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CURSO DE BIOMEDICINA
São Paulo
2021
RESUMO
ABSTRACT
Leukemia affects white blood cells, its origin being unknown. The main feature is the
accumulation of diseased cells in the bone marrow. Acute lymphocytic leukemia (ALL) is the
most common pediatric cancer; it also affects adults of all ages. This review article aims to
explain about acute lymphoid leukemia (ALL), and is justified to the extent that information
and guidance about the disease is, above all, the best way to face it. It consisted of a literature
review on the Scielo and PubMed websites for the last five years, with descriptors: leukemia;
lymphoid; stem cells; treatment. ALL is less common in adulthood, presenting more
aggressively and with less satisfactory response to chemotherapy in relation to the pediatric
population. With a high mortality rate associated with ALL in adults, many studies bet on
therapy with hematopoietic stem cell transplantation, with no consensus on its superiority in
relation to chemotherapy.
INTRODUÇÃO
LMC; Leucemia linfoide crônica - LLC; Leucemia mieloide aguda - LMA; Leucemia linfoide
leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida.
Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que
substituem as células sanguíneas normais. A medula óssea é o local de fabricação das células
sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são
encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos
ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula
cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e
morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da
medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas. (BRUTUS; CARMO;
A leucemia linfocítica aguda (LLA) é o câncer pediátrico mais comum; também atinge
número de blastos circulantes, substituição da medula normal por células malignas e potencial
sintomas incluem fadiga, palidez, infecção, dor óssea, hematoma fácil e sangramento. O
remissão, quimioterapia intratecal para profilaxia do SNC e/ou irradiação cerebral para
crianças e 70 a 90% em adultos. Das crianças, 75% ou mais têm sobrevida livre de doença
contínua por 5 anos e parecem curadas. Dos adultos, 30 a 40% têm sobrevida livre de doença
contínua por 5 anos. Imatinibe melhora o resultado em adultos e crianças com LLA positiva
para cromossomo Ph. A maioria dos protocolos investigatórios seleciona os pacientes com
fatores de risco menores para terapia mais intensa, porque o aumento de risco e a toxicidade
do tratamento são contrabalançados com o risco maior de falha do tratamento causar a morte.
intensivo com múltiplos medicamentos. A remissão pode ser induzida com prednisona oral
dosagens são modificadas de acordo com a presença dos fatores de risco. O imatinibe pode ser
As células leucêmicas podem reaparecer na medula óssea, no SNC, nos testes ou em outros
quimioterapia possa induzir uma segunda remissão em 80 a 90% das crianças (30 a 40% dos
adultos), as remissões subsequentes tendem a ser breves. A quimioterapia faz com que apenas
alguns pacientes com recidiva precoce de câncer da medula óssea alcancem a cura ou
5
O presente trabalho de conclusão de curso, por meio de revisão bibliográfica, tem por objetivo
apresentar ampla explanação sobre a leucemia linfoide aguda (LLA), e se justifica na medida
METODOLOGIA
descritiva da literatura, para a qual foram selecionados artigos no banco de dados Scientific
Virtual em Saúde – BIREME, publicados nos últimos cinco anos. A busca dos artigos foi feita
através das palavras chaves: leucemia; linfoide; células-tronco; tratamento. O trabalho buscou
DESENVOLVIMENTO
A medula óssea
A medula óssea é o tecido adiposo e esponjoso dentro dos ossos. Ele cria as seguintes partes
do sangue: glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio e nutrientes por todo o corpo;
glóbulos brancos, que combatem as infecções; plaquetas, que são responsáveis pela formação
diferenciadas e só podem fazer cópias de si mesmas. No entanto, essas células-tronco não são
especializadas, o que significa que têm o potencial de se multiplicar por meio da divisão
Todos os ossos apresentam medula ativa ao nascimento, mas, quando a pessoa alcança a idade
adulta, a medula óssea é ativa nos ossos das vértebras, quadris, ombros, costelas, esterno e
responsável por produzir todas as células sanguíneas no interior da medula óssea. Estas se
2018) (3)
Células sanguíneas
8
O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os
órgãos. Ele é produzido na medula óssea e é formado por uma parte líquida (plasma) e uma
Plasma: Com uma coloração amarelo palha, é constituído por 90% de água, proteínas e sais
minerais. Através deles circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas necessárias às
Glóbulos brancos: Também conhecidos por leucócitos, essas células são responsáveis por
2018) (3)
Glóbulos vermelhos: Também conhecidos como hemácias, eles são chamados assim devido
ao alto teor de hemoglobina, uma proteína avermelhada que contém ferro. A hemoglobina,
por sua vez, capacita os glóbulos vermelhos a transportar oxigênio a todas as células do
Plaquetas: Pequenas células que tomam parte no processo de coagulação sanguínea, pois se
acumulam ao redor de uma lesão (cortes) e formam um “tampão” para interromper a perda de
Leucemias
descoberta levou à identificação em células CML do gene de fusão BCR-ABL e sua proteína
correspondente. ABL e BCR são genes normais nos cromossomos 9 e 22, respectivamente.
