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Beira
2022
ii
Dedicatória
Dedico este trabalho ao meu pai Jota Tivana (em memória) que em vida dera mi um grande
ensinamento como fruto do que hoje sou, e mesma dedicatória vai para a minha mãe Rosa
Zacarias Tivana por ser esta mãe amiga e sempre presente em todos momentos da minha vida.
iii
Agradecimentos
Agradecer em primeiro lugar a Deus, pela força e por ter iluminado o meu caminho durante
toda esta caminhada. Aos meus pais, por me terem dado a vida e desde cedo me ensinaram o
abc da vida, pelo amor, pelos conselhos, pelo incentivo, que sempre depositaram em mim. O
que seria de mim sem vos!
Agradecer ao meu docente e supervisor Dr. António Cardoso, pelos seus ensinamentos, pela
disposição, pelo carinho, empenho, pela confiança, e pelo seu apoio incondicional para a
realização deste trabalho.
Agradeço a minha família, em especial aos meus irmãos pelo carinho e apoio que sempre me
deram: Isabel e Mourão. Não tenho palavras que expressem o meu apreço e amor que tenho
por vós.
Aos meus amigos, que durante esta caminhada me apoiaram, Nelma Passe, Miguel Tamera,
Lopes, Maria Inês, Furquia, Selemane, Américo.
A ti João Rodrigues pelo amor, pelo companheirismo e sobretudo pelo apoio nos momentos
difíceis da minha trajectória, o meu muitíssimo obrigado.
E, a todos que directa e indirectamente contribuíram para a realização deste trabalho vai o
meu muito obrigada.
iv
Lista de figuras
Figura 1: Croquis experimental ............................................................................................................... 8
Figura 3: Disposição dos tratamentos nas bandejas .............................................................................. xix
Figura 4: processo da sementeira ........................................................................................................... xx
Figura 5: plântulas germinadas após 5 dias ............................................................................................ xx
Figura 6: plântulas germinadas após 14 dias ......................................................................................... xxi
Figura 7: plântulas em fase de transplante ............................................................................................ xxi
v
Lista de Tabelas
Tabela 1: Ilustração dos tratamentos do experimento ............................................................................. 7
Tabela 2: Recomendação de adubação mineral da cultura para produção de alface (kg por hectare) .. 15
Tabela 3: Extracção de macro e micro nutrientes pela hortaliça alface ................................................ 15
Tabela 4:Principais Doenças e Pragas da Cultura da Alface................................................................. 24
Tabela 5: Altura da planta ..................................................................................................................... xiii
Tabela 6: Número de folhas/planta ....................................................................................................... xiv
Tabela 4: Índice de velocidade de germinação ..................................................................................... xvi
Tabela 5: Estabilidade do torrão.......................................................................................................... xviii
vi
Lista de gráficos
Gráfico 1: Altura da planta .................................................................................................................... 26
Gráfico 2: Número de folhas/planta ...................................................................................................... 28
Gráfico 3: Índice velocidade de germinação ......................................................................................... 29
Gráfico 4: Estabilidade de torrão .......................................................................................................... 31
vii
Fe – Ferro
N – Nitrogênio
P – Fósforo
S – Enxofre
VG – Velocidade de Germinação
VE – Velocidade de Emergência
AP – Altura da planta
ET – Estabilidade do Torrão
G – Germinação
Kg – Quilogramas
ha – hectares
PH – Potencial de Hidrogénio
viii
Resumo
Ana Teresa Tivana, “Influência de diferentes substratos na germinação de sementes de
Alface (Lactuca sativa l.) em bandejas de polietileno em condições edafo-climáticos do
distrito da Beira”, Faculdade de Ciências Agrárias-FCA, Universidade Licungo.
Abstract
Ana Teresa Tivana, "Influence of different substrates on the germination of lettuce seeds
(Lactuca sativa l.) in polyethylene trays under edafo-climatic conditions of beira district ",
Faculty of Agrarian Sciences-FCA, Licungo University.
This study was conducted to evaluate the effect of different organic substrates on
germination and initial development of lettuce (Lactuca sativa L.) var. Great Lakes-659 in
edafo-climatic conditions of the Beira district. The design used in this experiment was
Completely Randomized Blocks (DBCC), with four treatments (T1: without substrate –
control, T2: bovine manure, T3: chicken bed and T4: castor seeds) and four replications
totaling 16 plots. The normal distribution of the data in each variable was submitted to
variance analysis by the Statistical Package SISVAR, to observe the existence or not of
differences between the means of the variables analyzed, which were: Plant height, Number
of leaves per plant, Germination speed index and buck stability. The results obtained at the
end of the experiment showed that the T3 and T4 treatment provided more satisfactory
results in all variables studied when compared to treatments T1 and T2. In the stability of the
lump that has a great influence on the development of the seedling in the definitive field
where t4 presented with a mean of 3.8 approaching the evaluation score 4 where the lump
remains in more than 90% cohesive and fixed and root, unlike t2 which is widely used in this
region in which it maintained with an average of evaluation 2 where the lump does not
remain cohesive. Other than germination speed, T3 and T4 had better averages with 6.7 and
7.0, respectively, indicating an early germination than the other treatments. Having said that,
it is recommended to use other alternative sources for substrates and fertilizers in the
cultivation of lettuce other vegetables in this region, specifically castor seeds that are in
abundance, because they present superior results to bovine manure substrates.
