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HEMATOLOGIA

RESUMO
PANCITOPENIAS
ANEMIA APLÁSICA
SÍNDROME MIELODISPLÁSICA
LEUCEMIAS AGUDAS
H E M AT O P O I S E
PROLIFERAÇÃO
PANCITOPENIA

QUEDA NA CONTAGEM DAS QUADRO CLÍNICO: Depende da linhagem


CÉLULAS MIELÓIDES COM afetada
MULTIPLAS ETIOLOGIAS • ANEMIA
• Anemia aplásica – Hipocorado/descorado
• PLAQUETOPENIA
• Síndrome mielodisplásica
– Sangramentos
• Leucemias agudas
– Petéquias
• NEUTROPENIA
– Predisposição à infecções
– Maior gravidade das infecções
ANEMIA
APLÁSICA
PA N C I T O P E N I A
ANEMIA APLÁSICA

DISTÚRBIO CARACTERIZADO POR FISIOPATOLOGIA


PANCITOPENIA, EM QUE AS CÉLULAS-
TRONCO HEMATOPOIÉTICAS SÃO • ⇧ linfócitos citotóxicos ativados  ⇧
INCAPAZES DE PROLIFERAR, DIFERENCIAR- produção de linfocinas (IFN e TNF) 
SE OU ORIGINAR CÉLULAS SANGUÍNEAS Ativação da via Fas/FasL  APOPTOSE
MADURAS OU SEUS PRECURSORES
das células hematopoiéticas
• Distúrbio imunológico: destruição das células
progenitoras hematopoiéticas por linfócitos T
autorreativos
• Fatores genéticos modulam resposta imune
• Maioria dos casos é idiopático
ANEMIA APLÁSICA

FATORES PREDISPONENTES GRAVIDADE:


• Drogas: Dose dependente (QTX, sulfas, clorafenicol) ou
não dose dependente (colchicina, anfotericina, cloroquina) • GRAVE: Mortalidade de 80% em 2 anos,
• Radiação se não tratada
• Benzeno e inseticidas – Neutrófilos < 500/mm³ (N = 1500-7500)
• Vírus: Hepatite A, B e C; Parvovírus B19; EBV; CMV;
– Plaquetas < 20.000/mm³ (N = 150.000-
HIV
450.000)
• Gravidez
• HPN, – Anemia com reticulócitos < 20.000/mm³
• Anemia Fanconi • MUITO GRAVE:
• Blackfan-Diamond
– Neutrófilos < 200/mm³
SÍNDROME
MIELODISPLÁSICA
PA N C I T O P E N I A
SÍNDROME MIELODISPLÁSICA

DISPLASIA DA MEDULA ÓSSEA GRAUS:


• Instabilidade genética  Displasia das células mielóides  • SMD de baixo risco: Citopenias, displasias e < 5%
⇧ apoptose intramedular  Citopenias no sangue periférico
blastos na MO
– SMD de alto risco: Risco de evolução para LMA (Blastos >
ou = 20%) • SMD de alto risco: Citopenias, displasias e 5-19%
FATORES DE RISCO: Idade; QTX e RTX; Agentes tóxicos de blastos na MO
(benzeno, agrotóxicos); Anemia de Fanconi; Tabaco; Raras • LMA: > ou = 20% de blastos na MO
formas familiares
TRATAMENTO:
DISPLASIAS:
• Série vermelha: Sideroblastos em anel
• SMD de baixo risco: Suporte transfusional, fatores
de crescimento e imunomoduladores
• Série branca: Neutrofilo hipoglandular e Pseudo-Pelger
• Série plaquetária: Micromegacariócitos • SMD de alto risco: Hipometilantes, quimioterapia,
transplante de MO e suporte transfusional
SÍNDROME MIELODISPLÁSICA

DIAGNÓSTICO: Displasias + Citogenética EXCLUIR CAUSAS SECUNDÁRIAS:


típica + 5-19% blastos na MO • Sorologias: HIV, HCV, HBV
• Mielograma • Avaliações: Hepática; AF e Vitamina B12;
Ferritina, ferro sérico e TIBC; Função renal e
• Biópsia de medula óssea
eletrólitos; TSH e T4L; FAN e FR; RX tórax;
– 70% hipercelular USG abdome; Alcool
– 30% hipocelular + displasias TRATAMENTO: Melhorar a sobrevida global
• Citogenética • SMD de baixo risco: Reduzir a necessidade
transfussional
• Molecular?
• SMD de alto risco: Induzir a remissão da doença
LEUCEMIAS
AGUDAS
PA N C I T O P E N I A
LEUCEMIAS AGUDAS

