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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

HÉLIO ELIDIO BERNARDO ALBERTO

MOCUBA

2020
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Por

HÉLIO ELIDIO BERNARDO ALBERTO

Relatório apresentado ao curso de Engenharia


Agronómica e Florestal da Universidade Zambeze, como
parte das exigências da disciplina Estágio Profissional

Orientador: Vânia José Cossa

Mocuba

2020
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

A comissão examinada, abaixo assinada,


aprova o Relatório de Estágio

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado

Elaborado por:

HÉLIO ELIDIO BENARDO ALBERTO

COMISSÃO EXAMINADORA:

________________________________________

(Presidente/Orientador)

_______________________________________

Mocuba

2020
RESUMO

O pousio é uma técnica para recuperação do solo após cultivo tradicional, derruba e queima da
vegetação, seguidas por declínio da fertilidade, onde o solo não é manejado. Embora ainda não
existem padrões definitivos para avaliar essa recuperação, a abundância das populações
microbianas mais representativas é considerada um eficiente indicador biológico de qualidade
do solo. A qualidade solo é de suma importância na sustentabilidade de ecossistemas, uma vez
que influencia diretamente no desenvolvimento de plantas e como suporte para animais e
micro-organismos. Assim, o uso sustentável e a qualidade desse recurso natural, é tema
relevante, principalmente em função do aumento das actividades antrópicas. O pousio é a
técnica utilizada para preservar a terra que mantém uma área sem cultivo por certo período para
restabelecer os nutrientes perdidos com o plantio anterior. É um período em que a terra
“descansa” do cultivo, isto é, uma área é mantida sem lavoura alguma por um espaço de tempo.
A agroflorestal sucessionalbiodiversa, também denominada de agroflorestal sucessional ou
agricultura sintrópica, é um tipo de sistema Agroflorestal que tem a sucessão ecológica como
a mola mestra e seu manejo imita a sucessão de uma floresta nativa. A agricultura sintrópica é
uma proposta mais avançada de sistema agroflorestal, no que diz respeito à sua estrutura e
função. Entretanto actividades como a produção de mudas de espécies arbóreas pode ser pelos
métodos sexuado, por meio de sementes, ou assexuado, por meio de propagação vegetativa. A
obtenção de sementes pode ser de produtores idôneos de modo a garantir qualidade e vigor
necessários, ou o próprio interessado coletar as sementes de árvores sadias, vigorosas, com boa
forma de tronco, altura, copa. Nos dois casos cuidados devem ser tomados, como evitar colher
sementes de má qualidade fisiológica e genética. As sementes colhidas devem ser secas,
beneficiadas e armazenadas em condições adequadas, para não perder o poder germinativo. A
sementeira em canteiros é utilizada quando as sementes são muito pequenas ou quando são
excessivamente grandes, quando há pouca disponibilidade de sementes, desuniformidade de
germinação.

Palavras-chave: Estágio pré-profissional, actividades.


AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar louvar e agradecer ao altíssimo, venerado, misericordioso, misericordiador


e santificado senhor criador dos céus, pelo dom da vida e protecção que me tem proporcionado
todos os dias, pela saúde que me tem garantido e me proporcionou durante a caminhada e por
iluminar e guiar as minhas jornadas a cada dia.

Aos meus pais Elidio Bernardo Alberto Cemente e Eva José Alfandega, por me terem colocado
no mundo e pela educação incensada que me têm-me dado, que apesar das dificuldades das
vida sempre me incentivando a não desistir porque a vida nunca foi fácil pra ninguém.

A minha irmã Mercê que dona dos meus encantos e asseios desejo lhe bênção e gratidão
profunda pelo amor e compreensão. E aos demais membros da família irmãos, tios, avós, etc.

Endereço o meu humilde gesto de gratidão profundo aos supervisores: Engo. Vânia Cossa,
Engº. Arnaldo, Engª. Ivete e Engº. Aristides pelos ensinamentos, paciência, humildade e
profissionalismo.

Um especial obrigado para meus amigos: Gamito Lesta, Faruque Ribeiro, Nazir de Carvalho,
Miguel Lesta, Gildo, Domingos, Abdul Camusse, Idelfôncio Sousa, Dulce Uali, Elizabete
Calisto, Antônio Bambo, José Jairosse, Lelina, Nazir Cariano, Mussa Mugoje e Igor Caiado.

Agradeço a família Lesta que me recebeu como filho apesar de nunca termos trilhado a mesma
jornada mas eles não se importaram.
Índice

LISTA DE FIGURAS......................................................................................................... i

LISTA DE TABELAS ........................................................................................................ i

LISTA DE APÊNDICES ................................................................................................... ii

LISTA DE SÍMBOLOS.................................................................................................... iii

LISTA DE SIGLAS E ACRONOMOS ............................................................................. iv

I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

1.1. Objectivos ............................................................................................................... 1

1.1.1. Geral ................................................................................................................... 1

1.1.2. Específicos .......................................................................................................... 1

II. DESCRIÇÃO DA EMPRESA E DO LOCAL DO ESTÁGIO ................................. 2

2.1. Historial da empresa................................................................................................ 2

2.1.1. Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) ................................... 2

2.1.2. Localização do Centro zonal Nordeste (CZnd) – Posto Agronómico de Nampula


(PAN)….. .......................................................................................................................... 3

2.1.3. Missão do Centro Zonal Nordeste - IIAM ............................................................ 3

2.1.4. Visão do Centro Zonal Nordeste - IIAM .............................................................. 4

2.1.5. Valores do Centro Zonal Nordeste - IIAM ........................................................... 4

2.1.5.1. Ética profissional ............................................................................................. 4

2.1.5.2. Valorização da competência profissional .......................................................... 4

2.1.5.3. Valorização do conhecimento .......................................................................... 4

2.1.5.4. Transparência................................................................................................... 4

2.1.5.5. Pluralidade e diversidade intelectual ................................................................ 4

2.1.5.6. Responsabilidade social e devoção à Pátria ...................................................... 4

2.1.5.7. Localização geográfica do Posto Agronómico de Nampula (local de estudo). ... 4

2.2. Funcionamento da empresa ..................................................................................... 5

2.2.1. Organograma do IIAM – Centro Zonal Nordeste (CZnd) ..................................... 5


2.2.2. Horário da empresa.............................................................................................. 5

2.2.3. Organização da mão-de-obra ............................................................................... 6

2.2.4. Aproveitamento de matérias de trabalho .............................................................. 6

2.2.5. Contextualização das actividades da empresa ...................................................... 6

2.2.5.1. Paralelamente possui as seguintes Áreas de Investigação: ................................ 7

2.2.5.2. Prestação de Serviços ....................................................................................... 7

2.2.5.3. Organização e constituição da estufa da CZnd-PAN ......................................... 7

2.3. Descrição da empresa .............................................................................................. 8

2.3.1. Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) ................................... 8

2.3.2. Localização do Centro zonal Nordeste (CZnd) – Posto Agronómico de Nampula


(PAN)… ........................................................................................................................... 8

III. PLANO E MÉTODOS DE TRABALHO ................................................................ 9

3.1. Descrição das actividades realizadas ....................................................................... 9

3.1.1. Preparo do Substrato ............................................................................................ 9

3.1.2. Tipo de Recipiente............................................................................................. 10

3.1.3. Enchimento de vasos Plásticos ou recipientes .................................................... 10

3.1.4. Monda na estufa ................................................................................................ 10

3.1.5. Limpeza da estufa e dos recipientes ................................................................... 11

3.1.6. Arrumação e ordenamento dentro estufa ............................................................ 11

3.1.7. Posicionamento dos recipientes no canteiro ....................................................... 11

3.1.8. Produção das mudas .......................................................................................... 11

3.1.9. Repicagem......................................................................................................... 11

