Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Beira
2022
ii
Dedicatória
Dedico este trabalho a Deus Todo-poderoso, aos meus Pais irmãos e meu noivo pelo apoio
incondicional durante todo o percurso académico.
iii
Agradecimentos
Gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos à Deus, pelo incontestável dom da
vida;
Aos meus pais Manuel Passe Mussobelo e minha mãe Deolinda Filipe Mupanguiua, meus
irmãos José Passe, Paulo Passe, Alberto Passe, Deolinda Passe, Amélia Passe, Julieta Passe,
Lídia Passe (em memória) e Catarina Passe, pela alegria que sempre me proporcionaram
durante este percurso;
Ao meu supervisor, Engenheiro Jaime Daipa, pela orientação sábia durante a condução da
pesquisa, elaboração da monografia, por acreditar em mim para este desafio e, sobretudo pela
grande abertura demonstrada na discussão de assuntos relacionados ao tema;
À todos aqueles que directa ou indirectamente contribuíram para que eu chegasse nessa fase
e que sempre acreditaram em mim.
Muito obrigada !
iv
Resumo
Nelma Manuel Passe, Avaliação de diferentes métodos de quebra de dormência em
sementes de Feijão-nhemba (Vigna unguiculata) produzidas no Posto Administrativo de
Inhamizua. Faculdade de Ciências Agrarias-FCA. Universidade Licungo.
O feijão nhemba [Vigna unguiculata (L.) Walp.], é uma das leguminosas mais produzidas
em Moçambique, além de fazer parte das culturas eleitas para a segurança alimentar e
nutricional das famílias. Todavia, os rendimentos desta cultura são ainda muito baixos e
bastante variáveis. Por isso, a identificação de métodos pré-germinativo para quebra da
dormência de sementes é crucial para garantir o bem-estar e segurança alimentar nessa
região. Foi nesse contexto que o presente estudo foi conduzido com objectivo de avaliar o
efeito de diferentes métodos pré-germinativos na superação de dormência em sementes de
Feijão-nhemba. O experimento foi conduzido no Bairro de Inhamizua, cidade da Beira, de
Julho a Outubro de 2021. O delineamento experimental utilizado foi Blocos
Completamente Causalizado com 4 tratamentos, 4 repetições e 24 sementes em cada
parcela, totalizando 1152 sementes. Para isso, foram estudados os seguintes tratamentos
pré-germinativos: testemunha (T1), imersão em água quente (T2), escarificação mecânica
(T3) e escarificação química (T4), sendo avaliadas as variáveis: a germinação,
percentagem de germinação, velocidade de germinação, índice de velocidade de
germinação e tempo médio de germinação. A contagem de sementes germinadas foi em
um período de 5 dias. De acordo com os dados obtidos constatou-se que a escarificação
manual do tegumento com lixa foi considerada o tratamento mais eficiente para a
superação da dormência das sementes. A percentagem de germinação de cada tratamento
em estudo foi maior em 86% com uma média de 19 se comparado com o tratamento
testemunho e em água quente que resultaram em 67% e 75% respectivamente. As sementes
submetidas à água tiveram um tempo de germinação superior sendo que a escarificação
mecânica germinou primeiro. Com isto é importante que estes métodos mais eficazes de
superação de dormência sejam disseminados aos agricultores por forma a aumentar se a
produção e produtividade em seus campos, assim como também aplicar estas técnicas em
outras culturas que se apresentam com germinação tardia.
Palavras-chave: Vigna unguiculata; Dormência; Germinação.
v
Abstract
Nelma Manuel Passe, Evaluation of different dormancy breaking methods in nhemba bean
seeds (Vigna unguiculata) produced at the Inhamizua Administrative Post. Faculty of
Sciences Agrarias-FCA. Licungo University.
The nhemba bean [Vigna unguiculata (L.) Walp.], is one of the most produced legumes in
Mozambique, besides being part of the crops elected for the food and nutritional security
of families. The dry regions are better adapted, being a rustic plant, of wide genetic
variability, with grains rich in proteins, minerals and fibers, constituting a basic food
component in arid and semi-arid regions. However, the yields of this crop are still very
low and quite variable. Therefore, the identification of pre-germinative methods for
breaking seed dormancy is crucial to ensure well-being and food security in this region. It
was in this context that the present study was conducted with the objective of evaluating
the effect of different pre-germination methods on overcoming dormancy in nhemba bean
seeds. The experiment was conducted in inhamizua neighborhood, beira city, from July to
October 2021. The experimental design used was Completely Causalized Blocks with 4
treatments, 4 replicates and 24 seeds in each plot, totaling 1152 seeds. For this, the
following pre-germination treatments were studied: control (T1), immersion in hot water
(T2), mechanical scarification (T3) and chemical scarification (T4), and the following
variables were evaluated: germination, germination percentage, germination speed,
germination speed index and average germination time. The count of germinated seeds
was in a period of 5 days. According to the data obtained, it was found that manual
scarification of the integument with sandpaper was considered the most efficient treatment
for overcoming seed dormancy. The germination percentage of each treatment under study
was higher in 86% with an average of 19 when compared to the testimony treatment and
in hot water which resulted in 67% and 75% respectively. The seeds submitted to water
had a higher germination time and mechanical scarification germinated first. With this it
is important that these most effective methods of overcoming dormancy are disseminated
to farmers in order to increase production and productivity in their fields, as well as apply
these techniques in other crops that present themselves with late germination.
