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Como 

interpretar os resultados da PCR? Os valores da PCR são medidos em mg/dL ou mg/L.


Considera-se normal a PCR ligeiramente abaixo de 0,3 mg/dL (ou 3 mg/L). No entanto, em
idosos esse valor pode ser um pouco mais alto.

PCR - PROTEINA C REATIVA, SEMI-QUANTITATIVO - Magscan

Como interpretar o resultado do exame PCR?

O RT-PCR está indicado preferencialmente entre o 3º e o 7º dia após o início dos sintomas.
Lembra que esse teste identifica o RNA do vírus? Então, depois do 7º dia de sintomas, há
tendência de diminuir a quantidade de partículas virais no organismo e, assim, reduz a chance
de encontrar o vírus na amostra.
Como interpretar o resultado do exame PCR?
O que significa PCR alto no exame de sangue?
A sigla PCR, que significa proteína C reativa, é uma proteína produzida no fígado. Quando a
concentração sanguínea se eleva radicalmente é um alerta de que há um processo
inflamatório em curso, como infecções, neoplasias, doenças reumáticas ou
traumatismos.09/03/2017
O que significa PCR alto no exame de sangue?
O que diz o exame PCR?
Diagnóstico molecular e o exame de PCR

Como mencionamos anteriormente, este teste está sendo muito utilizado para diagnóstico da
Covid-19, pois possibilita identificar a presença do código genético do vírus (RNA) em amostras
nasais dos pacientes com suspeita da doença de forma muito precisa.
O que diz o exame PCR?
Qual o risco do PCR alto?
Alto risco: maior que 3,0 mg/dL. Se o indivíduo for aparentemente saudável e apresentar
valores de PCR ultra sensível altos, ele tem risco de desenvolver doença arterial periférica, ou
sofrer um infarto ou AVC e por isso deve se alimentar corretamente e praticar exercícios
regularmente.
Qual o risco do PCR alto?
Qual valor de PCR é preocupante?
Feito isso, considerando que a COVID-19 é uma doença que favorece o processo inflamatório
(pró-inflamatória), conhecer o valor PCR é importante. Por isso, dosar a proteína c-reativa no
COVID é importante. Assim, valores acima de 10 a 20mg/dL são comuns na fase inflamatória
da doença.22/10/2022
Qual valor de PCR é preocupante?
O que significa PCR inferior a 6?
PCR persistentemente abaixo de 0,1 mg/dL (1 mg/L): baixo risco no desenvolvimento de
doenças cardiovasculares. PCR persistentemente entre 0,1 mg/dL (1 mg/L) e 0,3 mg/dL (3
mg/L): risco moderado no desenvolvimento de doenças cardiovasculares.02/09/2021
O que significa PCR inferior a 6?
Qual é o valor de referência?
O que é um valor de referência? Valor de referência é um termo utilizado para designar uma
média de valores obtida em uma pesquisa. Em outras palavras, quando algum órgão público
abre uma licitação para desenvolver algum projeto, por exemplo, realiza-se uma pesquisa para
saber o preço do mesmo.
Hemograma completo: entenda os resultados do exame
Autor(a): Dr. Pedro Pinheiro
117 comentários
Atualizado: 27/06/2022
Tempo estimado de leitura: 7 minutos.
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O que é o hemograma?
Hemograma é o exame utilizado para avaliar as três principais linhagens de células do
sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas. Ele é utilizado para o diagnóstico de várias doenças,
incluindo anemia, infecções e leucemia.
Apesar de ser extremamente comum, esse é um exame que ainda causa muita confusão na
