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● homens: 40 a 53%
● mulheres: 37 a 43%
Quando há menos de 5.000 leucócitos por mm3 de sangue, significa que o paciente apresenta leucopenia;
uma contagem superior a 11.000 leucócitos por mm3 de sangue caracteriza um quadro de leucocitose.
A presença de leucopenia pode indicar os seguintes quadros: (1) processos viróticos - rubéola, HIV; (2)
mononucleose; (3) dengue; (4) febre tifoide.
A presença de leucocitose pode indicar, entre outros: (1) processos infecciosos bacterianos - pneumonia,
meningite; (2) hemorragias; (3) abdome agudo (gravidez ectópica, apendicite, peritonite; (4) artrite séptica;
(5) artrite reumatoide; (6) neoplasias; (7) febre reumática; (8) leucemias; (9) tendinites; (10) traumatismos
recentes com edemas.
● eosinófilos: 2 a 4%;
● neutrófilos
○ segmentados: 55 a 65%;
● basófilos: 0 a 1%;
● linfócitos: 21 a 35%
● monócitos: 4 a 8%.
A eosinofilia é o aumento do valor percentual ou absoluto dos eosinófilos e pode ser causada pelas
seguintes manifestações:
● infestações parasitárias;
● poliartrite aguda;
● mialgia epidêmica.
A eosinopenia é a diminuição do valor percentual ou absoluto dos eosinófilos e pode ser causada pelos
seguintes quadros: (1) processos infecciosos agudos supurativos; (2) reagudização de processos crônicos; (3)
estados tóxicos endógenos ou exógenos - coma diabéticos, uremia, hemólise aguda, câimbras generalizadas,
parto, surtos emocionais, trabalho físico pesado; (4) ausência de defesa; (5) falência do córtice da
suprarrenal.
Neutropenia é a diminuição do valor percentual ou absoluto dos neutrófilos e pode ser causada pelas
seguintes manifestações: (1) processos viróticos - HIV, rubéola, hepatite aguda e gripe; (2) mononucleose;
(3) febre tifoide; (4) amigdalites; (5) dengue; (6) colecistites crônicas.
secundária, linfocitose infecciosa, hanseníase; (3) leucemia linfática; (4) processos que comprometem o
sistema linfático como amigdalites, processos ganglionares.
Linfopenia é a diminuição do valor percentual ou absoluto dos linfócitos e pode ser causada por: (1)
processos agudos de infecções como apendicite, obstrução intestinal, pancreatite aguda, colecistite aguda;
(2) cirrose hepática, caquexia, tuberculose ganglionar, neoplasias em estágios finais, comprometimento do
sistema linfático; (3) após tireoidectomia, fase aguda de febre tifoide, uso de quimioterápicos,
envenenamentos; (4) artrite séptica, febre reumática, poliartrite, artrite reumatoide.
Monocitopenia é a diminuição do valor percentual ou absoluto dos monócitos e pode ser causada pelos
seguintes quadros: (1) fase aguda de processos infecciosos; (2) falta de reação por parte do sistema
reticuloendotelial; (3) caquexia e desnutrição.
Plaquetometria
A trombocitose é o aumento do número de plaquetas e pode ser causada por: (1) grandes estímulos
medulares; (2) hemorragias; (3) esplenectomia; (4) transfusão de sangue; (5) estados infecciosos como
sepse, erisipela, tuberculose e febre reumática; (6) cólera; (7) cardiopatias valvulares; (8) leucemia mieloide
crônica; (9) mononucleose; (10) dengue; (11) policitemia vera.
A trombocitopenia é a diminuição do número de plaquetas e pode ser causada por: (1) sofrimento
medular com baixa produção de plaquetas; (2) pneumonia; (3) febre tifoides; (4) leucemias; (5) anemia
perniciosa; (6) aplasia medular; (7) desnutrição exagerada; (8) sarampo; (9) meningite; (10) difteria; (11)
endocardite lenta; (12) distúrbios da coagulação; (13) uso de anticoagulantes.