9
tratamento das leucemias. A leucemia pode ser classificada como “aguda” ou “crônica” de
acordo com a velocidade de crescimento das células doentes assim como de sua
funcionalidade. A leucemia aguda progride rapidamente e produz células que não estão
No geral, essas poucas células maduras conseguem realizar algumas das funções normais. A
leucemia também é classificada a partir do tipo de célula do sangue que está doente. As
células doentes da leucemia são os glóbulos brancos produzidos na medula óssea. Um tipo de
glóbulo branco doente é chamado de “mieloide” e o outro tipo de “linfoide”. O nome dos
tipos de leucemias descreve quão rápido (aguda) ou devagar (crônica) a doença progride e
identifica o tipo de glóbulo branco que está envolvido (mieloide ou linfoide). (INSTITUTO
chamadas "blastos", de característica mielóide. Na maioria dos casos desta doença, não existe
apresenta–se com uma variedade de tipos de células que podem ser observados no sangue e
pele, sangramento nas mucosas, nariz e outros locais. Além disso, febre e infecções são
achados freqüentes, assim como dores ósseas. O diagnóstico da LMA é feito através da
análise do aspecto das células em microscópio e a identificação dos blastos. O material obtido
no sangue e/ou medula óssea deve também ser submetido a técnica de imunofenotipagem e
do prognóstico de cada caso. Hoje, mutações identificadas por técnicas de hibridação in situ
por fluorescência (FISH) e reação em cadeia da polimerase (PCR) também são importantes
neste sentido. Tão logo o diagnóstico seja possível, os pacientes devem ser submetidos ao
drogas utilizadas nesta fase são a citarabina ou Aracytin por 7 a 10 dias e a idarrubicina ou
daunorrubicina. Geralmente, dois cursos de tratamento nesta fase são utilizados. Nos casos de
leucemia promielocítica ou M3, uma droga chamada ácido transretinóico por via oral é
acrescentada ao tratamento. Ela ajuda na maturação das células leucêmicas deste subtipo de
citogenética normal. Durante a última década, vários estudos demonstraram que a presença ou
direto no prognóstico dos pacientes. Apesar de a maioria dos estudos neste sentido ter sido
A LMC caracteriza–se pela presença de uma anormalidade genética adquirida, a qual foi
de gene, de BCR–ABL. As causas que levam a essa alteração são geralmente desconhecidas.
Uma pequena proporção de pacientes pode ter a sua doença relacionada à irradiação. Isso
Verificou–se, nessa população, um maior risco de leucemia, assim como de outros tipos de
câncer. As células alteradas na LMC, ao contrário do que descrevemos nos casos de LMA,
que nos casos agudos. A maioria dos casos de LMC ocorre em adultos. A frequência deste
e sintomas na LMC é geralmente insidioso. Muitos pacientes são diagnosticados por acaso em
exames clínicos ou de sangue realizados por motivos diversos ou até para check–up. Os
pacientes podem referir cansaço, palidez, sudorese, perda de peso e desconforto do lado
esquerdo do abdome devido ao aumento do baço. A LMC evolui, na maioria dos pacientes,
para uma fase mais turbulenta e com maior dificuldade de controle, chamada fase acelerada.