população e até nos meios de comunicação. Algumas pessoas julgam que todo exame de
sangue é um hemograma, como se ambos os termos fossem sinônimos. Isto é um equívoco.
O exame de sangue não funciona como o antivírus do seu computador que faz
automaticamente um rastreamento em toda a máquina à procura de algo errado. Quando o
médico solicita uma coleta de sangue, ele precisa dizer para o laboratório o que pretende que
seja analisado na amostra.
No sangue circulam várias substâncias que podem ser dosadas ou pesquisadas, tais como
proteínas, anticorpos, células, eletrólitos (potássio, sódio, cálcio, magnésio, etc.), colesterol,
hormônios, drogas e até bactérias ou vírus, em caso de infecção.
Se o médico quiser saber como andam os níveis de colesterol, ele precisa escrever no pedido
que deseja uma dosagem do colesterol; se o objetivo for saber se a glicose do sangue anda
controlada, ele solicita a dosagem da glicose sanguínea. O hemograma é solicitado quando o
objetivo é ter informações sobre as células do sangue.
Portanto, em um hemograma não é possível obter dados sobre o nível de colesterol, taxa de
glicose, pesquisa de bactérias, pesquisa de drogas, teste para HIV, etc.
Para que serve o hemograma?
No nosso sangue circulam três tipos básicos de células produzidas na medula óssea. São estas
células que estudamos através do hemograma:
Hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos).
Leucócitos (glóbulos brancos).
Plaquetas.
Qual é a diferença entre hemograma e hemograma completo?
Chamamos hemograma completo o hemograma que contém resultados das três linhagens de
células. Na verdade, o termo hemograma completo é apenas um preciosismo, visto que não
existe hemograma incompleto. A palavra hemograma já engloba a dosagem das hemácias,
leucócitos e plaquetas.
Se por algum motivo o médico desejar apenas o resultado da contagem de hemácias, ele deve
solicitar um eritrograma. Se quiser os resultados apenas dos leucócitos, o exame a ser pedido
é o leucograma. Caso ele só se interesse pelas plaquetas, deve solicitar um plaquetograma.
Quando o médico pede um hemograma, está implícito que ele quer o resultado completo, com
a avaliação das hemácias, leucócitos e plaquetas.
Como entender os resultados
Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960, após
observação de vários indivíduos sem doenças. O considerado normal é, na verdade, os valores
que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter
valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um
pouco acima).
Portanto, pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma
doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência,
maior é a chance disso verdadeiramente representar alguma patologia.
Não me aterei muito a valores específicos, dado que os laboratórios atualmente fazem essa
contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência vêm sempre
impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio e, em geral,
são todos muito semelhantes.
Eritrograma
O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos eritrócitos, que também
podem ser chamados hemácias, glóbulos vermelhos ou células vermelhas. É através da
avaliação do eritrograma que podemos saber se um paciente tem anemia (leia
também: Anemia: o que é, causas e sintomas).
Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembre-se que os valores de referência podem variar
entre os laboratórios.