3.1.10. Sementeira direta ........................................................................................... 12

3.1.11. Inventário dentro da estufa ............................................................................. 12

3.1.12. Compostagem ................................................................................................ 13

3.1.13. Colecta de semente de Leocaena leucocephala .............................................. 13

3.1.14. Lançamento de sementes de Gliricidia sepium ............................................... 13


3.1.15. Marcação de Cordas ....................................................................................... 13

3.1.16. Preparação de pesticida botânico .................................................................... 14

3.1.17. Montagem de ensaio ...................................................................................... 14

3.1.17.1. Primeiro ensaio .............................................................................................. 14

3.1.17.2. No segundo ensaio foi de Pousio Melhorado .................................................. 18

3.1.17.3. Terceiro ensaio de Tephrosia ......................................................................... 19

3.1.17.4. Ressementeira ................................................................................................ 20

3.1.17.5. Ensaio de Crambe .......................................................................................... 20

3.1.18. Montagem de campo de demostração ............................................................. 21

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 23

V. RECOMENDAÇÕES ........................................................................................... 24

VI. REERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 25

ANEXOS ........................................................................................................................ 26

APÊNDICES ................................................................................................................... 32
Relatório De Estágio Pré-Profissional

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma do IIAM – Centro Zonal Nordeste (CZnd). ..................................... 5

Figura 2: Layout de ensaio de agricultura Sintrópica. ......................................................... 16

Figura 3: Layout de ensaio de pousio melhorado. ............................................................... 19

Figura 4: Layout de ensaio de Tephrosia. ........................................................................... 20

Figura 5: Layout de ensaio de Crambe. .............................................................................. 21

Figura 6: Layout de CDR. .................................................................................................. 22

Figura 7: Layout de Pousio Melhorado............................................................................... 31

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Unidades experimentais do Centro Zonal Nordeste do IIAM. ............................... 3

Tabela 2: Espécies existentes na estufa. ................................................................................ 8

Tabela 3: Plano e métodos de trabalho. ................................................................................ 9

Tabela 4: Espécies usadas no ensaio de agricultura Sintrópica. ........................................... 17

Tabela 5: Espécies usadas no ensaio de agricultura Sintrópica. ........................................... 17

Tabela 6: Actividades da semana 1. .................................................................................... 26

Tabela 7: Actividades da semana 2. .................................................................................... 26

Tabela 8: Actividades da semana 3. .................................................................................... 27

Tabela 9: Actividades da semana 4. .................................................................................... 27

Tabela 10: Actividades da semana 5. .................................................................................. 27

Tabela 11: Actividades da semana 6. .................................................................................. 28

Tabela 12: Actividades da semana 7. .................................................................................. 28

Tabela 13: Actividades da semana 8. .................................................................................. 28

Tabela 14: Actividades da semana 9. .................................................................................. 29

Tabela 15: Actividades da semana 10. ................................................................................ 29

Tabela 16: Actividades da semana 11. ................................................................................ 29

Hélio Elidio Bernardo Alberto i


Relatório De Estágio Pré-Profissional

Tabela 17: Actividades da semana 12. ................................................................................ 30

Tabela 18: Actividades da semana 13. ................................................................................ 30

Tabela 19: Actividades da semana 14. ................................................................................ 30

LISTA DE APÊNDICES

Apêndice 1: Distribuição de matéria orgânica no campo de ensaio de AS. .......................... 32

Apêndice 2: espécies existentes na estufa. .......................................................................... 32

Apêndice 3: Abertura de CDR ............................................................................................ 32

Apêndice 4: Preparo de pesticida botânico .......................................................................... 32

Apêndice 5: Ensaio da Agricultura Sintrópica .................................................................... 33

Apêndice 6: Ressementeira no pousio melhorado ............................................................... 33

Apêndice 7: Preparo de compostagem. ............................................................................... 33

Apêndice 8: Enchimento e arrumação de vasos com substrato. ........................................... 33

Apêndice 9: Ensaio de Crambe ........................................................................................... 34

Hélio Elidio Bernardo Alberto ii


Relatório De Estágio Pré-Profissional

LISTA DE SÍMBOLOS

Cm Centímetros

g Gramas

ha Hectares

Kg Quilogramas

l Litros

m Metros

Hélio Elidio Bernardo Alberto iii


Relatório De Estágio Pré-Profissional

LISTA DE SIGLAS E ACRONOMOS

AP Actividades previstas

AS Agricultura Sintrópica

CDR Campo de Demonstração Resultados

CZnd Centro Zonal Nordeste

DARN Direcção de Agronomia e Recursos Naturais;

DCA Direcção de Ciências Animais;

DEF Departamento de Engenharia Florestal

DEF Departamento de Engenharia Florestal

DFDTT Departamento de Formação, Documentação e Transferências de Tecnologias;

DP Dias previstos

DPAF Direcção de Planificação, Administração e Finanças

DU Dias uteis

FEAF Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal

IIAM Instituto de Investigação Agrária de Moçambique

LC Linha Controlo;

LCA Linha de Culturas Anuais;

LMO Linha de Matéria orgânica.

MCD Montagem de Campo de Demostração

PAN Posto Agronómico de Nampula

SAF Sistema Agro-florestal

Hélio Elidio Bernardo Alberto iv


Relatório De Estágio Pré-Profissional

I. INTRODUÇÃO

O estágio foi realizado na empresa IIAM (Instituto de Investigação Agraria de Moçambique),


na delegação Nordeste (CZnd - Centro zonal Nordeste), no sector de Florestas desta delegação,
esta é uma empresa que desenvolve pesquisas, desenvolvimento e disseminação de tecnologias
agraria em Moçambique. O Posto Agronómico de Nampula situa-se na cidade de Nampula
bairro de Muahivirre expansão. Círculo de Napacala. As suas coordenadas podem definir-se
por altitude 432m latitude de 150 / 95’S longitude 390 a 20’E (Rebeco, D, Coelho, 1972). Possui
uma área de 335ha junto a estrada nacional 501.

A escolha da empresa deu-se em função das actividades que está desenvolve ao longo da região
e da área de actuação, por ser uma instituição de investigação e que permite a conciliação dos
conhecimentos teóricos e práticos e também uma oportunidade de explorar minhas capacidade
e de crescer profissionalmente fazendo parte de uma empresa que serve as comunidades
transmitindo conhecimentos e tecnologias para aumentar o seu rendimento. Sua função básica
é coordenar, executar políticas, estratégias, programas e projectos de investigação agrária na
sua área geográfica de actuação.

A oportunidade do estágio me proporcionou aumentar os conhecimentos adquiridos durante as


aulas, permitindo através deste a fusão de conhecimentos e trocas de experiências de estudante
para estudante, de estudante para funcionários e vice-versa, através do estágio a tive a
oportunidade inicial de me integrar no mundo profissional e saber como as coisas funcionam
fora da carteira. O objectivo principal do estágio foi colocar em prática os conhecimentos
adquiridos na faculdade, e também verificar as possibilidades e oportunidades que possam ser
extraídas das actividades para aplicação e transformação em actividade remunerada.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Conciliar a teoria e prática através do acompanhamento directo de actividades realizadas
pelo Centro de Investigação Agraria Nampula
1.1.2. Específicos
Observar e descrever as actividades desenvolvidas pelo Centro de Investigação Agraria de
Nampula;
Avaliar a relação entre o centro e a comunidade, no âmbito de investigação;
Medir o impacto socioeconómicos das actividades realizadas pelo Centro.
Produzir o relatório técnico.

Hélio Elidio Bernardo Alberto 1


Relatório De Estágio Pré-Profissional

II. DESCRIÇÃO DA EMPRESA E DO LOCAL DO ESTÁGIO

2.1. Historial da empresa

2.1.1. Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM)

O IIAM foi criado pelo Decreto é no 47/2004, de 27 de Outubro, do Conselho de Ministro. O


IIAM é uma entidade pública que desenvolve acções de pesquisa, desenvolvimento e
disseminação de tecnologias agraria em Moçambique. O IIAM é constituído por unidades
centrais e locais de pesquisa.