Nesta fase, há um aumento ainda maior do baço e aumento das células imaturas, ou seja, dos
blastos. Finalmente, a doença evolui para a chamada fase blástica ou aguda, na qual
pacientes, esta etapa manifesta–se como uma LLA, ao passo que, em 75%, a manifestação é
de LMA. O diagnóstico desta doença pode ser feito no exame de sangue e pode ser
confirmado pelo estudo da medula óssea. O aspecto das células mostra uma grande proporção
de glóbulos brancos maduros em comparação com os imaturos (blastos). (MOTA, 2017) (7)
obtido na medula óssea. Técnicas como o teste de FISH ou PCR são mais sensíveis, sendo
últimos anos, houve uma revolução no tratamento da LMC. Surgiram os chamados inibidores
de tirosino–quinase. O imatinibe foi o primeiro deles a ser aprovado pelo Food and Drug
Administration (FDA), nos EUA, e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
hoje o padrão de tratamento. Funciona melhor nas fases mais precoces da doença, diminuindo
sua eficiência à medida que a leucemia progride para as fases acelerada e blástica.
como o dasatinibe e o nilotinibe, aprovados pelo FDA, são usados para superar a
ainda incipiente e está sendo testada em estudos clínicos. A utilização deles em primeira linha
destaca–se por não possibilitar resposta dos pacientes aos novos medicamentos disponíveis.
Os pacientes com LMC devem ser seguidos com realização do cariótipo até desaparecimento
do cromossomo Ph, e então por testes quantitativos moleculares para BCR–ABL por PCR.
Recomenda–se a realização do cariótipo, mesmo após sua negativação, pelo menos uma vez
iminência de uma crise blástica. Estes pacientes devem ser encaminhados ao transplante de
medula óssea, apesar de não ser clara a evolução obrigatória para a crise blástica. Frente ao
seguimento por PCR quantitativo e/ou cariótipo, demonstrando perda de resposta citogenética
com a finalidade de determinar mutações. Entre elas, a mutação T315I não responde aos
novos inibidores de tirosino–quinase. Neste caso, este fator prognóstico torna–se importante
na indicação precoce do transplante de medula óssea, uma vez que medicamentos específicos
causa da LLA não é evidente. Também nestes casos, acredita–se que haja alguma relação com
radiação devido ao aumento de casos no Japão pós-guerra. A LLA desenvolve–se a partir dos
são muito parecidos aos da LMA, como cansaço, falta de ar, sinais de sangramento, infecções
e febre. Além disso, podem ocorrer aumento de gânglios, inflamação dos testículos, vômitos e
O tratamento é realizado com quimioterapia. Os pacientes necessitam ser tratados assim que o
chances de cura aos pacientes. Hoje, mais de 70% das crianças com este tipo de doença são
curáveis, assim como cerca de 50% dos adultos jovens. No entanto, para melhores resultados,
tratamentos mais agressivos, considerando–se aqui o transplante de medula óssea nas suas
diversas modalidades. Uma das causas de prognóstico desfavorável e que ocorre em 5% das
LLA da infância e 25% das LLA do adulto é a presença do cromossomo Ph. Nestes casos, o
uso de inibidores da tirosino–quinase junto com a quimioterapia e transplantes pode ser útil,
uma vez que seu uso isolado mostrou resultados pobres. (ACS, 2018; INCA, 2020) (10,11)
da doença no sistema nervoso central que inclui a quimioterapia no intratecal. Uma vez obtida
manutenção por 2 a 3 anos. Para se ter uma ideia da complexidade do tratamento da LLA,
2015) (12)
maior sensibilidade dos blastos à quimioterapia. Acredita–se que este fato esteja relacionado a
achados in vitro de apoptose espontânea destas células e à sua sensibilidade em acumular altas
21, o qual carreia um gene que codifica a redução do transporte de folato. Pacientes com a
fusão TEL–AML1 são altamente sensíveis à asparaginase por razões que ainda não são claras.
