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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO


UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA

Avaliação de agroecossistema, amostragem de pragas e tomada de decisão

Disciplina: Entomologia II

Setembro/2021
1- INTRODUÇÃO
O desenvolvimento de um sistema de controle de pragas tornou-
se necessário para suprir a necessidade crescente de alimentos;

Respeitar os preceitos da sustentabilidade do agroecossistema

Conservação do meio ambiente Bem-estar do ser humano

“Sistema de decisão para uso de táticas de controle, isoladamente ou associadas


harmoniosamente, numa estratégia de manejo baseada em análises de
custo/benefício, que levam em conta o interesse e/ ou o impacto sobre os
produtores, sociedade e o ambiente”.
1- INTRODUÇÃO
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP

(1)Reconhecimento das pragas mais importantes;

(2) Reconhecimento e avaliação de inimigos naturais (mortalidade natural no


agroecossistema);

(3) Estudo de fatores climáticos que afetam a dinâmica populacional da praga e


seus inimigos naturais;

(4)Determinação dos níveis de dano econômico e de controle;

(5) Avaliação populacional (amostragem).


2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP

1° passo - Reconhecimento das pragas mais importantes

Pragas chaves

✓ Identificação taxonômica

✓ Bionomia das pragas-chave


(biologia, hábitos, hospedeiros, inimigos naturais etc.)
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP

1° passo - Reconhecimento das pragas mais importantes

Pragas chaves Identificação taxonômica

Helicoverpa armigera X Helicoverpa zea


2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP

1° passo - Reconhecimento das pragas mais importantes

Pragas chaves Identificação taxonômica

Liriomyza sativae X Liriomyza huidobrensis


2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
2° passo - Reconhecimento e avaliação de inimigos naturais
(mortalidade natural no agroecossistema);

✓Técnicas de criação de inimigos naturais para liberação

✓Técnicas de produção de patógenos

Conservação e Multiplicação
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
2° passo - Reconhecimento e avaliação de inimigos naturais
(mortalidade natural no agroecossistema);
✓Técnicas de criação de inimigos naturais para liberação
Conservação e Multiplicação
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
3° passo - Estudo de fatores climáticos que afetam a dinâmica
populacional da praga e seus inimigos naturais

larva minadora das folhas


(Phyllocnistis citrella)

N° de gerações larva minadora


das folhas para o estado de SP
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
3° passo - Estudo de fatores climáticos que afetam a dinâmica
populacional da praga e seus inimigos naturais
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
4° passo - Determinação dos níveis de dano econômico e de controle

✓Fenologia da planta

✓Prejuízos da praga, custo de controle e preço da produção


2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
4° passo - Determinação dos níveis de dano econômico e de controle

Fácil de ser determinado para pragas que causam danos


Diretos e para culturas com poucas pragas
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
4° passo - Determinação dos níveis de dano econômico e de controle

capacidade de suporte

até florescimento
30% DE DESFOLHA
Florescimento até a colheita
15% DE DESFOLHA
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP

5° passo - Avaliação populacional (amostragem)

A amostragem é realizada para verificar o nível das populações de


pragas e dos inimigos naturais nas lavouras

O monitoramento de pragas consiste em determinar a situação das


pragas na cultura, avaliar os danos e prejuízos que podem estar
ocorrendo e definir o momento correto da aplicação do defensivo
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
5° passo - Avaliação populacional (amostragem)
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
5° passo - Avaliação populacional (amostragem)
Amostragem de pragas

Pessoal Mecânicos

Contagem direta
Com aparelhos
Sensoriamento remoto
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
Amostragem de pragas
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
Pessoal - Técnicas de amostragem de pragas
Pano de batida-amostragem percevejos-soja
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
Pessoal - Técnicas de amostragem de pragas
amostragem de ácaros

Amostragem com Aparelhos


2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
Amostragem com Aparelhos
amostragem de mariposas com hábito noturno
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
Amostragem com Aparelhos
Tubo mata bicudo Armadilha Pitfall
Captura de bicudo do algodoeiro Captura de Migdolus sp.
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
Amostragem com Aparelhos
Contém feromônio de atração sexual e um piso adesivo para a captura dos insetos

Armadilha delta Armadilha Mcphail


Cartela amarela
Captura de mariposas Captura de moscas-das-frutas
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
2- IMPLEMENTAÇÃO DO MIP
6° passo - Avaliação do(s) método(s) mais adequado(s) para
incorporar num programa de manejo
Exemplo - MIP na Soja
1) Controle químico “cego” – calendários;

2) Controle químico orientado – orientação técnica oficial (Emater, CATI, etc...);