Keywords: Vigna unguiculata; Numbness; Germination.
vi
Lista de tabelas
Tabela 1: Descrição dos tratamentos ...................................................................................... 9
Lista de gráficos
Gráfico 1: Grau de germinação das sementes da Vigna unguiculata ................................... 26
Lista de figuras
Figura 1: Desenho experimental ........................................................................................... IX
Figura 3: Imagem ilustrativa do preparação do solo e construção das parcelas ................ XVI
Kg – Quilogramas
G – Germinação
ha – hectares
VG - Velocidade de Germinação
x
Índice
Dedicatória.............................................................................................................................. ii
Resumo .................................................................................................................................. iv
Abstract ................................................................................................................................... v
CAPÍTULO ӀINTRODUÇÃO................................................................................................ 1
1.12. Material........................................................................................................................ 10
CAPÍTULO Ӏ: INTRODUÇÃO
O Feijão Nhemba é uma das leguminosas alimentares mais importantes na África Sob
Saariana. Em Moçambique, o feijão é considerado como alimento e cultura de rendimento
ao mesmo tempo, especialmente na Região Central, isto é, nas províncias de (Tete e Manica)
e Norte (Niassa). (MAGALHÃES, 2015).
O Feijão-nhemba, por ser uma leguminosa anual de fácil adaptação aos climas tropicais e
subtropicais, e em Moçambique pode atingir produtividades em torno de 2.000 kg/ha,
apresenta-se como importante fonte de alimentação. Ele representa uma importante fonte
protéica para a população rural, onde o seu cultivo está muito difundido, sendo cultivado na
maior parte em consorciação com milho ou mapira (MANUAL DO EXTENSIONISTA,
2010).
A preparação do solo deve começar antes das primeiras chuvas, de forma a proporcionar
condições adequadas para a germinação das sementes e o desenvolvimento das plantas,
incluindo a circulação de ar, melhorar a infiltração, a temperatura do solo, bem como o
controlo de ervas daninhas. O feijão nhemba cresce melhor em solos férteis. Porém,
frequentemente é mais cultivado em solos de baixa produtividade (MOREP, 2015).
Dormência é o estádio em que uma semente viva se encontra quando se fornecem todas as
condições adequadas para germinação e a mesma não germina. A quebra da dormência é um
dos pontos mais importantes em quase todas as culturas, e por isso a cultura de feijão não
poderia ser diferente pois ela dita o bom desempenho produtivo da cultura. (Azania et. al.,
2009).
Este trabalho tem como finalidade de avaliar a eficiência de vários tratamentos pré-
germinativos nas sementes do Feijão Nhemba e estabelecer métodos para solucionar os
problemas de atraso e desuniformidade de germinação.
A monografia conta com quatro capítulos: o primeiro é a introdução onde conta com
justificativa do tema, problema, hipóteses, objectivos, métodos e técnicas de pesquisa,
delimitação do tema, o enquadramento do tema e a relevância do tema, seguindo no segundo
capítulo com a fundamentação teórica, depois o capítulo três apresentação, análise e
discussão de dados e finalmente no quarto capítulo que conta com os conclusões e
recomendações.
1.1.Justificativa
LIN & FERRARI (1993), estudando diversas linhagens do feijão nhemba, observaram que
algumas apresentavam dormência, devida à impermeabilidade dos seus tegumentos à água
(sementes duras). A eliminação da dormência em sementes duras consiste em provocar
alterações na estrutura do tegumento, que possam permitir a entrada de água.
1.2.Problema
Para que uma semente germine é necessário, principalmente, que os ambientes químicos e
físicos sejam favoráveis, ou seja, que haja disponibilidade de água, temperatura e a
concentração de oxigénio no meio não limitem o metabolismo germinativo. Entretanto
algumas sementes não germinam mesmo quando colocadas em condições ambientais
aparentemente favoráveis (LOPES & NASCIMENTO, 2012)
Ha grande perda de sementes antes da germinação ocasionada pela dormência das sementes,
e estas dificuldades levam o produtor a obter baixa produção podendo ter grandes prejuízos
antes da colheita. Os produtores usam as sementes que guardam da colheita anterior, pois as
sementes certificadas para além do difícil acesso aos produtores, os custos de compra são
altos.
Portanto todos estes factores concorrem para uma redução na produção do Feijão Nhemba
nesta região, que tem nesta cultura como uma das principais praticadas para o seu consumo,
dai que surge a necessidade de se encontrar mecanismos alternativos para ultrapassar a
problemática da dormência das sementes, que sejam de fácil aplicação e com recursos
disponíveis no meio rural.