Índice
Dedicatória .............................................................................................................................................. ii
Agradecimentos....................................................................................................................................... iii
Lista de figuras ....................................................................................................................................... iv
Lista de Tabelas....................................................................................................................................... v
Lista de gráficos ..................................................................................................................................... vi
Lista de Abreviaturas e Siglas ............................................................................................................... vii
Resumo .................................................................................................................................................. viii
Abstract ................................................................................................................................................... ix
CAPITULO I: INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
1.1. Justificativa....................................................................................................................................... 2
1.2. Problema de estudo .......................................................................................................................... 3
1.3. Hipóteses .......................................................................................................................................... 4
1.4. Objectivos......................................................................................................................................... 4
1.4.1. Geral... ........................................................................................................................................... 4
1.4.2. Específicos .................................................................................................................................... 4
1.5. Delimitação do tema......................................................................................................................... 5
1.5.1. Caracterização da área de estudo................................................................................................... 5
1.6. Enquadramento do tema ................................................................................................................... 5
1.7. Metodologia do trabalho .................................................................................................................. 5
1.7.1. Método Bibliográfico .................................................................................................................... 5
1.7.2. Análise experimental ..................................................................................................................... 5
1.7.3. Técnica de Observação directa ...................................................................................................... 6
1.7.4. Método de abordagem ................................................................................................................... 6
1.8. Métodos de Amostragem e Colecta de Dados .................................................................................. 6
1.9. Materiais ........................................................................................................................................... 6
1.10. Delineamento experimental ............................................................................................................ 7
1.11. Descrição dos tratamentos .............................................................................................................. 7
1.12. Escolha e discrição da variedade .................................................................................................... 8
1.13. Instalação do viveiro ...................................................................................................................... 8
1.14. Preparação do solo ......................................................................................................................... 8
1.15. Rega................................................................................................................................................ 9
1.16. Parâmetros avaliados ...................................................................................................................... 9
1.17. Pacote estatístico .......................................................................................................................... 10
xi
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
A Alface (Lactuca sativa L.) é uma planta da família Asteraceae, originária da região de clima
temperado, entre o sul da Europa e a Ásia Ocidental. É uma planta herbácea que possui um
pequeno caule a partir do qual as folhas tenras crescem ao redor. Essas folhas são a parte
comestível da planta e podem ter coloração verde (variando de claro a escuro) ou roxa, assim
como podem ser lisas ou crespas e formar ou não cabeça, (MALIA 2015). Nas últimas
décadas, diversas técnicas foram incorporadas ao cultivo de hortaliças. Dessas técnicas,
destaca-se o uso de substratos feitos a base de materiais orgânicos que é a prática pela qual se
aplica, ao solo, material orgânico como estrume de animais ou sementes plantas com
propriedades de fertilizantes (SOUZA & RESENDE, 2003).
Encontrar todas essas características num único material é praticamente impossível. Assim, é
necessária a mistura de vários materiais para conseguir um substrato próximo do ideal. Esses
componentes podem ter diversas origens: animal (esterco e húmus), vegetal (tortas, bagaços e
serragem), mineral (vermiculita, perlita e areia) e artificial (espuma fenólica e isopor). Dessa
forma, o presente trabalho objectivou avaliar o desempenho de diferentes tipos de substratos
na germinação e desenvolvimento de mudas de alface (Lactuca sativa L).
1.1. Justificativa
A autora tem como justificativa da escolha do tema pela experiência obtida nas aulas práticas
durante o curso. O emprego de um substrato adequado é de grande relevância para o
desenvolvimento inicial das hortícolas, pois podem interferir de diversas formas no número e
comprimento das raízes e folhas.
Com o uso da técnica de produção com base em substratos, procura se trazer uma mudança
significativa na cadeia produtiva nestas zonas, visto que os produtores ao aplicar estes
substratos na produção de mudas em bandejas terão mudas com bom vigor, resistentes no
campo definitivo, além de que as mudas levadas ao campo definitivo já se mostram capazes
de desenvolver sem causar prejuízo nas perdas. A produção agrícola é altamente dependente
de muitos insumos e, nesse contexto, os substratos têm-se destacado devido à sua ampla
utilização na produção de mudas de hortícolas.
Segundo (MULLER 1991; REPKE et al. 2009) Apud NETO et al (2014), O sistema produtivo
da alface é afectado por vários factores ambientais. Dentre esses, destacam-se o fotoperíodo
longo, a alta incidência luminosa, empobrecimento dos solos, as altas temperaturas. A acção
conjunta desses factores pode causar danos fisiológicos às plantas, além de aumentar a
evaporação da água do solo e a diminuição da actividade radicular, causando,
consequentemente, perdas na produção. Em Moçambique, esses factores ambientais são
característicos durante grande parte do ano, podendo, com isso, limitar a produção de alface.
No entanto, vários são os mecanismos utilizados que buscam minimizar seus efeitos. O
número de pessoas que buscam uma alimentação mais saudável e equilibrada aumenta a cada
dia. É crescente a demanda por produtos mais saudáveis e ecologicamente correctos, e
3
As zonas baixas da cidade da Beira, são os principais locais onde há maior produção de
alface, sendo o maior fornecedor deste produto aos mercados da cidade. Portanto por esta
cultura ser bastante exigente na fase inicial de crescimento, os produtores destas zonas
enfrentam problemas em garantir a produção de alface, face as perdas que ocorrem nesta fase.
