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EXAMES DO

SISTEMA CARDÍACO
Paciente do sexo masculino, 56 anos, hipertenso e tabagista, procura atendimento em
serviço de emergência (SE) por quadro de dor torácica em repouso, iniciada há cerca
de 3 horas, com irradiação para mandíbula, associada a sudorese e náuseas. Ao exame
físico, apresentava-se ansioso e taquicárdico, sem outros achados. O
eletrocardiograma (ECG) da chegada era normal.
TROPONINAS
❑ Proteínas do complexo miofibrilar, sendo encontradas exclusivamente nos músculos cardíaco e
esquelético.
❑ As subunidades troponina I e troponina T: utilizadas no diagnóstico e no prognóstico das síndromes
isquêmicas agudas. A detecção de seu aumento ou queda é essencial para o diagnóstico de infarto, por
isso a recomendação de pelo menos duas medidas com intervalo de 3 a 6 horas.
❑ As diretrizes atuais colocam as troponinas como o marcador padrão-ouro para o diagnóstico de IAM.
• Eleva-se em cerca de 3 horas, atinge o pico em 15 horas e
normaliza-se em 5 a 10 dias.
• Apresenta sensibilidade e especificidade em torno de 90 e 95%,
respectivamente.

• Eleva-se em aproximadamente 4
horas, tem seu valor de pico em 20
horas e atinge valores normais entre
10 e 14 dias.
• Os valores de sensibilidade e
especificidade são de 85 e 90%,
respectivamente
ENZIMA CREATINOCINASE (CK)
Níveis aumentados podem ser observados em pacientes com IAM após 4 a 8 horas do início dos sintomas,
atingindo pico sérico, em média, em 24 horas.
Após 2 a 3 dias, observa-se queda dos níveis plasmáticos com normalização dos valores.
A elevação dos níveis de CK é um marcador sensível de IAM. Entretanto, não é um marcador específico,
apresentando resultados falso positivos:
❑ pacientes com doença muscular,
❑ intoxicação por álcool,
❑ trauma musculosquelético, A enzima CK-MB é um marcador
❑ exercício vigoroso, mais específico do que a CK total
❑ convulsões,
❑ injeções intramusculares e
❑ embolia pulmonar (EP).
VOCÊ PEDIRIA MAIS ALGUMA
COISA????
ELETRÓLITO VALOR NORMAL
Potássio - K 3,5 – 4,5
Cálcio – Ca 4,5 – 5,5
Magnésio – Mg 1,5 – 2,5
Fósforo – P 2,5 – 4,0
Sódio - Na 135 – 145
Paciente do sexo feminino, 55 anos, assintomática, consulta com objetivo de prevenção cardiovascular.
O índice de massa corporal (IMC) era de 32 kg/m2, e a pressão arterial média (PAM) após duas
aferições durante a consulta foi de 156/100 mmHg. Os outros dados de exame físico foram normais.
Foram solicitados os exames preconizados na avaliação de hipertensos.

MÉTODOS AMBULATORIAIS:
❑ monitoramento ambulatorial de 24 horas (Mapa-24 h) e
❑ monitoramento residencial de pressão arterial (MRPA),
❑ Os valores ANORMAIS para estes métodos são os seguintes:

MAPA-24 H: MRPA:
Valores de 24 h: ≥ 130/80 mmHg 130 mmHg e/ou 85 mmHg
Valores de vigília: ≥ 140/85 mmHg
Sono: ≥ 120/70 mmHg
CONTEÚDO EXTRA!

