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EMERGÊNCIA S ONCOLÓGICAS

IMPORTÂNCIA DAS EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS


- Ameaçam a vida do paciente a curto prazo;
- Necessidade de diagnóstico e tratamento precoce;
- Eventos que podem levar à morte ou grande morbidade devido sequelas permanentes;
- Médicos emergencistas e clínico s gerais possuem grande chance de contato com essas situações
além dos oncologistas.
CLASSIFICAÇÃO
- Metabólicas:
Síndrome de lise tumoral;
Hipercalcemia;
Hiponatremia – SIADH.

-Hematológicas:
Trombose /sangramento;
Coagulação intravascular disseminada.

-Infecciosas/inflamatórias:
Neutropenia febril;
Extravasamento de quimioterapia.

-Mecânicas:
Hipertensão intracraniana;
Síndrome de Veia Cava Superior;
Compressão medular;
Tamponamento cardíaco;
Obstrução de vias aéreas
SINDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR
Decorrente da obstrução da veia cava superior (intrínseca ou extrínseca) ou compressão cardíaca
por massa intratorácica;
Neoplasias malignas são responsáveis s por cerca de 80% dos casos.
CAUSAS:
- Neoplasias malignas: cerca de 80% dos casos;
- Câncer de Pulmão de Pequenas Células (SCLC ) e Carcinoma Espinocelular (CEC);
- Outros tumores: linfomas, metástases mediastinais, germinativos, timonas.
Causas não malígnas: 20%;
- Fibrose mediastinal por infecção (mais comum);
- Trombose (associada a catéteres venosos);
- Bócio;
- Teratoma benigno;
- Higromacístico;
- Timoma;
- Tuberculose, Sífilis;
- Fibrose pós -radioterapia;
- Sarcoidose.

SINTOMAS
D IAG N ÓSTI C O :
Clínico;
Exames de Imagem:
Raio-X de tórax;
Tomografia de tórax;
Angioressonância;
USG;
Broncoscopia com Doppler.

TRATAMENTO
- Tratamento suporte:
Elevação da cabeceira do leito;
Não puncionar membros superiores;
Oxigênio suplementar;
Dieta hipossódica;
Diuréticos (cuidados com desidratação);
Corticóides.
- Quimioterapia:

Câncer de pulmão pequenas células – 80% de remissão;


Linfomas (ex. Não - Hodgkin) – 80% de remissão;
Germinativos;

Câncer de pulmão não pequenas células – 40 % de remissão .


Radioterapia
Dose radioterápica paliativa;
Atrapalha na coleta de biopsia posteriormente;
Cirurgia;
Stents intravasculares;
Realizar o diagnóstico etiológico com biópsia;
Raras exceções: radioterapia ou stents .

PROGNÓSTICO:
Relacionado à etiologia;
50% das SV C S ocorrem antes do diagnóstico da malignidade;
Expectativa média – 6 meses (1,5 a 9,5 meses).

Sindrome de compressão medular


2ª complicação neurológica mais frequente no câncer;
Tratamento de emergência;
Evitar sequelas motoras e disfunção vescial/intestinal .
Apenas 10% dos pacientes com SCM e que não de ambulam ao diagnóstico voltarão a andar.
Quanto mais precoce a descompressão menor as sequelas.

Neurológicas

Sinais e sintomas
DIAGNÓSTICO:
- Ao exame físico:
Dor à palpação ou percussão da coluna ;
Paresia, reflexo cutâneo-plantar anormal ;
Perda sensorial;
Be xi g a palpável, grande volume residual pós-miccional;
Hipotonia de esfíncter anal .

-Diagnóstico por imagem:


Raio-x;
Tomografia;
Ressonância Magnética.

Tratamento

-Tratamento suporte:
Repouso;
Analgesia:
Dexametasona;
Bolusinicial de 10mg;
 Manutenção de 8m g 12/12h
Radioterapia;
Cirurgia;
Possibilidade de realizar biópsia;
Estabilidade da coluna;
Compressão por fragmento ósseo.
Tratamento vias:
Controle da dor;
Evitar complicações;
Preservar a f unção neurológica.
OBS.: Tempo médio de sobrevida de um paciente com SCM é 3 a 6 meses.