Um outro problema aliado a estas perdas está a fraca assistência técnica aos produtores destas
zonas, pois a autora verificou que os produtores olham para a aquisição de sementes
certificadas como a chave única para a obtenção de uma maior produção, facto que não chega
a se verificar no campo, afinal ainda assim ocorrem perdas desta cultura principalmente
ocasionadas pela falta de implementação de técnicas melhoradas no viveiro.
Portanto a pretensão de se obter alta produção pode não ser alcançada se não forem adotadas
todos os métodos e técnicas que garantem melhor desenvolvimento das plantas em todo seu
ciclo produtivo. O desenvolvimento e a aplicação de técnicas de cultivo para melhorar a
produtividade e a sustentabilidade agrícola tem como base o uso de substratos orgânicos para
a formação de mudas de diversas culturas, pois o mesmo é quem proporcionará as condições
adequadas de germinação e desenvolvimento inicial das mudas.
4
Até que ponto o uso de diferentes substratos orgânicos tem influência sobre o poder
germinativo de alface (Lactuca sativa L )?
1.3. Hipóteses
H0 (hipótese nula):
Presume se que os diferentes tipos de substratos não têm nenhum efeito significativo no
rendimento da cultura de alface.
H1 (hipótese alternativa):
1.4. Objectivos
1.4.1. Geral
Avaliar o efeito de diferentes tipos de substratos na germinação e crescimento inicial de
mudas da cultura de alface (Lactuca sativa L.) var, Great Lakes-659 cultivadas em bandejas
de polietileno em condições edafo-climáticos do distrito da Beira.
1.4.2. Específicos
Identificar o substrato que mais influencia na germinação da cultura de alface.
cujo objetivo principal é o teste de hipóteses que dizem respeito à relações de tipo causa-
efeito. Todos os estudos desse tipo utilizam métodos experimentais que incluem os seguintes
factores: grupos de controlo (além do experimental), seleção da amostra por técnica
probabilística e manipulação das variáveis independentes com a finalidade de controlar ao
máximo as variáveis pertinentes.
O objecto experimental deste trabalho foi a alface (Lactuca sativa), onde estudou-se a
germinação e crescimento inicial das mudas de alface (Lactuca sativa) quando utilizado os
substratos formulados a partir de material orgânico.
1.9. Materiais
Sementes da Cultura de Alface;
T1 T2 T2 T2
T3 T4 T4 T4
T2 T1 T3 T3
Legenda: T1: Controlo; T2: esterco
bovino; T3: cama de frango; T4:
T4 T3 T1 T1 sementes de ricino;
de permitir um bom maneio da cultura e boa capacidade de infiltração de água. Após esta
prática seguiu-se com a construção de suporte para as bandejas.
1.15. Rega
Após a sementeira, iniciou se com a rega, com o intuito de deixar o solo húmido e para
garantir o crescimento adequado das mudas. A cultura é altamente exigente em água,
portanto, as irrigações eram frequentes e abundantes. As regas devem ser diárias, porém sem
excesso de água (SEDIYAMA et al., 2007). Na rega era usado um regador de 10 litros, e era
feitas as regas duas vezes por dia.
Número de folhas/planta (NFPP): foi obtido pela contagem das folhas uma a uma num
universo de 25% da amostra, a razão de dez plantas por parcela escolhido aleatoriamente.
Estabilidade do torrão (ET): Para esta análise foi considerada a coesão do torrão ao retirar a
muda da célula da bandeja de poliestireno expandido. Foi realizada ao final do experimento,
avaliando-se 4 mudas por parcela. Foram atribuídas notas de 1 a 4, de acordo com a
permanência do torrão no recipiente (Gruszynski, 2002). A nota 1 corresponde ao substrato
com mais baixa estabilidade e a nota 4 àquele de melhor estabilidade, conforme descrito a
seguir:
Nota 1: Baixa estabilidade, acima de 50% do torrão fica retido no recipiente, e o torrão não
permanece coeso.
Nota 2: Entre 10% e 30% do torrão fica retido no recipiente, sendo que o torrão não
permanece coeso.
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Nota 4: Todo o torrão é destacado do recipiente e mais de 90% dele permanece coeso
TIPO ROMANA: apresentam folhas, alongadas, duras, com nervuras claras e protuberantes,
não formando cabeças imbricadas, mas fofas. Ex.: Romana Branca de Paris, Romana Balão e
Gallega de Inverno.
ALFACE DE FOLHAS LISAS: as folhas são lisas, mais ou menos delicadas, não formando
cabeça repolhuda, mas uma roseta de folhas. Ex.: Baba de verão, Monalisa AG-819, Regina
2000 e Lidia.
