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UNIVERSIDADE FUNDAÇÃO SÃO JOSÉ DE ITAPERUNA

RELATÓRIO AULA
PRÁTICA
ANÁLISES CLÍNICAS II

Aluna: Leilane Ribeiro Rosa Amaral | 7° período de Biomedicina

Itaperuna,
08/11/2021
8/11/2021

RELATÓRIO AULA PRÁTICA


ANÁLISES CLÍNICAS II

INTRODUÇÃO
O fator Rh, também chamado de fator Rhesus, é uma proteína que
pode ser encontrada na superfície dos glóbulos vermelhos, que são células do
sangue responsáveis por transportar o oxigênio no corpo. Esse fator é muito
utilizado para classificar os tipos sanguíneos, e quando a proteína está
presente nas hemácias indica que o sangue é Rh positivo (Rh+) ou quando
não existe essa proteína na hemácia, indica que o sangue da pessoa é Rh
negativo (Rh-).
Apesar dessa proteína não afetar a saúde, a classificação do fator Rh é
importante para classificar o tipo de sangue de acordo com o sistema ABO, o
que é útil para garantir que as transfusões de sangue sejam seguras, por
exemplo. Além disso, no caso de gravidez, se a mulher for Rh negativo e teve,
na primeira gravidez, um bebê com sangue do tipo Rh positivo, há maior risco
de eritroblastose fetal, em que as células da mãe atacam as células do sangue
do bebê, o que pode trazer complicações para a sua saúde.

Como é feito o exame:


O exame do fator Rh, também chamado de tipagem sanguínea, é feito
a partir de uma pequena amostra de sangue que deve ser coletada em
laboratório, não sendo necessário nenhum tipo de preparação ou jejum. O
sangue coletado é enviado ao laboratório, onde será realizado um teste para
identificar a presença da proteína na superfície das hemácias.
A identificação do fator Rh é simples e feita adicionando uma solução
de anticorpos em uma gota de sangue. Quando as hemácias se juntam, após
adicionar a solução de anticorpos, significa que a pessoa é sangue Rh+, e se
as hemácias não se juntarem, o sangue é Rh-.

O exame do fator Rh é solicitado pelo médico em algumas situações


como:
 Antes da realização de cirurgias;
 Antes de uma transfusão de sangue;
 Planejamento de uma gravidez;
 Gravidez confirmada.

O que significa Rh positivo e Rh negativo?


As pessoas que possuem o fator Rh na superfície das hemácias são
classificadas como Rh+ e podem receber transfusão de sangue de pessoas
que são tanto Rh+ quanto Rh-, no entanto, só podem doar para outras que
também possuem Rh+.

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Por outro lado, as pessoas que não possuem o fator Rh são classificadas
como Rh- e podem doar sangue para pessoas que possuem ou não o fator
Rh, no entanto só podem receber transfusão de pessoas Rh-.
No caso de mulheres, durante a gravidez podem ocorrer problemas se a
mulher for Rh- e o bebê Rh+, principalmente na segunda gestação. Isto
porque durante o parto pode ocorrer contato do sangue do bebê com o
sangue da mãe, e provocar no corpo da mulher a produção de anticorpos
contra o Rh+ do bebê, e numa nova gestação esses anticorpos podem atacar
as células sanguíneas do bebê, destruindo estas células e causando anemia
hemolítica do recém nascido.
A incompatibilidade sanguínea pode ocorrer tanto por uma transfusão
sanguínea como na gravidez, e ocorre quando a pessoa é Rh- e recebe
sangue ou tem um bebê com fator Rh+.
Essa incompatibilidade ocorre devido à produção de anticorpos pela
pessoa Rh- contra o sangue Rh+, causando uma destruição das hemácias,
doenças graves como anemia hemolítica ou eritroblastose fetal, podendo
colocar a vida em risco.

MATERIAIS E MÉTODOS:

1.Aglutininas Anti-A e Anti-B+ Reagente Anti-D (Rh);


2.Lâminas;
3.Seringas 5mL + Agulhas 25x7(10 unds);
4.Tubos Vácuo EDTA (tampa roxa) (10unds);
5.Caixa Descarpack.

INDICAÇÃO DO EXAME:

Os antígenos eritrocitários são geneticamente determinados e podem


ser classificados em diversos sistemas. Os de maior expressão são os
sistemas ABO e Rh. Os anticorpos do sistema ABO são naturais, enquanto os
anticorpos do sistema Rh são produzidos após sensibilização.

