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Órgãos primários:
• Medula óssea
• Timo
Órgãos secundários:
• Baço
• Gânglios linfáticos
• Amígdalas
• Placas de Peyer (nódulos linfáticos localizados principalmente na
mucosa do intestino)
COMPOSIÇÃO DO SANGUE
o sangue corresponde a 1/13 do peso corporal; o plasma tem fatores coagulantes e o Soro Fisiológico não
• 91% Água
• Eritrócitos
Colheita de sangue
▪Três fases associadas à análise laboratorial:
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▪ Causas dos erros mais comuns na fase pré-analítica:
• Falta de informação do utente; - o doente não sabe o porquê de ter ido colher sangue, comete erros na
alimentação etc…
• Identificação incorreta do utente e da amostra;
• Volume de amostra insuficiente ou inadequado;
• Coagulação indevida;
• Proporção sangue/anticoagulante errada;
• Tubos inadequados;
• Tempo de garotagem;
• Armazenamento;
• Amostras contaminadas...
TIPO DE ESTUDOS
• Citológico
• Bioquímico
• Coagulação
• Serológico
• Imunológico
• Endócrino
• Microbiológico
Estudos Citológicos
Permitem: O estudo das diferentes células sanguíneas relativamente ao seu número e morfologia (hemograma e
velocidade de sedimentação).
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Hemograma
Hemograma - estuda as diferentes células sanguíneas, determinando o número, variedade, percentagem,
concentrações e qualidade das células sanguíneas eritrócitos contagem diferencial de leucócitos (granulócitos
neutrófilos, eosinófilos e basófilos linfócitos monócitos) plaquetas e reticulócitos.
• Contagem de Eritrócitos
o N º total de eritrócitos (3,8-5,8 × 1012 / L)
o ↑ do nº de eritrócitos Eritrocitose (presente por ex policitemia vera)
o ↓ do nº de eritrócitos Eritropenia (presente por ex em doenças respiratórias e cardíacas)
• Morfologia
o ↑ do tamanho dos eritrócitos Macrocitose (presente nomeadamente na deficiência de vitamina B12
doenças hepáticas, anemias aplásticas, mieloma, hipotiroidismo, quimioterapia)
o ↓ do tamanho dos eritrócitos Microcitose (presente nas anemias por deficiência de ferro …)
Índices eritrocitários:
• Hemoglobina Globular Média (HGM) → valor médio do conteúdo de hemoglobina das hemácias
o Concentração de hemoglobina ( Hb ) nº de GR x10
▪ Picogramas (pg)/Glóbulo Rubro (GR) 1 pg = 10-12g
▪ ≤27pg hipocromía
▪ ≥31pg hipercromía relativa
• Concentração Hemoglobina Globular Média CHGM → valor da quantidade de hemoglobina (em g) contida
em 1 dl de GR
o Concentração de hemoglobina (Hb )/hematocrito (HCT) x100 32-36 g/dl
▪ Importante no estudo da anemia: Hipercrómica (CHGM ↑); Hipocrómica CHGM (CHGM ↓)
• Contagem de Leucócitos
o N º total de leucócitos (4.0-11.0 × 109 / L)
Fórmula leucocitária ou leucograma
(Neutrófilos, Linfócitos, Monócitos, Eosinófilos, Basófilos)
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▪ Aumento do nº de Leucocitose (>11.0 × 109 /L)
• Infeções agudas, leucemia, traumatismo/lesão tecidular (ex
cirurgia, carcinomas, …)
• A leucocitose raramente corresponde ao aumento proporcional de todos os tipos de
leucócitos
• (Leucocitose neutrofílica L linfocítica L monocítica L eosinofílica e basofílica)
• Contagem de reticulócitos
o Nº total de reticulócitos (20 000 e 80 000 mm3)
▪ Permite o estudo da eritropoiese
• ↑ nº de reticulócitos - reticulose permite o diagnóstico diferencial entre anemia
por hemorragia/anemia hemolítica/anemias hiperproliferativas.
Valores normais:
o Método de Westergren
▪ Utiliza a pipeta de Westergren, graduada de 0 a 200 mm.
▪ É preenchida com sangue até à marca zero. A pipeta é fixada na posição vertical num suporte
próprio e a leitura é feita no final da 1ª e da 2ª hora.
Valores normais:
Mulheres: 1ªhora........................................... 4 a 7 mm
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• Relacionadas com a pessoa.
o Ingestão de alimentos (não é necessário jejum, no entanto, refeições ricas em gorduras
podem alterar os resultados)
o Stress esforço físico, permanência em pé, desidratação (podem alterar resultados)
o Ingestão de álcool, ↑ ingestão de água, toma de medicamentos
o …
• Tubo de colheita → contém EDTA (ácido etileno diamino tetracético). Impede a coagulação comefeito
mínimo sobre as células.
• Amostra ausência de coágulos e de hemólise.
ESTUDOS BIOQUIMICOS
Permitem:
Indicação:
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• Controlo terapêutico
Estudo de enzimas
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Atender ao protocolo
• Exemplo:
• Jejum (pode incluir toma de medicamentos …);
• Evitar esforço físico nas 3 horas anteriores;
• Pessoa deitada 15 a 30’ antes da colheita;
• Efetuar a colheita de manhã 7h, 9h, …)
Estudo de coagulação
Indicações:
• Estudo pré-operatório.
• Controlo de hipocoagulação (em pessoas sob terapêutica anticoagulante) e para estudo protrombótico (ex
AVC trombótico).
• Estudo a presença de distúrbios hemorrágicos, lesão ou traumatismo vascular e coagulopatia.
Tipo de testes
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Requisitos/condições a atender para a colheita de sangue
Estudos Endócrinos
Estudos Hormonais → permitem o estudo de disfunções glandulares.
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Requisitos/ condições a atender para a colheita de sangue
• Hora do dia
o Manhã: ↗ adrenalina, noradrenalina, dopamina
o Noite: ↗ aldosterona, renina e hormona de crescimento
• Permanência em pé (ex: ↗ aldosterona, renina, …)
• Tubos refrigerados (noradrenalina, dopamina paratormona /hormona paratiroideia (PTH)
Estudos Microbiológicos
Hemocultura → amostra de sangue obtida por venopunção que é inoculada em frascos de hemocultura
Indicações:
Os frascos contêm um meio de cultura ou caldo de cultura, adequado ao crescimento dos agentes patogénicos:
Considerações Gerais
• Sistemas de colheita
o Seringa e agulha ou Butterfly e porta tubos
• Volume de sangue (ver instruções do frasco)
o Adultos - 8 a 10 ml por frasco
o Crianças e lactentes 1 a 3 ml por frasco
• Nº de amostras
o Adulto - 1 a 3 amostras em veias periféricas, em locais diferentes (de acordo com protocolo do
serviço/instituição)
o Crianças e lactentes - 1 a 2 amostras (de acordo com protocolo do serviço/instituição)
• Momento de colheita
o Antes de iniciar antibioterapia
o Em locais diferentes (se indicado)
o Antes da elevação térmica (frequentemente precedida de arrepios, mal-estar e taquicardia) ou
conforme indicação
• Local de colheita → Preferencialmente na fossa antecubital
• Se suspeita de infeção por aeróbios
o Efetuar uma a duas colheitas de sangue (uma em cada membro no mesmo momento) e uma 3ª
colheita passados 15 a 30 minutos
• Se suspeita de infeção por anaeróbios
o Efetuar uma a duas colheitas de sangue para aeróbios (uma em cada membro no mesmo momento)
e uma 3ª colheita para aeróbios e para anaeróbios, passados 15 a 30 minutos
• Na presença de CVC e se suspeita de infeção aeróbica
o Colher sangue em cada uma das vias do CVC para aeróbios
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o Colher sangue colheita numa veia periférica para aeróbios
• Na presença de CVC e se suspeita de infeção anaeróbica
o Colher sangue em cada uma das vias do CVC para aeróbios
o Colher sangue numa veia periférica para aeróbios e outra para anaeróbios
NOTA: mencionar na requisição e rótulo dos frascos de hemoculturas os locais e hora de colheita.
