, Pythium ultimum, P.
Tomate
Macieira Penicillium expansum aphanidermatum e Rhizoctonia solani,
Xanthomonas euvesicatoria e X. perforans
Mamão
Colletotrichum gloeosporioides
armazenado Trigo Puccinia striiformis f. sp. tritici
Broca-do-café

Moleque-da-bananeira
Grupo: fungos
Alvo: insetos em geral
Fase: todas as fases
Ação: contato
Dose: 180 a 900 g ha-1
Controle de pulgões
Grupo: fungos
Alvo: insetos em geral
Fase: todas
Ação: contato
Dose: 180 a 450 g ha-1
Controle do ácaro-rajado
Tetranychus urticae

100
B. bassiana
M. anisopliae
80

Eclosão das larvas (%)


60

40

20

0
Testemunha 3 x 106 1 x 107 1 x 108
Concentração (conídios/mL)

Wekesa et al. (2006)


Trichoderma spp.

Grupo: fungos
Alvo: fungos fitoparasitas
Ação: contato

Época: período quente e chuvoso.


Uso de Trichoderma no Brasil
T. asperellum . T. harzianum . T. stromaticum . T. viride

Fusarium, Pythium, Rhizoctonia, Macrophomina,


Sclerotinia, Sclerotium, Botrytis e Crinipellis para
feijão, soja, algodão, fumo, morango, tomate,
cebola, alho, plantas ornamentais e cacau.
OUTRAS CULTURAS E bioagentes
HORTALIÇAS macro-organismos
Habrobracon hebetor

Grupo: inseto parasitoide


Alvo: Ephestia spp.
Fase: lagartas de 3º instar
Ação: ectoparasitoide
Dose: 1.000 parasitoides paiol

Pontos por paiol: 1


Número de liberações: 4
Início das liberações: primeiras revoadas da traça
Época: ocorrência da praga
Controle da traça-do-fumo
Ephestia sp.

600 550,3

Perda estimada na produção (Kg/paiol)


500

400

300

200
139,0

100

0
Paióis com controle Paióis sem controle
Trichogramma pretiosum

Grupo: inseto parasitoide


Alvo: lagartas em geral
Fase: ovos
Ação: endoparasitoide
Dose: 100.000 a 400.000 parasitoides ha-1

Pontos por hectare: 24 a 48


Número de liberações: 3 a 6
Início das liberações: aumento da captura de machos em armadilhas de feromônio
ou em iscas atrativas
Época: ocorrência da praga
Trichogramma e culturas
Anagasta kuehniella Abacate
Anticarsia gemmatalis
Chloridea virescens (=Heliothis virescens)
Álamo
Chrysodeixis includens Algodão
T. atopovirilia
Condylorrhiza vestigialis
Cana-de-açúcar
Corcyra cephalonica
Diatraea favipennella Citros
D. saccharalis Feijão
Diaphania hyalinata
Ephestia spp. Fumo
Erinnyis ello Hortaliças
Gymnandrosoma aurantianum
Mandioca
H. zea
Helicoverpa armigera Melão T. pretiosum
Plutella xylostella Milho
Spodoptera cosmioides
S. eridania Produtos armazenados
S. frugiperda Soja
Sitotroga cerealella
Stenoma catenifer
Sorgo
Tuta absoluta etc. Tomate T. galloi
Ácaros predadores

Grupo: predadores
Alvo: tripes, ovos, ácaros
Fase: todas
Ação: predador sugador

Neoseiulus cucumeris

Neoseiulus californicus
rosa gérbera fungus gnats

crisântemo pêssego

morango azaléa maçã


PRIMEIRO CASO
DE SUCESSO
Na Austrália (1933),
onde foi utilizado o
piralídeo Cactoblastis
cactorum, da Argentina,
para controlar Opuntia

Líderes: África do Sul,


Austrália, Canadá, EUA,
Indonésia e Nova
Zelândia (2004).
Último caso de sucesso
Introdução de Agasicles hygrophila para o
controle biológico de Alternanthera philoxeroides
em Porto Rico.
Foram liberados cerca de 5.000 indivíduos.
No início de 2000, a densidade populacional
média havia sido reduzida de 334 para 36
caules m-2.

Abreu e Semidey (2000)


POR QUE O PRODUTOR VEM UTILIZANDO
PRODUTOS BIOLÓGICOS?
Consciência ambiental Barreiras
Agricultura orgânica e
2% fitossanitárias
afins
5%
10%
Resistência
Surgimento de 16%
novas pragas
26%

Ineficácia de
agrotóxicos/transgênicos
Proibição de 29%
agrotóxicos
10% Certificadoras
2%
ERROS E ACERTOS
CONTROLE BIOLÓGICO 4.0
Alexandre de Sene Pinto
Professor do Centro Universitário Moura Lacerda

alexandre@occasio.com.br

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