PARADA DE DIFERENCIAÇÃO POR


ALTERAÇÃO CLONAL COM
PRESENÇA DE > OU = 20% DE
BLASTOS NO SANGUE OU NA
MEDULA
EPIDEMIOLOGIA:
• Acomete todas as idades
• Incidência de 8-10 casos/100.000
habitantes/ano
LEUCEMIAS AGUDAS

LESÕES GENÉTICAS COMO CAUSADORAS DIAGNÓSTICO:


AGENTES PREDISPONENTES: • Esfregaço de sangue periférico
• Antecedente familiar
• Mielograma (morfologia, citoquímica)
• QTX e RTX prévias
• Citogenética (impacto no diagnóstico e
• Exposição a agentes tóxicos (derivados do
Benzeno, agrotóxicos, inseticidas, etc)
prognóstico)
• Maioria dos casos: Idiopáticos • Citometria de fluxo (avaliação de
TRATAMENTO: IMEDIATO marcadores de superfície celular)
HISTÓRIA NATURAL: Evolução rápida e óbito
por citopenias graves
NEOPLASIAS
MIELOPROLIFERATIVAS
L E U C E M I A M I E L Ó I D E C R Ô N I C A
P O L I C I T E M I A V E R A
T R O M B O C I T E M I A E S S Ê N C I A L
M I E L O F I B R O S E P R I M Á R I A
H E M AT O P O I S E
NMP são causadas por um
aumento clonal de uma ou mais
séries no sangue periférico e na
medula óssea (hipercelular), com
maturação preservada

• ORIGEM: Precursor
hematopoiético pluripotente

• Comum esplenomegalia e
hepatomegalia – sequestro ou
proliferação anormal de células
hematopoiéticas
LEUCEMIA
MIELÓIDE
CRÔNICA
N E O P L A S I A M I E L O P R O L I F E R A T I VA
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

NEOPLASIA MIELOPROLIFERATIVA ORINIADA QUADRO CLÍNICO:


ATRAVÉS DA TRANSLOCAÇÃO BCR-ABL ENTRE O
CROMOSSOMO 9 E 22 (t(9;22) – Cromossomo Ph +) • Assintomáticos (50%)
HEMOGRAMA: • A maior parte dos sintomas decorrem da
• Em geral, grande leucocitose às custas de granulócitos,
proliferação celular e do estado
desvio à esquerda até blastos (< 5%), com picos em
mielócitos e neutrófilos, sem atipias hipermetabólico
• Basofilia e eosinophilia – Dor óssea, perda de peso, fagida
• Hb normal ou anemia normo-normo
• Esplenomegalia
• Plaquetas normais ou aumentadas
Hiperuricemia e aumento do LDH
• Leucoestase
MO: Hipercelular às custas das series granulocítica e – Obstrução mecânica da microcirculação:
megacariocítica Trombose
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

TRATAMENTO:
• Inibidores da tireosinoquinase
– Imatinibe
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
• Reação leucemóde (raramente há blastos ou
promielócitos no esfregaço)
– Infecção severa; Câncer metastático;
Síndrome paraneoplásica; Doenças
inflamatórias (Still)
• Outras doenças mieloproliferativas (Ph-)
POLICITEMIA
VERA
N E O P L A S I A M I E L O P R O L I F E R A T I VA
POLICITEMIA VERA

DESORDEM CLONAL FISIOPAGOLOGIA:


CARACTERIZADA POR PRODUÇÃO • Aumento da massa eritrocitária e da
AUMENTADA DE CÉLULAS viscosidade sanguínea
ERITRÓIDES MADURAS NA MEDULA
– Trombose arterial e venosa
ÓSSEA
– Sangramento
• Ativação constitutiva da via JAK-STAT,
• Aumento da produção e destruição das
com a maioria dos pacientes com mutação
células sanguíneas
V617F
– Hiperuricemia
– Hipermetabolismo
POLICITEMIA VERA

QUADRO CLÍNICO: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:


