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PCR, exames para o fígado e o PSA, sendo este último um excelente marcado de
câncer de próstata.
CPK
A creatinofosfoquinase, conhecida pela sigla CPK ou CK, é uma enzima que
atua principalmente nos tecidos musculares, no cérebro e no coração, sendo
solicitada a sua dosagem para investigar possíveis danos a esses órgãos.
O médico pode solicitar este exame quando a pessoa chega ao hospital com
queixa de dor no peito ou para verificar se há indícios de um AVC ou alguma
doença que afete os músculos, por exemplo.
Valores de referência
Os valores de referência da creatinofosfoquinase (CPK) são de 32 e 294 U/L para
homens e 33 a 211 U/L para mulheres mas podem variar dependendo do
laboratório onde é realizado o exame.
Para que serve
O exame creatinofosfoquinase (CPK) é útil para ajudar no diagnóstico de doenças
como infarto, insuficiência renal ou pulmonar, dentre outras. Essa enzima é
subdividida em três tipos de acordo com o seu local de atuação:
CPK 1 ou BB: Pode ser encontrada nos pulmões e no cérebro,
principalmente;
CPK 2 ou MB: É encontrada no músculo cardíaco e por isso pode ser
utilizada como marcador de infarto, por exemplo;
CPK 3 ou MM: Está presente em o tecido muscular e representa 95% de
todas as creatinofosfoquinases (BB e MB).
A dosagem de cada tipo de CK é feito por diferentes métodos laboratoriais de
acordo com as suas propriedades e de acordo com a indicação médica. Quando é
solicitada a dosagem de CPK para avaliar o infarto, por exemplo, é dosada a CK
MB além de outros marcadores cardíacos, como a mioglobina e a troponina,
principalmente.
É considerado normal o valor de CK MB igual ou inferior a 5 ng/ mL e sua
concentração normalmente está elevada em caso de infarto. Os níveis de CK MB
costumam aumentar 3 a 5 horas após o infarto, atinge um pico em até 24 horas e o
valor volta a ser normalizado entre 48 a 72 horas após o infarto. Apesar de ser
considerado um bom marcador cardíaco, a dosagem de CK MB para diagnóstico
do infarto deve ser feita juntamente com a troponina, principalmente, pois os
valores de troponina voltam ao normal cerca de 10 dias após o infarto, sendo,
portanto, mais específico
O que significa CPK alto e baixo
O aumento da concentração da enzima creatinofosfoquinase pode indicar:
CPK alta CPK baixa
CPK Lesão por esmagamento, exercício físico intenso, longa Perda de massa
MM imobilização, uso de drogas ilícitas, inflamação no corpo, muscular, caquexia
distrofia muscular, após eletromiografia e desnutrição
Funções da Mioglobina
A mioglobina está presente nos músculos e é responsável por se ligar ao oxigênio
e o armazenar até que haja necessidade. Assim, durante a realização de atividade
física, por exemplo, o oxigênio armazenado pela mioglobina é liberado para gerar
energia. No entanto, na presença de qualquer situação que comprometa os
músculos, pode haver liberação de mioglobina e de outras proteínas na circulação.
A mioglobina está presente em todos os músculos estriados do corpo, incluindo o
músculo cardíaco, sendo, portanto, também utilizado como marcador de lesão
cardíaca. Dessa forma, a medição de mioglobina no sangue é pedida
quando existe suspeita de uma lesão muscular causada por:
Distrofia muscular;
Pancada grave nos músculos;
Inflamação muscular;
Rabdomiólise;
Convulsões;
Infarto.
Embora possa ser usado quando existe suspeita de infarto, o teste mais usado
atualmente para confirmar o diagnóstico é o exame de troponina, que mede a
presença de outra proteína que só está presente no coração, não sendo
influenciada por outras lesões musculares.
Além disso, caso seja confirmada a presença de mioglobina no sangue e esteja
em valores muito elevados, pode ainda ser feito um teste de urina para avaliar a
saúde renal, já que níveis muito elevados de mioglobina podem provocar lesões
nos rins, prejudicando o seu funcionamento.
O que significa Mioglobina alta
O resultado normal do exame de mioglobina é negativo ou inferior a 0,15 mcg/dL,
já que em situações normais a mioglobina não é encontrada no sangue, apenas
nos músculos.
