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Para que ocorra o processo de eritropoiese algumas necessidades nutricionais devem ser
observadas Para que ocorra não só a produção como a maturação das células.
Atenção*** :
as hemácias são destruídas pelos macrófagos no fígado baço e medula óssea apenas
uma pequena parte sofre hemólise intravascular
parâmetros hematológicos:
são os valores considerados normais para cada elemento celular analisado no hemograma
Siglas:
No nosso sangue circulam três tipos básicos de células produzidas na medula óssea. São
estas células que estudamos através do hemograma:
● Hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos).
● Leucócitos (glóbulos brancos).
●Plaquetas.
Qual é a diferença entre hemograma e hemograma completo?
Chamamos de hemograma completo o hemograma que contém resultados das três
linhagens de células. Na verdade, o termo hemograma completo é apenas um preciosismo,
uma vez que não existe hemograma incompleto. A palavra hemograma já engloba a
dosagem das hemácias, leucócitos e plaquetas.
Se por algum motivo o médico desejar apenas o resultado da contagem de hemácias, ele
deve solicitar um eritrograma. Se quiser os resultados apenas dos leucócitos, o exame a
ser pedido é o leucograma. Caso ele só se interesse pelas plaquetas, deve solicitar um
plaquetograma.
Quando o médico pede um hemograma, está implícito que ele quer o resultado completo,
com a avaliação das hemácias, leucócitos e plaquetas.
COMO ENTENDER OS RESULTADOS
Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960,
após observação de vários indivíduos sem doenças. O considerado normal é, na verdade,
os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas
médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco
abaixo e outros 2,5% um pouco acima).
Pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma
doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de
referência, maior é a chance disso verdadeiramente representar alguma patologia.
Eritrograma
O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos eritrócitos, que
também podem ser chamados de hemácias, glóbulos vermelhos ou células
vermelhas. É através da avaliação do eritrograma que podemos saber se um paciente
tem anemia
Hematócrito e hemoglobina
Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são
analisados em conjunto.
Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos
vermelhos no sangue.
Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias
circulantes.
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Se por um lado a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro,
células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu
fluxo e favorecendo a formação de coágulos.
A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo
transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais
precisa na avaliação de uma anemia.
O que são VCM, HCM, CHCM e RDW?
O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o
tamanho das hemácias.
Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM
reduzidos indicam hemácias microcíticas, isto é, de tamanho diminuído. Esse dado
ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia.
Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes,
enquanto que anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas.
Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.
O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração
de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da
hemácia.
O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o
peso da hemoglobina dentro das hemácias.
Os dois valores indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina
nas hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas
hipocrômicas. Quando têm muitas, são hipercrômicas.
Assim como o VCM , o HCM e o CHCM também são usados para diferenciar os vários
tipos de anemia.
O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando
este está elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes
circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito
comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento
impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de
tamanho reduzido.
Leucograma
O leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos, conhecidos também
como células brancas ou glóbulos brancos.
Os leucócitos são as células de defesa responsáveis por combater agentes
invasores. Na verdade, os leucócitos não são um tipo único de célula, mas sim um
grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns
leucócitos atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos e alguns
apenas fazem a identificação do microrganismo invasor.
Quando os leucócitos estão aumentados, damos o nome de leucocitose. Quando
estão diminuídos chamamos de leucopenia.
Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos é importante ver
qual das seis linhagens descritas mais abaixo é a responsável por essa alteração.
Como neutrófilos e linfócitos são os tipos mais comuns de leucócitos, estes
geralmente são os responsáveis pelo aumento ou diminuição da concentração total
dos leucócitos.
Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos
leucócitos. Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000-
30.000 células/mm3, na leucemia, esses valores ultrapassam facilmente as 50.000
cel/mm3.
As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por
quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por
micro-organismos.
Existem seis tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:
1. Neutrófilos
O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum.Os neutrófilos são especializados no
combate a bactérias. Quando há uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a
sua produção, fazendo com que sua concentração sanguínea se eleve. Portanto,
quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente
pela elevação dos neutrófilos, estamos diante de um provável quadro infeccioso
bacteriano. Assim que o processo infeccioso é controlado, a medula reduz a
produção de novas células e seus níveis sanguíneos retornam rapidamente aos
valores basais.
● Neutrofilia: é o termo usado quando há um aumento do número de
neutrófilos.
● Neutropenia: é o termo usado quando há uma redução do número de
neutrófilos.