Para o fisioterapeuta torna-se importante não somente conhecer os valores de normalidade e as causas
das alterações, mas também compreender as interações fisioterapêuticas de acordo com os achados do
Leucograma ● Leucocitoses > 14.000 células/mm3 e/ou desvio à esquerda >10% dos
bastões podem comprometer o desmame ventilatório, em função do quadro
infeccioso.
Exames Bioquímicos
Os exames bioquímicos que fazem parte da rotina laboratorial básica em terapia intensiva são os exames
de glicemia ou glicose sérica, a avaliação da função renal, por meio da ureia sérica e da creatinina sérica, e
as dosagens eletrolíticas.
Glicemia
Valores aumentados no exame de glicemia podem ser causados por: (1) diabetes melito; (2)
hipertireoidismo; (3) pancreatite aguda; (4) estresse; (5) uso de medicamentos tais como ácido acetilsalicílico
[AAS], atropina, ácido ascórbico, anticonvulsivantes, diuréticos, furosemida, adrenalina, corticosteroides,
dopamina, rifampicina, estrogênios, tiabendazol, indometacina, carbonato de lítio, entre outros).
Valores diminuídos no exame de glicemia podem ser ocasionados por: (1) tumores extrapancreáticos -
fibromas, sarcomas, mesoteliomas; (2) insuficiência supra renal - doença de Addison; (3) hipotireoidismo; (4)
hipopituitarismo; (5) hiperinsulinismo; (6) pancreatite crônica; (7) desnutrição; (8) síndrome de má-
absorção; (9) alcoolismo; (10) dano hepático - insuficiência hepática grave, necrose hepática fulminante; (11)
uso de medicamentos tais como bloqueadores beta-adrenérgicos, esteroides anabólicos, anti-histamínicos,
etanol, inibidores da monoamina oxidase, acetaminofeno, levodopa.
A função renal é realizada por meio da avaliação da ureia sérica e da creatinina sérica.
Ureia Sérica
A ureia sérica é o metabólito quantitativamente mais importante do catabolismo das proteínas (principal
fonte de excreção do nitrogênio) e na disseminação dos aminoácidos. Produzida no fígado, passa para a
circulação sanguínea onde é degradada em nível intersticial e eliminada pelo suor, pelo trato gastrointestinal
e pelo rim. Sua concentração varia em indivíduos sadios e é influenciada por diversos fatores, como grau de
hidratação, dieta proteica e função renal. É utilizada, em conjunto com a creatinina, na avaliação do
funcionamento renal.
Valores aumentados de ureia sérica podem ser ocasionados por: (1) desidratação; (2) aumento do
consumo proteico - observado na febre, no estresse, nas queimaduras, por exemplo; (3) hemorragia
gastrointestinal; (4) diabetes melito; (5) insuficiência aguda do miocárdio; (6) insuficiência renal; (7)
nefropatias; (8) choque; (9) insuficiência cardíaca; (10) obstrução do trato urinário - cálculo, obstrução
prostática.
Valores diminuídos de ureia sérica podem ser ocasionados por: (1) insuficiência hepática aguda; (2) dieta
pobre em proteínas; (3) caquexia; (4) gravidez; (5) doença celíaca.
Creatinina Sérica
Valores aumentados de creatinina sérica podem ser ocasionados por: (1) diminuição do fluxo sanguíneo
renal - exemplo. insuficiência cardíaca congestiva, choque, desidratação; (2) insuficiência renal por
decréscimo da filtração glomerular; (3) obstrução do trato urinário; (4) intoxicação por metanol; (5) uso de
medicamentos tais como metildopa, trimetoprima, hidantoína, cefalosporina e ácido ascórbico.
Valores diminuídos de creatinina sérica podem ser ocasionados por: (1) desnutrição; (2) diminuição da
massa muscular; (3) doença hepática grave; (4) gravidez.