NEUTROPENIA FEBRIL:
- Para ser neutropenia:
- Contagem de neutrófilos: < 500 céls/ mm³ o u <100 0 céls/ mm³ com expectativa de queda;
- Relacionada a doença de base (leucemia );
- Sequela de terapia citotóxica (quimioterapia).
- Febre: T :>37,8 ºC isolada ou 37,5 ºC por mais de uma hora;

Processo inflamatório é mínimo (pois o sistema imunologico já está deprimido):


- Celulite sem eritema ;
- Pneumonia sem infiltrado no R x;
- Infecção urinária sem piúria

DIAGNÓSTICO
* Exames:
- Hemoculturas e de catéter (port-a-cath);
- Urocultura;
- Raio-X tórax;
- TC Toráx;
- Maior sensibilidade para detectar infiltrados de pneumonia.

TRATAMETO:
- Antes da era da terapia com antibióticos empírico, 50 a 75% da mortalidade relacionada a
quimioterapia era relaciona da às infecções.
- A terapia empírica é justificada pela rapidez com que o paciente neutropênico pode desenvolver
febre e progredir para a sepse.
- A cobertura antimicrobiana pode ser reduzida assim que resultados das culturas guiem o
tratamento.

USO DE GCSF- FILGRASTIMA (GRNULOKINE)


- Uso não altera mortalidade;
- Diminui tempo de internação hospitalar;
- Preferência para pacientes mais graves:
Hipotensão;
Acima de 65 anos;
Infecção fúngica sistêmica;
Disfunção de múltiplos orgãos por sepse;
- Netrófilos < 100cel /m m³.

HIPERCALCEMIA:
- Principal a normalidade metabólica associada a neoplasia maligna;
- Ocorre e m 20 a 30% dos pacientes com câncer;
- Marcador d e mau prognóstico;
- Relacionada principalmente ao câncer:
- Mama;
- Pulmão;
- Mieloma múltiplo.

T I P O S D E H I PE R CAL C E M IAR E LAC I O NAD OAO C Â N C E R :


- Hipercalcemia humoral da malignidade:
- PTHrP – proteína relacionada ao Hormônio da Paratireoide;
- 80% dos casos.
- Osteólise local:
- Infiltração osséa importante;
- 20% dos casos.
- Hiperparatireodismo ectópico :
- Raro, me nos de 1%
- Dialise .

S Í N DR O M ED ELI S ETU MO RAL:


- Resulta da destruição rápida de células neoplásicas liberando o
conteúdo intracelular para o espaço extracelular;
- Relacionada a neoplasias com altas taxas de proliferação e grande sensibilidade a quimioterápicos
ou radioterapia (leucemias, linfomas e tumores germinativos);
- Várias alterações metabólicas:
- Hiperuricemia;
- Hiperfosfatemia;
- Hipocalcemia (secundária a acido se metabólica);
- Hipercalemia;
- Uremia (insuficiência renal).
SINAISESINTOMAS
- Náusea;
- Vômito;
- Fraqueza;
- Mialgias;
- Arritmia cardíaca;
- Desidratação
T RATAM E N T O :
- Hidratação;
- Diuréticos;
- Bicarbonato (se acidose importante);
- Medidas para hipercalemia;
- Diálise
M E T Á S TAS E S C E R E B RAI S :
- Metástases cerebrais são 10 x mai s com uns que os tumores primários do SNC;
- Os tumores de mama, pulmão e melanoma representam o grupo mais comum.
SINAISESINTOMAS:
- Cefaléia crônica e progressiva;
- Náusea e vômitos;
- Alterações neurológicas focais;
- Crises convulsivas.
T RATAM E N T O :
- Tratamento de suporte:
- Hidratação;
- Anticonvulsivantes (apenas se crise presente);
- Dexametasona;
 Bolusinicial de 10mg ;
 Manutenção de 8mg 12 /12h .

Tratamento definitivo:
- Cirurgia;
 Lesão única ou sinais de hipertensão intracraniana;
- Radioterapia;
 ¨Crânio total¨.
- Radiocirurgia.

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