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AVALIÇÃO DO EFEITO DA COBERTURA MORTA E

TUTORAMENTO NO DESEMPENHO PRODUTIVO DO TOMATE


(Lycopersicon esculentum L.) NAS CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICA
DA VILA ULÓNGUÈ NO DISTRITO DE ANGÓNIA.

Bento Filipe Jemusse

Ulónguè, Agosto de 2017


UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO ENGENHARIAAGROPECUÁRIA

AVALIÇÃO DO EFEITO DA COBERTURA MORTA E


TUTORAMENTO NO DESEMPENHO PRODUTIVO DO TOMATE
(Lycopersicon esculentum L.) NAS CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICA
DA VILA ULÓNGUÈ NO DISTRITO DE ANGÓNIA.

Bento Filipe Jemusse

Ulónguè, Agosto 2017


Bento Filipe Jemusse

AVALIÇÃO DO EFEITO DA COBERTURA MORTA E


TUTORAMENTO NO DESEMPENHO PRODUTIVO DO TOMATE
(Lycopersicon esculentum L.) NAS CONDIÇÕES EDAFO-CLIMATICA
DA VILA ULÓNGUÈ NO DISTRITO DE ANGÓNIA.

Monografia apresentada à Faculdade de Ciências


Agrárias, Universidade Zambeze como requisito parcial à
obtenção do Grau de Licenciado em Engenharia Agro-
pecuária, especialização em Produção Vegetal.

Orientador: Eng°. Borges Brás

Ulónguè, Agosto de 2017


DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Eu, Bento Filipe Jemusse declaro por minha honra que esta monografia é
resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetido para a obtenção do grau de
licenciatura na Faculdade de Ciências Agrária da Universidade Zambeze. Nunca antes
foi submetida para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra
Universidade.

____________________________________________
(Assinatura do candidato)

--------------------------------- dia ------------ de ------------------------ de 2017

Ulónguè, Agosto de 2017

I
RESUMO
Com objectivo de avaliar o efeito da combinação da cobertura morta e tutoramento no
desempenho produtivo do tomate (Lycopersicon esculentum L.) nas condições edafo-
climáticas de vila de Ulónguè, foi conduzido um ensaio no campo da Faculdade de
Ciências Agrária no período compreendido entre Dezembro do ano 2016 á Maio de
2017. O delineamento experimental foi de Blocos Completos Casualizado (DBCC),
com quatro tratamentos, (T0: sem a cobertura morta e sem tutores; T1: com a cobertura
morta e sem tutores; T2: sem a cobertura morta mas com tutores e T3: com a cobertura
morta e com tutores)e três repetições. No estudo foram analisadas as variáveis altura da
planta, Peso de cada fruto, número de frutos por planta, número de frutos comerciais,
rendimento dos frutos. A análise de variância foi feita a partir do programa estatístico
SPSS – Statistical Productand Social Service (Versão 16.0), á prova de categoria
múltipla Turkey a 5% de significância. De acordo com os resultados da análise feita, o
tratamento 3 (T3),apresentou melhor desempenho, tendo uma produtividade de
40.2467ton/ha.

Palavras - chaves: Lycopersicon esculentum L., cobertura morta e tutoramento.

II
ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the effect of mulching and mentoring
on the productive performance of tomato (Lycopersicon esculentum L.) in the soil and
climatic conditions of Ulônguè village, a study was conducted at the Faculty of
Agrarian Sciences in the period between December Year 2016 to May 2017. The
experimental design was a randomized complete block (DBCC), with four treatments,
(T0: without dead cover and without tutors, T1: with dead cover and without tutors; T2:
without dead cover But with tutors and T3: with the mulch and with tutors) and three
repetitions. In the study were analyzed the variables plant height, weight of each fruit,
number of fruits per plant, number of commercial fruits, yield of fruits. The analysis of
variance was done from the statistical program SPSS – Statistical Productand Social
Service (Version 16.0), á Multiple category Turkey test at 5% significance. According
to the results of the analysis, treatment 3 (T3) presented better performance, with a
productivity of 40.2467ton / ha.
Key words: Lycopersicon esculentum L., mulch and mentoring

III
DEDICATÓRIA
Dedico a Deus, pela vida e saúde.

Ao meu pai, Filipe Jemusse Wilson pela educação e apoio, que tem me dado durante a

vida, que tenha tudo de bom na vida.

À minha amada mãe, Florentina Seven, pelos preciosos ensinamentos, respeito,


compreensão, responsabilidade, força e, que tenha tudo de bom na vida.

Aos meus irmãos, Santos, Anuário, Simão, Teresa, Anaracia, Gilda e Isabel pela união,
compreensão e companheirismo, que tenham tudo de bom na vida.

Dedico a minha namorada Doca Manuel António e minha filha recém naecida Giseli
Bento Filipe Jemusse, que tenham muito sucesso, felicidade e amor na vida.

Ao meu supervisor Eng°. Borges Brás e sua preciosa família, que tenham muito
sucesso, muita felicidade e muito amor para toda vida.

Aos meus colegas e amigos, que tenham muito sucesso, felicidade e amor para toda
vida e continuem sendo as mesmas pessoas.

IV
AGRADECIMENTOS
À Deus, por me permitir chegar até aqui;

À Universidade Zambeze pelo apoio e oportunidade;

Á Faculdade de Ciências Agrária pelo apoio e esforço;

À eng: Borges Brás, pelas criticas e sugestões, na realização da presente monografia.

Aos docentes de Agro-pecuária pelo estímulo, orientação constante e pela paciência;

Aos colegas, académicos e amigos por todas as vezes que demonstraram carinho e me
incentivaram para a realização deste trabalho e pela amizade;

Ao tio, Jorge Jemusse Wilson, pelo patrocínio e incentivos;

Ao meu primo Engo. Loyalty Pedro António e sua Família, pela recepção e por ser uma
fonte de expiração.

Aos amigos, Macário, Mário, Adão e Carlos, pelo apoio, incentivo e troca de
experiência;

Muito Obrigado!

V
Sumarrio
DECLARAÇÃO DE AUTORIA ................................................................................ I

RESUMO ................................................................................................................. II

ABSTRACT ............................................................................................................ III

DEDICATÓRIA ..................................................................................................... IV

AGRADECIMENTOS ............................................................................................. V

LISTAS DE TABELAS .......................................................................................... IX

LISTAS DE DE FIGURAS ..................................................................................... IX

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................... X

DDS-Dias Depois da Sementeira .............................................................................. X

DDT- Dias Depois do Transplante ............................................................................ X

SAI-Sociedade Internacional de Arboricultura .......................................................... X

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................. 1

Generalidade da cultura ............................................................................................. 1

1.1. Problema ............................................................................................................ 2

1.2. Justificativa ........................................................................................................ 2

1.3.Hipóteses ............................................................................................................. 3

1.4.Objectivos ........................................................................................................... 3

1.4.1.ObjectivoGeral ................................................................................................. 3

1.4.2.Objectivos Específicos ...................................................................................... 3

CAPÍTULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................... 4

2.1.Origem e domesticação da cultura de tomate ....................................................... 4

2.2.Morfologia da cultura .......................................................................................... 4

2.2.Produção mundial de tomate ................................................................................ 5

2.2.1.Produção em Moçambique ................................................................................ 5

2.2.2.Importância nutricional ..................................................................................... 6

2.3. Exigências edafo-climáticas da cultura................................................................ 6

VI
2.3.1.Clima e luz ....................................................................................................... 6

2.3.2.Água e humidade .............................................................................................. 7

2.3.3.Solo e pH .......................................................................................................... 7

2.4. Efeito da cobertura morta.................................................................................... 8

2.4.1. Efeito da cobertura morta nas propriedades físicas do solo ............................... 8

2.4.2. Efeito da cobertura morta na erosão do solo ..................................................... 8

2.4.3. Efeitos da cobertura morta na fertilidade do solo, nutrição das plantas e na


produção. .................................................................................................................. 9

2.4.4. Efeitos da cobertura morta no controlo de infestantes. ...................................... 9

2.4.5. Efeitos da cobertura morta não adequada. ........................................................ 9

2.5. Efeito do tutouramento ..................................................................................... 10

2.6.Combinação da cobertura morta e tutoramento .................................................. 10