O método usado para a quebra de dormência da semente com tegumento impermeável com
água quente ou fervente, tem a vantagem de ser prático, de baixo custo e de fácil manuseio
sendo, portanto, recomendado para uso pelos agricultores rurais. Olhando para os vários
condicionantes na germinação da semente de feijão nhemba, surge como questão de partida
a seguinte:
Até que ponto o uso de diferentes métodos de quebra de dormência pode influenciar na
germinação da semente de feijão nhemba?
1.3.Hipóteses
H2: Pode ser que a água não seja eficiente na quebra de dormência da semente do Feijão
Nhemba.
1.4.Objectivos
1.4.1. Objectivo Geral:
Conhecer a eficiência dos diferentes métodos de quebra de dormência na germinação
das sementes de Feijão nhemba (Vigna unguiculata)
1.4.2. Objectivos Específicos:
Avaliar o desenvolvimento inicial das sementes após aplicação dos métodos de
quebra de dormência;
Comparar o desenvolvimento das sementes submetidas a imersão em água quente e
as que são a escarificação mecânica;
5
1.5.Delimitação da pesquisa
O tema de pesquisa em questão foi realizado, numa zona que possibilitou o estudo da mesma.
A pesquisa foi realizada na província de Sofala, no distrito da Beira, no Posto Administrativo
de Inhamizua, a escolha do local de pesquisa, deve-se o facto de ser um lugar de produção
contínua da cultura em estudo e de acesso rápido para o pesquisador na garantia na eficácia
do experimento, pós o lugar possui uma excelente segurança para que o ambiente externo
não influencie nos resultados experimentais.
1.6.1. Relevo
O relevo da cidade da Beira e seus arredores é dominado por uma extensa planície litoral
cujas altitudes variam entre 6 a 20 metros. O declive médio desta planície é muito fraco e só
raramente ultrapassa 1°. Tratando-se de uma planície de idade recente, resultante de
sucessivas fases de acumulação de sedimentos pleistocénicos e holocénicos. A cidade da
Beira apresenta uma singular alternância de depósitos argilosos e arenosos, provenientes
neste caso da sedimentação dos rios Búzi e Púngué que desaguam na baia.
1.6.2. Clima
Segundo JOSSIAS (1996, p. 7) “duma forma geral, o clima da Beira pode caracterizar-se das
seguintes maneiras”: Quanto ao valor médio da temperatura do ar: quente por possuir uma
temperatura anual de 24,6; conforme a amplitude média da temperatura da variação da
temperatura do ar, oceânico ou marítimo; quanto ao valor médio da quantidade total anual de
precipitação 1.612,8 mm, o clima é chuvoso.
O regime climático da Beira é do tipo tropical húmido chuvoso de savana, caracterizado por
temperaturas elevadas e húmidas durante o Verão, ventos dominantes de frente Leste e
Sudoeste, o que faz com que a Cidade esteja sujeita tanto a ciclones sazonais como a secas
periódicas num ciclo de três anos sofrendo sedo assim uma das grandes causas de inundações.
O clima da cidade da Beira quanto a humidade ela é húmida pelo facto de apresentar os
normais mensais que variam entre 76 à 81% e um normal climatológico de 78% de humidade.
JOSSIAS (1996, p. 7). Segundo THORNWAITE, “o clima da cidade da Beira é do tipo B3,
pelo facto de possuir valores de índice hídrico no intervalo entre 60 à 80%. Fonte não
publicada do JOSSIAS (1996)
1.6.3. Solos
Segundo o projecto de urbanização (1995), nesta área predomina a argila, muito fina e em
geral cinzenta. A areia predomina junto à costa, havendo apenas para o interior pequenas
manchas arenosas de níveis mais altos que o terreno argiloso do pântano. As camadas só solo
7
1.7.Enquadramento do Tema
A pesquisa enquadra se nas cadeiras de Botânica geral, Ciência do solo, Fisiologia vegetal,
Agricultura geral, na medida em que desenvolvem se práticas ligadas ao processo produtivo
de uma cultura, desde a preparação do solo ate a colheita, com produção e tecnologia de
sementes visto que busca estudar essencialmente a semente de Feijão Nhemba de forma a
proporcionar uma semente que nos garante germinação precoce, assim como com a difusão
e inovação de tecnologias dado que esta técnica em estudo ira trazer uma inovação na cadeia
produtiva do Feijão Nhemba nesta região.
1.9.Delineamento experimental
Para a concretização deste estudo usou-se o Delineamento em Blocos Completamente
Casualizado (DBCC), com 4 tratamentos e 4 repetições. Segundo Ferreira (2011), os
experimentos instalados são chamados experimentos em bloco completamente casualizado
porque utiliza-se o princípio do controlo local, tendo 4 tratamentos e 4 repetições.
Os blocos formam parcelas e estas por sua vez formam os tratamentos. Cada parcela é
composta por 72 sementes, 288 sementes por réplica e 288 sementes por bloco num universo
de 1152 sementes para todo o ensaio como mostra a figura 1 (APEDICE).
A variedade de feijão nhemba com as parcelas dispostas no sentido este-oeste, com área útil
de 88,74 m². O período de experimentação foi de Julho a Outubro de 2021. Foram construídas
parcelas com 3,24 m², o espaçamento foi de 40x25 cm. Todas as parcelas no total foram 16
para o desenvolvimento das culturas e toda área teve cerca de 1152 plantas.