• FASE INICIAL: Hiperviscosidade sanguínea • Situações em que a EPO está aumentada
– Necessidade de sangria e/ou agentes – Hipóxia
imunossupressores
– Produção inapropriada
• FASE ESTÁVEL: Diminui a necessidade de
– Administração exógena
sangria e agentes imunossupressores
• FASE FINAL (FIBRÓTICA): • Poliglobulia relativa
Esplenomegalia + Necessidade transfusional – Desidratação
– Evolução para MIELOFIBROSE ou LMA – Uso de diuréticos
TROMBOCITEMIA
ESSÊNCIAL
N E O P L A S I A M I E L O P R O L I F E R A T I VA
TROMBOCITEMIA ESSÊNCIAL

NEOPLASIA MIELOPROLIFERATIVA DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: CAUSAS


CARACTERIZADA POR DE PLAQUETOSE
TROMBOCITOSE • PRIMÁRIAS
• 50% dos pacientes são assintomáticos – NMPC ou mieloides: PV, TE, MF, SMD com
deleção dp 5q, anemia refratária com
• Manifestações hemorrágicas em mucosas sideroblastos em anel com trombose
ou de oclusão vascular (AVC, isquemia • SECUNDÁRIAS
digital, trombose de veia hepática)
– Esplenectomia (anatômica ou funcional);
• Raramente evolui para mielofibrose e Infecção; Inflamação; Deficiência de ferro;
LMA Rebote após hemorragia; Traumatismo; PO;
Neoplasias não hematológicas
MIELOFIBROSE
PRIMÁRIA
N E O P L A S I A M I E L O P R O L I F E R A T I VA
MIELOFIBROSE PRIMÁRIA

PROLIFERAÇÃO CLONAL NAS CÉLULAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E


PROGENITORAS DA MO, COM LABORATORIAIS:
PRODUÇÃO DE FATORES DE • Sintomas: Anemia, Esplenomegalia e Sintomas
CRESCIMENTO QUE ESTIMULAM A constitucionais
PRODUÇÃO DE FIBROBLASTOS, • Achados clínicos: Esplenomegalia e Hepatomegalia
LEVANDO A FIBROSE DA MEDULA ÓSSEA • Alterações hematológicas: Anemia (dacriócitos),
• Inicialmente ocorre hipercelularidade, evoluindo Leucocitose, Leucopenia, Trombocitose,
posteriormente para fibrose (pancitopenia) Trombocitopenia, Megacariócitos anormais e
– Exposição previa a Benzeno ou radiação Fibrose
ionizante • Anormalidades moleculares: JAK2, MPL, CALR e
– Raros casos de história familiar Alterações citogenéticas
MIELOFIBROSE PRIMÁRIA

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL


• Outras neoplasias hematológicas • Causas secundárias de fibrose na Medula
– Mielodisplasia hiperfibrótica óssea
– Leucemia megacarioblástica – Quimioterapia
– Panmielose aguda com fibrose – HIV
– Tricoleucemia – Infecções (granuloma – Tb crônica)
– LNH – Outras neoplasias metastáticas
– Osteoporose
HEMOGLOBINOPATIAS
D O E N Ç A E A N E M I A FA L C I F O R M E
TA L A S S E M I A B E TA
SÍNTESE DE
HEMOGLOBINAS
No RN predomina a presença de
Hb Fetal, enquanto no adulto
predomina a Hb A.
H E M O G L O B I N O PAT
IAS:
São doenças hereditárias causadas
por mutações nos genes de globina
ou nos seus elementos regulatórios,
levando à alterações na síntese ou
na estrutura das cadeias de globina
e hemoglobina

- Alterações estruturais: Variantes


estruturais da hemoglobina (AF)

- Alterações no ritmo da síntese:


Talassemias

- Persistência hereditária de HbF


(PHHF)
VARIANTES
ESTRUTURAIS E
ANEMIA
FALCIFORME
H E M O G L O B I N O PAT I A S
VARIANTES ESTRUTURAIS

NO BRASIL EXISTEM 1347


VARIANTES, SENDO AS MAIS
COMUNS A Hb S e Hb C
ANEMIA FALCIFORME

DOENÇA FALCIFORME E ANEMIA


FALCIFORME
TALASSEMIAS
H E M O G L O B I N O PAT I A S
BETA TALASSEMIA

RESULTA DO DESEQUILIBRIO DA
SÍNTESE DAS CADEIAS DE • S
GLOBINAS OCASIONADO POR
MUTAÇÕES QUE AFETAM SEUS
GENES
• PCR para diagnóstico da Talassemia
BETA TALASSEΑMIA