Responsabilidade do enfermeiro/a:
• Verificar requisição interpretar a prescrição (diagnóstico médico para perceber o porquê das análises,
contraindicações por causa de patologias/ acontecimentos passados, medicação prescrita ao doente)
• Preparar pessoa (condições específicas para a colheita)
• Preparar material (ver procedimento)
• Executar procedimento
• Cumprir normas de conservação/transporte do sangue colhido
O risco de infeção em todo e qualquer procedimento invasivo está relacionado com a experiência, habilidade,
utilização correta da técnica, não contaminação do material/equipamento e a eficácia dos antisséticos.
TIPOS DE ESTUDO
• Citológico/ Hemograma
• Bioquímico (doseamento de enzimas, eletrólitos, doseamento de drogas, …)
• Endócrino (doseamento de hormonas)
• Coagulação/ Hemostase (cascata da coagulação)
• Serológico (infeções específicas)
• Imunológico (imunoglobulinas)
• Microbiológico (microrganismos)
Mais usados:
• Azul - Hemostase/ Coagulação – tem um anticoagulante (citrato de sódio)Amarelo – Bioquímico – aditivo gel
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A colheita de sangue poderá ser realizada através de:
• Venopunção
o Agulha e Seringa
o Agulha e porta-tubos
o Butterfly e porta tubos
• Punção capilar
o RN e lactentes: estudo citológico, bioquímico, genético, …
o Adulto: pesquisa de glicemia, colesterol, HIV, …
• Cateter venoso periférico (CVP) apenas no momento de inserção
• Cateter venoso central (CVC) apenas quando não é possível colher em veia periférica
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Sistema fechado → existe uma borracha que permite que não aconteçam picadas acidentais.
Monovette (sistema misto), porque tem vácuo (partir antes de picar) e parte aspirável(partir depois de picar)
Proteção ativa → clica-se, aciona-se um mecanismo (butterfly com proteção ativa) e a agulha retrai.
Vantagens
• Segurança na Recolha:
o a manipulação
o o contacto com o sangue
• tempo de colheita
• volume de sangue a colher
Laboratório:
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Não Puncionar
• Membro com paresia/plegia→ existe pouca/ quase nula contração muscular, o que leva à alteração do
retorno venoso → estase → aumento da probabilidade de trombos.
• Membro homolateral a esvaziamento ganglionar axilar os gânglios funcionam como um “filtro” de
microrganismos, ao puncionar há uma maior suscetibilidade de infeção e pode, também, levar a linfedemas.
• Membro onde vai ser efetuada ou que apresenta Fístula arteriovenosa (FAV) o garrote vai dificultar a
circulação e promover a estase aumento da probabilidade de trombos inviabiliza a fístola. (também não
se pode medir a TA neste membro)
• Membro com perfusão de solução endovenosa/ transfusão sanguínea
• Áreas com edema, hematoma, cicatriz, feridas
Após enchimento de cada tubo, homogeneizar suavemente por inversão (4/5 vezes) ou colocar, em agitador
mecânico, os tubos com anticoagulante e com gel separador e ativador de coágulo
NOTAS:
• Após a colheita, providenciar condições necessárias à conservação do produto e transporte para o respetivo
laboratório
• Nunca agitar vigorosamente provoca espuma e hemólise
• Homogeneização inadequada de tubos com anticoagulante provoca agregação plaquetária e/ou formação
de microcoágulos
Indicações:
Os frascos contêm um meio de cultura ou caldo de cultura, adequado ao crescimento dos agentes
patogénicos
Norma de colheita: Seguir protocolo da instituição→ Enviar de imediato ao laboratório – não refrigerar.
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Nº de amostras:
• Adulto - 1 a 3 amostras em veias periféricas, em locais diferentes (de acordo com protocolo do
serviço/instituição)
• Crianças e lactentes – 1 a 2 amostras (de acordo com protocolo do serviço/instituição)
Momento de colheita:
Se suspeita de infeção por aeróbios→ Efetuar uma a duas colheitas de sangue (uma em cada membro no mesmo
momento) e uma 3ª colheita passados 15 a 30 minutos.
Se suspeita de infeção por anaeróbios→ Efetuar uma a duas colheitas de sangue para aeróbios (uma em cada
membro no mesmo momento) e uma 3ª colheita para aeróbios e para anaeróbios, passados 15 a 30 minutos
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PROBLEMAS DECORRENTES DA VENOPUNÇÃO
Hemorragia no local de punção
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
• Exposição acidental ao sangue uso de luvas
• Ferimentos acidentais/picadas
o com agulhas → não recapsular ou desadaptar manualmente da seringa
o com materiais cortantes e perfurantes
▪ utilizar contentor de cortoperfurantes, localizado o mais perto possível da área de utilização
▪ material no contentor deve ser ¾ da sua capacidade
Sistemas de segurança
• Retração da agulha, ainda na veia, pressionando botão
• Travão de segurança acionado manualmente
• Contentores de corto-perfurantes
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COLHEITA DE SANGUE POR VENOPUNÇÃO
Aceder/Verificar a Requisição (informático ou em suporte de papel) identificação da pessoa, tipo de estudo(s)
solicitado(s)
Avaliação inicial
Reunir/Preparar material
Depois da colheita
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Administração de sangue e de Hemocomponentes
TRANSFUSÃO SANGUINEA→ Administração de sangue total ou de componentes sanguíneos por via EV
Finalidades:
Evolução HISTÓRICA
Durante toda a história humana, o sangue tem sido relacionado à vida e à vitalidade. Já na Bíblia é dito que “o sangue
é a vida” (Deuteronômios 12: 23). Só há menos de 100 anos, os três maiores riscos associados a transfusões foram
efetivamente controlados a coagulação sanguínea a infeção e a incompatibilidade dos grupos sanguíneos o que
permitiu o uso terapêutico do sangue.
Fase científica
❖ DECRETO-LEI Nº267/2007, de 24 de Julho. DR. I Série Nº 141. Portugal – regula a utilização do sangue como
terapêutica de substituição (alterado pelo decreto-lei Nº185/2015, de 02 de Setembro. DR. I Série Nº 171. Portugal) e
decreto-lei Nº86/2017, 27 de julho. DR I Série n.º 144. Portugal)
❖ INSTITUTO PORTUGUÊS DO SANGUE E DA TRANSPLANTAÇÃO (IPST) → Organismo que tem por missão regular a
nível nacional a atividade da medicina transfusional e da transplantação e garantir a dádiva, colheita, análise,
processamento, preservação, armazenamento e distribuição de sangue humano, de componentes sanguíneos, de
órgãos, tecidos e células de origem humana
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❖ AUTORIDADE PARA OS SERVIÇOS DE SANGUE E TRANSPLANTAÇÃO (ASST)→ Autoridade competente para os
serviços de sangue, por missão garantir a qualidade e segurança em relação à dádiva, colheita, análise,
processamento, armazenamento e distribuição de sangue humano e de componentes sanguíneos, bem como à
dádiva, colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de órgãos, tecidos e células de
origem humana
CONCEITOS
Sangue → sangue total colhido de um dador e processado quer para transfusão quer para transformação
subsequente.
Produto sanguíneo (hemoderivados) → qualquer produto terapêutico derivado do sangue ou do plasma humano.
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
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Aférese → recolha seletiva de componentes sanguíneos.
Método para obtenção de um ou mais componentes sanguíneos através do processamento do sangue total numa
máquina, na qual os componentes residuais do sangue são devolvidos ao dador durante o processo ou após a sua
conclusão.
Conservação e validade------→
Dados/ Critérios
Idade
• 18 a 65 anos
• 17 a 18 anos (exceto se considerado juridicamente como menor, ou mediante consentimento dos pais ou do
tutor legal, de acordo com o estabelecido na lei)
• Dadores pela primeira vez com mais de 60 anos (ao critério do médico do serviço de sangue)
• Mais de 65 anos (com autorização do médico do serviço de sangue, concedida anualmente)
Peso
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Valor de proteínas no sangue do dador
• ≥ 60 g/l (a análise às proteínas em dádivas de plasma por aférese deve ser realizada anualmente)
Número de plaquetas igual ou superior a 150 /l (Nível exigido aos dadores de plaquetas por aférese); 109 /l
Estudo imuno-hematológico
• Hepatite B
o AgHBs - Antigénio de superfície do vírus da Hepatite B
o AcHBc - Anticorpo do “core” do vírus da Hepatite B
• Hepatite C → AcVHC
• HIV → Ac VIH1 e Ac VIH2 … outros
Critérios de exclusão de dadores e critérios de suspensão temporária ou definitiva de dadores de dádivas homólogas.
