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Ana fular Kalukussa

Relatório de Segurança Alimentar e Nutricional

(Licenciatura em Ciências Alimentares)

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
Ana fular Kalukussa

Relatório de Segurança Alimentar e Nutricional


(Licenciatura em Ciências Alimentares)
Relatório do Campo da Cadeira de Segurança
Alimentar e Nutricional, apresentado ao
Departamento Ciências Alimentares e Agrarias,
no Curso de Licenciatura em Ciências
Alimentares para fins avaliativo leccionado por
MSc: António Zito

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
Lista de Abreviaturas ................................................................................................................ III
Lista de Tabelas ........................................................................................................................ IV
Declaração ................................................................................................................................. V
Dedicatória ............................................................................................................................... VI
Agradecimento ....................................................................................................................... VII
Resumo .................................................................................................................................. VIII
1. Introdução ........................................................................................................................... 9
1.1. Obbjectivos do trabalho ............................................................................................. 10
1.1.1. Objectivo geral ........................................................................................................... 10
1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................... 10
1.1.2.1.Fazes da AC .............................................................................................................. 10
2. CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................... 11
2.1. Conceito de milho ...................................................................................................... 11
2.1.1. O milho na agricultura familiar.................................................................................. 11
2.1.2. Caracterização e Evolução da produção do milho em Moçambique ......................... 11
2.2. Importancia do milho para povo de Moçambique ..................................................... 12
3. CAPITULO III: METODOLOGIA DO TRABALHO ..................................................... 13
3.1. Métodos da Pesquisa .................................................................................................. 13
3.1.1. Classificação da Pesquisa ........................................................................................... 13
3.1.2. Quanto a Natureza....................................................................................................... 13
3.2. Quanto aos Objectivos ............................................................................................... 13
3.3. Quanto a abordagem .................................................................................................. 13
3.4. Quanto aos procedimentos técnicos ........................................................................... 13
3.5. Técnica e Instrumento de Colecta de Dados .................................................................. 14
3.5.1. Observação directa ...................................................................................................... 14
3.5.2. População e Amostra .................................................................................................. 14
. Análise e interpretação de dados......................................................................................... 14
4. CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSÃO ............................................................. 15
4.1. Caracterização da área de estudo ............................................................................... 15
4.2. Produção de Milho no distrito de Sanga .................................................................... 16
4.2.1. Estratégia de intervenção ........................................................................................... 16
4.2.2. A Estratégia de intervenção do Ministério de Agricultura na produção de milho no
distrito de Sanga.................................................................................................................... 17
4.3. Principais culturas agrícolas das comunidades do distrito de Sanga ............................. 18
4.3.1. Área plantada e tipo d culturas (uso e aproveitamento da terra)................................ 18
4.3.2. Preparo incial do Solo para cultivo de Milho pela Comunidade ............................... 19
4.3.3. Pragas e doenças de cultura de milho no distriro de Sanga ....................................... 20
4.4. Principais problemas para adquirir produtos alimentares nos mercados ....................... 23
4.4.1. Rendimento dos agregados familiares das comunidades do distrito de Sanga .......... 23
4.4.2. Preços e variação de preços para os principais alimentos básicos ............................. 24
4.4.3. Transitabilidade estradas para acesso e abastecimento de mercados......................... 24
4.4.4. Hábitos alimentares e de consumo da população de Sanga ....................................... 25
4.5. Principais doenças/problemas de saúde na comunidade ............................................... 25
4.5.1. Praticas de higiene das comunidades de Sanga ......................................................... 26
4.5.2. Taxa de cobertura de desparasitação.......................................................................... 27
4.5.3. Períodos de chuva / Períodosmde seca ...................................................................... 27
4.5.4. Principais problemas que afectam a produção/disponibilidade de alimentos ............ 27
4.5.5. Rendimento da cultura de Milho no distrito de Sanga............................................... 28
4.5.6. Importância da cultura de milho para comunidade do distrito de Sanga ................... 28
4.5.6.1.Quantidade consumidaDe produzida pela famílias................................................... 29
4.6. Épocas de produção de millho no distrito de sanga ................................................... 29
4.6.1. Disponibilidade de sistemas de armazenamento........................................................ 31
4.6.2. Épocas de abundância de milho no distrito de Sanga ................................................ 32
4.6.3. Épocas de escassez de milho no distrito de Sanga ..................................................... 32
4.6.4. Educação alimentar .................................................................................................... 32
5. CAPITULO V; CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES. .............................................. 33
5.1. Recomendações: ........................................................................................................ 33
6. Bibliografia ....................................................................................................................... 34
III

Lista de Abreviaturas

APPOS – Avaliação dos Productos Primário de Origem Sementeira;

MATA – Ministério de Agricultura e Terra Meio Ambiemte;

D.D. A- Direcção Distrital de Agricultura

PAMS – Plano Anual de Maneio e Sementeira;

AO- Actividades do Campo;

UR – Universidade Rovuma;

EGFE - Estatuto geral dos Funcionários do Estado.


IV

Lista de Tabelas
Tabela 1: Produção de milho segundo tamanho e área plantada e número de informantes.....31.
V

Declaração
Declaro que este relatório é o resultado da minha pesquisa pessoal e das orientações do meu
docente e seu conteúdo é original e a todas estão devidamente mencionadas no texto e na
bibliografia final.
VI

Dedicatória
Dedico a minha família que de maneira carinhosa suportam todas as despesas, amigos colegas
e docente e todos aqueles que directas ou indirectamente me ajudaram na obtenção de todas as
informações necessário para um bom trabalho.
VII

Agradecimento
Em primeiro lugar a agradeço a deus, que me tem dado força para tornar possível e enfrentar
os momentos difícil que a vida nos tem proporcionado, se deixar de a agradecer aos meus
pais, irmãos, que com tanto esforço e sacrifício fazem em todo possível para o suporto dos
meus estudos, se deixar do lado os meus familiares e também dão força na medida possível, o
meu muito grato especial aos meus colegas e amigos.
VIII