ALFACE DE FOLHAS CRESPA: as folhas são crespas, soltas, consistentes, não formando
cabeça repolhuda, mas com uma roseta de folhas. Ex.: Grand Rapids, Slow Bolting, Verónica,
vera, Vanessa, Brisa e Marisa AG-216 e Mariane;
VARIEDADE LISA OU REPOLHUDA MANTEIGA: apresenta cabeça com folhas tenrra,
lisas de cor verde clara e com aspecto oleoso. Ex. White Boston, Brasil 48, Brasil 303,
Carolina AG-576, Elisa, Aurélia, Floresta, Gloria e Vivi;
REPOLHUDA CRESPA OU ALFACE AMERICANA (Crisphead lettuce): apresenta cabeça
com folhas crespa, folhas com nervura salientes e imbricadas, semelhantes ao repolho. Ex.:
Great Lakes, Mesa 659, Salina Taina, Iara, Medona AG-605, Lucy Brown, Lorca, Legacy,
Laurel, Raider e Seminis, e apresenta um ciclo de 75 dias a partir da sementeira, sendo 48 a
58 dias a partir do transplante. O tamanho da planta e médio e grande, com massa media
variando entre 700 a 1200 g. As folhas são duras e de coloração verde clara.
Possuem cabeça de tamanho médio a grande, com óptima compacidade, peso e uma boa
tolerância ao pendoamento precoce.
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A planta é anual florescendo sob dias longos e temperaturas elevadas. Dias curtos e
temperaturas amenas ou baixas favorecem a etapa vegetativa do ciclo, constatando-se que
todas as variedades produzem melhor sob tais condições(FILGUEIRA, 2002).Quando
apresenta estádio vegetativo avançado, a cabeça ou as folhas centrais se abrem e surge um
talo cilíndrico e ramificado com folhas e flores amarelas em cachos,(CARVALHO 2013)
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2.5.1. Sementeira
O canteiro (sementeira) para a produção de mudas é constituído de 1 parte de terra de
barranco e 1 parte de composto orgânico. A sementeira é feita na profundidade de, no
máximo, 0,5 cm. Posteriormente ao plantio, é feita a cobertura com capim seco, para o solo
não ficar compactado com a irrigação e atrapalhar a germinação das sementes. Depois de 5 a
7 dias, tempo necessário para a germinação, a cobertura de capim é retirada. As mudas estão
prontas para o transplante quando tiverem com 4 a 6folhas definitivas, (CARVALHO, 2011).
Para o plantio de hortas caseiras este sistema de produção de mudas pode ser utilizado. Mas,
no caso de sistemas de cultivo comercial, recomenda-se que as mudas sejam produzidas em
bandejas.
2.5.2. Bandejas
Neste método as mudas são produzidas em bandejas de isopor com o uso de substrato próprio.
Neste tipo de produção, é necessária a utilização de uma estufa (casa de vegetação), onde as
bandejas são colocadas, (CARVALHO, 2011).
2.6.1. Temperatura
Alface é bastante sensível a condições adversas de temperatura, produzindo melhor nas
épocas mais frias do ano (OLIVEIRA et al 2004). A faixa ideal de temperatura para o
crescimento da alface deve ser de 18 a 23ºC, com humidade relativa do ar entre 60 e 75%
(GOTO; TIVELLI, 1998) apud (Cavalheiro 2015).
Conforme WHITAKER & RYDER (1974) apud RESENDE (2008), diz que a temperatura é o
factor ambiental que mais influencia na formação da cabeça pois está relacionada com o
florescimento. De acordo com SANDERS (1999), a alface americana se adaptada às
condições de temperatura amena, tendo como óptima a faixa entre 15,5 e18,3ºC. Entre 21,1 e
26,6ºC, a planta floresce e produz sementes. No entanto, pode tolerar alguns dias com
temperaturas de 26,6 a 29,4ºC, desde que as temperaturas nocturnas sejam baixas.
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2.6.2. Luminosidade
Alface precisa de boa luminosidade, preferencialmente com luz solar directa, mas é tolerante
a sombra parcial. Assim em regiões de clima quente a alface pode se beneficiar-se plantada de
forma a receber sombra parcial durante as horas mais quentes do dia. Quando se conduz a
cultura dentro de uma variação óptica de luminosidade com outros factores favoráveis, a
fotossíntese é elevada, a respiração é normal e a quantidade de matéria seca acumulada é alta
(KLEEMANN, 2004).
2.6.3. Humidade
A humidade relativa mais adequada ao bom desenvolvimento da alface vária de60 a 80%, mas
em determinadas fases do seu ciclo apresenta melhor desempenho com valores inferiores a
60%. Humidade muito elevada favorece a ocorrência de doenças, facto que constitui um dos
problemas da cultura produzida em estufa plástica (RAIDIN et al 2004)
2.6.4. Solo
O local de transplante deve ter solo leve, bem arejado e bem drenado. Fazer um bom prepara
do terreno para facilitar a construção de canteiros bem destorroados. A incorporação dos
fertilizantes deve ser feita com pouca profundidade, pois o sistema radicular da alface é
superficial e ramificado. Da mesma forma, não há necessidade de aração profunda. Em
terrenos com declividade superior a 5%, adoptar práticas de conservação do solo,
principalmente a construção de canteiros, seguindo as curvas em nível, (CARVALHO et al
2011).
A alface, embora apresente um ciclo relativamente curto (2 a 3 meses), consome uma grande
quantidade de adubo. E é extremamente crítico cumprir o requerimento nutricional da planta
em período tão curto de tempo. Assim sendo, é importante que se tome a decisão da
quantidade e do tipo de adubo a ser utilizado, amparado numa análise de solo. As plantas de
alface têm sistema radicular muito sensível e superficial, que requer adequada adubação de
solo, para a obtenção de alta produtividade, (YURI 2016).