❑ SENSIBILIDADE: é a probabilidade de um teste positivo em pacientes nos quais a doença está presente.
❑ ESPECIFICIDADE: é a probabilidade de um teste negativo em pacientes que não têm a doença.
DESMISTIFICANDO O
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA
HEMATÓCRITO: é o percentual do sangue que é VCM: Mede o tamanho das hemácias.
ocupado pelas hemácias. • VCM elevado: macrocíticas
• VCM reduzidos: microcíticas
CHCM ou CHGM:
Avalia a concentração de hemoglobina dentro da
hemácia.
Índice de anisocitose eritrocitária (RDW): indica o
HCM ou HGM
grau de variabilidade do tamanho das hemácias.
É o peso da hemoglobina dentro das hemácias.
• Hemácias com pouca hemoglobina: hipocrômicas.
• Muita hemoglobina: hipercrômicas.
Paciente do sexo feminino, 49 anos, há 1 ano começou a apresentar
astenia. Há 3 meses, notou emagrecimento, palidez cutânea e diarreia,
além de parestesias nas mãos e nas pernas simetricamente. Negava
presença de outras doenças. No exame físico, estava emagrecida, com
mucosas descoradas, sem organomegalias. Também apresentava
diminuição da sensibilidade profunda e de reflexos tendinosos de membros
superiores e inferiores.

O que solicitar????
Hemograma
Eritrócitos 1,5 milhões/mm3
Hematócrito 18%
Hemoglobina 6 g/dL
VCM 132 fL
Reticulócitos 30.000 /uL
Leucócitos 4.800/mm3

❑ Nível sérico de vitamina B12 = normal;


❑ Medulograma = medula hipercelular, com hiperplasia da série eritroide,
assim como alterações megaloblásticas em todas as séries;
❑ Realizada endoscopia digestiva alta que revelou gastrite atrófica.
FORMA NOME DOENÇAS ASSOCIADAS

Anemias hemolíticas microangiopáticas:


ESQUIZÓCITO
PTT, SHU, CIVD e causas mecânicas
• Hemácias fragmentadas em uma
como próteses valvares
série de formas e tamanhos.

Esplenectomia ou doenças que


CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY diminuem a capacidade funcional do
baço.

Talassemias e em várias outras


DACRIÓCITOS
condições, como na invasão medular
• Indicam mecanismo de estresse da
por neoplasias e infecções e na
hemácia
mielofibrose
Fenômeno decorrente da concentração
elevada de fibrinogênio ou de
HEMÁCIAS EM ROULEAUX
globulinas, visto especialmente nas
gamopatias monoclonais.

Indicam doença hepática quando


ACANTÓCITOS
presentes em número significativos.
Instituto AOCP - Fisioterapeuta (EBSERH HULW-UFPB)/Terapia Intensiva/2014/Edital 03
“Paciente 67 anos sequelado de AVE, iniciou com quadro de febre alta, calafrios, tosse úmida com expectoração
mucopurulenta. Tem como antecedente hipertensão, tabagismo, enfisema pulmonar. Na ausculta pulmonar, apresentava
MV presente diminuído globalmente com sibilos expiratórios. Sendo solicitado um hemograma completo. Na avaliação,
apresentava-se taquidispneico, SpO2 82% sendo instalado cânula de O2 a 4 L/min. Médico responsável prescreveu
Prednisona, inalação com 5 ml SF, 20 gotas Atrovent e 10 gotas Berotec, Rocefin.

Com base no hemograma, é possível afirmar que este paciente está apresentando
A) uma eritrocitopenia microcítica hipocrômica e leucocitose com desvio à esquerda.
B) uma eritrocitose macrocítica hipocrômica e leucopenia.
C) uma eritrocitopenia macrocítica hipercrômica e leucocitose.
D) uma eritrocitopenia com anisocitose e leucocitose com desvio à esquerda.
E) uma eritrocitose microcítica hipocrômica e leucopenia com desvio à esquerda.
LEUCOGRAMA
D.J.B., 10 anos, sexo masculino, branco, procurou atendimento acompanhado de sua irmã apresentando como queixas
principais: “dor na barriga e febre”. Ao ser admitido no hospital universitário, apresentava quadro de dor, que havia
iniciado há cinco dias na região periumbilical, e no momento irradiava em direção à fossa ilíaca direita. Essa dor
apresentava-se de forma contínua com característica de cólicas, com alívio em posição de cócoras e piora com
movimentação. Aconteceu, ainda, parada na eliminação de fezes e flatos há dois dias. Irmã relata que o paciente havia
apresentado dificuldade de alimentação devido à inapetência. Além disso, apresentou episódios de febre de 38°C a 42°C.
Nega vômitos, enterorragia, melena e alteração urinária. Não há histórico familiar de câncer de cólon, divertículo de
Meckel, doença inflamatória intestinal (DII) e diabetes mellitus. Nega quadro semelhante anterior, doenças prévias,
cirurgias, alergias ou hemotranfusões.
Geral: Paciente em regular estado geral; lúcido; hipocorado (2+/4+); desidratado (2+/4+); acianótico; perfusão capilar
periférica satisfatória.
Sinais vitais: FC: 128 bpm; FR: 20 irpm; Temperatura: 39ºC.