2.7.Exigências agro-técnicas do cultivo de tomate ................................................... 11

2.7.1 Preparação do solo .......................................................................................... 11

2.7.2. Sementeira ..................................................................................................... 11

2.7.3 Adubação........................................................................................................ 11

2.7.4. Espaçamento .................................................................................................. 12

2.7.5. Sistemas de condução .................................................................................... 12

2.7.6. Controlo de infestante .................................................................................... 12

2.7.7. Pragas e doenças do tomate ............................................................................ 13

2.7.8.Colheita .......................................................................................................... 13

CAPÍTULO III. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................... 14

3.1.Descrição do Local ............................................................................................ 14

3. 2. Caracterização edafo-climática ........................................................................ 15

3.2.1.Clima .............................................................................................................. 15

3.2.2.Topografia ...................................................................................................... 15

3.2.3.Solo ................................................................................................................ 15

VII
3.2.3.Dados climáticos............................................................................................. 15

3.3.Metodologia de pesquisa.................................................................................... 16

3.3.1.Delineamento.................................................................................................. 16

3.3.2.Descriçao dos tratamentos............................................................................... 17

3.4.Condução da pesquisa ........................................................................................ 18

3.4.1. Preparação do solo e sementeira ..................................................................... 18

3.4.2.Transplantação ................................................................................................ 18

3.4.3.Adubação........................................................................................................ 18

3.4.4. Aplicação da cobertura morta e Tutoramento ................................................. 19

3.4.5.Controle fitossanitário ..................................................................................... 19

3.4.6.Colheita .......................................................................................................... 19

3.5.Variáveis avaliadas ............................................................................................ 19

3.6. Análise de Dados .............................................................................................. 20

CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................... 20

4.1. Valores médios da altura da planta (AP) cm ...................................................... 21

4.2. Valores médios de número de frutos por planta. ................................................ 22

4.3. Valores médios de número de frutos comerciais. ............................................... 23

4.4. Valores médios do peso de cada fruto. .............................................................. 24

4.5. Valores médios do rendimento em ton/ha.......................................................... 25

CAPITULO IV: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO ........................................ 26

5.1. Conclusões ...................................................................................................... 26

5.2. Recomendação.................................................................................................. 27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 27

ANEXOS ................................................................................................................ 35

VIII
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1: Produção mundial de tomate em 2011............................................................ 5
Tabela 3: Espaçamentos recomendados para a cultura. ................................................ 12
Tabela 3: Descrição da variedade. ............................................................................... 16
Tabela 5:Valoresmédios da altura da planta (AP) em cm. ............................................ 21
Tabela 6: Valores médios de número de frutos por planta. ........................................... 22
Tabela 7: Valores médios de número de frutos comerciais. ......................................... 23
Tabela 8: Valoresmédios do peso de cada fruto. .......................................................... 24
Tabela 9: Valores médios do rendimentoem ton/ha. .................................................... 25

LISTAS DE DE FIGURAS
Figura 1. Mapa do distrito de Angónia. ....................................................................... 14
Figura 2: Tempeturas durante a realização do experimento.......................................... 15
Figura 3: Precipitaçãodurante a realização do experimento .......................................... 16
Figura 4: Esquemado campo. ...................................................................................... 17

IX
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AP-Altura da planta

CAN-Clácio e Nitrogénio

DBCC-Delineamento de Blocos CompletamenteCasualizados

DDS-Dias Depois da Sementeira

DDT- Dias Depois do Transplante


EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária

FAO – Orgazation and agriculture food

FAOSTAT – Estatísticas da FAO

HCN- Acido Cianídrico

Kg/ha– Quilograma por hectare

MASA- Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar


MAE-Ministério de Administração Estatal

MLT- Mozambique Leaf Tobacco

mm– Milímetro

NFC-Número de Frutos comerciais

NFP -Número de Frutos por planta

NPK- Nitrogénio, Fósforo e Potássio

PCF- Peso de cada fruto

pH– Potencial Hidrómonico

Rend/ha– Rendimento por hectare

RF-Rendimento dos frutos

SAI-Sociedade Internacional de Arboricultura


t/ha– tonelada por hectare

X
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.Generalidade da cultura
A cultura do tomate (Lycopersicon esculentum L.) pertence a família Solanáceae
e apresenta uma grande importância económica sendo hoje a segunda hortícola mais
produzida no mundo, atingindo em 2009 a produção de 141.400.629 toneladas
(ARAUJO, 2011). Em Moçambique , actualmente apresenta produção nacional da
cultura de 92 mil toneladas (MASA, 2013).Segundo ARMANDO (2012), a
produtividade nacional de tomate já atingiu as 40 toneladas por hectare, cifraque se
situa muito próximo dos padrões internacionais, que fixam entre 45 e 60 toneladas o
volume de produção numa área de 10 mil metros quadrados para as variedades de
crecimento determinado.
Cercade 80% da produção do tomate ocorre nas províncias de Nampula,
Zambézia, Tete, Manica e Sofala (MASA, 2013). Esta actividade é dominada por
pequenos agricultores que atingem níveis de produtividade relativamente altos e,
consequentemente, beneficiam de lucros elevados (MASA, 2013).

Essa hortaliça produz frutos, que é alimento composto de açúcares, sólidos


insolúveis em álcool, ácidos orgânicos, minerais, vitaminas A, B1, B2, B3, B6, C, e E
(GUILHERME, 2007). Com efeito, a produção no país é dominada por pequenos
produtores, mas, ao contrário do que se verifica com grande parte das outras culturas,
estes agricultores atingem níveis de produtividade relativamente altos e,
consequentemente, beneficiam de lucros elevados (MASA, 2013).

O uso de cobertura morta do solo, vem sendo adoptado na produção de


hortaliças em todo o mundo com ganhos consideráveis na produtividade, na
optimização dos recursos hídricos, no controle de plantas daninhas (BARBOSA,2014).
Esta prática também denominada “mulching” oferece melhores condições e protecção às
plantas cultivadas funcionando como uma barreira isolante entre solo e atmosfera,
podendo ser realizada com material orgânico, na forma de palha, ou através de materiais
inertes, como filmes plásticos (FILGUEIRA, 2008).

Segundo SILVA et al. (2008) o tutoramento do tomateiro consiste em fornecer


suporte para o crescimento das plantas evitando o contacto destas com o solo,
aumentando a ventilação e a iluminação ao longo do dossel das plantas e facilitando os

1
tratos culturais e proporcionando a produção de frutos de boa qualidade. Esta prática
preconiza-se a redução do espaçamento entre plantas e a condução de uma haste por
planta, com o objectivo de aumentar a produtividade de frutos em relação à condução
tradicional com duas hastes por planta (WAMSER et al;. 2007).

Assim, o presente trabalho objectivou avaliar o efeito da combinação da


cobertura morta e tutoramento no desempenho produtivo do tomate.

1.1. Problema
O distrito de Angónia (Vila Ulónguè) apresenta condições edafo-clímaticas
favoráveis para os produtores alcançarem altas produtividades agrícolas. O tomate é
uma das principais hortícolas produzidas em Moçambique sobretudo em Angónia. Em
controversas a não utilização da cobertura morta e do tutoramento cria efeitos negativos
no crescimento e desenvolvimento da cultura de tomate, e consequentemente tem
ocasionando a baixa produtividade e produção de frutos de menor valor comercial, deste
modo reduzindo a renda familiar.

1.2. Justificativa
Produzir utilizando a cobertura reduz a compactação do solo mantendo-o poroso
e com temperatura constante, diminui perdas de nutrientes por lixiviação e volatilização
optimizando o uso do fertilizante, impede a proliferação de ervas daninhas tornando
desnecessário o uso de herbicidas (SILVA et al.,2008). Sendo o solo um dos
constituintes básicos para obtenção de plantas com excelente desenvolvimento e,
consequentemente, frutos de alta qualidade, se fazem necessárias tecnologias
apropriadas, dentre as quais se destaca a cobertura morta do solo (FIGUEIRA, 2008).