No entanto, quando são verificados valores acima de 0,15 mcg/dL, é indicado no
exame que a mioglobina está alta, sendo normalmente indicativo de problema no
coração ou nos outros músculo do corpo e, por isso, o médico pode pedir exames
mais específicos como eletrocardiograma ou marcadores cardíacos para chegar
em algum diagnóstico mais específico.
Níveis elevados de mioglobina também podem ser sinal de outros problemas não
relacionados com os músculos, como consumo excessivo de álcool ou problemas
renais, e por isso o resultado deve ser sempre avaliado com o médico tendo por
base o histórico de cada pessoa.
O exame TSH serve para avaliar a função da tireoide e normalmente é pedido pelo
clínico geral ou endocrinologista, para avaliar se esta glândula está funcionando
corretamente, e em caso de hipotireoidismo, hipertireoidismo, ou no seguimento
em caso de câncer diferenciado de tireoide, como o folicular ou papilífero, por
exemplo.
O hormônio tireoestimulante (TSH) é produzido pela hipófise e tem como finalidade
estimular a tireoide a produzir os hormônios T3 e T4. Quando os valores de TSH
se encontra aumentado no sangue, significa que a concentração de T3 e T4 no
sangue está baixa. Já quando se encontra em baixas concentrações, T3 e T4
estão presentes em altas concentrações no sangue.
Valores de referência
Os valores de referência do TSH variam de acordo com a idade da pessoa e com
o laboratório em que o exame é realizado, sendo normalmente:
Idade Valores
1ª semana de vida 15 (μUI/mL)
Na gravidez
TSH baixo
Hipertireoidismo: O TSH baixo normalmente indica que a tireoide está
produzindo T3 e T4 de forma excessiva, aumentado estes valores, e por isso a
hipófise diminui a liberação do TSH para tentar regular a função da tireoide.
Uso de medicamentos: Quando a dose do medicamento contra
hipotireoidismo está alta demais, os valores do TSH ficam abaixo do ideal.
Outros remédios que podem causar TSH baixo são: AAS, corticoides,
agonistas dopaminérgicos, fenclofenaco, heparina, metformina, nifedipina
ou piridoxina, por exemplo.
Tumor na hipófise também pode levar ao TSH baixo.
Os sintomas relacionados ao TSH baixo são os típicos do hipertireoidismo,
como agitação, palpitação cardíaca, insônia, perda de peso, nervosismo, tremores
e diminuição da massa muscular. Nesse caso é normal o TSH estar baixo, e o T4
alto, mas se o T4 ainda estiver entre 01 e 04 μUI/mL, isso pode indicar
hipertireoidismo subclínico. TSH baixo e T4 baixo, pode indicar anorexia nervosa,
por exemplo, mas em todo caso o diagnóstico é dado pelo médico que solicitou o
exame.
TGO e TGP
TGO e TGP são enzimas produzidas pelo fígado e cuja concentração no sangue
se encontra aumentada quando há lesões nesse órgão, sendo consideradas
ótimos indicadores de hepatite, cirrose e câncer de fígado, por exemplo. O valor
normal de TGP varia entre 7 e 56 U/L e o de TGO entre 5 e 40 U/L.
TGO ou Alto: Morte celular, infarto, cirrose aguda, hepatite, pancreatite, doença renal,
AST câncer, alcoolismo, queimaduras, trauma, injúria por esmagamento, distrofia
muscular, gangrena.
Baixo: Diabetes não controlado, beribéri.
O que é o hemograma?
Apesar de ser extremamente comum, esse é um exame que ainda causa muita
confusão na população e até nos meios de comunicação. Algumas pessoas acham que
todo exame de sangue é um hemograma, como se ambos os termos fossem
sinônimos. Isto é um equívoco.
O exame de sangue não funciona como o antivírus do seu computador que faz
automaticamente um rastreamento em toda a máquina à procura de algo errado. Quando o
médico solicita uma coleta de sangue, ele precisa dizer para o laboratório o que pretende que
seja analisado na amostra. No sangue circulam várias substâncias que podem ser dosadas ou
pesquisadas, tais como proteínas, anticorpos, células, eletrólitos (potássio, sódio, cálcio,
magnésio, etc.), colesterol, hormônios, drogas e até bactérias ou vírus, em caso de infecção.