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P20 K20 N
50-350 50-100 50
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
O aproveitamento de resíduos naturais seja eles de origem animal ou vegetal, para a produção
de substratos orgânicos, vêm se tornando uma prática agroecológica de grande relevância. A
simplicidade e facilidade de se obter os resíduos faz com que os produtores os utilizem na
produção e desenvolvimento de hortaliças.
De acordo com FILGUEIRA (2000) para ser considerado um bom substrato o mesmo não
deve conter solo, por causa da presença de fitopatógenos, sementes de plantas espontâneas e
além disso o substrato com a presença de solo dificulta a retirada da muda com torrão durante
o transplantio. Os substratos para serem apropriados para o crescimento das raízes e parte
aérea precisam apresentar características físicas, químicas e biológicas apropriadas
(SETUBAL; AFONSO NETO, 2000).
As sementes germinam através de influência do substrato, devido aos fatores como estrutura,
aeração, retenção de água, infestação por patógenos, entre outros, variando de acordo com o
material utilizado, prejudicando ou favorecendo o processo fisiológico durante a germinação.
É considerado ideal o substrato que tenha uma fácil disponibilidade de aquisição e transporte,
ausência de plantas espontâneas e patógenos, alta riqueza de nutrientes, pH adequado, boa
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estrutura e textura (SILVA et al., 2001), mantendo assim uma boa proporção da
disponibilidade de aeração e água.
2.9.2. Vermiculita
A vermiculita é um mineral na forma de mica, que se expande quando aquecida a
temperaturas acima de 1000 °C, resultando em um material leve, macio e estéril, com uma
quantidade interessante de magnésio e potássio, pH em água ≥ 6,5, capacidade de troca
catiônica (109 mmolc dm-3) e 160 Kg.m-3de densidade (KRATZ, 2015).
Ela pode ser encontrada em diferentes tipos granulométricos (extrafina, fina, média e grossa),
sendo considerada um bom agente de melhoria das condições físicas e também químicas
(DUTRA et al., 2017). A expansão através do processo térmico forma espaços vazios que
aumentam a capacidade de absorção para quatro a cinco vezes o seu próprio peso em água
(LUZ, 2004)
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2.9.3. Serragem
O crescimento do setor florestal brasileiro teve como consequência a geração de um grande
volume de subprodutos, dentre os quais se destaca a serragem gerada pela indústria
madeireira (DUTRA et al, 2017). A serragem, mesmo sendo utilizada como fonte energética e
também na fabricação do MDF, não é totalmente aproveitada devido à grande quantidade
gerada nos processos de serraria. Sua queima é uma prática comum, trazendo o problema da
emissão de gases tóxicos na atmosfera, agravando o problema ambiental (MASSAD et al.,
2015).
Muitos estudos vêm utilizando esse resíduo na formulação de substratos alternativos para
produção de mudas, isoladamente ou misturado a outros materiais, como: cama de frango,
casca de arroz carbonizada e casca de café decomposta (MARCON, 2017). Esta alternativa
tem se mostrado viável, pois é capaz de melhorar a estrutura física do substrato, como o
aumento da aeração e a diminuição da densidade (DUTRA et al., 2017).
A torta de mamona, por ser um material com elevado teor de N, pode ser usado como fonte de
N no processo de compostagem, substituindo os estercos de origem animais comumente
utilizados. Leal et al. (2013) produziram adubos orgânicos estabilizados e com elevados
teores de N por meio da compostagem da mistura de capim-elefante com torta de mamona,
sem a necessidade de se utilizar qualquer inoculante ou aditivo.
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Sendo assim, para que a produção agrícola seja eficiente, torna-se necessário o conhecimento
das propriedades físicas do substrato, como densidade, porosidade e capacidade de retenção
de água, entre outras, para que se possa realizar um manejo mais adequado, adaptando as
condições do meio às limitações e aos aspectos positivos do substrato.
2.10.2.1. Densidade
É a relação entre a massa e o volume do substrato expressa em quilograma por metro cúbico
(Kg/m3). Altas densidades dificultam o cultivo em recipientes, seja por limitações no
crescimento das plantas (substratos muito densos prejudicam a aeração, a distribuição de água
e o crescimento das raízes) ou pela dificuldade no transporte dos vasos ou bandejas (MILANI,
2012).
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Não é desejável que substratos agrícolas apresentem densidades muito baixas ou muito altas.
A densidade baixa pode acarretar o tombamento de recipientes, além de conferir pouco
contato entre a semente ou a raiz da planta com o meio, o que dificulta a fixação e o
desenvolvimento do sistema radicular. Já densidades muito elevadas prejudicam a penetração
e o desenvolvimento do sistema radicular e reduzem o espaço poroso e o volume de poros
ocupados por ar (KLEIN et al., 2000). De acordo com Fermino (2003), de maneira geral,
considera-se como referência de valores entre 400 e 500 Kg/m3 de densidade seca.