Resumo
O presente Relatório é o resultado da pesquisa da cadeira de Segurança Alimentares realizado no
distrito de Sanga nas comunidades de Lucembesse, Unango e Macaloge. Tem como objectivo geral
de; Avaliar a qualidade nutricional das comunidades do distrito de sanga, podendo criar por um lado, a
socialização entre o pesquisador e a comunidade que pratica a agricultura familiar de modo a
familiarizar-se com as actividades da produção da cultura de milho. O método de estudo do presente
trabalho é indutivo porque busca gerar novos conhecimento do fenómeno emk estudo, Quanto a
natureza trata-se de uma pesquisa aplicada, É uma pesquisa Descritiva – porque esta, cingir-se na
utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados, tal como o inquérito que auxiliaram no
levantamento das opiniões da população em estudo. Resultados; O distrito é constituído por duas
zonas de relevo: A parte Norte do distrito é caracterizada por inselbergs, zonas sub-planálticas e
planícies ocupando cerca de 60% do distrito. Em relação as culturas agricolas do distrito, a
comunidade afirmou que produz com cerca de 61% de Milho, 14% repolho, 4% cenoura, 7% banana,
5 alface 9% tomate. Estas culturas são consideras com as principais cultivadas pelo distrito, conforme
observado durante a pesquisa verificou-se que esxistem outras culturas produzidas com um número
muito baixo que corresponde as culturas de arroz, mapira e alho. Em relação as áreas de plantação , a
comunidade de Lucembesse teve maior de plantio da cultura de miolho com cerca de 49%, sendo que
a comunidade de unango tem uma média de 16% de plantio e por último segue a comunidade de
macaloge com cerca de 25% de plantio desde da época de 2021 á 2022. Conclusões; A agricultura
familiar compreende grande diversidade cultural, social e econômica, podendo variar desde o
campesinato tradicional até a pequena produção modernizada. Em relação os períodos de chuva e seca,
maior parte das comunidades afirmaram que Dezembro a Junho é considerado o período chuvoso,
sendo outro número correspondente afirmaram que Julho a Novembro é considerado como período de
seca. O distrito de Sanga possui em toda a sua extensão condições climáticas que favorecem o ataque.
De diversos patógenos ao milho. Recomendações; recomenda-se Univerdade Rovuma em especial ao
curso de ciencias alimentares pata que haja, mas pesquisas do genero, que seja mas abrangente em
todas a localidades do distrito, recomenda-se também o Ministério de Agricultura para que, faça um
inquerito que venha a contribuir eficazmente para os agricultores e que faça a campanha de
distribuição de medicamentos contra pragas.

Palavras-chave: Milho, Cultura e Agricultura Familiares, Saúde Alimentar .


9

1. Introdução
A agricultura é um dos setores da economia que têm uma significativa participação no
mercado, a qual se evoluiu das monoculturas para as grandes diversificações de produção
encontradas nos dias de hoje. A agricultura em Moçambique é uma das maiores
exportadoras de cereais, grãos e frutas, tendo seu início com a produção de cana-de-açúcar
e, posteriormente, o café. Com isso, a agricultura vem crescendo consideravelmente,
atingindo números altos e tendo grande participação no PIB (Produto Interno Bruto) do
nosso país. Os números crescem significativamente e são reflexo do trabalho e dos
melhores preços pagos internacionalmente pelos produtos da agricultura Moçambicana.
(ALVARENGA et al, 2017).
O setor agrícola tem produzido a maior parte do PNB (Produto Nacional Bruto) e é
através dele que é gerada uma grande parte das oportunidades de emprego, além de
constituir na principal fonte de divisas a partir da exportação. Estudos feitos na
Confederação da Agricultura e Pecuária do Moçambique (CNA) juntamente com o Centro
de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de Pedagógica
(Cepea/UP) revelam que a média de economia do setor rural cresce mais rápido que a
média da economia de Moçambique. (COELHO & CRUZ, 2008; p.101).
É correto afirmar que Moçambique possui um grande potencial de crescimento, pois o mesmo
possui fatores que viabilizam a agricultura, tais como: clima favorável, terra fértil (terra roxa),
grandes extensões de áreas cultiváveis, demanda mundial por alimentos, altas tecnologias,
entre outros.
O agricultor familiar é regularmente citado como sendo de baixa tecnologia. Esse fato,
no entanto, devido à ampla variabilidade cultural, social e econômica, não ocorre para
todos os agricultores. Deve-se considerar que baixo insumo não é baixa tecnologia.
Muitos desses agricultores utilizam todos os recursos fitotécnicos disponíveis, como o
controle de plantas daninhas, a densidade de plantas adequada para a consorciação,
cultivares com baixo valor de semente, mas que possuem alta estabilidade fenotípica
etc. Portanto, deve-se dissociar baixa tecnologia de baixo insumo.
Os agricultores familiares, além de representarem mais de 85% dos estabelecimentos rurais do
país e serem responsáveis por quase 77% do Pessoal Ocupado (PO), ou seja, quase 14
milhões de pessoas, possuem uma vocação natural para a diversificação e a integração das
atividades e menor utilização de insumos externos. Nesse sentido, até para que possam
continuar cumprindo seu papel social no meio produtivo os agricultores familiares têm a
necessidade. premente de buscarem modelos mais integrados, que reciclem e reutilizem os
recursos internos dos sistemas sustentáveis. (ALBUQUERQUE et al, 2008).
10

1.1. Obbjectivos do trabalho

1.1.1. Objectivo geral


 Avaliar a qualidade nutricional das comunidades do distrito de sanga.

1.1.2. Objectivos específicos


 Indentificar as diferentes técnicas utilizadas para produção da cultura de milho pelas
comunidades do distrito de Sanga;
 Caracterizar o nível de rendimento familiar dos agricultores das comunidades do
distrito de Sanga;
 Mencionar a importância da cultura de milho para as comunidades do distrito de
Sanga.

1.1.2.1. Fazes da AC
As AC são constituídas por duas fases nomeadamente:
 Identificação das comunidades produtoras da cultura de milho a nível do distrito;
 Trabalho do campo onde foram observados os agricultores durante sacha e fazer
levantamento de dados assim como entrevista para obtenção dos resultados
pretendidos.
11

2. CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Conceito de milho


Milho é a semente da planta da espécie Zea mays. O cereal é um dos alimentos mais
consumidos em todo o mundo (segunda maior cultura), tanto na alimentação humana quanto
na animal. Acredita-se que o milho seja originário da América Central, região onde hoje é o
México, tendo sido cultivado desde os tempos pré-colombianos. Em Moçambique, o cereal
era cultivado pelos povos antes mesmo da chegada dos portugueses.
O milho é grandemente empregado como matéria-prima industrial. A partir do cereal
são fabricados inúmeros produtos, como óleo, fubá, biscoitos, pães, massas, bolachas, etc.
Outro grande segmento consumidor é o de fabricação de rações animais. Na culinária, o
cereal é utilizado no preparo de bolos, caldos, tortas, saladas, e vários pratos típicos, como a
pamonha ou a canjica, por exemplo.

2.1.1. O milho na agricultura familiar


A importância econômica do milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização,
que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. O uso do milho em grão
na alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal no mundo. Em
Moçambique, varia de 70 a 90%, dependendo da fonte da estimativa e da região geográfica.
Embora a utilização do milho na alimentação humana não seja muito grande em
Moçambique, esse cereal com essa finalidade é importante em regiões com baixa renda. Por
exemplo, no Nordeste de Moçambique, o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que
vivem no Semiárido (DUARTE et al., 2010).

