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Sumário
Por que fazer este exame? ........................................................................................................... 2
A Amostra ................................................................................................................................. 2
Preparação................................................................................................................................. 4
Hemácias ................................................................................................................................... 4
Leucócitos ................................................................................................................................. 5
Plaquetas ................................................................................................................................... 6
Colorações ..................................................................................................................................... 7
Observação da lâmina.................................................................................................................. 9
DESVANTAGENS ..................................................................................................................... 13
VANTAGENS ............................................................................................................................. 14
Esfregaço Sanguíneo
A Amostra
Pode ser uma amostra de sangue obtida de uma veia do braço ou por uma picada no dedo,
orelha ou, no caso de bebês, no calcanhar
Preparação
Para preparar um esfregaço, é espalhada uma gota de sangue em uma camada fina sobre
uma lâmina de vidro e corada com corantes especiais. Depois de seca, a lâmina é
examinada por um especialista usando um microscópio.
Como é utilizado?
Se há suspeita de anormalidades de hemácias, leucócitos ou plaquetas anormais, o
esfregaço de sangue continua a ser o melhor método de avaliação e identificação
definitiva de células imaturas ou anormais.
Em condições normais, são liberadas na circulação apenas células maduras e normais. Há
algumas circunstâncias em que a medula óssea é forçada a liberar células imaturas ou mal
formadas na circulação. A presença de números significativos de células anormais sugere
uma doença subjacente.
Alterações na lâmina
Hemácias
Hemácias normais e maduras têm tamanho uniforme (7 µm) e não possuem um núcleo
como a maioria das outras células.
São redondas e achatadas (discóide), com uma depressão no meio (bicôncavas).
Devido à hemoglobina, sua cor é rosa com um centro pálido quando se usa a coloração de
rotina.
As irregularidades presentes podem incluir:
● Anisocitose – Hemácias de tamanhos variados. Menos de 7µm - chamada
microcitose, e mais de 7 µm - macrocitose.
● Poiquilocitose – Hemácias de formatos variados, podendo incluir equinócitos,
acantócitos, eliptócitos, ceratócitos, hemácias afoiçadas, hemácias em alvo,
hemácias em gota, esquizócitos e hemácias em rouleaux.
Leucócitos
Leucócitos, as células brancas, têm um núcleo cercado de citoplasma.
Todos os leucócitos derivam de células tronco da medula óssea. Nesta, elas se diferenciam
em dois grupos: células mieloides e células linfoides.
Plaquetas
● São fragmentos de células gigantes da medula óssea chamadas megacariócitos.
● Quando há lesão de um vaso sanguíneo, as plaquetas se agregam, formando um
tampão que inicia a coagulação do sangue.
● É necessário um número suficiente de plaquetas para controlar hemorragias.
● O número de plaquetas baixo prejudica a capacidade de formar coágulos e pode
resultar em risco de vida.
● Em algumas pessoas, são produzidas plaquetas em excesso, o que interfere no fluxo
sanguíneo e aumenta o risco de trombose. Essas mesmas pessoas também podem
ter sangramentos porque as plaquetas têm função alterada, mesmo que
mantenham o aspecto normal.
A contagem de plaquetas em geral é parte do hemograma. Um número muito baixo ou
muito alto pode ser melhor avaliado com a preparação de um esfregaço de sangue para
observar anormalidades de forma ou de tamanho.
Colorações
Existem muitas variações como a coloração de Leishman, Giemsa, Wright ou May-
Grünwald. Tratam-se de modificações da coloração a base de corantes Romanovsky.
A mistura de corantes inclui um corante básico e um corante ácido, consistindo
basicamente em azul de metileno e eosina Y (ou similar).
● Coloração de Wright: Esta coloração é frequentemente utilizada para a análise de
esfregaços sanguíneos. Ela consiste em corantes como eosina e azul de metileno.
O corante eosina cora os componentes ácidos do citoplasma, enquanto o azul de
metileno cora os componentes básicos, como o núcleo das células.
● Coloração de Giemsa: Esta é outra coloração comumente usada em hematologia.
Ela consiste em uma mistura de corantes azul e eosina com metanol e glicerina. A
coloração de Giemsa é especialmente útil na identificação e classificação de células
sanguíneas, incluindo diferentes tipos de leucocitos e plaquetas.
Observação da lâmina
1. Cabeça da lâmina: região imediatamente após o local em que estava a gota
sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de leucócitos
(principalmente de linfócitos).
2. Corpo da lâmina: região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região que
os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais homogênea.
É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da distensão sanguínea.
3. Cauda da lâmina: região final da distensão sanguínea. Nessa região, há encontro
de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que podem
apresentar maior distorção morfológica.
Como deve ser feito o esfregaço?
Para realizar a técnica dos esfregaços sanguíneos, é utilizada uma lâmina limpa, sem
resquícios de gordura ou outros materiais e outra lâmina distensora igualmente limpa.
O esfregaço ideal deve ser livre de falhas e paradas, não muito espesso, nem fino demais
e sem falhas na cauda.
Material: Lanceta ou agulha de injeção, papel filtro, álcool e lâminas lavadas com álcool
e secas.
1. A lâmina deve ser limpa com álcool e seca com papel filtro para iniciar o procedimento.
2. Com uma lanceta estéril deve-se coletar a amostra.
3. A amostra deve ter de 1 a 2 cm de diâmetro para iniciar o procedimento.
4. Colocar o lado da lâmina com o qual se fará o esfregaço sanguíneo num ângulo de 45°
com a face superior da lâmina.
5. Fazer com a lâmina preparada um ligeiro movimento para trás até encostar-se à gota
de sangue, deixando então, que a gota se difunda uniformemente, ao longo de toda borda
por capilaridade.
6. Levar a lâmina preparada para frente de modo que ela carregue a gota de sangue, que
se estenderá numa camada delgada e uniforme. É essencial escorregar a lâmina de uma
vez, sem detê-la.
7. O movimento de extensão deve ser uniforme. O sangue deverá ser puxado pela lâmina
preparada e não empurrado pela mesma. Secar ao ar livre. Não se deve aquecer o esfregaço
sanguíneo para secá-lo.
8. Deve-se identificar a lâmina com lápis.
● Por ser espalhado, ocupa maior área da lâmina, o que dificulta a identificação de
baixa parasitemias
VANTAGENS
● Há pouquíssimo risco em fazer um exame de sangue. Você pode ter uma leve dor
ou hematomas no local em que a agulha foi inserida, mas a maioria dos sintomas
desaparece rapidamente.
● Baixo custo (em comparação com outras técnicas como a análise de DNA)