2.10.2.2. Porosidade
A porosidade total é definida como a diferença entre o volume total e o volume de sólidos de
uma amostra. É uma característica que tende a sofrer modificações ao longo do cultivo pela
acomodação das partículas. O valor de 85% (0,85 m3. m-3) para a porosidade total tornou-se
referencial (De BOODT e VERDONCK, 1972 apud FERMINO, 2003) e está diretamente
relacionado com a estrutura do substrato, influenciando, principalmente, a aeração e a
retenção de água (MILANI, 2012).
A eficiência das trocas gasosas está diretamente ligada à porosidade de um substrato, o qual
deve apresentar sua porosidade dentro de um nível aceitável, para que ocorra, de forma
satisfatória, a oxigenação do sistema radicular e para que haja atividade dos microrganismos
no meio (CONCEIÇÃO, 2013).
Firmino (2003) descreve sobre a importância do espaço poroso total, destacando que o
tamanho e a forma dos poros são ainda mais importantes. Além disso, o volume de água e ar
presente no substrato também é de grande relevância, sendo que a relação água/ar é
determinada pelo tamanho e pela forma destes poros e de como eles se interligam.
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Uma maior proporção de partículas grossas em relação a partículas finas favorece um maior
espaço de aeração, enquanto uma menor proporção facilita a retenção de água, podendo
acarretar falta de oxigenação para as plantas (CONCEIÇÃO, 2013).
A porosidade ideal de um substrato deve estar acima de 85%; o espaço de aeração, entre 10 e
30%; e o teor de água, facilmente disponível de 20 a 30% (CARRIJO; LIZ; MAKISHIMA,
2002 e MILANI, 2012).
substrato de cultivo, seja para elevá-lo ou para reduzi-lo, o que pode ser feito por meio de
calcário, fertilizantes ácidos ou básicos, enxofre elementar ou condicionadores específicos
(BOARO, 2013).
Mudas vigorosas contribuem para dar resistência contra os danos mecânicos no momento do
transplante, boa capacidade de adaptação ao novo ambiente, reduz o ciclo de produção e
aumenta a resistência a doenças (TRANI et al., 2004). As mudas podem ser obtidas com a
semeadura em bandejas multicelulares de poliesterino expandido e posterior transplante para
canteiro, quando estas apresentarem quatro folhas definitivas. Esta é a tecnologia que mais
tem sido usada pelos olerícultores no mundo (FILGUEIRA, 2012; MARQUES et al., 2003).
2.12.1. Sacha
Segundo CARVALHO et al (2011), durante o desenvolvimento das plantas, faz-se uma ou
duas sachas. Se o solo do canteiro estiver endurecido, realizar o afofamento ou a
escarificação. O uso de cobertura morta nos canteiros com bagaço de cana-de-açúcar ou o uso
de filmes plásticos é uma prática recomendável, porque, além de evitar as capinas, conserva a
humidade do solo e melhora a qualidade da alface.
boa aparência do produto, pode acumular-se como resíduos nas folhas e comprometer a saúde
do consumidor. Cerca de 75 doenças transmissíveis, ou seja, causadas por factores bióticos
como bactérias, fungos, nematóides e vírus, já foram relatadas em alface no mundo,
(EMBRAPA 1998). É importante que se considere que os sintomas de doenças podem variar
de acordo com a cultivar e com as condições climáticas locais, muitas vezes necessitando de
exames laboratoriais para complementara diagnose visual. Nesses casos, é necessário
consultar um especialista.
2.14. Colheita
A alface deve ser colhida fresca, com folhas tenras e atractivas. Por ser um vegetal altamente
perecível e frágil, necessita de ser manipulada com cuidado. O ponto de colheita depende da
variedade tipo de alface assim como da época do ano. Geralmente, no verão as plantas de
alface são maiores do que aquelas cultivadas em clima frio. Caso haja demora em se fazer a
colheita, ocorre alteração no sabor e na textura das alfaces, tornando-as mais amargas e mais
rígidas, (EMBRAPA 2014).
A colheita deve ser feita no momento em que as plantas apresentarem cabeças firmes, bem
formadas, folhas tenras e com tamanho normal dependendo da variedade. Geralmente isto
ocorre aos 60 a 90 dias após a sementeira. Fazer a colheita sempre nas horas mais frescas do
dia; cortar as raízes, eliminando as folhas velhas e danificadas. Lavar com água limpa,
retirando as impurezas. A produtividade média da cultura é de 90.000 cabeças ou 25.000 kg
por hectare ou a produtividade pode variar entre 20 e40 t/ha, (CARVALHO et al 2011).
26
3.1.Altura da Planta
Na análise comparativa das médias do parâmetro altura de planta o gráfico 1 mostrou existir
estatisticamente diferença significativa entre os tratamentos, sendo que o tratamento com
sementes de rícino teve maior valor com uma média de 8.885 cm e o tratamento testemunho
teve menor valor com 4.865 cm. Quanto a esta variável altura da planta, ela apresentou um
desenvolvimento lento na variedade nos primeiros dias ate que chegou a fase de formação das
folhas, isto nos tratamentos com cama de frango e sementes de rícino, factores que também
pode ter influenciado e pode ser um factor genético e ter feito que esses tratamentos não
apresentasse diferenças significativas.
Altura da planta
10
8
6
4
2
0
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
Em experimento com Alface crespa, Trani et all. (2004), igualmente observaram resultados
semelhantes ao avaliar substratos orgânicos para produção de mudas, observaram que a altura
das plantas era em média de 7,9 cm para substrato com cama de frango e 8,6 cm com
substratos comercial de Plantmax.
