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Projecto Final
RESUMO
As infestantes vêm causando elevadas perdas na produção do milho, e visando o seu controlo
vários métodos têm sido usados, porém as perdas continuam a ser registados devido a falta de
conhecimento do período óptimo para o controlo das mesmas. Neste âmbito, surgiu este trabalho
com objectivo de determinar o período crítico de competição entre as infestantes e a cultura do
milho. Para tal, foi conduzido um ensaio no campo experimental da Faculdade de Agronomia e
Engenharia Florestal, usando o delineamento de blocos completos casualizados, com oito
tratamentos e três repetições. Os tratamentos compreenderam a submissão da cultura a diferentes
períodos de convivência com as infestantes, onde eram deixadas as plantas livres das infestantes
nos primeiros 15, 45, 75 DDE e todo ciclo e os mesmos períodos sem controlo. Foram avaliados
o rendimento e seus componentes, a altura das plantas do milho, a composição específica e a
densidade das infestantes. A ANOVA foi feita usando teste de Fisher a 5% de nível de
significância e a comparação de médias com o teste de Duncan a 5% de significância, onde os
resultados mostraram que, o período anterior a interferência (PAI) e o período total de prevenção
da interferência (PTPI) corresponderam 21 e 53 DDE respectivamente e que a falta de controlo
das infestantes em todo ciclo da cultura, reduziu em média 30 % do rendimento das espigas. A
interferência influenciou negativamente os componentes do rendimento e a altura das plantas,
especialmente para aqueles períodos em que a cultura conviveu com as infestantes por um longo
tempo. Com relação a comunidade infestante, as dicotiledôneas representaram 62,07% das
infestantes, destacando-se, a espécie Gomphrena cilosoides com 60,9 % e as monocotiledôneas
com 37,93% da comunidade infestante, com destaque para as espécies Cyperus rotundus e
Cenchrus ciliaris com 23,32% e 13,23%, respectivamente. O período crítico de competição
compreendeu entre 24 a 55 DDE.
Palavras-chaves: Zea mays L., controlo das infestantes, período crítico de competição e
rendimento do milho
DEDICATÓRIA
Ao meu pai Sebastião Tusse Nhavoto e a minha mãe Zulmira Ernesto Cumbane
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais Sebastião Tusse Nhavoto e Zulmira Ernesto Cumbane, ao meu tio
André Tusse Nhavoto e aos meus irmãos por acreditarem em mim e apoio em todos os
momentos da minha vida.
Aos meus supervisores Professor Doutor Tomás Fernando Chiconela e Eng. Francisco Fernando
Munguambe, pela orientação, ensinamentos, apoio científico e incentivos.
Ao Senhor Adão Venâncio Munguambe pelo apoio técnico durante a condução do ensaio.
À todos os meus familiares, ausentes, próximos ou distantes que num simples gesto ou palavra,
contribuíram de alguma forma para essa vitória.
Agradeço também aos meus amigos: Serafim Massingue, Mério Boa, Hercílio Machava, Arsénio
Vilanculos, Moida Guambe, Edna Muendane e Kátia Cossa, pelo apoio prestado durante todas as
fases da realização deste trabalho.
Aos meus colegas: Maria Mbango, Benysmery Francisco, Wilma Fumo, pelo apoio durante a
montagem do ensaio e aos colegas: Paula Bay, Raimundo Zavale, Felisberto Zucane, Mário
Zaqueu, Justino Samuge, Lelo Mabalane, Imaculada Jeje, Cristina Katema pela ajuda na colecta
de dados e/ou moral e encorajamento.
À todos colegas do ano de ingresso 2013, que directa ou indirectamente contribuíram para que
este trabalho fosse uma realidade.
E a não menos importante à Deus pela vida, saúde, bênção, protecção, por tornar tudo possível e
me dar força a cada dia para concluir esta importante etapa da minha vida, mesmo com tantas
dificuldades e empecilhos encontrados.
Índice
RESUMO.........................................................................................................................................I
DEDICATÓRIA.............................................................................................................................II
AGRADECIMENTOS..................................................................................................................III
LISTA DE TABELAS.................................................................................................................VII
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................VIII
LISTA DE GRÁFICOS..............................................................................................................VIII
LISTA DE ANEXOS..................................................................................................................VIII
LISTA DE SIGLAS.......................................................................................................................IX
I. INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
1.1. Antecedentes...........................................................................................................................1
1.3. Objectivos...............................................................................................................................3
2.7. Competição.............................................................................................................................9
3.1.2 Tratamentos..........................................................................................................................16
4.10. Perdas do rendimento das espigas verdes do milho causado por infestantes.......................32
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..........................................................................38
5.1. Conclusões............................................................................................................................38
5.2. Recomendações....................................................................................................................38
VII. ANEXOS............................................................................................................................45
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: perdas de rendimento das espigas em função dos períodos de controlo das infestantes.
