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NOME: STELA TOMÉ MAURICIO CABO VERDE

TEMA:AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE QUATRO (4)

VARIEDADES DO AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) NAS CONDIÇÕES

EDAFOCLIMÁTICAS DA VILA ULÓNGUÈ DO DISTRITO DE

ANGÓNIA.

PROJECTO DE PESQUISA: ENGENHARIA AGROPECUÁRIA.

PRODUÇÃO VEGETAL

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO: ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA

ANGÓNIA, OUTUBRO DE JULHO 2018

STELA TOMÉ MAURICIO CABO VERDE


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE QUATRO (4)

VARIEDADES DO AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) NAS CONDIÇÕES

EDAFOCLIMÁTICAS DA VILA ULÓNGUÈ DO DISTRITO DE

ANGÓNIA.

Nota de apresentação

____________________

Projecto de pesquisa apresentado à Faculdade de Ciências Agrária


como requisito parcial à obtenção do título de Licenciatura em
Engenharia Agro-Pecuáriaespecialidade em Produção Vegetal.

Orientador: Eng° Borges Francisco Brás

_____________________________________

Co – Orientador: Eng°

______________________

Angónia, Julho de 2018


AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE QUATRO (4)

VARIEDADES DO AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) NAS CONDIÇÕES

EDAFOCLIMÁTICAS DA VILA ULÓNGUÈ DO DISTRITO DE

ANGÓNIA.

Autora:

STELA TOMÉ MAURICIO CABO VERDE


DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Eu Stela Tomé Maurício Cabo Verde, declaro que esta Monografia é resultado do meu
próprio trabalho e está a ser submetido para obtenção do grau de licenciatura na Faculdade de
Ciências Agrárias da Universidade Zambeze, Ulónguè.

Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em
nenhuma outra Universidade.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, em especial a minha mãe (Beda Injage) e aos meus
irmãos, meus tios, meu namorado por me apoiarem em toda minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a DEUS pela vida e estar sempre presentes em maus e bons
momentos da minha vida, e me ajudando a enfrentar, superar e vencer todas as dificuldades.

A minha mãe Beda Injage pela paciência que teve durante esses todos anos, dando-me
amor, educação, pelo esforço que tem feito por mim meu muitíssimo obrigado.

Aos meus irmãos, Naira Cabo Verde, Paula Cabo Verde, Maurício Cabo Verde, Rivaldo
cabo Verde, Marcela Amilton, Emerson Nacupe por estarem sempre do meu lado.

Aos meus tios, Betz Injage, Luck Injage, Rita Injage, Isaura Injage, Elsa Injage,
Geronimo Nacupe, em especial ao meu tio Betz Injage pelo apoio e incentivo, agradeço bastante
mesmo obrigado.

Ao meu tutor engenheiro Borges Brás pelo incansável esforço dedico para o sucesso
desta monografia, pela paciência na elaboração desta monografia, o meu muitíssimo obrigado.

Ao meu namorado pelo conselho, ajuda que tem me dado, meu muito obrigado.

Aos meus amigos Virgínia Tivir, a Helena Rimão, Carlos Quimbine, Getulio, Renato,
René Macueza, Carla Diaquino, Rofino Clemente, Fábio Anacleto pela amizade nos tempos bons
e difíceis na carreira estudantil.

Enfim, a todos que directa ou indirectamente contribuíram e tornaram possível a


realização da minha formação, o meu muito obrigado.
Índice
DECLARAÇÃO DE AUTORIA.....................................................................................................4

DEDICATÓRIA..............................................................................................................................5

AGRADECIMENTOS....................................................................................................................6

RESUMO.........................................................................................................................................8

ABSTRACT....................................................................................................................................9

LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................10

LISTA DE TABELAS...................................................................................................................11

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS...................................................................................12

CAPITULO I. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13

1.1. Contextualização.................................................................................................................13

1.2. Problema.............................................................................................................................14

1.3. Justificativa.........................................................................................................................14

1.4. Hipóteses.............................................................................................................................15

1.5. OBJECTIVOS.....................................................................................................................15

1.5.1. Objectivo geral.............................................................................................................15

1.5.2. Objectivos específicos..................................................................................................15

CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................16

2.1.Ecofisiologia do Amendoim................................................................................................16

2.2.Importância socio-económica..............................................................................................16

2.2.1.Importância mundial......................................................................................................16

2.3.Temperatura.........................................................................................................................17

2.4.Disponibilidade hídrica........................................................................................................18

2.5. Solos e nutrição...................................................................................................................18

2.6. Controle de pragas e doenças.............................................................................................19


2.7. Controlo de plantas daninhas..............................................................................................20

2.8.Luminosidade e fotoperiodismo...........................................................................................20

2.9.Colheita................................................................................................................................20

CAPITULO III. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................22

3.1. Materiais..............................................................................................................................22

3.2. Métodos...............................................................................................................................22

3.2.1. Descrição da área de ensaio..........................................................................................22

3.2.3. Croquis do campo.........................................................................................................23

3.2.4. Condução do ensaio......................................................................................................23

3.3.Preparo do solo.....................................................................................................................24

3.4. Sementeira...........................................................................................................................24

3.5.Controlo de infestante..........................................................................................................24

3.6.Controlo de pragas...............................................................................................................24

3.7. Colheita...............................................................................................................................24

3.8.Variáveis avaliadas..............................................................................................................24

3.8.1.Variavel vegetativa:.......................................................................................................25

3.8.2.Variaveis Produtivas:....................................................................................................25

3.9. Analise estatistica................................................................................................................25

CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................27

4.1. Valores médios da Altura da Planta (AP)...........................................................................27

4.2. Valores médios de número de vagens por plantas (NVP)..................................................27

4.3. Valores médios do peso de 100 grãos (PCG).....................................................................28

4.4. Rendimento.........................................................................................................................29

CAPÍTULO V. CONCLUSÃO.....................................................................................................31

CAPÍTULO VI. CONSTRAGIMENTOS.....................................................................................32


6.1. Deficiência Hidrica.............................................................................................................32

6.2. Ataque por corvos...............................................................................................................32