Dosagens Eletrolíticas
As dosagens eletrolíticas são um conjunto de exames laboratoriais que tem o objetivo de analisar níveis
de substâncias conhecidas como eletrólitos (sais) que atuam no organismo das mais diferentes formas,
principalmente em células cardíacas, nervosas e musculares.
Sódio Sérico
O sódio sérico é o maior cátion do líquido extracelular e responsável por quase metade da osmolaridade
do plasma, desempenhando papel fundamental na distribuição da água corporal. A determinação do sódio
sérico indica alterações do seu teor no compartimento extracelular.
Sudorese excessiva, vômitos e diarreias influenciam nos níveis de sódio, aumentando-os ou diminuindo-
os, dependendo do grau de perda e reposição hidroeletrolítica. A dosagem do sódio tem, ainda, uma
importância clínica laboratorial quando feita também no suor, pois é um importante exame auxiliar no
diagnóstico de fibrose cística. Pacientes com fibrose cística geralmente apresentam valores maiores do que
60 mEq/L de sódio no suor.
Valores diminuídos de sódio sérico recebe a denominação de hiponatremia e podem ser ocasionados por:
(1) baixa ingestão de sódio; (2) reposição inadequada de sódio; (3) uso abusivo de diuréticos; (4)
hipotireoidismo; (5) hipoproteinemia; (6) secreção inapropriada de hormônio antidiurético; (7) doença de
Addison; (8) hipopituitarismo; (9) cirrose; (10) síndrome nefrótica; (11) insuficiência congestiva crônica.
Valores aumentados de sódio sérico recebe a denominação de hipernatremia e podem ser ocasionados
por: (1) desidratação; (2) diabetes insípido; (3) acidose diabética; (4) síndrome de Cushing; (5) tratamento
excessivo com solução salina; (6) aldosteronismo primário.
Potássio
Valores aumentados de potássio denomina-se hipercalemia e podem ser ocasionados por: (1) oligúria,
anuria, choque, transfusões, desidratação, aumento do catabolismo celular; (2) cetoacidose diabética; (3)
doença de Addison; (4) hipertireoidismo; (5) doenças hemolíticas; (6) insuficiência renal; (7) hemólise
maciça; (8) administração excessiva de potássio.
Valores diminuídos de potássio recebem a denominação de hipocalemia e podem ser ocasionados por:
(1) vômitos; (2) diarreias; (3) colite ulcerativa; (4) fístulas intestinais; (5) uso de diuréticos; (6) nefrites; (7)
síndrome de Crohn e de Cushing; (8) acidose tubular renal; (9) alcaloses; (10) queimaduras extensas; (11)
fibrose cística; (12) uso de digitálicos; (13) cortisona; (14) testosterona.
● Arritmias cardíacas.
Cálcio
O cálcio é o quinto componente mineral mais abundante no organismo, encontrado nas cartilagens, nos
dentes e, principalmente nos ossos. Exerce importante papel nas seguintes situações: (1) contração e
relaxamento do miocárdio; (2) coagulação sanguínea; (3) condução neuromuscular; (4) ossificação; (5)
manutenção da integridade da membrana celular; (6) mecanismo de ação de alguns hormônios; (7) ativação
de algumas enzimas.
Valores aumentados de cálcio denomina-se hipercalcemia e podem ser ocasionados por: (1)
hiperparatireoidismo; (2) Hipervitaminose D; (3) doença de Hodgkin; (4) doença de Paget; (5) doenças
malignas com comprometimento ósseo; (6) carcinomas de mama, gástricos, pulmonares; (7) imobilizações
prolongadas; (8) mieloma múltiplo; (9) sarcoidose.
Valores diminuídos de cálcio denomina-se hipocalcemia e podem ser ocasionados por: (1) acidose crônica;
(2) deficiência de vitamina D; (3) hipoparatireoidismo; (4) má-absorção intestinal; (5) uremias; (6)
nefropatias; (7) osteomalácia; (8) transfusões maciças.