.......................................................................................................................................................32
Gráfico 2: Frequência das espécies infestantes.............................................................................35
LISTA DE ANEXOS
LISTA DE SIGLAS
% Porcento
ANOVA Análise de variância
CV Coeficiente de variação
Cm Centímetro
DDE Dias depois a emergência
DDP Dias depois a polinização
FAEF Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
Há Hectare
INE Instituto Nacional de Estatística
Kg/há Quilograma por hectare
M Metro
m2 Metro quadrado
Mm Milímetro
Ml Mililitro
NPK Nitrogénio, Fósforo e Potássio
º Graus
ºC Graus célsius
PCC Período crítico de competição
pH Potencial Hidrogénico
TIA Trabalho de Inquérito Agrícola
ton/há Toneladas por hectare
UEM Universidade Eduardo Mondlane
DDS Dias depois a sementeira
PAI Período Anterior à interferência
PTPI Período Total de Prevenção à interferência
I. INTRODUÇÃO
I.1. Antecedentes
O milho (Zea mays) é o cereal mais importante no mundo depois do arroz e trigo, em termo da
área cultivada e da produção total. Em Moçambique, é o cereal mais importante seguido de trigo,
arroz e sorgo (Tostão et al., 2010).
A produção mundial do milho em 2014, foi estimada em cerca de 1.1 mil milhões de toneladas,
sendo os EUA, China, Brasil, Argentina e Ucrância, os maiores produtores, com a produção
estimada em cerca de 361, 215, 80, 33 e 23 milhões de toneladas respectivamente. Em
Moçambique, foi estimada em cerca de 1.4 milhões de toneladas, contribuindo em 0,10% na
produção mundial (FAOSTAT, 2016).
De acordo com Tostão et al. (2010), o milho é produzido em quase todas as regiões de
Moçambique, sendo as regiões Centro e Norte produzindo um excedente. Segundo Sánchez et al.
(2011) esta cultura é muito importante para a nutrição das populações Moçambicanas e é a
principal fonte de carbohidratos. Além de ser uma das principais culturas alimentares produzidas
internamente, também é um grande contribuinte para a segurança alimentar e no sustento das
famílias rurais.
Dentre os vários factores que afectam a produção do milho, destaca-se a interferência causada
pelas infestantes devido a competição com a cultura na utilização dos recursos (água, nutrientes e
luz), causando elevadas perdas de rendimento (Volpe et al., 2011), que podem variar de 10 a 90%
(Cox et al., 2006; Williams, 2006). Por estes e outros motivos, o controlo das infestantes é
indispensável para o bom desenvolvimento desta cultura. Porém, não é necessário durante todo o
ciclo da cultura para atingir o rendimento máximo, sendo necessária a remoção das infestantes no
período crítico de competição de modo a evitar perdas de rendimento (Donald, 2000). Este
período, é definido como sendo o período de tempo em que medidas de controlo são necessárias
para evitar a continuidade da competição entre a cultura e as infestantes (Hall et al., 1992).
A produção do milho em Moçambique tem aumentado nos últimos anos, porém, o rendimento
médio ainda é estimado em cerca de 750 kg/ha, enquanto os rendimentos potenciais estão na
ordem de 6.500 kg/ha. Entre os vários factores relacionados com esses baixos rendimentos
destaca-se as infestantes. Segundo Cox et al. (2006) e Williams (2006) as infestantes podem
causar a redução de 90 % do rendimento da cultura de milho devido a competição pelos recursos.
Segundo Donald (2000) o controlo das infestantes usando o período crítico de competição entre
a cultura e as infestantes minimiza a redução do rendimento das culturas, pois é neste periodo em
que a competição exercida pelas infestantes tem mais efeito no rendimento. Por outro lado, Volpe
et al. (2011) afirmam que a falta de controlo das infestantes durante este período pode reduzir
cerca de 80% do rendimento potencial da cultura do milho.
De acordo com Knezevic et al. (2002) o período crítico de competição entre as culturas e as
infestantes, varia de acordo com as condições agro-ecológicas da região do cultivo, variedade
usada, espécies infestantes, das práticas culturais, época de sementeira e dos critérios
estabelecidos com relação aos métodos utilizados para sua determinação. Nesta vertente, com o
presente estudo pretendeu-se determinar o período crítico de competição entre as infestantes e a
cultura do milho para as condições locais. Assim, determinando este período, permitirá a
obtenção de informação, que pode ajudar os agricultores a realizarem o controlo das infestantes
em momento oportuno e consequentemente, aumento do rendimento, maior retorno económico,
bem como o uso mais racional dos herbicidas.
