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LEUCOGRAMA
MSc. Rodrigo Carvalho
FIOCRUZ / INI-Evandro Chagas
I N T E R P R E TA Ç Ã O D O L E U C O G R A M A
LEUCOMETRIA GLOBAL (ABSOLUTA)
Correção da Leucometria
Contagem corrigida = Contagem NÃO corrigida X100
100 + Eritroblastos
Valores de Referência
5.000 a 10.000/mm3
INTERPRETAÇÃO
Alteração Leucometria Global
Leucocitose:
Leucemia ou Leucose
Reação Leucemóide
Leucocitose (fisiológica ou patológica)
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Importante
Nas infecções em que a leucocitose é a regra:
a) A leucocitose moderada indica boa resistência
b) A ausência de leucocitose indica mau prognóstico
c) A leucocitose muito intensa sugere processo grave
Leucopenia
Síndromes que acarretam leucopenia:
1. Virais (Sarampo, Rubéola, Dengue, Varíola)
2. Intoxicações (Benzeno, Arsênio, Chumbo)
3. Anemia Aplásica
4. Choque traumático, Caquexia
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FASES DA RESPOSTA IMUNE
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FASES DA RESPOSTA IMUNE
7. Vacuolização citoplasmática
8. Corpúsculo de Döhle
Leucemias – Grupo de neoplasias malignas que envolvem as células hematopoiéticas, sendo de origem
mieloide ou linfoide, com aspecto agudo ou crônico.
- 10.070, sendo 5.540 homens e 4.530 mulheres (2016 - INCA);
- Mortalidade: 6.316, sendo 3.439 homens e 2.877 mulheres (2013- SIM).
- Doença maligna mais comum na infância (30%)
Doenças Neoplásicas dos Leucócitos
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Leucemias – Grupo de neoplasias malignas que envolvem as células
hematopoiéticas, sendo de origem mieloide ou linfoide, com aspecto agudo ou crônico
(diagnóstico pelo tempo de vida)
- 10.070, sendo 5.540 homens e 4.530 mulheres (2016 - INCA);
- Mortalidade: 6.316, sendo 3.439 homens e 2.877 mulheres (2013- SIM).
- Doença maligna mais comum na infância (30%)
5 Fatores de Risco:
1. Exposição à radiação;
2. Exposição à benzeno;
3. Anomalias cromossômicas (Klinefelter e Down);
4. Anemia de Fanconi prévia;
5. Tratamento com antiretrovirais;
6. Idade avançada;
PIOR
I N T E R P R E TA Ç Ã O D O L E U C O G R A M A - Secundário;
- Idade >45;
Leucemias – Origem Mielóide e Linfóide ou Bifenotípica Aguda. - Mielodisplasias;
Leucemia Mielóide: Aguda / Crônica - < 2 anos.
- LM3 (CID)
MELHOR
LMA – Leucemia Mielóide Aguda (> 20% - WHO/ 30% - FAB) - Novo;
- LM3 (cro 15,17);
- Origem: Genética / Quimioterápicos / Mielodisplasias; - Idade <45
- Sintomas: Febre, Palidez, Hemorragias, Dores ósseas, Derrame pleural.
- Características: Acomete homens ou mulheres (adultos e crianças (20%)), predomínio
caucasiano, 50 anos. Síndrome de Down. Quimioterapia / Radioterapia
- Ácido transretinóico
- Prognóstico e Tratamento: - Atraciclina C
- Cura: >70% (transplante de medula). / Síndrome de Lise Tumoral 1. Tratamento de remissão;
2. Tratamento de consolidação.
- Bastante variado;
- Hemoglobina (3,0 a 16,0 g/dL) – MACETE! Quanto maior, pior.
- Anemia normocítica-normocrômica;
- Hiperleucocitoses (<20 % dos casos);
- Blastos > 20% (quanto maior, pior);
- Hiato leucêmico (Blasto – Segmentado);
- Plaquetopenia (exceção – M7);
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LMC – Leucemia Mielóide Crônica (15% das leucemias) – INDOLENTE.
