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Exames Laboratoriais

Hemograma é o exame que avalia as principais linhagens de células do sangue: hemácias,


leucócitos e plaquetas. Ele é solicitado por profissionais da saúde para auxiliar no diagnóstico
de várias doenças, incluindo anemia, infecções e leucemia.

Chamamos de hemograma completo aquele que contém resultados das três linhagens de
células. Porém é possível solicitar exames de linhagens específicas: contagem de hemácias,
solicita-se um eritrograma. Já os resultados de apenas leucócitos, o exame a ser pedido é
o leucograma. Caso somente as plaquetas, deve-se solicitar um plaquetograma.

Como entender os resultados

O considerado normal é, os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas
sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5%
um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima). Portanto, pequenas variações para mais ou
para menos não necessariamente indicam alguma doença.

Fonte: Material Próprio

Eritrograma
O eritrograma geralmente é apresentado no início do hemograma. Ele caracteriza os eritrócitos.
Através deles, pode-se diagnosticar pacientes com anemias diversas.

Hematócrito e hemoglobina: os três primeiros dados, contagem de hemácias,


hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos,
indicam anemia, isto é, baixo número de eritrócitos no sangue. Quando estão elevados
indicam policitemia, ou seja, excesso.

O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelos eritrócitos (outro nome para os
eritrócitos é “hemácias”). Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é composto
por eritrócitos. Os outros 55% são água e substâncias diluídas. Praticamente metade de nosso
sangue é composto por eritrócitos, nossas células vermelhas. A falta de eritrócitos prejudica o
transporte de oxigênio, já o excesso deixa o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e
favorecendo a formação de coágulos.

A hemoglobina é uma molécula que fica dentro dessas células, ela é responsável pelo
transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na
avaliação de uma anemia.

O volume globular médio (VGM), mede o tamanho das células. Um VCM elevado indica
eritrócitos macrocíticos, ou seja, grandes. VCM reduzidos indicam células microcíticas, isto é,
de tamanho diminuído. Com esse dado podemos diferenciar os vários tipos de anemias.

Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto
que anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem também as
anemias com hemácias de tamanho normal. Interessante: o alcoolismo é uma causa de VCM
aumentado (macrocitose) sem anemia.

O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) dosa a concentração de


hemoglobina dentro da célula. O HCM (hemoglobina corpuscular média) é o peso da
hemoglobina dentro dos eritróctisos. Ambos valores indicam aspectos bem semelhantes.
Quando têm pouca hemoglobina, as células são ditas hipocrômicas. Quando têm muita, são
hipercrômicas.

O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando este está
elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode
indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por
exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina
normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido.

Leucograma

O leucograma é a segunda parte do hemograma, ele avalia os leucócitos. Como visto em


Fisiologia, os leucócitos são um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema
imune. O valor normal dos leucócitos varia entre 4.000 a 11.000 células por microlitro.
Quando os leucócitos estão aumentados, damos o nome de leucocitose. Quando estão
diminuídos chamamos de leucopenia.

O aumento ou a redução dos valores dos leucócitos por si só não indica muito, já que é
importante ver qual das seis linhagens foi a responsável por essa alteração. Como neutrófilos e
linfócitos são os tipos mais comuns de leucócitos, estes geralmente são os responsáveis pelo
aumento ou diminuição da concentração total dos leucócitos.

Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos leucócitos.
Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000-30.000 células/mm3, na
leucemia, esses valores ultrapassam facilmente os 50.000 cel/mm3.

As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por
quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-
organismos.

Vamos avaliar a dosagem de cada um dos 6 tipos.

Neutrófilos

O neutrófilo é o mais comum, representando, em média, de 45% a 75% do total circulante.


Eles são especializados no combate a bactérias. Em infecções bacterianas, a medula óssea
aumenta a sua produção e sua concentração sanguínea se eleva. Por isso, uma leucocitose,
geralmente causada por neutrofilia, pode ser indício de infecção bacteriana. Os neutrófilos têm
um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas e, assim que o processo infeccioso é
controlado, a medula reduz a produção de novas células e seus níveis sanguíneos retornam
rapidamente aos valores basais.

 Neutrofilia: aumento do número de neutrófilos.


 Neutropenia: redução do número de neutrófilos.

Segmentados e bastões

Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta
rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos
jovens recém-produzidos. Normalmente, apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são
bastões. A presença de um percentual maior indica um processo infeccioso em curso. Os
neutrófilos segmentados são os maduros. Na fase final da infecção, praticamente todos os
neutrófilos são segmentados.

Linfócitos

Os linfócitos são o segundo tipo mais comum e representam de 15 a 45%. Os linfócitos


compõem a princial linha de defesa contra vírus e tumores. São eles os responsáveis pela
produção dos anticorpos. Em infecções virais, é comum que o número de linfócitos aumente,
às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais
presente na circulação. Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um
dos motivos da AIDS (SIDA) causar imunossupressão e levar a quadros de infecções
oportunistas.

 Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos.


 Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.

Monócitos

Os monócitos normalmente representam de 3 a 10%. São ativados tanto por infecções virais
quanto bacterianas. Os monócitos em outros tecidos, “circulantes”, são ativados se
diferenciando em macrófagos, célula capaz de fagocitar os microrganismos. Os monócitos
tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas, como a
tuberculose.