I.3. Objectivos
O milho (Zea mays L.) é uma gramínea originária do capim chamado teosinte no sul do México
e o terceiro cereal mais produzido no mundo, depois do arroz e trigo em termos de área cultivada
e da produção total. Em Moçambique, faz parte do grupo das três culturas básicas em termos de
segurança alimentar e ocupa mais de 30 % da terra arável, sendo cultivado por mais de três
quartos das famílias dos 2.5 milhões de agregados familiares. Este cereal é importante na nutrição
das famílias moçambicanas e é a principal fonte de carbohidratos (70 a 73 %), além de conter
quantidades significantes de proteínas (10 %), vitamina A, zinco e ferro. Quanto a alimentação
humana, o milho é consumido em todas províncias de Moçambique e pode ser de forma cozido,
assado, frito, pilado ou moído para obter farinha e muito mais (Sánchez et al., 2011).
O milho é produzido em quase todas as regiões de Moçambique, com as regiões Centro e Norte
produzindo um excedente. A região sul produz menos do que a quantidade consumida, como
resultado, tem que recorrer à fontes de outras áreas, principalmente a África do Sul (Tostão et al.,
2010). De acordo com os dados do TIA (2010-2012), as regiões centro e norte do país
apresentam maiores níveis de produção devido às boas condições agro-ecológicas para a
produção deste cereal comparativamente a região sul.
A produção do milho registou uma redução, atingindo o seu mínimo em 2012 de 1.1 milhões de
toneladas comparado dos 2.1 milhões de toneladas em 2011. Os rendimentos seguiram o mesmo
padrão de redução e atingiu o máximo de 1,2 toneladas / ha em 2011 em comparação com 0,75
toneladas / ha em 2012. De 2012 a 2014, a produção de milho aumentou significativamente, parte
deste bom desempenho é atribuído à expansão da área cultivada (Tabela 2).
Segundo Embrapa (2006) e Fancelli & Dourado Neto (2000), o ciclo da cultura de milho
compreende cinco etapas de desenvolvimento, onde são feitas em cada uma delas, as observações
ao nível da competitividade com as infestantes:
Etapa I- Germinação e Emergência: Este período compreende desde a sementeira até o
aparecimento da plântula, e é variável dependendo da temperatura e da disponibilidade da
humidade no solo, podendo durar 15 dias. A competição nesta fase ocorre na linha de sementeira,
quando se trata principalmente de infestantes de folha estreita.
Etapa II- Crescimento vegetativo: Compreende entre a emissão da segunda folha e o inicio da
floração. É neste período que se define o rendimento potencial do grão e os seus componentes
(número de fileira do grão por espiga, número de grãos por espiga), e considerado o mais
importante em termo de competição, controlo e reflexos no rendimento do grão.
Etapa IV- Frutificação: Este período também conhecido como fase de enchimento do grão, é
compreendido entre a fecundação e o enchimento do grão. Dependendo da variedade e das
condições ambientais a duração desta fase pode variar de 40 a 60 dias. A competição com
infestantes nesta fase resulta em menor peso de grãos.
O impacto na saúde animal pode ocorrer tanto em animais domésticos assim como em animais
selvagens com a ingestão de espécies venenosas. Estas espécies podem ocorrer em área de
pastagem ou no feno reduzindo a qualidade da pastagem e o desempenho dos animais e a
contaminação do leite e seus derivados (Beck, 2004). O impacto estético é o efeito visual das
infestantes. Elas afectam negativamente a aparência da relva do campo de futebol, áreas
recreativas, áreas de aquacultura comercial e recreativa, jardins, rodovias e ferrovias, rios e lagos
e canais de irrigação (Carvalho, 2013).
Além dos impactos negativos também apresentam impactos positivos ao homem e ao ambiente.
Estes aspectos positivos incluem o uso de infestantes como cobertura do solo, o que aumenta a
estrutura do solo, preserva a humidade do solo e reduz a erosão. Podem servir de hospedeiro de
inimigos naturais de certas pragas e patógenos de importância agrícola, usados como fonte de
alimento humano e animal. Algumas infestantes têm propriedades medicinais e outras utilizadas
na ornamentação (Carvalho, 2013).
II.7. Competição
Dentre os componentes do conjunto de interferências, a competição e a alelopatia são os de maior
importância e que ocorrem com maior frequência, porém, devido à dificuldade de isolar os
efeitos destes componentes, tem-se procurado quantificar os efeitos do conjunto de interferências
(Velini, 1997). A competição entre plantas é parte fundamental na ecologia dos vegetais e ocorre
quando duas ou mais plantas utilizam recursos para seu crescimento e desenvolvimento, os quais
estão limitados no ecossistema comum. Portanto, a competição exercida pelas infestantes sobre
as culturas é considerada a principal causa de redução do rendimento em cultivos agrícolas, pois
estas requerem, para seu crescimento e desenvolvimento, sempre os mesmos recursos que as
culturas (Carvalho, 2013).
