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CURSO ENGENHARIAAGROPECUÁRIA
Eu, Bento Filipe Jemusse declaro por minha honra que esta monografia é
resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetido para a obtenção do grau de
licenciatura na Faculdade de Ciências Agrária da Universidade Zambeze. Nunca antes
foi submetida para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra
Universidade.
____________________________________________
(Assinatura do candidato)
I
RESUMO
Com objectivo de avaliar o efeito da combinação da cobertura morta e tutoramento no
desempenho produtivo do tomate (Lycopersicon esculentum L.) nas condições edafo-
climáticas de vila de Ulónguè, foi conduzido um ensaio no campo da Faculdade de
Ciências Agrária no período compreendido entre Dezembro do ano 2016 á Maio de
2017. O delineamento experimental foi de Blocos Completos Casualizado (DBCC),
com quatro tratamentos, (T0: sem a cobertura morta e sem tutores; T1: com a cobertura
morta e sem tutores; T2: sem a cobertura morta mas com tutores e T3: com a cobertura
morta e com tutores)e três repetições. No estudo foram analisadas as variáveis altura da
planta, Peso de cada fruto, número de frutos por planta, número de frutos comerciais,
rendimento dos frutos. A análise de variância foi feita a partir do programa estatístico
SPSS – Statistical Productand Social Service (Versão 16.0), á prova de categoria
múltipla Turkey a 5% de significância. De acordo com os resultados da análise feita, o
tratamento 3 (T3),apresentou melhor desempenho, tendo uma produtividade de
40.2467ton/ha.
II
ABSTRACT
The objective of this study was to evaluate the effect of mulching and mentoring
on the productive performance of tomato (Lycopersicon esculentum L.) in the soil and
climatic conditions of Ulônguè village, a study was conducted at the Faculty of
Agrarian Sciences in the period between December Year 2016 to May 2017. The
experimental design was a randomized complete block (DBCC), with four treatments,
(T0: without dead cover and without tutors, T1: with dead cover and without tutors; T2:
without dead cover But with tutors and T3: with the mulch and with tutors) and three
repetitions. In the study were analyzed the variables plant height, weight of each fruit,
number of fruits per plant, number of commercial fruits, yield of fruits. The analysis of
variance was done from the statistical program SPSS – Statistical Productand Social
Service (Version 16.0), á Multiple category Turkey test at 5% significance. According
to the results of the analysis, treatment 3 (T3) presented better performance, with a
productivity of 40.2467ton / ha.
Key words: Lycopersicon esculentum L., mulch and mentoring
III
DEDICATÓRIA
Dedico a Deus, pela vida e saúde.
Ao meu pai, Filipe Jemusse Wilson pela educação e apoio, que tem me dado durante a
Aos meus irmãos, Santos, Anuário, Simão, Teresa, Anaracia, Gilda e Isabel pela união,
compreensão e companheirismo, que tenham tudo de bom na vida.
Dedico a minha namorada Doca Manuel António e minha filha recém naecida Giseli
Bento Filipe Jemusse, que tenham muito sucesso, felicidade e amor na vida.
Ao meu supervisor Eng°. Borges Brás e sua preciosa família, que tenham muito
sucesso, muita felicidade e muito amor para toda vida.
Aos meus colegas e amigos, que tenham muito sucesso, felicidade e amor para toda
vida e continuem sendo as mesmas pessoas.
IV
AGRADECIMENTOS
À Deus, por me permitir chegar até aqui;
Aos colegas, académicos e amigos por todas as vezes que demonstraram carinho e me
incentivaram para a realização deste trabalho e pela amizade;
Ao meu primo Engo. Loyalty Pedro António e sua Família, pela recepção e por ser uma
fonte de expiração.
Aos amigos, Macário, Mário, Adão e Carlos, pelo apoio, incentivo e troca de
experiência;
Muito Obrigado!
