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CULTURA DO MILHO

Profª MsC. Alessandra Felix


DERIVADOS DO MILHO
NA INDÚSTRIA DE BENEFICIAMENTO DE
GRAOS E CEREAIS
1. INTRODUÇÃO

1.1 – Histórico e Importância

Possíveis locais de origem:

-- Paraguai até a Colômbia

-- Guatemala e México
INTRODUÇÃO

A Fitotecnia trabalha para o desenvolvimento e aprimoramento dos sistemas de


produção das culturas. Podemos dividi-las em:

 Culturas Anuais; Soja, o feijão, o milho, o trigo, o arroz.

Café, uva, frutíferas em geral, mamão, algodão,


 Culturas perenes; seringueira e etc

 Culturas semi-perenes: Cana-de-açúcar e mandioca.


MILHO
Vantagem nutricional

Maior digestibilidade dos grãos

Pode aumentar a produção de leite/carne


ou
Diminuir os gastos com milho
Milho macio (USA)

Milho úmido ensilado vs laminado a seco


Milho duro (BR)

Milho úmido ensilado vs moído fino


 Tipo de híbrido

Milho macio Milho duro


Milho macio

Endosperma farináceo

Endosperma vítreo

Germe
Milho macio

Fonte: P, Hoffman
Milho duro

Endosperma farináceo

Endosperma vítreo

Germe
Milho duro

Fonte: P, Hoffman
1.2 - Aspectos gerais da cultura

- DECADA DE 70 - família brasileira gastava 46% da renda


mensal com alimentação e hoje apenas 12%;

- Nesse período a área cresceu 46% e a produção 268%;

- Já existem cooperativas no Brasil onde a média é de 11 t/ha


e produtores obtendo até 16 t/ha;

- O Brasil possui o maior “estoque” de terras cultiváveis entre os


países do mundo;
FONTE: Congresso Brasileiro de Milho e Sorgo (2010).
A EVOLUÇÃO DO MILHO
PRODUTOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DO MILHO (MOAGEM
ÚMIDA)
Linhas de produtos Principais aplicações
Balas duras, balas mastigáveis, gomas de mascar, doces
em pasta, carnes processadas, frutas processadas,
Xaropes de glicose sorvetes, produtos farmacêuticos e polimento de arroz.

Xarope de glicose com


Cervejas.
altos teores de maltose

Aromas e essências, sopas desidratadas, pós para sorvetes,


Malto dextrinas complexos vitamínicos e produtos achocolatados.

Biscoitos, melhoradores de farinha, pães, pós para


Amido de milho regular
pudins, fermento em pó, macarrão e produtos
alimentício
farmacêuticos.

Papel, papelão ondulado, adesivos, briquetes de carvão,


Amido de milho regular
engomagem de tecidos e beneficiamento de minérios.
industrial
PRODUTOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DO MILHO (MOAGEM ÚMIDA)

Linhas de produtos Principais aplicações

Corante caramelo Refrigerantes, cervejas, bebidas alcoólicas e molhos.

Amidos modificados
Balas de goma.
alimentícios
Papel, papelão ondulado, fitas gomadas
Amidos modificados
e engomagem de fios têxteis.
Adesivos, tubos e tubetes, barricas de fibra, lixas,
abrasivos, sacos de papel multifoliados, estampagem de
Dextrinas de milho tecidos, cartonagem e beneficiamento de minérios.

Sacos, tubos e tubetes, fechamento de caixas de


Adesivos vegetais papelão, rotulagem de garrafas, rotulagem de latas,
colagens em papel, madeiras e tecidos.
Rações balanceadas para bovinos, aves suínos e cães.
Ingredientes protéicos

Fonte: AYALA OSUÑA & MORO (1995)


CONSUMO INDUSTRIAL DOS PRODUTOS OBTIDOS PELA MOAGEM SECA

Destino %
Cervejaria 9,5
Salgadinhos 5,7
Mineração 2,2
Empacotados 28,5
Pré-cozidos 20,3
Canjicão 2,2
Corn flakes 1,4
Massas e biscoitos 2,2
Gérmen 25,0
Quebra 3,0
Fonte: AYALA OSUÑA & MORO (1995)
Fonte: Andrade (2010).
Fonte: Andrade (2010).
Fonte: Andrade (2010).
Fonte: Andrade (2010).
Milho – Estados Unidos
UTILIZAÇÃO DO MILHO NOS EUA, SAFRA 2017 . PRODUÇÃO
IMPORTÂNCIA DE 363 MILHÕES DE TONELADAS

Álcool
Brasil – 28.7 bilhões de L (cana);
USA – 240 bilhões L/ano (milho). Fonte: USDA. ERS Feed Outlook , Dec. 14, 2017.
Primeira usina de etanol de milho do Brasil
IMPORTÂNCIA
Primeira usina de etanol de milho do Brasil

• Lucas do Rio Verde-MT;


• Inaugurada em agosto/2017;
IMPORTÂNCIA

• 600 mil t de milho por ano;


• 240 milhões de litros de álcool;
• 180 mil t de farelo;
• 6 mil t de óleo;
• Previsão de mais 29 usinas em MT;
Milho para etanol: Produto e sub-produtos

• 1 tonelada de milho

– 390 litros de álcool – 71% das receitas das


usinas

– 283 kg de DDGS (dried distillers grains


whith solubles) – 25% das receitas das
usinas

– CO2 – 3% das receitas da usina


Dried Distillers Grains Whith Solubles (DDGS)
Comparação DDGS e Farelo de soja (%)

Fatores Farelo de soja DDGS

Proteína Bruta 46 30

Gordura 4 11

Fósforo - 0,8

Fibra 8 40

Fonte: Andrade (2013).


EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL
(MILHÕES DE t)
SITUAÇÃO MUNDIAL E NACIONAL
PRODUÇÃO MUNDIAL (MILHÕES DE t)

2009/10 785,0
2010/11 820,6
SITUAÇÃO MUNDIAL E NACIONAL

2011/12 865,0
2012/13 858,8
2013/14 991,0
2014/15 1.008,5
2015/16 961,1
2016/17 1.047,6
2017/18 1.089,8
2018/19 1.046,5

Consumo 2017/18 1.069,1


Consumo 2018/19 1.090,0

Fonte: Dados do USDA (adaptado por Farmnews)


PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES (milhões de
t)
Países 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/1
SITUAÇÃO MUNDIAL E NACIONAL

9
USA 361,1 345,5 384,8 371,0 371,5
China 215,5 224,6 219,6 259,1 256,0
Brasil 85,0 67,0 98,5 82,0* 94,5**
União 75,8 58,5 61,1 62,1 60,4
Européia
Demais 271,0 265,5 311,4 302,1 317,5
Fonte: USDA, 8o levantamento da safra 2018/19 - Dezembro/18.
* - 80,8; ** - 91,2 (CONAB 2019).
SITUAÇÃO MUNDIAL E NACIONAL
MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS DE MILHO 2018/19
PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES (milhões de t)

Países 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19


SITUAÇÃO MUNDIAL E NACIONAL

USA 47,4 48,2 56,5 61,9 62,2


Brasil 32,5 18,8 28,0 22,0 29,0
Argentina 17,5 16,0 25,0 23,0 28,0
Demais 20,8 16,5 20,6 21,4 19,2
Ucrânia 19,7 15,5 18,0 18,5 28,0
Mundo 137,8 121,1 148,1 146,8 166,5
Fonte: USDA, 8o levantamento da safra 2018/19 - Dezembro/18
CONSUMO MUNDIAL (milhões de
t)
Países 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19
SITUAÇÃO MUNDIAL E NACIONAL

USA 301,9 298,9 314,0 313,8 319,6


China 202,0 217,5 227,0 263,0 276,0
UE 78,0 73,2 73,6 76,5 83,0
Brasil 57,0 57,0 58,5 64,5 66,5
Demais 322,1 332,6 353,9 370,2 386,3
TOTAL 961,0 979,2 1.039,0 1.88,0 1.131,3
Fonte: USDA, 8o levantamento da safra 2018/19 - Dezembro/18
Milho na China
Fonte: Andrade (2012).
Milho na China Fonte: Andrade (2012).
Milho na China Fonte: Andrade (2012).
PRODUTORES DE MILHO NO BRASIL

BAIXA TECNOLOGIA

- Descapitalizados;

- Utilizam solo de média / baixa fertilidade;

- Não utilizam adubação;

- Não fazem adubação de cobertura;

- Não fazem controle de pragas;

- Costumam utilizar semente de “paiol”.


Fonte: Andrade (2010).
Fonte: Andrade (2012).
Consórcio Milho x Café x soja na Bahia

Fonte: Gazotto (2011).


Consórcio Milho x Café x soja na Bahia

Fonte: Gazotto (2011).


Consórcio Milho x Café x Soja na Bahia

Fonte: Gazotto (2011).


MÉDIA TECNOLOGIA

- Utilizam solos mais férteis;

- Fazem correção da acidez;

- Fazem adubação de reposição;

- Utilizam adubação em cobertura;

- Realizam algum controle de pragas;

- Costumam comprar semente todo ano.


ALTA TECNOLOGIA

- Preparam o solo corretamente;

- Utilizam outros sistemas de cultivo;

- Ocupam solos muito férteis;

- Fazem correção e reposição de fertilidade;

- Realizam coberturas com altas doses de N;

- Controlam bem pragas e plantas daninhas;

- Alguns utilizam irrigação.


Fonte: Andrade (2012).
Soja x Milho 2ª Safra no Mato Grosso Fonte: Andrade (2012).
Sistema Santa Fé Fonte: Andrade (2012).
Sistema Santa Fé Fonte: Andrade (2012).
Sistema Santa Fé Fonte: Andrade (2012).
Sistema Santa Brígida

Milho x Crotalaria juncea

Semeadura simultânea

38 DAE

C. spectabilis

Fonte: Arf et al. (2010)

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