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Caderno

de Questões
Você encontrará nos próximos capítulos, questões comentadas e atualizadas dos concur-
sos de Residência Médica em 2019!

Leia cada questão com muita atenção e aproveite ao máximo os comentários. Se


necessário, retorne ao texto de sua apostila.

Sugerimos que você utilize esta área de treinamento fazendo sua autoavaliação a cada
10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de
cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho.

Estude! E deixe para responder as questões após domínio dos temas. Fazê-las imediatamente
pode causar falsa impressão.

O aprendizado da Medicina exige entusiasmo, persistência e dedicação. Não há fórmula


mágica. Renove suas energias e se mantenha cronicamente entusiasmado.

Boa sorte! Você será Residente em 2020!

Atenciosamente,
Equipe SJT-MED
Sumário
1 Questões para treinamento – Pediatria............................................................................................5
2 Gabarito comentado....................................................................................................................................27
1
QUESTÕES PARA TREINAMENTO
Pediatria

UNIFESP – 2019 a) aumentar a altura em 10 centímetros


1. A avaliação antropométrica de um pré-escolar b) dobrar o peso de nascimento
de 4 anos de idade, resulta nos seguintes valo- c) aumentar o perímetro cefálico em 0,5 cm por
res de escore Z para os índices calculados: E/I mês
= -0,8; P/E = 2,1; P/I = 1,7 e IMC/I = 2,4. De acordo d) ganho de peso de 10 gramas por dia
com a Organização Mundial da Saúde, qual é a
classificação nutricional desta criança? SUS-SP – 2019
a) sobrepeso e estatura adequada para idade 4. Menina de três anos, sexo feminino, é trazida
b) sobrepeso e risco de baixa estatura pela mãe com queixa de estar se alimentando
c) risco para sobrepeso e estatura adequada pouco e de não crescer. Ao exame físico apre-
para idade senta pele seca, apatia e xeroftalmia. Urina I
d) obesidade e estatura adequada para idade mostrou hematúria microscópica. Uma possí-
e) peso adequado para idade e risco de baixa es- vel causa para este quadro é:
tatura a) raquitismo
b) deficiência de vitamina B6
USP-SP – 2019 c) deficiência de vitamina B12
2. Uma criança é capaz de correr, fazer uma d) deficiência de vitamina A
torre com quatro cubos de blocos e brincar e) anemia ferropriva
de “comidinha”. Ela entende “meu” e se sen-
te mal quando pisa no pé de sua mãe. Dado UFG – 2019
a progressão normal do desenvolvimento, a 5. Dois irmãos procuram o pediatra para saber
descrição acima é esperada de uma criança o motivo de suas alturas serem muito dife-
de qual idade? rentes. “A” tem 16 anos e mede 155 cm, refere
a) 15 meses menarca aos 13,5 anos e afirma ter parado de
b) 18 meses crescer há dois anos. “J”, de 17 anos, também
c) 24 meses parou de crescer há dois anos e está com 178
d) 30 meses cm. A mãe mede 160 cm e o pai, 173 cm. Con-
siderando o histórico dos irmãos:
USP-SP – 2019 a) a diferença tão grande entre as alturas finais
3. Qual dos seguintes parâmetros é consistente dos irmãos não era esperada
com um crescimento normal nos seis primei- b) as alturas de “A” e “J” estão dentro do esperado
ros meses de vida? para o perfil familiar
6 R1 Extensivo | Questões para treinamento