● Fraqueza muscular
● Lombalgia
● Parestesias
● Fraqueza muscular/fadiga
● Constipação
● Náuseas
● Fraturas patológicas
● Dor óssea
● Osteofitose
● Arritmia cardíaca
Cloro
O cloro é o principal ânion extracelular. Junto com o sódio, representa a maioria dos componentes
osmoticamente ativos do plasma. Sendo assim, está envolvido na manutenção da pressão osmótica e no
balanço hidroeletrolítico. A maior parte do cloro ingerido é absorvida, e o excesso é excretado na urina.
Valores aumentados de cloro denomina-se hipercloremia e podem ser ocasionados por: (1) insuficiência
renal aguda; (2) acidose metabólica associada à diarreia prolongada com perda de bicarbonato; (3) acidose
tubular renal; (4) alcalose respiratória; (5) hiperparatireoidismo primário; (6) desidratação; (7) diabetes
melito; (8) hiperfunção adrenocortical; (9) intoxicação por salicilato.
Valores diminuídos de cloro denomina-se hipocloremia e podem ser ocasionados por: (1) acidose
metabólica associada à elevação de ânions orgânicos - cetoacidose diabética e insuficiência renal; (2) acidose
respiratória; (3) alcalose metabólica; (4) aldosteronismo; (5) doença de Addison; (6)hipersudorese; (7) nefrite
perdedora de cloro; (8) vômito prolongado.
● Fraqueza muscular/fadiga
● Arritmia cardíaca
● Agitação psicomotora
Magnésio
O magnésio é o quarto cátion mais abundante, essencial para muitos processos que envolvem reações
físico-químicas. Atua como cofator essencial para enzimas ligadas à respiração celular, à glicólise e ao
transporte através da membrana de outros cátions como cálcio e sódio. É essencial para a preservação da
estrutura molecular de ácido desoxirribonucleico (DNA), ácido ribonucleico (RNA) e ribossomos. O magnésio
ingerido é absorvido pelo intestino delgado e excretado pela urina.
Valores aumentados de magnésio denomina-se hipermagnesemia e podem ser ocasionados por: (1) uso
de sais de magnésio, antiácidos e laxantes; (2) doença de Addison; (3) desidratação grave; (4) insuficiência
renal; (5) acidose diabética; (6) hipertireoidismo; (7) hipercalcemia; (8) nefrolitíase.
Valores diminuídos de magnésio denomina-se hipomagnesemia e podem ser ocasionados por: (1)
hipocalemia e hipocalcemia; (2) alcoolismo crônico; (3) pancreatite aguda; (4) má-absorção; (5) diálise; (6)
diarreia grave; (7) diabetes melito; (8) tratamento com diuréticos; (9) dietas pobres em magnésio; (10)
hiperaldosteronismo primário; (11) desnutrição; (12) nefropatias tubulares; (13) hiperparatireoidismo.
As interações fisioterapêuticas, de acordo com as alterações do magnésio, estão descritas no quadro 15.
● Contração tetânica
Fósforo
O aumento do fósforo sérico por diminuição da filtração glomerular, aumento da reabsorção tubular renal
e aporte exógeno ou endógeno, e sua diminuição ocorre por distúrbios tubulares e aumento das perdas.
Valores aumentados de fósforo denomina-se hiperfosfatemia e podem ser ocasionados por: (1)
insuficiência renal; (2) hipoparatireoidismo; (3) Hipervitaminose D; (4) osteoporose; (5) acromegalia; (6)
mieloma múltiplo; (7) metástase óssea; (8) leucemia mieloide crônica; (9) hipocalcemia; (10) diabetes melito
descompensado; (11) desidratação e hipovolemia; (12) exercícios excessivos.
Valores diminuídos de fósforo são denominados hipofosfatemia e podem ser ocasionados por: (1)
defeitos tubulares de reabsorção - síndrome de Fanconi; (2) hiperparatireoidismo primário e secundário; (3)
hipotireoidismo; (4) osteomalácia; (5) hipovitaminose D; (6) raquitismo; (7) doença hepática; (8) nutrição
parenteral prolongada; (9) antiácidos; (10) diuréticos; (11) alcoolismo.
