Faculdade Integrada de Carajás

Medicina Veterinária

Mielograma e Neoplasias
Hematopoiéticas
Diego Vinicius Fernandes P. Da Costa
Médico Veterinário-FAA
Pós Graduado em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais Uni-Católica-TO

Redenção, 2023
 INTRODUÇÃO - INDICAÇÕES

❑ Diagnóstico doenças sistema hematopoiético

❑Estadiamento neoplasias – linfoma, leucemias;

❑Pesquisa de parasitas – Leishmania sp.;

❑Procedimentos terapêuticos – collheita de

material, infusão de substâncias;
INDICAÇÕES PRIMÁRIAS

❑Citopenias
anemia arregenerativa (equinos)
leucopenia = neutropenia, linfopenia
trombocitopenia

❑Elevações inexplicadas nº células

❑Células anormais circulantes

Citopenias

✓Leucopenia
-Neutropenia ou Linfopenia
-Neutropenia= produção ineficiente,
Destruição, sequestro;
-Linfopenia(não indicado)= GC endó/exógeno,
viral, imunodeficiência, perdas.
 Citopenias

✓Trombocitopenia

-diminuição produção

-CID - consumo

-destruição imunomediada,

-sequestro (hiperesplenismo)
Aumento inexplicável nº células

✓Policitemia persistente

✓Leucocitose persistente

✓Trombocitose persistente

✓Sem evidencia clínica justificável

 Células anormais circulantes

✓Células blásticas eritróides

✓Mielóides

✓Linfóides

✓Leucemia aguda

✓Células não hematopoiéticas = infiltração

 Hipercalcemia inexplicada

✓Hipercalcemia humoral maligna

✓Reabsorção óssea – neoplasia hematológica

✓Osteólise local – metástases

✓Leucemia linfóide.
Gamopatia monoclonal

✓Doenças linfoproliferativas

-mieloma múltiplo

-leucemia linfocítica crônica

-macroglobulinemia primária

-linfoma
 Contra-indicações

❑ Hemorragias – raras

❑Infecção pós biópsia – pouco provável

❑Risco maior – contenção, sedação

e anestesia
TÉCNICA do MIELOGRAMA

❑ CÃES – fossa trocantérica do fêmur,

crista ilíaca e o úmero proximal
❑GATOS – fossa trocantérica e úmero
❑EQUINOS, BOVINOS E CAMELÍDEOS – íleo,
esterno ou costelas -
❑Anestesia geral, sedação ou anestesia local
❑Anestesia local – subcutâneo o periósteo
❑Necessita agulha para biopsia de medula óssea
 TÉCNICA do MIELOGRAMA

❑Preparação cirúrgica da pele e

introdução da agulha

❑Pode ser feita incisão da pele para facilitar

❑Atingindo camada cortical do osso,

movimento rotatório

❑Após fixar firmemente, avançar alguns milímetros

 TÉCNICA do MIELOGRAMA
❑Remover estilete, acoplar seringa, fazer pressão

negativa

❑Até aparecer medula no êmbolo

❑Aspiração de grandes volumes contaminam M.O.

com sangue

❑Colocar em EDTA (2-3 gotas a 10% na seringa)