Exemplo de eritrograma
Hematócrito e hemoglobina
Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados
em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos
vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de
hemácias circulantes.
O hematócrito é o percentual do sangue ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45%
significa que 45% do sangue é composto por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e
todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do
nosso sangue é composto por células vermelhas.
Se por um lado a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células
vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo
a formação de coágulos.
A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte
de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação
de uma anemia.
O que são VCM, HCM, CHCM e RDW?
O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das
hemácias.
Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM reduzidos
indicam hemácias microcíticas, isto é, de tamanho diminuído. Esse dado ajuda a diferenciar os
vários tipos de anemia.
Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes,
enquanto anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem
também as anemias com hemácias de tamanho normal.
Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia.
O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de
hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.
O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da
hemoglobina dentro das hemácias.
Os dois valores indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas
hemácias. Quando as hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas hipocrômicas.
Quando têm muitas, são hipercrômicas.
Assim como o VCM , o HCM e o CHCM também são usados para diferenciar os vários tipos de
anemia.
O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando este está
elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode
indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por
exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da
hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido.
Excetuando-se o hematócrito e a hemoglobina, que são de fácil entendimento, os outros
índices do eritrograma são mais complexos, e pessoas sem formação médica dificilmente
conseguirão interpretá-los corretamente. É preciso conhecer bem todos os tipos de anemia
para que esses dados possam ser úteis.
Leucograma
O leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos, conhecidos também como
células brancas ou glóbulos brancos.
Os leucócitos são as células de defesa responsáveis por combater agentes invasores. Na
verdade, os leucócitos não são um tipo único de célula, mas sim um grupo de diferentes
células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns leucócitos atacam diretamente o
invasor, outros produzem anticorpos e alguns apenas fazem a identificação do microrganismo
invasor.
O valor normal dos leucócitos varia entre 4.000 a 11.000 células por microlitro (ou milímetros
cúbicos).
Quando os leucócitos estão aumentados, damos o nome de leucocitose. Quando estão
diminuídos chamamos leucopenia.
Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos é importante ver qual das
seis linhagens descritas mais abaixo é a responsável por essa alteração. Como neutrófilos e
linfócitos são os tipos mais comuns de leucócitos, estes geralmente são os responsáveis pelo
aumento ou diminuição da concentração total dos leucócitos.
Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos
leucócitos. Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000-30.000
células/mm³, na leucemia, esses valores ultrapassam facilmente as 50.000 cel/mm³.
As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por
quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-
organismos.
Existem seis tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:
1. Neutrófilos
O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representa, em média, de 45% a 75% dos
leucócitos circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há
uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua
concentração sanguínea se eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de
leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos diante de um
provável quadro infeccioso bacteriano.
Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Por isso, assim que o
processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e seus níveis
sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.
Neutrofilia: é o termo usado quando há um aumento do número de neutrófilos.
Neutropenia:  é o termo usado quando há uma redução do número de neutrófilos.
Explicamos a leucocitose com neutrofilia com mais detalhes no artigo: O QUE SIGNIFICAM
LEUCOCITOSE E NEUTROFILIA?
2. Segmentados e bastões
Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta
rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos
jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo
para esperar que essas células fiquem maduras antes de lançá-las ao combate. Em uma guerra
o exército não manda só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão
disponíveis.
Normalmente, apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões. A presença de um
percentual maior de células jovens é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em
curso.
No meio médico, quando o hemograma apresenta muitos bastões chamamos este achado de
“desvio à esquerda“. Esta denominação deriva do fato dos laboratórios fazerem a listagem dos
diferentes tipos de leucócitos colocando seus valores um ao lado do outro. Como os bastões
costumam estar à esquerda na lista, quando há um aumento do seu número diz-se que há um
desvio para a esquerda no hemograma.
Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da