● Polineuropatia
● Rabdomiólise
Enzimas Cardíacas
O exame de enzimas cardíacas é o conjunto de exames laboratoriais que tem o objetivo de analisar os
níveis de enzimas que, embora encontradas em diversas células pelo corpo humano, são encontradas
também em grandes quantidades no músculo cardíaco, auxiliando no diagnóstico, monitoramento e
tratamento de diversas doenças do coração.
Creatinoquinase (Creatinofosfoquinase)
A CK começa a elevar-se 4 a 6 horas após o episódio agudo, atingindo o pico 36 horas depois. Em geral,
os níveis retornam ao normal entre o quarto e o quinto dia. É recomendável efetuar as determinações das
atividades enzimáticas após 6, 12, 24 e 48 horas e, posteriormente, em intervalos de 1 a 2 dias. Dessa
maneira, é possível reconhecer eventuais complicações, como novo episódio de infarto, choque e
insuficiência cardíaca aguda.
Valores aumentados de CK podem ser ocasionados por: (1) IAM; (2) lesões da musculatura cardíaca ou
esquelética; (3) miopatias congênitas e adquiridas; (4) acidente vascular encefálico (AVE); (5) fisioterapia; (6)
injeções intramusculares; (7) hipotireoidismo; (8) doenças infecciosas; (9) tromboembolia pulmonar (TEP);
(10) convulsões generalizadas; (11) neoplasias de próstata, vesícula e trato gastrointestinal.
Isoenzimas da Creatinoquinase
A CK é um dímero composto de duas subunidades - B (do inglês brain [cérebro]) e M (do inglês muscle
[músculo]), formando três isoenzimas que podem ser separadas eletroforeticamente:
● CK-BB (ou CK-1) - encontrada predominantemente no cérebro, é rápida e é rara sua presença no
sangue;
● CK-MM (ou CK-3) - encontrada na musculatura esquelética, é lenta e está aumentada no sangue por
dano e distrofia muscular, pode elevar-se após injeção intramuscular.
Creatinoquinase- Fração MB
Elevações da CK-MB ocorrem em doenças que trazem dano ao miocárdio. O nível de CK-MB começa a
elevar-se de 3 a 6 horas antes do início do IAM, atinge o pico em 12 a 24 horas e retorna ao normal em 24 a
48 horas. Existe uma correlação aproximada entre a extensão do infarto e o grau de elevação da CK-MB.
Maratonistas e pacientes submetidos à cirurgia cardíaca podem apresentar níveis elevados de CK-MB.
Valores aumentados no nível de CK-MB podem ser ocasionados por IAM ou miocardites.
Troponina
Mioglobina
Valores aumentados de mioglobina podem ser ocasionados por: (1) traumatismo; (2) injeções
intramusculares; (3) miopatias; (4) uremias; (5) IAM.
Interações Fisioterapêuticas De Acordo Com As Alterações Nos Marcadores Das Enzimas Cardíacas
Não se recomenda atividade de cinesioterapia motora ativa resistida enquanto o paciente apresentar
enzimas cardíacas aumentadas. Em adição, recomenda-se atividade de cinesioterapia passiva ou ativa
assistida, independentemente do nível de consciência e da cooperação do paciente, pois o objetivo, nessa
fase, deve ser a manutenção da amplitude articular. Quando as enzimas começarem a declinar e o paciente
estiver assintomático, pode-se aumentar os níveis de atividade, como iniciar cicloergômetro e deambulação.
As medidas do TAP apresentavam uma importante variação de resultados entre um laboratório e outro.
Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde, o Comitê Internacional de Trombose e Hemostasia e a
Comissão Internacional de Padronização em Hematologia recomendaram a utilização do índice de
sensibilidade internacional (do inglês international sensibility index [ISI]) e a conversão dos resultados
obtidos em índice razão normalizada internacional (do inglês international normalized ratio [INR]).