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• Nome do serviço de sangue de produção
• Grupo ABO (não necessária para o plasma destinado exclusivamente a fracionamento)
• Grupo Rh D, especificando “Rh D positivo” ou “Rh D negativo” não necessária para o plasma destinado
exclusivamente a fracionamento)
• Data ou prazo de validade (consoante o caso)
• Temperatura de armazenamento
• Nome, composição e volume do anticoagulante e ou solução aditiva (caso exista)
1. Pedido De Transfusão
• Aceder à requisição/pedido de transfusão
• Verificar conhecimento da pessoa necessidade de transfusão e colheita de sangue prévia
• Verificar consentimento informado e escrito da pessoa
• Colocar pulseira identificativa do processo de transfusão na pessoa (se existente)
• Verificar identificação da pessoa e requisição/pedido de transfusão certa(s): nome completo da pessoa, nº
processo clínico e etiqueta da pulseira identificativa do processo de transfusão (se existente)
• Colher sangue para determinação de grupo sanguíneo, provas de compatibilidade e hemograma
• Rotular os frascos das amostras de sangue efetuadas junto da pessoa, confirmando; nome completo da
pessoa, nº processo clínico e etiqueta da pulseira identificativa do processo de transfusão (se existente) e
requisição/pedido de transfusão certa(s)
3. Início Da Transfusão
• Iniciar perfusão após receção do sangue ou hemocomponente, até ao máximo de 30 min → risco de
contaminação
• Preparar material:
o Sistemas para transfusão de sangue e hemocomponentes (sistema de perfusão apropriado,
previamente preenchido com sangue ou hemocomponentes);
o CVP 18-20G (adultos) e 22-23G (crianças e RN)
• Verificar identificação da pessoa: Nome completo da pessoa, nº processo clínico e etiqueta da pulseira
identificativa do processo de transfusão (se existente) e requisição/pedido de transfusão
• Avaliar sinais vitais e registar (TA, P, R, T) → (valores de referência)
Identificar a presença de sinais e sintomas como: dispneia; tosse; cefaleias; náuseas; vómitos; diarreia;
urticária; rubor; prurido … outros
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Inserir CVP, mantendo a via de acesso venoso exclusiva para a transfusão
Adaptar sistema de perfusão com filtro apropriado, previamente preenchido com sangue ou
hemocomponente (não usar torneira, válvula de acesso)
• Iniciar lentamente a perfusão → 20 - 40gts/min, nos primeiros 15 min. O débito de perfusão deverá ser
aumentado, gradualmente, de acordo com a condição clínica do doente e o tipo de hemocomponente:
o Concentrado de eritrócitos → 1 a 2 h
o Plasma fresco congelado 30 min a 1h
o Concentrado de plaquetas 30 min a1h
• Vigiar resposta da pessoa (junto desta) à administração de sangue/componente sanguíneo:
o Monitorizar T, P, R, TA nos primeiros 15 min
o Vigiar estado de consciência
o Devemos nos manter junto da pessoa
• A perfusão de uma unidade de sangue, não deve ultrapassar as 4 h
• Nunca aquecer frasco de albumina ou saco de sangue/hemocomponente
4. Durante A Transfusão
• Vigiar resposta da pessoa à administração de sangue/componente sanguíneo:
o Monitorizar e registar T, P, R, TA (1/1h)
o Vigiar estado de consciência (1/1h)
o Vigiar presença de sinais e sintomas de reação transfusional precoce (ex: calafrios, dispneia, tosse,
cefaleias, náuseas, vómitos, diarreia, urticária, rubor, prurido, alterações de consciência, dor
precordial, hipotensão … outros)
• Vigiar/controlar ritmo de perfusão (atendendo à condição clínica do doente, tipo de hemocomponente e
prescrição médica)
• Se intercorrência → interrupção imediata da transfusão, comunicação imediata ao médico e ao Serviço de
Imuno-Hemoterapia
• Manter rótulos de identificação no saco de sangue/hemocomponente até ao final da perfusão
o DEVE-SE substituir o sistema de perfusão no final de cada unidade
o NÃO AVALIAR TA no membro em que perfunde a transfusão
o NÃO DILUIR O SANGUE/HEMOCOMPONENTE, injetando solução no saco de transfusão
o NÃO ADICIONAR MEDICAMENTOS no saco de sangue/hemocomponente
o NÃO ADMINISTRAR NEM PERFUNDIR na mesma via medicamento(s), soro glicosado, alimentação
parentérica. Só pode perfundir soro fisiológico, em simultâneo e excecionalmente
5. Após A Transfusão
• Executar flush com soro fisiológico ou remover CVP
• Monitorizar e registar (no final e 1h após):
o T, P, R, TA
o Estado de consciência
• Registar procedimento:
o Inicio e fim
o Sangue/hemocomponente perfundido
o Número de unidades
o Lote
o Reação da pessoa
• Manter vigilância da pessoa até 2 horas após transfusão
REAÇÕES TRANSFUSIONAIS
Reação adversa grave →“…resposta inesperada do DADOR ou do DOENTE associada à colheita ou à transfusão de
sangue ou de componentes sanguíneos, que causa a morte ou põe a vida em perigo, conduz a uma deficiência ou
incapacidade, ou que provoca, ou prolonga, a hospitalização ou a morbilidade”
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Reação transfusional/reação adversa grave do doente → Erro humano→Troca e/ou identificação incorreta:
• Da pessoa
• Da amostra de sangue
• Do saco de sangue/hemocomponente
Qualquer erro ou falha no processo de transfusão não pode ser omitido ou desvalorizado → os sintomas podem ter
início com um ligeiro mal-estar e evoluir
para uma hemólise grave por
incompatibilidade
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Reações Transfusionais Tardias
Imunologica:
Hemolítica tardia ou extracelular:
• É causada por resposta imunológica do recetor aos antigénios do dador, por incompatibilidade de antigénios
das hemácias além do sistema ABO
• Pode ocorrer em dias ou semanas após a transfusão, quando o sistema imunológico do recetor foi
sensibilizado por transfusões anteriores
• Caracteriza-se pela presença de febre baixa e persistente, podendo ocorrer icterícia e insuficiência renal
aguda
Não imunológica
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SUPORTES DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS
Acesso:
Suporte de papel
Online
• VIA A- Classificação Fármaco terapêutica Permite selecionar um fármaco que atua num determinado órgão,
aparelho ou sistema com determinada finalidade ou ação terapêutica.
• VIA B- Índice Alfabético / Índice Geral Remissivo (IGR)
GUIA FARMACOLÓGICO PARA ENFERMEIROS: Pesquisa por ordem alfabética/ Grupos terapêuticos
Substância ativa → Qualquer substância, ou mistura de substâncias, destinada a ser utilizada no fabrico de um
medicamento e que, quando utilizada no seu fabrico, se torna um princípio ativo desse medicamento, destinado a
exercer uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica com vista a restaurar, corrigir ou modificar funções
fisiológicas ou a estabelecer um diagnóstico médico.
Excipiente → qualquer componente de um medicamento, que não a substância ativa e o material da embalagem.
Dosagem → teor de substância ativa, expresso em quantidade por unidade de administração ou por unidade de
volume ou de peso, segundo a sua apresentação. Quantidade de princípio ativo de um medicamento por unidade de
administração, de volume ou de peso. (o que está prescrito)
Dose → quantidade de medicamento por toma/administração, calculada em função de determinados fatores idade,
peso, sexo, via de administração, estado geral da pessoa. (quantidade de princípio ativo no medicamento)
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EFEITO TERAPÊUTICO
Dose Terapêutica → dose necessária para obter efeito terapêutico.
Janela terapêutica → intervalo entre a concentração mínima eficaz da substância ativa e a concentração máxima
corresponde a alto grau de eficácia e a baixo risco de toxidade.
ESTABILIDADE DO MEDICAMENTO
Estabilidade do medicamento → Período de tempo em que o medicamento mantém as suas propriedades e pode ser
utilizado, de modo a assegurar as características do princípio ativo (identidade molecular, potência, qualidade e
pureza) → 2 a 5 anos.