A nível central o IIAM tem uma direcção geral e quatro direcções técnicas:

1. Direcção de Agronomia e Recursos Naturais (DARN);


2. Direcção de Ciências Animais (DCA);
3. Direcção de Formação, Documentação e Transferências de Tecnologias (DFDTT);
4. Direcção de Planificação, Administração e Finanças (DPAF).

A nível local, as unidades experimentais (campo, laboratório, postos e estacoes) do IIAM


agrupam-se em quatro centros zonais, nomeadamente:

Centro Zonal Sul (CZS) – que se ocupa da investigação Agraria na região semi-árida
do sul de Moçambique;
Centro Zonal Centro (CZC) – que se ocupa da investigação Agraria de na região
centro, cobrindo o corredor da beira e o vale Zambeze;
Centro Zonal Nordeste (CZnd) – que se ocupa da investigação Agraria na região do
corredor de Nacala e parte da região do corredor Pemba - Lichinga;
Centro Zonal Noroeste (CZnd) – que se ocupa investigação agraria na zona planáltica
e cobre parcialmente o corredor Pemba – Lichinga.

O Centro Zonal Nordeste (CZnd) é um órgão regional do Instituto de Investigação Agrária de


Moçambique (IIAM), localizado na região nordeste do país, abrangendo as Regiões Agro-
ecológicas: R7, R8, R9, cobrindo as províncias da Zambézia (Gilé e Pebane), Nampula
(excepto Malema), Niassa (Nipepe, Marrupa e Mecula)) e Cabo Delgado. Sua função básica é
coordenar, executar políticas, estratégias, programas e projectos de investigação agrária na sua
área geográfica de actuação. Ao nível do CZnd encontra-se as Unidades experimentais,
descritas na tabela 1:

Hélio Elidio Bernardo Alberto 2


Relatório De Estágio Pré-Profissional

Tabela 1: Unidades experimentais do Centro Zonal Nordeste do IIAM.

Área Região
Unidade Experimental Província/Distrito Aprox. Agro- Observação
(ha) ecológica
Posto Agronómico de Nampula Nampula 330ha R7 Operacional

Centro Investigação e Operacional, com


Multiplicação de Sementes do Nampula/Meconta 347 R7 enfase no
Algodão de Namialo Algodão
Centro de Investigação Agraria
C. Delgado/Montepuez 40 R7 Operacional
de Mapupulo

Posto Agrário Nacaca C. Delgado/Namuno 50ha R7 Operacional

Posto Agrário Napaha C. Delgado/Montepuez 8000 R7 Não operacional

Posto Agrário de Nametil Nampula/Mogovolas 1014 R8 Operacional

Estação Agrária de Ribaué Nampula/Ribaué 2572 R7 Operacional

Posto Agronómico de Namapa Nampula/Namapa 1000 R7 Operacional


Operacional,
Centro de Investigação do Caju Nampula/Meconta 12394ha R7/R8 especializado no
Cajú
Laboratório Regional de
Nampula - R7
Veterinária

Fonte: Plano Estratégico do Centro Zonal Nordeste.

2.1.2. Localização do Centro zonal Nordeste (CZnd) – Posto Agronómico de Nampula


(PAN).

O Posto Agronómico de Nampula situa-se na cidade de Nampula bairro de Muahivirre


expansão. Círculo de Napacala. As suas coordenadas podem definir-se por altitude 432m
latitude de 150 / 95’S longitude 390 a 20’E (Rebeco, D, Coelho, 1972). Possui uma área de
335ha junto a estrada nacional 501.

2.1.3. Missão do Centro Zonal Nordeste - IIAM

Gerar conhecimentos e soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável do


agronegócio, ecossistemas predominantes e segurança alimentar e nutricional, em
Benefício da população da região nordeste e de Moçambique em geral. Página 3 de 6

Hélio Elidio Bernardo Alberto 3


Relatório De Estágio Pré-Profissional

2.1.4. Visão do Centro Zonal Nordeste - IIAM

Ser um centro de investigação e inovação de excelência que contribua para o desenvolvimento


do agronegócio, satisfação das necessidades alimentares da população e uso sustentável dos
recursos naturais.

2.1.5. Valores do Centro Zonal Nordeste - IIAM

2.1.5.1. Ética profissional

Os funcionários do IIAM comprometem-se com a conduta ética no exercício das suas funções.

2.1.5.2. Valorização da competência profissional

Compromisso na capacitação de recurso humanos auto crescimento e valorização de


competências e talentos.

2.1.5.3. Valorização do conhecimento

O conhecimento produzido pelo instituto deve ser valorizado através da inovação e do nível
e/ou grau de adopção das tecnologias desenvolvidas.

2.1.5.4. Transparência

Compromisso com a introdução e uso de sistemas transparentes de fluxo de informação


tecnológica e gestão de recursos humanos, financeiro e materiais.

2.1.5.5. Pluralidade e diversidade intelectual

Respeito a diversidade de ideias e de métodos de trabalho e à defesa da propriedade


intelectual.

2.1.5.6. Responsabilidade social e devoção à Pátria

O IIAM tem responsabilidade de disseminação de tecnologias e no desenvolvimento social e


econômico do país.

2.1.5.7. Localização geográfica do Posto Agronómico de Nampula (local de estudo).

O Posto Agronômico de Nampula situa-se na cidade de Nampula bairro de Muahivire


expansão. Círculo de Napacala. As suas coordenadas podem definir-se por altitude 432m
latitude de 150 / 95’ S longitude 390 a 20’ E (Rebelo, D, Coelho, 1972). Possui uma área de
335ha junto a estrada nacional 501. Características edafo-climáticas, os solos de Nampula são
de três tipos seguintes. Fracamente ferralíticos vermelhos, de rocha cristalinas quartzíferas.

Hélio Elidio Bernardo Alberto 4


Relatório De Estágio Pré-Profissional

Francamente ferralíticos amarelo de rocha cristalina quartzífera. Hidromônfico não húmido


(Rebelo-D. Coelho, 197).

2.2. Funcionamento da empresa

2.2.1. Organograma do IIAM – Centro Zonal Nordeste (CZnd)

Organograma mostra a estrutura hierárquica duma dada instituição, para o nosso caso, do
Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) – Centro Zonal Nordeste (CZnd),
conforme mostra abaixo:

Colectivo de Direcção Centro Cons. Técnico


Direcção Zonal Científico

Fórum de
parceiros

Depto. de Depto. de Estações,


Depto. de
Adm. e Formação, Postos Agr.,
Investigação
Finanças Doc. e Divulg Lab, CFA
Repart. Plan. e Un. Sistemas
Monit. Prod./Extensão
Repart. de Grupos de
Adm. E RH Inter. Produtos
Rep. Contab.
Finanças
Rep. Patrim.
Manut. Obras
Rep.
Aprovisiona.

Figura 1: Organograma do IIAM – Centro Zonal Nordeste (CZnd).

2.2.2. Horário da empresa

O IIAM sendo uma empresa de investigação estatal, possui um horário único de funcionamento
das actividades (8 horas de tempo), segundo regem as normas do Estatuto Geral dos Agentes e
Funcionários do Estado. Este possui duas modalidades:
1. Entre os meses de Novembro - Junho: funcionam dois horários, das 05:30h – 13:30 para o
pessoal técnico e das 07:30 – 15:30 para o pessoal administrativo;

2. Entre os meses de Julho à Outubro funciona um único horário, seja para o pessoal técnico
como administrativo, das 07:30 – 15:30.

Hélio Elidio Bernardo Alberto 5


Relatório De Estágio Pré-Profissional

2.2.3. Organização da mão-de-obra

O CZnd conta com um quadro de 32 investigadores (PhD, Mestres e Licenciados) e 33 técnicos


médios agropecuários de apoio à pesquisa, ambos com uma faixa etária média de 21 a 41 anos,
para além de 22 técnicos básicos e 71 elementares (IIAM, 2011).
O Posto Agronómico está dividido em sectores: Sector de Florestas e Horto-fruticultura,
Fertilidade de Solo, Cereais, Leguminosas de grão e de semente, sectores laboratoriais e de
processamentos, sector administrativo e oficinal.