A competição pode ser de uma forma directa através da concorrência por nutrientes, água, luz e
espaço e indirecta quando as infestantes produzem produtos químicos alelopáticos
(Hasanuzzaman, 2015). O impacto da competição das infestantes na cultura do milho pode variar
durante as diferentes fases de desenvolvimento, de acordo com a habilidade competitiva da
cultura e das infestantes ao longo do ciclo de vida (Tollenaar et al., 1994).
O efeito da competição das infestantes no rendimento das culturas é influenciado por três
principais variáveis. A mais importante é o momento em que as infestantes emergem em relação
Cremildo Sebastiã o Nhavoto UEM/FAEF – Projecto Final 9
Determinação do período crítico de competição entre as infestantes e a cultura do
milho (Zea mays L.)
a cultura (Kropff e Spitters, 1991), pois infestantes que emergem com ou ligeiramente depois da
cultura são mais competitivos e resultam em maiores perdas de rendimento, ao passo que as
infestantes que emergem depois da cultura são menos competitivos em termos de redução de
rendimento da cultura, mas podem ser considerados problemáticos ao reduzirem a qualidade do
produto final (Swanton et al., 2015). A densidade das plantas infestantes é a segunda variável
mais importante, e está relacionada com a duração de competição e a terceira variável está
relacionada com habilidade competitivas das infestantes. Estes factores, são influenciados pelas
condições ambientais, incluindo condições de clima e de solo e práticas culturais, tais como nível
de adubação, espaçamento, rotação de culturas e outros (Van Heemst, 1986).
Kozlowski (2002), no seu estudo quando a cultura de milho conviveu com as infestantes em todo
ciclo verificou a redução em média de 87 % no rendimento do grão, quando comparado com a
cultura do milho livre das infestantes em todo o ciclo. Duarte et al. (2002), avaliando o efeito da
competição exercida pelas infestantes na cultura de milho, verificaram que a competição reduziu
o diâmetro do colmo, peso de espiga e peso de grãos, em 14 %, 22 % e 22 % respectivamente.
Silva et al. (2015) avaliando o crescimento e rendimento do milho sob competição da tiririca
(Cyperus spp.), verificaram a redução no acúmulo de matéria seca total, no peso das espigas e dos
100 grãos e no rendimento do milho e o aumento da altura das plantas e de inserção da espiga.
Hall et al. (1992), constataram que se as infestantes não forem controladas antes do estágio
fenológico V3 (12 DDE) ou V4 (16 DDE) do milho, uma rápida e irreversível redução do
rendimento do grão ocorrerá mesmo se as infestantes forem controladas no restante do ciclo de
desenvolvimento da cultura. Porém, Cox et al. (2006) verificaram que a competição com
infestantes até o estágio V3 (12 DDE) ou V4 (16 DDE) não influenciou significativamente o
rendimento do grão, sendo similar ao controle, porém quando a competição com as infestantes
prolongou-se até os estágios V5 (17 DDE) ou V6 (21 DDE) e V7 (25 DDE) ou V8 (28 DDE) as
reduções no rendimento do grão foram de 25 e de 42 %, respectivamente, quando comparado ao
controle. A competição durante todo o ciclo do milho reduziu o rendimento do grão em 71 %.
Segundo Vargas et al. (2006) a competição por água durante a fase vegetativa reduz o acúmulo
da matéria seca, da biomassa e índice da área foliar, assim como induz o fecho dos estomas
fazendo com que a fotossíntese seja paralisado e o rendimento do grão é afectado negativamente.
representam o tempo necessário para o controlo das infestantes de modo a evitar a redução do
rendimento.
A determinação do período período crítico de competição tem sido relatada com base em dias
depois a emergência da cultura (Kozlowski et al., 2009), dias depois a sementeira (Singh et al.,
2016) e fenologia (Duarte, 2002 & Kozlowski, 2002). Para a cultura do milho este período
corresponde em média entre 20 a 60 dias depois a emergência, que em termo de número de folhas
corresponde ao intervalo entre a terceira folha (V3) e a décima segunda (V12). É neste período
que se define o número de fileiras por espiga e o tamanho da espiga (Vargas et al., 2006; Volpe
et al., 2011,).
Daniya e Abdullahi (2013), com objectivo de determinar o período óptimo para o controlo das
infestantes em milho doce, concluíram que este período ocorreu entre 15 DDS a 30DDS. De
acordo com Knezevic et al. (2002), o começo tardio do período crítico de competição é possível
quando as perdas de rendimento e a competitividade das infestantes são menores do que o
esperado, isso devido à emergência tardia das infestantes. Da mesma forma, o final antecipado do
período crítico pode ocorrer quando existem perdas de rendimento menores do que o esperado
devido à emergência mais precoce das infestantes.