Para SILVA et al. (2008), o tutoramento é uma prática que melhora qualidade
fitossanitária dos frutos, facilita a colheita, aumenta a população de plantas por área e
também, propicia uma ventilação mais eficiente e insolação mais uniforme. O sistema
mais eficiente e barato para o tutoramento do tomate, é feito com estacas vertical.

2
1.3.Hipóteses
H0: Não existe diferença significativa entre os tratamentos (T0=T1=T2=T3) nas
variáveis em estudo.

H1: Existe diferença significativa em pelo menos um dos tratamentos nas


variáveis em estudo

1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo Geral

 Avaliar o efeito da combinação da cobertura morta e tutoramento no


desempenho produtivo do tomate.

1.4.2. Objectivos Específicos


 Analisar os indicadores de crescimento e de produção na cultura de tomate;
 Determinar o rendimento da cultura,

3
CAPÍTULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1.Origem e domesticação da cultura de tomate


O tomate (Solanurn lycopersicum L.) anteriormente classificado como
(Lycopersicon esculentum Mill.) tem como centro de origem a região andina, que vai
desde o Equador, passando pela Colômbia e, embora as formas ancestrais de tomate
sejam originárias dessa área, sua ampla domesticação se deu no México, chamado de
centro de origem secundária (COLARICCIO, 2000). Em Moçambique, a introdução do
tomate deve-se a imigrantes europeus no final do século XIX (ALVARENGA, 2009). E
uma hortaliça de grande importância económica, sendo hoje a segunda mais produzida
no mundo, atingindo em 2008, uma produção de 129.649.883 toneladas (JUNIOR,
2012).

2.2.Morfologia da cultura
De acordo com PURSEGLOVE (1991), o desenvolvimento das características

morfológicas da cultura de tomate variam geralmente em função da variedade, amanhos

culturais, tipo de cultivo (com solo, sem solo, céu aberto, estufas), época de plantio,

entre outros factores, mas, geralmente apresenta as seguintes componentes:

Raíz: sistema radicular vigoroso com raíz axial que se desenvolve até atingir
uma profundidade de 50 cm ou mais. A raíz principal produz um denso conjunto de
raízes laterais e adventícias (RIBEIRO & RULKENS, 1999).
Caule: o seu porte varia entre erecto a prostrado. Cresce até atingir uma altura
de 0.5-4 m. O caule é sólido, áspero, peludo e glandular (ARMANDO, 2012).
Folhagem: folhas dispostas de forma helicoidal, com 15-50 cm de comprimento
e 10-30cm de largura. As folhas são de forma oval até oblonga, cobertas com pelos
glandulares. Entre as folhas maiores encontram-se pequenas folhas pinadas. O pecíolo
tem um comprimento de 3-6 cm (RIBEIRO & RULKENS, 1999).
Flores: As flores são bissexuais, regulares e têm um diâmetro de 1,5-2 cm. No
geral, há seis pétalas com um comprimento que pode atingir 1cm, de cor amarela e
recurvam quando maduram. Há seis estames, e as anteras são de cor amarelas claras
dispostas em redor do estilete previsto de uma ponta alongada estéril (ARMANDO,
2012).

4
Fruto: uma baga carnosa, de forma globular a achatada e com 2-15 cm de
diâmetro. A cordo fruto maduro varia entre amarelo, cor-de-laranja a vermelho, no
geral, o fruto é redondo, com uma superfície lisa ou canelada (RIBEIRO &RULKENS,
1999).
Sementes: abundantes, com forma de rim ou de pêra. São peludas, de cor
castanha clara, com 3-5 mm de comprimento e 2-4 mm de largura. O embrião está
envolto no endosperma. O peso de 1000 sementes é, aproximadamente, de 2,5 – 3,5 g
(RIBEIRO & RULKENS, 1999;ARMANDO, 2012).

2.2.Produção mundial de tomate


A produção mundial de tomate em 2011 foi de 118 148 873t em uma área de
4,62 milhões de ha com rendimento médio de 47,3 ton/há. O maior produtor mundial
de tomate é a China, seguida pelos EUA, Turquia e Índia. A China tem, ainda, a maior
área cultivada, seguida por Índia, Turquia, Egipto e EUA (FAOSTAT, 2010). Em 2011
cerca de 74,30% da produção mundial foi proveniente da China, Índia, EUA, Turquia,
Egipto, Irão, Itália, Brasil e Espanha.

Tabela 1: Produção mundial de tomate em 2011


País Produção (toneladas) Áreas colhidas (ha) Rendimento (ton./ha)
China 48 576 853 985 903 49,27
Índia 16 826 000 865 000 19,45
EUA 12 624 700 148 730 84,88
Turquia 11 003 400 269 584 40,81
Egipto 8 105 260 212 446 38,15
Irão 6 824 300 183 931 37,10
Itália 5 950 220 103 858 57,29
Brasil 4 416 650 71 473 61,79
Espanha 3 821 490 49 913 76,56
Total 118 148 873
Fonte:http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor

2.2.1.Produção em Moçambique
A produção de tomate em Moçambique atingiu 40 toneladas por hectare, um
feitoequivalenteaoque se regista ao nível internacional, quevaria de 45 à 60 toneladas o
volume de produção em uma área de 10 mil metros quadrados, segundo estimativas do

5
Programa de Apoioao Desenvolvimento Económico e Empresarial (SPEED, 2012).

Tabela 2: Produção e áreas colhidas de tomate em moçambique (mz), de 2007 a


2011.
Ano Produção (toneladas) Áreas colhidas (ha) Rendimento (ton./ha)
2007 13 000 1 775 7,32

2008 13 624 1 946 7,00

2009 15 000 2 100 7,14

2010 16 000 2 250 7,11

2011 12 148 2 321 5,23

Fonte:http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor

2.2.2. Importância nutricional


O tomate é considerado um alimento funcional, pois além das funções nutritivas
básicas possui licopeno, caratenoide de acção antioxidante, e ácido fenólico, que
aumenta a actividade enzimática e absorção de nutrientes e inibe a formação de
nitrosaminas (MATTEDI et al. 2007).
É um fruto de poucas calorias, rico em vitamina C e A e sais minerais,
principalmente potássio, fósforo, cálcio, sódio e ferro (MATTEDI etal. 2007). O
tomate constitui uma fonte de micronutrientes e fitoquímicos como caratenóides,
polifenóis, folato, ácido ascórbico e α-tocoferol (BACCI, 2006). Os estudos feitos por
estes compostos têm o efeito protectivo cardiovascular e anticancerígeno no organismo
humano, quando consumidos na dieta alimentar (BACCI, 2006).
POHAR et al.(2003), relatam que amaioria dos trabalhos tem revelado os bons
efeitos das dietas ricas em licopeno na redução dos riscos da ocorrência de câncer de
esôfago, estômago, próstata e do pulmão.

2.3. Exigências edafo-climáticas da cultura

2.3.1.Clima e luz
Segundo WAMSER et al. (2007) o tomate requere um clima relativamente
fresco, árido, para dar uma produção elevada de primeira qualidade. Contudo, esta
planta adaptou-se a um amplo leque de condições climáticas, variando entre temperada
a quente e húmida tropical.
6
A temperatura óptima da maioria das variedades situa-se entre 21 a 24 °C. As
plantas podem sobreviver certa amplitude de temperatura, mas abaixo de 10 °C e acima
de 38 °C danificam-se os tecidos das mesmas (HACHMANN et al., 2014).
Para MARIM et al. (2005) a intensidade da luz afecta a cor das folhas, a
frutificação e a cor dos frutos. Quando durante a inflorescência há períodos persistentes
de tempo fresco ou quente, reduz-se a produção de pólen e isto terá influência na
frutificação.

2.3.2.Água e humidade
De acordo com WAR et al. (2011) a cultura de tomate não é resistente à seca.
Por conseguinte, os rendimentos diminuem consideravelmente após curtos períodos de
escassez de água. É importante regar as plantas com frequência, particularmente durante
a florescência e a frutificação.
MELO (2012), a quantidade de água necessária depende do tipo de solo e das condições
climáticas (pluviosidade, humidade e temperatura). Em solos arenosos é particularmente
importante regar com frequência (p.ex. 3 vezes por semana).
Segundo JUNIOR (2012), é necessário regar, aproximadamente, 20 mm de
água por semana em condições frescas e, aproximadamente, 70 mm durante os períodos
quentes e secos. FILGUEIRA (2008), relata que a aplicação de água desempenha um
papel crucial para a obtenção duma maturidade uniforme e para a redução da ocorrência
do apodrecimento apical, uma desordem fisiológica associada com o abastecimento
irregular de água e, por conseguinte, uma deficiência de cálcio nos frutos durante o seu
crescimento.