2. Segmentados e bastões
Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea
aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente
sanguínea neutrófilos jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada
rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem maduras
antes de lançá-las ao combate. Em uma guerra o exército não manda só os seus
soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão disponíveis.
A presença de um percentual maior de células jovens é uma dica de que possa haver
um processo infeccioso em curso.
uando o hemograma apresenta muitos bastões chamamos este achado de “desvio à
esquerda”. Esta denominação deriva do fato dos laboratórios fazerem a listagem dos
diferentes tipos de leucócitos colocando seus valores um ao lado do outro. Como os
bastões costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número
diz-se que há um desvio para a esquerda no hemograma.
Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está
doente ou já está em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são
segmentados, ou seja, células maduras.
3. Linfócitos
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos.
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o
surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos
anticorpos.
Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos
aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de
leucócito mais presente na circulação.
Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos,
iniciando o processo de ativação do sistema imune. Os linfócitos são, por exemplo,
as células que iniciam o processo de rejeição nos transplantes de órgãos.
● Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do número de
linfócitos.
● Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.
Obs: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que
podem ser encontrados no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções
por vírus, como mononucleose, gripe, dengue, catapora, etc. Além das infecções,
algumas drogas e doenças auto-imunes, como lúpus, artrite reumatoide e síndrome
de Guillain-Barré, também podem estimular o aparecimento de linfócitos atípicos.
Atenção, linfócitos atípicos não têm nada a ver com câncer.
4. Monócitos
Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São
ativados tanto em processos virais quanto bacterianos. Quando um tecido está sendo
invadido por algum germe, o sistema imune encaminha os monócitos para o local
infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago, uma célula capaz de
“comer” micro-organismos invasores.
Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente
naquelas mais crônicas, como a tuberculose.
5. Eosinófilos
Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo
mecanismo da alergia. Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.
O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de
infecção intestinal por parasitas.
● Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos.
● Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do número de
eosinófilos.
6. Basófilos
Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Sua elevação
normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.
Plaquetas
As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de
coagulação.
Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente
encaminha as plaquetas ao local da lesão.
As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que
imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o organismo
tem tempo de reparar os tecido lesados sem que haja muita perda de sangue.
● Trombocitopenia: redução, abaixo dos valores de referência, do número de
plaquetas no sangue.
● Trombocitose: aumento, acima dos valores de referência, do número de
plaquetas no sangue.
A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente
não encontra-se sob elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes
com quadros de hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na pele).
ANEMIA
A anemia é um dos distúrbios mais frequentes na medicina veterinária.
Apesar de ser uma condição comum, ela é muitas vezes mal diagnosticada, mal
tratada e quase sempre mal explicada aos pacientes.
Anemia é a redução do número de glóbulos vermelhos (também chamados de
hemácias ou eritrócitos) no sangue.
A anemia não é uma doença, ela é um sinal de doença. Se o paciente é diagnosticado
com anemia, o próximo passo é investigar a causa, pois com certeza há alguma
doença por trás provocando a queda no número glóbulos vermelhos no sangue.
O sangue pode ser dividido didaticamente em duas partes: plasma e células.
O plasma sanguíneo é a parte líquida, correspondendo a 55% do volume total de
sangue. O plasma é basicamente água (92%), com alguns nutrientes diluídos, como
proteínas, anticorpos, enzimas, glicose, sais minerais, hormônios, etc.
Os outros 45% do sangue são compostos por células: hemácias, leucócitos e
plaquetas. Destas células, 99% são hemácias.
A anemia surge quando o percentual de hemácias no sangue fica reduzido, deixando-
o mais diluído (as causas serão explicados mais à frente).
O diagnóstico da anemia é feito basicamente pela dosagem das hemácias no sangue,
realizada através de em um exame de sangue chamado hemograma. Na prática, a
dosagem das hemácias é feita através dos valores do hematócrito e da hemoglobina.
Para entender como se diagnostica uma anemia é preciso estar familiarizado com os
termos hematócrito e hemoglobina
HEMATÓCRITO E A HEMOGLOBINA
O que é hematócrito?
O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias (glóbulos
vermelhos).
As hemácias são produzidas na medula óssea e têm uma média de vida de apenas
120 dias, mas varia de espécies
As hemácias velhas são destruídas pelo baço (órgão situado à esquerda na nossa
cavidade abdominal). Isso significa que após quatro meses nossas hemácias já foram
todas renovadas. A produção e a destruição das hemácias são constantes, de modo
a se manter sempre um número estável de hemácias circulantes no sangue.