As actividades do Sector de Florestas e Horto-fruticultura são divididas semanalmente pelos


sete trabalhadores, sendo 3 técnicos. Dos quatro trabalhadores de campo, dois ficam a cargo
dos ensaios da área hortícola com 1 técnico; um fica velar os ensaios florestais nas estufas,
também com um técnico e, um é enxertador e vela pela parte de frutícolas com um técnico.
Não obstante, tem existido actividades que concentre toda mão-de-obra do sector nela, ou seja,
trabalham em comum.

2.2.4. Aproveitamento de matérias de trabalho

O Centro possui alguns fundos do Estado e de outros parceiros com tendência crescente para
apoio a rede nacional de Investigação Agrária. Embora, tais fundos são maioritariamente
externos (PROAGRI, UE-STABEX, AGRA, FNI). Os fundos internos são somente para
pagamento de salários para os funcionários do quadro. Embora tenha faltado por realizar
algumas actividades devido a insuficiência de recursos financeiros alocados pelo governo para
grandes projectos, por exemplo de sistemas de rega, manutenção de equipamento, etc. (IIAM,
2011).
No que diz respeito aos materiais de trabalho cada sector possui um lugar específicos de
acondicionamento, sendo que as chaves ficam a responsabilidade do guarda. O guarda faz o
acompanhamento até ao armazém onde faz a entrega do material e após o uso a devolução com
o respectivo guarda em serviço (IIAM, 2011).

2.2.5. Contextualização das actividades da empresa

O IIAM – Posto Agronómico de Nampula possui os seguintes Programas de Investigação:


 Raízes e tubérculos
 Leguminosas e Oleaginosas de Grão
 Caju
 Algodão

Hélio Elidio Bernardo Alberto 6


Relatório De Estágio Pré-Profissional

 Cereais
 Solos
 CESE (Centro de Estudos Sócios Económicos)
 Florestas
 Ciências Animais.

2.2.5.1. Paralelamente possui as seguintes Áreas de Investigação:

 Melhoramento genético
 Agronomia
 Agro-processamento (mandioca e caju)
 Produção, nutrição e sanidade animal
 Estudos Sócio Económicos
 Fertilidade e gestão de solos
 Multiplicação e disseminação de propágulos
 Formação e Transferência de Tecnologias

2.2.5.2. Prestação de Serviços

i. Laboratório de culturas de tecido


ii. Unidade de produção de inoculastes (soja)
iii. Unidade de beneficiamento de sementes
iv. Laboratório de solos (compostagem)
v. Unidade de processamento de mandioca.

2.2.5.3. Organização e constituição da estufa da CZnd-PAN

A estufa do Posto Agronómico de Nampula está organizada: a estufa está separada em duas
faixas, uma a direita e outra à esquerda, na qual na faixa esquerda estão organizadas mudas de
espécies que germinaram de todo tipo, desde as essências florestais, fruteiras e Ornamental, a
direita ficam organizadas mudas de espécies que não germinaram após a sementeira e as que
ainda não foram lançadas as sementes segundo a Tabela 02, dentre estas podemos encontrar:

Hélio Elidio Bernardo Alberto 7


Relatório De Estágio Pré-Profissional

Tabela 2: Espécies existentes na estufa.

Espécies agroflorestais

Eucaliptos spp. Azadiratcha indica Senna siamea Albizia lebbeck

Tephrosia sp Faidherbia álbida Moringa oleifera Passiflora edulis

Khaya anthotheka Sclereocarya birrea Strychnos spinosa Acacia nilótica

Gliricidia sepium Jacaranda minosifolia Terminalia sp Vangueria infausta

Afzelia quanzensis Carica papaya Citrus sp Leucaena leucocephala

Fonte: Autor, (2019).

2.3. Descrição da empresa

2.3.1. Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM)

O Centro Zonal Nordeste (CZnd) é um órgão regional do Instituto de Investigação Agrária de


Moçambique (IIAM), localizado na região nordeste do país, abrangindo as Regiões Agro-
ecológicas: R7, R8, R9, cobrindo as províncias da Zambézia (Gilé e Pebane), Nampula
(excepto Malema), Niassa (Nipepe, Marrupa e Mecula)) e Cabo Delgado. Sua função básica é
coordenar, executar políticas, estratégias, programas e projectos de investigação agrária na sua
área geográfica de actuação.

2.3.2. Localização do Centro zonal Nordeste (CZnd) – Posto Agronómico de Nampula


(PAN)

O Posto Agronómico de Nampula situa-se na cidade de Nampula bairro de Muahivirre


expansão. Círculo de Napacala. As suas coordenadas podem definir-se por altitude 432m
latitude de 150 / 95’ S longitude 390 a 20’ E (Rebeco, D, Coelho, 1972). Possui uma área de
335ha junto a estrada nacional 501.

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III. PLANO E MÉTODOS DE TRABALHO

Tabela 3: Plano e métodos de trabalho.

AP Actividades previstas
DP Dias Previstos
DU Dias Uteis
Actividades Previstas Dias Previstos DU
Manutenção da estufa Novembro - Dezembro (2019), Janeiro (2020) 4
Ensaio de Pousio Limpeza da área 09. 12.2019 7 a 10
melhorado Montagem do ensaio 26.12.2019 7 a 10
Limpeza da área 05.11.19 4 a7
Agricultura Sintrópica
Montagem do ensaio 10.02.2020 7 a 10
Limpeza da área 20.11.2020 1
Ensaio de Crambe
Montagem do ensaio 16.01.2020 2
Limpeza da área 30.01.2020 2a4
Ensaio de Tefrósia
Montagem do ensaio 03.02.2020 2a4
Montagem de CDR em Anchilo 22.02.2020 1

Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.

3.1. Descrição das actividades realizadas

As actividades realizadas no sector de florestas IIAM-CZnd são várias dentre elas encontramos
envolvidas:

3.1.1. Preparo do Substrato

O substrato tem como função principal sustentar a planta e fornecer nutrientes. Deve apresentar
adequadas características físicas e químicas, sendo as físicas as mais importantes. Quanto as
propriedades físicas, o substrato deve ser preferencialmente argiloarenoso, para que na retirada
do recipiente o bloco de solo com a muda não se desintegre facilmente. Também não deve
apresentar-se muito compacto, pois diminui a aeração, prejudicando a nutrição e o
desenvolvimento das raízes. A presença de substâncias orgânicas melhoram a agregação e
aumentam a capacidade de retenção de água. Deve ser isento de sementes de plantas
indesejáveis, de pragas e de microrganismos patogênicos (UFV, 2000).

Entretanto na instituição nos usávamos a mesmas orientações acima citadas para o preparo do
Substrato, era preparado na base da mistura do solo arenoso com solo argiloso, com auxílio de
uma pá, por vezes a agua era utilizada na mesma altura do preparo do substrato para facilitar a
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mistura e a agregação das componentes ou usávamos a agua depois do enchimento das bolsas
em forma de rega.

3.1.2. Tipo de Recipiente

Segundo Fundação Florestal, SP, (1993), referenciados Gabi (2011) recipiente é a estrutura
física utilizada para o acondicionamento de qualquer substrato para o cultivo intensivo de
plantas, podendo englobar desde a germinação de sementes, crescimento de mudas até a
comercialização final da muda pronta. Os recipientes mais utilizados são sacos plásticos,
tubetes e vasos plásticos. Escolha do tipo de recipiente é em função do seu custo, das vantagens
na operação (durabilidade, possibilidade de reaproveitamento, área ocupada, facilidade de
movimentação e transporte).
Entretanto os recipientes por nós utilizados foram os vasos plásticos devido as vantagens que
estes apresentam de dispensarem grandes investimentos. O tamanho recomendado depende da
espécie. Os mais utilizados por nós no IIAM-CZnd eram os vasos plásticos pretos de 20 cm de
diâmetro x 30 cm de altura x 0,02 mm de espessura e aqueles com 11 cm x 25 cm x 0,02 mm
por estes se mostrarem eficientes para produção de mudas de várias espécies.