O que solicitar????
METAMIELÓCITO

BASTONETE

SEGMENTADO LINFÓCITO MONÓCITO BASÓFILO EOSINÓFILO


Tua vez!
C
X
B Z W
A D
Y
A = NEUTRÓFILO SEGMENTADO C = MONÓCITO
B = BASÓFILO D = LINFÓCITO X, Y E Z = EOSINÓFILO
W = NEUTRÓFILO
PLAQUETOGRAMA
Paciente do sexo feminino, 25 anos, procurou atendimento por apresentar quadro de sangramento
gengival espontâneo e petéquias nos membros inferiores. Quando questionada sobre o uso de
medicamentos, relatou que tem bastante refluxo e que o médico receitou Cimetidina faz uns 2 meses.
Durante o exame físico, sem evidência de hepatoesplenomegalia. Realizou exames para investigação:

❑ hemoglobina (Hb) em 12,3 g/dL,


❑ leucócitos em 5.600/μL,
❑ plaquetas em 15.000/μL,
❑ tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) normais.
TROMBOPLASTINA
Volume plaquetário médio (VPM)
geralmente está aumentado nas doenças que
aceleram a destruição periférica (como PTI
(Púrpura Trombocitopênica Imune) e PTT
(Púrpura Trombocitopênica Trombótica, que
ocasionam infiltração da medula óssea, e nas
neoplasias mieloproliferativas (NMPs).
PETÉQUIAS EQUIMOSE HEMATOMA
TEMPO DE PROTROMBINA (TP OU TAP)
❑ É o tempo em segundos para formação do coágulo de
fibrina.
❑ Avalia os fatores de coagulação II, V, VII e X (via
extrínseca), sendo que, destes, os fatores II, VII e X são
vitamina K-dependentes.
❑ A determinação de TP é imprescindível na avaliação, no
acompanhamento e na evolução de pacientes portadores
de patologias variadas e no monitoramento de pacientes
que estão em terapia com anticoagulantes orais.
❑ A fim de padronizar possíveis variações da intensidade da
tromboplastina, utiliza-se mundialmente o índice de
normalização internacional (INR).
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA, TTPA OU KTTP: ALARGAMENTO DE TTPA
❑ corresponde ao tempo gasto para ocorrer a coagulação do Deficiência de fatores de coagulação
CIVD
plasma recalcificado em presença de cefalina.
Doença de Von Willebrand
❑ Aumentado:
Uso de Heparina
✓ deficiência de fatores da via intrínseca (fatores XII, XI, IX e VII) e Encurtamento do TTPa
✓ de fatores da via comum (X, V, II e fibrinogênio) da cascata da Câncer avançado