SOBRECARGA DE FERRO:
• GDF15 gera uma supressão da Hepcidina  • S
Aumento da absorção gastrointestinal de ferro
• Aumento do aporte de ferro pelas transfusões
 Hemossiderose  Necessidade de
quelação
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS:
• Anemia hipocrômica de grau acentuado
• Hemácias em alvo; Aniso-poiquilocitose;
Esquizócitos; Dacriócitos; pontilhado basófilo
ANEMIAS
HEMOLÍTICAS
ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA
DEFICIÊNCIA DE G6PD
ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE
ERITROPOESE
ANEMIA HEMOLÍTICA =
DESTRUIÇÃO
ERITROCITÁRIA +
RESPOSTA MEDULAR
H E M O C AT E R E S E
AS ANEMIAS HEMOLÍTICAS
SÃO RESULTANTES DO
AUMENTO DO RITMO DE
DESTRUIÇÃO DOS
ERITRÓCITOS
ANEMIA HEMOLÍTICA

AUMENTO DO RITMO DE
DESTRUIÇÃO DOS ERITROCITOS
• Ocorre no SRE (macrófagos do baço,
fígado e MO)
ACHADOS LABORATORIAIS
• Sinais de aumento da destruição eritróide
• Sinais de aumento da produção eritróide
• Alterações e sinais de dano dos eritrócitos
ANEMIA
HEMOLÍTICA
E X T R AVA S C U L A R X
I N T R AVA S C U L A R

EXAMES LABORATORIAIS:

- GERAIS: Hb, Reticulócitos,


índices hematimétricos e
morfologia

- ESPECÍFICOS: Atividade
enzimática e dosagem de Hb’s
ANEMIA HEMOLÍTICA
EXTRAVASCULAR X INTRAVASCULAR
PARAMÊTROS CLÍNICOS: PARAMÊTROS LABORATORIAIS:
• EXTRAVASCULAR: Icterícia, litíase • EXTRAVASCULAR: Reticulocitose (3-6x
vesicular e esplenomegalia nível basal), policromatografia, aumento
• INTRAVASCULAR: Hemoglobinemia, do produto do catabolismo dos eritrócitos
hemoglobinúria e hemossiderinúria (BI e LDH)
• INTRAVASCULAR:
ANEMIA HEMOLÍTICA
HEREDITÁRIA X ADQUIRIDA
HEREDITÁRIA: DEFEITO INTRÍNSECO ADQUIRIDA: ALTERAÇÃO
DOS ERITRÓCITOS EXTRACORPUSCULAR OU NO AMBIENTE
CIRCUNDANTE AOS ERITRÓCITOS
• Defeito de membrana: Esferocitose
• Imunes: AI, aloimune, induzida por drogas
hereditária, eliptocitose hereditária,
ovalocitose do sudoeste asiático • HPN

• Defeitos metabólicos: Defeito de G6PD, • Síndrome de fragmentação eritrocitária


defeito de piruvato-quinase • Hemoglobinúria da marcha
• Defeitos na hemoglobina: Variante de • Secundárias
Hb, síntese deficitária • Miscelânea: Infecções, químicos, toxinas...
ESFEROCITOSE
HEREDITÁRIA
ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA
POR DEFEITO DE MEMBRANA
ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA

OS ERITRÓCITOS APRESENTAM
ALTERAÇÕES QUE LEVAM À
DIMINUIÇÃO DA DEFORMIDADE E
PREDISPOSIÇÃO AO
APRISIONAMENTO ESPLÊNICO
• Alterações relacionadas: anquirina, banda
3 e beta-espectrina
ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA

INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL:
• Hemograma e morfologia eritrocitária
• Teste de fragilidade osmótica
• Análise eletroforética das proteínas de
membrana
• Análise molecular
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: ANEMIA
HEMOLÍTICA IMUNOMEDIADA
DEFICIÊNCIA DE
G6PD
ANEMIA HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA
P O R D E F E I T O M E TA B Ó L I C O
DEFICIÊNCIA DE G6PD
(VIA DAS PENTOSES)
DEFEITO ENZIMÁTICO QUE PODE CAUSAR
HEMÓLISE AGUDA INTRAVASCULAR, EM
RESPOSTA À UM EXTRESSE OXIDATIVO
• Defeito enzimático mais comum
• Herança ligada ao sexo
– Acomete mais homens