O que é hemoglobina?
A hemoglobina é uma molécula portadora de ferro que fica dentro da hemácia. A
hemoglobina é o componente mais importante da hemácia por ser ela a responsável
pelo transporte de oxigênio pelo sangue.
O ferro é um elemento essencial da hemoglobina. Pessoas com carência de ferro não
conseguem produzir hemoglobinas, que por sua vez são necessárias para a
produção das hemácias. Portanto, uma diminuição das hemoglobinas
obrigatoriamente leva a uma diminuição das hemácias, ou seja, à anemia.
Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de
uma anemia, uma vez que o hematócrito pode ser influenciado por uma sangue mais
ou menos diluído.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de anemia é feito quando os valores da hemoglobina e do hematócrito
estão abaixo dos seguintes valores de referência:
● Hematócrito normal: 41% a 54% nos homens ou 35% a 47% nas mulheres.
● Hemoglobina normal: 13 a 17 g/dL nos homens ou 12 a 16 g/dL nas
mulheres.
É importante salientar que os valores de referência podem variar de um laboratório
para o outro, e resultados um pouco abaixo do normal devem ser interpretados pelo
seu médico, uma vez que não necessariamente indicam doença. Mulheres com
grande fluxo menstrual podem ter valores menores que estes, sem causar qualquer
dano à saúde. Uma leve queda no hematócrito nas mulheres pode não ter relevância
clínica.
Bom, explicado o básico, vamos ao que interessa.
CAUSAS
A anemia tem três causas básicas:
● Pouca produção de hemácias pela medula óssea.
● Elevada destruição de hemácias pelo corpo.
● Perda de hemácias e ferro através de sangramentos.
Ao se deparar com um hemograma evidenciando queda do hematócrito, o médico
deve investigar qual das três causas acima é a responsável pelo quadro. Não basta
prescrever ferro e achar que está tudo bem.
Exemplos de causas de anemia que não se resolvem apenas com reposição de ferro:
1- Um câncer de intestino pode causar sangramentos e perda de hemácias, levando à
anemia. Esta anemia é causada por perda de sangue e, apesar do paciente realmente
ter carência de ferro, uma simples reposição não irá estancar o sangramento, nem
tratar o tumor. Na verdade, repor ferro sem investigar a causa da anemia pode
melhorar os valores do hematócrito temporariamente, levando à falsa impressão de
resolução do problema, o que só irá atrasar o diagnóstico final.
2- Uma infecção que atinge a medula óssea impede a produção de hemácias, levando
à anemia. Neste caso, a queda do hematócrito ocorre por falta de produção de
hemácias na medula. Do mesmo modo, repor ferro não irá tratar a causa.
3- Um medicamento que seja tóxico para as hemácias e cause sua destruição antes
de 120 dias, também leva à anemia. Anemia por rápida destruição das hemácias
também não vai ser tratada com ferro.
Portanto, o simples diagnóstico de anemia não encerra a investigação. Pelo contrário,
ele é apenas o primeiro passo para se obter o diagnóstico final. Se o paciente tem
uma queda no hematócrito, existe uma causa por trás.
A reposição de ferro só está indicada nos casos de anemia por carência ferro,
chamada de anemia ferropriva. Ainda assim, a reposição não elimina a necessidade
de se investigar o que está causando a perda de ferro. O paciente pode perder
sangue por úlceras no estômago, tumores no intestino, sangramento vaginal, etc.
Para saber mais sobre anemia por carência de ferro, leia: ANEMIA FERROPRIVA |
Carência de ferro.
Doenças que podem causar anemia
● Neoplasias.
● Insuficiência renal.
● Leucemias.
● Linfomas.
● Mieloma múltiplo.
● Doenças do trato gastrointestinal.
● Hipotireoidismo.
● Deficiências de vitaminas, como B12 e ácido fólico.
● Toxicidade da medula óssea por drogas ou fármacos.
● Doenças do fígado.
● Infecções crônicas ou prolongadas.
● Lúpus.
● Síndrome hemolítica urêmica.
● AIDS.
● Alcoolismo.
● Sangramento digestivo.
Na verdade, qualquer doença que curse com inflamação crônica pode inibir a função
da medula óssea e cursar com queda das hemácias, uma situação que chamamos de
anemia de doença crônica. Portanto, qualquer doença mais arrastada pode causar
anemia.