• Fatores intrínsecos
o Processo de fabrico
o Natureza da substância ativa
o Forma farmacêutica
o Interação entre fármacos e solventes (aceleradas pelo pH do meio, por pequenas quantidade de
impurezas, entre outros)
• Fatores extrínsecos (ambientais e acondicionamento)
o Temperatura
o Luz
o Humidade
o Radiações
o Ar, Gases
o Qualidade do recipiente
Tipos De Estabilidades
Química → manutenção da integridade química da substância ativa num determinado período de tempo e em
condições adequadas.
Física e físico química → manutenção das propriedades originais: aspeto, cor, odor, sabor, uniformidade nas soluções,
dissolução e suspensibilidade.
Biofarmacêutica → manutenção do processo que impede alterações da substância ativa (ação farmacológica, sua
duração e intensidade).
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Sinais De Alteração Da Estabilidade Em Preparados Farmacológicos
Sólidos (ex. comprimidos, cápsulas, drageias)→ Cor, sabor, dureza, cheiro
Semi sólidos /pastosos (ex. pastas, creme, gel)→ Agregação, sedimentação, endurecimento, floculação
Líquidos (ex. solução, suspensão)→ Alteração do aspeto inicial; Precipitação, insolubilidade, formação de espuma,
libertação de gás, alteração da cor, turvação (após reconstituição/diluição)
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Ação de um medicamento (terapêutica ou diagnóstica) é suscetível de alteração no organismo por outra substância
ativa. Pode interferir a nível da:
• Absorção do(s) medicamento(s)→ R/c a função do trato gastrointestinal motilidade, alteração das mucosas
ou do pH gástrico, alteração de mecanismos de transporte/absorção.
• Distribuição do(s) medicamento(s) → R/c os mecanismos de ligação às proteínas plasmáticas e de transporte
através das membranas nomeadamente por alteração da sensibilidade” dos recetores químicos da
membrana citoplasmática.
• Metabolismo do(s) medicamento(s) → R/c os fenómenos que perturbam a atividade enzimática (indução ou
inibição enzimática).
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Elementos Essenciais:
PRESCRIÇÃO TERAPÊUTICA
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TIPOS DE PRESCRIÇÃO/DURAÇÃO
• Padronizada ou Fixa
o Permanece até que o médico a suspenda (ex. 4/4h, 6/6h)
o Até atingir o número de dias de prescrição (ex. 3 x dia durante 7 dias)
• S.O.S- “Si Opus Sit”→ “se for necessário”
o O médico estabelece o intervalo mínimo entre administrações (ex. Paracetamol 1000 mg, IV de 6/6h
se temperatura ≥ 38 °C)
o Implica avaliação pormenorizada e prudência na determinação da necessidade de medicamento
o Implica registo do enfermeiro elementos da prescrição, avaliação do utente, hora de administração
e da avaliação da eficácia terapêutica
• Única (ex.: Diazepan 10 mg, VO, 1 h antes da cirurgia)
o Medicamento a administrar uma única vez, hora e momento específico
o Utilizada nomeadamente antes de exames auxiliares de diagnóstico, intervenções cirúrgicas entre
outras
• Urgente / Imediata (ex.: Petidine 25 mg, IV, já)
o Preparação/administração de medicamentos sob prescrição urgente → prioridade sobre outras
intervenções de enfermagem
o O enfermeiro deve efetuar registo pormenorizado do episódio
• Protocolada
o Indicações especificas e seguidas por rotina até suspensão
o Implica avaliação de condições da pessoa e existência de protocolo
o Utilizada em unidades de cuidados especiais prestação de cuidados semelhantes a pessoas
internadas nessa unidade
Ex.: Insulina de Ação Rápida segundo esquema
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via de administração → modo pelo qual o medicamento é administrado no organismo para exercer o seu efeito
Via não parentérica: oral e tópica (sublingual, oftálmica/ocular, otológica/auricular, retal, vaginal, nasal, inalatória e
por nebulização (medicamentos absorvidos pelo epitélio respiratório), cutânea e transdérmica
A via de administração prescrita depende das propriedades e dos efeitos terapêuticos dos medicamentos assim
como das condições da pessoa!
Abreviaturas
• Via Oral (VO) ou Per’os (PO) → Utiliza o tubo digestivo. Administração de medicamento através da cavidade
oral seguido de deglutição, através de SNG e através de PEG.
• Sublingual (SL) → Administração de medicamento na bolsa sublingual.
• Intradérmica (ID) → Administração de medicamento por injeção na derme.
• Subcutânea (SC) → Administração de medicamento por injeção, no tecido celular subcutâneo.
• Intramuscular (IM) → Administração de medicamento por injeção, no tecido muscular.
• Intravenosa ou Endovenosa (IV/EV) → Administração de medicamento na corrente sanguínea veia por
injeção ou através de CVP
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Quantidades a administrar/Equivalências
• C/Café 3 ml
• C/Chá 5 ml
• C/Sobremesa 10 ml
• C/Sopa 15 ml
• Colher medida
Formas medicamentosas → (o estado final que os medicamentos apresentam com o objetivo de facilitar a sua
administração e obter o maior efeito terapêutico na pessoa)
Sol. Oral. / Cáps. / Comp. / Comp. eferv. / Comp. mast. /Cart. pó/ Drag. ou Grag. / Xarop Susp. Oral /Sol. Resp. Pom.
/Cr. / Sup. /Amp. beb. /Apósito / Spray /D. Transd. /Amp. / Fr. Amp. /Sol. Inj
Atitudes terapêuticas - transcrição em local específico→ Avaliação de sinais vitais; vigilância do débito urinário;
pesquisa de glicemia; repouso absoluto no leito; …
AVALIAÇÃO INICIAL
31
• Experiências anteriores da pessoa relacionadas com medicamento (s): antecedentes alérgicos e tipo de
reação alérgica; intolerância medicamentosa e efeitos secundários
Registar, de forma bem visível, no espaço próprio, o(s) medicamento(s) a que a pessoa é alérgica.
Reação adversa inesperada → qualquer reação adversa cuja natureza, gravidade, intensidade ou consequências,
sejam incompatíveis com os dados constantes do resumo das características do medicamento.
Reação adversa grave → qualquer reação adversa que conduza à morte, ponha a vida em perigo requeira a
hospitalização ou o prolongamento da hospitalização, conduza a incapacidade persistente ou significativa ou envolva
uma anomalia congénita.
Confirmar sempre:
• Prescrição informatizada
• Prescrição em Suporte papel: Folha de prescrição médica; Livro de terapêutica; Cartão do
medicamento/rótulo
• Pessoa certa:
o Pedir à pessoa para dizer o seu nome completo (verificação verbal)
o Verificar identificação na pulseira (nome, nº processo clínico…)
• Medicamento certo
o Não tentar decifrar letras ilegíveis (se prescrição manual)
o Se medicamento novo ou não familiar, consultar suportes de informação
o Não administrar medicamentos prescritos com abreviaturas não oficiais
o Comparar o rótulo do medicamento (na caixa, na embalagem, no frasco ou na ampola) e com a
prescrição médica → atenção aos medicamentos com nomes similares
o Quando a pessoa questiona os medicamento, verificar novamente
o Medicamentos LASA: “Look Alike, Sound Alike”
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• Dose certa
o realizar cálculos se dosagem ≠ dose ou conversões (se necessário)
o Verificar casa decimal
o Não confundir equivalentes: mEq (nº de cargas iónicas) ≠ peso molecular em gr
o Questionar a administração de vários comprimidos para uma dose única
o Questionar aumento abrupto e excessivo na dose
o Confirmar com outro profissional, se necessário, as doses de alguns medicamentos (insulina;
anticoagulantes... )
• Via de administração certa
o Confirmar a via de administração prescrita
o Se a prescrição não indicar a via ou indicar a via não recomendada deve-se consultar o médico
• Horário certo/hora certa
o Respeitar criteriosamente o horário de administração do medicamento de acordo com a frequência
prescrita
o Administrar o medicamento antes da hora prevista, pode levar a efeito cumulativo
• Registo certo
o Pessoa; medicamento; dose; via e hora certas
Antes Da Preparação
• Verificar os 5 certos (pessoa, medicamento, dose, via e hora certos)
• Colocar um certo no local correspondente ao dia e hora da administração significa que tomou
conhecimento e que iniciou a preparação do medicamento ou proceder de igual forma se sistema
informático (clicar)
• Escrever o rótulo para identificar copo ou seringa … (confirmar os cinco certos)
• Preparar o medicamento
• Colocar rótulo no medicamento preparado (copo, seringa, …)
• Verificando-se diferenças entre os dados do cartão ou rótulo/folha terapêutica/medicamento, DEVE SE
consultar novamente o processo clínico.