CAPÍTULO VII. RECOMENDAÇÕES.......................................................................................33

CAPÍTULO VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................34

CAPÍTULO IX. ANEXOS............................................................................................................37

CAPÍTULO X. GLOSSÁRIO.......................................................................................................39
RESUMO
Com o objectivo de avaliar do desempenho produtivo de quatro (4) variedades do
amendoim (Arachis hypogaea l.) nas condições edafoclimáticas da vila ulónguè do distrito de
angónia, foi conduzido um experimento na Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade
Zambeze no periodo de Janeiro a Maio de 2018, num delineamento em blocos completamente ao
acaso com 4 tratamentos e 3 repetições, num universo de 12 parcelas, cada parcela foi
constituida por uma area de 8m 2. Usou-se 4 quatro variedades , nomeadamente, Mamane,
Cingiro, CG7 e a local. Em que as variaveis avaliadas foram: altura da planta, número de vagens
por planta, peso de 100 grãos, rendimento grão. Os dados foram submetidos a análise de
variância (ANOVA). As variedades que melhor se expressam os rendimentos foram T3 e T0.

Palavras-chave:: Arachis hypogaea L, variedades, rendimento.


ABSTRACT
In order to evaluate the productive performance of four (4) peanut varieties (Arachis
hypogaea L.) under the edaphoclimatic conditions of the Ulónguè village of the Angónia district,
an experiment was conducted at the Faculty of Agricultural Sciences of the Zambezi University
from January to May 2018, in a completely randomized block design with 4 treatments and 3
replicates, in a universe of 12 plots, each plot was constituted by an area of 8m2. Four varieties
were used, namely Mamane, Cingiro, CG7 and local. The evaluated variables were: plant height,
number of pods per plant, weight of 100 grains, grain yield. The data were submitted to analysis
of variance (ANOVA). The varieties that best express the yields were T3 and T0.

Key words: Arachis hypogaea L, varieties, yield.


LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. Croqui da aréa

FIGURA 2. Cultura de amendoim aos 55 dias após a emergência


LISTA DE TABELAS
TABELA 1. Produção de amendoim em Moçambique

TABELA 2.Codificação dos tratamentos

TABELA 3.Valores médios da altura da planta

TABELA 4. Valores médios de número de vagem por planta

TABELA 5. Valores médios de peso de 100 grãos

TABELA 6. Valores médios do rendimento

TABELA 7. Altura da planta

TABELA 8. Número de vagem por planta

TABELA 9. Peso de 100 grãos

TABELA 10. Rendimento


LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
%- Percentagem

AP- Altura da Planta

º C- Graus Célsius

CLUSA - Cooperative League of United States of America


C.V- Coeficiente de variação
FCA - Faculdade de Ciências Agrárias
FAO- Food Agriculture Organization of United Nations
g – grama
g/ha – grama por hectare
H0 - Hipótese nula
H1 - Hipótese alternativa
ha - Hectare
IIAM- Instituto de Investigação Agrária de Moçambique
Kg - Quilograma
Kg/ha - Quilograma por hectare
m - Metro
m² - Metro quadrado.

mm- Milímetro

NVP - Número de Vagem por Planta

N, P, K- Nitrogénio, Fósforo, Potássio

PCG- Peso de 100 Grãos

RG- Rendimento do Grão

USAID-
CAPITULO I. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
De acordo com FAGUNDES (2006), O amendoim cientificamente conhecido por
(Arachis hypogaea L.) é uma planta originária da América do Sul, na região compreendida entre
as latitudes 10º a 30º Sul, com provável centro de origem na região de Gran Chaco (Paraguai),
incluindo os vales dos rios Paraná e Paraguai. Assim sendo, a difusão do amendoim iniciou-se
pelos indígenas para as diversas regiões da América Latina, América Central e México. Segundo
NETO, et al., (2012), afirmam que o amendoim é a quarta oleaginosa mais produzida no mundo.

A produtividade é um indicador económico que relaciona valores de produção com


quantidades dos factores de produção utilizados, sendo, portanto, um indicador importante para a
análise comparativa do desempenho e perspectivas de empresas e sectores produtivos.
Considerando que no sector agrícola todos os três factores de produção: terra, capital e trabalho:
tem grande importância, o indicador de produtividade de um factor isolado, pode não reflectir
com precisão a capacidade produtiva por não considerar as interacções entre os 3 factores.

Em geral, a produtividade cresce na medida em que aumenta a população de plantas, até


chegar a um ponto em que a competição por luz, nutriente e água, começa a limitar o
desenvolvimento das plantas e, portanto, os rendimentos comerciais (NAKAGAWA et. al., 2000
e SILVA et. al., 2000).

Para MACÊDO (2010), a importância económica do amendoim está relacionada ao facto


das sementes possuírem sabor agradável e serem ricas em óleo (aproximadamente 50%) e
proteína (2 a 30%). Além disso contém carboidratos, sais minerais e vitaminas, constituindo-se
num alimento altamente energético (585 calorias/100 g/sementes. Os grãos também podem ser
utilizados para extracção do óleo, empregado directamente na alimentação. Segundo ELIAS &
BOFANA, (2015), afirma que a população de plantas é um dos factores que mais afecta o
rendimento, por exercer influência directa na demandas dos nutrientes (adubação), que
posteriormente influencia significativamente o comportamento das variáveis.

A cultura do amendoim visa à obtenção de grãos, destinados principalmente à alimentação


humana. Os grãos podem ser consumidos na forma in natura, torrados ou
empregados na culinária da confecção de doces. Industrialmente, o grão é processado
para a extracção do óleo, sendo este de qualidade nobre e rico em ácido oleico, também utilizado
na indústria de conservas e de produtos medicinais. E ainda foi incluído na proposta de um
programa de óleos vegetais para fins energéticos no País (Pró-Diesel), no início dos anos oitenta
(CAMARA, 2014).

