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1. Introdução....................................................................................................................................3
4. Conclusão..................................................................................................................................12
5. Bibliografia................................................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Genética Geral e das Populações, reporta como tema “A
Herança de Grupos Sanguíneos do Sistema Rh e do Sistema MNSs”. A descoberta do sistema de
grupos sanguíneos ABO por Karl Landesteiner, em 1900, não foi a chave completa para as
questões relacionadas às reacções hemolíticas transfusionais. A solução para esse problema
aguardaria a descoberta do factor Rh, ocorrida em 1937, por Wiener e Landsteiner, sendo essa
importante também para elucidar a causa da doença hemolítica peri-natal. O novo factor de
sangue foi nomeado factor Rh, pela maneira como foi descoberto.
O trabalho está estruturado da seguinte maneira: uma capa e uma folha de rosto, um índice e
introdução, segue-se o corpo de do trabalho onde é desenvolvido de forma detalhada o tema e
seus subtítulos, logo a seguir a conclusão em que é apresentada de forma clara e concisa as
possíveis observações que fazem reflexão do trabalho e finalmente a bibliografia, que serviu de
suporte para o desenvolvimento do trabalho.
A metodologia usada para a realização do presente trabalho foi a da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura e análise das informações de diversas obras que debruçam acerca do tema
acima citado e também em consultas na internet.
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DCe/dce dce/dce
sensibilização por hemácias Rh-positivas do feto durante o parto ou num aborto (RAPAPORT,
1990).
Na maioria das vezes, quando uma amostra de eritrócitos é examinada são encontrados
eritrócitos com uma expressão fraca do antígeno D. Ou seja, alguns eritrócitos apresentam uma
quantidade de sítios antigénicos D menor que o normal. Estes são denominados D fracos ou D u.
No entanto, Du não é um antígeno diferente; Du é uma expressão diferente para o antígeno D
(VIELE, DONEGAN E BOSSON, 2000).
A variação do antígeno D–D fraco ou Du – só é identificada com o teste de antiglobulina
indirecto. Se o sangue for examinado apenas com os anti-soros anti-D de rotina, o D fraco pode
aparecer como D-negativo, ou seja, Rh negativo (VIELE, DONEGAN e BOSSON, 2000).
É de suma importância a detecção de antígenos D fracos na realização de transfusões sanguíneas.
Quando é detectada a presença do D fraco, esta amostra é identificada como Rh positiva e
portanto só será doada para uma pessoa também Rh positiva (VIELE, DONEGAN e BOSSON,
2000).
Os anticorpos identificados no sistema Rh são denominados anticorpos IgG, que são produzidos
através da exposição do sistema imunológico do indivíduo a eritrócitos estranhos. Portanto,
quando é encontrado qualquer anticorpo do Sistema Rh no soro de um indivíduo Rh negativo,
pode-se concluir que houve uma imunização prévia. Qualquer um dos antígenos deste sistema
pode induzir à formação de anticorpos e estabelecer com isto uma situação de incompatibilidade
(O' CONNOR, 1992). Além disso, os anticorpos IgG atravessam a placenta e podem provocar a
doença hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal.
A maioria das reacções transfusionais hemolíticas relacionadas com o factor Rh podem ser
evitadas transfundindo sangue de indivíduos Rh negativos para indivíduos também Rh negativos
(VIELE, DONEGAN e BOSSON, 2000). Além disso, numa transfusão sanguínea, a exactidão na
tipagem D é essencial, assim como verificar a história do paciente. Por exemplo: numa situação
que foi identificada a presença de um anticorpo Rh numa pessoa, o sangue que deverá ser
fornecido a ela é somente o Rh negativo (O' CONNOR, 1992).
Para identificar a presença dos anticorpos IgG nas hemácias dos pacientes são necessárias
técnicas especiais. Isto porque, por razões ainda não bem entendidas, estes anticorpos do Sistema
Rh, ao contrário dos anticorpos do sistema ABO, não aglutinam os eritrócitos. Desta forma,
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identificar tais anticorpos era muito difícil até que foram desenvolvidos os anticorpos
antiimunoglobulina humana (JANEWAY et al., 2002).
Os anticorpos antiimunoglobulina humana foram desenvolvidos primeiramente por Robin
Coombs. Por isto o teste empregado para a sua detecção é denominado teste de Coombs. É um
teste que utiliza anti-soro de coelho com antiglobulina humana (Imunização de coelhos com soro
humano) (soro de Coombs; JANEWAY et al., 2002).
Uma outra nomenclatura é empregada por VIELE, DONEGAN e BOSSON, (2000) que
denominam o teste como teste de antiglobulina directo (DAT) e teste de antiglobulina indirecto
(IAT).
O teste de Coombs é principalmente utilizado para identificar a presença dos anticorpos que
causam a Doença Hemolítica do Recém-Nascido. Este teste pode acontecer de duas maneiras:
testando a presença do anticorpo IgG recobrindo as hemácias fetais – teste de Coombs directo ou
DAT – ou, ainda, testando a presença do anticorpo IgG no soro materno – teste de Coombs
indirecto ou IAT (JANEWAY et al., 2002).
Os bancos de sangue utilizam o teste de Coombs para identificar a presença de anticorpos no
receptor; seleccionar sangue do doador livre de antígenos eritrocitários específicos e para
confirmar a ausência de reacção antígeno-anticorpo (VIELE, DONEGAN e BOSSON, 2000).
Ainda com relação à tipagem sanguínea, RAPAPORT (1990) desperta a preocupação para o
facto de os receptores de uma transfusão de sangue serem geralmente tipados para os grupos
sanguíneos ABO e para a presença ou ausência do antígeno D nas suas hemácias. Ou seja, não é
verificada a presença de outros antígenos no receptor. É importante lembrar que um paciente
pode desenvolver um anticorpo em função da exposição a um antígeno estranho.