3.1.3. Enchimento de vasos Plásticos ou recipientes

Preparado o substrato e selecionado o recipiente adequado ao sistema radicular/parte área da


espécie considerada, o próximo passo foi o seu enchimento. Para facilitar essa actividade,
tivemos que utilizar manualmente um pedaço de cano de PVC, outros enchiam usando suas
próprias mãos. Os recipientes escolhidos não deviam ficar totalmente cheios, deixou-se de 1
cm a 2 cm livres na superfície para que pudesse ser retida mais água no momento da irrigação.

3.1.4. Monda na estufa

Efectuamos a monda, actividade esta que consiste em fazer uma sondagem em toda área da
estufa para poder realizar o controlo e monitoria das espécies existentes, existem dentro da
estufa mais de 10 espécies tanto as essências Florestais como também espécies de
Ornamentação e algumas fruteiras, uma vez que o controlo não era mecanizado, foi feito o
controlo das mesmas de forma manual, após a rega fez-se o controlo das ervas daninhas em
cada vaso de cada espécie dentro do estufa e ao mesmo tempo observar as espécies que estão
a sofrer de ataques de pragas e doenças.

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3.1.5. Limpeza da estufa e dos recipientes

A limpeza da estufa, de maneira geral era uma actividade que era realizada sempre que fosse
necessário, devia se manter limpa a estufa. Limpávamos todo o capim que crescia dentro da
estufa, corredores e suas laterais externas. Essas práticas evitavam que as mudas carreguem
ervas daninhas, pragas ou doenças para outras áreas quando transportadas.

3.1.6. Arrumação e ordenamento dentro estufa

Esta actividade foi feita várias vezes, sempre que existisse necessidade de arrumação e
ordenamento. A mesma consiste em desocupar um lado da estufa para estabelecimento de
outras espécies, a arrumação e a transferência das mudas era feita manualmente, as plântulas
que não germinavam eram agrupadas de um lado e as que germinavam de um outro lado, as
mesmas eram agrupadas de acordo com as espécies para facilitar a identificação, mas de forma
ordeira para que estas não ficassem misturadas com outras espécies ou na mesma espécie eram
agrupamos em função das espécies, separadas nas datas de plantios pelos “separadores” e
foram arrumados os vasos que recentemente eram preenchidos de Substrato favorecendo a
gestão de espaço fazendo um bloco/canteiro de 100 vasos plásticos em cada.

3.1.7. Posicionamento dos recipientes no canteiro

Os recipientes eram colocados no canteiro em pé um ao lado do outro. Esse enfileiramento não


deveria ultrapassar a largura máxima de 1 para não dificultar tratos culturais nas mudas
centrais, como irrigação, luminosidade e controle de pragas e doenças.

3.1.8. Produção das mudas

Sementeira no canteiro - realizada em terreno pertencente ao Departamento de Silvicultura.


No preparo do canteiro usou-se mistura adequada de solo arenosa e argilosa. Na sementeira
eram empregadas 50 g de sementes não separadas por m2 de canteiro, distribuídas a lanço. As
sementes eram cobertas com leve camada de terra peneirada. A umidade foi mantida através
de regas normais feitas, por regador manual, até as mudas atingirem porte para repicagem.

3.1.9. Repicagem

Segundo Fundação Florestal SP, (1993), referenciados por Gabi (2011) Após a germinação das
sementes, realiza-se a repicagem das mudas para os recipientes. As mudas devem ser retiradas
por meio de espátula ou ferramenta semelhante. Recomenda-se que a operação seja feita
quando as mudas atingirem altura de 3 a 7 cm, ou apresentando 2 a 3 pares de folhas, sendo
que estes valores podem variar entre as espécies e a época do ano. Antes da retirada das mudas
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recomenda-se molhar a sementeira e arrancar delicadamente puxando levemente a muda para


cima.

Quando as mudinhas nos canteiros atingiram alturas de 3.5 a 4,0 cm, apresentando de 2 a 3
pares de folhas definitivas, foram repicadas para os recipientes, as espécies foram Eucaliptus
sp, Citrus lemon, Gliricidia sepium, entre outras. O arrancamento das mudas foi feito
individualmente, após boa rega no canteiro, colocando-se as mudas selecionadas em bolsas e
na sombra. Ao mesmo tempo os recipientes, foram bem umedecidos e receberam as mudas,
em orifícios feitos com um plantador em forma de lápis. Após ajustar-se terra ao sistema
radicular, nova rega.

3.1.10. Sementeira direta

De acordo com (Fundação Florestal SP (1993). Citado por Gabi (2011) diz que a sementeira
direta tem sido o método mais utilizado atualmente, porque simplifica as operações, elimina a
necessidade de confecção de canteiros para sementeira e posterior repicagem. Esta técnica evita
danos à raiz e traumas na repicagem, reduz prazo para produção das mudas, aumenta o vigor
das mudas, e reduz o custo de produção.

Normalmente nos usávamos 3 sementes por recipiente, exceptuam-se as de eucaliptos devido


ao tamanho das mesmas. O canteiro deve ser protegido com sombreamento até 30 dias após a
germinação mas como as nossas mudas estavam dentro da estufa então não havia necessidade
de sombreamento. A época e profundidade é a mesma utilizada na sementeira em canteiros. A
sementeira foi feita também diretamente nos germinadores devido ao tamanho de sementes de
certas espécies e outros directamente nos vasos, em igualdade de condições e no mesmo dia de
sementeira em canteiro.

3.1.11. Inventário dentro da estufa

O levantamento da quantidade de mudas de espécies existentes na estufa, está actividade


incluiu a identificação da espécie (nome vernacular e nome científico) e a classificação quanto
ao tamanho (inferior a 1,00m, entre 1,00 e 1,80m e superior a 1,80m). Esta tarefa levou um dia
para ser realizada principalmente devido a mistura das espécies nos canteiros e a identificação.
O levantamento contabilizou mudas 3500 de 10 espécies, sendo a metade de nativas e metade
de espécies exóticas. A quantidade de mudas variou muito entre as espécies, destacando o
grande número de Eucaliptus sp, Gliricidia sepium), citrinos.

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3.1.12. Compostagem

A compostagem é um processo de oxidação biológica através do qual os microrganismos


decompõem os compostos constituintes dos materiais (matéria orgânica) libertando dióxido de
carbono e vapor de água. A compostagem envolve necessariamente a ação do homem para
acelerar a decomposição da matéria orgânica (BRITO, 2006).
Porem para este actividade os materiais por nos utilizados eram divididos em duas classes, a
dos materiais ricos em carbono e a dos materiais ricos em nitrogênio. Entre os materiais ricos
em carbono considerávamos os lenhosos como casca de árvores, aparas de madeira e a
serragem, as podas de árvores, etc. Entre os materiais azotados incluem-se as folhas verdes,
estrumes, solo. Os materiais eram selecionados de modo a não conter vidros, plásticos, tintas,
óleos, metais, pedras entre outros. Depois deixamos por um período de tempo, nas primeiras
semanas a pilha não devia ser revirada, isso porque a decomposição ocorre mais rapidamente
na fase termofílica entre 40 a 60ºC está por ser a fase mais longa do processo. Daí era revirado
em todas semanas até a fase de maturação na qual a matéria orgânica se transforma em húmus.

3.1.13. Colecta de semente de Leocaena leucocephala

A colecta de sementes foi feita na área reservadas para práticas de actividades florestais
localizada dentro do PAN, está colecta foi uma de arvores abatidas, estas foram colhidas no
mesmo dia em que fazia limpeza no campo de ensaio de pousio melhorado, estas estão dentro
da área reservada para o ensaio, então era necessário abate-las, de modo a ceder espaço para o
que se queria no momento produzir. As sementes foram colhidas depois de secas, a recolha era
manual e transportadas para o local de armazenamento com pastas.