coagulação. Trombofilias

❑ É o caso de pacientes com hemofilias A e B, doenças


hepáticas, uso de anticoagulantes e deficiência de vitamina K,
uma vez que os fatores II, IX e X dependem desta vitamina.
❑ Valor de referência: de 25 a 35 segundos;
TEMPO DE TROMBINA (TT)
❑ É medido adicionando trombina humana a uma amostra de plasma.
❑ O tempo normal é de 5-15s, sendo que, após 60 segundos, o coágulo encontra-se sólido, firme e
aderente à parede do tubo quando este é invertido.
D-DÍMEROS
❑ São formados a partir da degradação da fibrina pela plasmina no sistema fibrinolítico da coagulação.
❑ Quando presentes, indicam que houve formação de trombina → que ocorreu formação de trombo.
❑ É um teste utilizado no diagnóstico da coagulação intravascular disseminada (CIVD).
PROVAS DA FUNÇÃO
RENAL
Paciente do sexo masculino, 65 anos, branco, apresenta história de hipertensão arterial sistêmica
(HAS) há mais de 10 anos e cardiopatia isquêmica, com angioplastia de artéria coronária
esquerda e implante de stent há 2 anos. Vem à consulta preocupado com a possibilidade de
apresentar perda de função renal. Seu irmão, que é diabético, iniciou tratamento dialítico há um
ano. A creatinina sérica (CrS) medida nesse momento foi de 1,5 mg/dL. Seu peso é de 80 kg.
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR CREATININA SÉRICA
❑ Permite que a função renal seja medida ou estimada. ❑ O marcador indireto mais usado para estimar

❑ É o teste mais acurado para classificar o estágio da a TFG,

doença renal crônica e monitorar a progressão da ❑ Produzida por meio do metabolismo da Cr no

doença renal e a resposta ao tratamento instituído, músculo esquelético

além de permitir o ajuste correto das doses de ❑ Secretada pelo túbulo proximal

medicamentos, reduzindo o risco de nefrotoxicidade. ❑ Pode apresentar excreção extrarrenal por


secreção e degradação no trato
gastrintestinal (TGI), superestimando a TFG.
❑ CUIDADO: indivíduos desnutridos, com
depleção de massa muscular, mulheres,
crianças, amputados e hepatopatas
apresentam uma menor produção de Cr.
ADULTOS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Os valores de referência para adultos saudáveis são:
1 semana: 41 +/- 15
acima de 90 mL/min/1,73m2.
Há uma diminuição fisiológica da TFG com a idade. 2-8 semanas: 66 +/- 25
Pacientes com mais de 40 anos perdem, em geral,
perto de 1 mL/min da TFG por ano, devido a perdas
de néfrons, como parte do processo de
envelhecimento. Portanto, não se pode assumir
sempre que uma eTFG menor do que 60 8 semanas a 2 anos: 96 +/- 22
mL/min/1,73 m2 seja indicativo de doença renal
crônica para pacientes com mais de 70 anos. Assim,
de um idoso de 80 anos, pode-se esperar uma eTFG
de 45-50 mL/min/1,73 m2.
> 2 anos: acima de 90
Grávidas:
Não é recomendado o uso de eTFG durante a gravidez, visto que nesse período ocorrem modificações
na TFG não capturadas pelas fórmulas para estimar a TFG.
E o nosso paciente???
História de hipertensão arterial sistêmica (HAS) há mais de 10 anos.
Cardiopatia isquêmica, com angioplastia de artéria coronária esquerda e implante de stent há 2 anos.
Irmão diabético;
Creatinina sérica (CrS) medida foi de 1,5 mg/dL.
Seu peso é de 80 kg.

❑ O valor normal de creatinina deve estar entre 0,7 e 1,3mg/dl (homens) e entre 0,6 e 1,2mg/dl (mulheres).
❑ Usando-se a fórmula de CG: valor de depuração da Cr de 55,6 mL/min.
❑ MDRD: 49,9 mL/min/1,73 m²
❑ CKD-EPI: 48,2 mL/min/1,73 m².
❑ Conclui-se que o paciente, caso mantenha essa Cr estável por, pelo menos, 3 meses, apresenta DRC estágio 3.
Exame Qualitativo de
Urina
Paciente do sexo feminino, 16 anos, acompanhada pelo pai, deu entrada no ambulatório para
consulta médica. Refere intenso ardor ao urinar, sensação de urgência e aumento da frequência
urinária, que interfere no padrão de sono. Nega dor lombar, comorbidades e tratamento
medicamentoso. Refere não ter vida sexual ativa. Relata hábito de retardar a micção quando está
ocupada. Estima ingestão hídrica inferior a 800 ml/dia