Kozlowski (2002), avaliando o período crítico entre as infestantes e a cultura de milho baseado
em estágios fenológicos, constatou que o PCC começa a partir do estágio V2 (7DDE) e termina
no estágio V7 (25DDE). Pitelli e Ramos (1994), avaliando o efeito dos diferentes períodos de
controlo das infestantes no rendimento da cultura do milho, concluíram que em condições de
maior incidência das infestantes afectou significativamente o rendimento do grão e que o período
crítico de competição iniciou aos 14 DDE e terminou aos 42 DDE. Singh et al. (2016),
determinando o período para o controle das infestantes no milho primavera no noroeste da Índia,
concluíram que o PCC entre as infestantes e a cultura do milho primavera começou 30 dias após
a sementeira e terminou 60 dias após a sementeira.
As razões da variabilidade observada em diversos trabalhos para o início e fim do período crítico
de competição devem-se às diferenças na adubação nitrogenada, na composição da comunidade
infestante, na densidade e época de emergência das infestantes nos diferentes locais. Porem¸
duração deste período varia dependendo de vários factores, incluindo características da cultura,
variedade, do local, espécies infestantes, condições ambientais e edáficas (Hall et al., 1992), das
práticas culturais, época de sementeira e dos critérios estabelecidos com relação aos métodos
utilizados para determinar o período crítico de competição (Knezevic et al., 2002). Segundo
Martin et al. (2001), os padrões de emergência das espécies infestantes e o seu tamanho do banco
de sementes são factores importantes que influenciam o momento e a duração do período crítico
de competição.
Controlo biológico - consiste no uso de inimigos naturais (insectos, aves, bactérias, fungos,
vírus, entre outros) de modo a reduzir a população das infestantes e consequentemente a
capacidade competitiva.
Controlo químico - consiste no uso de herbicidas para controlar as infestantes.Este método tem
vantagem de ser eficiente e a rápido, evitando a competição de infestantes desde o
estabelecimento da cultura, não causa danos às raízes das culturas, não revolve o solo e controla
as infestantes na linha da cultura. Já as desvantagens estão relacionadas com a necessidade de
equipamentos adequados e sua manutenção permanente, necessidade de capacitação dos
produtores e mão-de-obra especializada, que quando não ocorre gera aplicações incorrectas com
severos danos ao meio ambiente e o controlo ineficiente das infestantes (Volpe et al., 2011).
3.1.2 Tratamentos
Foram avaliados oito (8) tratamentos (tabela3), sendo que cada tratamento com 40 plantas, com
um espaçamento de 75 cm entre linhas e 25 cm entre plantas da mesma linha, perfazendo no total
A definição dos tratamentos baseou-se no método proposto por Knezevic et al. (2002), em que
para seleccionar o período apropriado para remoção das infestantes, deve se seleccionar primeiro
um ou dois períodos em torno da fase inicial do ciclo da cultura para melhor determinar o início
suspeito do período crítico de competição e em segundo seleccionar um a três momentos em
torno da fase final do ciclo da cultura para melhor determinar o fim do período crítico de
competição. A remoção das infestantes durante os diferentes períodos de controlo foi realizada
por meio de sacha manual.
Tratamento Descrição
s
1 Controlo de infestantes em todo o ciclo da cultura (90 dias)
2 Controlo de infestantes nos primeiros 15DDE
3 Controlo de infestantes nos primeiros 45DDE
4 Controlo de infestantes nos primeiros 75DDE
5 Sem controlo de infestantes nos primeiros 15DDE
6 Sem controlo de infestantes nos primeiros 45DDE
7 Sem controlo de infestantes nos primeiros 75DDE
8 Sem controlo de infestantes em todo ciclo da cultura (90 dias)
DDE- dias Depois da emergência
Número de fileiras por espiga e número de grãos por fileira e por espiga - fez -se a contagem
do número de fileiras por espiga e de grãos por fileira e por espiga em cada espiga da planta.
Peso médio das espigas- com ajuda de uma balança, foram pesadas as espigas desempalhadas e
a medição foi feita depois da colheita.
Com base nas equações de regressão foram determinados o PAI e PTPI para os níveis de
tolerância de 5 % de redução do rendimento expresso em ton/ha das espigas verdes, em relação
ao tratamento mantido livre das infestantes (Knezevic et al., 2002). A opção pelo modelo de
Gompertz é pelo facto de proporcionar o bom ajuste do rendimento e que todos os componentes
da equação apresentam significado biológico, conforme descrito acima. Segundo Hall et al.
(1992), o modelo de Gompertz é usado para descrever o efeito de aumento da duração do período
livre das infestantes no rendimento relativo e para determinar o período total de prevenção da
interferência.