Segundo, USAID, (2010), nos últimos 5 anos o Amendoim, em Moçambique, tem


constituído uma cultura de muita importância para a economia dos produtos, por sua alta
demanda nos mercados internacionais e locais, bons preços, altos rendimentos por hectare e fácil
maneio agronómico, permitindo os produtores familiares alcançar maiores lucros em sua
actividade de produção, e conseguir óptimo impacto na vida familiar. Segundo IIAM, (2010), em
Moçambique a cultura do amendoim ocupa cerca de 332.000 hectares, ou seja 9% da área total
cultivada sendo a província de Nampula a maior produtora seguida de Inhambane, Gaza,
Zambézia e Cabo Delegado.

1.2. Problema
Grande parte dos produtores da vila Ulónguè usam sementes de amendoim não
certificados, uma vez que as tais sementes apresentam baixo rendimento produtivo, baixa
qualidade do produto,geram plantas com grãos deficientes, tamanho reduzido e pouco atraente
para o comércio, consequentemente baixa renda do produtor.

1.3. Justificativa
O objectivo estudo deste tema é para identificar a variedade que apresenta o melhor
desempenho produtivo entre as variedades abaixo mencionadas, para melhor rendimento dos
produtores.

A produção da cultura do amendoim vem ganhando espaço no que diz respeito, a


maximização da sua produção. O Amendoim é uma leguminosa, como o feijão. Sendo
leguminosa o amendoim produz nitrogénio em nódulos nas raízes que enriquece o solo para as
culturas que seguem como o milho, a mapira, a mandioca, e outras. Assim, uso de variedades
certificadas tem sido implementado de modo que a cultura possa expressar o seu máximo
potencial. O Distrito de Angónia oferece condições para produção da cultura de amendoim
(Arachis hypogaea. L) e outras culturas. O uso de variedade não certificada na produção desta
cultura em particular, tem levado as baixas produções e produtividade desta cultura. Daí surge a
necessidade de estudar o desempenho produtivo de quatro (4) variedades do amendoim (Arachis
hypogaea L.) nas condições edafoclimáticas da vila Ulónguè do distrito de Angónia, como
alternativa de incrementar os rendimentos desta cultura no geral.

1.4. Hipóteses
Para se definir a melhor variedade que responde melhor no que diz respeito o desempenho
produtivo das variedades da cultura de amendoim (Arachis hypogaea), ,nas condições
edafoclimáticas de Angónia, enunciam-se as seguintes hipóteses:

Hipótese nula ( H0 )- Não existem diferenças significativas no desempenho produtivo de quatro


(4) variedades de cultura do amendoim.

Hipótese alternativa ( H1)- Existe pelo menos uma variedade das quatro variedades do
amendoim que difere significativamente das outras variedades, quanto ao desempenho produtivo.

1.5. OBJECTIVOS
1.5.1. Objectivo geral
 Avaliar o desempenho produtivo de quatro (4) variedades do amendoim (Arachis
hypogaea L.) nas condições edafoclimáticas da vila Ulóngué do distrito de Angónia.

1.5.2. Objectivos específicos


 Determinar os parâmetros de crescimento e de produção da cultura do amendoim das
variedades em estudo;
 Analisar o rendimento em diferentes variedades nas condições edafoclimatica de
Angónia.
 Identificar a variedade que se adequa melhor nas condições edafoclimatica de Angónia;
CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Ecofisiologia do Amendoim
O amendoim cultivado, Arachis hypogaea L., pertence a família Fabaceae, subfamília
Faboideae e género Arachis. Essa espécie e subdividida em duas subespécies, Arachis hypogaea
L. subespécie hypogaea, cujos genótipos pertencem ao grupo Virgínia, e Arachis hypogaea L.
subespécie fastigiata, com os genótipos pertencentes aos grupos Valencia ou Spanish
(NOGUEIRA & TAVORA, 2005).

O ciclo fenológico e de 90 a 115 dias para as cultivares de ramos opostos e de 120 dias
para as variedades de ramos alternados. A Planta de amendoim e herbácea, erecta ou prostrada,
anual, atingindo altura da haste principal entre 50 a 60 cm. Possui crescimento indeterminado,
apresentando simultaneamente, a formação de estruturas vegetativas e reprodutivas durante seu
ciclo fenológico (NOGUEIRA & TAVORA, 2005).

Os indígenas foram os responsáveis pela difusão inicial do amendoim às diversas regiões


da América do Sul, sendo levado às ilhas do mar das Antilhas e, possivelmente, à América
Central e México. Sua introdução na Europa ocorreu no século XVIII, sendo cultivado
inicialmente no Jardim Botânico de Montpellier e, ao final do século, proveniente da América,
foi introduzido em Valença na Espanha, onde sua cultura se propagou (PEIXOTO, 1972).
A planta é dicotiledônea, herbácea, monóica, com flores hermafroditas e possui uma
característica intrínseca ao género: a presença de geocarpia obrigatória, onde após a fertilização
uma estrutura fibrosa denominada ginóforo, surge e se direciona para o solo dando início à
formação da vagem. Floresce profusamente, por um tempo indeterminado, produzindo flores até
o fim do ciclo (LUZ, 2009).

2.2.Importância socio-económica
2.2.1.Importância mundial
O amendoim é a quarta cultura oleaginosa mais importante do mundo. De todo o óleo
alimentar produzido no mundo, cerca de 10% é produzido a partir de amendoim. Para
conhecermos quanto se produz e onde se produz o amendoim, podemos recorrer à base de dados
da FAO. De acordo com essa fonte, a área cultivada com amendoim em todo o mundo é de cerca
de 23 milhões de hectares. Outras fontes referem uma área de cerca de 25 milhões de hectares. O
continente asiático é o que mais contribui para a produção mundial e é onde se tem verificado o
maior aumento da produção.

Segundo a CONAB, a Produção Mundial de Amendoim, para a safra 2012/13, está


estimada em 36,7 milhões de t, enquanto o consumo mundial está estimado em 35,4 milhões de t.
As exportações mundiais foram estimadas em cerca de 2,6 milhões de t, enquanto os estoques
finais foram em torno de 2,2 milhões de t.

