Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A leucemia é um tipo de cancro no sangue que ocorre quando a medula óssea produz células
sanguíneas anormais. Numa fase inicial há produção e multiplicação dessas células anormais na
medula óssea, o que reduz a produção de células normais.
Posteriormente, as células leucêmicas, ou blastos, invadem sangue periférico através dos vasos
sanguíneos e podem impedir o funcionamento normal de alguns dos órgãos afetados. Tal pode
interferir também com a capacidade do organismo em combater infeções, controlar hemorragias e
fornecer oxigénio aos tecidos e órgãos que dele necessitam.
O termo leucemia aguda deve ser diferenciado do termo leucemia crónica. Nesta última a
evolução e gravidade é totalmente distinta e alguns dos doentes com estas patologias crónicas
poderão não precisar de tratamento numa fase inicial.
Quando não tratada, a leucemia aguda pode disseminar-se rapidamente através do sangue e afetar
permanentemente outras partes do organismo, a saber:
• Gânglios linfáticos;
• Fígado e/ou baço
• Rim;
• Cérebro e medula espinhal;
• Testículos;
• Outros.
Dentro dos tipos de leucemia aguda mieloide e linfoide existem diversos subtipos, classificados de
acordo com as características microscópicas e genéticas, o que tem impacto na escolha
terapêutica.
Os sintomas e sinais da leucemia aguda podem variar de acordo com a gravidade da doença. A
sintomatologia da doença surge pela perda de função das células sanguíneas normais ou da
acumulação de células anormais no organismo, e pode incluir:
• Febre;
• Suor noturno;
• Edema (inchaço) dos gânglios linfáticos;
• Fadiga e cansaço inexplicável;
• Dispneia (falta de ar);
• Hematomas fáceis, causando manchas azuladas ou púrpura na pele ou pequenas manchas
vermelhas (petéquias);
• Sangramento nasal e nas gengivas recorrente;
• Infeções frequentes;
• Dor nos ossos ou articulações;
• Perda de peso inexplicável;
• Perda de apetite;
• Aumento do baço ou fígado, o que pode levar a dor abdominal ou edema (inchaço);
• Se as células da leucemia se infiltrarem no cérebro, sintomas como dores de cabeça,
convulsões, confusão mental, perda de controlo muscular e vómitos podem ocorrer;
• Entre outros.
Estes gatilhos levam o organismo a desenvolver mutações no ADN que fazem com que ocorra
produção de células cancerígenas. Estas células anormais crescem e multiplicam-se, afetando as
funções desempenhadas pelas células normais.
Fatores de risco
A leucemia aguda raramente é hereditária, no entanto, existem outros fatores que aumentam o
risco de desenvolvimento da patologia, a saber:
• Distúrbios genéticos: certas patologias genéticas, tais como a síndrome de Down, são
associadas a um risco aumentado da leucemia aguda;
• Entre outros.
Diagnóstico da leucemia aguda
O diagnóstico da leucemia aguda é realizado, primeiramente, através da história clínica do doente e
do exame físico, de modo a avaliar a sintomatologia do mesmo.
Exames de imagem
Exames como radiografia (raio-X), ultrassonografia (ecografia), tomografia computorizada (TC ou
TAC) e ressonância magnética (RM) podem ajudar a determinar os locais afetados pela leucemia
aguda (nomeadamente cérebro e medula espinhal ou outras partes do corpo) e respetivas
complicações.
Punção lombar
Uma agulha é inserida no organismo para retirar algum líquido cefalorraquidiano da medula
espinhal; é utilizada para verificar a presença de células malignas no Sistema Nervoso Central e
para efetuar terapêutica com quimioterapia local, com intuito preventivo ou terapêutico.
Quando não tratada atempadamente, a leucemia aguda pode ser fatal e levar à morte do paciente.
Contudo, com a realização de um diagnóstico atempado, o tratamento adequado pode ser
administrado, de modo a evitar complicações e retardar a progressão da doença.
Tratamento da leucemia aguda
Doentes com leucemia aguda devem começar o tratamento rapidamente após o diagnóstico, devido
à rapidez da progressão da doença.
O tratamento para a leucemia aguda é geralmente muito intenso no início e o seu principal objetivo
é eliminar as células cancerígenas dos vários compartimentos afetados.
Durante o tratamento, o médico especialista pode optar por uma variedade de opções terapêuticas,
a saber:
• Entre outros.
Atualmente, estão disponíveis novos fármacos e novas estratégias de tratamento que melhoram o
prognóstico destes doentes, conferindo aumento das sobrevivências que de outra forma não seria
alcançável.