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• Francivaldo Lima

• Cícero Emanoel
• Saulo Kayke
• Pedro Lages
• Felipe Gabriel
• Jeanclair Ximenes
• Ítalo da Costa
Tópicos
- Introdução
- Meios de Transmissão
- Ciclo de vida da Doença
- Sintomas
> Fase aguda
> Fase crônica
> Forma Digestiva
- Diagnóstico
- Tratamento
- Medidas de Controle
- Referências
Introdução
• É uma doença transmissível causada por um parasito
e transmitida principalmente através do inseto
“barbeiro”. O agente causador é um protozoário
denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos
animais, vive no sangue periférico e nas fibras
musculares, especialmente as cardíacas e digestivas.

• Em 1909 a doença de Chagas foi descoberta pelo


sanitarista brasileiro Carlos Chagas que, na ocasião,
combatia a malária no interior de Minas Gerais. O vetor
da doença é o protozoário Trypanosoma cruzi –
batizado assim por Chagas para homenagear o cientista
Oswaldo Cruz – que usa o barbeiro como hospedeiro.
• No Brasil, estima-se que de 1 a 4,6 milhões de
pessoas estejam infectadas por este parasita, e,
apesar dos avanços na prevenção e controle nos
últimos 40 anos, ainda existem cerca de 6.000
mortes por ano
Transmissão

- Vetorial: contato com fezes de triatomíneos*


infectados após o repasto/alimentação sanguínea. A
ingestão de sangue no momento do repasto
sanguíneo estimula a defecação e, dessa forma, o
contato com as fezes.

- Via Oral: ocorre principalmente por ingestão de


material contaminado com triatomíneos infectados ou
suas fezes, ingestão de carne crua, ou mal cozida,
ou ainda pelas secreções de alguns mamíferos
infectados.
Transmissão

- Transfusional: a qual ocorre quando da transfusão


de sangue. É importante via de propagação da
doença nos centros urbanos. O Brasil tem alcançado
impacto significativo no controle dessa transmissão,
devido aos cuidados no controle dos serviços de
hemoterapia; portanto, maior qualidade do sangue
para a transfusão.

- Vertical: ocorre em função da passagem do T. cruzi


de mulheres infectadas para seus bebês, durante
gestação ou parto.
Transmissão

- Acidental: ocorre a partir do contato de material


contaminado (sangue de doentes, excretas de
triatomíneos) com a pele ou com mucosas,
geralmente durante manipulação em laboratórios
sem equipamentos de biossegurança.
Ciclo de vida da Doença
Sintomas
- Fase aguda
Miocardite difusa, com vários graus de severidade, às
vezes só identificada por eletrocardiograma ou
ecocardiograma. Pode ocorrer pericardite, derrame
pericárdico, tamponamento cardíaco, cardiomegalia,
insuficiência cardíaca congestiva, derrame pleural.
Febre prolongada e recorrente, cefaleia, mialgias,
astenia, edema de face ou membros inferiores, rash
cutâneo, hipertrofia de linfonodos, hepatomegalia,
esplenomegalia, ascite. Manifestações digestivas
(diarreia, vômito e epigastralgia intensa) são comuns
em casos por transmissão oral; há relatos de icterícia
e manifestações digestivas hemorrágicas.
Podem ocorrer sinais de porta de entrada: sinal de
Romana (edema bipalpebral unilateral) ou chagoma
de inoculação (lesão a furúnculo que não supura).

Sinal de Romana Chagoma de inoculação


- Fase crônica
Passada a fase aguda, aparente ou inaparente, se não
for realizado tratamento especifico, ocorre redução
espontânea da parasitemia com tendência a evolução
para as formas:

Indeterminada: forma crônica mais frequente. O


individuo apresenta exame sorológico positivo sem
nenhuma outra alteração identificável por exames
específicos (cardiológicos, digestivos, etc.). Esta fase
pode durar toda a vida ou, apos cerca de 10 anos,
pode evoluir para outras formas (ex.: cardíaca,
digestiva).
Cardíaca: importante causa de limitação do
chagásico crônico e a principal causa de morte. Pode
apresentar-se sem sintomatologia, apenas com
alterações eletrocardiográficas, ou com insuficiência
cardíaca de diversos graus, progressiva ou
fulminante, arritmias graves, acidentes
tromboembólicos, aneurisma de ponta do coração e
morte súbita. As principais manifestações são
palpitações, edemas, dor precordial, dispneia,
dispneia paroxística noturna, tosse, tonturas,
desmaios, desdobramento ou hipofonese de segunda
bulha, sopro sistólico.
Digestiva: alterações ao longo do trato digestivo,
ocasionadas por lesões dos plexos nervosos
(destruição neuronal simpática), com consequentes
alterações da motilidade e morfologia, sendo o
megaesôfago e o megacólon as formas mais comuns.