 TÉCNICA do MIELOGRAMA

❑Colocar conteúdo sobre placas de Petri

❑Colher fragmentos de medula óssea com tubos

capilares

❑Confeccionar lâminas

❑Secar e corar (Panótico, may-grunwald-giemsa,

giemsa, leishman)
Granulopoese normal – Rebar 2003
 Série eritróide – Rebar 2003

Rubriblasto Rubrícito Eritrócito policromático

Metarrubrícito Eritrócito maduro

Pró-rubrícito
 Série Mielóide – Rebar 2003

Promielócito Neutrófilo segmentado

Metamielócito

Mielócito Bastonete Neutrófilo hipersegmentado

 Interpretação
• Proporção Mielóide:Eritróide (M:E)
– normal de 0,5:1 a 3:1
– diminuição proporção = aumento de produção
série vermelha (anemia regenerativa,
hiperplasia eritróide),
 Interpretação
• diminuição na produção de neutrófilos
(hipoplasia mielóide) ou a combinação de
ambos.
– aumento da proporção = aumento de produção
de granulócitos (hiperplasia mielóide),
diminuição produção eritrócitos (hipoplasia
eritróide)
 Considerações
• Hipoplasia mielóide sem hipoplasia
eritróide é rara, mas pode ser associada com
mielodisplasia ou doença mieloproliferativa
• Hiperplasia granulocítica pode advir de
processo inflamatório destruição
imunomediada de neutrófilos por dano
medular induzido por vírus ( parvovirose e
panleucopenia felina)
 NEOPLASIA
HEMATOPOIÉTICA
•Classificação:
– Linfoproliferativas (linfócitos)
• Linfossarcoma bovino, canino, eqüino e felino
• Leucemias leucêmicas linfocíticas
 NEOPLASIA
HEMATOPOIÉTICA
•Classificação:
– Mieloproliferativas (leucemias)
• Granulocítica ou mielóide
• Monocítica
• Megacariocítica
• Eritrocítica
 LEUCOSE BOVINA
• Forma Juvenil
– Bezerros 1-6 meses idade
– Linfadenopatia generalizada
– Infiltração da medula óssea, fígado e baço com
células neoplásicas
 LEUCOSE BOVINA
• Forma Tímica
– Bezerros 6-30 meses idade
– Linfadenopatia regional
– Infiltração da medula óssea, timo
– Edema difuso porção ventral do pescoço
 LEUCOSE BOVINA
• Forma Adulta (Leucose enzoótica)
– Bovinos de 2-18 anos de idade
– Causado pelo vírus da leucose bovina
– Linfadenopatia disseminada
– Afeta coração, rins, abomaso, útero, medula
espinhal, intestinos, fígado, baço e bexiga
 LEUCOSE BOVINA
• Forma cutânea
– Bovinos adultos e jovens
– Presença tumores cutâneos superficiais
– Poucas semanas, desaparece sem recidivas
• Diagnóstico clínico
– Mais comum bovinos > 5 anos
– Afebril, aumento bilateral gânglios superficiais
cervicais, submandibulares e femorais
– Pode ocorrer infiltração de miocárdio e
abomaso - digestivo
• Diagnóstico laboratorial
– Leucócitos variável – leucocitose, linfocitose
(presença atípicos) e neutrofilia
– Imunodifusão em placa – pesquisa de
anticorpos anti-vírus da leucose
 LINFOSSARCOMA EQUINO
• Raro - ??? (diagnóstico, tempo de evolução)
• Anemia presente ou não
• Leucograma variável
• Sinais clínicos variáveis – cólica,
insuficiência cardíaca, desnutrição
 LINFOSSARCOMA CANINO
• Cães 5-9 anos de idade
• Forma multicêntrica – linfadenopatia
bilateral indolor, hepatoesplenomegalia
• Forma alimentar – menos comum. Trato
gastrointestinal, acometem linfonodos
mesentéricos
 Diagnóstico Laboratorial
• Leucócitos normais ou limite superior
• Leucocitose – infecção secundária
• Linfocitose difícil encontrar
• Casos avançados – linfócitos atípicos
• Anemia arregenerativa
 LINFOSSARCOMA FELINO
• Associado ao vírus da Leucemia viral
Felina (VLFe)
• Forma tímica ou mediastinal – massa rápida
evolução porção ventral tórax,
deslocamento traquéia, esôfago e lobos
pulmonares (tosses, dispnéias)
 LINFOSSARCOMA FELINO
• Forma alimentar ou abdominal – envolve
rins, fígado, baço e cadeia ganglionar
mesentérica – vômito, depressão, anorexia,
rápida perda de peso
 LINFOSSARCOMA FELINO
• Forma multicêntrica – linfadenopatia
periférica, linfonodos e órgãos internos –
vômito, diarréia e anemia, febril ou não
• Diagnóstico – combinação estudos sangue
periférico, presença anticorpos anti-vírus,
esfregaço linfonodos periféricos
 Suínos, ovinos e caprinos
• Linfossarcoma
• Associado ao vírus da leucose enzoótica
bovina
• Relatos de transmissão interespécies
• Sinais e diagnóstico igual leucose bovina
OBRIGADO!