Antes Da Administração
• Confirmar novamente os 5 certos → Administrar o medicamento
Após A Administração
Se o utente recusar medicamento; ausente do serviço em jejum; … → círculo a vermelho a envolver o certo e registar
o motivo da não administração. Se sistema eletrónico, proceder da mesma forma, em campo próprio.
ERROS DE MEDICAÇÃO
• ERRO pode ocorrer ao nível da : Prescrição - Transcrição - Distribuição – Preparação - Administração
• Muitos erros surgem quando o enfermeiro não respeita os procedimentos descritos
• Erro humano e/ou falha em qualquer etapa do processo
• Formação/informação deficiente, pressão de tempo, má perceção do risco
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• Muitos dos erros não são identificados
• Análise de erros de medicação → ajuda a identificar os erros mais comuns e introduzir modificações para os
prevenir ou reduzir
• A prevenção de erros de medicação implica numerosas intervenções e estreita colaboração entre a equipa de
saúde e a gestão.
Prevenção - Princípios
• Quem prepara, administra o medicamento
• Não administrar medicamentos preparados por outros enfermeiros
• Não permitir que um utente ou outros, administrem medicamentos ao doente
• Nunca deixar o medicamento junto da pessoa, para que depois o autoadministre
• Não administrar medicamentos com sinais de alteração da sua estabilidade: alteração na cor, cheiro,
consistência, … e prazo validade expirado
• Verificar necessidade de cuidado específico antes da administração
• Vigiar reação do utente durante e após administração
• Cumprimento do procedimento da preparação do medicamento (manipulação,
diluição, reconstituição, incompatibilidade físico-química)
ADESÃO REGIME MEDICAMENTOSO→ Na administração de medicamentos devem ser considerados os fatores que
poderão influenciar a adesão do cliente ao regime medicamentoso.
Avaliar:
Poli medicação→ Prescrição de vários medicamentos, o que aumenta o risco de interações com outros ou alimentos.
Automedicação→ Recurso frequente a medicamentos sem receita médica, remédios populares e chás
Dificuldade na gestão do regime medicamentoso→ Toma errada dos medicamentos, alteração deliberada da dose
por ineficácia ou por efeitos secundários do medicamento, toma insuficiente ou irregular de medicamentos
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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA ORAL NA CRIANÇA
• Administrar formas líquidas. São mais seguras para deglutir e evitam a aspiração/asfixia.
• Utilizar pequena quantidade de líquido, preferencialmente água, para diluir o medicamento (se necessário).
• Não misturar o medicamento com alimentos ou líquidos que a criança goste → pode passar a recusá- los.
• Dar os alimentos após o medicamento.
• Utilizar seringa, para preparar dose de medicamentos líquidos.
• Administrar medicamentos líquidos com colher, copo de plástico ou seringa (sem agulha), …
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VIA ORAL – AVALIAÇÃO INICIAL
Avaliar:
• Estado de consciência
• Capacidade de deglutição
• Presença de náuseas e vómitos
• Estado da cavidade bucal
• Presença de sonda naso-gástrica com drenagem continua
• Prescrição de jejum/NPO
• Colaboração da pessoa
Inclui as vias: intrabucal, sublingual, oftálmica/ocular, otológica/auricular, retal, vaginal, nasal, inalatória (por
nebulização e por inaladores doseados pressurizados), cutânea e transdérmica.
• Loção e creme (emulsões estáveis com uma fase aquosa e fase oleosa). É o veículo mais eficaz para proteger
e lubrificar a pele. Evaporam-se quando aplicados, deixando uma pequena camada de medicamento na pele
• Pomadas e pastas (geralmente compostas por materiais mais gordurosos /lipofílicos). É o veículo mais eficaz
para absorção de agentes terapêuticos na pele. Quando aplicadas, conservam a humidade o que aumenta a
absorção do medicamento
• Os géis (constituídos por substâncias gelificantes que evaporam formando uma fina película adesiva)
• Avaliar: estado da pele da área a tratar
Aplicação do medicamento na pele → executar movimentos suaves no sentido do crescimento dos pelos (previne
irritação dos folículos pilosos), favorecendo a sua absorção
Avaliação Inicial
Sublingual
Avaliar
• Estado de consciência
• Estado da cavidade bucal
• Capacidade para manter o medicamento na(s) bolsa(s) sublingual
• Capacidade de deglutição
Bucal/ intrabucal
Avaliar
• Estado de consciência
• Condições da cavidade bucal
• Capacidade para manter medicamento na cavidade bucal
• Capacidade de deglutição
36
Oftálmica/ocular
Avaliar
Nasal
Avaliar
Otológica/auricular
Avaliar
Retal
Avaliar
Vaginal
• Pele integra
• Pele limpa e seca
• Ausência de pregas cutâneas
• Evitar áreas pilosas
37
MÉTODO UNIDOSE E SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO AUTOMÁTICA
MÉTODO TRADICIONAL DISTRIBUIÇÃO MEDICAMENTO
Características:
Rotina operacional:
• Médico prescreve
• Enfermeiro requisita à farmácia medicamentos prescritos
• Farmácia procede à distribuição dos medicamentos solicitados por serviço
• Enfermeiro recebe e gere o stock de medicamentos Desvantagens:
Desvantagens:
• Perdas e desvios
• Ausência de faturação de custos por doente
• Risco de expirar prazo validade
• Custos elevados
CARTÃO DO MEDICAMENTO
• Processo clínico (folha prescrição)
o folha terapêutica
▪ transcrição cartão
• utente
• dose unitária de medicamento
• 24 horas
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SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR DOSE UNITÁRIA: PROCESSO SEQUENCIAL
Processo sequencial
B. Serviço de Farmácia
D.O funcionário da farmácia entrega, no serviço, a mala previamente preparada substitui pela vazia
E.O enfermeiro confirma a medicação de cada utente, na respetiva gaveta, através da folha de prescrição terapêutica
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Vantagens:
Desvantagens
Enfermeiro
• Prescrição online
• Acesso por leitor biométrico→ Segurança na administração: acesso direto ao
medicamento → Medicação exata: 5 Certos
• Controlo consumo→ Controlo desperdícios
• Permite devolução de medicamentos
• Incorpora frigorífico e Gavetas com sensores: Tampas de plástico transparente, Luz
guia, Aviso de erro de acesso, visualização para validar
• O acesso fica registado
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Preparação e administração de medicamentos- via parentérica
Via parentérica → Via de administração de medicamentos com efeito sistémico, em tecidos orgânicos ou corrente
sanguínea, através de injeção.
• ID - Intradérmica
• SC - Subcutânea
• IM - Intramuscular
• IV/EV - Intravenosa/endovenosa efeito terapêutico rápido
• Outras vias: extradural ou via epidural; intratecal ou via
subaracnóidea; intra-articular; intracardíaca (em desuso) e
intraóssea
VIA INTRAÓSSEA
Via de acesso em situações de emergência, na presença de dificuldade
de aceso venoso principalmente em crianças.
• Ampola (1)
• Frasco hermético/frasco ampola (2)
• Recarga (3)
• Seringa pré-preparada (4)
• Bolsa/saco para perfusão (5)
Forma de administração de medicamentos através de seringa e agulha; cateter (CVP OU CVC); seringa infusora;
sistema de perfusão …
RECONSTITUIÇÃO
Adição de solvente, a pó ou a liofilizado, de modo a obter medicamento injetável de preparação extemporânea →
solução injetável
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Solventes mais utilizados:
DILUIÇÃO
Adição de solução injetável pronta ou previamente reconstituída numa solução de grande volume compatível, com o
objetivo de diminuir a concentração do princípio ativo a administrar.
INCOMPATIBILIDADE FÍSICO-QUÍMICA
Reação que ocorre, aquando da mistura de dois ou mais medicamentos, ou de um medicamento com um veículo
aquoso, durante o período de conservação/preparação e/ou administração.
LEVA A: Alteração de cor, turvação, precipitação, libertação de gás, formação de espuma, entre outros.