produção de neutrófilos jovens.
Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente
ou já está em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados, ou
seja, células maduras.
3. Linfócitos
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Representam de 15 a 45%
dos leucócitos no sangue.
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento
de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.
Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às
vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente
na circulação.
Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o
processo de ativação do sistema imune. Os linfócitos são, por exemplo, as células que iniciam
o processo de rejeição nos transplantes de órgãos.
Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS
(SIDA) causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.
Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos.
Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.
Obs: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que podem ser
encontrados no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como
mononucleose, gripe, dengue, catapora, etc. Além das infecções, algumas drogas e doenças
auto-imunes, como lúpus, artrite reumatoide e síndrome de Guillain-Barré, também podem
estimular o aparecimento de linfócitos atípicos. Atenção, linfócitos atípicos não têm nada a ver
com câncer.
4. Monócitos
Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados
tanto em processos virais quanto bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por
algum germe, o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa,
transformando-se em macrófago, uma célula capaz de “comer” micro-organismos invasores.
Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais
crônicas, como a tuberculose.
5. Eosinófilos
Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitos e pelo mecanismo da
alergia. Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.
O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de infecção
intestinal por parasitas.
Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos.
Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos.
6. Basófilos
Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos
glóbulos brancos. Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de
inflamação crônica.
Plaquetas
As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagulação.
Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encaminha
as plaquetas ao local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de
rolha ou tampão, que imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o
organismo tem tempo de reparar os tecidos lesados sem haver muita perda de sangue.
O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até
valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, visto
que podem haver sangramentos espontâneos.
Trombocitopenia: redução, abaixo dos valores de referência, do número de plaquetas no
sangue.
Trombocitose: aumento, acima dos valores de referência, do número de plaquetas no sangue.
A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não se
encontra sob elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros de
hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na pele).
Bicitopenia e pancitopenia
Conforme já explicado, quando o paciente tem redução do número de apenas uma das
linhagens das células, nós descrevemos o problema com um termo específico para cada
linhagem. A redução do número de hemácias é chamada anemia, a redução do número de
leucócitos chama-se leucopenia e a redução do número de plaquetas é
chamada trombocitopenia.
Quando temos redução de duas das três linhagens de células do sangue, como no caso do
paciente com anemia e leucopenia, dizemos que ele tem bicitopenia. Já o paciente com as três
linhagens de células do sangue abaixo dos valores de referência é dito como portador de
pancitopenia.
Tanto a pancitopenia quanto a bicitopenia costumam surgir em pacientes com algum
problema na médula óssea. De modo geral, a redução de mais de uma linhagem das células do
sangue pode ser causada por um ou mais dos seguintes mecanismos:
Infiltração da medula óssea: neoplasias hematológicas (por exemplo: leucemia, linfoma,
mieloma múltiplo ou síndrome mielodisplásica), câncer metastático, mielofibrose e doenças
infecciosas (por exemplo: tuberculose ou infecções fúngicas) podem invadir a medula óssea e
ocupar o local de produção das células sanguíneas.
Aplasia da medula óssea: carências nutricionais (por exemplo: deficiência de vitamina B12
ou folato), anemia aplástica, doenças infecciosas (por exemplo: HIV, hepatite viral, parvovírus
B19), doenças autoimunes e certos tipos de medicamentos podem afetar as células-tronco da
medula óssea, impedindo a produção de novas células sanguíneas.
Destruição das células sanguíneas circulantes: a destruição antes do tempo das células
sanguíneas circulantes também pode causar bi ou pancitopenia. As principais causas são:
coagulação intravascular disseminada, púrpura trombocitopênica trombótica, síndromes
mielodisplásicas, distúrbios megaloblásticos e hiperesplenismo (destruição excessiva de células
no baço, que pode ocorrer nos casos de cirrose hepática, linfoma ou doenças autoimunes).
É preciso algum preparo para fazer o hemograma?
Não é necessário fazer nenhum preparo para coleta de sangue do hemograma.
Alguns laboratórios sugerem jejum de pelo menos 4 horas antes do hemograma, mas, na
prática, comer antes da coleta influencia muito poucos nos resultados. Portanto, se você puder
fazer jejum, melhor, se não puder, não vale a pena atrasar ou remarcar a coleta só por conta
disso.
Se você tomar medicamentos de manhã, pode tomá-los normalmente antes do exame. Não é
preciso suspender nenhum fármaco antes do hemograma.