2.1.2. Caracterização e Evolução da produção do milho em Moçambique


O mercado Moçambica do milho apresentou expressiva reestruturação em termos de
composição da oferta e demanda ao longo das primeiras duas décadas do século XXI. Do lado
da oferta, os ganhos advindos da maior produção por unidade de área e a transferência da
época de semeadura para depois da colheita da soja, doravante denominada safrinha,
impactaram expressivamente os períodos de maior disponibilidade do produto (CONAB et al,
2018).
Do lado da demanda, além do crescimento interno pelos segmentos de proteína
animal, o grande excedente doméstico favorece a busca por novos mercados
consumidores, neste caso, a exportação. O milho é cultivado em todas as regiões do
Moçambique como é o caso das provincias de Sofala com marge de 12% de produção,
Manica 40%, zambezia 9,1% e por fim Niassa com 58,99% margem de produção a
nível nacional . Sua produção ocorre em diferentes épocas, face às condições
climáticas das regiões. O cultivo de verão, também denominado primeira safra, é o
12

semeio concentrado na primavera/verão e predomina na maioria das regiões


produtoras, com exceção das regiões Norte e Nordeste, em que, pela época de maior
concentração de chuvas ser a partir do mês de janeiro, o período de semeadura é
denominado segunda safra.

2.2. Importancia do milho para povo de Moçambique


A importância do milho ainda está relacionada ao aspecto social, pois grande parte dos
produtores não é altamente tecnificada, não possui grandes extensões de terras, mas depende
dessa produção para viver. Isso pode ser constatado pela quantidade de produtores que
consomem o milho na propriedade. Segundo os dados do IBGE, cerca de 59,84% dos
estabelecimentos que produzem milho consomem a produção na propriedade.
Um dos fatores do baixo nível de produtividade média, em Moçambique, é o grande
número de pequenos produtores de baixo nível tecnológico que cultivam esse cereal. Para se
ter uma ideia, segundo os dados do Censo Agropecuário do IBGE de 1996, 94,3% dos
produtores de milho são responsáveis por 30% da produção, usando 45,63% da área destinada
ao cultivo desse cereal no país. Por outro lado, 2,4% dos produtores cultivam 43,91% da área
e produzem 60,08% do milho colhido em Moçambique.
13

3. CAPITULO III: METODOLOGIA DO TRABALHO

3.1. Métodos da Pesquisa

Segundo GARCIA (1998, p.44), método representa um procedimento racional e ordenado


(forma de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a
experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de método) e
alcançar os objectivos pré-estabelecidos no planeamento da pesquisa (projecto).

O método de estudo do presente trabalho é indutivo, que é um método responsável pela


generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86)

A presente pesquisa quanto ao método de abordagem é indutiva, por meio dos resultados que
foram obtidos nas diferentes comunidades do distrito de sanga foram generalizados as de mais
comunidades, partindo deste modo, de uma verdade local e generalizada.

3.1.1. Classificação da Pesquisa

3.1.2. Quanto a Natureza

Quanto a natureza trata-se de uma pesquisa aplicada, pós, como afirma SILVA & MENEZES
(2001:20), este tipo de pesquisa, tem por objectivo “gerar conhecimentos para aplicação
prática dirigidos à solução de problemas específicos, e envolve verdades e interesses locais”.
O trabalho vai gerar conhecimento através das técnicas usadas para produção da cultura de
milho, sua conservação e comercialização no mercado informal.

3.2. Quanto aos Objectivos


É uma pesquisa Descritiva – porque esta, cingir-se na utilização de técnicas padronizadas de
colecta de dados, tal como o inquérito que auxiliaram no levantamento das opiniões da
população em estudo.

3.3. Quanto a abordagem


É uma pesquisa quantitativa, pós vai se colher as opiniões dos participantes onde foram
analisadas os argumentos de cada comunidade do distrito de sanga.

3.4. Quanto aos procedimentos técnicos


Trata-se de uma pesquisa do Campo por um lado e pelo outro de uma pesquisa de
Levantamento, visto que parte de informações existentes em referências bibliográficas e
14

posteriormente fez-se o levantamento por meio de um questionário aos agricultores familiares


das diferentes comunidades do distrito de Sanga.
Em conformidade com SILVA e MENEZES (2001:23),
Pesquisa Bibliográfica é quando elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com material disponibilizado na
Internet.

3.5. Técnica e Instrumento de Colecta de Dados

3.5.1. Observação directa


Segundo LAKATOS e MARCONI, (1995), esta técnica de colecta de dados serve para “obter
informações a fim de esclarecer um problema que preocupa a sociedade”.
Com esta técnica chegou-se mas perto do espaço da realização da pesquisa, o que possibilitou
perceber os factos da agricultura familar praticada no distrito. A observação foi feita com o
intuito de avaliar por meio de inquérito e observação do participante, no uso de técnicas
padronizadas para a produção da cultura de milho a nível do distrito de sanga.

3.5.2. População e Amostra


Constituirá população desse estudo todos agricultores que praticam a agricultura familiares
com maior rendimento a nível do distrito de sanga.
Do universo trabalhou-se com uma amostra de 115 agricultores, dos quais 97 (noventa e sete)
homens e 18 (dezoito) mulheres das trés comunidades do distrito de sanga.
. Análise e interpretação de dados
Será usado o pacote estatístico Excel 2010 para o caso dos dados colhidos por meio do
inquérito, que por sua vez, estes vão ser transformados ou seja representados sob a forma de
gráficos circulares que posteriormente foram transferidos ao Word 2010.
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4. CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSÃO

4.1. Caracterização da área de estudo


O distrito de Sanga está sob a influência da Zona de Convergência Intertropical que origina
duas estações bem definidas. A estação quente e chuvosa que vai de Dezembro a Março, com
Abril como mês de transição e, a estação seca e fria de Maio a Outubro, com o mês de
Novembro como de transição. A precipitação média anual oscila entre 1.000 a 1.200mm no
extremo norte, ao longo dos rios Rovuma e Lucheringo, chegando a atingir os máximos de
2.000mm nas zonas mais altas da cordilheira.

Os valores médios das temperaturas durante a estação quente e húmida são de 20 e 23°C na
zona planáltica e na Cordilheira de Sanga. Estes valores aumentam para 23 a 26°C na faixa
Norte, na zona de planícies, ao longo do Rio Rovuma.

Sanga encontra-se na bacia hidrográfica do Rio Rovuma, onde dominam os Rios Messinge e
Lucheringo e os afluentes destes , nomeadamente, Mohola, Montse, Mutuke, Lualece de curso
permanente e outros mais pequenos e sazonais, constituindo uma rede hidrográfica densa e
bem distribuída de Sul a Norte do distrito.