Não se deve misturar dois ou mais medicamentos diferentes em seringa ou em soluções para perfusão, cujas
incompatibilidades são desconhecidas!!
Cumprir
• Orientações específicas nomeadamente o tipo de solvente e volume, tempo administração entre outros
• Requisitos de estabilidade após reconstituição e/ou diluição
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Assepsia
• Lavar as mãos/fricção antissética das mãos
• Uso de técnica asséptica na preparação e na administração de medicamentos
• Manipulação adequada de medicamentos e materiais
• Não tocar no êmbolo e no bico da seringa, corpo e bisel da agulha
• Manter seringa com agulha capsulada no tabuleiro previamente desinfetado
• Antissepsia do local de administração → respeitando o tempo de ação do antissético
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Fatores a considerar na escolha da agulha
• Estéril, isenta de PVC e látex (preferencialmente de polipropileno)
• Paredes ultra finas→ Menos dolorosa e permite bons débitos
• Canhão Translúcido - Facilita visualização do sangue aspirado
• Isento de PVC e látex
• Codificação ISO (International Standards Organization) por cor do canhão
facilita identificação do calibre da agulha
• Bisel Lancet Point trifacetado e cânula siliconizada - inserção atraumática com lesão mínima dos tecidos
• Escala rigorosa e nítida
• Pistão de borracha com linha fina permite mais facilmente a dose correta
• Anilha de segurança reforçada evita deslize acidental do êmbolo
• Siliconização interna suavidade no deslize e maior precisão na aspiração e na
administração de medicamento
• Conexão Luer Lock→ Diminui risco de desconexão acidental e contaminação do bico da
seringa; Adaptação estanque da seringa/agulha
• Conexão Luer Slip
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Após administração de medicamento não recapsular agulha risco de picada
acidental→ excecionalmente e na ausência de contentor para corto perfurantes
proteger a agulha conforme imagem
VIA INTRADERMICA
Via intradérmica → Injeção de medicamentos na derme (administração de vacinas ex. BCG e testes de sensibilidade e
prova de Mantoux) que tem como finalidade diagnóstica:
• Exposição da pessoa a pequena quantidade de alergénio, toxina, medicamento ou outro produto (ex.:
Tuberculina)
• Suprimento sanguíneo reduzido → absorção lenta do produto
Local de administração
Administração
• Tração da pele
• Inserção da agulha/seringa com ângulo de 5 a 15° com bisel voltado para
cima
• Não aspirar
• Injetar lentamente
• Não massajar
• Formação de vesícula (6-10 mm de diâmetro)
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A pessoa exposta ao bacilo apresenta resposta imunológica na pele – enduração (reação de Pirquet). Teste positivo
não indica doença ativa mas que a pessoa teve contato com BK (Bacilo de Koch ou Mycobaterium Tuberculosis)
VIA Subcutânea(SC)
Via subcutânea → Injeção de medicamento (≤1ml) no tecido celular subcutâneo ; soluções aquosas, hidrossolúveis,
não irritantes para o tecido adiposo
• Insulina
• Anticoagulantes → Heparina de Baixo Peso Molecular (ex. Fraxiparina®)
• Medicamentos e perfusões em Cuidados Paliativos (>1ml ≤ 1500ml)
• Pele íntegra: ausência de infeção, lesões, cicatrizes, proeminências ósseas, grandes massas musculares ou
nervos
• Afastar ± 5 cm de locais com alterações da pele, umbigo, injeção anterior aumenta dificuldade de absorção
medicamento
• Fazer rotação/alternância do local de injeção
Insulina - Insulinoterapia
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
46
• Promove formação de glicogénio nas fibras musculares e fígado
• ↓ concentração de glicose no sangue
• Se glicogénio em excesso→ deposição no tecido adiposo e transforma glicose em gordura
FORMAS DE INSULINA:
Apresentação:
TIPOS DE INSULINA
Insulina basal (ex: INSULATARD® Novo Nordisk®; INSUMAN Basal Sanofi Avensis®)
• Cobre as necessidades do organismo nos intervalos das refeições e durante a noite, ou seja, ao longo do
dia → é uma insulina de ação lenta ou intermédia
• NPH (Neutral Protamine Hagedorn) é uma suspensão aquosa, de cor branca e opalescente/turva pela
presença de proteína (protamina) para retardar o seu tempo de ação
• Início de ação 90 minutos; ação máxima 4h; duração da ação 24 h
• Via de administração: SC → deve ser administrada 45 a 60 min antes de uma refeição
Insulina rápida (ex: ACTRAPID® Novo Nordisk®, INSUMAN Rapid Sanofi Avensis®)
• Tem uma ação rápida, por isso destina-se a evitar hiperglicemia pós-
prandial, relacionada com a refeição. Solução transparente/cristalina
• Regular, curta duração - início de ação 30 minutos; ação máxima 1h e
30m; duração de ação 8 h
• Via de administração: SC; IM; IV (perfusão) → administrada 30 min
antes das refeições
• Administração de acordo com resultados de glicemia capilar e
segundo esquema prescrito ou protocolado
GLUCAGON OU GLUCAGINA
Promove:
• Degradação glicogénio
• Transforma glicogénio em glicose
• Libertação de glicose do fígado para a corrente sanguínea
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GlucaGen® - Tratamento da hipoglicemia grave que pode ocorrer em diabéticos sob:
→ Insulinoterapia
→ Antidiabéticos orais
Via de administração: SC ou IM
Regra:
A prega cutânea serve para se dissociar o tecido celular subcutâneo do tecido intramuscular.
48
5 cm afastado do umbigo ou na região superior dos glúteos, porque são zonas muito vascularizadase a insulina é
facilmente absorvida.
Sinais de hiperglicemia: Náuseas; Vómitos; Poliúria; Fome difícil de saciar; Pele roborizada/ seca; Irritabilidade,
polidipsia(sede constante e intensa), Xerostomia(sensação de boca seca, cansaço, comição no corpo, visão turva.
EQUIPAMENTOS
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Pesquisa de glicose no líquido intersticial
Freestyle Libre → é um medidor que evita as picadas nos dedos porque avalia a glicose no líquido
intersticial e dá um valor correspondente à glicemia capilar.
Para efetuar a leitura deve-se aproximar o leitor do sensor. Obtém-se leituras de glicose em apenas
1 segundo, mesmo através da roupa. No ecrã aparecem as últimas 8 horas de dados de glicose e uma seta que indica
a tendência da glicose
Vantagens:
NOTAS
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Na mistura de insulinas:
• Ao misturar insulina de ação rápida com insulina basal, a rápida deve ser aspirada para a seringa em primeiro
lugar → Prevenir a introdução de insulina basal no frasco de insulina de ação rápida
• A mistura de insulinas deve ser administrada dentro de 5 minutos após a preparação → O tempo prolongado
da mistura reduz o efeito da Insulina de ação rápida; a protamina espalha-se e faz com que haja um retardo
na absorção.
• Frasco de Insulina Basal → rolar o frasco entre as mãos até que o líquido fique uniformemente branco e
opalescente
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NOTAS
• Se misturássemos a insulina de ação lenta primeiro, sabendo que a protamina não é solúvel no sangue, iriamos
provocar uma embolia.
• Nas misturas, nunca trocar a agulha, porque parte da insulina fica no espaço morto da agulha (só se aspirar tudo antes!)