c) a altura de “A” está abaixo da esperada para o d) pseudodiarreia


perfil familiar e) doença de Hirschprung
d) a altura de “J” está acima da esperada para o
perfil familiar UERJ – 2019
9. Lactente de três meses foi levado para consul-
USP-SP – 2019 ta médica de puericultura pela mãe e pela avó.
6. Segundo o Ministério da Saúde, assinale a al- Ambas referiram que a criança tem choro in-
ternativa correta sobre o armazenamento ade- tenso desde que nasceu, está em aleitamento
quado do leito materno: materno exclusivo e seu crescimento e desen-
a) pode ficar em ar ambiente por até 12 horas volvimento são normais até o momento. A mãe
b) quando descongelado, pode ser consumido queixou-se de estar muito cansada e a avó co-
em até 72 horas mentou que o pai tem sido bastante agressivo
c) pode ser armazenado congelado por até 40 com a mãe (às vezes a empurrando), especial-
dias mente após o nascimento do bebê. Ao exame,
d) se colocado na geladeira, deve ser consumido o lactente está em bom estado geral, ativo e
em até 24 horas reativo, eupneico, sem alterações à ausculta
ou à palpação abdominal. Entretanto, notam-
Santa Casa-SP – 2019 -se dois hematomas em região do dorso. A ra-
7. O Ministério da Saúde e a Organização Pan- diografia de tórax revelou um calo ósseo em
-Americana da Saúde estabeleceram, para uma costela à direita e uma pequena fratura
crianças menores de dois anos de idade, dez em outra à esquerda. Uma conduta fundamen-
passos para a alimentação saudável. Em rela- tal a ser realizada nessa criança é:
ção a essas recomendações, assinale a alter- a) fundo de olho
nativa CORRETA: b) cintigrafia óssea
a) a partir dos seis meses de vida, devem ser c) tomografia de tórax
introduzidos, de forma lenta e gradual, na ali- d) dosagem de fosfatase alcalina
mentação da criança, outros alimentos, sus-
pendendo‐se o leite materno UNICAMP – 2019
b) a mãe deve ofertar à criança somente leite 10. A intoxicação por derivados de nafazolina, é
materno até os seis meses de vida, sem ofere- caracterizada por:
cer água, chás ou quaisquer outros alimentos a) taquicardia e taquipneia
c) açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, b) depressão neurológica e taquipneia
balas, salgadinhos e outras guloseimas de- c) apneia e bradicardia
verão ser oferecidos após os doze meses de d) agitação psicomotora e midríase
vida
d) após os seis meses de vida, a mãe deverá UNICAMP – 2019
oferecer alimentos complementares (cereais, 11. Criança, 3a, trazida ao pronto-socorro com
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e le- quadro de sudorese profusa, vômitos incoer-
gumes) à criança; uma vez ao dia se esta ain- cíveis, salivação excessiva, alternância de agi-
da receber leite materno e duas vezes ao dia tação com prostração, e bradicardia. Familiar
se estiver desmamada refere que moram em área urbana com várias
e) os horários em que a alimentação comple- casas em construção ao redor e que a criança
mentar é oferecida devem ser rigidamente res- estava brincando na rua quando chegou cho-
peitados, independentemente da vontade da rando muito. O quadro clínico descrito é com-
criança patível com:
a) acidente loxoscélico
UNIFESP – 2019 b) acidente botrópico
8. Você atende um lactente de 2 meses de idade, c) escorpionismo
em aleitamento materno exclusivo. A mãe refe- d) acidente crotálico
re que a criança elimina fezes amolecidas em
intervalos superiores a três dias, com regur- UNIFESP – 2019
gitações esporádicas e bom ganho de peso. 12. Menina de 9 meses de idade é trazida pela mãe
Qual a hipótese diagnóstica? ao pronto-socorro com história de queda do
a) disquesia do lactente berço há um dia. Ao exame, observa-se uma
b) constipação crônica criança muito chorosa, irritada, com aumento
c) pseudoconstipação de volume no braço direito e coxa esquerda,