Referências
Laboratory Procedure Manual – Complete Blood Count – Centers for Disease Control and
Prevention.
Complete blood count (CBC) – Canadian Cancer Society.
Blood Count Tests – MedlinePlus – National Institutes of Health
Approach to the adult with anemia – UpToDate.
Approach to the adult with unexplained pancytopenia – UpToDate.
Complete Blood Count (CBC) – Lab Tests Online – AACC
Understanding the complete blood count with differential – Journal of PeriAnesthesia
Nursing.
Complete blood count (CBC) – Mayo Clinic.
Impact of Fasting on Complete Blood Count Assayed in Capillary Blood Samples – Laboratory
Medicine.
Exame de sangue: aprenda a interpretar seu hemograma

O exame de sangue — oficialmente conhecido como hemograma completo — é um dos


exames mais solicitados por médicos e, muito provavelmente, você já o fez em um laboratório.
Após a coleta, diferentes tipos de células do sangue são examinados, como a quantidade e a
qualidade dos glóbulos vermelhos (hemácias) ou das plaquetas. Apesar de simples, pode
indicar a existência de diferentes doenças.

 Como nosso sangue é descartado após um exame?

 Medo de agulha? Scanner de veias facilita na hora do exame de sangue

Para compreender as etapas deste exame bastante comum e entender como ler um
hemograma, o Canaltech conversou com o médico Cezar Gonçalves, hematologista e
integrante do grupo de discrasias plasmocitárias do Hospital do Servidor Público Estadual
(HSPE), em São Paulo.

O hemograma é um dos testes médicos mais solicitados e é popularmente conhecido


apenas como exame de sangue (Imagem: Reprodução/Ktsimage/Envato)

O que o hemograma revela sobre a saúde?

Antes de seguirmos, é preciso entender o porquê dos hemogramas serem tão comuns. "O
sangue é o principal elemento biológico utilizado para avaliar a saúde das pessoas, porque é
facilmente coletado e a maioria das doenças pode ser detectada, seja por alteração nas células
do sangue, presença de determinados anticorpos ou alteração quantitativa de inúmeras
substâncias que podem ser dosadas por técnicas laboratoriais", explica Gonçalves.
Por exemplo, um exame de sangue pode indicar inúmeros diferentes distúrbios hematológicos,
como:

 Anemias;

 Púrpuras;

 Doenças mieloproliferativas (um grupo de doenças que afetam as células-tronco da


medula óssea as quais crescem e se reproduzem de maneira anormal);

 Leucemias e linfomas;

 Infecções bacterianas, fúngicas ou virais;

 Inflamações em geral.

Alteração em um único ponto pode ser perigoso?

Assim que o resultado de um exame sai, é costume olhar o laudo antes de levar para a análise
de um médico. Nesse momento, identificar um único fator alterado pode ser perigoso? Muito
provavelmente, não. Afinal, "o hemograma avalia vários parâmetros das células sanguíneas e
deve ser analisado globalmente", explica Gonçalves.

"Alterações isoladas geralmente são menos preocupantes que alterações que acometem mais
de um tipo de célula sanguínea [hemácias, leucócitos e plaquetas]. Por questões práticas,
algumas vezes solicita-se apenas a dosagem de hemoglobina e hematócrito para verificar se o
paciente necessita de uma transfusão de concentrado de hemácias, por exemplo", completa o
médico.

O que é avaliado no exame de sangue?

De forma geral, o hemograma é dividido em três grandes séries: vermelha, branca e


plaquetária. Cada uma vai se concentrar na análise de células específicas do sangue. É
importante explicar que, além da questão quantitativa — como o número de plaquetas —, o
hemograma também traz análises qualitativas. Neste ponto, são observados o tamanho, a
forma e a coloração das células, por exemplo.

A seguir, confira o resultado de um exame de sangue e entenda o que significa cada série do
hemograma:

O hemograma analisa a quantidade e a qualidade de diferentes tipos de células do


sangue, como os glóbulos vermelhos (Imagem: Fidel Forato/Canaltech)

Série Vermelha

A série vermelha envolve a contagem e análise dos glóbulos vermelhos (hemácias ou


eritrócitos). Além disso, o hemograma avalia uma proteína específica presente nesses
glóbulos, a hemoglobina. Esta é responsável pela coloração vermelha do sangue e auxilia o
transporte de oxigênio pelo organismo. Quando a concentração está baixa, pode indicar
diferentes quadros, como a anemia.

Série branca

Enquanto isso, a série branca avalia os glóbulos brancos (leucócitos). De forma geral, estas
células são responsáveis por defender o organismo contra agentes invasores, como vírus e
bactérias. No entanto, o grupo é bastante vasto e a concentração de diferentes células deste
tipo é verificada, como os neutrófilos, os eosinófilos, os basófilos, os linfócitos e os monócitos.