A Cordilheira de Sanga constitui uma das maiores fontes dos afluentes do Rio Rovuma. A
disposição do relevo faz com que os rios tenham elevado potencial hidroeléctrico e,
consequentemente de irrigação, principalmente na Zona Sul e Centro, nos PA’s de
Lucímbesse, Unango e Macaloge. Os cursos dos rios na parte Norte do distrito apresentam
uma maior sazonalidade devido aos solos franco-argilosos-arenosos e profundos e às
temperaturas relativamente mais elevadas que na parte Sul.

O distrito é constituído por duas zonas de relevo: A parte Norte do distrito é caracterizada por
inselbergs, zonas sub-planálticas e planícies ocupando cerca de 60% do distrito.

Os solos do distrito de Sanga são predominantemente argilosos, vermelhos, profundos


e bem drenados, associados a climas húmidos e sub-húmidos, ocupando manchas
consideráveis nas regiões altas, muito chuvosas da Cordilheira de Sanga. Os solos desta área
destacam-se pela elevada fertilidade e grande potencial agrícola constituindo, assim, a Zona
Agro-ecológica. Os recursos minerais do distrito ainda não estão a ser explorados e nem se
conhece claramente as reais potencialidades, havendo, no entanto, indícios de existência de
ouro em Pauíla, calcário e registos de existência de reservas de bauxite e de
sienitosnefelínicos (fontes de produção conjunta de alumínio) em Unango.
16

4.2. Produção de Milho no distrito de Sanga


O País, sobretudo nas regiões Centro e Norte, em especial na Provincia de Niassa distrito de
Sanga tem experimentado uma produção excedentária de milho, resultante da produção
extensiva com baixos níveis de produtividade.

Fonte; Autora (2022).


O desafio é aumentar a eficiência de uso da terra, através do programa de intensificação da
produção do milho para reforçar as necessidade de consumo humano principalmente para o
sul do país onde o défice é de cerca de 100 mil toneladas.e também responder as
necessidades crescentes em matéria-prima para transformação do milho em outros
derivados,como por exemplo as rações para animais.

4.2.1. Estratégia de intervenção


Um dos fatores mencionado pelas comunidades foi o baixo nível de produtividad média, no
distrito de Sanga, é o grande número de pequenos produtores de baixo nível tecnológica que
cultivam esse cereal. Para se ter uma ideia segundo os dados do Censo Agropecuário do IBGE
de 1996, 94,3% dos produtores de milho são responsáveis por 30% da produção, usando
45,63% da área destinada ao cultivo desse cereal no país. Por outro lado, 2,4% dos
produtores cultivam 43,91% da área e produzem 60,08% do milho colhido no distrito de
Sanga.
17

Maior número da comunidade afirmou que as sementes muitas vezes são obtidas de
programas de doações, ou “troca-troca” governamentais, ou o produtor utiliza sementes de
paiol, ou segunda geração de híbridos;
O controle de plantas daninhas geralmente é mecânico e muitas vezes realizado
tardiamente. Baixa densidade de plantio é frequente, o que facilita a ocorrência do mato.
Normalmente a colheita é realizada manualmente e sempre com atraso, aumentando as perdas
no campo e a infestação de insetos.

Fonte; Autora (2022).


A maioria da produção é consumida na propriedade gerando pouca renda, o que também
dificulta a aquisição de insumos para serem utilizados na lavoura;

4.2.2. A Estratégia de intervenção do Ministério de Agricultura na produção de


milho no distrito de Sanga
Na disponibilização de semente certificada aos pequenos produtores do sector familiar,
através das feiras de insumos agrícolas; espera-se beneficiar cerca de 230 mil produtores no
primeiro ano. No fortalecimento do sistema de armazenamento e comercialização agrária,
onde a construção de silos nas zonas estratégicas passará pela intervenção do Estado em
parceria com o sector privado.
A agricultura Moçambicana tem grande peso no mercado nacional e internacional,
pois conta com grandes fatores que a auxiliam a se destacar, dos quais valem ressaltar as
condições climáticas, as inovadoras tecnologias aderidas aos maquinários, mãode-obra
qualificada, significativa quantidade de terras disponíveis, entre outros.
18

Segundo resultados de pesquisas feitas pelo IBGE no ano de 2008, apesar da crise
financeira mundial, Moçambique teve uma produção agrícola recorde, com crescimento na
ordem de 9,1% em relação ao ano anterior, motivada, principalmente, pelas condições
climáticas favoráveis. A produção de grãos no ano atingiu cento e quarenta e cinco milhões e
quatrocentas mil toneladas. De acordo com Podestá (apud ROSSI, 2010).

4.3. Principais culturas agrícolas das comunidades do distrito de Sanga


Em relação as culturas agricolas do distrito, a comunidade afirmou que produz com cerca de
61% de Milho, 14% repolho, 4% cenoura, 7% banana, 5 alface 9% tomate. Estas culturas são
consideras com as principais cultivadas pelo distrito, conforme observado durante a pesquisa
verificou-se que esxistem outras culturas produzidas com um número muito baixo que
corresponde as culturas de arroz, mapira e alho.

4.3.1. Área plantada e tipo d culturas (uso e aproveitamento da terra)


A escolha do solo adequado para o cultivo da melancia deve atender às exigências de
fertilidade física e química dessa olerácea, para que a cultura tenha bom desenvolvimento e
possa expressar suas características varietais e o seu potencial produtivo.
A cultura da milho adapta-se aos mais diversos tipos de solos, podendo ser de textura arenosa
ou média. Solos de textura argilosa ou muito argilosa devem ser evitados, a exemplo dos
Vertissolos que ocorrem no Submédio do Lucimbesse, principalmente por causa dos
problemas de contração e expansão, e a elevada densidade, tão comuns nesta classe de solos.
Os solos de pouca profundidade, como os Neossolos Litólicos e os mal drenados como os
Gleissolos, além daqueles que apresentam altas concentrações de sais como os Neossolos e
Cambissolos Flúvicos sódicos ou salinos, e outras substâncias tóxicas, também devem ser
evitados.

Terras cultiváveis, aparentemente sem problemas ou com limitações simples de conservação e


de textura média são as preferenciais. Nos solos de textura arenosa como nos Neossolos
Quartzarênicos e Regossolos, a cultura da melancia se desenvolve de forma adequada, desde
que sejam corrigidas as deficiências nutricionais, principalmente nos primeiros.
Em termos de fertilidade química, solos que apresentam reação ácida podem levar ao
aparecimento de distúrbios fisiológicos, como por exemplo, a podridão estilar, que decorre da
deficiência de cátions alcalinos como o cálcio, principalmente, em cultivares de frutos mais
alongados. Entretanto, esta deficiência pode ser corrigida com o uso de condicionadores do
solo, como calcários calcíticos ou dolom íticos.
19

4.3.2. Preparo incial do Solo para cultivo de Milho pela Comunidade


O preparo inicial do solo compreende operações necessárias, no sentido de criar condições de
implantação de cultivos. Quando se trata de áreas cobertas com vegetação natural (mata,
capoeira, etc.) ou artificial (pastagens, culturas perenes, semiperenes ou anuais), deverá ser
feito o desmatamento manual ou mecanizado e, se necessário, a movimentação de terra para
tornar a superfície regular e facilmente trabalhável.