2.3.3.Solo e pH
A cultura de tomate cresce bem na maioria dos solos com uma capacidade
apropriada de retenção de água, arejamento, e isentos de salinidade. A planta prefere
solos franco-arenosos profundos, bem drenados (FACTOR et al., 2009).
A camada superficial deve ser permeável. Uma espessura do solo de 15 até 20
cm é favorável para o desenvolvimento de uma cultura saudável. Caso se trate de solos
argilosos pesados, uma lavoura profunda permite uma melhor penetração das raízes
(BACCI, 2006).
De acordo com FILGUEIRA, (2008) essa cultura é moderadamente tolerante a
valores de pH de uma amplitude ampla (nível de acidez), mas desenvolve-se bem em

7
solos com um pH= 5,5 à 6,8 com uma disponibilidade e abastecimento apropriados de
nutrientes. A adição de matéria orgânica é, geralmente, favorável para um crescimento
adequado.

2.4. Efeito da cobertura morta


O BOWEN et al. (1995) define coberturas mortas como materiais colocados
sobre a superfície do solo para manter a humidade e melhorar as suas condições. A
cobertura morta é uma das práticas mais benéficas que um proprietário poderá fazer
para manter a saúde das suas plantas.
A cobertura morta é formada por diversos tipos de material vegetal que se
colocam sobre o solo para manter a humidade e melhorar as condições do mesmo, é
uma das melhores práticas que dá bons rendimentos no tomateiro (LUZ et al., 2007).
Diferentes substratos não contaminados (serragem, papel, cinza de madeira, casca e
cavacos, capim seco, são usados como cobertura morta orgânica que contém carbono
orgânico, eles podem dar diferentes efeitos sobre a cultura de tomate (STRATTON &
RICHCILGL, 2009).

2.4.1. Efeito da cobertura morta nas propriedades físicas do solo


A cobertura proporciona efeitos na infiltração e retenção de água, estabilização da
temperatura, controle de erosão (JONES et al., 1999).
Alguns efeitos proporcionados pela cobertura na estrutura do solo parecem ser
devido a decomposição da cobertura. Segundo PINAMONTI (2013), a chegada de
nutrientes na planta é mais influenciada pelas condições físicas do solo, do que pela
disponibilidade de nutriente no solo.

2.4.2. Efeito da cobertura morta na erosão do solo


O principal factor que permite a redução da erosão é a protecção contra os
impactos causados pelas gotas de água (chuva ou irrigação) na superfície do solo. A
cobertura morta reduz a velocidade de escoamento superficial da água (runoff)
(GALINDO et al., 2003).
MANRIQUE (2008), demonstrou que a melhor protecção contra erosão foi
quando se utilizou cobertura com casca de arroz. Cobertura com palha de trigo a uma
altura de 5 cm reduziu o escoamento superficial “runoff” em 43% e a perda de N
reduziu de230 kg/ha sem cobertura para 33 kg/ha com cobertura e de P de 215 kg/ha
sem cobertura para 18 kg/ha com cobertura (SHOCK et al., 1997).

8
2.4.3. Efeitos da cobertura morta na fertilidade do solo, nutrição das plantas e na
produção.
O pH do solo influencia na disponibilidade de vários nutrientes para as plantas,
e como a cobertura afecta o pH do solo, consequentemente afecta a disponibilidade de
nutriente, um exemplo é a utilização de restos de árvores como cobertura para aumentar
a disponibilidade de Mn, outro já relativo ao aumento de nutriente, ocorre com
cobertura de macadamia (Macadamia integrifólia), a qual proporciona um aumento no
teor de K, Ca e P no solo. Nos trópicos a cobertura contribui muito para aumentar N, P e
K no solo, porém a cobertura deve ser reposta com mais frequência, devido a sua rápida
decomposição (STRATTON & RECHCIGL, 2009). Segundo (PINAMONTI (2013), a
cobertura do solo além de aumentar o teor de matéria orgânica no solo, aumenta a
disponibilidade de P e K trocável e o teor de C orgânico e Mg.
Segundo o STRATTON & RECHCIGL (2009), há uma maior produção de frutos nos
cultivos convencional do tomate e esse aumento foi atribuído ao aumento na infiltração
de água e decréscimo na evaporação.
A cobertura favorece a nutrição de plantas devido a mesma proporcionar um
aumento na produção de raízes e inclusive pêlos radiculares (STRATTON &
RECHCIGL, 2009). A utilização de grama (Zoysia japonica) como cobertura na cultura
da mandioca proporcionou um aumento na produção de raízes e biomassa e uma
redução de HCN na raíz (CADAVID et al., 1998).

2.4.4. Efeitos da cobertura morta no controlo de infestantes.


A cobertura morta muitas vezes é mais eficiente do que herbicidas e que a
cobertura inorgânica (plástico preto) é mais eficiente no controlo de plantas infestantes
do que cobertura orgânica (CADAVID et al., 1998). Para MANRIQUE (2008) a
eficiência no controlo das plantas infestantes, depende do material que está sendo
utilizado como cobertura.

2.4.5. Efeitos da cobertura morta não adequada.


A má aplicação de cobertura pode trazer efeitos negativos, tanto para a planta
quanto para o solo e esses efeitos podem afectar directa ou indirectamente na produção
(CADAVID et al., 1998).
De acordo com a SAI (2013),nos solos húmidos, a cobertura morta de grande
espessura poderá causar a humidade excessiva na zona de raízes, o que poderá estressar
a plantae causar o apodrecimento da raíz. Algumas coberturas mortas, especialmente

9
aquelas que contêm partes de grama fresca, poderão afectar o pH do solo e até
eventualmente causar deficiências de nutrientes ou acúmulo de toxinas (SIA, 2013).
O grande acúmulo de cobertura morta nos troncos de árvores jovens poderá criar
habitat ideal para roedores que se alimentarão da casca e que poderão anelar as árvores.
Camadas espessas de cobertura morta de pequena granulometria poderão se tornar
compactadas e reduzir a penetração da água e do ar (SIA, 2013).

2.5. Efeito do tutouramento


Para HACHMANN et al. (2014), os paus de bambu, estacas de madeira, estacas
ou latadas de outros materiais robustos fornecem o suporte necessário para manter a
folhagem e os frutos afastados do chão. Os mesmos autores relataram que graças ao
suporte com estacas aumentarão o rendimento e o tamanho dos frutos; reduzir-se-á o
apodrecimento de frutos e facilitar-se-ão a pulverização e a colheita.
As variedades indeterminadas deverão ser suportadas com estacas para facilitar a
poda, a desponta por beliscões e colheita (WAR, 2011). As variedades determinadas
deverão ser suportadas com estacas, durante a estação das chuvas, para prevenir que os
frutos estejam em contacto com o solo (TEODORO et al, 2015). Há muitas
possibilidades de disposição do suporte com estacas. Contudo, as plantas devem ser
atadas de forma segura às estacas ou suportes de corda, a partir de, aproximadamente,
duas semanas após o transplante (JOANA, 2013).
Segundo WAMSER & SANTOS (2006), a melhoria das condições fisiológicas
e fitossanitárias das plantas com o tutoramento vertical permite a diminuição do
espaçamento entre plantas e, consequentemente, pode incrementar a produção de frutos.

2.6.Combinação da cobertura morta e tutoramento


GUSMÃO et al.( 2006), diz que se os tomateiros estão suportados por meio de
estacas, a distância entre as fileiras pode ser diminuída até 20 à 40 cm. Fazer com que as
covas de plantio sejam suficientemente profundas para as folhas inferiores estejam ao
nível do chão quando se terminar o transplante. Compactar bem o solo em redor da raíz
e regar à volta da base da planta de forma a se assentar o solo. Segundo EMBRAPA
(1993), depois do transplante, poder-se-á colocar uma cobertura morta na terra em redor
das plantas para protegê-las contra o calor durante os primeiros cinco dias. Uma
cobertura morta (mulch) é composta de restos vegetais (p.ex. palha de arroz ou palha de
sorgo/mapira) que cobrem o solo para controlar o desenvolvimento das ervas daninhas,

10
prevenir erosão e conservar água. Cuidado para não molhar as folhas inferiores, visto
que isto pode estimular o desenvolvimento de bolores.