Tabela 1: Produção de amendoim em Moçambique


Elemento Unid. 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Área colhida Ha 293.000 295.000 295.000 295.000 295.000 295.000
Produção Ton 93.000 85.977 102.932 94.454 68.000 70.000
Produtividad Kg/ 317 291 348 320 230 237
e Ha
Fonte: SEMANAL DE MERCADOS AGRÍCOLAS NO PAÍS, REGIÃO E MUNDO,
(2015),

2.3.Temperatura
A temperatura nas regiões tropicais geralmente encontra-se próxima as exigências da
cultura, com pequenas variações durante o ano. Contudo, nas regiões de elevadas altitudes a
temperatura é o factor climático de maior importância. A temperatura actua basicamente sobre a
velocidade de crescimento e duração das fases do estádio vegetativo. Temperaturas de 32 °C a 34
°C são óptimas e proporcionam alta velocidade e percentagem de germinação. Em condições
óptimas o amendoim germina em aproximadamente 4 a 5 dias. Temperaturas abaixo de 18°C
reduzem o poder germinativo das sementes (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005).

As temperaturas óptimas para o crescimento vegetativo do amendoim situam-se entre


25°C a 35°C (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005). Temperaturas abaixo do óptimo prolongam o
estádio vegetativo o que acarreta em maiores gastos com tratos culturais devido ao alongamento
do ciclo da cultura. Temperaturas nocturnas de 25°C e diurnas de 35°C aumentam a translocação
de N, P, K e carboidratos para os frutos, reduzem a respiração, aumentam a taxa fotossintética,
promovem maior acúmulo de carboidratos e a senescência das folhas será mais lenta. Por outro
lado, diferenças acima de 20º C entre as temperaturas diurnas e nocturnas reduzem drasticamente
a formação de flores (ARMANDO JÚNIOR, 1990).

2.4.Disponibilidade hídrica
A cultura do amendoim é considerada relativamente tolerante à seca, devido ao seu
sistema radicular profundo que permite explorar volume de solo das camadas mais profundas as
quais possuem maior disponibilidade de água. As necessidades hídricas variam de 450 a 700 mm
durante o ciclo. A máxima exigência hídrica ocorre durante o florescimento e frutificação. A
falta de água no início do desenvolvimento faz com que ocorram problemas como atraso e
irregularidades na germinação (CATO et al., 2008).

É de suma importância que as exigências hídricas, bem como as nutricionais, a partir do


início do florescimento sejam atendidas, pois a partir deste período, muitos eventos começam a
ocorrer na planta como: produção de folhas, flores, raízes, ginóforos, penetração dos ginóforos
no solo e o desenvolvimento das vagens.

O déficit hídrico no período vegetativo resulta em alongamento do ciclo da cultura, e isto


faz com que o produtor tenha maiores gastos com os tratos culturais. Se a falta de água ocorrer
no florescimento, haverá queda de flores e murchamento de ginóforos, afectando directamente a
produção. Na frutificação a deficiência hídrica resulta em formação de grãos com menor peso
específico, ou até mesmo o não preenchimento dos grãos, diminuindo a produção.

O déficit hídrico pode afectar negativamente o conjunto das funções fisiológicas da


planta, como a fotossíntese, respiração e outras reacções metabólicas, que podem repercutir
directamente nas variações anatómicas (estómatos), no crescimento, na reprodução e no
desenvolvimento das plantas, de modo geral, particularmente nos frutos e sementes e,
consequentemente, na produtividade (SILVA & BELTRÃO, 2000).

2.5. Solos e nutrição


A cultura desenvolve-se bem em solos de textura arenosa, geralmente, estes solos
possuem boa drenagem e aeração, favorecendo o desenvolvimento das raízes e frutos, como
também o suprimento de nitrogênio para a fixação simbiótica, por outro lado, a baixa aeração
favorece o desenvolvimento de organismos patogênicos.
Como desvantagem, os solos arenosos apresentam baixa capacidade de reter água
podendo ocorrer reduções de produtividade, menor fertilidade, devido à baixa capacidade de
troca catiônica, e muitas vezes necessitam da correção da acidez por meio da aplicação de
calcário, assim como frequentes aplicações de fertilizantes. O produto final colhido nos solos
arenosos possui qualidade superior, pois nos solos argilosos grande parte das vagens colhidas
apresentam coloração mais escura, devido a partículas de argila que ficam aderidas ao fruto
(NOGUEIRA & TÁVORA, 2005).

Solos de textura argilosa, do ponto de vista da nutrição mineral são de maneio mais fácil
quando se pretende praticar uma agricultura moderna (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005). São
solos mais coesos, menos erodidos, possuem maior capacidade em reter umidade, e nestes solos,
quando se realiza semeadura direta do amendoim e pratica-se rotação de culturas, podem ter sua
estrutura melhorada com relação à aeração, drenagem e disponibilidade de nutrientes.
O pH considerado óptimo para a cultura situa-se entre 6 e 6,5 ( SANTOS et al., 1996). É
importante manter o pH do solo dentro da faixa óptima de cultivo para que não ocorram
deficiências nutricionais, tais como: cálcio, molibdênio e fósforo.
Com relação ao nitrogênio os resultados dos estudos são contraditórios, havendo
respostas à aplicação em alguns estudos e em outros não (NOGUEIRA & TÁVORA, 2005).

2.6. Controle de pragas e doenças


Principais pragas previstas: Larvas; Trips; Térmites; Afídios; Hilda patruelis; ratos;
corvos; toupeiras, macacos; roscas e nemátodos. Para o controle de pragas, será feita a gestão de
resíduos e a drenagem adequada; Vai se corretar as pragas de extrema importância param o
estudo do ciclo da vida; Para o combate químico das pragas usada uma insecticida (Cyper 5%)
proporção de 16ml/16 litros de água que tem substância activa, FILHO, et al., (2006).

As principais doenças que ocorrem na cultura podem causar a redução de 10% a mais de
50% na produção de vagens, quando medidas de controle não são utilizadas (MORAES, 2006).
Os principais problemas podem ocorrer tanto na fase de plantio, com as doenças de sementes e
plântulas, como durante o desenvolvimento da cultura, com as doenças causadas por fungos do
solo ou da parte aérea, após a colheita, com fungos produtores de aflatoxina ou de grãos
armazenados. A cultura do amendoim tem grande incidência de moléstias do tipo: doenças de
pré-emergência e das sementeiras, Cercosporiose, verrugose e murcha (MORAES, 2006).