3.1.14. Lançamento de sementes de Gliricidia sepium

Foram lançadas sementes de Gliricidia nos Germinadores e nos vasos, foram 2 germinadores
em que o primeiro foi lançado de forma aleatória e outro em linhas. Parte das sementes também
foram lançadas directamente nos vasos que foram testados em diferentes tipos de mistura de
substrato.

3.1.15. Marcação de Cordas

Para realização desta actividade os materiais usados foram cordas de inox e sisal, fita métrica
e marcadores, essas cordas que foram usadas na plantação de diversas espécies e culturas, como
alinhadores e separadores das plântulas, de modo a minimizar o tempo. Para o efeito tivemos
de marcar cordas com diferentes dimensões, dentre elas: 10, 20, 50, 100 e 150cm.

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3.1.16. Preparação de pesticida botânico

O ensaio carece de uma adubação ou seja um controle para melhor sustentabilidade, entretanto
por se tratar de uma agricultura de conservação não se podia usar nenhum pesticida químico,
portanto houve necessidade de produzir pesticida botânico, para tal foi necessário três
componentes como Amargosa (Asaderasca indica), folhas de Mamona (Ricinus cinenses) e
sabão mainato com a seguinte proporção 1kg, 1kg e 500g. Para adubação foram usados 20
litros, foram adubado os dois campos de ensaio de Pousio Melhorado e de Agricultura
Sintrópica este era o principal objectivo da produção do pesticida.

3.1.17. Montagem de ensaio

Foram montados 4 ensaios ao longo do Posto Agronómico de Nampula, um ensaio foi de


agricultura Sintrópica, Tefrósia, Crambe e estabelecimento de SAFs (pousio melhorado).

Como toda e qualquer actividade é necessário que haja um plano pré-organizado, para facilitar
a execução das mesmas, olhando que princípios do sector florestal baseiam-se na
sustentabilidade, eis a razão que, a maior parte dos ensaios estão virados para as tecnologias de
SAFs. Entretanto para execução das actividades dependíamos totalmente das chuvas, razão está
que contribuiu significativamente para atraso das actividades e insucesso de certas actividades.
E não só, o sistema utilizado não era mecanizado mas uma das razões do atraso e também de
modo a respeitar certos princípios da sustentabilidade, a conservação do ambiente e do
ecossistema no geral.

3.1.17.1. Primeiro ensaio

A Agroflorestal sucessionalbiodiversa, também denominada de agroflorestal sucessional ou


agricultura sintrópica, é um tipo de sistema agroflorestal que tem a sucessão ecológica como
a mola mestra e seu manejo imita a sucessão de uma floresta nativa (PENEIREIRO, 2003).

De acordo com Miccolis et al. (2016), a agricultura sintrópica é uma proposta mais avançada
de sistema agroflorestal, no que diz respeito à sua estrutura e função. Agricultura sintrópica
como título definitivo, que define um dos princípios fundamentais de sua agricultura, que visa
ao balanço energético positivo, medido pelo aumento da quantidade de vida consolidada e
favorecimento dos processos de sucessão (PASINI, 2017).

A sintropia se relaciona diretamente com a sucessão natural e, desse modo, a AS é baseada nos
processos naturais de formação das florestas. O objetivo é aproximar os sistemas agrícolas dos
ecossistemas naturais. Isso só é possível com o aumento de recursos e de energia disponíveis,

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como o aumento da quantidade e da qualidade de vida consolidada, tanto em nível local quanto
no planeta por inteiro.

Agricultura Sintrópica primeiro identificou-se a área, de seguida foi dimensionada com


tamanho de 60*40, fez-se a limpeza da área deixando o capim na mesma área e de seguida foi
lançado e espalhado matéria orgânica como restos de vegetais em toda área para que servisse
de adubo orgânico, de seguida foram estabelecidas parcelas em formato de canteiros composta
por 7 blocos e cada bloco com 6 parcelas. Para o efeito foram utilizadas sementes de arroz,
mapira, feijão bóer, milho, amendoim, capim vetiver para as culturas anuais e feijão nhemba
para linha controle e foi feito também o plantio das essências florestais para linha de culturas
perenes as espécies foram, Andassonia digitada, Eucaliptus sp, acácia sp, Gliricidia sepium,
Khaya anthotheka, Afzelia quanzensis, Jacaranda minosifolia, Faidherbia álbida, Strychnos
spinosa Azadiratcha indica, Tephrosia sp, Faidherbia álbida, Moringa oleífera, Jacaranda
minosifolia, Citrus sp Leucaena leucocephala como mostra a figura abaixo, está actividade
durou três semanas.

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Figura 2: Layout de ensaio de agricultura Sintrópica.

Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.


Onde:
□ - Espécies do estrato emergente, distando uma das outras 10 m.
• • - Hortícolas;
◊ - Espécies do estrato alto, a cada 2 m depois e antes das emergentes, e entre elas 6 m;
¤ - Espécies do estrato médio, distando 2 m de cada, e 2 m entre as dos estrato alto;
* - Espécie de estrato baixo, distando 1m de cada planta na linha;
>>> - Feijão Nhemba (controlo);
Ψ -linha de culturas anuais;
Y - Linha para produção de Biomassa (Capim Elefante, capim Vetiver, chabalacate);
Φ - Milho e Mapira;
LCP - Linha de culturas perenes;
LCA - Linha de Culturas Anuais;
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LC - Linha Controlo;
LMO Linha de Matéria orgânica.

Tabela 4: Espécies usadas no ensaio de agricultura Sintrópica.

Estrato Emergente Estrato Alto Estrato Médio Estrato Baixo

Chanfuta Eucalipto Gliricidia Tefrósia


Jambirre Tamarinho Leucaena Milho
Mbaua Colorau Bananeira Mandioca
Lítchi Massala Moringa Feijão Bóer
Ata silvestre Acácia Faiderbia Gergelim
Embondeiro Maracujás Citrinos Mapira
Poliantra Goiaba Arroz de terras altas
Albizia Amêndoa

Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.

Tabela 5: Espécies usadas no ensaio de agricultura Sintrópica.

Madeireiras Fruteiras Lenha Fertilidade Hortícolas Forrageiras Medicinal

Jambirre Laranjeira Acácia tanzaniana Amendoim Couve Milho Aloé vera


Feijão
Chanfuta Limoeiro Acácia vermelha Tomate Mapira Noni
Nhemba
Feijão
Massala Tangerineira Acácia amarela Cenoura Moringa Gengibre
jugo
Feijão
Mbaua Tamarinho Pimento Faidherbia
Bóer
Eucalipto Goiaba Albizia Cebola Poinsettia

Amêndoa Leocaena Colorau


Capim
Maracujá Pequena Gliricidia
elefante
Chá
Maracujá grande Tefrósia
balacate
Ata Capim
Silvestre vetiver
Lítchi Arroz

Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.

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3.1.17.2. No segundo ensaio foi de Pousio Melhorado

O pousio é a técnica utilizada para preservar a terra que mantém uma área sem cultivo por certo
período para restabelecer os nutrientes perdidos com o plantio anterior. É um período em que
a terra “descansa” do cultivo, isto é, uma área é mantida sem lavoura alguma por um espaço de
tempo. Em defesa do desenvolvimento do pousio, utilizando-se de certos conhecimentos
agrícolas, pode-se afirmar que a melhor absorção de nutrientes se dá por meio da recuperação
da bioestrutura do solo e a possibilidade de enraizamento maior da planta, diminuída com o
cultivo anterior, o que aumenta e aprofunda a área de troca de substâncias. Já o controle das
plantas parasitas ocorre por meio do balanço de entrada e saída de sementes do solo
(CARMONA e ANDRES. 2001).