Área de Plantação da Cultura de Milho de Distrito


de Sanga
60

50
Valor percentual

40

30
y = -4x + 41,333
R² = 0,0448
20

10 y=0
R² = #N/A
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Fonte; Autora (2022).

Em relação as áreas de plantação , a comunidade de Lucembesse teve maior de plantio da


cultura de miolho com cerca de 49%, sendo que a comunidade de unango tem uma média de
16% de plantio e por último segue a comunidade de macaloge com cerca de 25% de plantio
desde da época de 2021 á 2022, conmforme o gráfico de dispersão acima ulustrada.
Após o plantio, deve-se efetuar o levantamento planialtimétrico da área onde se deseja instalar
o cultivo, a fim de estabelecer as curvas de nível, bem como as estradas, redes de drenagem
superficial e subterrânea, redes de distribuição do sistema de irrigação, unidades de rega, entre
outros. O preparo modifica rapidamente a biologia e a dinâmica dos nutrientes do solo, sendo
dependente do tipo de equipamento usado. (PACHECO & BRENO, 2015).

As modificações no perfil do solo e camadas adjacentes vão depender do tipo e da


intensidade de uso do implemento selecionado. Essa etapa de preparo do solo compreende as
operações de movimentação de solo agrícola, para melhorar as condições físicas, tais como:
estrutura, aeração e uniformidade de agregados (torrões), a fim de torná-lo apto para a
instalação dos cultivos. Aração em profundidade, com aiveca de preferência, quando
20

necessário fazer calagem, preferencialmente, com antecedência de 2 meses, incorporando o


corretivo no solo com auxílio de gradagem superficial com grade leve (discos abertos).

1. Aplicar calcário de 2 a 3 meses antes do plantio, a fim de que haja tempo necessário
para neutralizar a acidez do solo com eficácia.
2. Gradagem até destorroamento e nivelamento adequados.
3. Irrigação da área, 3 a 4 dias antes do plantio/transplantio.
Sulcamento para plantio/transplantio, normalmente entre as operações feitas após o
plantio/transplantio, para controlar ervas, para diminuir a compactação e melhorar a
aeração e a penetração da água no solo.

4.3.3. Pragas e doenças de cultura de milho no distriro de Sanga


O distrito de Sanga possui em toda a sua extensão condições climáticas que favorecem o
ataque. De diversos patógenos ao milho. As principais doenças da cultura são a mancha-
branca, a ferrugens, a cercosporiose, as podridões de espigas e os enfezamentos. Além destas,
nos últimos anos algumas doenças (como a antracnose-foliar, a mancha-de-bipolaris, a
helmintosporiose e a mancha-foliar-de-diplodia), consideradas de menor importância, têm
ocorrido com elevada severidade em algumas regiõe produtoras.

Em relação as doenças 38% da comunidade de Lucembesse mencionou que as ferrugens e


manchas bracas são as atacam a cultura de milho daquela comunidade, sendo que 18% da
comunidade de Unango mencionou que Macha-branca e cercosporiose são as que mas
afectam a cultura de de milho naque comunidade e por fim 44% da comunidade de Macaloge
mencionou que a ferrugens, cercosporiose, mancha-branca e antracnose-foliar são as culturas
que mas afectam a productividade conforme o grafico abaixo.
21

Fonte; Antora (2022).


Além dos prejuízos causados pela infecção de diversas partes das plantas, a comunidade
afirmou que alguns fungos que contaminam as espigas também são produtores de
micotoxinas, metabólitos tóxicos que causam diversos problemas à saúde humana e animal e
são barreira para comercialização dos grãos e seus subprodutos.

Fonte; Autora (202).


O milho é uma cultura altamente propícia à contaminação por micotoxinas e, portanto, é um
dos principais alvos de fiscalização e regulação internacional.
22

Fonte; Autora (2022).


Ou seja, barreiras fitossanitárias podem ser exigidas contra o milho de Sanga em
contaminações deste tipo.

Fonte; Autora (2022).


23

4.4. Principais problemas para adquirir produtos alimentares nos mercados


De acordo com a entrevista realizada com a comunidade, foi constatado que um dos maiores
problemas de adquirir os productos alimentos é a falta dos meios de transportes visto são os
principais meio que as comunidades de Lucembesses mesmo com maior número de
productos, mas esses productos não são escoados para a vila sede do distrito de Sanga. Nesta
dinamica são envolvidos vários factores como; estradas e falta de comunicação pelas
comunidades daquelas zonas anecumenas.

4.4.1. Rendimento dos agregados familiares das comunidades do distrito de Sanga


A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares e um
modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares em
regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

Neste vertente observou-se que 90% da comunidade vive a partir da agricultura de


subsistencia e 10% vivem a base de comercio informal. Para comunidade de Unango cerca de
47% vive de agricultura com uma renda de 500 MZN por dia, sendo que 23% população de
Lucembesse e 30% a população de Macaloge. O que significa que a comunidade do distrito
de sanga usa a agricultura como principal fonte de subsistencia a nivel de todo o distrito
conforme o gráfico abaixo.

Macaloge

Unango

Lucembese

0
100
200
300
400
500

Fonte; Autora (202).


Para a campanha agrícola 2021/2022, foram planificados 31.731 ha para todas as culturas,
sendo 31.416 ha para cereais, raízes e tubérculos, leguminosas e hortícolas; 12 ha para
24

culturas de rendimento (ananaseiro e tabaco), tendo sido alcançados 33.735 ha,


correspondendo a um crescimento global de 7,2%, em relação à campanha agrícola passada.

4.4.2. Preços e variação de preços para os principais alimentos básicos


Em relação os preços de venda, varia de comunidade para comunidade conforme as
informações forcecidas durante a colecta de dados, verificou-se que para a comunidade de
lucembesse os preços por atacadistas rondas nos 130 MZN, sendo para localidade de Unango
o preço é de 150 MZN e caso da loclidade de Macaloge o preço varia dos 180 MZN
dependendo dos periódos de transação do producto.

Venda Informal do Milho Produzido pelas


Comunidades de Sanga
Valor de venda por Galão de 20L

200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Lucembesse Unango Macaloge
Série1
Série2 130 150 180

Fonte; Autora (2022).