1.12. Material
Enxada de cabo curto, sementes de feijão nhemba, corda, fita métrica, catana, marcador,
cartolina, regador, pulverizador, bitolas, enxada de sacha, martelo.
De acordo com Davide et all. (2008), existem vários indicadores de maturação de frutos que
indicam a época de colheita de sementes tais como, mudanças na coloração, consistência dos
frutos, queda dos frutos, presença de sementes dispersas no chão.
230 plantas e, isto significa que a amostra por parcela foi de 10 plantas segundo a regra de
três simples. (Cálculos no Apêndice)
Entretanto, todos os elementos da população da área útil tiveram 24 plantas, todas elas
possuíam a mesma probabilidade de serem seleccionadas, portanto, a técnica utilizada foi
amostragem probabilística aleatória simples. Segundo TRIOLA (1999), os métodos
probabilísticos são os que seleccionam os indivíduos da população de forma que todos
tenham as mesmas oportunidades de participar da amostra, entretanto, foi realizado
numerando se os elementos da população útil de cada parcela de 24 plantas, e sorteada por
meio de pedaços de papel, foram colhidos 10 pedaços de papel que corresponderam aos
elementos pertencentes a amostra.
Para o tratamento da semente com ácido sulfúrico concentrado, em cada copo colocou-se 100
ml de ácido sulfúrico concentrado. Em cada copo mergulhou se sementes do lote de 100
sementes num período de 1 minuto (MABUNDA, 1998). As sementes foram depois
transferidas para copos limpos, onde foram bem lavadas com água corrente e posteriormente
semeadas.
1.15.3. Sementeira
A sementeira foi realizada no dia 5 de Setembro de 2021, com o espaçamento de 40x25cm e
uma densidade de 3 sementes por covacho. A variedade usada é a IT16, com hábito de
crescimento determinado e um rendimento de 1.800 kg/ha. Após a emergência, seguiu se
com todos as técnicas de produção necessárias para garantir o bom desenvolvimento das
plantas.
1.15.4. Rega
Após a sementeira, iniciou se com a rega no campo, para garantir a humidade do solo de
modo a proporcionar a germinação e crescimento adequado das plantas. A cultura é exigente
em água no estágio inicial, portanto, as irrigações eram frequentes, sendo 2 vezes por dia. As
regas devem ser diárias, porém sem excesso de água (SEDIYAMA et all., 2007).
Na rega era usado um regador de 10 litros, colocando 2 regadores por parcela, e quando as
plantas estavam na fase de floração reduziu se a frequência da irrigação.
Como forma de se manter o solo húmido, todas as parcelas foram cobertas com capim logo
após a sementeira e manteve se esta cobertura até o final do experimento.
O tema é relevante na sociedade devido a alta perda da produção que os produtores têm
devido a germinação tardia das sementes do Feijão Nhemba. E com a aplicação destes
métodos de superação da dormência das sementes de Feijão Nhemba, ira trazer grandes
benefícios para os agricultores que poderão passar a obter maiores rendimentos podendo
15
ainda aumentar as suas áreas de produção o que vai reflectir no seu rendimento financeiro na
comercialização.
A partir desta pesquisa espera-se que seja um meio para que se estimule outras pesquisas
semelhantes que conduzem para a busca de alternativas sustentáveis e de fácil acesso as
comunidades rurais de forma a garantir uma boa produção agrícola.
Com aumento das áreas de cultivo, o nível de obtenção de receitas pela comercialização dos
produtos agrícolas é maior, pois na aplicação destes tratamentos pré-germinativos vai
concorrer para uma afluência maior na produção desta cultura e assim, haverá produção para
o autoconsumo e também com excedente para a comercialização.
16
O género Vigna ocorre nas regiões tropicais e subtropicais com ampla distribuição mundial.
Faris (1965), em extensa revisão, catalogou 170 espécies, admitindo porem a possibilidade
da ocorrência de algum erro, devido aos sinónimos que ocorrem na Literatura. Esse numero,
entretanto, esta próximo dos sugeridos por Phillips (1951), 184 espécies, e Wilczek (1954),
154 espécies, citados por Faris (1965), Steele (1976), 170 espécies, e por Steele & Mehra
(1980), que relatam que o género Vigna tem em torno de 160 espécies. A grande maioria
dessas espécies esta na África, onde 66 delas são consideradas endémicas. Isso sugere que o
género Vigna deve ter tido sua evolução ligada a esse continente. Entre as espécies que
ocorrem na África esta a V. unguiculata (L.) Walp., a qual tem tido sua origem africana e a
localização do seu centro de origem bastante discutidos.