Densidade da especie i
Densidade relativa (Dr) = x 100
Densidade de todas as especies
parte é resultado da intensa competição por água e nutrientes, pois a competição por estes
recursos limita o crescimento aéreo e radicular da planta (Vargas, et al., 2006). Por outro lado, as
culturas não possuem uma alta capacidade competitiva comparativamente às infestantes, o que as
dificulta absorver água e sais minerais para o seu crescimento e desenvolvimento (Mortimer,
1994; Zimdahl, 2007).
Tabela 5: Comparação de médias das alturas das plantas em diferentes períodos de controlo das
infestantes
Observa – se ainda na tabela 5 que, dentre os tratamentos sem controlo inicial a maior altura das
plantas foi observado no tratamento sem controlo nos primeiros 15 DDE, em ambas medições (50
DDE e 85 DDE), isto porque a cultura do milho passou a maior parte do ciclo biológico livre da
competição com as infestantes, o que possibilitou maior absorção de água e nutrientes e
consequentemente maior crecimento e desenvolvimento das plantas. Para os tratamentos com
controlo inicial não diferiram entre si estatisticamente. Por outro lado, sem controlo das
infestanes até aos 45 DDE e 75 DDE afectou negativamente a altura das plantas mesmo
controlando no restante do ciclo da cultura.
As maiores reduções do número de médio de fileira por espiga foram observadas nos tratamentos
sem controlo das infestntes nos primeiros 45, 75 DDE e em todo o ciclo da cultura, com 9,05%,
9,63% e 12,84 % respectivamente. Estas reduções podem estar associadas à menores diâmetros
das espigas formadas, em virtude de competição exercida pelas infestantes, pois o diâmetro da
espiga tem uma relação directa com o número de fileira de grãos.
Tabela 6: Comparação das médias de número de fileiras por espiga (NFE), em diferentes
períodos de controlo das infestantes.
Tratamento NFE*
Controlo em todo ciclo 15,58 ad
Controlo nos 1os 15 DDE 15,01 ac
Controlo nos 1os 45 DDE 16,17 d
Controlo nos 1os 75 DDE 15,08 ac
Sem Controlo nos 1os 15 DDE 15,38 ad
Sem Controlo nos 1os 45 DDE 14,17 bc
Sem controlo nos 1os 75 DDE 14,08 b
Sem controlo em todo ciclo 13,58 b
* Médias com mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si com base no teste de Duncan a nível de
significância de 5%; *1os – primeiros
Tabela 7: Comparação das médias de número de grãos por fileira (NGF), em diferentes períodos
de controlo das infestantes.
Tratamento NGF*
Controlo em todo ciclo 35,00 ab
Controlo nos 1os 15 DDE 31,67 ae
Controlo nos 1os 45 DDE 34,79 ab
Controlo nos 1os 75 DDE 35,88 ab
Sem Controlo nos 1os 15 DDE 36,67 b
Sem Controlo nos 1os 45 DDE 28,92 de
Sem controlo nos 1os 75 DDE 21,83 c
Sem controlo em todo ciclo 25,75 cd
* Médias com mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si com base no teste de Duncan a nível de
significância de 5%; *1os – primeiros
Os tratamentos com controlo das infestantes até aos 15, 45 e 75 DDE proporcionaram o mesmo
número de grãos por fileira. Quando a cultura do milho conviveu com as infestantes nos
primeiros 15DDE o número de grãos por fileira não foi significativamente afectado, mostrando
que os recursos disponíveis supriam a cultura e as infestantes. Porém, quando se prolongou a
convivência até aos 45 DDE, uma rápida e irreversível redução do número de grãos por fileira
ocorreu mesmo controlando no restante ciclo da cultura (tabela 7).
Houve maiores reduções de número de grãos por espiga de 25%, 43,74% e 35,89 %, nos
tratamentos sem controlo das infestantes até aos 45, 75 DDE e em todo ciclo respectivamente. A
redução do número de grãos por espiga devido a competição é atribuída à formação de um menor
número de flores, à menor fecundação devido ao aumento da protandria e ao abortamento de
grãos após a fertilização (Hashemi-Dezfouli e Herbert, 1992), e também à ocorrência da
competição por água durante a polinização (Herrero e Johnson, 1981).
Tabela 8: Comparação das médias de número de grãos por espiga (NGE), em diferentes períodos
de controlo das infestantes.