4.4.3. Transitabilidade estradas para acesso e abastecimento de mercados

Quanto a transitabilidade e estradas para acesso ao abastecimento de mercados, a comunidade


mencionou que a falta de estradas aprtrexadas é um dos problemas são enfrentadas seja para
os productores da cultura de milho assim como para os compradores, em 65% das trés
comunidades afirmaram que as estradas são esburacadas e que leva a grande dificuldade para
o escoamento do producto para vila sende do distrito.
Quando perguntados se pretendem aumentar a área de cultivo do mamão, cerca de
65% dos entrevistados responderam que não, devido sobretudo aos preços (em constante
oscilação) pagos ao produtor pelo mamão não serem, em média, favoráveis, e que, diante
disso, pretendem priorizar a cultura do café. (MACHADO et al, 2009).
Nas entrevistas foi abordado, também, se o produtor já pensou em desistir do plantio de
mamão, tendo a metade dos entrevistados respondido ‘Sim’; 80% dos produtores informaram
não pretender expandir a área plantada devido ao recente histórico de preços ao produtor
25

desfavoráveis (apenas um produtor afirmou pretender aumentar a área de plantio, pois produz
para o mercado externo).

4.4.4. Hábitos alimentares e de consumo da população de Sanga


Em relação aos hábitos alimentos, quando entrevistado as comunidades verificou-se que
grande parte dela tem como principal hábito de consumo de xima com cerca de 87% e 3%
com variedade de arroz e 10% mapira. Verificou-sae também que dentre os principais
acompanhantes fazem ser utilizados esta a carne de cabrito, carne de porco, javali, galinha,
avestruz e algumas comunidades mencionaram gazelas como é o caso da comunidade de
Licembesse que é uma das grandes áreas da floresta densa daquele distrito. Conforme o
gráfico abaixo pode-se observar a percentagem dos dados obtidos durante a entrevista com a
comunidade.

Hábitos alimentares e de consumo da


população de Sanga
Localidades do Distrito de Sanga

Mapira

Arroz

Farinha de Milho

0 20 40 60 80
100
Percentagem por Comunidade

Fonte; Autora (2022)


Pode-se, portanto, afirmar que há uma clara dualidade nos hábitos alimentares. Uma grande
parcela de pequenos produtores não se preocupa com a produção comercial e com altos
índices de produtividade e uma pequena parcela de grandes produtores com alto índice de
produtividade usa mais terra, mais capital e mais tecnologia na produção de milho.

4.5. Principais doenças/problemas de saúde na comunidade


O distrito de Sanga possui em toda a sua extensão condições climáticas que favorecem o
ataque. De diversos patógenos ao milho. As principais doenças da comunidade são HIV,
tuberculose, a Malária, Diárreias e Asma. Além destas, nos últimos anos algumas doenças
(epilepsia, tensão, majine), consideradas de menor índice, têm ocorrido com elevada
severidade em algumas regiõe do distrito.
26

Em relação as doenças 38% da comunidade de Lucembesse mencionou que Diárreias,


malária e Asma são as que atacam a ccomunidade, sendo que 18% da comunidade de Unango
mencionou que HIV, diarreias, malária são as que mas afectam a comunidade e por fim 44%
da comunidade de Macaloge mencionou que HIV, Malaria, epilepsia, diarreias, tuberculose e
asma são as doenças que mas assolam a comunidade conforme o grafico abaixo.
Valor percentual por taxa de incdencia

45
40
35
e contaminação

30
25
HIV e Tuberculose
20
15 Malária e Febres
10 Diarreias e Tuberculose
5
0
1 2 3
Variedade de doenças que assolam as comunidades do distrito de
Sanga

Fonte; Autora (2022).

4.5.1. Praticas de higiene das comunidades de Sanga


Em relação a hiegienização, constactou-se que a maior parte da comunidade é hiegénica, mas
a falta de proctos de limpeza como omo, sabão, detergentes, escova de dentes e colgates faz
como a hiegene desta comunidade não esteja completa. O custo de vida destas comunidade
tem sido muitas um fenómeno, porque o processo de venda deste producto exige critérios e
dias. Os productos de hiegenes são comercializados na sente de Unango, e para as
comunidade de Lucembesse e Macaloge estão extremamentes distantes da sede distrital.
Outro caso observado é o caso de uso das latrinas, a maior parte da comunidade não tem
latrinas e fazem as necessidades maiores na mata com uso de enxadas fazendo covas para
depósitos dos residuós.

Outro aspecto observado também é a falta de água potável, a comunidade de Lucembesse e


Macaloge enfrenta grandes problemas de água quando maior parte do ano e nesta dinamica
tem usado o rio Rovuma que é a parte do braço do principal rio rovuma, este rio é usado para
todas as actividades seja para consumo, lavagem, banho e construção das moradias.
27

4.5.2. Taxa de cobertura de desparasitação


Em relação o controle dos nematoides que atacam as plantas de milho as comunidades
afirmaram que é efetuado, principalmente, pelo uso de cultivares resistentes, rotação de
culturas, plantas armadilhas e em última instância pelo uso de nematicidas específicos. Em
milho, a utilização de nematicidas é antieconômica até o presente momento, em função do
alto preço dos nematicidas no mercado Unango.
Assim, a utilização de cultivares de milho com resistência aos principais nematoides, a
adequada utilização de sistemas de rotação de culturas e a utilização de plantas armadilhas são
metas que devem ser desenvolvidas e difundidas entre os produtores de milho.

4.5.3. Períodos de chuva / Períodosmde seca


Em relação os períodos de chuva e seca, maior parte das comunidades afirmaram que
Dezembro a Junho é considerado o período chuvoso, sendo outro número correspondente
afirmaram que Julho a Novembro é considerado como período de seca.

4.5.4. Principais problemas que afectam a produção/disponibilidade de alimentos


Os desafios fitossanitários que a comunidade do distrito de Sanga utiliza para a produção de
milho de qualidade estão relaciona-dos a questões de saúde dos consumidores, perdas em
quantidade e qualidade dos grãos e seus subprodutos por causa da ocorrência de infecção por
patógenos, resíduos e micotoxinas.
Os problemas causados por doenças também interferem na comercialização dos grãos,
sendo que existe legislação brasileira e internacional sobre a qualidade mínima exigida deles.
Um ponto importante a se observar é que o manejo de doenças nos sistemas de produção
atuais, em que na maior parte da área cultivada no distrito de Sanga tem a soja semeada na
primeira safra e o milho em seguida (69% do milho semeado em segunda safra), deve ser
pensado em termos de sistemas. (AMABILE & FACENLI, 2014).