Para controlar as doenças do amendoim recomendam-se as práticas de caráter cultural,


como a rotação e a queima dos restos, visando diminuir o ambiente favorável às moléstias.
Contra a cercosporiose e a verrugose aconselham-se pulverizações na folhagem com fungicidas à
base de cobre. As doenças de pré emergência pode ser controladas com o tratamento de semente
(MORAES, 2006).

2.7. Controlo de plantas daninhas


Ainda na perspectiva TIVELLI &TRANI,(2010), o controlo de plantas daninhas é feita
manualmente; Mecânico, com auxílio das enxadas; Químico no uso das herbicidas registado para
esta cultura tais como metamitrona e paraquat;

2.8.Luminosidade e fotoperiodismo
A cultura do amendoim é considerada como planta neutra, ou seja, não há efeito do
fotoperíodo nas plantas. Em condições de campo a luz não é um fator limitante para a
fotossíntese, porém para que se tenha o desenvolvimento normal dos frutos faz-se necessário a
ausência de luz na extremidade dos ginóforos, sendo a frutificação subterrânea (NOGUEIRA &
TÁVORA, 2005).

2.9.Colheita
Segundo SUASSUCA, et al., (2006), colheita e beneficiamento é procedida de forma
manual ou a tracção animal. Em pequenas propriedades se utiliza, normalmente, a mão-de-obra
familiar nesta operação; após o arranque manual, as plantas são amontoadas para secagem, de
modo a reduzir a humidade das sementes, não é recomendado atrasar o período de colheita uma
vez que tal procedimento pode incorrer em germinação das sementes dentro da própria vagem e
no aparecimento de doenças, danificando a qualidade do produto.

No sistema semi-mecanizado é realizado o corte das raízes previamente ao arranque, com


posteriores amontoadas, utilizando-se implemento traccionado por tractor, que possui duas
lâminas cortantes em forma de V aberto que, por sua vez, cortam quatro linhas por vez. Segundo
GODOY et al. (1984), a passagem da lâmina proporciona no arranque uma redução nas perdas,
em torno de 6%. O despencamento só deve ser feito quando as vagens estiverem completamente
maduras; a secagem pode ser realizada em secadores ou em terreiro, deixando-se as plantas
expostas ao sol por, pelo menos, três dias seguidos; o debulhamento ou descascamento é uma
actividade realizada frequentemente, utilizando-se mão-de-obra familiar nas pequenas
propriedades; para auxiliar nesta actividade.

A colheita do amendoim é feita manualmente, arrancam a planta toda, depois tiram as


vagens e colocam em uma lona normalmente estendida no terreiro da casa, onde são lavadas, em
seguida deixam secar ao sol por aproximadamente dois a três dias. Caso ocorra chuva, recolhem,
e assim que tiver sol colocam para secar novamente agricultores dizem que é necessário secar
para não estragar.
CAPITULO III. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Materiais
 Estacas- demarcação da área;

 Fitamétrica- será usada para demarcação da área;

 Corda- demarcação da área e alinhamento das linhas das plantas;

 Enxadas serão utilizadas para sacha;

 Sementes- serão usadas para a sementeira no campo;

 Insecticida- para controlo de pragas; Régua- para medir algumas variáveis;

 Balança- para pesar os grãos;

3.2. Métodos
3.2.1. Descrição da área de ensaio
O experimento foi conduzido na faculdade ciências agrária a mais ou menos 800
quilometros da estrada nacional numero 304, no distrito de Angònia na vila Ulónguè. Está
situado na província de Tete sendo limitado a norte, nordeste e este pelo território da vizinha
Malawi, e sul pelo distrito de Macanga. O distrito apresenta as seguintes coordenadas: 14°42'57"
de latitude Sul 34° 22' 23" longitude a Este, e 1650 m de altitudes no municipio de Angónia
(MAE,2005).

Quanto a clima o distrito é coberto pelo clima temperado húmido influenciado fortemente
pela altitude apresenta uma grande variação de precipitação de 725 mm a 1149 mm, com maior
parte de queda pluviométrica (90%) acontecendo entre finais de novembro e principio de abril, o
padrão de temperatura e condicionado pela altitude a qual varia de 700 ate 1655 m, com
temperatura media para Ulónguè 20.9°C. A topografia considerada muito ondulada, as principais
montanhas são o monte domue-2095m macumgua-1797m e chirobwe-2021m (MAE, 2005).
3.2.3. Croquis do campo

13m

0,5m 9.5m

T0 2m T2 T3

4m

T2 T1 T0

0,5m

T1 T3 T2

T3 T0 T1

Figura 1. Croquis da area

3.2.4. Condução do ensaio


O ensaio foi implementado em Dezembro de 2017, conduzido durante quatro (4) meses,
com término em Maio de 2018.

3.2.4.1.Descrição dos tratamentos


No primeiro tratamento (T0) as três repetições foram var. local ( Testemunha);

No tratamento dois (T1) as três repetições foram var. Manane;

No tratamento três (T2) as três repetições foram var. Cingiro;


No tratamento quatro (T3) as três repetições foram var. CG7.

3.3.Preparo do solo
A preparação do solo foi realizada no mês de Dezembro e envolveu operações como limpeza da
área, lavoura, destorroamento e levantamento dos canteiros. Tendo como objectivo proporcionar
melhores condições para a sementeira, o crescimento, desenvolvimento da cultura e por fim
obter bons rendimentos.

3.4. Sementeira
No dia 24/01/2018 fez-se a sementeira para todos os tratamentos, com a profundidade de 2
cm e espaçados de 60 cm entre linha e 30 cm entre planta. Ao fazer a sementeira, foram deixadas
cair uma semente por cova a cada 30cm. E fez-se a resementeira após 8 dias a emergência.