• Insulina de ação rápida = solução cristalina
• Insulina de ação lenta = suspensão
Hipodermoclise
Hipodermoclise ou terapia subcutânea → administração de medicamentos e soros por via SC
Indicações: Pessoas idosas ou em cuidados paliativos, sem possibilidade do uso da via oral e com dificuldade de
inserção de CVP, com o objetivo de hidratação, controlo da dor e outros sintomas
Contraindicações:
Modo de administração:
• Bólus
• Perfusão intermitente ou contínua (lenta ao débito de 1ml/min)
Complicações:
PROCEDIMENTO
Deve ser efetuada com compressa alcoolizada, com movimento centrífugo, até 5
cm de diâmetro e atender ao tempo de atuação do antissético
52
difusão, evita a obstrução da agulha causada pela gordura do tecido subcutâneo)
• Remover mandril (se cateter)
• Desfazer a prega
5.Administrar medicamento/perfusão
• Se medicamento em bólus:
o Adaptar seringa e injetar lentamente o medicamento
o Adaptar seringa com 2ml de SF e injetar lentamente (permite
administrar o medicamento que fica na tubuladura do butterfly)
• Se perfusão: Adaptar o sistema e colocar a perfusão (1ml/min, ou de
acordo com o volume e tempo de perfusão prescritos)
VIA INTRAMUSCULAR
Via intramuscular → injeção de medicamento no tecido muscular
COMPLICAÇÕES
Regiões/Locais de administração
Região ventroglútea e dorsoglútea → Inserir agulha num ângulo de 90º , adaptar a seringa e aspirar
➔ Na presença de sangue mudar plano da agulha direcionando-a para o quadrante superior externo ou removê-la
➔ Administração de dois medicamentos por via IM com incompatibilidade físicoquímica administrar o 1º
medicamento e seguidamente exteriorizar ligeiramente a agulha e mudar de plano, direcionando-a para o
quadrante superior externo, adaptando a segunda seringa e administrar o 2º medicamento
Músculo vasto lateral e deltóide → realizar prega muscular e inserir agulha + seringa num ângulo de 90º e aspirar
Técnica do fecho de ar (ou de bolha de ar)→ Após aspirar o medicamento, aspirar para a seringa 0,2 a 0,3ml de
ar que é injetado no final evita o extravasamento do medicamento no tecido SC ao retirar a agulha, prevenindo a
irritação dos tecidos e dor
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Musculo Vasto Lateral
Posicionar pessoa Decúbito dorsal com flexão membro inferior OU Sentada com joelho fletido
Realizar prega muscular na área compreendida entre um palmo acima do joelho e um palmo abaixo do grande
trocânter (terço médio)
REFERÊNCIAS ANATOMICAS
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Região Ventroglútea
• Área profunda, distante de grandes nervos e de vasos sanguíneos de elevado calibre
• Menor possibilidade de contaminação em utentes incontinentes
• Mais segura, usada em crianças depois da idade da marcha
• Volume a administrar 0,1-5ml (adulto)
• Posicionar pessoa em decúbito lateral
• Colocar a palma da mão sobre o grande trocânter, o polegar na direção da virilha, o indicador sobre a
espinha ilíaca ântero-superior, o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca na direção da nádega
• O dedo indicador, o dedo médio e a crista ilíaca, formam um triângulo em forma de V e o local de
administração é o centro do triângulo.
Região Dorsoglútea
• Só deve ser usada em crianças após a idade da marcha
• Maior risco de atingir estruturas subjacentes: nervo ciático; grande trocânter e grandes vasos sanguíneos.
• Volume a administrar→0.1-5ml(adulto)
• Posicionar pessoa em decúbito ventral
• A área situa-se dois dedos transversos abaixo da crista ilíaca e acima de uma linha diagonal imaginária, desde
a espinha ilíaca póstero-superior e o grande trocânter
• O local de administração é o canto superior externo desta área
55
MUSCULO DELTOIDE
• Acesso fácil mas músculo pouco desenvolvido
• Volume a administrar 0,1-2ml (adulto)
• Nunca utilizar em lactentes Risco de lesão dos nervos radial e cubital e da artéria braquial
• Posicionar pessoa em decúbito lateral ou sentada com membro em ângulo de cerca de 90°
• Realizar prega muscular no sentido ascendente, de modo a localizar e fixar o músculo
• O local da administração é um pequeno triângulo virado para baixo, que se estende 2,5 a 5cm abaixo do
acrómio e da porção inferior da clavícula
56
57
Via Intravenosa /Endovenosa (IV/EV)
Via intravenosa → Administração de soluções, medicamentos, sangue e/ou componentes sanguíneos diretamente na
corrente sanguínea (volumes 20ml), numa veia periférica ou numa veia central, através de seringa e agulha, através
de cateter (CVP OU CVC) ou através de sistema de perfusão. Tem:
• Restabelecer o equilíbrio hidro-eletrolítico e/ou ácido-base → água, eletrólitos, bicarbonato entre outros
• Administrar nutrição parentérica total (NPT) e suplementos nutricionais (vitaminas, proteínas, lípidos…)
• Transfundir sangue e hemocomponentes
• Administrar soluções que possibilitem a realização de exames de diagnóstico
• Via de acesso para administrar medicamentos por via IV:
o Situação urgente → resposta rápida ao medicamento, que depois poderá ser mantido através de
perfusão
o Procedimentos de reanimação cardiopulmonar rápida concentração do medicamento na corrente
sanguínea
o Impossibilidade/contraindicação de outras vias de administração
Via de administração de ↑ risco → pouco tempo para corrigir erros de medicação (biodisponibilidade muito rápida),
irritação direta da parede dos vasos …
RISCOS
MODOS DE ADMINISTRAÇÃO
1- INJEÇÃO IV: administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea, em pequena
quantidade e/ou pouco diluído ( 20ml)
Indicações
58
• Volume → ml/dia ou por administração
• Medicamento(s) adicionado(s) ou diluído(s)
• Frequência de administração → nº de horas; ml/h; gts/min
• Tempo de administração
EX: Soro fisiológico 1000 ml com 20mEq KCL, de 12/12 horas, durante 3 dias
Indicações:
Seleção Membro
• Deve iniciar-se pelas veias mais distais progredindo, se necessário, para as proximais do MS (dorso da
mão, antebraço, braço)
• Evitar fossa antecubital → só puncionar em situação de emergência e inserir CVP noutro local logo que
possível
• Selecionar veia de melhor acesso, máxima estabilidade, menor risco (de infeção, trombose…), menor
interferência nas AVD, menor desconforto para a pessoa
• Local com pele integra, sem sinais de infeção, inflamação, flebite , equimose/hematoma…
Principais complicações
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decorrentes da inserção/administração de medicamentos através de CVP:
• Hematoma
• Infiltração/extravasamento
• Flebite
• Obstrução do cateter
• Infeção
• Embolia gasosa
• Migração do cateter
FLEBITE: processo inflamatório da parede endotelial da veia. É a complicação mais frequente r/c presença de CVP
(10-30%). Pode ser acompanhada de formação de trombos → Tromboflebite
Tríade Virchow Estase venosa, hipercoagulabilidade, lesão da parede da veia (a presença de 2 ou 3 destes
fatores predispõe ao aparecimento do trombo)
Classificação:
• Remover cateter
• Monitorizar/vigiar flebite através de escala (conforme escala em uso na instituição)
• Repouso do membro/segmento
• Elevar membro → ↓ a congestão venosa e edema
• Medidas para alívio da dor → frio, …
• Administração de anti-inflamatórios e antibióticos se prescritos
• Aplicação de medicamento venotrópico e outros conforme prescrição
60
Seleção do CVP (comprimento e nº de calibre) → estado e calibre das veias, tipo de solução e débito de perfusão
Inserção e manutenção
• Antissepsia
o da pele com álcool a 70% ou conforme orientação da CCI
o não voltar a palpar a veia após antissepsia
• Manter sistema fechado com válvula de acesso
o para administração de fluidoterapia ou medicamentos em bólus
o desinfeção da válvula, com álcool a 70% (outro desinfetante de acordo com orientação do fabricante
ou da CCI) antes e depois da sua utilização
• Fixação/proteção do CVP
o Utilizar penso estéril transparente Substituir em SOS
▪ previne acumulação de humidade
▪ permite a observação do local
▪ fácil aplicação e remoção
• Utilizar compressa estéril → substituir diariamente ou SOS
61
• “Lavar” CVP/ realizar flush 2-3ml de SF
o Se perfusão lenta
o Após cada administração de medicamentos em bólus
o Final de um período de fluidoterapia
o Diariamente, se o cateter não for utilizado
• O sistema fechado com válvula de acesso e realização de flush → mantém a permeabilidade do CVP
Flush” →Aspirar 2-3 ml de soro (velocidade constante até 0.4-0.2 ml), retirar e desadaptar Perfusão com débito
pequeno 1ml/ hora →> probabilidade de obstruir. 2 medicamentos IV à mesma hora → desinfetar + medicação +
soro + medicação + desinfetar
62
Causas da flebite infeciosa: mão do profissional de saúde, colonização da válvula e do CVP, Soluções contaminadas,
forla da pele do doente, contaminação no local de inserção do CVP e Disseminação hematógénica
63
Prolongador → prolonga a tubuladura (sempre adaptado ao cateter para evitar a manipulação do cateter e prevenir
a flebite mecânica). Sistema luer lock (macho-fêmea)
Máquina perfusora → ritmo controlado. É usada, por exemplo, na perfusão da heparina sódica, visto que há maior
risco de hemorragia.
