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Leucemia Mielóide

Técnico em Enfermagem
Colégio São Camilo
São Paulo,2020
A leucemia mielóide origina-se de uma mutação na célula
tronco mielóide. As células mielóides normais continuam sendo
produzidas, mas há prioridade por formas imaturas (blastos).
Por isso, existem inúmeros tipos celulares dentro do sangue,
desde formas blásticas até neutrófilos maduros. A multiplicação
das células, também ocorrem no fígado e baço (hematopoese
extra medular) resultando em aumento desses órgãos
(BRUNNER & SUDDARTH, 2005  
Mulher, 63 anos, desenvolveu uma
doença caracterizada por febre,
fraqueza, cálculos
renais, hepatomegalia e
esplenomegalia.
Sangue com consistência diferente,
que chamou de "corpúsculos
brancos". 

1827 - Primeira descrição de leucemia na


literatura.  
LEUCEMIA

 Doença Maligna dos Leucócitos com origem


desconhecida.

 Acúmulo de células doentes na medula


óssea.

 Mutação genética transformando a célula


normal em célula cancerosa.

 Célula anormal, se prolifera rápido e morre


menos que as células normais.
CLASSIFICAÇÃO

A leucemia é classificada em
quatro tipos, agudas e
crônicas, que se subdividem
em linfoides ou mieloides,
dentre elas acusa- se a
leucemia mieloide (LM) a mais
frequente com cerca de 40%
dos diagnósticos (SOUZA, l. m.,
& GORINE, m. p; 2006).
LMA – Leucemia Mielóide Aguda

Resulta na formação de blastos na medula óssea.


Uma série de mutações genéticas nas células-tronco mieloides
resultam na formação de blastos. Essas células não conseguem se
tornar maduras, e passam a se multiplicar de forma
descontrolada.
O número de células crescem rapidamente
O agravamento acontece em um intervalo muito curto.
 O número de células saudáveis (células vermelhas, células
brancas e plaquetas) podem cair. Neste momento, o
indivíduo começa a apresentar anemia, infecções e
sangramentos.
LMC – Leucemia Mielóide Crônica
Caracteriza- se pela proliferação exagerada e descontrolada dos
leucócitos
envolve as células mieloides da medula óssea.
Sua gravidade ocorre de forma lenta
classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma
“neoplasia mieloproliferativa” (quando a medula óssea produz
células sanguíneas em excesso)
Constitui 14% de todas as leucemias.
Acomete mais os adultos.
Conforme o número de células leucêmicas ocorre
• Inchaço dos linfonodos
• Infecções
EPIDEMIOLOGIA

 Um dos tipos mais comuns de leucemia em adultos.


 Rara, representando cerca de 1% de todos os cânceres
 A idade média da incidência leucemia mieloide aguda é de 68 anos
 Cerca de 15% dos novos casos de leucemia são de leucemia mieloide crônica.
 Quase metade dos casos são diagnosticados em pessoas com mais de 65 anos.
 Leucemia mieloide crônica acomete principalmente adultos, raramente é diagnosticada em criança s.
FISIOPATOLOGIA
 Alterações genéticas adquiridas
 Expressão anormal dos proto congêneres
 Perda de controle do ciclo celular (proliferação lenta e indefinida)
 Transformação maligna
 Neoplasia
FISIOPATOLOGIA
As leucemias mieolides fazem parte do grupo das doenças malignas
e se caracterizam pela proliferação anormal de células neoplásicas
na medula óssea, acometem predominantemente idosos acima de
60 anos na leucemia mieloide aguda (LMA), e adultos entre 40 e 60
anos na leucemia mieloide crônica (LMC).
FATORES DE RISCO

 Radiação
 Agentes químicos
 Anormalidades cromossômicas
 Hereditariedade
 Imunodeficiência
SINAIS E SINTOMAS

Sintomas devido à ANEMIA:

 Fadiga
 Cansaço
 Tonturas ou desmaio

Sintomas devido à LEUCOPENIA: 

 Infecção frequentes
 Febre
 Mancha vermelha na pele
SINAIS E SINTOMAS
Sintomas devido à PLAQUETOPENIA:
 Hemorragias nasais frequentes.
 Sangramento nas gengivas.
 Menstruação intensa.

Sintomas devido ao elevado número de


células leucêmicas:

 Dor de cabeça.
  Fraqueza em um lado do corpo.
 Fala ininteligível.
 Confusão.
 Sonolência.
DIAGNÓSTICO

 História clínica e exame físico.