Gonçalves et all. (2013) ao avaliarem a altura média de plantas em seu trabalho, observaram
que o uso de composto orgânico apresentou melhor resultado para as mudas de alface (8,14
cm), valor semelhante ao encontrado neste estudo.
27
Aos 15 dias, mudas cultivadas em sementes de rícino atingiram altura superior a 5 cm,
mínima necessária para o transplante aos 20-25 dias. Após 10 dias, confirmou se a
interferência do substrato no número de folhas, tal que aos 20 dias este proporcionou maior
número de folhas (4 folhas) do que os demais substratos.
De acordo com Silva (1999), fazendo sua pesquisa com uso de substratos comerciais e
orgânicos a base de compostagem, constatou-se que os substratos orgânicos influenciaram
grandemente no desenvolvimento inicial das mudas, com alturas variando de 7,4 a 9,1 cm
após 15 dias da sementeira.
Por outro lado, Silva et all. (2017), ao avaliarem mudas de alface em diferentes substratos,
observaram que o substrato cama de frango proporcionou melhores resultados com altura em
torno de 13,2 cm após 15 dias de sementeira. O substrato deve apresentar características
físicas, químicas e biológicas apropriadas para que permita pleno crescimento das raízes e da
parte aérea (SETUBAL; AFONSO NETO, 2000). Hartmannet al. (1990) mencionam que os
principais efeitos dos substratos se manifestam sobre as raízes podendo influenciar o
crescimento da parte aérea.
Resultados similares foram encontrados por SANTOS et al., (2015), ao estudar a influência
do substrato Guano na produção da alface verónica, não observou diferença significativa para
as variáveis analisadas, onde em valores absolutos ele observou maior número de folhas em
tratamento em que o substrato foi a base de Guano com 5 folhas e o tratamento sem substrato
(testemunha) com menor número de folhas 3 por plantas.
Estes resultados são concordantes em parte com os encontrados por Brito (2000) que
observou que a cultivar Babá-de-verão, apesar de não diferir estatisticamente de 'Monalisa' e
28
'Elisa', produziu maior número de folhas por planta, em relação às demais cultivares
avaliadas.
Número de folhas/planta
5
0
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
De igual modo Trani et al. (2004), avaliando diversos substratos comerciais, dentre eles
Plantmax e Golden Mix, na produção de mudas de alface cultivar Vera, obtiveram
desenvolvimento superior em altura, área foliar e número de folhas das mudas quando usaram
substrato PLX. Estes autores e também Silveira et al. (2002) verificaram ainda que o substrato
GMIX possibilitou excelente emergência das plântulas, porém não se revelou um bom
substrato quanto ao desenvolvimento das plantas em altura, número de folhas e massas fresca
e seca, o que foi atribuído à nutrição, principalmente pela deficiência de nitrogênio, embora
tenham sido adotadas as recomendações de fertirrigação indicadas pelo fabricante.
Resultados obtidos não vão de acordo aos encontrados por CARVALHO et al. (2005) apud
SANTOS (2015) que observou diferença significativa entre o tratamento testemunha (sem
substrato) com os demais substratos que foram esterco caprino, guano, esterco de coelho e
29
20
15
10
0
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
Resultado semelhante foi observado por CARVALHO et al. (2005) que também não
verificaram diferença no IVG de Alface, variedade Regina 2000, cultivadas com substratos de
esterco bovino, guano e vermicomposto. Em estudo realizado por Silva et al. (2008) o índice
de velocidade de emergência (IVE), teve melhor resultado com o substrato composto por
areia + sementes de rícino, do que os outros tratamentos com esterco bovino e húmus de
minhoca, resultado semelhante ao encontrado neste experimento.
No entanto, para Giorgi (1992) a presença de matéria orgânica (esterco bovino e húmus de
minhoca) nos substratos avaliados, não contribuiu para aumentar o índice velocidade de
germinação (IVG) das plântulas, quando comparados com os substratos compostos por
materiais inertes, tal como a areia. Provavelmente, a estrutura física do substrato areia +
Plantmax®, contribuiu significativamente para que as plântulas tivessem condições de
emergirem mais rápido.
3.4.Estabilidade do Torrão
O T4 (sementes de rícino) foi o tratamento que apresentou maior estabilidade do torrão
(gráfico 4), ou seja, o substrato que proporcionou maior índice de escala de nota 3 (melhor
coesão raiz/substrato). Resultados semelhantes para coesão com este substrato na produção de
mudas de couve-folha foram encontrados por Schmidt et al. (2009), provavelmente devido às
características físicas e químicas do substrato serem mais equilibradas, do que os substratos
dos outros tratamentos.
31
Sendo que o T3 foi o segundo tratamento com melhor estabilidade de torrão. Provavelmente
este substrato também foi que propiciou as características físicas adequadas para maior
agregação e coesão das partículas.
Estabilidade do torrão
4
3.5
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
Observa-se, nos três tratamentos testados, que não houve diferença significativa entre os
substratos formulados com composto orgânico, mas estes apresentaram maior estabilidade
que o testemunho. Isso indica que o uso do composto na formulação de substratos beneficia a
estabilidade do torrão no ato da retirada das mudas, facilitando o processo de transplantio e o
“pegamento” das mudas, favorecendo a produção.