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1 Pediatria 7

além de equimoses na parte anterior e poste- d) pesticida


rior do tórax em diferentes estágios de evolu- e) nafazolina
ção. O exame radiológico indica fratura recente
de fêmur esquerdo e calo ósseo em úmero di- USP-SP – 2019
reito. Além da radiografia de esqueleto, quais 15. Você está no alojamento conjunto, avaliando
condutas são mais adequadas ao caso? recém-nascido no 2º dia de vida, nascido a ter-
a) tomografia de crânio, hemograma, encami- mo, parto vaginal, adequado para a idade gesta-
nhamento ambulatorial para investigação e cional, sem intercorrências perinatais, evoluin-
notificação de violência do com boa aceitação do seio materno. Exame
b) internação, tomografia de crânio, hemograma clínico sem alterações. A mãe apresenta quadro
e contato imediato com a autoridade policial de tosse crônica, colhido pBAAR (pesquisa de
c) internação, hemograma, ultrassono gra f ia bacilo álcool-ácido resistente) na semana pas-
transfonta ne lar e solicit ação de avaliação sada, que veio positivo, mas ainda não iniciou
genética e hematoló gica nenhum tratamento. O recém-nascido em ques-
d) hemograma, coagulograma, encaminhamento tão ainda não recebeu a vacina da BCG até o
ambulatorial para investigação e contato com momento. De acordo com as recomendações
a vara da infância e/ou conselho tutelar do Ministério da Saúde, a conduta indicada para
e) internação, tomografia de crânio, fundo de o recém-nascido neste momento é:
olho, notificação de violência, contato com a a) não dar BCG, início imediato de isoniazida e
vara da infância e/ou conselho tutelar realizar teste tuberculínico com 3 meses de
vida
USP-SP – 2019 b) vacinação imediata com BCG e realizar teste
13. Menina, 2 anos de idade, previamente hígida, tuberculínico com 3 meses de vida e após, iso-
foi trazida ao pronto-socorro pelo seu avô, niazida se necessário
que a encontrou vomitando no quintal, onde c) não dar BCG, realizar teste tuberculínico ime-
foi aplicado veneno para ratos recentemente. diato e após, isoniazida se necessário
Criança descorada, hipoativa, sonolenta, pupi- d) vacinação imediata com BCG, início imediato
las mióticas, com presença de sudorese, lacri- de isoniazida e realizar teste tuberculínico com
mejamento e salivação intensas. FC: 62 bpm, 3 meses de vida
FR: 12 irpm, tempo de enchimento capilar de
4 segundos. Sem outras alterações ao exame UFG – 2019
clínico Para reversão do quadro atual, está in- 16. Uma menina de cinco meses, com quadro de
dicado o uso de: febre há 23 horas, acompanhada de vômitos
a) gluconato de cálcio (quatro episódios) e chorando muito; sem ou-
b) atropina tros sintomas. Antecedentes: a mãe refere que
c) flumazenil a criança manifestou vários quadros gripais
d) bicarbonato de sódio e tem alergia a dipirona. Não trouxe o cartão
de vacinação. A mãe informa ainda que algu-
SUS-SP – 2019 mas vacinas estão atrasadas porque a criança
14. Lactente, 3 meses, chega à Emergência agita- teve febre alta após vacinar-se, então o pai foi
do, irritado e com quadro de choro inconso- contra as vacinas. O exame físico é bastante
lável. Ao exame físico apresenta-se choroso e dificultado pelo choro persistente. Foram ob-
sudoreico com FC: 190 bpm e T: 38,6 °C. O exa- servadas desidratação leve e temperatura axi-
me neurológico mostrou hiperreflexia global e lar de 39,6 °C. Ao final da consulta, a criança
pupilas midriáticas. A mãe refere que criança apresentou convulsão que cessou rapidamen-
apresentava muitas cólicas, refluxo com vômi- te, antes que houvesse tempo para aplicar an-
tos e com o nariz escorrendo, sendo medicada ticonvulsivante. A conduta imediata será:
para todas essas situações. Avó conta que on- a) abaixar a febre, preferencialmente com dipiro-
tem passou o dia com ela e que sua casa ha- na via endovenosa, realizar hemograma, EAS,
via sido dedetizada recentemente. Os sinais e urocultura e deixar em observação
sintomas pode, ser decorrentes de intoxicação b) prescrever paracetamol, hidratação venosa e
medicamentosa. O medicamento que mais pro- realizar punção lombar
vavelmente causou estes sintomas foi: c) prescrever antitérmico, anticonvulsivante e
a) anti-histamínico soro de manutenção; deixar em observação,
b) metoclopramida mínimo de 24 horas. Solicitar o cartão de vaci-
c) escopolamina nação