A cobertura morta e o tutoramento permite aumento da produtividade e da


sustentabilidade na cultura do tomate contribuindo de forma significativa no combate a
pobreza, proporcionando a segurança alimentar e a criação de pequena economia de
agricultores em sectores familiares (RODRIGUES, 2008). O tomate é uma cultura de
elevada relevância na economia, flexibilidade na utilização como alimento e aceite por
consumidores dos mais diversos tipos.

2.7.Exigências agro-técnicas do cultivo de tomate

2.7.1 Preparação do solo


NAIKA et al. (2006) define a preparação do solo como revolvimento,
destorroamento e nivelamento do solo para que o sistema radicular possa ter um bom
desenvolvimento além de permitir um bom maneio da cultura como a rega.

2.7.2. Sementeira
A propagação do tomateiro é por semente podendo ser uma sementeira directa
ou em alfobres sendo esta última a mais comum em Moçambique, a germinação da
semente pode durar 7 a 10 dias. O sistema de sementeira directa tem proporcionado
perspectivas de melhorias da qualidade do solo, devido principalmente à redução da
erosão, possibilidade de melhor reciclagem de nutrientes, aumento da actividade
biológica do solo e melhor maneio e aproveitamento de resíduos culturais (NAIKA et
al., 2006).

2.7.3 Adubação
Segundo NAIKA et al. (2006) é recomendo a utilização de 50 à 200 kg/ha de
Nitrogénio, 50 à 100 kg/ha de P2O5 e 100 à 200 kg/ha de K2O caso não se tenha feito
análise do solo. No entanto, além das condições climáticas para obtenção de bons
rendimentos do tomateiro deve-se levar em consideração o maneio nutricional do solo,
uma vez que de acordo com BITTAR et al., (2008), a fertilidade natural do solo não é
suficiente para suprir as exigências nutricionais da maioria das hortaliças. Deste modo,
as tecnologias de correcção e adubação são fundamentais para garantir produtividades
economicamente viáveis ao produtor. O tomateiro é bastante exigente em nutrientes
prontamente disponíveis para absorção, necessitando da utilização de grandes

11
quantidades de adubos e correctivos em seu processo de produção (BITTAR et al.,
2008).

2.7.4. Espaçamento
O espaçamento da cultura é um dos itens importantes na cadeia de técnicas de
cultivo de tomate, podendo interferir no ciclo da planta, no controlo de doenças, na
qualidade e na quantidade de frutos colhidos (MUELLER &WAMSER, 2009). As
produtividades de tomate aumentam com espaçamentos mais próximos, enquanto a
produtividade por planta e a massa média dos frutos diminuem (MUELLER e
WAMSER, 2009). Segundo CAMARGOS (2000), o espaçamento e a densidade da
sementeira também são factores importantes no balanço competitivo, pois influenciam a
precocidade e a intensidade do sombreamento promovido pela cultura. Sementeira mais
densa dificulta o desenvolvimento das infestantes, as quais têm que competir mais
intensamente com a cultura na utilização dos factores de produção.

Tabela 3: Espaçamentos recomendados para a cultura.

Tipo de planta Distância entre as fileiras e as plantas


Tipo determinado (arbusto) 1,0 x 0,5 m
Tipo semi-determinado 0,75 x 0,5 m
Tipo indeterminado (alto) 0,75 x 0,5 m
Fonte: NAIKA et al., (2006).

2.7.5. Sistemas de condução


Pretendendo aumentar a produtividade da cultura do tomate, diferentes
alternativas no maneio da cultura vêm sendo pesquisadas, a condução da planta pode ser
feita com uma ou duas hastes, cinco, seis ou mais cachos. A redução do número de
hastes por planta e a poda apical para um número definido de cachos nas hastes são
práticas alternativas na produção de tomates para consumo “in natura” de modo a
obterem-se frutos com maior valor comercial (CAMARGOS, 2000).

2.7.6. Controlo de infestante


Para melhor maneio de infestante, é necessário ajustar o balanço da interferência
entre as plantas, de modo a favorecer o desenvolvimento das hortaliças, e reduzir o
crescimento das infestantes e o banco de suas sementes no solo, para que em nova
sementeira, na mesma área, o nível de infestação ocorra em menor intensidade. Essas
metas podem ser alcançadas por meio do maneio integrado de infestante (SILVA et al.,

12
2007). É importante que o campo se mantenha sem infestantes durante 4 à 5 semanas
depois do transplante ou sementeira. É durante este período que se deve suprimir a
competição de infestantes de forma a prevenir a redução do rendimento (SHANKARA
et al., 2008).

2.7.7. Pragas e doenças do tomate


A cultura do tomate apresenta dificuldades quanto a sua propagação por ser uma
planta muito susceptível a praga e doenças, podendo ser atacada por vários fungos,
bactérias, vírus e insectos, cuja amplitude do ataque depende das condições climáticas e
culturais, onde que todas as partes da planta podem ser atacadas (CAMARGOS, 2000).
O tomateiro é bastante exigente em nutrientes prontamente disponíveis para absorção,
necessitando da utilização de grandes quantidades de adubos e correctivos em seu
processo de produção (MUELLER & WAMSER, 2009).

2.7.8. Colheita
O estágio do fruto para colheita do tomate varia de um estado para outro, onde
que os frutos devem apresentar alguma coloração vermelha, sendo colhidos, portanto
completamente maduros, mas firmes (FILGUEIRA, 2008).É muito importante que a
colheita seja feita no momento apropriado e que os frutos sejam tratados de forma
adequada depois da colheita (tratamentos pós-colheita). O alto teor de água dos tomates
torna-os susceptíveis a perdas pós-colheita (MUELLER & WAMSER, 2009).

Os frutos demasiadamente maduros são facilmente danificados ou começam a


apodrecer. A primeira colheita dos tomates pode ser efectuada entre 3 a 4 meses depois
da sementeira. A colheita continua durante, aproximadamente, um mês dependendo do
clima, de doenças e pragas e da cultivar plantada (MUELLER & WAMSER, 2009).

13
CAPÍTULO III. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1.Descrição do Local
O experimento foi conduzido na Faculdade de Ciências Agrária a três
quilómetros da estrada principal, no distrito de Angónia na vila Ulónguè. Está situado
na província de Tete sendo limitado a norte, nordeste e este pelo território do vizinho
Malawi, e sul pelo distrito de Macanga. O distrito apresenta as seguintes coordenadas:
14°42'57" de latitude Sul 34° 22' 23" de longitude a Este, e 1650 m de altitude (MAE,
2005).

Figura 1. Mapa do distrito de Angónia.

Fonte: Secretaria distrital de Angónia, 2005

14
3. 2. Caracterização edafo-climática

3.2.1.Clima

Quanto ao clima, o distrito é coberto pelo clima temperado húmido influenciado


fortemente pela altitude, apresenta uma grande variação de precipitação de 725 mm a
1149 mm, com maior parte de queda pluviométrica (90%) acontecendo entre finais de
Novembro e princípio de Abril, o padrão de temperatura é condicionado pela altitude a
qual varia de 700 até 1655m, com temperatura média para Ulónguè 20.9 °C (MAE,
2005).

3.2.2.Topografia
A topografia considerada muito ondulada a dissecada nesta região de altas
altitudes que ocorre de forma frequente, sendo geograficamente localizada na zona
complexas de Ángónia, as principais formas de montanha são o monte Dómue-2095m
Macumgua-1797m e Chirobwe-2021m (MAE, 2005).

3.2.3.Solo
Os solos do distrito são do tipo feralíticos, vermelho a castanho-avermelhado, de
textura pesada profunda e moderadamente bem drenada, ligeiramente lixiviado, contudo
apresentado boa capacidade de retenção de água (MAE, 2005).