Em condições de estresse oxidativo, a via das pentoses é


ativada. Indivíduos com deficiência de G6PD não são
capazes de gerar potencial redutor, fazendo com que ocorra
oxidação dos compostos essenciais para a sobrevivência da
célula, gerando por consequência a hemólise
DEFICIÊNCIA DE G6PD
(VIA DAS PENTOSES)
AGENTES QUE PODEM CAUSAR ANEMIA
HEMOLÍTICA:
• Drogas
– Anti-maláricos (primaquine, pamaquina,
cloroquina, fansidar, maloprim)
– Sulfonamidas e sulfonas
– Outros agentes anti-bacterianos
– Analgésicos (ex: aspirina)
– Anti-helmínticos
– Outos (ex: análogos de vitamina K, naftalina)
• Feijão fava (e possivelmente outros vegetais)
DEFICIÊNCIA DE G6PD
(VIA DAS PENTOSES)
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DA
DEFICIÊNCIA DE G6PD:
• Avaliação da atividade enzimática
– Teste da redução da Metahemoglobina
(BREWER)
• Análise molecular:
– Mutação A376G: Variante A+ (80% de atividade)
– Mutação G202A: Variante A- (7% de atividade)
– Mutação C563T: Variante B- (atividade quase
inexistente)
ANEMIAS
L E U C E M I A M I E L Ó I D E C R Ô N I C A
P O L I C I T E M I A V E R A
T R O M B O C I T E M I A E S S Ê N C I A L
M I E L O F I B R O S E P R I M Á R I A
ANEMIAS
FASE DE DIFERENCIAÇÃO
(EPO): NORMO/NORMO

FASE DE PROLIFERAÇÃO (B12


E AF): MACROCÍTICAS

FASE DE
HEMOGLOBINIZAÇÃO
(FERRO):
MICROCÍTICA/HIPOCRÔMICA

FASE DE CIRCULAÇÃO:
NORMO/NORMO
GAMOPATIAS
MONOCLONAIS
G A M O PAT I A M O N O C L O N A L D E S I G N I F I C A D O
I N D E T E R M I N A D O ( G M S I )
M I E L O M A A S S I N T O M Á T I C O ( S M M )
M I E L O M A M Ú LT I P L O
G A M O PAT I A S
MONOCLONAIS
A PRESENÇA DE
PARAPROTEINEMIA É
SUGESTIVA DE EXPANSÃO
CLONAL DE PLASMÓCITOS

ESTADOS REACIONAIS
TAMBÉM PODEM AUMENTAR
A QUANTIDADE DE
PLASMÓCITOS NA MO

- SEMPRE SE DEVE
CONFIRMAR A CLONALIDADE
COM BIÓPSIA ASSOCIADA A
IMUNOHISTOQUÍMICA E
CITOMETRIA DE FLUXO
G A M O PAT I A S
MONOCLONAIS
HÁ UM GRUPO EXTENSO DE
DOENÇAS, VARIANDO DE
GAMOPATIA MONOCLONAL
DE SIGNIFICADO
INDETERMINADO,
AMILOIDOSE E MIELOMA
MÚLTIPLO
MUTAÇÕES EM GAMOPATIAS
MONOCLONAIS
MAIS FREQUENTES:
• NRAS
• KRAS
• BRAF
EVENTOS SECUNDÁRIOS QUE
COOPERAM PARA A EVOLUÇÃO CLONAL:
• Junto com à ativação da via NF-kB
• As mutações (ao contrário das translocações)
não tem impacto prognóstico!
GAMOPATIA MONOCLONAL DE
SIGNIFICADO INDETERMINADO (GMSI)
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (IMGW):
MGUS/GMSI
• Proteína M < 3 g/dL
• Plasmócitos clonais MO < 10%
• Sem evento definidor de mieloma
MIELOMA ASSINTOMÁTICO (SMM)

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (IMGW):