Exame físico
Abdominal: plano, flácido, mas, doroloso na região suprapúbica
Ruídos hidroaéreos (RHA) presentes
PA = 110 x 70mmHg
FC = 102 bpm
FR = 20 ipm
T = 36,8 o. C
Demonstra irritabilidade e inquietação
• pH
• Densidade;
• Glicose;
• Corpos cetônicos;
• Bilirrubina;
• Urobilinogênio;
• Nitrito;
• Hemoglobina;
• Proteínas.

EXAME SEDIMENTAR
• Leucócitos;
• Hemácias;
• Células epiteliais;
• Bactérias;
• Cristais;
• Cilindros.
EXAME QUALITATIVO DE URINA
❑ OUTROS NOMES/SIGLAS : Sumário de urina, parcial de urina, exame de urina tipo 1, EQU, EAS

Positivo
UROCULTURA
❑ OUTRO NOME/SIGLA ► Cultura de urina
❑ DEFINIÇÃO/INTERPRETAÇÃO ► Exame utilizado na avaliação etiológica de pacientes com infecções do trato
urinário. Bacteriúria significativa é geralmente considerada com valores iguais ou superiores a 105 UFC/mL .

Resultado da Urocultura da paciente


Exames para verificar a
presença das principais
ISTs
I.R.T, 15 anos, comparece a uma Unidade Básica de Saúde acompanhada do namorado, em julho de 2020,
queixando-se de prurido e ferida na vulva há 2 semanas. Relatou que teve sua primeira relação sexual há 2
meses sem preservativo, e o namorado percebeu uma lesão no pênis e na língua, como uma “ferida”,
também há 2 semanas. Relata ter iniciado o relacionamento há 1 mês. Ao exame físico, apresentou lesão
ulcerada, de fundo limpo, bordas elevadas, avermelhada, indolor, de 1,5 cm em seu maior diâmetro, sem
linfadenopatia inguinal, com os seguintes achados nela e no namorado:
Teste rápido HBV
Teste rápido Sífilis Teste rápido HIV Teste rápido HCV
(HBsAg)

O Ministério da Saúde distribui aos serviços de saúde do SUS os testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C.
Nossa paciente envia para você os resultados do exame de laboratório via whatsapp:
Interpretação dos
Exames da DM
Paciente do sexo masculino, 68 anos, procura atendimento por poliúria, polidipsia e perda de peso há 3 semanas.
Relata ser portador de hipertensão arterial sistêmica (HAS) em uso de hidroclorotiazida e captopril. Nega febre ou
outras queixas. Ao exame, está com os sinais vitais estáveis, seu peso é de 98 kg, e tem 1,71 cm de altura (índice de
massa corporal [IMC] de 33,5 kg/m2). Última alimentação havia sido há 3 horas.

O que solicitar????
TESTES PARA DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO DE DM
❑ GLICOSE PLASMÁTICA
✓ Teste de glicemia capilar
❑TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE (TTG)

Teste deve ser feito da seguinte maneira:


✓ após três dias de dieta, que deve ter no mínimo 150 gramas de carboidrato diário,
✓ sem uso de álcool
✓ sem restrição de atividades físicas.