V
Sumarrio
DECLARAÇÃO DE AUTORIA ................................................................................ I
RESUMO ................................................................................................................. II
DEDICATÓRIA ..................................................................................................... IV
AGRADECIMENTOS ............................................................................................. V
1.3.Hipóteses ............................................................................................................. 3
1.4.Objectivos ........................................................................................................... 3
1.4.1.ObjectivoGeral ................................................................................................. 3
VI
2.3.1.Clima e luz ....................................................................................................... 6
2.3.3.Solo e pH .......................................................................................................... 7
2.7.3 Adubação........................................................................................................ 11
2.7.8.Colheita .......................................................................................................... 13
3.2.1.Clima .............................................................................................................. 15
3.2.2.Topografia ...................................................................................................... 15
3.2.3.Solo ................................................................................................................ 15
VII
3.2.3.Dados climáticos............................................................................................. 15
3.3.Metodologia de pesquisa.................................................................................... 16
3.3.1.Delineamento.................................................................................................. 16
3.4.2.Transplantação ................................................................................................ 18
3.4.3.Adubação........................................................................................................ 18
3.4.6.Colheita .......................................................................................................... 19
5.2. Recomendação.................................................................................................. 27
ANEXOS ................................................................................................................ 35
VIII
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1: Produção mundial de tomate em 2011............................................................ 5
Tabela 3: Espaçamentos recomendados para a cultura. ................................................ 12
Tabela 3: Descrição da variedade. ............................................................................... 16
Tabela 5:Valoresmédios da altura da planta (AP) em cm. ............................................ 21
Tabela 6: Valores médios de número de frutos por planta. ........................................... 22
Tabela 7: Valores médios de número de frutos comerciais. ......................................... 23
Tabela 8: Valoresmédios do peso de cada fruto. .......................................................... 24
Tabela 9: Valores médios do rendimentoem ton/ha. .................................................... 25
LISTAS DE DE FIGURAS
Figura 1. Mapa do distrito de Angónia. ....................................................................... 14
Figura 2: Tempeturas durante a realização do experimento.......................................... 15
Figura 3: Precipitaçãodurante a realização do experimento .......................................... 16
Figura 4: Esquemado campo. ...................................................................................... 17
IX
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AP-Altura da planta
CAN-Clácio e Nitrogénio
mm– Milímetro
X
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.Generalidade da cultura
A cultura do tomate (Lycopersicon esculentum L.) pertence a família Solanáceae
e apresenta uma grande importância económica sendo hoje a segunda hortícola mais
produzida no mundo, atingindo em 2009 a produção de 141.400.629 toneladas
(ARAUJO, 2011). Em Moçambique , actualmente apresenta produção nacional da
cultura de 92 mil toneladas (MASA, 2013).Segundo ARMANDO (2012), a
produtividade nacional de tomate já atingiu as 40 toneladas por hectare, cifraque se
situa muito próximo dos padrões internacionais, que fixam entre 45 e 60 toneladas o
volume de produção numa área de 10 mil metros quadrados para as variedades de
crecimento determinado.
Cercade 80% da produção do tomate ocorre nas províncias de Nampula,
Zambézia, Tete, Manica e Sofala (MASA, 2013). Esta actividade é dominada por
pequenos agricultores que atingem níveis de produtividade relativamente altos e,
consequentemente, beneficiam de lucros elevados (MASA, 2013).
1
tratos culturais e proporcionando a produção de frutos de boa qualidade. Esta prática
preconiza-se a redução do espaçamento entre plantas e a condução de uma haste por
planta, com o objectivo de aumentar a produtividade de frutos em relação à condução
tradicional com duas hastes por planta (WAMSER et al;. 2007).
1.1. Problema
O distrito de Angónia (Vila Ulónguè) apresenta condições edafo-clímaticas
favoráveis para os produtores alcançarem altas produtividades agrícolas. O tomate é
uma das principais hortícolas produzidas em Moçambique sobretudo em Angónia. Em
controversas a não utilização da cobertura morta e do tutoramento cria efeitos negativos
no crescimento e desenvolvimento da cultura de tomate, e consequentemente tem
ocasionando a baixa produtividade e produção de frutos de menor valor comercial, deste
modo reduzindo a renda familiar.
1.2. Justificativa
Produzir utilizando a cobertura reduz a compactação do solo mantendo-o poroso
e com temperatura constante, diminui perdas de nutrientes por lixiviação e volatilização
optimizando o uso do fertilizante, impede a proliferação de ervas daninhas tornando
desnecessário o uso de herbicidas (SILVA et al.,2008). Sendo o solo um dos
constituintes básicos para obtenção de plantas com excelente desenvolvimento e,
consequentemente, frutos de alta qualidade, se fazem necessárias tecnologias
apropriadas, dentre as quais se destaca a cobertura morta do solo (FIGUEIRA, 2008).