• Proteína ≧ 3g/dL (sérica) ou ≧
500mg/24h (urinária)
• Plasmócitos clonais MO 10-60%
• Sem evento definidor de mieloma múltiplo
ESTÁGIO INTERMEDIÁRIO ENTRE
GMSI E MM
• Risco de progressão para fase sintomática
de 10% ao ano
G A M O PAT I A S
MONOCLONAIS
A EVOLUÇÃO DA GMSI PARA
O MM DEPENDE DE UMA
PROGRESSÃO DE EVENTOS
MIELOMA
MÚLTIPLO
G A M O PAT I A M O N O C L O N A L
SINTOMÁTICA
MIELOMA MÚLTIPLO

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (IMWG):


• Evidência de gamopatia monoclonal + 1
ou mais eventos definidores
– ≧ 1 CRAB
– Plasmócitos clonais na MO ≧ 60%
– Razão FLC ≧ 100
– > 1 lesão focal na RNM
MIELOMA MÚLTIPLO

NOVOS BIOMARCADORES DE
ATIVIDADE DA DOENÇA:
• Geram situações em que, mesmo sem
CRAB, está indicado o tratamento por
risco altíssimo de progressão sintomática
precoce
– Risco excede 70% em 2 anos
– Não justificado mais manter em
observação clínica
MIELOMA MÚLTIPLO

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Dores ósseas (70-90%): Lesões osteolíticas, osteoporose,
fraturas patológicas
• Anemia (60%): Eritropoese deficiente, ⇩ EPO, infiltração da
MO, ⇩ vida média dos eritrócitos, hemodiluição, QT/RDT
• Hipercalcemia (25%): Lesões ósseas
• Insuficiência renal (20%): Hipercalcemia, desidratação,
hiperuricemia, infecções, drogas nefrotóxicas, proteinúria de
Bence Jones, cadeias leves amilóide, deposição de cadeia
pesada e leve
• Infecções (15-50%): ⇩ Ig policlonais, neutropenia,
imunossupressão (QT/RDT), função de LT, ⇩ atividade NK
• Hiperviscosidade (10%): Fadiga, confusão, sangramento
MIELOMA MÚLTIPLO

EXAMES DE INVESTIGAÇÃO:
• Eletroforese de proteínas
– Proteína monoclonal (M) lambda isolada
• Imunofixação
• Cadeias leves livres séricas
• Investigação medular
HEMOSTASIA
D O E N Ç A D E V O N W I L L E B R A N D
H E M O F I L I A A E B
D E F I C I Ê N C I A D E V I TA M I N A K
C O A G U L A Ç Ã O I N T R AVA S C U L A R D I S S E M I N A D A
H E M O S TA S I A
ANAMNESEE + SCORE PARA
DEFINIR O AUMENTO DE
SANGRAMENTO (BLEEDING
SCORE)

TRANSAMIN COMO FATOR


PROTETOR PARA
SANGRAMENTO, SEM
AUMENTAR O RISCO
TROMBÓTICO
HEMOSTASIA
PRIMÁRIA X SECUNDÁRIA
HEMOSTASIA PRIMÁRIA: CONTRAÇÃO HEMOSTASIA SECUNDÁRIA:
VASCULAR + FORMAÇÃO DO PLUGUE ATIVAÇÃO DA CASCATA DE
PLAQUETÁRIO
COAGULAÇÃO + DEPOSIÇÃO E
DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA PRIMÁRIA:
ESTABILIZAÇÃO DA FIBRINA
SANGRAMENTO CUTÂNEO-MUCOSO
• Petéquias DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA
• Equimoses
SECUNDÁRIA: SANGRAMENTOS
PROFUNDOS
• Menorragia
• Epistaxe • Hemartrose
• Gengivorragia • Hematomas
• Sangramentos de TGI • Sangramento intra-parenquimatoso
DOENÇA DE VON
WILLEBRAND
C O A G U L O PAT I A H E R E D I T Á R I A
DOENÇA DE VON WILLEBRAND

COAGULOPATIA HEREDITÁRIA
CARACTERIZADA POR DEFEITO
QUAANTITATIVO OU QUALITATIVO
DO FATOR DE VON WILLEBRAND
(FAVORECE A ADESÃO
PLAQUETÁRIA)
• CONDUTA: Reposição de Fator de Von
Willebrand
HEMOFILIAS
D E F I C I Ê N C I A D O S FAT O R E S D E
COAGULAÇÃO
HEMOFILIAS A E B