Idealmente não deve ser feito em pacientes internados ou em período de recuperação de doença grave.
É coletada amostra de sangue em jejum de 10 a 16 horas e 120 minutos após administração de 75 g de glicose por
via oral (VO).
Durante a realização do teste, o paciente não deve receber medicamentos, fumar ou realizar atividade física. Para
o diagnóstico de DM, é necessário valor superior ou igual a 200 mg/dL em 120 minutos em duas ocasiões.
❑ HEMOGLOBINA GLICADA (HBA1C)
A HbA1c é uma forma de hemoglobina (Hb) que se liga por reação não enzimática à glicose, de forma que,
quanto maior a exposição da Hb a concentrações elevadas de glicose, maior é sua formação.
Exame mais importante no seguimento dos pacientes com DM →reflete o controle glicêmico nos 120 dias
prévios à sua dosagem (tempo de meia-vida da hemácia).
Provas das funções
hepáticas e
pancreáticas
Paciente do sexo feminino, 38 anos, assintomática, vem à consulta por discreta alteração em
aminotransferases e gamaglutamiltransferase (GGT), detectada em exames de rotina:
▪ aspartato-aminotransferase (AST) em 63 U/L (valor de referência [VR]: 15-35 U/L),
▪ alanino-aminotransferase (ALT) em 59 UI/L (VR: 15-35 U/L),
▪ GGT em 97 UI/L (VR para mulheres é de 7 a 32 U/L).
Refere histórico de transfusão de sangue aos 18 anos e hipotiroidismo em tratamento com levotiroxina.
Nega uso de outras medicações (inclusive fitoterápicos ou outros tratamentos alternativos), álcool ou
drogas. Sem histórico de promiscuidade sexual, tatuagens, piercings ou histórico familiar de
hepatopatia crônica.
No exame clínico, apresentava obesidade (índice de massa corporal [IMC] de 30,5 kg/m2), pressão
arterial (PA) de 150/95 mmHg, circunferência abdominal de 98 cm e ausência de estigmas de
hepatopatia crônica.

PEDIRIA MAIS ALGUM EXAME???


FOSFATASE ALCALINA
AMINOTRANSFERASES
❑ Enzima que transporta metabólitos
❑ São enzimas presentes nos hepatócitos e são
através das membranas e, no fígado, está
liberadas no sangue em caso de lesão da membrana
presente na superfície dos ductos biliares.
das células hepáticas, sem necessidade de necrose da
❑ Amostra: SORO
célula. ❑ Método: Cinético colorimétrico;
❑ AST (TGO): valor de referência = 15-35 U/L; ❑ VALORES DE REFERÊNCIA ►
❑ ALT (TGP): valor de referência = 15-35 U/L; ❑ Pediátrico:

❑ Amostra: SORO ✓ RN a 1 ano: até 462 UI/L

❑ Método: Enzimático, cinético ✓ 1 a 12 anos: até 650 UI/L


✓ Adolescência: até 390 UI/L (homens) e até
187 UI/L (mulheres)
❑ Adulto:
✓ Homens: 40 a 130 UI/L
✓ Mulheres: 35 a 104 UI/L
✓ Gestantes: 40 a 200 UI/L
GAMAGLUTAMILTRASFERASE

❑ VALORES DE REFERÊNCIA: Homens: 10 a 50 U/L / Mulheres: 7 a 32 U/L


❑ Enzima presente no fígado, no rim e no pâncreas.
❑ Sua dosagem é utilizada no diagnóstico de doenças colestáticas, sendo um marcador auxiliar no
diagnóstico e no monitoramento do consumo excessivo de álcool.
❑ Também é um marcador sensível de agressões hepáticas induzidas por medicamentos.
❑ MATERIAL: Soro
❑ MÉTODO: Enzimático
GAMAGLUTAMILTRASFERASE

❑ Pode ser utilizada para rastreamento do abuso de álcool:


✓ aumentada em cerca de 70% dos alcóolicos crônicos, também no monitoramento da adesão ao
tratamento.
✓ consumo de álcool excessivo é sugestivo quando a relação GGT/FA for superior a 2,5; quando essa
relação é superior a 5, sugere doença hepática de etiologia alcóolica.
✓ Se a FA estiver elevada, e a GGT não, isso se deve à doença óssea.
BILIRRUBINA (TOTAL, DIRETA E INDIRETA)