Se o médico quiser saber como andam os níveis de colesterol, ele precisa escrever no pedido
que deseja uma dosagem do colesterol; se o objetivo for saber se a glicose do sangue anda
controlada, ele solicita a dosagem da glicose sanguínea. O hemograma é solicitado quando o
objetivo é ter informações sobre as células do sangue.
Portanto, em um hemograma não é possível obter dados sobre o nível de colesterol, taxa de
glicose, pesquisa de bactérias, pesquisa de drogas, teste para HIV, etc.
No nosso sangue circulam três tipos básicos de células produzidas na medula óssea. São estas
células que estudamos através do hemograma:
Plaquetas.
Chamamos de hemograma completo o hemograma que contém resultados das três linhagens
de células. Na verdade, o termo hemograma completo é apenas um preciosismo, uma vez que
não existe hemograma incompleto. A palavra hemograma já engloba a dosagem das hemácias,
leucócitos e plaquetas.
Se por algum motivo o médico desejar apenas o resultado da contagem de hemácias, ele deve
solicitar um eritrograma. Se quiser os resultados apenas dos leucócitos, o exame a ser
pedido é o leucograma. Caso ele só se interesse pelas plaquetas, deve solicitar
um plaquetograma.
Quando o médico pede um hemograma, está implícito que ele quer o resultado completo, com
a avaliação das hemácias, leucócitos e plaquetas.
Portanto, pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma
doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência,
maior é a chance disso verdadeiramente representar alguma patologia.
Não me vou ater muito a valores específicos, uma vez que os laboratórios atualmente fazem
essa contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência vêm sempre
impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio e, em geral,
são todos muito semelhantes.
Eritograma
Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembre-se que os valores de referência podem variar
entre os laboratórios.
Hematócrito e hemoglobina
Se por um lado a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células
vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo
a formação de coágulos.
A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte
de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação
de uma anemia.
O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho
das hemácias.
Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM reduzidos
indicam hemácias microcíticas, isto é, de tamanho diminuído. Esse dado ajuda a diferenciar os
vários tipos de anemia.
Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto
que anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem também as
anemias com hemácias de tamanho normal.
Assim como o VCM , o HCM e o CHCM também são usados para diferenciar os vários tipos de
anemia.
O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando este está
elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode
indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por
exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da
hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido.
Leucograma
O valor normal dos leucócitos varia entre 4.000 a 11.000 células por microlitro (ou milímetros
cúbicos).
Quando os leucócitos estão aumentados, damos o nome de leucocitose. Quando estão
diminuídos chamamos de leucopenia.
Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos é importante ver qual das
seis linhagens descritas mais abaixo é a responsável por essa alteração. Como neutrófilos e
linfócitos são os tipos mais comuns de leucócitos, estes geralmente são os responsáveis pelo
aumento ou diminuição da concentração total dos leucócitos.
Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos
leucócitos. Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000-30.000
células/mm3, na leucemia, esses valores ultrapassam facilmente as 50.000 cel/mm3.
As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por
quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-
organismos.
1. Neutrófilos
O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representa, em média, de 45% a 75% dos
leucócitos circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há
uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua
concentração sanguínea se eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de
leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos diante de um
provável quadro infeccioso bacteriano.
Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Por isso, assim que o
processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e seus níveis
sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.
2. Segmentados e bastões
Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta
rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos
jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo
para esperar que essas células fiquem maduras antes de lançá-las ao combate. Em uma guerra
o exército não manda só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão
disponíveis.
Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da
produção de neutrófilos jovens.
Os neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente
ou já está em fase final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados, ou
seja, células maduras.
3. Linfócitos
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Representam de 15 a 45%
dos leucócitos no sangue.
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento
de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.
Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às
vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente
na circulação.
Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS
(SIDA) causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.
Obs: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que podem ser
encontrados no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como
mononucleose, gripe, dengue, catapora, etc. Além das infecções, algumas drogas e doenças
auto-imunes, como lúpus, artrite reumatoide e síndrome de Guillain-Barré, também podem
estimular o aparecimento de linfócitos atípicos. Atenção, linfócitos atípicos não têm nada a ver
com câncer.
4. Monócitos
Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados
tanto em processos virais quanto bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por
algum germe, o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa,
transformando-se em macrófago, uma célula capaz de “comer” micro-organismos invasores.