Forma associada (cardiodigestiva): quando no


mesmo paciente são identificadas pelo as duas
formas da doença (megaesôfago e o megacólon).
Forma congênita: ocorre em crianças nascidas de
mães com exame positivo para T. cruzi. Pode passar
despercebida em mais de 60% dos casos; em
sintomáticos, pode ocorrer prematuridade, baixo
peso, hepatoesplenomegalia e febre; há relatos de
icterícia, equimoses e convulsões devidas à
hipoglicemia. Meningoencefalite costuma ser letal
- Forma Digestiva
Ocasionadas por lesões dos plexos nervosos
(destruição neuronal simpática), com consequentes
alterações da motilidade e morfologia, sendo o
megaesôfago e o megacólon as formas mais comuns.
Manifestações que sugerem megaesôfago:
- Disfagia (sintoma mais frequente);
- Regurgitação;
- Epigastralgia;
- Dor retroesternal a passagem do alimento;
- Odinofagia (dor a deglutição);
- Soluços;
- Ptialismo (excesso de salivação);
- Hipertrofia de parótidas.
Em casos mais graves pode ocorrer:
- Esofagite;
- Fístulas esofágicas;
- Alterações pulmonares decorrentes de refluxo
gastroesofágico
Manifestações que sugerem megacólon:
- Constipação intestinal de instalação insidiosa
- Meteorismo
- Distensão abdominal
- Volvos e torções de intestino e fecalomas podem
complicar o quadro
Diagnóstico

- Fase Aguda: Determinada pela presença de


parasitos circulantes em exames parasitológicos diretos
de sangue periférico (exame a fresco, esfregaço, gota
espessa). Quando houver presença de sintomas por
mais de 30 dias, são recomendados métodos de
concentração devido ao declínio da parasitemia (teste
de Strout, micro-hematócrito, QBC); b) presença de
anticorpos IgM anti-T. cruzi no sangue indica doença
aguda quando associada a fatores clínicos e
epidemiológicos compatíveis.
Diagnóstico

- Fase Crônica: Individuo que apresenta anticorpos


IgG anti-T. cruzi são detectados por dois testes
sorológicos de princípios distintos, sendo a
Imunofluorescência Indireta (IFI), a Hemoaglutinação
(HE) e o ELISA os métodos recomendados. Por serem
de baixa sensibilidade, os métodos parasitológicos são
desnecessários para o manejo clínico dos pacientes;
no entanto, testes de xenodiagnóstico, hemocultivo ou
PCR positivos podem indicar a doença crônica.
Diagnóstico diferencial
Na fase aguda - leishmaniose visceral, hantavirose,
toxoplasmose, febre tifoide, mononucleose infecciosa,
esquistossomose mansônica aguda, leptospirose,
miocardites virais.
As formas congênitas devem ser diferenciadas
daquelas causadas pelas infecções STORCH (sífilis,
Toxoplasmose, citomegalovirose, Rubéola, herpes,
outras). A meningoencefalite chagásica diferencia-se da
toxoplásmica pela sua localização fora do núcleo da
base e pela abundancia do T. cruzi no líquor.
A miocardite crônica e os megas devem ser
diferenciados de formas causadas por outras etiologias.
Tratamento
• O tratamento específico deve ser realizado o mais
precocemente possível quando forem identificadas a
forma aguda ou congênita da doença, ou a forma
crônica recente (crianças menores de 12 anos). A
droga disponível no Brasil é o Benznidazol (comp.
100mg), que deve ser utilizado na dose de 5mg/kg/dia
(adultos) e 5-10mg/kg/dia (crianças), divididos em 2 ou
3 tomadas diárias, durante 60 dias. O Benznidazol é
contraindicado em gestantes.

• O Nifurtimox teve a sua comercialização interrompida


na década de 1980, sendo disponibilizado pelo
Ministério da Saúde (MS) em casos específicos de
resistência ou graves efeitos colaterais associados ao
BZN
• O tratamento sintomático depende das
manifestações clínicas, tanto na fase aguda como na
crônica. Para alterações cardiológicas são
recomendadas as mesmas drogas que para outras
cardiopatias (cardiotônicos, diuréticos, antiarrítmicos,
vasodilatadores, etc.). Nas formas digestivas, pode ser
indicado tratamento conservador (dietas, laxativos,
lavagens) ou cirúrgico, dependendo do estagio da
doença.
Medidas de Controle

Transmissão Vetorial: Controle químico do vetor


(inseticidas de poder residual) em casos onde a
investigação entomológica indique haver
triatomíneos domiciliados; melhoria habitacional em
áreas de alto risco, suscetíveis a domiciliação de
triatomíneos.

Transmissão Transfusional: Manutenção do


controle rigoroso da qualidade dos hemoderivados
transfundidos, por meio de triagem sorológica dos
doadores.
Medidas de Controle
Transmissão Vertical: Identificação de gestantes
chagásicas durante a assistência pré-natal ou por
meio de exames de triagem neonatal de recém-
nascidos para tratamento precoce.

Transmissão Oral: Cuidados de higiene na


produção e manipulação artesanal de alimentos de
origem vegetal.

Transmissão Acidental: Utilização rigorosa de


equipamentos de biossegurança.
Referências

- https://www.saude.pr.gov.br
- https://www.medicinanet.com.br
- https://www.eumedicoresidente.com.br
- https://www.scielo.br
- https://www.bahia.fiocruz.br
- http://www.rbac.org.br
- http://www.abep.org.br
- https://bvsms.saude.gov.br
- https://www.gov.br/saude
- https://youtu.be/dDGEjaSHjbQ
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!

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