Os grupos sanguíneos do sistema Rh são condicionados por dois alelos (R e r) com dominância
completa. Pessoas portadoras de pelo menos um alelo dominante, com genótipos RR ou Rr,
apresentam um factor Rh em sua hemácia e tem, portanto o fenótipo Rh +; pessoas homozigoticos
recessivas rr não têm factor Rh e apresentam o fenótipo Rh-.
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Para BUCK, 1992, Eritroblastose Fetal consiste na incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto,
ou seja, mãe Rh- e feto Rh+. Apesar da circulação materna e fetal serem diferentes e separados,
muitas vezes há o contacto entre esses tipos sanguíneos, via placenta. Por isso, o organismo da
gestante reage contra o Rh do feto, produzindo anticorpos anti-Rh, ou isoimunização.
Geralmente isso irá acontecer a partir da segunda gestação.
Durante uma segunda gestação essa isoimunização entra em contacto com a circulação fetal,
onde irão acometer e destruir os eritrócitos do feto. Essa destruição irá acarretar algumas
complicações como, anemia, hiperbilirrubinemia (excesso de bilirrubina) e icterícia. Daí o feto
tenta através da hemólise, acelerar a produção de glóbulos vermelhos imaturos (eritroblastos),
por isso é determinado o nome da doença Eritroblastose Fetal (RAPAPORT. 1990. p.116 e 117).
A doença (eritroblastose fetal) pode levar a morte da gestante ou do feto, como também pode
deixar sequelas graves no concepto com lesões cerebrais, surdez e deficiência mental.
A Eritroblastose Fetal pode ocorrer também se a mãe já tenha recebido alguma transfusão de
sangue Rh+, inadequadamente, podendo desenvolver a doença na primeira gestação.
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Diagnóstico
Também pode ser diagnosticada através do Teste de Coombs Indirecto, aumento de anticorpos
anti-Rh na circulação materna e o Teste de Coombs Directo, após o nascimento, pela detecção de
anticorpos ligados a eritrócitos na circulação fetal, a partir do cordão umbilical.
Prevenção
Como prevenção existe a gamaglobulina Rh (Rho-GAM), administrado a todas as mães Rh- não
sensibilizadas logo após o primeiro parto de um concepto Rh+ ou abortamento, isso ira fazer
com que seja evitado a sensibilização materna ao factor Rh, (VILLANUEVA, 2002).
Deverá ser administrada essa gamaglobulina até 48 horas após o parto ou aborto e repetida após
partos seguintes. Essa isoimunização impede a produção de anticorpos anti-Rh + originados do
concepto.
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Complicações no RN
Segundo DIAMOND, et al., 1932 apud OMIM, 2003, as complicações do RN posem ser:
Tratamento do recém-nascido
Segundo DIAMOND, et al, 1932 apud OMIM, 2003, o tratamento é realizado conforme o grau
de acometimento do RN.
O Sistema MNSs foi o terceiro sistema de grupos sanguíneos a ser descrito. Em complexidade, é
semelhante ao sistema Rh. Esse sistema foi descoberto em 1927, por Landsteiner e Levine, ao
testarem a capacidade de aglutinação de hemácias humanas, por acção de anticorpos produzidos
por células de defesa de coelhos, quando o sangue de diferentes pessoas era injectado na corrente
sanguínea desses animais, (CALHOUN, 1992).
LMLM Antígeno M M
LNLN Antígeno N N
LMLN Antígenos M e N MN
4. Conclusão
Para a materialização do trabalho que teve como abordagem a Herança de Grupos Sanguíneos do
Sistema Rh e do Sistema MNSs, foram focalizados alguns aspectos relacionados com: A
Classificação da Herança de Grupos Sanguíneos do Sistema Rh e do Sistema MNSs, a
Determinação genética dos tipos sanguíneos do sistema Rh, a relação do Factor Rh e a
Eritroblastose fetal.
Com este estudo histórico, percebemos que as ideias que nortearam a proposta do factor Rh não
estavam prontas ou surgiram de forma repentina, mas foram resultados de um acúmulo de
conhecimentos acerca da estrutura proteica, das individualidades sorológicas e das reacções
envolvidas entre antígenos e anticorpos. O conhecimento da causa das reacções transfusionais
intragrupo não surgiu de forma inesperada e não foi fruto de produção de único indivíduo, mas
passou por dificuldades e tentativas, em que houve a construção de conceitos, que foram
desenvolvidos de modo gradual e lento, apresentando muitas mudanças e contando com a
participação de vários indivíduos ao longo de vários anos.
Para a descoberta do factor Rh utilizou-se coelhos imunizados com hemácias do macaco Rhesus,
produzindo então um soro anti-Rhesus. Como os anticorpos são produzidos especificamente
contra determinado antígeno, estudos mostraram que o anti-Rh originalmente observado é
diferente do anti-Rh humano. Desse modo, embora a utilização do termo factor anti-Rh para
humanos seja de uso habitual, ela não é adequada, visto que, esse termo foi cunhado tendo em
vista o factor anti Rh do macaco Rhesus. Além do conteúdo histórico, o presente estudo
apresenta os resultados de uma análise, realizada em livros didácticos, que aponta inconsistências
acerca do conteúdo referente aos sistemas de grupos sanguíneos.
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5. Bibliografia
12. WHALEY, Lucille F.; WONG, Donna L. Enfermagem pediátrica: elementos essenciais à
intervenção efetiva. 2. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c1989. 910 p.