Por tanto pra o nosso ensaio foram utilizadas sementes de Cajunnus cajam, vulgo feijão bóer,
numa actividade que durou quatro dias o para estabelecimento de SAFs (pousio melhorado)
consocio de espécies perenes combinado com agrícolas, espécies como a Gliricidia sepium
combinada com feijão bôer, Leucaena leucocephala numa área de 45*15 metros de parcelas
permanentes composta por nove blocos e cada bloco contendo três sub-parcelas, a dimensão
usada na sementeira de feijão bôer era 90*50 cm entre linhas e entre plantas. Foram dois dias
de sacha nesta área e três dias de sementeira, o número de sementes por covascos era de 3 a 4
devido ao estado em que a semente se encontrava. 7 dias depois fomos pra o campo verificar
o número de sementes que haviam germinado, entretanto verificamos que o número não era
satisfatório então tivemos que fazer ressementeira.

Pra melhor compreensão veja a figura abaixo:

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Figura 3: Layout de ensaio de pousio melhorado.

Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.

3.1.17.3. Terceiro ensaio de Tephrosia

No terceiro ensaio foram utilizadas sementes de Tephrosia de modo a avaliar o seu poder
germinativo, numa actividade de um dia apenas, primeiro fez-se a limpeza da área com auxílio
a um trator, de seguida fez-se a sementeira, actividade realizada e apenas um dia, as dimensões
de espaçamento usadas foram de 1*1.5 metros entre linhas e entre plantas, o número de
sementes por covachos eram de três. Uma semana depois voltamos pra o campo pra verificar
se as sementes haviam germinado mas, infelizmente não tivemos sucessos esperado porque
nem todas as sementes germinaram então foi necessário fazer a ressementeira.

Pra melhor compreensão veja a figura abaixo:

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Figura 4: Layout de ensaio de Tephrosia.

Fonte: Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.

3.1.17.4. Ressementeira

Esta foi feita no ensaio feito no pousio melhorado e na Teophrosia, após o lançamento das
sementes nem todas germinam, portanto houve a necessidade de fazer a ressementeira nesses
dois ensaios, principalmente no ensaio da Teophrosia em que as sementes usadas não estavam
bem conservadas na câmara fria por isso em muitas partes não saiu, entretanto foi feita a
ressementeira e foi um sucesso, para ambos os ensaios.

3.1.17.5. Ensaio de Crambe

O quarto ensaio foi o de crambe de modo a avaliar o seu poder germinativo, numa actividade
de um dia apenas com a finalidade de gerar sementes para gerações futuras (banco de
geromoplasma). Primeiro foi feito a limpeza da área e de seguida estabelecido 4 alfobres, de
seguida efectuou-se uma rega ligeira depois fez-se a sementeira em todos os alfobres com
dimensão de 1*1 cm, o processo de rega era feito diariamente uma semana depois voltamos ao
local pra avaliar mas infelizmente não tivemos sucesso, nem uma semente germinou. Veja a
figura abaixo:

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Figura 5: Layout de ensaio de Crambe.

Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.

3.1.18. Montagem de campo de demostração

Na primeira semana fez-se uma capacitação acerca das mudanças climáticas vs agricultura.
Com intuito de saber da população se tinham conhecimento acerca da influência que o abate e
queima de plantas em áreas para abertura de campos agrícolas causava problemas ao meio e
contribuía negativamente para as mudanças climáticas?

Visto que actualmente as áreas de produção estão se atomizando com aumento de indústrias,
urbanização, entre outras actividades, há necessidade de se procurar tecnologias que nos
permitam recuperar o solo, de modo a usá-lo durante anos sem ter de se preocupar em
abandona-lo. A agricultura itinerante é uma das principais actividades que contribui para
mudanças climáticas. Portanto o IIAM-CZnd troce para a comunidade de Anchilo esta
tecnologia, porem a prior houve necessidade de se abrir uma campo de demonstração para
puder avaliar a adaptabilidade das espécies e culturas envolvidas naquele local, caso o mesmo
seja bem-sucedido então a instituição ira recomendar a comunidade, mas em caso de insucesso
vai se procurar uma outra alternativa que possa ajudar a mitigar este problema.

Foi montado um campo de demonstração na localidade de Anchilo a 25 km da cidade de


Nampula, com objectivo de avaliar a adaptabilidade das culturas anuas e consorcio com as
espécies perenes, foram selecionadas espécies que tem funções de recuperação de nutrientes e
melhoria do solo para aumento da produtividade e ao mesmo tempo proteção do solo. Para o
efeito tivemos apoio da associação de camponeses locais, alguns técnicos estagiários e

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funcionários do IIAM. A área escolhida foi de 20*20 m, os camponeses locais


responsabilizaram-se pela limpeza, a instituição em trazer as sementes de feijão bóer e espécies
de essências florestais como Gliricidia, Tephrosia, Moringa e Leucaena. Actividade está que
levou metade do dia, depois de finalizar-se surgiu um foro de debate na qual surgiram várias
questões da parte dos camponeses em torno do assunto e foram sanadas. Pra melhor
compreensão temos em anexo a figura a baixo:

Figura 6: Layout de CDR.

Fonte: IIAM – CZnd 2019-2020.

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IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o estágio além das relações técnicas e teóricas, as relações humanas foram muito
exercitadas, como o trabalho em equipe, o comprometimento com o horário, assiduidade,
realização e cumprimento de actividades. Este envolvimento tem alta relevância nos tempos
actuais nas relações de trabalho. Foi observado também que as oportunidades de atuação
profissional na área florestal e agronômica estão em todos as actividades e lugares onde menos
se espera. O estágio, portanto, foi gratificante, enriquecedor, e passo obrigatório para se ter
sucesso na actuação profissional.
A prática de melhoramento de pousio com o plantio de espécies leguminosas de rápido
crescimento promove o acúmulo de biomassa em níveis superiores ao que a vegetação de
pousio espontâneo consegue atingir. Na fase de preparo de solo, a prática de corte-trituração
da vegetação de pousio pode promover acúmulo de matéria orgânica. Embora a vegetação
secundária seja suprimida pelo corte-trituração, parte do carbono e nutrientes acumulados
durante a fase de pousio pode permanecer no sistema nas diversas formas e frações da matéria
orgânica do solo. O estágio possibilitou conhecer a realidade de uma empresa ligada a
actividades de produção de mudas.
Rever e consolidar conhecimentos teóricos e práticos desenvolvidos durante o curso de
licenciatura, que se achava sem utilização futura, desnecessários. Com isso, muitos conteúdos
apresentados em sala de aula e que não tiveram atenção adequada, tiveram que ser revistos pelo
estagiário. Assim, cabe ressaltar a importância e a necessidade de ser dar importância a todos
eles, pois algum dia seu uso será necessário.

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V. RECOMENDAÇÕES

Com base nos aspectos analisados previamente acima, recomendo o seguinte:

 Que adoptem-se políticas eficazes e eficientes para sensibilizar e educar as comunidades,


na disseminação e de usos de práticas de actividades sustentáveis.

 Que se propaguem as tecnologias de SAFs nas comunidades, visto que actualmente as áreas
de produção agrícola estão se atomizando devido actividades antropogénicas, enquanto a
monocultura a agricultura itinerante contribuem para degradação do solo os SAFs garantem
a manutenção da fertilidade edáfica, garantir um equilíbrio ecológico e reduz a agricultura
itinerante.

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VI. REERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV. Estufas Florestais – apostila. Viçosa-MG,


2000. 61p.

FUNDAÇÃO FLORESTAL SP. 1993. Produção de mudas em estufas florestais espécies


nativas. SP,

GABIN, c. 2011. RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO


SUPERVISIONADO. UFDRGD/FA

BRITO, L. M. 2006. Manual de Compostagem. Escola Superior Agrária de Ponte de Lima –


ESAPL,

PASINI, F.S. 2017. A Agricultura Sintrópica de Ernst Götsch: história, fundamentos e seu
nicho no universo da Agricultura Sustentável. 104f. Dissertação (Mestrado em Ciências
Ambientais e Conservação) - UniversidadeFederaldoRiodeJaneiro, Rio de Janeiro.