Para SILVA et al. (2008), o tutoramento é uma prática que melhora qualidade
fitossanitária dos frutos, facilita a colheita, aumenta a população de plantas por área e
também, propicia uma ventilação mais eficiente e insolação mais uniforme. O sistema
mais eficiente e barato para o tutoramento do tomate, é feito com estacas vertical.
2
1.3.Hipóteses
H0: Não existe diferença significativa entre os tratamentos (T0=T1=T2=T3) nas
variáveis em estudo.
1.4. Objectivos
3
CAPÍTULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.2.Morfologia da cultura
De acordo com PURSEGLOVE (1991), o desenvolvimento das características
culturais, tipo de cultivo (com solo, sem solo, céu aberto, estufas), época de plantio,
Raíz: sistema radicular vigoroso com raíz axial que se desenvolve até atingir
uma profundidade de 50 cm ou mais. A raíz principal produz um denso conjunto de
raízes laterais e adventícias (RIBEIRO & RULKENS, 1999).
Caule: o seu porte varia entre erecto a prostrado. Cresce até atingir uma altura
de 0.5-4 m. O caule é sólido, áspero, peludo e glandular (ARMANDO, 2012).
Folhagem: folhas dispostas de forma helicoidal, com 15-50 cm de comprimento
e 10-30cm de largura. As folhas são de forma oval até oblonga, cobertas com pelos
glandulares. Entre as folhas maiores encontram-se pequenas folhas pinadas. O pecíolo
tem um comprimento de 3-6 cm (RIBEIRO & RULKENS, 1999).
Flores: As flores são bissexuais, regulares e têm um diâmetro de 1,5-2 cm. No
geral, há seis pétalas com um comprimento que pode atingir 1cm, de cor amarela e
recurvam quando maduram. Há seis estames, e as anteras são de cor amarelas claras
dispostas em redor do estilete previsto de uma ponta alongada estéril (ARMANDO,
2012).
4
Fruto: uma baga carnosa, de forma globular a achatada e com 2-15 cm de
diâmetro. A cordo fruto maduro varia entre amarelo, cor-de-laranja a vermelho, no
geral, o fruto é redondo, com uma superfície lisa ou canelada (RIBEIRO &RULKENS,
1999).
Sementes: abundantes, com forma de rim ou de pêra. São peludas, de cor
castanha clara, com 3-5 mm de comprimento e 2-4 mm de largura. O embrião está
envolto no endosperma. O peso de 1000 sementes é, aproximadamente, de 2,5 – 3,5 g
(RIBEIRO & RULKENS, 1999;ARMANDO, 2012).
2.2.1.Produção em Moçambique
A produção de tomate em Moçambique atingiu 40 toneladas por hectare, um
feitoequivalenteaoque se regista ao nível internacional, quevaria de 45 à 60 toneladas o
volume de produção em uma área de 10 mil metros quadrados, segundo estimativas do
5
Programa de Apoioao Desenvolvimento Económico e Empresarial (SPEED, 2012).
Fonte:http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor
2.3.1.Clima e luz
Segundo WAMSER et al. (2007) o tomate requere um clima relativamente
fresco, árido, para dar uma produção elevada de primeira qualidade. Contudo, esta
planta adaptou-se a um amplo leque de condições climáticas, variando entre temperada
a quente e húmida tropical.
6
A temperatura óptima da maioria das variedades situa-se entre 21 a 24 °C. As
plantas podem sobreviver certa amplitude de temperatura, mas abaixo de 10 °C e acima
de 38 °C danificam-se os tecidos das mesmas (HACHMANN et al., 2014).
Para MARIM et al. (2005) a intensidade da luz afecta a cor das folhas, a
frutificação e a cor dos frutos. Quando durante a inflorescência há períodos persistentes
de tempo fresco ou quente, reduz-se a produção de pólen e isto terá influência na
frutificação.
2.3.2.Água e humidade
De acordo com WAR et al. (2011) a cultura de tomate não é resistente à seca.
Por conseguinte, os rendimentos diminuem consideravelmente após curtos períodos de
escassez de água. É importante regar as plantas com frequência, particularmente durante
a florescência e a frutificação.
MELO (2012), a quantidade de água necessária depende do tipo de solo e das condições
climáticas (pluviosidade, humidade e temperatura). Em solos arenosos é particularmente
importante regar com frequência (p.ex. 3 vezes por semana).