Outro desafio para o controle químico é o limitado número de grupos químicos disponíveis.
Nos fungicidas registrados no Sistema de Agrotóxicos Fitossanitário - AGROFIT,do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para 2018, 108 produtos
comerciais estão registrados e, destes, 34 princípios ativos estão distribuídos em 19 grupos
químicos (MARTINS, 2003).
28

4.5.5. Rendimento da cultura de Milho no distrito de Sanga


No que diz respeito da importância do milho como maior cultura agrícola mundial e de sua
comercialização como commodity (produto padronizado), o comércio internacional desse
cereal possui um percentual baixo em relação à produção, apenas 14% em 2017/18. Em
termos comparativos, o comércio da soja representou 45,2% da produção mundial no mesm
período.

De acordo com dados do Departamento de Agricultura do distrito de Sanga (, 2020a), esses


países representaram juntos 86,2% das exportações nacional e mundiais do cereal em
2019/21. De 2016 a 2017, o volume exportado situa-se próximo de 80 milhões de toneladas;
de 2018 a 2019, fica numa média superior a 28 mil de toneladas; e de 2018 a 2019, variou de
131 a 160 mil de toneladas. Em termos de valores reais, on mercado do milho era de MZN 9,5
em 2019, atingiu MZN 26,6 Milhões em 2020; e 28,1 milhões em 2021, um crescimento de
204,1% entre 2018 e 2019 e de 200,4% entre 2020 e 2021. O crescimento no valor
comercializado é observado ao longo de todo o período, sendo mais acentuado nos últimos 10
anos. Em razão da seca no Meio Oeste Americano no ano de 2020, esses valores foram ainda
Mais elevados no ano de 2021/22 (CONTINI et al.,2019).

4.5.6. Importância da cultura de milho para comunidade do distrito de Sanga


A agricultura familiar compreende grande diversidade cultural, social e econômica, podendo
variar desde o campesinato tradicional até a pequena produção modernizada. A maioria das
definições da agricultura familiar está vinculada ao número de empregados e ao tamanho da
propriedade.

As principais características dos agricultores familiares são a maior independência de insumos


externos à propriedade e o fato de a produção agrícola estar condicionada às necessidades do
grupo familiar. No entanto, diversas outras características estão associadas a esse tipo de
agricultor, como o uso de energia solar, animal e humana, a pequena propriedade, a grande
auto-suficiência, o pouco uso de insumos externos, a força de trabalho familiar ou
comunitária, a alta diversidade ecogeográfica, biológica, genética e produtiva, a baixa
produção de dejetos e a predominância dos valores de uso que se baseiam no intercâmbio
ecológico com a natureza e o conhecimento holístico, empírico e flexível. (MACHADO et al,
2014).
29

Em relação aos dados obtidos durante a pesquisa, verificou-se que, a quase totalidade dos
produtores de milho (94%) caracteriza-se como agricultores familiares com baixa utilização
de insumos e em condições desfavoráveis, seja do ponto de vista técnico econômico, político
e social e sendo que 6% corresponde aos que utilizam os insumos organicos.

Importância da cultura de milho para


comunidade do distrito de Sanga

Macaloge

Unango

Lucembesse

0 20 40
60
80
100

Fonte; Autora (2022)

4.5.6.1. Quantidade consumida e produzida pelas famílias


De acordo com a entrevista feita pelas comunidades, principalmente no Nordeste, é comum a
utilização de consórcio do milho com várias culturas. Geralmente a estrutura de
armazenamento é precária e improvisada. O milho é uma fonte direta de renda, participando
na propriedade como fonte de alimentação animal e humana.

Variedades locais ou crioulas ainda são utilizadas em algumas regiões e preferidas em alguns
sistemas de produção. Algumas delas se destacam e têm demonstrado potencial produtivo
igual ou superior ao de variedades melhoradas de alto rendimento, confirmando a importância
das variedades locais, sobretudo como fonte de germoplasma, embora possuam às vezes
características indesejáveis, principalmente aquelas relacionadas ao porte das plantas, ciclo e
susceptibilidade ao acamamento e quebramento.

4.6. Épocas de produção de millho no distrito de sanga


Sua produção ocorre em diferentes épocas, face às condições climáticas das regiões. O cultivo
de verão, também denominado primeira safra, é o semeio concentrado na primavera/verão e
predomina na maioria das regiões produtoras, com exceção das regiões Norte e Nordeste, em
que, pela época de maior concentração de chuvas sera partir do mês de janeiro, o período de
30

semeadura é denominado segunda safra. O cultivo do milho semeado na região Centro-Sul do


Sanga, realizado após a colheita da soja, com semeio concentrado no verão/outono,
convencionalmente é denominado de safrinha.

Época de Plantio da Cultura de Milho pelas


Comunidades do Distrito de Sanga

60
50
40
30
20
10
0
Novembro Dezembro Janeiro

Fonte; Autora (2022).


Em relação à época de cultivo do milho pelas comunidades do distrito de Sanga, maior
número com cerca de 51% da comunidade afirmou que novembro é o mes propício para
plantio das sementes da cultura de milho naquelas comunidades.
Estudos realizados por Renato & Frankli (2017), encontraram resultados semelhantes
com padronização das estatísticas, realiza seus estudos e estatísticas considerando segunda
safra todo o cultivo do milho realizado após o mês de janeiro. O sistema e o fluxo de
produção em diferentes meses do ano trazem maior complexidade no entendimento do
equilíbrio de oferta e demanda.
Considerada cultura estratégica para o alicerce da agricultura Moçambique, o milho compõe
diversos sistemas de cultivo, seja na sucessão após a colheita da soja, em cultivo consorciado
com gramíneas forrageiras para compor sistemas integrados de produção lavoura-pecuária, ou
mesmo compondo esquema de rotação de culturas no sistema plantio direto na região Sul do
Moçambique. A diversidade de tecnologias empregadas nas regiões produtoras deste cereal
torna dinâmica não só a oferta de grãos no mercado brasileiro, como também impactam
diretamente nos preço das commodities agrícolas e/ou pecuárias que compõem os sistemas
produtivos em que o milho está inserido.
31

Fonte; Autora (2022)


A produtividade é geralmente mais alta quanto as condições do tempo permitem o plantio em
outubro. Depois disso há uma redução no ciclo da cultura e queda no rendimento por área. O
milho irrigado poderá ser plantado durante o ano todo, entretanto, haverá uma variação no
seu ciclo, que será maior quando plantado nas épocas mais frias, o que poderá afetar a época
de plantio de culturas subsequentes.