A primeira lavoura utilizando tracção animal deve ser realizada 30-45 dias antes da
sementeira, para quebrar possíveis camadas duras debaixo do canteiro e para a decomposição
de resíduos vegetais (de 25 a 35 cm). Solos pesados precisam de lavouras mais profundas,
isto para permitir uma melhor penetração da água. A primeira gradagem deve contemplar 10
17
2.2.2. Sementeira
A taxa de sementeira varia de 45 a 65 kg /há. A quantidade de semente /ha a utilizar depende
do tamanho dos grãos e do seu poder germinativo. Em condições favoráveis deve contemplar-
se uma perda de 20-25 % entre a germinação, emergência e colheita. Por isso deve, adoptar-
se a densidade de sementeira tendo em conta esses factores (STONE & SARTORATO,
1994).
2.2.3. Adubação
Pode-se aplicar, como adubação de fundo, cerca de 200 kg/ha de 12-24-12, em baixo e ao
lado da semente. Para o presente trabalho a adubação será feita mediante a aplicação do
esterco de morcego, com objectivo de maximizar a quebra da dormência das sementes do
Feijão Nhemba que serão submetidos aos tratamentos em questão (C.E.F.S., Goiás, 1977).
na época correcta. A colheita deve ser realizada logo que a lavoura atinja o ponto de
maturidade adequado, estágio R5 (Campos et al., 2000).
O feijão Nhemba pode ser colhido manual ou mecanicamente. A quase totalidade dos
agricultores utiliza a prática da colheita manual. Apesar de ser o método mais demorado e
trabalhoso, necessitando de dez a doze homens/dia/ha, é o que apresenta menor grau de
perdas no campo, permitindo a selecção manual das vagens, principalmente nas cultivares de
maturação desuniforme (ZIMMERMANN, 1998)
Preferencialmente, a colheita deve ser realizada nas primeiras horas da manhã ou no final do
período da tarde, evitando-se as horas mais quentes do dia, ocasião em que as vagens, de
algumas cultivares, se abrem com certa facilidade, provocando perdas de grãos no campo
(CAVALCANTE, 1997).
A colheita mecanizada, é pouco frequente, sendo recomendada para regiões onde não há
disponibilidade de mão-de-obra e são cultivadas extensas áreas (EMBRAPA, 1995).
No caso do feijão Nhemba se destinar para consumo como grãos verdes, a colheita deve ser
realizada antes de a vagem entrar no início da maturação, ou seja, antes que ela mude
completamente de cor. Se o objectivo é o consumo como legume (vagem verde), a colheita
deve ser efectuada quando as vagens estiverem suficientemente desenvolvidas, com poucas
fibras, o que é atingido, geralmente, entre o sexto e o nono dia após a emissão da vagem
(CAVALCANTE, 1997).
2.2.6. Pragas e doenças do feijão Nhemba
É importante os devidos cuidados com o que diz respeito a pragas e doenças na cultura do
feijoeiro. Os insectos, de uma maneira geral, ocorrem na planta em uma determinada época
em que o seu estágio fenológico está produzindo seu alimento ideal. Assim, podemos
distribuir as pragas do feijão Nhemba de acordo com a fenologia da planta (Andrade júnior
et al. 2003).
As principais pragas do feijão Nhemba são divididas de acordo com o local de ataque na
planta, Sendo as principais pragas subterrâneas; paquinha; broca-do-colo; lagarta-elasmo;
lagarta-rosca; as principais pragas desfolhadoras do feijão Nhemba; vaquinha; pulgão; mosca
branca; minador das folhas; principais pragas dos órgãos reprodutivos; percevejo vermelho
do Nhemba; tripés; lagarta das vargens e principais pragas de armazenados; caruncho-do-
feijão; traça (Andrade júnior et al. 2003)
19
O feijão Nhemba é suscetível a diversas doenças, onde muitas das quais podem ser limitantes
a produção dependendo das condições climáticas e da suscetibilidade cultivar dentre as quais
destacam-se; podridão-das-raízes; podridão-do-colo; murcha-do-fusarium; ferrugem;
cercosporiose; oídio; mofo cinzento das vagens; mancha bacteriana. (Andrade júnior et al.
2003).
2.3. Conceito de Dormência
Rodrigues (1988) relata que algumas sementes são capazes de germinar logo após a
fertilização e algum tempo antes do período normal de colheita, enquanto outras podem estar
dormentes e exigirem um longo período de repouso ou de desenvolvimento adicional antes
que a germinação possa ocorrer.
Carvalho & Nakagawa (2000), define dormência como um fenómeno pelo qual sementes de
uma determinada espécie, mesmo sendo viáveis e tendo todas as condições ambientais para
tanto, deixam de germinar.
Já Popinigis (1977), caracteriza quando as sementes não germinam, embora colocadas sob
condições ambientais favoráveis à sua germinação, elas são denominadas dormentes.
Toledo & Marcos Filho (1997), caracteriza que o período de dormência pode ser temporário
ou estender-se durante muito tempo até que certa condição especial seja preenchida.
A dormência secundária é um tipo que nem sempre ocorre. Quando isto ocorre é por indução
de uma condição ambiental especial, sendo geralmente induzida quando são dadas as
sementes todas as condições favoráveis à sua germinação, menos uma (POPINIGIS 1977,
CARVALHO & NAKAGAWA 2000).
20
Com base nos mecanismos presumivelmente envolvidos, a dormência de sementes pode ser
classificada em dois grandes grupos: endógena e exógena. (CARDOSO, 2004).