5. Eosinófilos
6. Basófilos
Plaquetas
O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até
valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma
vez que pode haver sangramentos espontâneos.
Conforme já explicado, quando o paciente tem redução do número de apenas uma das
linhagens das células, nós descrevemos o problema com um termo específico para cada
linhagem. A redução do número de hemácias é chamada de anemia, a redução do número de
leucócitos é chamada de leucopenia e a redução do número de plaquetas é chamada de
trombocitopenia.
Quando temos redução de duas das três linhagens de células do sangue, como no caso do
paciente com anemia e leucopenia, dizemos que ele tem bicitopenia. Já o paciente com as três
linhagens de células do sangue abaixo dos valores de referência é dito como portador de
pancitopenia.
Leucocitose e neutrofilia
O que é um Neutrófilo?
Os neutrófilos têm um tempo de vida de apenas 48 horas. Por isso, assim que o
processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e
os níveis sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.
O tipo de leucócito que sofre aumento depende do estímulo. Qualquer uma das 5
linhagens de leucócitos pode ser a responsável pela leucocitose. Por exemplo,
infecções bacterianas estimulam a produção de neutrófilos, fazendo com que o
paciente tenha leucocitose com neutrofilia (ou leucocitose neutrofílica).
Por fim, as leucocitoses originadas por basófilos (basofilia) são raras e geralmente são
provocadas por leucemia.
A leucemia é uma causa de leucocitose que pode afetar qualquer um dos 5 tipos de
leucócitos.
A leucocitose neutrofílica é a forma mais comum de leucocitose. Ela ocorre sempre que
o número de leucócitos encontra-se acima de 11.000 cel/microL e o número de
neutrófilos é maior que 7.700 cel/microL.
Desvio à esquerda
Tratamento
É importante destacar que a leucocitose não é o problema si, ela é apenas uma
consequência. A leucocitose é um aviso de que há uma condição que está estimulando
o sistema imunológico, seja ela inflamatória, infecciosa ou neoplásica.
Portanto, se você pretende “tratar a leucocitose”, o seu objetivo deve ser tratar a
doença ou condição que está provocando a leucocitose. Para isso é preciso fazer uma
investigação diagnóstica.
A redução progressiva do número de leucócitos é uma das formas que usamos pra
saber se o tratamento está sendo efetivo. Por exemplo, se um paciente com
pneumonia começa o tratamento com antibióticos e a leucocitose começa a cair
progressivamente aos longo dos dias, isso nos indica que o antibiótico está fazendo
efeito.
Componentes de uma gasometria:
Ph – Avalia a acidez ou a alcalose, baseado nos iões de hidrogénio presentes;
PaO2 – Pressão parcial de oxigénio dissolvido no sangue arterial (valor normal entre 80 – 100
mm Hg);
SaO2 – A saturação arterial de oxigénio;
PaCO2 – A quantidade de dióxido de carbono dissolvido no sangue arterial (valor normal entre
os 35 – 45 mm Hg);
HCO3 – O valor calculado da quantidade de bicarbonato na corrente sanguínea (valor normal
entre os 22 e os 26 mEq/L);
E.B. – Excesso de bases indica a quantidade de excesso ou insuficiência de bicarbonato no
sistema. (valor normal entre os -2 e os +3 mEq/L).
A avaliação ácido-básico requer foco em três componentes: pH, PCO 2 e HCO3.
Este processo envolve três etapas:
1ª Etapa
Avaliar o pH para saber se o sangue está dentro da faixa normal, ou se
alcalose ou acidose.
2ª Etapa
Se o pH é alcalino ou ácido deve-se saber se o problema é primariamente
respiratório ou metabólico. Para isso avalia-se o valor da PCO 2. Lembre-se que
alteração repiratória quando o pH diminui abaixo de 7,35, a PCO 2 deve
aumentar. Se o pH aumenta acima de 7,45, a PCO 2 deve cair. Portanto, se o
pH e a PCO2 estão se movendo em direções opostas, a alteração é
principalmente de natureza respiratória.
3ª Etapa
Avaliar o valor do HCO3. Lembre-se que em alterações metabólicas, quando o
pH aumenta, o HCO3 também deve aumentar. Se o pH diminui, o HCO3
também deveria diminuir. Portanto, se o pH e o HCO 3 estão se movendo na
mesma direção, a alteração é principalmente de natureza metabólica.