O grupo UK Medical Research Council, por outro lado, encontrou esta associação com bom
prognóstico com as trissomias dos cromossomos 4 e 18. Outro fato interessante diz respeito à
t/ fusão E2A–PBX1, que está associada a prognóstico ruim com dose convencional de
(sobrevida livre de eventos > 90%). Pacientes com cromossomo Ph ou t (4:11) / fusão MLL–
AF4 possuem doença de altíssimo risco. Existe, no entanto, uma marcante influência da idade.
mais brando em crianças entre 1 e 9 anos de idade com baixas contagens de leucócitos ao
mostraram que quase todos os casos de LLA do tipo T podem ser agrupados com base no
envolvimento de um ou mais oncogenes: LYL1 com LMO2, HOX11, TAL1 com LMO1 ou
LMO2, HOX11L2 e MLL–ENL. O prognóstico favorável está associado aos subtipos HOX11
p53 são associadas a péssimo prognóstico, tanto nas LLA B como T. (PUERTA, 2019) (13)
Diagnóstico
17
fundamental para orientar a terapêutica e determinar, até certo ponto, o prognóstico das
podem ser aplicadas tanto à medula óssea quanto ao sangue periférico, auxiliando na
As principais colorações em uso são fosfatase alcalina; mieloperoxidase (MPO); sudão negro
B (sudan black B [SBB]); naftol AS-D; cloroacetato esterase (CAE); esterases inespecíficas,
natureza mielóide dos blastos e revela os bastonetes de Auer em aproximadamente 65% dos
M7, mas também em alguns casos de M5a, além de auxiliar no diagnóstico das LLA M3,
LLA M2 e LLA M1/M2, bem como ser essencial para a identificação da BAL. A citometria
18
de fluxo é realizada com maior frequência para distinção entre as leucemias mielóide e
detecção de doença residual mínima. Também é útil na correta identificação dos subtipos de
LLA, como a LLA M0, e na diferenciação da leucemia promielocítica aguda (M3) da LLA
periférico e da medula óssea, mas, pode ser feita em cortes histológicos. (DIGIUSEPPE;
microscópica dos cromossomos das células da medula óssea durante a metáfase. Pode ser
(DNA) por meio de técnicas, como análise de Southern blot ou reação em cadeia da
reversa (RT-PCR) e também por PCR em tempo real (RQ-PCR). A finalidade da análise de
classificação das LA, é útil no monitoramento da doença residual mínima após a remissão
Tratamento
passado com o famoso trabalho do Dr. Sidney Farber, publicado no New England Journal of
Medicine, em 1948, em que ele descreve uma sobrevida por mais de cinco anos em 50
representava menos que 1% de todas as crianças tratadas. Esse trabalho foi seguido pelo
da vinca, era capaz de produzir remissão da LLA. (MILLAN et al, 2018) (16)
No início dos anos 60, um regime com quatro drogas foi desenvolvido para tratamento da
de cada droga, sem, no entanto, somar seus efeitos tóxicos. Foi reconhecido o papel
meníngea, assim como a continuidade do tratamento por período de dois a três anos
pioneiro do St. Jude Children's Research Hospital, em Memphis, nos Estados Unidos, com o
therapy", com percentual de cura de 50% e seguimento por mais de 30 anos. O desafio de
20
tornar a LLA uma doença curável começa a ser vencido com o relato de taxas de sobrevida
maior que 50% para crianças tratadas em países com recursos limitados. Em El Salvador,
Bonilla et al. conseguiram aumentar a taxa de sobrevida de crianças com LLA de 5% para
50%. No Recife, Pedrosa (Comunicação pessoal) evoluiu de uma taxa de 29%, nos anos 80,
A LLA evoluiu de uma doença mal definida e intratável na metade do século passado para
uma doença que está entre as mais entendidas e as mais curáveis no início deste século. Esse
sucesso foi obtido graças não somente ao melhor conhecimento da doença, a introdução de
novas drogas com protocolos terapêuticos adequados, mas sobretudo ao melhor tratamento de
neutrófilos, o melhor controle da infecção e dos distúrbios metabólicos têm contribuído para
complicações que necessitam ser manejadas a fim de que não ameacem sua vida ou afetem
se no fato de que todas as células maduras que circulam no sangue (glóbulos vermelhos,
poiesis = fazer). As células progenitoras são produzidas na medula óssea e também são
Modalidades de transplante
TCTH autólogo, as CTHs são coletadas do próprio paciente antes da fase de condicionamento,
provêm de um doador que pode ser aparentado ou não. (MARQUES et al, 2018) (19)