Origem: Translocação entre um gene do cromossomo 9 e outro 22;
Cromossomo Filadélfia
PIOR
Quimioterapia / Radioterapia - Adulto;
1. Tratamento de remissão; - Percentual de Phi – 65%
2. Tratamento de consolidação; MELHOR
3. Manutenção. - Criança;
- Percentual de Phi – 2%
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LLC – Leucemia Linfoide Crônica (Leucemia linfóide mais comum)
- Idade: 60 a 80 anos;
- Sinal patognômico: Aumento simétrico de linfonodo;
- Sintomas: Assintomático, Herpes Zoaster, Tontura, “bolo no estômago”
(esplenomegalia);
- Diagnóstico:
- Classificação: (FAB – Tipo B e Tipo T);
Tipo B – LLC / LPL / HCL (Hairy cell), LF,
LCM (Células do manto)
- Tratamento: 80% sem tratamento;
- 20% Clorambucil e Prednisona, ou Ciclofosfamida e Prednisona
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AVALIAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL
Caso Clínico
Mulher com 63 anos apresentou manchas na pele, hemorragias gengivais e genitais, além de
muita fraqueza e confusão mental. Há uma semana tem febre e muita sudoração. O médico
examinou a paciente e solicitou o hemograma. A série vermelha do hemograma apresentou
os seguintes resultados:
PLAQUETOGRAMA
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FIOCRUZ / INI-Evandro Chagas
VISÃO GERAL DA HEMOSTASIA
2. Espasmo miogênico
3. Hemostasia primária
4. Hemostasia secundária
5. Fibrinólise
HEMOSTASIA
Hemostasia
Processo pelo qual o sangue se mantém sob a forma líquida dentro dos
vasos, evitando os trombos, e coagulado fora, evitando assim a hemorragia.
Fatores extravasculares:
1. Colágeno + Elastina + Fibronectina + Microfibrilas;
2. Fator III;
3. Fator de von Willebrand;
HEMOSTASIA
HEMOSTASIA
ELEMENTOS PROCOAGULANTES
Elementos atuantes nas plaquetas
- Fator vWF (corpos de Weibel-Palade);
- Trombospondina (LDL – macrófagos);
TÉCNICA DE IVY
Esfingnomanômetro – 40 mm/Hg / 3 mm
Valor de Referência:
2 a 6 minutos
HEMOSTASIA PRIMÁRIA
ALTERAÇÕES PLAQUETÁRIAS
Valor de Referência:
Negativo – Raras petéquias (máximo 6)
Positivo + - 10 a 50 petéquias
Positivo ++ - mais de 50 petéquias
Positivo +++ - mais de 70 petéquias
Positivo ++++ - incontáveis petéquias
UTILIDADE
HEMOSTASIA PRIMÁRIA
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Ideia central:
Ocorre ativação proteolítica, sequencial de zimogênios, por proteases presentes
no plasma, resultado na conversão final de fibrinogênio em coágulo firme de
fibrina.
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
Fatores Plasmáticos e Teciduais da Coagulação
I – Fibrinogênio
II – Protrombina / Vitamina K dependente
III – Fator Tissular
IV – Cálcio
V – Proacelerina / VI - Acelerina
VII – Proconvertina / Vitamina K dependente
VIII – Fator anti-hemofílico A
IX – Fator Christmas, fator anti-hemofílico B / Vitamina K dependente
X – Fator Stuart-Prower / Vitamina K dependente
XI – Fator anti-hemofílico C / Fator de Rosenthal
XII – Fator de contato / Hageman
XIII – Fator estabilizador de fibrina
XIV – Fator Fletcher ou precalicreína
XV – Fator Fitzgerald ou HMWK
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
VIAS DE ATIVAÇÃO
VIA EXTRÍNSECA
Fator III
Fator X
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
VIA INTRÍNSECA
CAPM + Pré-Calicreína Calicreína
Fator XII (Hageman)
Fator XIIa
Fator XI
Fator XIa + Ca
Fator IX
Fator IXa
Fator VIII
Fator VIIIa
Fator X
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
VIA COMUM
Fator X
Fator Xa + Ca + Fosfolipídios + Fator V Fator Va
Protrombina
Trombina
Fibrinogênio
Fibrina (frouxa) + Fator XIII
Fibrina (rede)
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
Modelos de Vias de Ativação da Cascata da Coagulação
4. Deficiências de fatores XII, Fletcher (Pré-calicreína), e Fitzgerald (CAPM), não produzem sangramento;
Ideias centrais:
1. Formação de três complexos:
a. Complexo Tenases Extrínseco;
b. Complexo Tenases Intrínseco;
c. Complexo Protrombinase.