3.5.Controlo de infestante
Durante o ciclo da cultura, foram necessárias apenas duas sachas usando enxada de cabo curto, a
primeira foi feita 29 dias após a emergência, foi no dia 23 de Fevereiro de 2018 e a segunda
sacha foi feita 33 dias após a realização da primeira sacha, foi no dia 26 de Março de 2018,
oportunidades em que se processou a amontoa, facilitando, com estas práticas, o
desenvolvimento das vagens e sua formação.

3.6.Controlo de pragas
Quanto ao controlo de pragas foram realizadas 2 pulverizações, usando Cipermetrina tendo
início aos 55 dias após a emergência,

3.7. Colheita
A colheita foi realizada manualmente, aos 125 dias após a sementeira. Neste processo foi
acompanhada com a contagem de número de vagem e número de grãos que cada planta possuía.
De seguida etiquetou-se e colocou-se nos sacos de acordo com a sua identificação para evitar
mistura dos tratamentos.

3.8.Variáveis avaliadas
Quanto as variáveis vegetativas, avaliou-se apenas altura da planta. E quanto as variáveis
produtivas foram avaliadas as seguintes: altura da planta, número de vagens por planta, peso de
100 grãos e o rendimento.
3.8.1.Variavel vegetativa:
 Altura da Planta (AP)

Foi medida com base na régua, a partir do nível do solo até a extremidade da folha mais
alta e expressa o resultado em centímetro e por fim as médias foram achadas em cada tratamento,
com base nas repetições.

3.8.2.Variaveis Produtivas:
 Número de Vagens por Planta (NVP)

Após a colheita, colectou-se nas nove (9) plantas da área útil de cada parcela, sendo
obtido pela contagem do número total de vagens e calculada a média, por fim será achada a
média em cada tratamento, com base nas repetições.

 Peso de 100 grãos (PCG)

Foi determinado através da pesagem de 100 grãos da área útil, os pesos serão
determinados em balança de precisão.

 Rendimento dos grãos (RG)

Foi determinada através do peso de grãos da área útil em gramas, e de seguida estipulados
os dados para quilogramas por 1ha.

Tabela 2. Codificação dos tratamentos

Tratamentos Variedades
0 Local
1 Mamane
2 Cingiro
3 CG7
Fonte: (AUTORA, 2018).

3.9. Analise estatistica


O programa usado para processar os dados foi mediante o pacote estatistico Sisvar, em segida os
dados foram submetidos a análise de variância aplicando o teste de Tukey a 5% de significancia,
para verificar a existência ou não de diferenças significativas entre as médias das variáveis
avaliadas.
CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para o teste de comparação de média foi utilizado programa SISVAR e gerado um
arquivo de dados com número de variáveis:4, , número de repetições: 3, nível de significância: 5,
número de tratamentos: 4, testes comparativos de médias Tukey. Foram realizados o teste de
comparação de média para as variáveis: AP; NVP; P100G; e rendimento.

4.1. Valores médios da Altura da Planta (AP)


Tabela 3 : Valores médios da altura da planta (AP)

Tratamentos AP ( cm)
T1 25.033333 a
T3 25.233333 a
T2 25.533333 a
T0 30.533333 a
C.V (%) 12.52
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem estatísticamente
pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 3, verificou-se que não houve diferenças significativas no tratamento 1 em


relação aos demais tratamentos.

Segundo DIVAGE, et al., (2012) as variedades de ciclo curto do tipo Spanish e com
hábito de crescimento erecto a altura das plantas não mostra uma variação entre elas, enquanto
para as de ciclo longo têm grande flutuação sobre altura das plantas, concordando com os
resultados apresentados no estudo.

4.2. Valores médios de número de vagens por plantas (NVP)


TABELA 4: Valores médios de número de vagens por plantas (NVP)

Tratamentos NVP
T0 16.566667 a
T2 21.766667 a
T3 25.466667 a
T1 31.533333 a
C.V (%) 24.72
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem estatísticamente
pelo teste de Tukey a nivel de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 4, verificou-se que não houve diferenças significativas no tratamento 1 em


relação aos demais tratamentos. Correspondendo à média superior de 31.533333 vagens por planta
no tratamento 1, seguida do tratamento 3 com a média de 25.466667 vagens por planta, o tratamento
2 com a média de 21.766667 vagens por planta e por fim o tratamento zero com a menor média de
16.566667 vagens por planta.

Para o caso do peso de vagens, segundo GUILHERME et al., (2006/2007), verificou que
variedades de ciclo longo possuem maior número de vagens, mas com um peso relativamente
inferior. Enquanto variedades com indicações de ciclo curto, tiveram as suas vagens cheias e
apresentaram um peso superior.

A baixa temperatura nocturna tem sido considerada o principal factor climático


responsável pela insuficiente formação de vagens (CATO et al., 2008).

A ocorrência de déficit hídrico nas fases de crescimento e desenvolvimento dos ginóforos


e das vagens na cultura resulta em decréscimo na produção, primariamente pela redução do
número de vagens, antes mesmo que pela massa das vagens e sementes (BOOTE et al., 1976;
PALLAS et al., 1979).

4.3. Valores médios do peso de 100 grãos (PCG)


TABELA 5: Valores médios de peso de 100 grãos (PCG)

Tratamentos PCG (g/ ha)


T1 25.000000 a
T0 40.000000 b
T2 45.000000 c
T3 55.000000 d
C.V (%) 0.00
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem estatísticamente
pelo teste de Tukey a nivel de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 5, verificou-se que houve diferença significativa entre os tratamentos.


Correspondendo à média superior o tratamento 3 com um valor de 55g, seguido por tratamento 2
com um valor de 45g, tratamento zero com um valor de 40g e tratamento 1 com um valor mais baixo
de 25 g.
O peso de 100 grãos se caracteriza por cada genótipo diferente, sendo que variedade
"Mamane" se diferenciou das demais com grãos menores.

Nascimento (2015) observou em seus estudos que apenas os descritores NVg, NGT,
PV100 e PS100 apresentaram diferenças significativas; considerando tais descritores, foi
observado que a testemunha BAA7 produziu o maior NVg (40,33), contudo, BAA1 com média
de PV100 (131,98) e PS100(41,18) pode ser considerado o acesso mais produtivo uma vez que
obteve maior massa de sementes.