Segundo JUNIOR (2012), é necessário regar, aproximadamente, 20 mm de
água por semana em condições frescas e, aproximadamente, 70 mm durante os períodos
quentes e secos. FILGUEIRA (2008), relata que a aplicação de água desempenha um
papel crucial para a obtenção duma maturidade uniforme e para a redução da ocorrência
do apodrecimento apical, uma desordem fisiológica associada com o abastecimento
irregular de água e, por conseguinte, uma deficiência de cálcio nos frutos durante o seu
crescimento.
2.3.3.Solo e pH
A cultura de tomate cresce bem na maioria dos solos com uma capacidade
apropriada de retenção de água, arejamento, e isentos de salinidade. A planta prefere
solos franco-arenosos profundos, bem drenados (FACTOR et al., 2009).
A camada superficial deve ser permeável. Uma espessura do solo de 15 até 20
cm é favorável para o desenvolvimento de uma cultura saudável. Caso se trate de solos
argilosos pesados, uma lavoura profunda permite uma melhor penetração das raízes
(BACCI, 2006).
De acordo com FILGUEIRA, (2008) essa cultura é moderadamente tolerante a
valores de pH de uma amplitude ampla (nível de acidez), mas desenvolve-se bem em
7
solos com um pH= 5,5 à 6,8 com uma disponibilidade e abastecimento apropriados de
nutrientes. A adição de matéria orgânica é, geralmente, favorável para um crescimento
adequado.
8
2.4.3. Efeitos da cobertura morta na fertilidade do solo, nutrição das plantas e na
produção.
O pH do solo influencia na disponibilidade de vários nutrientes para as plantas,
e como a cobertura afecta o pH do solo, consequentemente afecta a disponibilidade de
nutriente, um exemplo é a utilização de restos de árvores como cobertura para aumentar
a disponibilidade de Mn, outro já relativo ao aumento de nutriente, ocorre com
cobertura de macadamia (Macadamia integrifólia), a qual proporciona um aumento no
teor de K, Ca e P no solo. Nos trópicos a cobertura contribui muito para aumentar N, P e
K no solo, porém a cobertura deve ser reposta com mais frequência, devido a sua rápida
decomposição (STRATTON & RECHCIGL, 2009). Segundo (PINAMONTI (2013), a
cobertura do solo além de aumentar o teor de matéria orgânica no solo, aumenta a
disponibilidade de P e K trocável e o teor de C orgânico e Mg.
Segundo o STRATTON & RECHCIGL (2009), há uma maior produção de frutos nos
cultivos convencional do tomate e esse aumento foi atribuído ao aumento na infiltração
de água e decréscimo na evaporação.
A cobertura favorece a nutrição de plantas devido a mesma proporcionar um
aumento na produção de raízes e inclusive pêlos radiculares (STRATTON &
RECHCIGL, 2009). A utilização de grama (Zoysia japonica) como cobertura na cultura
da mandioca proporcionou um aumento na produção de raízes e biomassa e uma
redução de HCN na raíz (CADAVID et al., 1998).
9
aquelas que contêm partes de grama fresca, poderão afectar o pH do solo e até
eventualmente causar deficiências de nutrientes ou acúmulo de toxinas (SIA, 2013).
O grande acúmulo de cobertura morta nos troncos de árvores jovens poderá criar
habitat ideal para roedores que se alimentarão da casca e que poderão anelar as árvores.
Camadas espessas de cobertura morta de pequena granulometria poderão se tornar
compactadas e reduzir a penetração da água e do ar (SIA, 2013).
10
prevenir erosão e conservar água. Cuidado para não molhar as folhas inferiores, visto
que isto pode estimular o desenvolvimento de bolores.
2.7.2. Sementeira
A propagação do tomateiro é por semente podendo ser uma sementeira directa
ou em alfobres sendo esta última a mais comum em Moçambique, a germinação da
semente pode durar 7 a 10 dias. O sistema de sementeira directa tem proporcionado
perspectivas de melhorias da qualidade do solo, devido principalmente à redução da
erosão, possibilidade de melhor reciclagem de nutrientes, aumento da actividade
biológica do solo e melhor maneio e aproveitamento de resíduos culturais (NAIKA et
al., 2006).