Para citar um único exemplo das possíveis leituras desta parte do hemograma, a elevada
concentração dos basófilos no sangue pode ser um indicativo de que o paciente esteja em um
estado alérgico ou com uma inflamação prolongada, como a asma.

Plaquetas

Por fim, o exame de sangue também indica a situação das plaquetas. Estas células são
produzidas na médula óssea e são fundamentais no processo de coagulação do organismo.
Como regra, pacientes com baixa concentração dessas células podem apresentar dificuldades
para que o sangue coagule e que ferimentos sejam estancados. Por isso, sangramentos podem
ser mais intensos e, em alguns casos, é necessário recorrer à medicação para melhorar esse
processo.

Interpretando os resultados

Basicamente, a partir do resultado do hemograma, é possível ter uma ideia do que realmente
está acontecendo no seu organismo e, para isso, é possível comparar com a base nos valores
de referência (VR). Estes são indicadores que os laboratórios fornecem, após muita pesquisa
científica, como uma média do que é considerado normal no organismo. Abaixo, citamos
alguns exemplos:

Os valores de referência ajudam a entender as alterações no sangue e a existência de


alguma doença (Imagem: Reprodução/National Cancer Institute/Unsplash)

Um exemplo disso é verificar a concentração de plaquetas. Em casos de suspeita de dengue,


este valor se encontra muito abaixo do referenciado, o que pode ser um forte indicativo da
doença. Em outras circunstâncias, pode ajudar a montar o diagnóstico de um quadro de lúpus.

Enquanto isso, pacientes com suspeita de anemia costumam apresentar baixa concentração de
hemoglobinas no sangue. Por outro lado, um elevado número de linfócitos no sangue indica
uma infecção, que o médico deve investigar de acordo com a sua especialidade e o histórico
de saúde do paciente.

Apesar de indicar que algo pode estar destoante na saúde do paciente, o hemograma é uma
ferramenta que orienta o médico a investigar o quadro mais a fundo. Conforme informou
Gonçalves, o exame de sangue deve ser avaliado globalmente, junto a anamnese, exames
clínicos e, dependendo do caso, com exames complementares, sejam de sangue, de imagem
ou de cultura de células.

Exemplo prático

O hemograma que trouxemos como exemplo no texto é de um homem, de 23 anos. A maioria


dos indicadores está dentro dos valores de referência, o que indica boas condições de saúde.
Apesar disso, a concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) está levemente
alterada. No exame, a CHGM está em 36,2, sendo que o limite aceitável é apenas 36.

Por estimar acima da média, este pode ser um indicativo de que o paciente apresenta
consumo elevado de álcool ou que tem algum problema na glândula tireoide. Normalmente, a
preocupação ocorre quando o valor é muito superior. Nestes caso, cabe ao médico interpretar
e, em caso de dúvidas, sugerir uma nova coleta para tirar a dúvida.

Qualquer alteração no hemograma é preocupante?

Exame de sangue pode apontar para inúmeras doenças, como anemia e até leucemia
(Imagem: Reprodução/Grafvision/Envato)

Vale lembrar que, segundo Gonçalves, "uma alteração no hemograma não necessariamente é
preocupante, mas deve ser avaliada e interpretada pelo próprio médico que solicitou o exame.
Ele verificará as características clínicas do paciente a partir do contexto no qual o exame foi
solicitado".

Por causa disso, a principal recomendação é que, após pegar o resultado de um hemograma
ou de um outro exame qualquer, ele seja analisado por um profissional da saúde. Em alguns
casos, a consulta de retorno demora a acontecer, mas isso pode ter, às vezes, complicações
graves para o paciente. Afinal, este resultado pode mudar a nossa vida e o tratamento precoce
costuma ser sempre a melhor opção.

Alterações no hemograma NÃO SÃO determinantes para diagnóstico. O médico é quem deve orientar o
paciente quanto ao diagnóstico e tratamento, sendo o exame de sangue uma ferramenta que norteia o
profissional da saúde, já que traz informações valiosas sobre o funcionamento do organismo.

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