PRINCÍPIO

→Para ABO: os reagentes causam aglutinação direta macroscópica das


hemácias que carregam os antígenos correspondentes. As hemácias
possuidoras do antígeno A se aglutinam quando misturada são reagente anta
A; igualmente, hemácias possuidoras do antígeno B aglutinam na presença do
reagente anti-B. O teste adicional empregando-se o reagente anti A e anti B
facilita o reconhecimento de subgrupos raros de baixa reatividade
aglutinando as hemácias dos grupos A, B e AB, mas não do grupo O.

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→Para Rh: as expressões Rh positivo ou Rh negativo são baseadas na


presença ou ausência do antígeno D. Quando Rh negativo, pesquisar as
formas fracas do antígeno D. O antígeno D-fraco é uma variante do antígeno
D e tão antigênico quanto ele.

1 –SISTEMA ABO

TESTE EM LÂMINA

1.Colocar 2 gotas de sangue total separadas na lâmina;

2.Pingar 1 gota da aglutininaanti-Ae1 gota da aglutinina anti-B no sangue total;

3.Misturar a aglutinina com a gota de sangue total;

4.Movimentar a lâmina em movimentos circulares e/ou horizontais e observar


a presença ou não de aglutinação macroscópica em até 2 minutos.

2–PESQUISA DE Rh

TESTE EM LÂMINA:

1.Colocar 1 gota de sangue total na lâmina;

2.Pingar 1 gota do reagente Anti-D no sangue total;

3.Misturar o reagente Anti-D (Rh);

4.Movimentar a lâmina em movimentos circulares e/ou horizontais e observar


a presença ou não de aglutinação macroscópica em até 2 minutos.

Interpretação dos resultados:

→ Presença de aglutinação: Rh positivo

→ Ausência de aglutinação: Rh negativo ou presença de D fraco

→ realizar contraprovado teste em tubo.

RESULTADOS
Os principais grupos sanguíneos do homem podem ser classificados de
acordo com os sistemas ABO e Rh. No sistema ABO, existem 4 grupos
sanguíneos determinados geneticamente (A, B, AB e O), dependendo da
presença ou ausência de determinados aglutinogênios (antígenos) nas
hemácias. A presença de aglutinogênio A presença de aglutinogênio B,
presença de aglutinogênio A e B e ausência de aglutinogênios,

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respectivamente, é o que caracteriza cada um deles. O fator Rh pode ser Rh


positivas (Rh+) ou quando não possuem nas hemácias o fator Rh e são Rh
negativas (Rh-). Após a execução do procedimento de coleta de sangue,
mistura de reagentes e observação das reações de aglutinação, foram
mostradas para a turma as seguintes situaçõesa:

a) se não houver aglutinação em nenhum dos lados, o sangue em exame é do


grupo O.

b) se houver aglutinação nos dois lados, o sangue é do grupo AB.

c) se houver aglutinação somente com o soro anti-A, o sangue é do grupo A.

d) se aglutinar somente com o soro anti-B, o sangue é do grupo B.

Foi repetido o mesmo procedimento para o fator Rh. Iniciou-se então


uma discussão entre os alunos da turma, que com o resultado da análise
sanguínea em mãos, eram questionados sobre qual o tipo de sangue da
amostra e qual o fator Rh, e porque chegaram às conclusões após a
observação das lâminas.

OBJETIVOS
Explorar a utilização de uma prática laboratorial simples como um
recurso didático para a compreensão dos fenômenos básicos com respeito à
ação da genética na seleção dos tipos e dos fatores sanguíneos.

Trabalhar os protocolos para a realização de exames de sangue com


fins didáticos. Discutir os mecanismos de hereditariedade em genética que

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selecionam o tipo sanguíneo (genética do sistema ABO e do fator Rh), a


reação de aglutinação e a relação entre antígenos e anticorpos.

CONCLUSÃO
A realização desta prática proporcionou aos alunos do UNIFSJ além de
trabalhar os conceitos básicos de genética aplicada a tipagem sanguínea, mas
também a observação de uma prática laboratorial cotidiana (análise
sanguínea) nas análises clínicas.

Os alunos perceberam a importância da utilização das atividades


práticas no cotidiano da sala de aula como uma ferramenta para promover
discussão e facilitar o aprendizado de conteúdos complexos em disciplinas
com alto índice de rejeição como a genética.

REFERENCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE GESTÃO DO
TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE. Técnico em hemoterapia: livro
texto. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC), Secretaria Nacional de


Educação Média e Tecnológica (SEMTEC). Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.

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