A dormência endógena, que também pode ser chamada de embrionária, é causada por algum
bloqueio à germinação relacionado ao próprio embrião – mas que eventualmente pode
envolver tecidos extraembrionários, podendo ser dividida em: fisiológica, morfológica e
morfofisiológica (CARDOSO, 2004).
Segundo Baskin & Baskin (2004), dormência fisiológica é aquela em que a presença de
substâncias inibidoras ou ausência de substâncias promotoras da germinação impedem que a
germinação ocorra. Ela pode ser subdividida em dormência fisiológica profunda,
intermediária ou superficial. A dormência profunda ocorre em espécies que necessitam de
período longo com temperaturas baixas para a sua superação. A distinção desta para as
demais subdivisões (intermediária e superficial) se dá pela ausência de crescimento do
embrião ou pela geração de plântulas anormais, mesmo quando o embrião é isolado da
semente. As dormências fisiológicas, intermediária e superficial, são mais comuns, sendo
necessário o isolamento do embrião para geração (VIVIAN et. al., 2008).
É preciso determinar uma distinção entre dormência química (um tipo de dormência exógena)
e a dormência fisiológica, tendo em vista que, em muitos casos, unidades de dispersão com
inibidores químicos também apresentam dormência fisiológica. A dormência química, o
22
As sementes são imersas em ácido sulfúrico, por um determinado tempo, que varia em função
da espécie, à temperatura entre 19ºC e 25ºC, sendo então lavadas em água corrente e
colocadas para germinar.
b) Imersão em Água
Imersão em água quente: a imersão em água quente constitui-se num eficiente meio para
superação da dormência tegumentar das sementes de algumas espécies florestais. A água é
23
aquecida até uma temperatura inicial, variável entre espécies, onde as sementes são imersas
e permanecem por um período de tempo também variável, de acordo com cada espécie;
Imersão em água fria: sementes de algumas espécies apresentam dificuldades para germinar,
sem contudo estarem dormentes. A simples imersão das sementes em água, à temperatura
ambiente (25ºC) por 24 horas, elimina o problema, que normalmente é decorrente de longos
períodos de armazenamento, e que causa a secagem excessiva das sementes, impedindo-as
de absorver água e iniciar o processo germinativo.
c) Escarificação mecânica
Este método tem se mostrado bastante eficaz para a superação da dormência de algumas
espécies florestais, em especial as leguminosas. O procedimento consiste, basicamente, em
submeter as sementes a abrasão, através de cilindros rotativos, forrados internamente com
lixa o que irá desgastar seu tegumento, proporcionando condições para que absorva água e
inicie o processo germinativo;
Para que se obtenham resultados positivos na utilização do processo, são necessárias algumas
precauções, como o tempo de exposição das sementes à sacarificação e a pureza do lote, pois
sementes com impurezas comprometem a eficiência do tratamento.
a) Estratificação a frio
As sementes de algumas espécies florestais apresentam embrião imaturo, que não germina
em condições ambientais favoráveis, necessitando de estratificação para completar seu
desenvolvimento. Para a estratificação, o meio em que as sementes serão colocadas deve
apresentar boa retenção de humidade e ser isento de fungos. Normalmente utiliza-se areia
bem lavada que apresente grãos em torno de 2,0 mm de diâmetro (média) para facilitar a
posterior separação das sementes por peneiragem.
O recipiente em que será colocado o meio, deve permitir boa drenagem evitando-se a
acumulação de água no fundo o que causa o apodrecimento das sementes.
A temperatura requerida para a estratificação a frio está entre 2ºC e 4ºC, que pode ser obtida
em uma geladeira ou câmara fria. As sementes são colocadas entre duas camadas de areia
24
A maturação dos frutos de algumas espécies ocorre no final do verão e início do Outono,
com temperaturas ambientais mais baixas. A estratificação quente e fria visa reproduzir as
condições ambientais ocorridas por ocasião da maturação dos frutos.
a) Vantagens
De acordo com Macedo (1993), para a produção de mudas de qualidade é necessária a escolha
de boas sementes, que tenham sido beneficiadas e armazenadas de forma adequada, visando
padrões correctos, e que apresentem boa qualidade fisiológica e genética.
A germinação ocorre na sequência de eventos fisiológicos, quando o local tem água e luz
disponível, a semente absorve a água, hidratando o embrião e amolecendo o tegumento, de
forma que esse envoltório venha a se romper, devido a embebição, ocorrendo assim a
germinação (KRAMER; KOZLOWSKI, 1972).
b) Desvantagens
Por outro lado a quebra de dormência apresenta determinadas desvantagens como o custo de
aplicação destas técnicas, falta de tegumento suficiente para fornecer nutrientes na fase inicial
da germinação (TOLEDO & MARCOS FILHO, 1997).