DONÇA HEMORRÁGICA HEREDITÁRIA


CARACTERIZADA POR DEFICIÊNCIA DE
FATORES DE COAGULAÇÃO
• FATOR VIII: HEMOFILIA A
• FATOR IX: HEMOFILIA B
– Os pacientes apresentam sangramentos articular
e parenquimatoso
– A função plaquetária é normal, mas ocorre uma
deficiência de via intrínseca
– Tratamento disponível com reposição dos fatores
de coagulação deficientes
HEMOFILIAS A E B

AS HEMOFILIAS SÃO DOENÇAS


RECESSIVAS LIGADAS AO
CROMOSSOMO X
• TESTE DE MISTURA: MISTURAM-SE O
PLASMA COM O CONTROLE NA MESMA
PROPORÇÃO E SE HOUVER CORREÇÃO
DO PTT, CONCLUI-SE QUE O PACIENTE
TEM DEFICIÊNCIA DE FATOR DE
COAGULAÇÃO
• ATIVIDADE DO FATOR DE
COAGULAÇÃO
CIRROSE
FÍGADO É O ÓRGÃO CENTRAL DA
H E M O S TA S I A
CIRROSE HEPÁTICA

NA CIRROSE HEPÁTICA, TODAS AS


ETAPAS DA COAGULAÇÃO ESTARÃO
DESFUNCIONAIS
• CLÍNICA: SANGRAMENTOS E
TROMBOSES
DEFICIÊNCIA DE
VITAMINA K
DEFICIÊNCIA DE VITAMINA K
COA GU L A ÇÃ O
INTRA VA S C U L A R
D ISSEMI NA D A
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR
DISSEMINADA
SÍNDROME ADQUIRIDA
CARACTERIZADA PELA ATIVAÇÃO
INTRAVASCULAR DA COAGULAÇÃO
COM PERDA DA LOCALIZAÇÃO,
DEVIDO A DIFERENTES CAUSAS
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR
DISSEMINADA
HEMOTERAPIA
L E U C E M I A M I E L Ó I D E C R Ô N I C A
P O L I C I T E M I A V E R A
T R O M B O C I T E M I A E S S Ê N C I A L
M I E L O F I B R O S E P R I M Á R I A
HEMOCOMPONENTES E
HEMODERIVADOS
HEMOCOMPONENTES: PRODUTOS HEMODERIVADOS: PRODUTOS
OBTIDOS/ORIUNDOS DO SANGUE OBTIDOS/ORIUNDOS DO SANGUE
TOTAL OU DO PLASMA, OBTIDOS POR TOTAL OU DO PLASMA, OBTIDOS POR
MEIO DE PROCESSAMENTO FÍSICO MEIO DE PROCESSAMENTO FÍSICO-
(CENTRIFUGAÇÃO, CONGELAMENTO QUÍMICO OU BIOTECNOLÓGICO
E DESCONGELAMENTO) • EXEMPLO: ALBUMINA HUMANA,
• EXEMPLO: CONCENTRADO DE FATORES DE COAGULAÇÃO,
HEMÁCIAS E DE PLAQUETAS, IMUNOGLOBULINAS.
PLASMA FRESCO CONGELADO.
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

INDICAÇÕES:
AVALIAÇÃO PRÉ-TRANSFUSSIONAL:
• Ht ≤ 15% ou Hb ≤ 5,0 g/dl com anemia crônica e sem sinais de
• Determinação de grupo sanguíneo (DGS) hipóxia tecidual ou aumento de consumo de O 2

do paciente (ABO e RhD) • Ht ≤ 21% ou Hb ≤ 7,0 g/dl com anemia aguda e sem sinais de
hipóxia tecidual ou aumento de consumo de O2
• Pesquisa de anticorpo antieritrocitários • Ht ≤ 27% ou Hb ≤ 9,0 g/dl (Hb ≤ 8,0 g/dl) em pacientes
portadores de aterosclerose cardiovascular com ou sem angina;
irregulares (PAI)
portadores de doença pulmonar crônica ou aguda, com pO2 art
– Aloimunização prévia: Reação hemolítica inferior a 80 mmHg; pacientes com quadros de isquemia tecidual
aguda; e situações com aumento de consumo (infecções, etc.)
• Prova de compatibilidade: Prova cruzada • Ht ≤ 30% ou Hb ≤ 10,0 g/dl em pacientes no PO imediato de
maior (para CH) revascularização miocárdica ou IAM recente
• Hemorragias agudas (perda superior a 10 ml/Kg em uma hora)
• Re-DGS do CH
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