Tratamento NGE*
Controlo em todo ciclo 546,09 ab
Controlo nos 1os 15 DDE 478,41 be
Controlo nos 1os 45 DDE 562,37 a
Controlo nos 1os 75 DDE 541,05 ab
Sem Controlo nos 1os 15 DDE 579,87 a
Sem Controlo nos 1os 45 DDE 409,57 de
Sem controlo nos 1os 75 DDE 307,25 c
Sem controlo em todo ciclo 350,08 cd
Médias com mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si com base no teste de Duncan a nível de
significância de 5%; *1os – primeiros
Tratamento PME(gramas)
Controlo em todo ciclo 198,42abc
Controlo nos 1os 15 DDE 181,59abc
Controlo nos 1os 45 DDE 222,02ab
Controlo nos 1os 75 DDE 218,19ab
Sem Controlo nos 1os 15 DDE 229,41b
Sem Controlo nos 1os 45 DDE 176,85ac
Sem controlo nos 1os 75 DDE 117,93d
Sem controlo em todo ciclo 158,17cd
Médias com mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si com base no teste de Duncan a nível de
significância de 5%; *1os – primeiros
As reduções significativas do peso médio da espiga foram observadas nos tratamentos com
controlo das infestantes até aos 15 DDE (8,48 %), e, sem controlo nos primeiros 45 (10,87 %,),
75 DDE (40,57 %) e em todo o ciclo (29,29 %), em relação ao tratamento com controlo das
infestantes em todo o ciclo. Duarte et al. (2002) e Silva et al. (2015), também observaram a
redução no peso da espiga devido a competição por recursos imposta pelas infestantes.
O baixo rendimento foi observado quando a cultura do milho conviveu com as infestantes nos
primeiros 75 DDE (7,56 ton). Este facto está associado à convivência da cultura com maiores
densidades das infestantes em quase todo ciclo biológico, o que culminou em competição por
recursos em todas fases críticas da cultura. Segundo Vargas et al. (2006) a competição por água
durante a fase vegetativa, reduz o acúmulo da matéria seca, da biomassa e índice da área foliar,
assim como induz o fecho dos estomas fazendo com que a fotossíntese seja paralisado e o
rendimento das espigas é afectado negativamente. Segundo Ampong-Nyarko (1994), o baixo
rendimento sem controlo das infestantes, deve-se à competição inter-específica entre a cultura e
as infestantes pelos recursos durante todo o ciclo da cultura. Resultados similares foram obtidos
por Daniya & Abdullahi (2013) e Sunitha et al. (2010) que demonstraram que a competição
imposta pelas infestantes reduz significativamente o rendimento das espigas verdes do milho.
Tabela 10: Comparação de médias do rendimento das espigas verdes (RE) em diferentes
períodos de controlo das infestantes.
Tabela 11: Correlação entre as variáveis avaliadas e o rendimento das espigas de milho.
A análise indica que houve uma relação directa positiva entre o rendimento das espigas e a altura
das plantas, isto é com o aumento de uma unidade na altura do milho houve uma contribuição
directa no rendimento e seus componentes. Entre os componentes de rendimento, o número de
grãos por fileira por espiga (NGF) e o peso médio da espiga (PME) apresentaram maiores
coeficientes de correlação, contribuindo de forma directa no rendimento da cultura. De um modo
geral todos os componentes tiveram efeito directo no rendimento das espigas.
Quanto a relação entre a densidade das infestantes e altura das plantas, rendimento e seus
componentes não foi significativa. Por sua vez, a relação foi negativa e classifacada como fraca a
moderada. Portanto, isso demonstra que a densidade das infestantes teve uma fraca influência
sobre a altura das plantas, rendimento e seus componentes.
Na Figura 2, estão representadas as duas curvas ajustadas pela equação de regressão não linear,
uma representando os rendimentos obtidos sem controlo inicial das infestantes que foi o período
anterior à interferência (PAI) e a outra representando os rendimentos obtidos com controlo inicial
que é o período total de prevenção da interferência (PTPI).
Adoptada uma perda de rendimento das espigas de 5 %, o período anterior à interferência (PAI)
foi de 21 DDE e período total de prevenção à interferência (PTPI) foi de 53 DDE. Sendo assim, o
período crítico de competição (PCC) correspondeu entre 21 a 53 DDE, período em que ocorre a
definição de número de fileira na espiga e o tamanho da espiga. Resultados similares foram
obtidos por Singh et al., (2016), em que obtiveram o PAI de 30 dias depois a sementeira (DDS) e
PTPI de 60 dias depois a sementeira (DDS). Porém, estes resultados diferem dos obtidos por
Daniya e Abdullahi (2013), em que estimando o período crítico de competição das infestantes
(PCC) com o milho na Nigéria, constataram que o PAI e o PTPI corresponderam os 15 DDS e 30
DDS respectivamente. Mahmoodi e Rahimi (2009) estimando o período crítico de competição
das infestantes no Irão, obtiveram o PAI e PTPI de 15 DDE e 59 DDE respectivamente.
As razões das diferenças observadas para o início e fim do período crítico de competição podem
ser explicadas pelas diferenças na composição da comunidade infestante, na densidade e época de
emergência das infestantes nos diferentes locais, assim como nas épocas de condução dos
ensaios. Segundo Hall et al. (1992) e Knezevic et al. (2002), a duração do período crítico de
competição varia de acordo com as características da cultura, variedade, espécies infestantes,
condições ambientais e edáficas, das práticas culturais, época de sementeira e dos critérios
estabelecidos com relação aos métodos utilizados para determinar o PCC. Para Martin et al.