2.7.3 Adubação
Segundo NAIKA et al. (2006) é recomendo a utilização de 50 à 200 kg/ha de
Nitrogénio, 50 à 100 kg/ha de P2O5 e 100 à 200 kg/ha de K2O caso não se tenha feito
análise do solo. No entanto, além das condições climáticas para obtenção de bons
rendimentos do tomateiro deve-se levar em consideração o maneio nutricional do solo,
uma vez que de acordo com BITTAR et al., (2008), a fertilidade natural do solo não é
suficiente para suprir as exigências nutricionais da maioria das hortaliças. Deste modo,
as tecnologias de correcção e adubação são fundamentais para garantir produtividades
economicamente viáveis ao produtor. O tomateiro é bastante exigente em nutrientes
prontamente disponíveis para absorção, necessitando da utilização de grandes
11
quantidades de adubos e correctivos em seu processo de produção (BITTAR et al.,
2008).
2.7.4. Espaçamento
O espaçamento da cultura é um dos itens importantes na cadeia de técnicas de
cultivo de tomate, podendo interferir no ciclo da planta, no controlo de doenças, na
qualidade e na quantidade de frutos colhidos (MUELLER &WAMSER, 2009). As
produtividades de tomate aumentam com espaçamentos mais próximos, enquanto a
produtividade por planta e a massa média dos frutos diminuem (MUELLER e
WAMSER, 2009). Segundo CAMARGOS (2000), o espaçamento e a densidade da
sementeira também são factores importantes no balanço competitivo, pois influenciam a
precocidade e a intensidade do sombreamento promovido pela cultura. Sementeira mais
densa dificulta o desenvolvimento das infestantes, as quais têm que competir mais
intensamente com a cultura na utilização dos factores de produção.
12
2007). É importante que o campo se mantenha sem infestantes durante 4 à 5 semanas
depois do transplante ou sementeira. É durante este período que se deve suprimir a
competição de infestantes de forma a prevenir a redução do rendimento (SHANKARA
et al., 2008).
2.7.8. Colheita
O estágio do fruto para colheita do tomate varia de um estado para outro, onde
que os frutos devem apresentar alguma coloração vermelha, sendo colhidos, portanto
completamente maduros, mas firmes (FILGUEIRA, 2008).É muito importante que a
colheita seja feita no momento apropriado e que os frutos sejam tratados de forma
adequada depois da colheita (tratamentos pós-colheita). O alto teor de água dos tomates
torna-os susceptíveis a perdas pós-colheita (MUELLER & WAMSER, 2009).
13
CAPÍTULO III. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1.Descrição do Local
O experimento foi conduzido na Faculdade de Ciências Agrária a três
quilómetros da estrada principal, no distrito de Angónia na vila Ulónguè. Está situado
na província de Tete sendo limitado a norte, nordeste e este pelo território do vizinho
Malawi, e sul pelo distrito de Macanga. O distrito apresenta as seguintes coordenadas:
14°42'57" de latitude Sul 34° 22' 23" de longitude a Este, e 1650 m de altitude (MAE,
2005).
14
3. 2. Caracterização edafo-climática
3.2.1.Clima
3.2.2.Topografia
A topografia considerada muito ondulada a dissecada nesta região de altas
altitudes que ocorre de forma frequente, sendo geograficamente localizada na zona
complexas de Ángónia, as principais formas de montanha são o monte Dómue-2095m
Macumgua-1797m e Chirobwe-2021m (MAE, 2005).
3.2.3.Solo
Os solos do distrito são do tipo feralíticos, vermelho a castanho-avermelhado, de
textura pesada profunda e moderadamente bem drenada, ligeiramente lixiviado, contudo
apresentado boa capacidade de retenção de água (MAE, 2005).
25.0
20.0
Min
15.0 Maxi
10.0
5.0
0.0
Agos Set Oct Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Meses
15
Figura 3: Precipitação durante a realização do experimento.
300
250
precipitação(mm)
200
150
100
50
0
Octu Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Meses
3.3.1. Delineamento
O delineamento experimental utilizado foi o de Blocos casualisados (DBCC). O
experimento foi bifactorial (2x2), na qual possuía quatro (4) Tratamentos, e Três (3)
Repetições totalizando (12) Parcelas, com uma área total do campo de ensaio (12.5 x
11) = 137.5 m2, Sendo (comprimento 12.5 metros, e a largura de 11 metros), com
16
números de linhas iguais (3 linhas) por cada parcela, e cada parcela teve igual número
de plantas (18 plantas).
As parcelas foram constituídas por três (3) linhas e espaçadas por 0.75 metros
entre elas, e as linhas eram constituídas por 6 plantas espaçadas por 0.5m por plantas
totalizando em 216 plantas em toda área.