 Avaliação da função hepática.
 Avaliação da função renal; Ácido úrico; Eletrólitos; Proteínas totais e frações; Exames sorológicos; Radiografia de
tórax; Avaliação cardiológica (ECG e Ecocardiograma). Outros exames são solicitados de acordo com indicação
clínica.

  EXAMES DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO: Morfologia e citoquímica de sangue periférico e medula óssea;


Imunofenotipagem (medula óssea ou sangue periférico); Biópsia de medula óssea: quando os exames acima não
permitirem o diagnóstico.

 PUNÇÃO LOMBAR: Realizada ao diagnóstico para pacientes com sintomas neurológicos e nos demais casos após
desaparecimento de blastos no sangue periférico; Citogenética da medula óssea; Marcador molecular do sangue
periférico e medula óssea.
PROGNÓSTICO

FATORES RELACIONADOS:

 Idade avançada, elevado número de leucócitos ou envolvimento do sistema


nervoso central ao diagnóstico, leucemia secundária, antecedentes de
mielodisplasia.
 Presença do CD 34.
 Expressão da glicoproteína P.
 Expressão do bcl-2.
 Alterações citogenéticas: deleções ou monossomia dos cromossomas 5 e 7,
translocações ou inversão do 3, t(6;9), t(9;22), envolvimento da região 11q23
TRATAMENTO LMA

HELMAN (2011), aborda três


modalidades terapêuticas administradas
em pacientes com LMA são elas:
quimioterapia em doses convencionais,
quimioterapia em altas doses seguidas
de resgate com células-tronco
hematopoiéticas autólogas e
transplante alogênico de células-tronco
hematopoiéticas .
TRATAMENTO LMC

As terapias convencionais para o controle


da LMC são a quimioterapia com
hidroxiureia, terapias medicamentosas
com interferron-alfa (INF-α), bussulfano
ou citarabina em baixa dose, a infusão
linfocitária e o transplante de células
medulares. O tratamento da LMC
avançou consideravelmente nos últimos
anos e a terapia molecular com inibidores
de tirosino quinase mudou drasticamente
a terapia convencional, demonstrando
resultados promissores para pacientes
com esta doença (LOPES, r. n; et al, 2008).
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

 Orientar as técnicas de lavagem das mãos para qualquer pessoa que entre
em contato com o paciente;
 Estabelecer uso de máscaras para pessoas que prestam cuidados direto ao
paciente;
 Oferecer dieta hipercalórica e hiperproteica em intervalos regulares

 Colocar o cliente em quarto individual e orientar para que evite o contato


com portadores de doenças contagiosa.
 Estimular e controlar ingesta hídrica.
 Observar e registrar os efeitos colaterais dos quimioterápicos.
 Promover a higiene oral mantendo extremo cuidado com dentes e gengivas.
 Eliminar toda a medicação IM ou SC.
CASO CLÍNICO 1
Paciente, sexo masculino, 16 anos, leucoderma, procurou o Pronto
Socorro Odontológico do Hospital de Clínicas da Universidade
Federal de Uberlândia acompanhado de seu pai, queixando-se de
ferida em língua e odinofagia.

CASO CLÍNICO 2

Paciente do sexo masculino, 33 anos, negro, previamente saudável, teve


diagnóstico de LMC cromossomo Ph1 positivo em maio de 1997.
Inicialmente em fase crônica, vinha
fazendo uso de hidroxiuréia sem resposta ao tratamento. Em 2000 foi
submetido a TMO alogênico com um score de três fatores de risco para
o procedimento pelo European Group for Blood and Bone Marrow
Transplantation (EBMTR).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572008000500008

https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/02/022_LEUCEM
IA-MIELOIDE-AGUDA-E-CR%C3%94NICA-DIAGN%C3%93STICOS-E-POSS%C3%8DVEIS-T
RATAMENTOS.pdf

http://www1.inca.gov.br/rbc/n_48/v03/pdf/condutas2.pdf

https://www.scielo.br/pdf/eins/v9n2/pt_1679-4508-eins-9-2-0179.pdf

www.oncoguia.org.br

https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/leucemias/leucemia-
mieloide-cr%C3%B4nica-lmc

https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/leucemia-mieloide-cronica-artigo/

http://www1.inca.gov.br/rbc/n_49/v01/pdf/condutas.pdf

https://ibcc.org.br/leucemia-mieloide-aguda-lma/
https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/leucemia-mieloide-aguda/lma-o-que-e /

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