ANEMIAS PRIMÁRIAS
Na maioria dos casos, a anemia surge devido a alguma doença, como nos exemplos
citados acima. Todavia, existem também as anemias primárias, ou seja, causadas por
defeitos próprios na produção das hemácias. As anemias primárias são aquelas que
não são causadas por outras doenças, elas são a própria doença.
Estas anemias são normalmente doenças de origem genética. As mais comuns são:
● Anemia falciforme.
● Talassemia.
● Anemia sideroblástica.
● Esferocitose.
● Hemoglobinúria paroxística noturna.
● Deficiência de G6PD.
Apenas para reforçar os conceitos: na anemia primária, o paciente tem um defeito
genético que o impede de produzir hemácias saudáveis. O paciente nasce com esse
problema. Nas anemias secundárias, o paciente passa a apresentar anemia depois de
contrair algum problema de saúde ao longo da sua vida.
Anemia vira leucemia?
NÃO! nenhuma anemia causa leucemia, assim como nenhuma anemia vira leucemia.
Na verdade, anemia não só não vira leucemia como nenhum outro tipo de câncer.
Entretanto, como já foi explicado, a queda dos valores do hematócrito pode ser um
sinal da existência de um câncer, entre eles a própria leucemia. Portanto, a leucemia
leva à anemia e não o contrário.
SINTOMAS
Como as hemácias são as transportadoras de oxigênio do nosso corpo, a falta delas
leva aos sintomas de uma oxigenação deficiente dos nossos tecidos. O principal
sintoma da anemia é o cansaço. A anemia pode ser tão grave que tarefas simples
como pentear o cabelo ou mudar de roupa tornam-se extenuantes.
Quanto mais rápido se instala a anemia, mais cansaço e fraqueza o paciente sente.
Anemias que se instalam lentamente dão tempo ao paciente se adaptar e podem só
causar sintomas em fases bem avançadas.
exemplo, se o paciente perde sangue rapidamente e sua hemoglobina cai de 13 para
9,0 g/dL em dois ou três dias, o paciente sentirá um cansaço grande. Se por outro
lado houver um sangramento pequeno mas constante, fazendo com que a
hemoglobina caia de 13 para 8,0 g/dL em três ou quatro meses, o paciente pode não
notar muito cansaço a não ser que tente fazer esforços mais intensos. Outro sinal de
anemia é a palidez cutânea.
Além do cansaço e da palidez cutânea, outros sintomas da anemia incluem
palpitações, falta de ar, dor no peito, sonolência, tonturas e hipotensão. Nos idosos
pode haver algum grau de perda da atenção e dificuldades no raciocínio.
Tipos de anemia
Compreendida de acordo com o VCM (volume corpuscular médio) ou o
tamanho das hemácias, as anemias possuem três divisões:
1. hemácias macrocítica: Glóbulos vermelhos com o tamanho superior ao
normal, como é o caso do tipo megaloblástico.
2. hemácias microcítica: Glóbulos vermelhos com dimensões inferiores ao
normal.
3. hemácias normocítica: Nesta situação, as hemácias não detém alteração
no tamanho, tendo como principal característica a perda repentina de sangue, como
são os casos de hemorragias.
Anemia por deficiência de ferro
Este é o tipo mais comum de anemia e pode variar de intensidade. Além dos sintomas
já descritos, a carência de ferro também pode se manifestar das seguintes formas:
unhas quebradiças ou em forma de colher, língua inchada ou dolorosa, rachaduras e
úlceras nos cantos da boca e vontade de consumir substâncias não alimentares,
como gelo ou terra.
A relação do ferro com a anemia ocorre porque este elemento é essencial para a
produção das hemácias. Sua deficiência pode ocorrer quando o consumo de ferro
por meio da alimentação fica abaixo das necessidades do corpo. Sem ferro o corpo
produz menos hemoglobina, causando a anemia.
Mas uma dieta pobre em ferro não é o único motivo para que este tipo de anemia
ocorra. Um sangramento excessivo ou que dure por muito tempo também pode
diminuir consideravelmente as reservas deste nutriente no corpo. Em mulheres com
fluxo de menstruação muito intenso são comuns casos de anemia por deficiência de
ferro.
Em relação à alimentação também é importante ficar atento às necessidades do
organismo e a sua capacidade de absorção de ferro. Gestantes e lactantes, por
exemplo, necessitam de mais ferro pois o bebê precisa de uma grande quantidade de
ferro para crescer. Além delas, pessoas com doença celíaca e de Crohn têm
dificuldade na absorção do ferro pelo intestino.