26
3.1. Germinação
Num universo de 1152 sementes lançadas, correspondente a 100%, somente 866 sementes,
germinaram no período estabelecido de controlo de germinação no ensaio (5 dias após a
semeadura), correspondente a 75% de germinação total e as restantes 286 sementes, não
germinaram, correspondente a 25% de germinação, como ilustra o gráfico 1. A germinação
não foi uniforme em todos tratamentos. Importa realçar que as sementes começaram a
despontar aos 3 dias nos tratamentos T3, T4. No entanto, o T1 a germinação foi observada a
partir do 5 dias, por último T2 verificou-se aos 4 dias (Gráfico 2).
Germinação
sementes
não
germinadas
25%
sementes
germnadas
75%
Tratamentos
6
5
4
3
2
1
0
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
Segundo análise de variância na tabela 4 os dados mostram que existe diferença significativa
entre os tratamentos a nível de 5% probabilidade (p ˂ 0,05), com F= 4.415.
De acordo com o teste de comparação de médias "Tukey", existe diferença significativa entre
as médias dos tratamentos, as melhores médias são do T4 que representa, escarificação
química de sementes comparativamente com a média T1, sementes sem tratamento que foi a
menor de todos os tratamentos.
Costa et all., (2016) observaram que as sementes armazenadas por um período de 2 anos e
submetidas as fissuras apresentaram um percentual de 77% de germinação das plântulas, por
outro lado Furtado (2013) verificou que as sementes submetidas à escarificação com lixa
apresentou um percentual de 14% na emergência das plântulas enquanto que Alves et al.,
(2008) obtiveram resultados melhores e semelhantes aos encontrados neste experimento,
constatando uma percentagem de 76% de germinação.
Carrione (2008), observou que as sementes de Paneira tratadas com ácido sulfúrico,
apresentaram após 41 dias a maior % de germinação (96,25%) enquanto que com
escarificação mecânica (90%), tratamento testemunha (95%) e imersão em água quente foi a
menos eficiente com apenas (17,5%).
29
A técnica de escarificação neste caso mostrou se eficiente, pois promoveu maiores taxas de
germinação no dado tratamento, uma vez que, a remoção parcial do tegumento permitiu a
entrada de água possibilitando que o processo de germinação ocorresse (Zaidan& Barbedo,
2004)
Olhando para estes resultados, significa que estes tratamentos (T4 e T3) possibilitaram o
rompimento de tegumento externo facilitando a entrada de água na semente e acelerando
assim o processo germinativo.
30
5,5
5,4
5,3
5,2
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
Braga et all., (1991) também descobriu que, para a quebra de dormência em sementes de
Vigna radiata, o melhor método de tratamento é a imersão das sementes em ácido sulfúrico
durante 30 minutos, o que nos mostra a eficiência no uso deste método para acelerar a
germinação em muitas outras espécies. Assim constatou-se que quando as sementes são
submetidas a escarificação aumenta a área de contacto com o substrato, permitindo uma
maior velocidade de absorção de água, promovendo um maior aumento da velocidade de
germinação.
Contudo o tratamento com água quente apresentou menores médias se comparado até com a
testemunha que não foi aplicado nenhum tratamento pré-germinativo de quebra de
dormência, o que pode ter sido influenciado pelo tempo de imersão das sementes em água
quente.
Segundo Silva et all (2009) a velocidade com que as plantas emergem e germinam é um
factor fundamental para a sobrevivência e o desenvolvimento da espécie, diminuindo assim
o tempo de exposição da semente às condições adversas e às intempéries. Dessa forma o
método de escarificação mecânica possui potencial para promover a velocidade de
emergência e germinação das plântulas de feijão nhemba
resultado partilhado por MABUNDA (1998) ao concluir que o tratamento por escarificação
manual (mecânica) é o método mais eficaz a quebra da dormência nas sementes de Vigna
unguiculata, este autor observou que as velocidades de germinação eram maiores com
médias de 6,9 e 7,4 para tratamento com escarificação mecânica e química respectivamente,
diferente da imersão em água em água durante 10 minutos, com média de 3,7.
De acordo com teste de comparação de médias "Tukey" existe diferença significativa entre
os tratamentos, as melhores médias são dos tratamentos T3 e T4, isto é, o escarificação
mecânica (T3), escarificação química (T4) e as menores médias observaram-se com
evidência para sementes de testemunha e imersão em água quente.
15
IVG
10
0
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
Para este estudo, observou-se uma relação directa nos tratamentos referente a percentagem
de germinação e o índice de velocidade de germinação para gráficos 1 e 2. Isto corrobora
com BOVI (1999), quando afirma que quanto maior a percentagem de germinação maior é o
índice de velocidade de germinação. Este autor acrescenta que sementes com alto índice de
velocidade de germinação são menos vulneráveis as condições diversas do meio por
emergirem mais rápido no solo e, assim passarem menos tempo nos estágios iniciais de
desenvolvimento, sendo favorável a produção de mudas.
Para o índice de velocidade germinação, os melhores resultados obtidos foram atribuídos aos
tratamentos de escarificação mecânica e química. Provavelmente por ser mais eficazes e
devido a sua rapidez quando na quebra e no rompimento do tegumento durante a dormência,
enquanto os tratamentos em água quente e Testemunha foram os últimos a apresentarem
germinação. Estes resultados estão observados no gráfico abaixo.