PENEIREIRO, F. M. Fundamentos da agrofloresta sucessional. In: II Simpósio de Agrofloresta


Sucessional, 2003, Aracaju. II Simpósio de Agrofloresta Sucessional. 2003.

MICCOLIS, A.; PENEIREIRO, F. M.; MARQUES, H. R.; MASCIA, D. L. V.; ARCO-


VERDE, M. F.; HOFFMANN, M. R.; REHDER, T. Restauração Ecológica com Sistemas
Agroflorestais:Como conciliar conservação com produção. Opções para Cerrado e Caatinga.
Brasília: ISPN/ICRAF, 2016. 266p.

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ANEXOS

Universidade Zambeze

Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal

Caderneta de Estágio Profissional

Nome do estudante: Hélio Elidio Bernardo Alberto

Curso: Engenharia Florestal

Nome do supervisor: Engª Vânia José Cossa

Tabela 6: Actividades da semana 1.

Data Actividades
Apresentação dos sectores, campos, pessoal e áreas pertencentes ao centro
25/11/2019 Zonal Nordeste do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique
(Posto Agronómico de Nampula)
26/11/2019 Enchimento de Vasos Plásticos
27/11/2019 Repicagem e rega de Eucalyptus sp
28/11/2019 Limpeza no campo sintrópico
29/11/2019 Rega no Estufa e limpeza no campo sintrópico
Sábado
Fonte: Autor, (2020).

Tabela 7: Actividades da semana 2.

Data Actividade
02/12/2019 Continuação limpeza no campo sintrópico
03/12/2019 Transporte e Arrumação dos vasos plásticos para dentro da estufa
04/12/2019 Enchimento de vasos e lançamento de Eucalyptus nos germinadores
05/12/2019 Monda na estufa
06/12/2019 Arrumação e Ordenamento na estufa
Sábado

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

Fonte: Autor, (2020).

Tabela 8: Actividades da semana 3.

Data Actividade
09/12/2019 Rega e lançamento do material orgânico no campo sintrópico
Lançamento de sementes de Moringa, Tephrosia, Faedherbia e
10/12/2019
Leocaena nos vasos
11/12/2019 Limpeza no Campo do Pousio Melhorado
12/12/2019 Continuação da limpeza no campo do Pousio Melhorado
13/12/2019 Continuação da limpeza no campo do Pousio Melhorado
Sábado
Fonte: Autor, (2020).

Tabela 9: Actividades da semana 4.

Data Actividade
16/12/2019 Rega no Estufa
17/12/2019 Preparação de semente (Descasque de amendoim)
18/12/2019 Limpeza no campo do Pousio Melhorado
19/12/2019 Continuação da limpeza no campo do Pousio Melhorado
20/12/2019 Lançamento do material orgânico no campo sintrópico
Sábado

Fonte: Autor, (2020).

Tabela 10: Actividades da semana 5.

Data Actividade
23/12/2019 Preparação da semente para campo do Pousio Melhorado
24/12/2019 Marcação de cordas para sementeira (campo do Pousio Melhorado)
25/12/2019 Feriado
26/12/2019 Sementeira de Cajanus cajan no Pousio melhorado
27/12/2019 Continuação da sementeira de Cajanus cajan no Pousio melhorado
Sábado

Fonte: Autor, (2020).

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

Tabela 11: Actividades da semana 6.

Data Actividade
30/12/2019 Continuação da sementeira de Cajanus cajan no Pousio melhorado
31/12/2019 Continuação da sementeira de Cajanus cajan no Pousio melhorado
01/01/2020 Feriado
02/01/2020 Tolerância
03/01/2020 Rega e Limpeza nos limites da estufa
Sábado
Fonte: Autor, (2020).

Tabela 12: Actividades da semana 7.

Data Actividade
06/01/2020 Continuação da Limpeza nos limites da estufa
07/01/2020 Inventario das espécies dentro da estufa
Digitação de dados do inventário demarcação de cordas para o campo
08/01/2020
sintrópico
09/01/2020 Lançamento do material orgânico no campo sintrópico
10/01/2020 Continuação de lançamento do material orgânico no campo sintrópico
Sábado

Fonte: Autor, (2020).

Tabela 13: Actividades da semana 8.

Data Actividade
13/01/2020 Plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
14/01/2020 Continuação de Plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
15/01/2020 Continuação de Plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
16/01/2020 Preparação, Limpeza e lançamento de semente no ensaio de Cramb
17/01/2020 Arrumação de vasos plásticos dentro da estufa
Sábado

Fonte: Autor, (2020).

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

Tabela 14: Actividades da semana 9.

Data Actividade
20/01/2020 Plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
21/01/2020 Continuação de plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
22/01/2020 Continuação de plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
23/01/2020 Rega na estufa e estaquia de mandioca no campo sintrópico
24/01/2020 Formação de canteiros e ressementeira de Cramb na estufa
Sábado
Fonte: Autor, (2020).

Tabela 15: Actividades da semana 10.

Data Actividade
27/01/2020 Plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
28/01/2020 Continuação de plantio de árvores e sementeira no campo sintrópico
29/01/2020 Rega das espécies ornamentais (None) ao longo do PAN
Visita dos Investigadores do IIAM ao campo sintrópico e pousio
30/01/2020
melhorado
31/01/2020 Limpeza no campo da Tephrosia sp (método mecanizado)
Sábado

Fonte: Autor, (2020).

Tabela 16: Actividades da semana 11.

Data Actividade
03/02/2020 Sementeira de Tephrosia sp
04/02/2020 Preparação do insecticida botânico
Pulverização das culturas anuais no campo sintrópico, com o insecticida
05/02/2020
botânico
06/01/2020 Organização das espécies na estufa
07/01/2020 Monda e rega na estufa
Sábado
Fonte: Autor, (2020).

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

Tabela 17: Actividades da semana 12.

Data Actividade
Capacitação sobre Mudanças climáticas Vs agricultura (Anchilo) -Saída
10/02/2020
de campo
11/02/2020 Ressementeira de Tephrosia
12/02/2020 Plantio de espécies ornamentais (None)
13/02/2020 Rega na estufa e reviração da compostagem
14/02/2020 Sacha e adubação no pousio e no campo sintrópico
Sábado
Fonte: Autor, (2020).

Tabela 18: Actividades da semana 13.

Data Actividade
17/02/2020 Plantio de estacas de mandioqueira e no campo sintrópica
18/02/2020 Ressementeira de Tephrosia
19/02/2020 Rega na estufa e reviração da compostagem
20/02/2020 Sacha e adubação no pousio e no campo sintrópico
21/02/2020 Estabelecimento do CDR agro-florestal em Anchilo
Sábado

Fonte: Autor, (2020).

Tabela 19: Actividades da semana 14.

Data Actividade
24/02/2020 Visita aos campos de ensaio
25/02/2020 Despedida do sector e agradecimento pela hospitalidade

Fonte: Autor, (2020).

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

Figura 7: Layout de Pousio Melhorado.

Fonte: IIAM – CZnd (2019).

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

APÊNDICES

Apêndice 1: Distribuição de matéria Apêndice 3: Abertura de CDR


orgânica no campo de ensaio de AS.

Fonte: Autor, (2020).


Fonte: Autor, (2019).
Apêndice 4: Preparo de pesticida botânico
Apêndice 2: espécies existentes na estufa.

Fonte: Autor, (2020).


Fonte: Autor, (2019).

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

Apêndice 5: Ensaio da Agricultura Apêndice 7: Preparo de compostagem.


Sintrópica

Fonte: Autor, (2019).


Fonte: Autor, (2020).

Apêndice 6: Ressementeira no pousio Apêndice 8: Enchimento e arrumação de


melhorado vasos com substrato.

Fonte: Autor, (2019). Fonte: Autor, (2019).

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Relatório De Estágio Pré-Profissional

Apêndice 9: Ensaio de Crambe

Fonte: Autor, (2020).

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