Regulador de débito → não é 100% fiável, porque, normalmente, debita menos do que o “programado”. Deste
modo, usa-se simultaneamente um relógio e conta-se as gotas.
A ordem correta de adaptação é: sistema de perfusão → regulador → torneira → prolongador (se fosse toneira →
regulador iriamos estar a regular a perfusão e o soro. Assim, regulamos apenas a perfusão.
64
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Cálculo do débito de perfusão:
Pessoa:
Outros:
66
SOROS
Soro Fisiológico: Água preparação para injetáveis + Cloreto de sódio 0,9% (0,9gr/100ml)
Soro glicosado 5% em SF: Água preparação para injetáveis + Cloreto de sódio 0,9% + Glicose 5%
Soro Polielectrolítico: Água preparação para injetáveis + Cloreto de sódio + Cloreto de potássio + Cloreto de
magnésio hexa-hidratado; + Cloreto de cálcio di-hidratado; + Acetato de sódio tri-hidratado;
Soro polieletrolitico G: Água preparação para injetáveis + Cloreto de sódio + Cloreto de potássio + Cloreto de
magnésio hexa-hidratado; + Cloreto de cálcio di-hidratado; + Acetato de sódio tri-hidratado;+ Glicose
67
CATETER VENOSO CENTRAR(CVC)- TP
É inserido preferencialmente no lado direito da pessoa.
Um cateter central de inserção periférica (à esquerda) é inserido na veia basílica direita, através das veias axilar e
subclávia e na veia cava superior. O cateter de linha média (à direita) também é inserido na veia basílica direita.
68
INDICAÇÕES
• Acesso venoso periférico difícil (trombose periférica, obesidade…) ou colapso venoso periférico (choque)
• Acesso venoso de longa duração para:
o Administração de grande volume de soros, hemoderivados e/ou medicamentos que requerem um
acesso venoso duradouro
o Administração de soluções de alta osmolaridade (> 800 mOsm/l)
o Administração de medicamentos tóxicos ou irritante para sistema venoso periférico (ex:
Cardiotónicos, Catecolaminas, Quimioterapia…)
• Monitorização Pressão Venosa Central (PVC)
• Nutrição/alimentação parentérica total (NPT/APT)
• Hemodiálise
CONTRA INDICAÇÕES:
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COMPLICAÇÕES
• Imediatas:
Devemos vigiar a pessoa nas 1as 24h e verificar o posicionamento do cateter, através de RX tórax→ antes de
iniciar a administração de medicamentos através de CVC.
• TARDIAS
o Infeciosas
▪ No local de inserção do CVC→ Relacionada com: técnica de introdução e assepsia no ato
cirúrgico, existência ou não de tunelização subcutânea, penso no local de inserção/execução de
tratamento local
▪ Intraluminal→ Relacionada com: substâncias administradas óptimos meios de cultura
(ex.derivados de sangue), tipo de material do CVC (teflon, polietileno, silicone e poliuretano)
▪ Septicemia→Relacionada com erros de assepsia
o Tromboembólicas
▪ Trombose/tromboflebite febre, dor, edema e tumefação. Relacionada nomeadamente com:
deposição de fibrina periluminal; erosão da parede vascular por contacto com o cateter; tipo de
cateter; irregularidade no débito de perfusão; estase venosa.
▪ Embolia gasosa dispneia súbita, coma, morte. É a complicação que mais frequentemente e
que provoca a morte da pessoa. Pode ocorrer durante a colocação do CVC, a sua utilização e/ou
remoção do mesmo. Para evitar devemos:
o Fechar clampe antes de desadaptação
o Manter cateter fechado com dispositivos de segurança
o Ausência de ar na seringa e sistema(s) de perfusão
o Na inserção e exteriorização do CVC → posicionar em trendelenburg e incentivar
manobra de Valsalva
▪ Posicionar a pessoa → trendelenburg, com a face virada para o lado oposto porque aumenta a pressão
venosa central prevenindo a embolia gasosa
▪ Remover penso da zona de inserção do cateter (se exsudado colher para estudo microbiológico)
▪ Remover pontos de fixação do cateter
▪ Solicitar à pessoa para inspirar profundamente e reter o ar durante alguns segundos→ aumenta a pressão
intratorácica evitando a embolia gasosa
▪ Exteriorizar o cateter com cuidado: ritmo constante, puxando lenta e firmemente → evita fratura do cateter
▪ Verificar se o cateter está integro (se presença de febre cortar 4 a 5 cm da extremidade distal do cateter e
enviar para estudo microbiológico)
▪ Executar antissepsia do local
▪ Colocar penso esterilizado
▪ Obstrução do CVC
▪ Exteriorização (parcial/total)
▪ Infeção (local de inserção/intraluminal/septicemia)
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Obstrução do CVC R/C
➔ Deposição de cristais, coágulo, perfusão com débito irregular, refluxo de sangue após terminar perfusão,
desequilíbrio de pressões (tosse, mudança posição da pessoa,…)
Na presença de obstrução confirmada pela não aspiração do conteúdo da(s) via(s) do cateter
▪ Nunca injetar
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Infeção
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CONSIDERAÇÕES ANATÓMICAS
A coluna é formada pelo conjunto
das diferentes vertebras, formando
um canal, que protegem a medula
espinhal e as suas membranas
(dura máter, aracnoide e pia máter)
as raízes nervosas e vasos
sanguíneos
o 1. pele
o 2. tecido subcutâneo
o 3. ligamento supra espinhoso
o 4. ligamento interespinhoso
o 5. ligamento amarelo
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A inserção de cateter epidural pode ser realizada em qualquer ponto da coluna . O local preferencialmente escolhido
é o espaço intervertebral, L2-L3 ou L3-L4. Acima de L1 existe a possibilidade de lesar a medula.
A - Punção cervical e torácica alta → processo espinhoso da sétima vértebra cervical (C7)
É necessário:
• Monitorizar TA
• Vigiar retenção urinária
• Vigiar sensibilidade dos MMII
• Vigiar motricidade dos MMII (ex. através da escala modificada de Bromage
o 0 - Sem bloqueio motor
o 1 - Pode flexionar o joelho e mover o pé, mas não levanta a perna
o 2 - Pode mover apenas o pé
o 3 - Não pode mover o pé ou o joelho
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• Analgésicos Opioides (ex. morfina, fentanil)
o Ligam se aos recetores opioides presentes nos cornos posteriores da medula, inibindo a libertação
de neurotransmissores
Reações adversas:
→ Morfina: Hidrossolúvel, penetra com dificuldade nas membranas e nos tecidos espinhais, difunde se muito
lentamente, com um início de ação retardada, mas com ação analgésica prolongada.
→ Fentanil: Lipossolúvel, penetra facilmente nas membranas e nos tecidos espinhais, início de ação rápido, mas
com curta ação analgésica.
• Injeção (bólus)
• Infusão → através de DIB (Drug Infusion Ballon)
o Bomba de infusão portátil, de uso único
o Proporciona um débito estável pela pressão elastomérica constante
o A confirmação da infusão é possível pela visualização da escala
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CONTRAINDICAÇÕES PARA INSERÇÃO DE CATETER EPIDURAL
• Perfuração inadvertida da dura máter (perda de LCR, cefaleias intensas com início ao 2 º dia e prolongando
se até ao 7 º dia)
• Lesão direta da medula espinal (quando a inserção é acima de L1 com:
• Parésia dos MI → Tipo de paralisia total ou parcial. Perda completa ou incompleta de mover partes do corpo.
• Paralisia ou plegia → Perda da função muscular ou perda da sensação ou por ambas, perda da capacidade de
mover partes do corpo, acompanhada de perda de controlo intestinal, vesical ou dificuldade respiratória.
• Abcesso epidural (febre, dores dorso lombares, acompanhada de parésia e seguida de paralisia dos MI e
alteração do controlo dos esfíncteres)
• Hematoma epidural (dores dorso lombares, acompanhada de parésia e seguida de paralisia dos MI e
alteração do controlo dos esfíncteres)
• Meningite (rigidez da nuca, fotofobia e vómitos)
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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
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