4.4. Rendimento
TABELA 6: Valores médios do rendimento

Tratamentos Rendimento ( Kg/ ha)


T1 270.833333 a
T2 322.916667 a b
T0 339.583333 b
T3 366.666667 b
C.V (%) 7.89
Médias seguidas de uma ou duas letras em comum na coluna, não diferem estatísticamente
pelo teste de Tukey a nivel de significância de 5% (∝=0 , 05 ¿ .

Na tabela 6, verificou-se que houve diferenças significativas no tratamento 1 em relação


ao tratamento zero e 3, mas, o tratamento 1 não diferiu com o tratamento 2, tendo à média
superior o tratamento 3 com 366.666667 kg/ha. Por outro lado, o tratamento zero não difere-se
com os tratamentos 2 e 3, enquanto que o tratamento 3 nao se difere com os tratamento 1 com a
média mais reduzida de 270.833333 kg/ha.

Segundo MUITIA, (2008), os rendimentos médios de Moçambique oscilam dos 800 a


1000 kg/ha. E CARVALHO, et al., (2011), afirma que o rendimento médio em África, rondam
nos 743 kg/ha.

As razões que podem ter influenciado pode ser ataque por termites, formigas, corvos e
escassez de precipitação que se registou na fase de floração e enchimento do grão; ocasionando o
não enchimento das vagens, redução do peso dos grãos por planta e da densidade populacional.
CAPÍTULO V. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados encontrado deste presente trabalho e dentro das condições edafo-
climáticos da vila de Ulónguè em que o ensaio foi realizado, concluiu-se que:

 Quanto aos parâmetros de crescimento e de produção da cultura do amendoim, os que


foram determinados foram: Altura da planta, número de vagens por planta, peso de 100
grãos e o rendimento, dentre estes parâmetros.
 Comparação dos rendimentos obtidos, o tratamento 3 teve maior rendimento em relação
aos demais tratamentos com a média elevada de 366.666667 kg/ha seguido por
tratamento zero com a média de 339.583333 kg/ha, tratamento 2 com a média de
322.916667 kg/ha e por fim o tratamento 1 com a média baixa de 270.833333 kg/ha.
 Dentre a variedades estudada a melhor é a variedade CG7 com rendimento de
366.666667 kg/ha.
CAPÍTULO VI. CONSTRAGIMENTOS
6.1. Deficiência Hidrica
O déficit hídrico durante o desenvolvimento do amendoim prejudica vários processos
fisiológicos da planta e reduz sua produtividade. Como consequência do decréscimo da
disponibilidade de água, os estômas fecham minimizando a perda de água pela abertura
estomática e nesta condição a maior perda de água ocorre por transpiração cuticular (SAMDUR
et al., 2003),
Períodos de déficit hídrico superiores a 35 dias provocaram redução no crescimento de
plantas de amendoim, sem, contudo, paralisá-lo (Correia & Nogueira 2004). Com a deficiência
hídrica, há diminuição na taxa fotossintética, ocasionando redução no crescimento da planta e
afectando a formação e desenvolvimento de grãos, os quais influenciam directamente na
produção.

6.2. Ataque por corvos


CAPÍTULO VII. RECOMENDAÇÕES
 Conforme os resultados deste presente trabalho e das conclusões a que se chegou
permitiram dar uma visão sobre a necessidade de se fazer estudos similares nas condições
edafo-climáticos de Angónia-Ulónguè, para melhoria e eficiência na melhor escolha de
variedades.
 Aos produtores usem sementes melhoradas.
CAPÍTULO VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BOOTE, K.J.; VARNELL, R.J.; DUNCAN, W.G. Relationships of size, osmotic


concentration, and sugar concentration of peanut pods to soil water. Proceedings Crop
and Soil Science Society, Florida, v.35, p.47-50, 1976.
2. CATO, S. C.; ALBERT, L. H. B.; MONTEIRO, A. C. B. A. Amendoinzeiro. In:
CASTRO, P. R. C. Manual de Fisiologia Vegetal: Fisiologia de Cultivos. Piracicaba:
Editora Ceres, 2008. p. 26-35.
3. CAMARA, G. M. S. Introdução ao agronegócio amendoim. USP/ESALQ.
2014.Disponívelem:http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv506/LPV%20506%20A01%20
%20Amendoim%20Apostila%20Agronegocio.pdf. Acessado em: 02/04/2016.
4. CORREIA, K. G.; NOGUEIRA, R. J. M. C. Avaliação do crescimento do amendoim
(Arachis hypogaea L.) submetido a déficit hídrico. Revista de Biologia e Ciências da
Terra, Campina Grande, v. 4, n. 2, p. 1-7, 2004.
5. CONAB. Companhia Brasileira de Abastecimento. Proposta de preços mínimos - Safra
2013/2014. Superintendência De Gestão Da Oferta – SUGOF. Abril de 2013. Disponível\
em:<http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/13_11_22_15_41_10_pm_ve
rao_13_14.pdf>. Acessado em: 26/04/2016.
6. DIVAGE, B.; NAPITA, I.; CARVALHO, M. J.; MUITIA, A.; DA CONCEIÇÃO, M.
Relatório anual de actividades, campanha 2010/2011. Instituto de Investigação
Agrária de Moçambique, CZnd, 2012.
7. ELIAS H. G., & BOFANA J. (2015). AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DO GRÃO
DA CULTURA DE AMENDOIM (Arachis hypogaea L.) EM FUNÇÃO DE
COMPASSOS DIFERENCIADOS,
8. ERISMANN, N.DE.M.; MACHADO, E.C.; GODOY, I.J.DE. Capacidade fotossintética
de genótipos de amendoim em ambiente natural e controlado. Pesquisa Agro-
pecuária Brasileira, v.41, n.7, p.1099-1108, 2006.
9. Fagundes, M. H. (2006). Sementes de amendoim: alguns comentários. Disponível em
http://www.conab.gov.br/dowload/cas/especiais/sementes-de-amendoiminternet.pdf.
Acesso em: 6 fevereiro.2015.