Tratamento T0:
Não foi aplicado tanto a cobertura morta assim como o tutoramento
(testemunho).
17
TratamentoT1:
Foi aplicado a cobertura morta, mas as plantas não foram tutoradas.
Tratamento T2:
Tratamento T3:
3.4.Condução da pesquisa
3.4.2.Transplantação
O transplante foi realizado no dia 7 de Janeiro de 2017, correspondente a 28 dias
DDS. O transplante foi feito no período de tarde, na qual as plântulas possuíam 15 à 25
cm de altura com 3 à 5 folhas. O espaçamento utilizado no campo definitivo da cultura
foi de 50 cm entre as plantas e de 75 cm entre as linhas.
3.4.3.Adubação
Foram realizadas três aplicações de fertilizantes sintéticos, das quais uma de
fundo feito com NPK na formulação (24-18-0-4S), essa foi feita 1 dia depois da
transplantação (DDT) duma forma localizada 10g por planta. A segunda e terceira
foram feitas com CAN, frequência de 27 em 27 dias, foram aplicados as mesmas
quantidades citadas na primeira.
18
3.4.4. Aplicação da cobertura morta e Tutoramento
A cobertura foi aplicada depois das plantas se estabelecerem devidamente 7
DDT e esta foi feito com palha de várias espécies. O tomate produz rendimentos altos e
que a planta não consegue suportar o peso dos seus frutos, contudo deve se proceder
com a operação de tutoragem (JARAMILLO, 2007). Contudo, tutoramento foi feito
usando tutores verticais para cada planta aos 30 DDT, com aproximadamente 30 cm de
altura da planta, com tutores de altura igual a 1 m.
3.4.5.Controle fitossanitário
Para o controlo das infestantes começou-se por uma lavoura profunda, na fase de
preparo do solo, remoção dos restos vegetais da cultura anterior, e aplicação de uma
cobertura, tendo no entanto se registada maior infestação nas parcelas não cobertas com
mulch, onde foram efectuadas duas sachas. As mondas das infestantes nas parcelas
cobertas com mulch, foram feitas apartir dos 25 DDT num intervalo de 30 em 30dias.
Quantoao controle de pragas e doenças foram utlizados métodos preventivos (a escolha
de variedade tolerante a algumas doenças fúngicas). Foi aplicado semanalmente
Maconzeb contra fungos e Comaithy e Cypermetrina contra os insectos segundo as
recomendações do (GENUNCIO et al., 2010).
3.4.6.Colheita
A colheita realizou-se, duma forma escalonada a parir dos 75 DDT (22 de
Março de 2017) quando os frutos apresentavam uma coloração verde-clara a vermelha e
terminou aos 95 DDT.
Durante este período foram feitas 3 colheitas seguindo cada uma delas a seguinte
sequência de procedimentos: Colheita dos frutos; Contagem dos frutos totais
(comercializáveis e não comercializáveis), Separação dos frutos comercializáveis dos
não comercializáveis; Pesagem dos frutos totais.
3.5.Variáveis avaliadas
As variáveis avaliadas durante a realização do ensaio foram de crescimentoe
variáveis produtivas. No que se refere as variáveis de crescimento, apenas avaliou-se
altura da planta, enquanto as produtivas foram o Peso do fruto, Número de Frutos por
planta, Número de Frutos comerciais.
Altura da planta (AP) -A altura da planta foi determinado no final do ciclo da
cultura 95 DDT. O valor da altura foi retirada apartir da base, até ao ápice da planta.
19
Peso de cada fruto (PCF)- Foram pesados 6 frutos por planta, e de seguida
achou-se a médias obtendo desta forma peso de cada fruto essa variável foi determinada
aos 75 DDT até aos 95 DDT.
Legenda:
Rend.F- Rendimento de Frutos em ton/ha
PCF- Peso de cada fruto
NFP- Número de frutos por planta
D-Densidade populacional
20
4.1. Valores médios da altura da planta (AP) cm
De acordo com os resultados da análise da variância para variável altura da
planta, em função da cobertura morta e tutoramento nos canteiros, pode-se verificar que
houve efeito significativo para os níveis de cobertura nos canteiros, para os níveis do
tutoramento, para o teste Turkey a 5% de significância. Dentre todos tratamentos, o T3
apresentou maior altura (66.5033cm), e T0 apresentou menor altura (50.7000cm), como
se observa na tabela abaixo.