Ideia central:
- Leva em consideração a diversidade de interações celulares com os mais
diversos receptores, sem negligenciar essa participação;
- Coloca o fator tecidual como o centro das atenções no modelo de ativação;
- Demonstra que o fator tecidual não é expresso somente pelo vaso, ou
tecido roto, e sim, por monócitos por exemplo além de micropartículas
celulares, derivados de leucócitos, plaquetas e células endoteliais;
- Observou-se que o FT não ativa somente o fator X, mas o IX também;
- Modificação do conceito de vias, para o de fases:
a. Fase de Iniciação
b. Fase de Amplificação
c. Fase de Propagação
d. Fase de Finalização
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
Modelos de Vias de Ativação da Cascata da Coagulação
- Modelo baseado em Superfícies Celulares (Ferreira, 2010)
UTILIDADE
MÉTODO DE LEE-WHITE (1913) - 4 tubos!
Outros métodos: Tubo capilar
Valor de Referência
5 a 10 minutos (ou 5 a 11 minutos)
*Tratamento com heparina: 15 a 20 min.
FATORES QUE ALTERAM O TC
* Aumentam: Bolhas de ar, tubo siliconizado, tubos sujos, temperatura.
* Diminuem: Temperatura, diâmetro dos tubos, movimentação, flebotomia
incorreta, quantidade inadequada.
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
COAGULOGRAMA
TEMPO DE ATIVIDADE DE PROTROMBINA – TAP
Método de Quick
Técnica:
Reagentes – Tromboplastina Cálcica / 0,2ml
Plasma Citratado / 0,1ml
Utilidade:
COAGULOGRAMA
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA – PTT
Técnica:
Reagentes: - Plasma citratado / 0,1ml
Cefalina / 0,1ml (sílica, caulim, celite, ácido elágico)
Cloreto de Cálcio / 0,1ml
Utilidade:
CASOS CLÍNICOS
Paciente do sexo masculino, com 58 anos, residente em Maricá, Pedreiro de
profissão, tabagista, cardiopata e etilista crônico desde os 16 anos. Relata
sangramento abundante após acidente com serrote, que custou 3 dias de
internação. Sem sucesso na
Identificação da etiologia na estada no PS.
De acordo com o caso apresentado, dê o que se pede:
1. Qual a suspeita clínica?
2. Qual o mecanismo fisiopatológico da alteração?
3. Simule os exames e resultados possíveis para o paciente.
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
CASOS CLÍNICOS
Aroldo, anda preocupado. Ivete, sua esposa, relata que a sua mãe, é
portadora de um gene defeituoso para a hemofilia. Ela não apresenta a
mutação, nem mesmo Aroldo, porém, Miguel, seu filho de 2 anos, durante
cirurgia de retirada de coto umbilical, apresentou intenso sangramento,
tendo que receber algumas bolsas de concentrado de hemácias.
Perguntas de Aroldo:
1. Poderia Miguel ser hemofílico, mesmo sem os pais serem
portadores ou hemofílicos?
2. Quais exames deveriam ter sido solicitados para o diagnóstico
da doença de Miguel?
3. Existe esperança de cura para Miguel?
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
CASOS CLÍNICOS
Hermínia, é cardiopata, dislipidêmica do tipo IIb, com altas taxas
de colesterol total e LDL. Hermínia, faz uso de AAS infantil e Varfarina.
Recentemente foi prescrito Heparina fracionada.
Perguntas:
1. Qual o objetivo e atuação de cada medicamento prescrito?
2. Como podemos monitorar a eficácia da terapêutica
administrada em dona Hermínia?
3. Qual o risco apresentado por dona Hermínia no que tange à
fibrinólise? Qual o mecanismo fisiopatológico?
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
CASOS CLÍNICOS
Rodolfo, sofre com sangramentos desde criança. Apresenta constantemente
petéquias, equimoses, hemastroses, gengivorragias e hematúria. Foram
solicitados os exames de coagulograma abaixo:
TS: 8 minutos.
TC: 20 minutos.
TAP: 11 segundos / Atividade: 100% / Relação 1,0 / INR: 1,20.
PTT: 9 minutos.
1. Qual a suspeita clínica?
2. Quais os testes comprobatórios devem ser feitos?
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA
CASOS CLÍNICOS
Fernando vai fazer uma cirurgia cardíaca, e seu cirurgião pede ajuda sobre
quais marcadores de hemostasia ele poderia solicitar como pré-cirúrgico.
1. Quais você indicaria?
2. Indique cada um, mostrando alterações possíveis na realização
dos testes.
3. Em cada analito, aponte o motivo de sua solicitação.