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Questão 1. Menina, 9 meses e idade, nascida a termo, com peso adequado para
idade gestacional, sem intercorrências na gravidez ou no parto. Trazida pela mãe ao
ambulatório para consulta pediátrica. Mãe sem queixas e nega alterações desde a
última consulta. Qual achado de exame físico demonstraria possível atraso de
desenvolvimento neuropsicomotor?
a) Não fica em pé sem apoio
b) Não consegue engatinhar
c) Não ajuda ao ser levantada pelos braços do decúbito dorsal
d) Não fala palavras isoladas
Questão 2. Uma criança é capaz de correr, fazer uma torre com quatro cubos de
blocos e brincar de “comidinha”. Ela entende “meu” e se sente mal quando pisa no pé
de sua mãe. Dado a progressão normal do desenvolvimento, a descrição acima é
esperada de uma criança de qual idade?
a) 15 meses
b) 18 meses
c) 24 meses
d) 30 meses
Questão 10. Uma criança de 3 anos foi avaliada com queixa de atraso na fala. Ainda
não falava, compreendia comandos verbais simples e, poco frequentemente, apontava
ou conduzia o responsável pela mão para ter suas solicitações atendidas. Marcos
motores grosseiros foram adquiridos dentro da normalidade. Na escola, nos espaços
públicos, tendi ao isolamento. Apresentava ainda hipersensibilidade aos estímulos
auditivos, agitação, irritabilidade, dificuldades com mudanças na rotina e rompantes de
comportamento e estereotipias motoras. Qual a principal hipótese diagnóstica para
esse paciente?
a) Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
b) Deficiência auditiva
c) Transtorno da linguagem
d) Transtorno do espectro autista
Questão 11. Um menino de 11 meses é trazido à consulta e, segundo a mãe, não faz
as mesmas coisas que outras crianças da sua idade. Ainda não caminha; balbucia,
mas não diz nenhuma palavra além de “mamá” e “papá”. Apresenta uma boa interação
social com a mãe, se interessa pelos brinquedos que são colocados ao seu alcance e
campo visual, senta-se com apoio e engatinha. Por poucos segundos, consegue ficar
em pé, apoiado. Quanto à história pregressa, nasceu pré-termo, de 35 semanas de
gestação, pesando 2.230g, com escala de Apgar 5 e 9. Não apresentou
intercorrências no período perinatal e iniciou o aleitamento materno nas primeiras 24
horas de vida. A orientação adequada, nesse caso, é:
a) Encaminhar para avaliação fonoaudiológica
b) Considerar normal e reavaliar em 1 mês
c) Iniciar intervenção com fisioterapia e terapia ocupacional e reavaliar em 1 mês
d) Encaminhar para avaliação neurológica
Questão 12. Menino, 1 ano e 7 meses de idade, previamente hígida, deu entrada no
pronto atendimento pois há cerca de uma hora estava correndo quando colidiu contra
a lateral da mesa de jantar. Apresentou choro intenso seguido de um episódio de
vômito. Nega perda de consciência. Quando questionada sobre dor, a menor aponta
para a testa e chora. Ao exame clínico, criança em bom estado geral, corada
hidratada, chorosa. FC: 110 bpm, PA: 95/50 mmHg, FR: 25 irpm. Movimenta os quatro
membros normalmente. Região frontal conforme imagem abaixo. Frente ao quadro
apresentado, qual é a conduta?
Questão 14. A escola solicitou à família de um aluno de 8 anos uma avaliação médica
por dificuldade de aprendizagem. A criança, desde a alfabetização, apresentava
dificuldades na leitura e na escrita. Filho único, família nega problemas pré ou
perinatais, genéticos ou médicos pregressos; teve marcos do desenvolvimento
adequados. Dois tios e um primo maternos apresentaram histórico escolar
semelhante. Atualmente, mesmo com reforço escolar há mais de um ano, permanece
com leitura lenta, pausada, com esforço e dificuldade para compreensão de texto,
inclusive de frases simples. Copia, mas escreve apenas letras ou sílabas, com erros.