3) Controle específico – níveis de controle, inseticidas seletivos;

4) MIP – controle específico + integração de métodos biológicos e biotécnicos e outros


métodos de boa prática agrícola;

5) PI – observação, integração e exploração de todos os fatores no agroecossistema, de


acordo com princípios ecológicos.
Exemplo - MIP na Soja
Reduziu em
50% o uso de
inseticidas
Exemplo - MIP na Soja
Reduziu em 50% o uso de inseticidas
Exemplo - MIP na Soja
Redução do número de aplicações de inseticidas
aplicações de inseticidas

aplicações de inseticidas

Redução de custos superior a 3


bilhões de dólares e de milhões
de litros de inseticidas

+ 40% dos produtores de soja usam o MIP


Exemplo - MIP no milho
Problemas no uso do MIP

✓ Monitoramento (difícil na prática);

✓ Previsão de pragas e doenças (nem sempre existem modelos práticos);

✓ NC estático para insetos e difícil para doenças e plantas daninhas;

✓ Treinamento para conhecimento de aspectos ecológicos e desafios do MIP.


Sustentação do Manejo Integrado de Pragas (MIP)

1) Pesquisa – informações básicas da tecnologia

2) Extensão – campos de demonstração – difusão do pacote tecnológico

3) Indústrias de agroquímicos – ainda produtos de alta toxicidade (“velhos”)

4) Resistência de insetos – não há a preocupação de rotação de princípios ativos.

5) Agricultores (usuários) – credibilidade (baixo nível de conhecimento sobre MIP)


Desafios no uso Manejo Integrado de Pragas (MIP)

1. Influência e pressão de multinacionais;


2. Pesquisa insuficiente;
3. Baixo custo e alta eficiência dos agroquímicos;
4. Serviço de extensão deficiente;
5. Nível de formação do agricultor;
6. Produtor é conservador e avesso a riscos;
7. Complexidade do MIP;
8. “Falta de conversa” entre cientista (pesquisador) e produtor (os dados
propostos pelo pesquisador nem sempre são viáveis de serem aplicados no
campo) .
Desafios no uso Manejo Integrado de Pragas (MIP)
NO BRASIL

1. Biodiversidade;

2. Clima tropical (ciclos biológicos mais curtos);

3. Sucessão de gerações (sem interrupção, sem diapausa);

4. Modelo agrícola (áreas extensas) Novas fronteiras.


Desafios no uso Manejo Integrado de Pragas (MIP)
NO BRASIL

1. Expansão de áreas de plantio soja (espécies de percevejos);

2. café (aumento do número de pragas);

3. algodão (pragas que ocorriam no final passaram a ocorrer no início –


curuquerê, por exemplo);
Neste cenário...

Manejo Integrado de Pragas (MIP)

é difícil, porém necessário e viável, por meio de uma


perfeita interação cientista / agricultor / cientista e
uma grande interação de pesquisadores das diferentes
áreas
A Produção Integrada de Frutas (PIF), apresenta-se como alternativa para produção de
frutas de qualidade, com a utilização de técnicas e práticas de forma integrada, com ênfase
na redução de agroquímicos, priorizando métodos biológicos, culturais e físicos no controle
de pragas e doenças
6 – Referências Bibliográficas

AGROLINK - <https://www.agrolink.com.br/culturas/problema/traca_1910.html>
CABI - <http://www.cabi.org/isc/datasheet/50238>

PLANTWISE - <http://www.plantwise.org/KnowledgeBank/Datasheet.aspx?dsid=50238>

IRAC - < http://www.irac-br.org/

https://www.periódicos.capes.gov.b r / www.scielo.org.com / www.sciencedirect.com


PARRA, J.P.; BOTELHO, P.S.M.; CORREA-FERREIRA, B.S.; BENTO, J.M.S. Controle Biológico no Brasil:
Parasitoides e predadores. São Paulo: Manole. 2002.635p.

LORINI, I. Manejo Integrado de Pragas de Grãos de Cereais Armazenados. Passo Fundo: Embrapa
Trigo, 2008. 72p

GALLO, D.; NAKANO, O.; SILVEIRA NETO, S.; CARVALHO, R. P. L.; BAPTISTA, G. S.; BERTI FILHO, E.;
PARRA, J. R. P.; ZUCHI, R. A.; ALVES, S. B.; VENDRAMIM, J. D.; MARCHINI, L. C.; LOPES, J. R. S. e
OMOTO, C. Entomologia agrícola. Piracicaba – FEALQ, p. 2002. 920p.
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OBRIGADO PELA ATENÇÃO

Email: elania_19@hotmail.com

(084) 99429-2299
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