FENOTIPADOS: Aloimunização LAVADOS: Retirar proteínas plasmáticas


eritrocitária • Reações alérgicas graves
• Pacientes sensibilizados: CH compatíveis • Deficiência de proteínas séricas no
(evitar reações hemolíticas) receptor
• Profilática: Pacientes em programação • Transfusão não ABO idêntica (O  A ou
crônica de transfusão B) com títulos altos de Anti-A ou Anti-B
CONCENTRADO DE HEMÁCIAS

DESLEUCOCITADAS: Leucodepleção de 99,9%, IRRADIADOS: Inativação de células imunocompetentes (dose


de 2500 rads), gerando profilaxia de GVHD-TA (reação
gerando uma profilaxia contra antígenos
transplante vs hospedeiro relacionada a transfusão)
leucocitários (HLA) e de infecções por agentes
Mecanismo (Critérios de Billingham):
intranucleares
1) Diferença de HLA entre R e D
• Anemia aplástica grave 2) Presença de células imunocompetentes no hemocomponente
• Candidatos a TMO ou órgãos de doadores mortos 3) Incapacidade do R em rejeitar o enxerto
Quadro clínico: Febre, lesões eritematosas na pele (eritema
• Reação febril não hemolítica
macular  hemorragia bolhosa), alteração hepática (colestase
• Profilaxia de infecção por CMV intra-hepática), falência medular (pancitopenia  infecção e
sangramento)  Mortalidade de 87-100%
• Programa de transfusões crônicas
Podem ser irradiados também: Concentrados de plaquetas e de
• Profilaxia de refratariedade plaquetária granulócitos (mesmas indicações)
REAÇÕES
TRANSFUSIONAIS
REAÇÕES TRANSFUSSIONAIS

REAÇÕES HEMOLÍTICAS REAÇÕES TARDIAS


• Intravascular • GVHD-TA (Doença transplante vs
• Extravascular hospedeiro relacionada a transfusão)
REAÇÕES NÃO HEMOLÍTICAS
• Púrpura pós-transfusional
• Reações alérgicas e anafiláticas
• Hemossiderose secundária com lesão de
• Reação febril não hemolítica
órgão alvo
• TRALI (Lesão pulmonar aguda associada a
transfussão)
• TACO (Sobrecarga volêmica)
• Sepse associada a transfusão
TRALI (LESÃO PULMONAR AGUDA
ASSOCIADA A TRANSFUSÃO)
EDEMA PULMONAR NÃO
CARDIOGÊNICO ASSOCIADO A
TRANSFUSSÃO
• SINTOMAS: Dispneia, tosse, febre,
eventualmente hipertensão ou hipotensão
– Tem início concomitante ou até 6 horas após
a transfusão, com aparecimento súbito
• EXAMES: RX com tórax infiltrado
bilateralmente com normalização em 4-5 dias
• MORTALIDADE: 5-8% dos casos
TRALI (LESÃO PULMONAR AGUDA
ASSOCIADA A TRANSFUSÃO)
DIAGNÓSTICO:
• Quadro clínico + Evolução
• Exames laboratoriais: Tipagem HLA e HNA e
pesquisa de Acs (hemocomponente/doador)
TRATAMENTO:
• Suporte ventilatório
• Reposição volêmica
• Excluir doador relacionado
PROFILAXIA: Hemocomponentes rico em plasma
de doadores do sexo M ou F <3 gestações
TACO (SOBRECARGA VOLÊMICA
ASSOCIADA À TRANSFUSSÃO)
SINAIS E SINTOMAS: Insuficiência TRATAMENTO:
respiratória, estase jugular, edema pulmonar • Suporte ventilatório
cardiogênico
• Diuréticos
• Infusão mais lenta na próxima transfussão
PACIENTES DE RISCO: Extremos de
idade, pacientes complexos e balanço hídrico
prévio positivo
ONCO-HEMATOLOGIA
N E O P L A S I A L I N F O P R O L I F E R AT I VA
N E U T R O P E N I A F E B R I L
S Í N D R O M E D E L I S E T U M O R A L
H I P E R L E U C O C I T O S E E L E U C O E S T A S E

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