Eosinófilos

Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da


alergia. Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.

 Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos.


 Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos.

Basófilos

Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos


glóbulos brancos. Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de
inflamação crônica.

Plaquetograma

As plaquetas são os fragmentos dos megacariócitos produzidos na medula, que iniciam o


processo de coagulação. Na lesão do vaso sanguíneo, o organismo encaminha as plaquetas ao
local da lesão. Ao final do complexo processo, é formado um trombo, que estanca o
sangramento. O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL).
Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a
coagulação.

Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma vez
que pode haver sangramentos espontâneos.

 Trombocitopenia: redução do número de plaquetas no sangue.


 Trombocitose: aumento do número de plaquetas no sangue.

A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não encontra-
se sob elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros de
hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na pele).
Bicitopenia e pancitopenia

Quando temos redução de duas linhagens de células do sangue, como no caso do paciente com
anemia e leucopenia, dizemos que ele tem bicitopenia. Já o paciente com as três linhagens de
células do sangue abaixo dos valores de referência é dito como portador de pancitopenia.

Tanto a pancitopenia quanto a bicitopenia costumam surgir em pacientes com algum problema
na medula óssea.

 Infiltração da medula óssea: neoplasias hematológicas, câncer metastático,


mielofibrose e doenças infecciosas podem invadir a medula óssea e ocupar o
local de produção das células sanguíneas.
 Aplasia da medula óssea: carências nutricionais, anemia aplástica, doenças
infecciosas, doenças autoimunes e certos tipos de medicamentos podem afetar
as células tronco da medula óssea, impedindo a produção de novas células
sanguíneas.
 Destruição das células sanguíneas circulantes: a destruição antes do tempo
das células sanguíneas circulantes também pode causar bi ou pancitopenia. As
principais causas são: coagulação intravascular disseminada, púrpura
trombocitopênica trombótica, síndromes mielodisplásicas, distúrbios
megaloblásticos e hiperesplenismo.

¿Qué es el sistema Hematopoyetico resumen?

El tejido hematopoyético genera todas las células sanguíneas –glóbulos rojos


(eritrocitos), glóbulos blancos (leucocitos) y plaquetas– en un proceso conocido como
hematopoyesis. En condiciones normales, el único tejido hematopoyético de las
personas adultas es la médula ósea.

Resumo

Se denomina síndrome anémico al conjunto de síntomas y signos determinados


por la anemia. La función principal del hematíe es transportar el oxígeno a los tejidos,
la cual estará afectada en este síndrome. Los síntomas dependerán de una serie de
factores. Enfermedad causal.

Definição

A anemia é a diminuição da massa eritrocitária por baixo dos valores necessários


para um transporte ótimo de oxigênio para os tecidos; Os sintomas e sinais
específicos da síndrome anêmica são conseqüência deste choque e das respostas
cardiovasculares compensadoras dependendo da gravidade e da duração da hipóxia.
Etiopatogenia

A anemia é o resultado de uma ou mais combinações de três mecanismos básicos:


perda de sangue, diminuição da produção de hematomas ou aumento da destruição
de hematomas (hemólise).

Diagnóstico

O diagnóstico de anemia é realizado quando existe uma diminuição da concentração


de hemoglobina por baixo dos valores de referência estabelecidos pela OMS, mas a
relevância clínica deste valor analítico deve ser individualizada no contexto clínico do
paciente. Para levar a cabo o diagnóstico diferencial você pode usar algoritmos de
diagnósticos gerais. Uma boa história clínica e exploração física exaustiva, junto com
estudos básicos de laboratório como o hemograma completo com frotis sanguíneos,
reticulocitos, teste de Coombs e padrão férrico, entre outros, nos permitirão realizar o
diagnóstico diferencial inicial da anemia com base em critérios morfológicos
(microcítica, normocítica ou macrocítica) e etiopatogénicos (regenerativos ou
centrais).

Abstrato

Definição

A anemia é uma redução da massa de glóbulos vermelhos abaixo da faixa normal,


resultando em uma redução na capacidade do sangue de fornecer oxigênio aos
tecidos. De acordo com a gravidade e a duração da hipóxia, desenvolvem-se sinais e
sintomas distintos, bem como respostas cardiovasculares compensatórias.

Patogênese

A anemia é o resultado de uma ou mais combinações dos seguintes mecanismos:


perda de sangue, diminuição da produção de glóbulos vermelhos ou aumento da
destruição de eritrócitos (hemólise).

Diagnóstico

A anemia é diagnosticada quando os níveis de hemoglobina estão no “limite inferior


do normal” oferecido pelo comitê da OMS. Contudo, pela sua relevância clínica, este
limite inferior deve ser individualizado no contexto clínico de cada paciente.
Algoritmos de diagnóstico geral podem ser usados para chegar a um diagnóstico
diferencial. História clínica completa e exame físico completo, juntamente com
estudos laboratoriais básicos incluindo, entre outros, hemograma completo
(esfregaço sanguíneo, reticulócitos, teste de Coombs e níveis de ferro) permitem
chegar ao diagnóstico diferencial inicial entre: anemia microcítica, normocítica ou
macrocítica (critérios morfológicos) e anemia regenerativa ou central (etiopatogenia).

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