4.6.1. Disponibilidade de sistemas de armazenamento


Segundo a comunidade as maiores produtividades de forragem foram obtidas com o AG 1051
e a variedade AL 34. Entretanto, essas cultivares só foram significativamente superiores à
variedade Sol da Manhã. Além de apresentar o maior rendimento, o AG 1051 apresentou a
maior produção de espigas empalhadas (embora tal superioridade não tenha sido diferente de
várias cultivares), resultando em maior percentagem de espigas na forragem (42,66%), o que
sugere uma produção de melhor qualidade de forragem. Entretanto, os resultados também
comprovam a viabilidade técnica da utilização de variedades para a produção orgânica de
silagem de milho. (ANDREI et al, 2009).

Grande parte dos produtores familiares cultiva o milho para ser consumido na propriedade,
para alimentação humana e também dos animais. A venda da produção é mínima, geralmente
o excedente produzido é comercializado pelos agricultores, preferencialmente para o mercado
local. Após serem cultivadas a culturas são armazenadas nos seleiros, cujo a sua consdervação
é feita mediante o processo de secagem ao sol.
32

4.6.2. Épocas de abundância de milho no distrito de Sanga


Quando entrevistado a comunidade do distrito de sanga, mencionaram que os meses de Junho
a Setembro são considerados os principais meses de abundancia do producto cultivado pelas
trés comunidades productoras de milho. Consta evidente que são os meses que maior número
faz a colheita das machambas para os respectivos seleiros.

4.6.3. Épocas de escassez de milho no distrito de Sanga


As épocas consideradas de escasses do milho a nível do distrito são os meses de Setembro a
Março, segundo a comunidade estes peíodos são considerados período de seca e descasque e
ensecamento do milho pelos productores a nível de todas comunidades.

4.6.4. Educação alimentar


A população, devidamente mobilizada pelas autoridades comunitárias, participa activamente
na abertura de estradas terciárias, que tem facilitado o escoamento dos excedentes agrícolas,
na construção de escolas com material precário, casas para alguns Presidentes das Localidades
e enfermeiros, na conservação de fontes de água, na denúncia de malfeitores e na localização
de terrenos para vários fins socioeconómicos e culturais, sempre que necessário.

A religião dominante é a Muçulmana, praticada pela maioria da população do distrito.


Existem outras crenças no distrito, sendo prática corrente que os representantes das
hierarquias religiosas se envolvam, em coordenação com as autoridades distritais, em várias
actividades de índole social.
33

5. CAPITULO V; CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.


Desta feita conclui-se que, o objectivo do presente traabalho foi de avaliar a qualidade
nutricional das comunidades do distrito de sanga. Dizer queo distrito é constituído por duas
zonas de relevo: A parte Norte do distrito é caracterizada por inselbergs, zonas sub-planálticas
e planícies ocupando cerca de 60% do distrito. A agricultura familiar compreende grande
diversidade cultural, social e econômica, podendo variar desde o campesinato tradicional até a
pequena produção modernizada. Em relação os períodos de chuva e seca, maior parte das
comunidades afirmaram que Dezembro a Junho é considerado o período chuvoso, sendo outro
número correspondente afirmaram que Julho a Novembro é considerado como período de
seca. O distrito de Sanga possui em toda a sua extensão condições climáticas que favorecem o
ataque. De diversos patógenos ao milho. As principais doenças da comunidade são HIV,
tuberculose, a Malária, Diárreias e Asma. Além destas, nos últimos anos algumas doenças
(epilepsia, tensão, majine), consideradas de menor índice, têm ocorrido com elevada
severidade em algumas regiõe do distrito. A população, devidamente mobilizada pelas
autoridades comunitárias, participa activamente na abertura de estradas terciárias, que tem
facilitado o escoamento dos excedentes agrícolas, na construção de escolas com material
precário, casas para alguns Presidentes das Localidades e enfermeiros, na conservação de
fontes de água, na denúncia de malfeitores e na localização de terrenos para vários fins
socioeconómicos e culturais, sempre que necessário.

5.1. Recomendações:
Recomenda-se Univerdade Rovuma em especial ao curso de ciencias alimentares pata que
haja, mas pesquisas do genero, que seja mas abrangente em todas a localidades do distrito;

Recomenda-se também o Ministério de Agricultura para que, faça um inquerito que venha a
contribuir eficazmente para os agricultores e que faça a campanha de distribuição de
medicamentos contra pragas assim como herbicidas para a classe daqueles agricultores com
maior indece de produção da cultura de milho naque região.
34

6. Bibliografia
1. COELHO, A. M. Nutrição e adubação do milho.In: CRUZ, J. C.; (Ed.). A cultura do
milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2008. cap. 6, p. 131-157.
2. COELHO, A. M.; FRANçA, G. E. de. Seja o doutor do seu milho: nutrição e
adubação. 2. ed. aum. Arquivo do Agrônomo, Piracicaba, n. 2, p.1-9, set. 1995.
Encarte.
3. ALBUQUERQUE, P. E. P. de Estratégias de manejo de irrigação, Uso e manejo de
irrigação. Brasília, DF:, 2008. cap. 10, p. 449-486.
4. ALVARENGA, R. C. Potencialidades de adubos verdes para conservação e
recuperação de solos. 1993. 112 f. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) -
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
5. ACOSTA, A. DORNELES, M. Resultados de unidades de observação de híbridos e
variedades de milho em dois níveis de adubação de base e de cobertura. In : 29.,
2001, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Emater-RS: ABICAR: FEPAGRO,2001. p.
775-780.
6. AMABILE, R. F.; FANCELLI, A. L.; CARVALhO, A. M. Comportamento de
espécies de adubos verdes em diferentes épocas de semeadura e espaçamentos na
região dos Cerrados. Pesquisa Agropecuária Moçambique, Brasília, v. 35, n.1, p.
47-54, 2000.
7. ANDREI, E. Compêndio de defensivos agrícolas. 8. ed. São Paulo: Andrei Editora,
2009. 1380 p.
8. GALVÃO,J.C.C. Características Físicas e Químicas do Solo e Produção de Milho
Exclusivo e Consorciado com Feijão, em Função de Adubações Orgânica e Mineral
Contínuas. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 1995. 194 p.( Tese D.S ).
9. CRUZ, J. C.; PEREIRA FILHO, I. A. Hora da escolha. Cultivar; Grandes Culturas,
Pelotas, v. 7, n. 77, set. 2005. Milho. Caderno Técnico Cultivar, Pelotas, n. 77, p. 4-11,
set. 2005. Encarte.
10. MACHADO, A. T. Resgate e caracterização de variedades locais de milho. In :
SOARES, A.C.;MACHADO, A.T.;SILVA, B.M.;WEID, von der J.M.(ed.).Milho
Crioulo: conservação e uso da biodiversidade. Rio de Janeiro: AS-PTA, 1998b p.81-
92.
11. PACHECO, E. B. Adubação verde para a cultura do milho. Informe Agropecuário,
Belo Horizonte,v.6,n.72,p.25-27, dez.,1980.

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