3.2.3. Dados climáticos


Figura 2: Tempeturas durante a realização do experimento.
40.0
35.0
30.0
Temperatura (°C)

25.0
20.0
Min
15.0 Maxi
10.0
5.0
0.0
Agos Set Oct Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Meses

Fonte: (MLT, 2017)

15
Figura 3: Precipitação durante a realização do experimento.

300

250
precipitação(mm)

200

150

100

50

0
Octu Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Meses

Fonte: (MLT, 2017)

Tabela 2: Descrição da variedade.


Nome da Características da variedade
variedade Ciclo Crescimento NFP Rendimento Peso do Temperat
fruto ura base
Cal j 90-120 dias Determinado 8-40 frutos 60 ton/ha 55 gramas 6°C
por planta
Fonte: (CALADO, PORTAS & FIGUEIREDO, 2007).

3.3. Metodologia de pesquisa


O método de pesquisa usado no presente trabalho foi método experimental,
porque baseou-se na manipulação de certos aspectos da realidade, dentro das condições
pré-definida, observando as consequências destas modificações, buscando a relação
entre os fenómenos, procurando relações de causas e efeito, que possam ser explicada
interferindo no determinado problema (CAMPBELL & STANLEY, 2008).

3.3.1. Delineamento
O delineamento experimental utilizado foi o de Blocos casualisados (DBCC). O
experimento foi bifactorial (2x2), na qual possuía quatro (4) Tratamentos, e Três (3)
Repetições totalizando (12) Parcelas, com uma área total do campo de ensaio (12.5 x
11) = 137.5 m2, Sendo (comprimento 12.5 metros, e a largura de 11 metros), com

16
números de linhas iguais (3 linhas) por cada parcela, e cada parcela teve igual número
de plantas (18 plantas).

A área das parcelas compreendia as seguintes dimensões: 3 m e comprimento e


2.5 metro de largura na qual é estimada uma área de 3x2.5=7.5 m2 tendo a área total das
parcelas por bloco 7.5 x4=30m2 com uma área total de 30x3=90 m2.

As parcelas foram constituídas por três (3) linhas e espaçadas por 0.75 metros
entre elas, e as linhas eram constituídas por 6 plantas espaçadas por 0.5m por plantas
totalizando em 216 plantas em toda área.

Figura 4: Esquemado campo.

3.3.2.Descriçao dos tratamentos

Tratamento T0:
 Não foi aplicado tanto a cobertura morta assim como o tutoramento

(testemunho).

17
TratamentoT1:
 Foi aplicado a cobertura morta, mas as plantas não foram tutoradas.

Tratamento T2:

 Não foi aplicado a cobertura morta, mas as plantas foram tutoradas.

Tratamento T3:

 Foi aplicada a cobertura morta, e também, as plantas foram tutoradas.

3.4.Condução da pesquisa

3.4.1. Preparação do solo e sementeira


Quanto a mobilização do solo foi feita uma lavoura mecanizada, uma gradagem
manual e em seguida a formação de canteiros feito manualmente. Visto que, a
preparação do solo consiste no revolvimento, destorroamento e nivelamento do solo
para que o sistema radicular possa ter um bom desenvolvimento além de permitir um
bom maneio da cultura como a rega.
A sementeira no alfobre foi realizada no dia 10 de Dezembro de 2016, a uma
profundidade de 2cm, onde foram lançadas 10g de sementes numa área correspondente
há (1x0.5)m2. Na qual a emergência total foi notada aos 7 dias depois da sementeira
(DDS).

3.4.2.Transplantação
O transplante foi realizado no dia 7 de Janeiro de 2017, correspondente a 28 dias
DDS. O transplante foi feito no período de tarde, na qual as plântulas possuíam 15 à 25
cm de altura com 3 à 5 folhas. O espaçamento utilizado no campo definitivo da cultura
foi de 50 cm entre as plantas e de 75 cm entre as linhas.

3.4.3.Adubação
Foram realizadas três aplicações de fertilizantes sintéticos, das quais uma de
fundo feito com NPK na formulação (24-18-0-4S), essa foi feita 1 dia depois da
transplantação (DDT) duma forma localizada 10g por planta. A segunda e terceira
foram feitas com CAN, frequência de 27 em 27 dias, foram aplicados as mesmas
quantidades citadas na primeira.

18
3.4.4. Aplicação da cobertura morta e Tutoramento
A cobertura foi aplicada depois das plantas se estabelecerem devidamente 7
DDT e esta foi feito com palha de várias espécies. O tomate produz rendimentos altos e
que a planta não consegue suportar o peso dos seus frutos, contudo deve se proceder
com a operação de tutoragem (JARAMILLO, 2007). Contudo, tutoramento foi feito
usando tutores verticais para cada planta aos 30 DDT, com aproximadamente 30 cm de
altura da planta, com tutores de altura igual a 1 m.

3.4.5.Controle fitossanitário
Para o controlo das infestantes começou-se por uma lavoura profunda, na fase de
preparo do solo, remoção dos restos vegetais da cultura anterior, e aplicação de uma
cobertura, tendo no entanto se registada maior infestação nas parcelas não cobertas com
mulch, onde foram efectuadas duas sachas. As mondas das infestantes nas parcelas
cobertas com mulch, foram feitas apartir dos 25 DDT num intervalo de 30 em 30dias.
Quantoao controle de pragas e doenças foram utlizados métodos preventivos (a escolha
de variedade tolerante a algumas doenças fúngicas). Foi aplicado semanalmente
Maconzeb contra fungos e Comaithy e Cypermetrina contra os insectos segundo as
recomendações do (GENUNCIO et al., 2010).

3.4.6.Colheita
A colheita realizou-se, duma forma escalonada a parir dos 75 DDT (22 de
Março de 2017) quando os frutos apresentavam uma coloração verde-clara a vermelha e
terminou aos 95 DDT.
Durante este período foram feitas 3 colheitas seguindo cada uma delas a seguinte
sequência de procedimentos: Colheita dos frutos; Contagem dos frutos totais
(comercializáveis e não comercializáveis), Separação dos frutos comercializáveis dos
não comercializáveis; Pesagem dos frutos totais.

3.5.Variáveis avaliadas
As variáveis avaliadas durante a realização do ensaio foram de crescimentoe
variáveis produtivas. No que se refere as variáveis de crescimento, apenas avaliou-se
altura da planta, enquanto as produtivas foram o Peso do fruto, Número de Frutos por
planta, Número de Frutos comerciais.
Altura da planta (AP) -A altura da planta foi determinado no final do ciclo da
cultura 95 DDT. O valor da altura foi retirada apartir da base, até ao ápice da planta.

19
Peso de cada fruto (PCF)- Foram pesados 6 frutos por planta, e de seguida
achou-se a médias obtendo desta forma peso de cada fruto essa variável foi determinada
aos 75 DDT até aos 95 DDT.

Número de Frutos por planta (NFP)-Para a variável número de frutos por


planta, foi determinado aos 75DDT, estendendo-se até aos 95DDT, o que totalizou 3
colheitas após a colheita através da contagem e pesagem,3 colheitas parciais dos frutos,
calculando-se a média das 6 plantas estudadas por parcela (ARMANDO, 2012).

Número de Frutos comerciais (NFC)-para a variável número de frutos


comercializáveis foi verificado aos 75DDT, estendendo-se até os 95DDT, o que
totalizou 3 colheitas após a colheita, através da contagem e pesagens apenas dos frutos
comercializáveis (ARMANDO, 2012).

Rendimento dos frutos (Rend.F)- Foi determinado apartir da fórmula:

Legenda:
 Rend.F- Rendimento de Frutos em ton/ha
 PCF- Peso de cada fruto
 NFP- Número de frutos por planta
 D-Densidade populacional

3.6. Análise de Dados


A distribuição normal dos dados em cada variável foi submetida a análise de
variância para observar a existência ou não de diferenças entre as médias das variáveis
analisadas. O processamento estatístico com o emprego do SPSS – Statistical
Productand Social Service (Versão 16.0),a prova de categoria múltipla Turkey a 5% de
significância.

CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO


Após o processamento dos dados do experimento, para análise dos agrupamentos
e individuais permitiu chegar-se aos seguintes resultados e a respectiva discussão, na
qual foi dividida em parâmetros de desenvolvimentos e parâmetros produtivo.

20
4.1. Valores médios da altura da planta (AP) cm
De acordo com os resultados da análise da variância para variável altura da
planta, em função da cobertura morta e tutoramento nos canteiros, pode-se verificar que
houve efeito significativo para os níveis de cobertura nos canteiros, para os níveis do
tutoramento, para o teste Turkey a 5% de significância. Dentre todos tratamentos, o T3
apresentou maior altura (66.5033cm), e T0 apresentou menor altura (50.7000cm), como
se observa na tabela abaixo.

Tabela 5:Valoresmédios da altura da planta (AP) em cm.


AP(cm)

Tratamentos Sem tutores Com tutores

Sem cobertura 50.7000aA 54.2267abA

Com cobertura 55.6333abA 66.5033bA

C.V (%) 13.274

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas e maiúscula na linhas, não se
diferem estatísticamente, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5%.

Os resultado, pode ter sido influenciado pela conservação de água no solo e


redução na temperatura. Resultados similares foram encontrados pelo TILANDER &
BONZI (1997), que observaram um aumento na altura da planta com o uso de cobertura
morta em tomateiro. Ainda STRECK et al., (1996), afirmam que, o tutoramento quando
combinado a cobertura morta proporciona maior altura de plantas devido ao aumento do
comprimento dos internódios ocasionado pela busca mais intensa da luz. Deste modo a
altura de plantas diminuiu linearmente com a remoção dos tutores e da cobertura morta.
Resultados contraditórios a estes foram encontrados por LE et al., (1987) que
verificaram que a cobertura morta não teve efeito significativo no aumento da altura da
planta, quando estudou a cobertura morta na cultura do pimento em tempo chuvoso.
CARVALHO E TESSARIOLI NETO (2005) & MARIM et al. (2005), observaram
aumento da altura da planta quando estudava o tutoramento e sistema de condução de
uma haste. Estes resultados discordam dos encontrados por OLIVEIRA et al. (1995)
que em trabalho realizado em condições bastante semelhantes ao presente trabalho,
verificaram que não houve efeito causado pelo tutoramento.

21
4.2. Valores médios de número de frutos por planta.
De acordo com os resultados da análise da variância número de frutos por
planta, em função da cobertura morta e tutoramento nos canteiros, pode-se verificar que
não houve efeito significativo para os níveis de cobertura nos canteiros, também para
os níveis do tutoramento, para o teste Turkey a 5% de significância. Dentre todos
tratamentos, o T3 apresentou maior número de frutos (22.1167), e T2 apresentou menor
número (15.3867), como se observa na tabela abaixo., como se observa na tabela
abaixo.

Tabela 6: Valores médios de número de frutos por planta.


NFP

Tratamentos Sem tutores Com tutores

Sem cobertura 16.1067aA 15.3867aA

Com cobertura 21.4933aA 22.1167aA

C.V (%) 21.683

Médias seguidas de mesma letra minúscula na colunas e maiúscula na linhas,


não se diferem estatísticamente, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5%.

Esses resultados podem ser explicados pelo reduzido grau de vigamento das
flores, influenciados pelas deficiências hídricas no momento da floração e ventos fortes
que proporcionaram a quedas das flores. Resultados similares foram encontrados pelo
WAMSER & SANTOS (2006), em seu trabalho, quando estudou a cobertura morta em
híbridos de tomateiro não obteve diferenças significativas. Ainda CAMARGOS (2000),
verificaram que a igualdade na produção de frutos por planta entre a presença e ausência
da cobertura morta provavelmente foi devido reduzido grau de vingamento. Pelo
contrário, resultados contraditórios deste trabalho, foram obtidos por MARIM et al.
(2005), onde verificaram que o aumento da produção de frutos nas plantas conduzidas a
cobertura morta podem ter sido influenciado provavelmente pela melhoria da
disponibilidade e chegada de N.
PICANÇO et al. (2009) salientaram que o tutoramento não aumenta número de
frutos por planta, apenas suporta a planta e proporciona maior qualidade dos frutos.
ARMANDO (2012), não observou diferenças entre a presença e ausência de tutores
para a produção de frutos totais. Resultados contraditório foram encontrados SOARES

22
et al. (2013), onde observaram diferenças entres os tratamento quando estudavam os
sistemas de condução.

4.3. Valores médios de número de frutos comerciais.


De acordo com os resultados da análise da variância número de frutos
comercias, em função da cobertura morta e tutoramento nos canteiros, pode-se verificar
que não houve efeito significativo para os níveis de cobertura nos canteiros e também
para os níveis do tutoramento, para o teste Turkey a 5% de significância. Dentre todos
tratamentos, o T3 apresentou maior número de frutos (16.9933), e T2 apresentou menor
número (10.9400), como se observa na tabela abaixo., como se observa na tabela
abaixo.

Tabela 7: Valores médios de número de frutos comerciais.


NFC

Tratamentos Sem tutores Com tutores

Sem cobertura 12.0533aA 10.9400aA

Com cobertura 14.6633aA 16.9933aA

C.V (%) 21.683

Médias seguidas de mesma letra minúscula na colunas e maiúscula na linhas,


não se diferem estatísticamente, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5%.

Os resultados assemelha-se ao do SOARES et al. (2013), que relatou o seguinte,


apesar de não diferir estatisticamente, os tratamentos com coberturas morta
proporcionaram considerável produção comercial. Resultados contraditórios foram
encontrados por TEODORO et al. (2015), a cobertura conduziu a produção de muitos
frutos comerciais apesar de apresentarem tamanho maior em relação ao obtido sem
cobertura.

SILVA et al. (1997), para a produção comercial de frutos, não encontraram


diferenças entre métodos de tutoramento.
Estes resultados são contraditórios com os encontrados por SANTOS et al.
(1999) que verificaram haver efeito do método de tutoramento sobre número de frutos
comercias no tomateiro e consequentemente sobre a produção de frutos total. Suportado

23
por SOARES et al. (2013) relatam haver maior insolação e ventilação propiciada à
cultura do tomateiro pelo método vertical.

4.4. Valores médios do peso de cada fruto.


De acordo com os resultados da análise da variância do peso de cada fruto, em
função da cobertura morta e tutoramento nos canteiros, pode-se verificar que houve
efeito significativo para os níveis de cobertura nos canteiros e não efeito significativo
para os níveis do tutoramento, para o teste Turkey a 5% de significância. Dentre todos
tratamentos, o T3 apresentou maior peso do fruto (58.5267g), e T2 apresentou menor
número (33.9567g), como se observa na tabela abaixo.

Tabela 8: Valores médios do peso de cada fruto.


PCF

Tratamentos Sem tutores Com tutores

Sem cobertura 33.9567aA 35.4933aA

Com cobertura 52.8600bA 58.5267bA

C.V (%) 26.703

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas e maiúscula na linhas,


não se diferem estatísticamente, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5%.

Os resultados devem-se ao isolação e vedação que a cobertura morta


proporciona sobre os canteiros, que impede a dissipação do calor criando um ambiente
mais favorável para a absorção dos nutrientes pelas raízes (MARIM et al., 2005). Para a
variável peso de cada fruto , foram verificadas diferenças significativas entre a presença
e ausência da coberturas do solo, relatado por (FACTOR et al. 2009).
Resultados contraditórios foram encourados por HEINE (2012), na qual não encontrou
efeito significativo nos factores em estudo, o mesmo autor relataram que o peso de
frutos por planta não é influenciado pela cobertura morta nem pelo tutoramento, mais
sim por variáveis directas de causa efeito como o número de haste em que as plantas são
conduzidas.
BOFF et al., (2011), observou diferenças significativas entre a presença e
ausência do tutoramento. Esses resultados corroboram com o efeito positivo dos
métodos de tutoramento na produção e qualidade de frutos (MARIM et al., 2005),
favorecendo o melhor controlo de insectos-praga e doenças (PICANÇO et al., 2009) e

24
além da melhor distribuição da radiação solar ao longo do dossel das plantas (SANTOS
etal. 1999). Todos estes factores contribuem com a manutenção de taxas fotossintéticas
elevadas e, consequentemente, com a maior disponibilidade de fotoassimilados para o
enchimento dos frutos.