4.1. Conclusão
Nas condições em que as mudas foram desenvolvidas pode-se concluir que:
1 - É possível produzir mudas de qualidade de alface a partir das misturas de solo 50% e
sementes de rícino 50%, com resultados produtivos iguais ou superiores aos demais substratos
utilizados pelos agricultores.
3 – Os substratos formulados com sementes de rícino e cama de frango são capazes de nutrir
adequadamente as mudas de alface.
De forma geral, pôde-se verificar que os substratos com sementes de rícino (T4) e como cama
de frango (T3) apresentaram características físicas que os fizeram se destacar em relação aos
demais e mostrar resultados semelhantes aos substratos comerciais, frente às variáveis
relacionadas ao processo de germinação das mudas, demonstrando que essas misturas
apresentam potencial para serem usados na produção de mudas de alface.
4.2.Recomendações
Promover no seio dos produtores a prática do uso de substratos orgânicos, com matérias de
fácil disponibilidade em grandes quantidades com menores custos de aquisição tal como é o
caso das sementes de rícino.
Que realize mais estudos semelhantes para que sejam comprovados os benefícios do uso da
semente de rícino na adubação dos solos no desenvolvimento e no rendimento da cultura da
alface em cultivo a céu aberto.
33
4.3.Referências bibliográficas
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xiii
APÊNDICES
Altura da muda
Delineamento em Blocos Completamente Casualizado (Altura)
Blocos (n) T1 T2 T3 T4 Total Bloco Média Bloco
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de
significância de 5% ( F= 0.05)
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 43.992619 14.664206 186871.301 0.0000
BLOCOS 3 0.000169 0.000056 0.717 0.5664
erro 9 0.000706 0.000078
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 43.993494
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 0.12
Média geral: 7.3393750 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0,0195623264834479 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,00442922742197266
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
xiv
testemunha 4.865000 a1
esterco de bovino 6.790000 a2
esterco de galinha 8.817500 a3
semente de ricino 8.885000 a4
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV BLOCOS
--------------------------------------------------------------------------------
DMS: 0,0195623264834479 NMS: 0,05
--------------------------------------------------------------------------------
Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,00442922742197266
--------------------------------------------------------------------------------
Tratamentos Médias Resultados do teste
--------------------------------------------------------------------------------
4 7.335000 a1
2 7.337500 a1
1 7.342500 a1
3 7.342500 a1
--------------------------------------------------------------------------------
Número de folhas
Delineamento em Blocos Completamente Casualizado (Número de Folhas)
CV 7.42
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de
significância de 5% ( F= 0.05)
xv
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FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
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TRATAMENTO 3 1.701625 0.567208 6.342 0.0134
BLOCOS 3 1.224675 0.408225 4.565 0.0331
erro 9 0.804875 0.089431
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Total corrigido 15 3.731175
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CV (%) = 7.42
Média geral: 4.0312500 Número de observações: 16
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Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
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DMS: 0,660397607737893 NMS: 0,05
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Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,149524709960892
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Tratamentos Médias Resultados do teste
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testemunha 3.542500 a1
esterco de bovino 4.040000 a1 a2
cama de frango 4.082500 a1 a2
semente de ricino 4.460000 a2
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Teste Tukey para a FV BLOCOS
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DMS: 0,660397607737893 NMS: 0,05
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Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,149524709960892
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Tratamentos Médias Resultados do teste
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3 3.625000 a1
4 3.960000 a1 a2
2 4.165000 a1 a2
1 4.375000 a2
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FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
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TRATAMENTO 3 99.856225 33.285408 17.595 0.0004
BLOCOS 3 4.116225 1.372075 0.725 0.5620
erro 9 17.025325 1.891703
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Total corrigido 15 120.997775
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CV (%) = 6.56
Média geral: 20.9562500 Número de observações: 16
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Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
xvi
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DMS: 3,03730900564222 NMS: 0,05
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Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,687695931676526
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CV 6.56
xvii
Estabilidade do torrão
Delineamento em Blocos Completamente Causalizado (ET)
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Variável analisada:ET
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Tabela 17: ANOVA-ET TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
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FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
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TRATAMENTO 3 0.161850 0.053950 0.401 0.7555
BLOCOS 3 0.410050 0.136683 1.017 0.4296
erro 9 1.209600 0.134400
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Total corrigido 15 1.781500
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CV (%) = 4.30
Média geral: 6.9125000 Número de observações: 16
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Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
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DMS: 0,809584456513757 NMS: 0,05
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Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,183303027798234
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Tratamentos Médias Resultados do teste
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testemunha 2.21000 a1
semente de ricino 3.85000 a1
cama de frango 3.35000 a1
esterco de bovino 2.60000 a1
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Teste Tukey para a FV BLOCOS
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DMS: 0,809584456513757 NMS: 0,05
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Média harmonica do número de repetições (r): 4
Erro padrão: 0,183303027798234
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Tratamentos Médias Resultados do teste
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2 6.637500 a1
4 6.977500 a1
1 7.000000 a1
3 7.035000 a1
xviii
Testemunha 2.25 a1
CV 4.3
Médias seguidas de letras comuns na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a nível de
significância de 5% ( F= 0.05)
xix
ANEXOS