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas e maiúscula na linhas, não se
diferem estatísticamente, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5%.
21
4.2. Valores médios de número de frutos por planta.
De acordo com os resultados da análise da variância número de frutos por
planta, em função da cobertura morta e tutoramento nos canteiros, pode-se verificar que
não houve efeito significativo para os níveis de cobertura nos canteiros, também para
os níveis do tutoramento, para o teste Turkey a 5% de significância. Dentre todos
tratamentos, o T3 apresentou maior número de frutos (22.1167), e T2 apresentou menor
número (15.3867), como se observa na tabela abaixo., como se observa na tabela
abaixo.
Esses resultados podem ser explicados pelo reduzido grau de vigamento das
flores, influenciados pelas deficiências hídricas no momento da floração e ventos fortes
que proporcionaram a quedas das flores. Resultados similares foram encontrados pelo
WAMSER & SANTOS (2006), em seu trabalho, quando estudou a cobertura morta em
híbridos de tomateiro não obteve diferenças significativas. Ainda CAMARGOS (2000),
verificaram que a igualdade na produção de frutos por planta entre a presença e ausência
da cobertura morta provavelmente foi devido reduzido grau de vingamento. Pelo
contrário, resultados contraditórios deste trabalho, foram obtidos por MARIM et al.
(2005), onde verificaram que o aumento da produção de frutos nas plantas conduzidas a
cobertura morta podem ter sido influenciado provavelmente pela melhoria da
disponibilidade e chegada de N.
PICANÇO et al. (2009) salientaram que o tutoramento não aumenta número de
frutos por planta, apenas suporta a planta e proporciona maior qualidade dos frutos.
ARMANDO (2012), não observou diferenças entre a presença e ausência de tutores
para a produção de frutos totais. Resultados contraditório foram encontrados SOARES
22
et al. (2013), onde observaram diferenças entres os tratamento quando estudavam os
sistemas de condução.
23
por SOARES et al. (2013) relatam haver maior insolação e ventilação propiciada à
cultura do tomateiro pelo método vertical.
24
além da melhor distribuição da radiação solar ao longo do dossel das plantas (SANTOS
etal. 1999). Todos estes factores contribuem com a manutenção de taxas fotossintéticas
elevadas e, consequentemente, com a maior disponibilidade de fotoassimilados para o
enchimento dos frutos.
Rend. ton/há
MARIM et al. (2005), relatam que a cobertura morta além da aceleração do ciclo
de produção com precocidade na colheita, a protecção contra geadas, a melhoria da
25
sanidade, a manutenção da humidade do solo, a precocidade e qualidade na produção de
mudas, também aumenta na produtividade e na qualidade do produto final.Os resultados
são similares ao BOFF et al., (2011), quando estudou o método de tutoramento vertical
com fitilho não observou diferenças significativas no rendimento.
5.1. Conclusões
26
influência para número de frutos por planta (NFT), mais sim houve influencia
dos factores, para a variável peso de cada fruto (PCF).
5.2. Recomendação
Com base nos resultados obtidos neste trabalho e das conclusões a que se
chegou, recomenda-se:
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34
ANEXOS
Descriptives
N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum
35
ANOVA
Total 624.597 11
Total 182.512 11
Total 124.063 11
Total 1603.780 11
Total 1970.143 11
Apcm
Tukey HSD
trat N 1 2
0 3 50.7000
2 3 54.2267 54.2267
1 3 55.6333 55.6333
3 3 66.5033
36
NFC
NFP
Tukey HSD
Tukey HSD
Subset for alpha
Subset for alpha = 0.05
= 0.05
trat N 1
trat N 1
2 3 10.9400
2 3 15.3867
0 3 12.0533
0 3 16.1067
1 3 14.6633
1 3 21.4933 3 3 16.9933
3 3 22.1167
Sig. .093
Sig. .093
Means for groups in homogeneous
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
subsets are displayed.
PCPg
Rndtonha
Tukey HSD
Tukey HSD
Subset for alpha = 0.05
Subset for alpha = 0.05
Trat N 1 2
trat N 1 2
0 3 33.9567
2 3 13.9067
2 3 35.4933
0 3 14.8567
1 3 52.8600
1 3 34.1067
3 3 58.5267
3 3 40.2467
Sig. .984 .596
Sig. .998 .682
Means for groups in homogeneous subsets are
displayed. Means for groups in homogeneous subsets are
displayed.
37