4.5. Valores médios do rendimento em ton/ha.


De acordo com os resultados da análise da variância do rendimento em função
da cobertura morta e tutoramento nos canteiros, pode-se verificar que houve efeito
significativo para os níveis de cobertura nos canteiros e não houve efeito significativo
para os níveis do tutoramento, para o teste Turkey a 5% de insignificância. Dentre todos
tratamentos, o T3 apresentou maior peso do fruto (40.2467 ton/ha), e T2 apresentou
menor número (13.9067 ton/ha), como se observa na tabela abaixo.
Tabela 9: Valores médios do rendimentoem ton/ha.

Rend. ton/há

Tratamentos Sem tutores Com tutores

Sem cobertura 14.8567aA 13.9067aA

Com cobertura 34.1067bA 40.246bA

C.V (%) 14.978

Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas e maiúscula na linhas,


não se diferem estatísticamente, pelo teste de Tukey a nível de significância de 5%.

Resultados similares foram encontrados por CALADO, PORTAS &


FIGUEIREDO (2007),onde avaliaram o efeito de diferentes tipos de cobertura morta no
solo sobre as características de frutos de pimentão (Capsicum annum L.), conseguiram
resultados satisfatórios, onde utilizaram coberturas de solo e as mesmas promoveram
aumentono peso e a produtividade foram afectados pela utilização da palha.

Ainda NEGREIRO et al. (1986) relatam que a produtividade pode variar


dependendo do tipo de cobertura utilizada, “com a utilização de palha de capim; sorgo;
vagem de caupi; e palha de milho, obtiveram maior produção de pimentão, com as
coberturas mortas de palhas de milho.

MARIM et al. (2005), relatam que a cobertura morta além da aceleração do ciclo
de produção com precocidade na colheita, a protecção contra geadas, a melhoria da

25
sanidade, a manutenção da humidade do solo, a precocidade e qualidade na produção de
mudas, também aumenta na produtividade e na qualidade do produto final.Os resultados
são similares ao BOFF et al., (2011), quando estudou o método de tutoramento vertical
com fitilho não observou diferenças significativas no rendimento.

Resultados contraditórios foram encontrados por SCHIMIDT et al., (2000),


quando estudavam, o Efeito da Cobertura Morta (mulching) em canteiros no
Rendimento da Cultura de Tomate, na qual verificaram menor rendimento, quando
conduzidas com cobertura morta e deve ao facto de a cobertura morta não influênciar na
altura de condução do ensaio e estará disponível na fase seguinte, havendo maior
actividade microbiana e menos acúmulo de fotoassimilados. SANTOS et al. (1999),
relataram que tutoramento possibilita a melhor distribuição da radiação solar, maior
ventilação ao longo do dossel das plantas, redução do período de molhamento foliar,
(WAMSER & SANTOS, 2006), redução da severidade das doenças e do aumento do
rendimento.

CAPITULO IV: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO

5.1. Conclusões

De acordo com os resultados obtidos pode-se concluir que:


 O indicador de crescimento altura da planta (AP) foi influenciado pelos factores
cobertura morta e tutoramento. Para os indicadores produtivos, não houve

26
influência para número de frutos por planta (NFT), mais sim houve influencia
dos factores, para a variável peso de cada fruto (PCF).

 O rendimento da cultura, foi influenciado pelos factores cobertura morta e


tutoramento nas condições edafo-climáticas de Angónia no município de
Ulónguè.

5.2. Recomendação

Com base nos resultados obtidos neste trabalho e das conclusões a que se

chegou, recomenda-se:

Que se façam mais estudos similares nas condições edafo-climáticas iguais ou


diferentes as de Angónia, para melhoria de quantidade e qualidade de produto.

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34
ANEXOS
Descriptives

95% Confidence Interval for Mean

N Mean Std. Deviation Std. Error Lower Bound Upper Bound Minimum Maximum

APcm 0 3 50.7000 2.99160 1.72720 43.2684 58.1316 47.27 52.77

1 3 55.6333 5.39151 3.11279 42.2401 69.0266 51.24 61.65

2 3 54.2267 7.09768 4.09785 36.5951 71.8583 47.68 61.77

3 3 66.5033 3.85857 2.22774 56.9181 76.0885 62.05 68.85

Total 12 56.7658 7.53535 2.17527 51.9781 61.5536 47.27 68.85

NFP 0 3 16.1067 3.94330 2.27667 6.3110 25.9024 13.83 20.66

1 3 21.4933 3.78594 2.18581 12.0885 30.8981 17.16 24.16

2 3 15.3867 2.00961 1.16025 10.3945 20.3788 13.50 17.50

3 3 22.1167 1.26461 .73012 18.9752 25.2581 21.02 23.50

Total 12 18.7758 4.07333 1.17587 16.1878 21.3639 13.50 24.16

NFC 0 3 12.0533 2.83895 1.63907 5.0010 19.1057 10.33 15.33

1 3 14.6633 1.64491 .94969 10.5771 18.7495 12.83 16.01

2 3 10.9400 .19053 .11000 10.4667 11.4133 10.83 11.16

3 3 16.9933 4.25245 2.45515 6.4297 27.5570 12.16 20.16

Total 12 13.6625 3.35834 .96947 11.5287 15.7963 10.33 20.16

PCPg 0 3 33.9567 1.07946 .62323 31.2751 36.6382 32.72 34.71

1 3 52.8600 1.62558 .93853 48.8218 56.8982 51.66 54.71

2 3 35.4933 2.23934 1.29288 29.9305 41.0562 33.88 38.05

3 3 58.5267 10.37818 5.99185 32.7458 84.3075 49.77 69.99

Total 12 45.2092 12.07469 3.48566 37.5373 52.8811 32.72 69.99

Rndto 0 3 14.8567 3.57091 2.06167 5.9860 23.7273 12.79 18.98


nha 1 3 34.1067 1.61670 .93340 30.0906 38.1228 32.24 35.06

2 3 13.9067 1.62457 .93795 9.8710 17.9423 12.19 15.42

3 3 40.2467 12.59752 7.27318 8.9527 71.5406 28.93 53.82

Total 12 25.7792 13.38297 3.86333 17.2760 34.2823 12.19 53.82

35
ANOVA

Sum of Squares df Mean Square F Sig.

APcm Between Groups 418.029 3 139.343 5.397 .025

Within Groups 206.567 8 25.821

Total 624.597 11

NFP Between Groups 111.471 3 37.157 4.184 .047

Within Groups 71.041 8 8.880

Total 182.512 11

NFC Between Groups 66.293 3 22.098 3.060 .091

Within Groups 57.770 8 7.221

Total 124.063 11

PCPg Between Groups 1370.722 3 456.907 15.684 .001

Within Groups 233.058 8 29.132

Total 1603.780 11

Rndtonha Between Groups 1616.739 3 538.913 12.199 .002

Within Groups 353.404 8 44.175

Total 1970.143 11

Apcm

Tukey HSD

Subset for alpha = 0.05

trat N 1 2

0 3 50.7000

2 3 54.2267 54.2267

1 3 55.6333 55.6333

3 3 66.5033

Sig. .650 .070

Means for groups in homogeneous subsets are


displayed.

36
NFC
NFP
Tukey HSD
Tukey HSD
Subset for alpha
Subset for alpha = 0.05
= 0.05
trat N 1
trat N 1
2 3 10.9400
2 3 15.3867
0 3 12.0533
0 3 16.1067
1 3 14.6633
1 3 21.4933 3 3 16.9933
3 3 22.1167
Sig. .093
Sig. .093
Means for groups in homogeneous
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
subsets are displayed.

PCPg
Rndtonha
Tukey HSD
Tukey HSD
Subset for alpha = 0.05
Subset for alpha = 0.05
Trat N 1 2
trat N 1 2
0 3 33.9567
2 3 13.9067
2 3 35.4933
0 3 14.8567
1 3 52.8600
1 3 34.1067
3 3 58.5267
3 3 40.2467
Sig. .984 .596
Sig. .998 .682
Means for groups in homogeneous subsets are
displayed. Means for groups in homogeneous subsets are
displayed.

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