❑ VALORES DE REFERÊNCIA:
✓ Adulto:
• Total: 0,3 a 1,2 mg/dL
• Direta: até 0,2 mg/dL
• Indireta: até 1 mg/dL
✓ Pediátrico:
o Bilirrubina total:
• 0 a 1 dia: < 6 mg/dL
• 1 a 2 dias: < 8 mg/dL
• 2 a 5 dias: < 12 mg/dL
o Bilirrubina direta: até 0,4 mg/dL
► DE VOLTA AO CASO CLÍNICO
A paciente do início deste capítulo apresentava quadro de alteração discreta de aminotransferases e GGT,
fatores de risco para hepatite C crônica (transfusão sanguínea no passado), hepatite autoimune e doença
celíaca (hipotiroidismo associado), além de NASH (obesidade, alteração de níveis tensionais). Foram
solicitados testes para:
❑ fosfatase alcalina, TP e bilirrubinas, que apresentaram resultados normais,
❑ FAN, antimúsculo liso, IgG, antitransglutaminase IgA, ferritina e capacidade ferropéxica, que também
não apresentaram alterações.
❑ O antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) foi negativo,
❑ Anti-HCV, reagente. Foi realizado o teste da reação em cadeia da polimerase (PCR) para o HCV, que foi
reagente,
DIAGNÓSTICO FINAL FOI DE HEPATITE C CRÔNICA.
Paciente do sexo masculino, 47 anos, relata estar há cerca de 8 horas com dor em andar superior do
abdome, com irradiação lombar, associada a náuseas. Refere leve escurecimento da urina e picos febris
em casa. Relata ter apresentado episódios prévios de dor no hipocôndrio direito, mas de menor
intensidade quando comparados ao episódio atual.
Exame físico:REG, icterícia,
PA: 80/58 mmHg,
FC: 112 bpm
Tax: 38,2 °C.
Abdome: RHA +, dor à palpação difusa, principalmente na região epigástrica, mas sem sinais de
peritonismo.

E AGORA, JOSÉ????
❑ BILIRRUBINA:
Exame Resultado VALOR DE REFERÊNCIA:
✓ Adultos:
Hematócrito (Ht) 45% - Direta: até 0,2 mg/dL
- Indireta: até 1 mg/dL
Leucograma Leucocitose com bastonemia - Total: 0,30 a 1,20 mg/dL
❑ AST (TGO): valor de
Amilase 1.850 U/L referência = 15-35 U/L;
❑ ALT (TGP): valor de
Lipase 1.680 U/L referência = 15-35 U/L;
❑ Creatinina:
AST 300 U/L
✓ 0,7 e 1,3mg/dl (homens)
ALT 250 U/L ✓ 0,6 e 1,2mg/dl (mulheres)
❑ Amilase:
Creatinina 1,68 mg/dL ✓ Soro: até 195 UI/L
❑ Creatinina: 0,7 e 1,3mg/dl
Bilirrubina total 2,2 mg/dL (homens), 0,6 e 1,2mg/dl
(mulheres).
Bilirrubina direta 1,2 mg/dL ❑ Lipase:
✓ VR < 60 U/L
❑ Leucograma: o que é um
bastonete mesmo???
❑ Hematócrito: 35 a 46%
- Por que pedir o hematócrito?
TRANSAMINASES/BILIRRUBINAS AMILASE
❑ Tanto as transaminases quanto as bilirrubinas são ❑ VALORES DE REFERÊNCIA:
exames que, quando aumentados, sugerem ✓ Soro: até 195 UI/L
pancreatite de origem biliar. ✓ Urina: 59 a 401 UI/L
❑ Valores de ALT iguais ou superiores a 150 U/L têm um ❑ Grupo de hidrolases que degrada
valor preditivo positivo (VPP) de 95% para pancreatite carboidratos complexos. São produzidas no
biliar. pâncreas

LIPASE Professor, em que lugar eu vou


❑ VALOR DE REFERÊNCIA < 60 U/L
usar isso que tu tá ensinando em
❑ Enzima produzida pelo pâncreas exócrino,
responsável pela digestão das gorduras. Bioquímica????

TOMA O QUE TE MANDARAM AGORA!


REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS

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