Procedimento
células progenitoras que podem ser retiradas dele próprio (transplante autólogo, com células
para que ela volte a produzir células sanguíneas normais. As células-tronco estão localizadas
formas de se obter essas células: (MARQUES et al, 2018; H.I.A.E., 2020) (19,20)
Da medula: o doador recebe anestesia e os médicos responsáveis pelo transplante usam uma
agulha especial para aspirar a medula óssea de dentro dos ossos da bacia. A medula óssea é
filtrada para remover fragmentos de osso ou tecido e é colocada em uma bolsa que poderá ser
colhidas da medula óssea podem ser congeladas e estocadas para utilização posterior. (19,20)
22
Do sangue periférico: métodos foram desenvolvidos para mover as células da medula óssea
para o sangue periférico em número suficiente para serem coletadas e utilizadas para
transplantes. Esse procedimento exige que o doador seja tratado com um medicamento que
progenitoras são separadas do sangue do doador e armazenadas em um uma bolsa para depois
células-tronco. Após o parto, o sangue rico em células progenitoras pode ser cuidadosamente
drenado para um recipiente de plástico esterilizado, ser congelado e utilizado para transplante
Condicionamento
associadas à radioterapia, para que a medula óssea doente reduza ao máximo sua produção e
Os regimes de condicionamento são modificados de acordo com tipo e status da doença, idade
duas a seis horas. Quando as células forem de medula óssea, o paciente pode apresentar
reação. A ANVISA entende como sendo reação transfusional imediata aquela ocorrida
durante a transfusão, ou até 24 horas após, e tardia aquela ocorrida após 24 horas da
transfusão realizada. Os sinais e sintomas mais frequentes são: mal-estar, tremores, calafrios,
febre (superior a 38ºC), sudorese, palidez cutânea, mialgia, taquicardia, taquipneia, cianose,
Terapia gênica
Nos Estados Unidos, em 2017, o Food and Drug Administration (FDA) aprovou a primeira
terapia genética disponível nos Estados Unidos, inaugurando uma nova abordagem para o
tratamento do câncer e outras doenças graves e fatais. A leucemia é uma doença que acomete
linfoblástica aguda (LLA) é o câncer mais frequente na faixa etária pediátrica, e pode ser
24
classificada com base no tipo de linfócitos que são afetados (células B, células T e células
natural killer). (JIMÉNEZ; HIDALGO; RAMÍREZ, 2017; GAO et al, 2016) (21,22)
Kymriah (tisagenlecleucel), primeira terapia CAR-T da Novartis, foi aprovada para uso em
pacientes pediátricos e adultos jovens com LLA de linhagem B e destina-se a pacientes cujo
câncer não respondeu ou retornou após o tratamento inicial, o que ocorre em 15 a 20% dos
um paciente. Estas são coletadas e enviadas para um centro de fabricação onde são
geneticamente modificadas para incluir um novo gene que contém uma proteína específica
(um receptor quimérico de antígeno ou CAR), que direciona as células T para atingir e
Uma vez que as células são modificadas, estas são infundidas de volta ao paciente para
destruir o tumor. (JIMÉNEZ; HIDALGO; RAMÍREZ, 2017; GAO et al, 2016) (21,22)
A taxa global de remissão dentro de três meses de tratamento foi de 83%. Apesar de
promissora, a nova terapia pode apresentar efeitos colaterais graves. O mais frequente é a
resposta exacerbada do sistema imunológico, que causa febre muito alta, sintomas gripais e
eventos neurológicos. Outros efeitos colaterais graves incluem infecções graves, hipotensão,
lesão renal aguda, febre e hipóxia. (JIMÉNEZ; HIDALGO; RAMÍREZ, 2017; GAO et al,
2016) (21,22)
25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todo o exposto, considerou-se que, embora o tratamento da leucemia linfoide aguda
quimioterapia padrão, e idosos, que podem apresentar ainda comorbidades e menor tolerância
considerando-se uma boa resposta à terapia de indução, entretanto, com pouca remissão à
longo prazo, muitos estudos apostam na terapia com transplante de células tronco
hematopoiéticas como uma alternativa eficaz na prevenção de recidiva, ainda não havendo
São necessários mais estudos para que se possa conhecer melhor a doença em adultos, visando
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