Além do hemograma, os exames que ajudam no diagnóstico da anemia por
deficiência de ferro são: esfregaço de sangue, ferro sérico, ferritina, capacidade total
de combinação do ferro e transferrina, além da pesquisa de sangue oculto nas fezes.
Se a investigação indicar que a anemia pode estar relacionada a uma bactéria que
provoca úlceras podem ser solicitados exames como endoscopia ou colonoscopia.
Anemia aplástica
Este tipo de anemia ocorre quando há diminuição de todos os tipos de células do
sangue produzidas na medula óssea. Sintomas específicos deste tipo de anemia
incluem: sangramento prolongado, sangramentos nasais frequentes, sangramento na
gengiva, esquimoses espontâneas (quando a pele fica roxa em áreas mesmo sem
sofrer trauma), além do aumento da frequência e da gravidade de infecções.
A anemia aplástica ocorre quando houve danos às células-tronco na medula óssea.
Estes danos podem ser causados por: exposição a substâncias tóxicas (arsênico,
benzeno e pesticidas), radioterapia, quimioterapia, distúrbios autoimunes (como
lúpus eritematoso sistêmico ou artrite reumatoide) e infecções virais como hepatites,
vírus de Epstein-Barr, HIV, citomegalovírus ou parvovírus B19.
Os exames solicitados nestes casos envolvem: contagem de reticulócitos,
eritropoietina, aspirado da medula óssea, exames para as infecções virais já citadas,
exames para arsênico e outros venenos e exames para doenças autoimunes. Em
alguns casos o médico pode solicitar exames de vitamina B12 ou de ácido fólico para
excluir outras causas.
Anemias hemolíticas
Nas anemias hemolíticas as hemácias morrem ou são destruídas antes do seu ciclo
normal de vida, que é de 120 dias. Desta forma a medula óssea não consegue repor
todas as hemácias destruídas, causado a redução da presença destas células no
sangue.
As causas das anemias hemolíticas se dividem em dois grupos:
Hereditárias: é o caso da anemia falciforme, da talassemia, além de outros subtipos
específicos menos comuns. Tratam-se de anormalidades passadas de pai/mãe para
filho. Para aprofundar a investigação de anemias hereditárias podem ser solicitados
os seguintes exames: pesquisa de variantes de hemoglobina, análise de DNA,
dosagem de glicose-6-fosfato desidrogenase e exame de fragilidade osmótica.
Adquiridas: este tipo de anemia pode ser causado por distúrbios autoimunes,
reações de transfusões de sangue, incompatibilidade maternofetal, medicamentos,
destruição física das hemácias ou alterações genéticas. Se houver suspeita de
anemia hemolítica adquirida o médico pode solicitar pesquisa de autoanticorpos,
teste direto de antiglobulina (Coombs), exame de haptoglobinas ou contagem de
reticulócitos.
Anemias Regenerativas
As anemias regenerativas são causadas por um aumento da perda de eritrócitos
maduros, enquanto a produção das células jovens na medula óssea continua normal
ou pode até ser estimulada; o que basicamente decorre de dois tipos de eventos:
hemorragias crônicas ou aumento da taxa de hemólise. Nas anemias regenerativas, o
número de reticulócitos circulantes encontra-se aumentado, o que serve de indicador
da regeneração medular.
Em outros casos, onde a hemorragia se instala sem uma fase inicial, ou seja, de um
modo rudimentar e crônico, o mecanismo da anemia é diferente. Estas são situações
na qual ocorre hemorragia crônica e muitas vezes o diagnóstico da anemia somente
ocorre quando esta já é regenerativa. Entre as diversas causas de hemorragia temos:
- Fenotiazina: equinos;
- Metionina, fenazopiridina, ácido acetilsalicílico: gatos;
- Vitamina K3: cães;
- Acetaminofeno, azul de metileno, pomadas com benzocaína: cães e gatos;
- Cobre: suínos, bovinos e ovinos;
- Cebola: bovinos, ovinos, equinos, cães;
- Repolho e couve: ruminantes;
- Nitrato: bovinos.
Anemias Arregenerativas
As anemias arregenerativas são também chamadas não-regenerativas ou aplásicas,
pois são causadas por hipoplasia da medula óssea, ou seja, diminuição da
produção dos eritrócitos por diminuição do número de precursores eritróides.
Morfologicamente, essas anemias são classificadas em normocíticas
normocrômicas, e a presença dos reticulócitos é geralmente nula.
homogenização sanguínea
aparelhagem para Contagem celular também pode ser feito através da Câmara de Neubaer