Não apresenta dificuldade para aprendizagem de matemática, artes ou para prática de
atividade física. A avaliação do comportamento adaptativo estava dentro da
normalidade. Na avaliação pela escala SNAP IV: pela professora pontuou 3 para
desatenção e 1 para hiperatividade; pelos pais, 2 para desatenção e 1 para
hiperatividade. Baseado nos dados acima, qual seria o diagnóstico inicial mais
provável?
a) Transtorno do déficit de atenção e impulsividade
b) Transtorno específico de aprendizagem
c) Transtorno do desenvolvimento da coordenação
d) Deficiência intelectual ligada ao X
Questão 15. Você atende pela 1ª vez a paciente ICS, feminina, 3 meses de idade, em
seu retorno de puericultura (rotina). A mãe conta que mudou de cidade e perdeu
seguimento com pediatra, mas já atualizou as vacinas da criança; também nega
queixas e relata que a filha não faz uso de qualquer medicação. Alimentação:
aleitamento materno exclusivo em livre demanda. Vacinação: atualizada (trouxe o
cartão). Desenvolvimento neuropsicomotor: apresenta sorriso social e sustenta a
cabeça. Antecedentes pessoais: nasceu de parto normal, idade gestacional (IG): 38
semanas, peso de nascimento: 3.300 g (percentil 50 para IG), comprimento ao nascer:
51 cm (percentil 85 para IG). Exame físico: sem alterações. Peso atual: 6.500 g (entre
percentis 50-85); comprimento atual 63 cm (percentil 85). Considerando o atendimento
acima, qual seria sua orientação quanto a suplementação de ferro de vitamina D?
a) Não há necessidade de suplementação tanto com ferro quanto com vitamina D
neste momento
b) Prescreveria 400UI de vitamina D e aguardaria a criança completar 6 meses
para introduzir ferro
c) Prescreveria 1 mg de ferro elementar/kg peso/dia e 400UI ao dia de vitamina D
d) Prescreveria banho de sol antes das 9 horas e após às 16 e aguardaria a
criança completar 6 meses para introduzir ferro
Questão 16. Criança de 4 anos ingeriu um prego por volta das 14 horas. Foi atendida
em Unidade de Pronto Atendimento e submetida à radiografia simples. Em seguida, foi
encaminhada com o exame para tratamento definitivo em hospital terciário, onde foi
admitida assintomática às 22 horas. Qual a próxima conduta?
a) Observação por 24 a 48 horas
b) Repetir a radiografia simples
c) Endoscopia digestiva de urgência (em até 12 horas)
d) Endoscopia digestiva de emergência (em 2 a 6 horas)
Questão 19. Davi, 12 meses de idade, reside com os pais que são vegetarianos, na
zona rural. Recebeu leite materno exclusivo até os 6 meses de idade, quando
substituiu por leite de cabra “in natura”, frutas, e papa salgada. Atualmente, além de
leite sua alimentação é rica em vegetais folhosos, legumes, frutas e chás caseiros.
Ingere cerca de 3 ovos por semana, porém não faz uso de carne de boi, frango ou
peixe. Não realiza acompanhamento com pediatra e vai à unidade básica de saúde
apenas para vacinação. Mãe leva o filho para consulta, pois está achando-o irritado e
com hiporexia. Ao exame: Peso 10kg, Estatura 70cm, palidez cutâneo-mucosa
acentuada, esclera com tom azulado, fígado não palpado e baço palpado sob o
rebordo costal esquerdo. Demais aparelhos sem alterações. Qual a deficiência MAIS
PROVÁVEL, que está criança está apresentando?
a) Ácido fólico
b) Cobre
c) Ferro
d) Vitamina B12
Questão 20. Criança do sexo masculino, com dois anos e meio de idade, é levada
para consulta na UBS com queixa de comportamento agitado e irritabilidade. Trata-se
do terceiro filho do casal, mãe com 43 anos e pai com 50 anos. Os pais relatam que
no primeiro ano de vida era um bebê tranquilo e gostava de dormir sozinho. No
segundo ano de vida, os pais começaram a se preocupar com ataques de agitação e
choro incontrolável em situações de frustração ou com barulho intenso (festas,
trovões). Acham que fala menos que os irmãos na mesma idade e não diz frases.
Desconfiam que ele possa ter algum problema de audição pois não responde quando
chamam seu nome e não presta atenção quando conversam com ele. Algumas
pessoas dizem que ele é uma criança triste pois não gosta de brincar com outras
crianças e fica irritado ao sugerirem que compartilhe seus brinquedos.
a) Avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor e realizar triagem de transtorno do
espectro autista por meio de instrumentos padronizados
b) Encaminhar para neurologia pediátrica para investigação de transtorno de
hiperatividade e déficit de atenção
c) Orientar a família quanto à estimulação, explicando que as birras são comuns
nessa idade e que cada criança tem seu ritmo próprio de desenvolvimento
d) Solicitar avaliação do Núcleo de Apoio à Saúde da família (NASF) para
abordagem do transtorno emocional da criança