(2001), os padrões de emergência das espécies infestantes e o seu tamanho do banco de sementes
são factores importantes que influenciam o momento e a duração do período crítico de
competição. Portanto, a variedade usada, composição da comunidade infestante, densidade das
infestantes e a época de condução dos ensaios, apresentam-se como sendo os principais factores
da diferença entres os resultados obtidos no presente estudos e dos outros autores.
Notou-se no presente estudo, um começo tardio do período crítico de competição. Este facto é
explicado pela menor competitividade da comunidade infestante em relação a cultura do milho.
De acordo com Knezevic et al. (2002), o começo tardio do período crítico de competição é
possível quando as perdas de rendimento e a competitividade das infestantes são menores do que
esperado.
40 36.36
Perdas de rendimento(%)
35
30.81
30
25 23.31
20 16.75
15 Com controlo inicial
Sem controlo inicial
10 8.33
4.63 5.56
5
0
0
15 45 75 90
Dias depois a emergência
Gráfico 1: perdas de rendimento das espigas em função dos períodos de controlo das infestantes.
De um modo geral verifica-se que, as infestantes que emergiram antes ou simultaneamente com a
cultura (sem controlo nos primeiros 45, 75 DDE e em todo o ciclo) ou ligeiramente após (15 dias
de controlo inicial), causaram reduções mais severas no rendimento das espigas, pois as
infestantes que emergem com ou ligeiramente depois da cultura são mais competitivos e resultam
espécies como Digitaria debilis e Digitaria ciliaris ocorreram em apenas 4,76% das parcelas
(Gráfico 2). Portanto, algumas espécies como Cyperus rotundus, Cenchrus ciliaris, Commelina
bengalensis observados, corroboram com aquelas obtidas por Ramos e Pitteli (1996) e são
citados como próblemáticos na cultura do milho (Katri, 2012; Ndam et al., 2014; Vargas et al.,
2006).
100 95.24
85.71
80 71.43
66.67
60
Frequência relativa(%)
40 33.33
23.81
20 14.29
4.76 4.76
0
lis
is
is
ica
is
ea
es
sis
du
str
iar
iar
bi
ac
id
nd
len
un
re
cil
cil
de
ler
sio
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ha
ao
us
ria
ria
lo
st
sr
sin
ng
hr
ce
ita
ita
lac
lu
ru
eu
be
nc
bu
ig
ig
na
pe
rtu
El
Ce
D
D
na
i
re
Cy
Tr
Po
eli
ph
m
om
m
G
Co
Na tabela 14 nota-se que, a espécie Gomphrena cilosoides apresentou em média maior densidade
(180 plantas/m2) relativamente a todas outras espécies, devido ao seu rápido crescimento e
cobertura do solo, impedindo o desenvolvimento das outras espécies, acreditando que a
competição ocorreu por causa desta espécie. Depois da Gomphrena cilosoides, a mais densa foi
Cenchrus ciliaris (28 plantas/m2) seguido de Cyperus rotundus (27 plantas/m2). As outras
espécies como Digitaria ciliaris e Digitaria debilis, de forma geral apresentaram baixas
densidades. Este facto, pode estar associado a fraca capacidade de disseminação ou falta de
condições adequadas para o desenvolvimento destas espécies. Segundo Radosevich et al.
(1997), a medida que ocorre o desenvolvimento das infestantes, especialmente daquelas que
germinam e emergem no início do ciclo da cultura, intensifica-se a competição inter e intra-
específica, de modo que as infestantes mais altas e desenvolvidas tornam-se dominantes, ao
passo que as menores são suprimidas ou morrem.
As densidades encontradas neste estudo foram menores do que as encontradas por Blanco et al.
(1973), que chegaram a encontrar 742 plantas/m 2, mas foram superiores as encontradas por
Ramos e Pitelli (1994), que encontraram no máximo 330 plantas/m2.
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
V.1. Conclusões
Diante das condições experimentais e pelos resultados obtidos durante o trabalho, pode-se
concluir que:
V.2. Recomendações
Para os investigadores há necessidade que eles realizem estudos similares com a mesma
variedade em outras zonas agroecológicas do país, em diferentes épocas de cultivo e em
regiões onde há predominância das espécies infestantes monocotiledóneas, dado que estas
são mais competitivas com a cultura do milho e o período crítico de competição entre as
culturas e as infestantes varia de região agro ecológico para outra.
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Cremildo Sebastiã o Nhavoto UEM/FAEF – Projecto Final 40
Determinação do período crítico de competição entre as infestantes e a cultura do
milho (Zea mays L.)
VII. ANEXOS
T2 T4 T5
T4 T7 T4
T7 T8 T3
9.5 m