10. GUILHERME, P.; NAPITA, I. C.; DONÇA, M.; MUITIA, A. Relatório anual de
actividades, Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, CZnd, 2006/2007.
11. GODOY, O.P., CÂMARA, G.M.S., MARCOS FILHO, J., FONSECA, H. (1984).
Amendoim – produção, pré processamento e transformação agroindustrial.
Piracicaba, 83p. Série Extensão Industrial.

12. IIAM – Ministério de Agricultura & FAEF – UEM. (2010).Fichas Técnicas de


Culturas.1ª ed. 137-158pp. Maputo.
13. IIAM. Instituto de Investigação Agrário de Moçambique, relatório anual de
actividades (campanha 2009-2010) publicado em Maio de 2011; no www.iiam.gov.mz.
p. (30), 2011.
14. INFORMAÇÃO SEMANAL DE MERCADOS AGRÍCOLAS NO PAÍS, REGIÃO E
MUNDO, Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA)
Ministério da Agricultura - Direcção de Economia-Dpto. Estatística, (29 de Dezembro
de 2005);
15. LUZ, L. N. Estimativa de parâmetros genéticos em populações segregantes de
amendoim. UFRP. Recife. Maio de 2009.
16. LUZ, L. N., SANTOS, R. C., FILHO, J. L. S., FILHO, P. A. Estimativas de parâmetros
genéticos em linhagens de amendoim baseadas em descritores associados ao
ginóforo. Revista Ciência Agronômica. v. 41. n. 1. jan-mar, 2010. p. 132-138.
17. MACÊDO M. H. G. (2010). Amendoim
18. NASCIMENTO, R.S.; SOUZA, R.F.; GALVÃO, S.P.; FREITAS JÚNIOR, S.P.; LUZ,
L.N. Caracterização morfoagronômica de acessos de amendoim coletados no Cariri
cearense. In: II Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste, 2015,
Fortaleza. Anais do II Simpósio da RGV Nordeste. Fortaleza, Embrapa Agroindústria
Tropical, 2015.
19. NETO, A., COSTA C. R., CASTRO, R. (2012).Comportamento do amendoim “das
águas”, Arachis hypogaea L., sob diferentes espaçamentos e densidades de
semeadura. Paraná, Brasil.
20. NAKAGAWA, J.; LASCA, D. DE C.; NEVES, G. DE S.; NEVES, J. P. DE S.;SILVA,
M. N. DA; SANCHES, S. V.; BARBOSA, V.; ROSSETTO, C. A. V.
Plantdensityandpeanutyield. Scientia Agricola, Recife, v.57, n.1, 2000.
21. NOGUEIRA, R.J.M.; TÁVORA, F.J.A.F.; Ecofisiologia do amendoim. In: DOS
SANTOS, R.C. O agronegócio do amendoim no Brasil. Campina Grande: Embrapa
Algodão, 2005. p.71-122.

22. PALLAS Jr., J.E.; STANSELL, J.R.; KOSKE, T.J. Effects of drought on florunner
peanuts. Agronomy Journal, v.71, n.5, p.853-858,1979.

23. PEIXOTO, A. R. Plantas oleaginosas herbáceas. São Paulo: Nobel. Peixoto, 1972. 171
p.

24. SILVA, L.C.; BELTRÃO, N.E.de.M. Incremento de fitomassa e produtividade do


amendoinzeiro em função de lâmina e intervalos de irrigação. Revista Brasileira de
Oleaginosas e Fibrosas, Campina Grande, v.4, n.2, p.111-121, 2000.
25. SANTOS, R.C. DOS; VALE, L.V.; SILVA, O.R.F.; ALMEIDA, V.M.R.A.
Recomendações técnicas para o cultivo de amendoim precoce no período das águas.
1996. 21p. (Embrapa)Algodão. Circular técnica 20).
26. SAMDUR, M.Y. et al. Genotypic differences and water – deficit induced enhancement
inepicuticular wax load in peanut. Crop Science, v.43, p.1294-1299, 2003.
27. USAID, (ABRIL DE 2010).O Amendoim Uma Cultura de Boa Nutrição e
Rendimento,
CAPÍTULO IX. ANEXOS
Figura 2: cultura do amendoim aos 55 dias após a emergência.

Fonte: (AUTORA, 2018).

Resultados de ANOVA

Tabela 7. Altura da planta

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
Trat. 3 62.790000 20.930000 1.891 0.2095
erro 8 88.546667 11.068333
Total corrigido 11 151.336667
CV (%) = 12.52
Média geral: 26.5833333

Tabela 8. Número de Vagem por Planta

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
Trat. 3 357.100000 119.033333 3.428 0.0726
erro 8 277.766667 34.720833
Total corrigido 11 634.866667
CV (%) = 24.72
Média geral: 23.8333333

Tabela 9. Peso de 100 grãos

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
Trat 3 1406.250000 468.750000 1.0009 0.0000
erro 8 0.000000000 0.0000000
Total corrigido 11 1406.250000
CV (%) = 0.00
Média geral: 41.2500000

Tabela 10. Rendimento

FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
Trat. 3 14661.458333 4887.152778 7.432 0.0106
erro 8 5260.416667 657.552083
Total corrigido 11 19921.875000
CV (%) = 7.89
Média geral: 325.0000000
CAPÍTULO X. GLOSSÁRIO
Estádios - Época; período; fase; estação.

Geocarpia - processo pelo qual uma flor aérea, após ser fecundada, produz um fruto
subterrâneo.
Ginóforos- sustentáculo que nasce do receptáculo da flor, e que contem somente órgãos
femininos
Hermafrodita - planta que possuem órgão reprodutor masculino e feminino em uma mesma
planta.

Indígenas – aquele que e originário do pais de que se trata, ou original de determinado pais,
região ou lugar.

Monóica – espécie em que o mesmo individuo apresenta órgãos sexuais dos dois sexo.

Moléstias- mal-estar ou sofrimento físico.

Nódulos – estruturas tuberosas formadas a partir de raízes de plantas e aderidas a elas.

Repercutir- fazer alguma informação ganhar conhecimento, torna-la famosa, disseminá-la.

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