O INR corresponde ao valor proporcional entre o TAP do paciente e o padrão em relação ao ISI, que é o
valor fornecido pelo fabricante da tromboplastina resultante de uma padronização internacional. O INR
transforma os resultados obtidos, padronizando-os e possibilitando melhor correlação de resultados entre
laboratórios, além de permitir melhor controle do tratamento com anticoagulante oral.
Valores de referência de TAP: 1,0 a 1,5. O quadro 17 apresenta os valores de referência para o INR.
Limite: 2 a 3
Limite: 2 a 3
Se o paciente estiver utilizando anticoagulante e/ou antiagregante plaquetário, os valores do INR deverão
estar aumentados demonstrando eficácia da terapêutica. Caso não estejam, isso demonstra que o objetivo
da anticoagulação não está sendo alcançado de acordo com o alvo do INR, mantendo-se assim, o risco de
acidentes tromboembólicos. Porém, se o paciente não estiver fazendo uso de anticoagulante e/ou
antiagregante plaquetário e os valores estiverem aumentados, isso demonstra deficiência de um ou mais
dos fatores de coagulação (II, V, VII e X), o que pode causar discrasia sanguínea (problemas na coagulação).
É importante que o fisioterapeuta tenha conhecimento que alterações do TAP não impedem abordagens
fisioterapêuticas. No entanto, os pacientes com TAP alterado apresentam maiores riscos de acidentes
hemorrágicos, sangramento durante e após aspiração de vias aéreas, sangramento das vias aéreas
superiores e inferiores durante ventilação não invasiva, equimoses e hematomas após abordagem
cinesioterapêuticas, e desse modo, atuar com cautela.
O tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) é um teste de coagulação sanguínea que substitui com
grande vantagem o teste do tempo de coagulação. Por ser sensível e reprodutível, é o melhor dos testes a
serem usados em triagens de defeitos da coagulação.
O TTPa mostra-se prolongado nas deficiências de um ou mais dos fatores de coagulação e no uso
terapêutico de anticoagulantes. Se o paciente estiver utilizando anticoagulante e/ou antiagregante
plaquetário, os valores do TTPa deverão estar aumentados demonstrando eficácia da terapêutica. Caso não
estejam, isso demonstra que o objetivo da anticoagulação não está sendo alcançado, mantendo-se assim, o
risco de acidentes tromboembólicos. Porém, se o paciente não estiver fazendo uso de anticoagulante e /ou
antiagregante plaquetário e os valores estiverem aumentados, isso demonstra deficiência de um ou mais
dos fatores de coagulação, o que pode causar discrasia sanguínea.
Alterações, ainda que pequenas, na taxa de extração celular de oxigênio elevam os níveis séricos de
lactato, o que nem sempre é percebido clinicamente nem por análises gasométricas, em função dos
mecanismos tampão utilizados pelo organismo.
O lactato é um produto final da glicólise anaeróbica que ocorre em tecidos hipóxicos, contudo, tecidos
bem oxigenados podem, em certas condições, gerar lactato por meio da glicólise aeróbica.
Em repouso, a concentração normal de lactato no sangue é inferior a 2 mmol/L. Durante o exercício físico,
aumenta para valores de 5 mmol/L ou mais. Um nível superior a 2 mmol/L, em repouso, é considerado
anormal. Contudo, pequenas elevações do lactato (2 a 4 mmol/L) podem não se acompanhar de acidose.
Para a maioria dos autores, a acidose láctica está presente quando a concentração do lactato arterial é
superior a 5 mmol/l, e o pH arterial inferior a 7,35.
Valores aumentados de lactato sérico podem ser ocasionados por: (1) estados hipóxicos - diminuição da
oxigenação tecidual [hipóxia], como no choque [hipovolêmico, séptico, cardiogênico], na insuficiência
ventricular esquerda, no estado asmático e na insuficiência respiratória aguda; (2) estados não hipóxicos -