Tratamento TMG
Testemunha 3.54 a
Água quente 3.44 a
Escarificação mecânica 3.78 a
Escarificação química 3.73 a
CV 2.27%
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukeyao
nível de 5% de probabilidade.
3,5
3,4
3,3
3,2
T1 T2 T3 T4
Tratamentos
Contudo importa referir que a germinação rápida pode ser imprópria ou não estratégica ao
estabelecimento de uma espécie, por exemplo, germinar em resposta a chuva e isolada
durante a estação seca, as sementes germinadas poderiam perecer na continuidade da seca.
35
O desenvolvimento das plantas para todos os tratamentos foi satisfatória, sendo que as plantas
em que foram aplicados os métodos de quebra de dormência apresentavam se mais vigorosas
e com floração precoce o que constituiu uma vantagem para obtenção de vagens de boa
qualidade.
O tempo que uma semente leva a germinar, influência no desenvolvimento inicial da planta,
e na emergência da ridícula, pois se a semente leva muito tempo a germinar pode ser
facilmente atacada por pragas no solo, perder a humidade do solo e dificultando assim a
absorção de nutrientes pelas raízes e ainda pode germinar num período com maior
competição de ervas daninhas.
4.2. Recomendações
Aos produtores:
Aderir as novas técnicas de produção para melhorar a sua produção e produtividade através
da aplicação do método de quebra de dormência;
36
Aos investigadores:
Para este tipo de estudo, se faça para além do teste de germinação um teste de vigor da
semente, uma vez que o último é o mais apropriado para este tipo de comparação.
Testar o ensaio de tratamento de sementes com água quente e com ácido sulfúrico, em
diferentes períodos de imersão.
37
6. CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Prentice Hall,
2002, 242 p.
15. KRAMER, Paul J.; KOZLOWSKI, T. Fisiologia das árvores. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 1972. 745 p.
17. MACEDO, Antônio C.de; KAGEYAMA, Paulo Y.; COSTA, Luiz G. S. da. Produção
de Mudas em viveiros florestais. São Paulo: Fundação Florestal, 1993.
Ramos, L. A., Lana, R. M. Q., Korndorfer, G. H., & Silva, A. A. (2017). Effectoforgano-
mineral fertilizerandpoultrylitterwasteonsugarcane yield and some
plantandsoilchemicalproperties. AfricanJournalofAgricultural Research, 12(1), 20-27.
ZIMMERMANN, M.J. de; ROCHA, M.; YAMADA, T.Cultura do feijoeiro: fatores que
afetam a produtividade. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do
Fosfato, 1998. 58p
VIII
APÊNDICES
Cronograma de actividades
Meses
Actividades Julho Agosto Setembro Outubro
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Selecção de sementes
Preparação do solo
Quebra da dormência
Sementeira
Recolha de dados
Elaboração de material
tendo em vista a
elaboração de Relatório
Final
Levantamento de dados e
outros procedimentos para
viabilização do
experimento
Elaboração e entrega do
Relatório Final
Orçamento
Item Quantidade Unidade Preço/ Preço total
unidade
Enxada 1 250 250
Fita métrica 1 Metros 200 200
Ácido sulfúrico 1 Litros 0,5 300
Copos 10 10 100
Corda 1 Metros 250 250
Regador 1 200 200
Total 1375
IX
T2 T1 T1 T1
T4 T4 T3 T3
8,7 m
0,5m
T3 T2 T2 T2
T1= testemunha;
T2= imersão em água quente;
T3= Método de escarificação mecânica;
T4= Método de escarificação química.
Medidas
Área total = 88,74 m²
Área da parcela = 3,24 m²
Distância entre blocos = 1,0 m
Distância entre parcelas = 0,5 m
Cálculo da amostra e número de parcelas:
1152 plantas--------100%
24plantas------1parcela
X----------20%
230 plantas----×
X=1152*20/100
X=230/24=9,5~10
X= 230 plantas
X
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM FcPr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 65.651769 21.883923 17.624 0.0004
BLOCOS 3 6.549019 2.183006 1.758 0.2248
erro 9 11.175206 1.241690
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 83.375994
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 7.29
Média geral: 15.2843750 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Variável analisada: VG
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM FcPr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 0.296519 0.098840 13.549 0.0011
BLOCOS 3 0.030369 0.010123 1.388 0.3083
erro 9 0.065656 0.007295
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 0.392544
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 1.52
Média geral: 5.6268750 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM FcPr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 0.304425 0.101475 14.941 0.0008
BLOCOS 3 0.034025 0.011342 1.670 0.2420
erro 9 0.061125 0.006792
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 0.399575
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 2.27
Média geral: 3.6237500 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
XIV
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
XV
--------------------------------------------------------------------------------
TRATAMENTO 3 47.187500 15.729167 5.136 0.0242
BLOCOS 3 15.187500 5.062500 1.653 0.2455
erro 9 27.562500 3.062500
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 89.937500
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 9.49
Média geral: 18.4375000 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV TRATAMENTO
--------------------------------------------------------------------------------
Anexos
Figura 2: Imagem ilustrativa do processo de selecção das sementes