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8 R1 Extensivo | Questões para treinamento

d) realizar hemograma, EAS, urocultura, hemo- aplicada foi há 1 ano quando o menino com-
cultura e radiografia de tórax. Após normaliza- pletou aos 5 anos. Qual conduta é adequada
ção da tempera- tura, prescrever soro oral e para este paciente, em relação a profilaxia do
manter em observação até os resultados dos tétano?
exames a) não será realizada nenhuma medida de soro
ou vacina, pois paciente tem esquema de va-
UFG – 2019 cinação para tétano completa com 3 doses e 2
17. Livre desde 1990 da poliomielite, o Brasil corre reforços, sendo o último há 1 ano
o risco de voltar a sofrer com a doença, conhe- b) realizar soro antitetânico visto que ferimento
cida também como paralisia infantil. O Ministé- pode ser contaminado pelo prego enferrujado
rio da Saúde apontou 312 municípios de dife- e terra
rentes estados em que a cobertura vacinal está c) realizar imunoglobulina antitetânica pois pa-
abaixo dos 50% entre crianças menores de um ciente já tem 6 anos e o ferimento é altamente
ano de idade. Assim, no Brasil, com relação à contaminado
vacinação da criança e do adolescente: d) realizar reforço para tétano além do soro anti-
a) a vacina oral de poliomielite (VOP) é utilizada tetânico, pois o ferimento é altamente contami-
há muito tempo e pode ser empregada desde nado
o nascimento de maneira segura e eficaz
b) a VOP, constituída de vírus atenuado, pode ser UERJ – 2019
empregada em indivíduos com imunodeficiên- 20. Criança de 13 meses está com o calendário
cias con- gênitas ou adquiridas, sem riscos de vacinal atrasado e é levada pela avó ao posto
poliomielite vacinal de saúde para atualização das vacinas. A res-
c) a vacina VIP (pólio inativada) é injetável e mais ponsável relata quadro de resfriado há dois
segura por ter em sua composição apenas os dias, nega febre ou tosse e que a última visita
poliovírus tipos 1 e 2 ao posto de vacinação foi há dez dias, quando
d) a VOP, a partir de 2016, é uma vacina bivalen- ainda morava em outra cidade e foi vacinada
te, composta de dois poliovírus: tipos 1 e 3, em campanha contra febre amarela. Ao che-
pois o tipo 2 é associado a casos de poliomie- car o cartão da criança, nota-se que as vaci-
lite vacinal nas estão em dia até os 6 meses. Ao exame,
a criança está em bom estado geral, eupneica
UNIFESP – 2019 e com leve coriza. Nesse momento, a vacina
18. Menina de 4 anos de idade, infectada pelo CONTRAINDICADA é a:
HIV por via vertical, tomou apenas as vacinas a) influenza
previstas pelo calendário do programa nacio- b) tríplice viral
nal de imunizações até os 11 meses de idade. c) pneumocócica
Quais vacinas podem ser aplicadas de imedia- d) meningocócita
to, antes da avaliação imunológica?
a) DTP (tríplice bacteriana), pólio oral, sarampo UFRN – 2019
b) sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral) 21. Em uma maternidade do nosso município,
c) DTP (tríplice bacteriana), Hib, pólio inativada nasceu uma criança cuja mãe apresentou Hb-
d) Meningococo C conjugada, varicela, pneumo- sAg positivo. Diante desse fato, a pediatra,
cócica seguindo as orientações do Programa Na-
e) Pneumocócica, pólio oral, hepatite A cional de Imunização (PNI), deve prescrever:
a) vacina BCG, vacina Hepatite B e imunoglo-
FAMERP – 2019 bulina específica para hepatite B (HBIG
19. Mãe de criança com 6 anos de idade, mas- b) vacina BCG e vacina Hepatite B
culino, procura atendimento na UPA devido c) vacina hepatite B e imunoglobulina específica
ferimento corto-contuso em perna por prego para hepatite B (HBIG)
enferrujado da cerca do quintal de terra. O fe- d) vacina BCG e imunoglobulina específica para
rimento é profundo e houve sangramento com hepatite B (HBIG)
necessidade de sutura. DJF faz acompanha-
mento regular na Unidade Básica de Saúde UFRN – 2019
da Família (UBSF) e não há vacinas em atra- 22. Ainda nos dias atuais, a icterícia infecciosa
so, conforme comprovado pelos registros na ou epidêmica continua afligindo grande parte
Carteira de Vacinação apresentada no atendi- da população infantil. As hepatites virais em
mento na UPA. Observou-se que a última dose crianças continuam desafiadoras quanto ao

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1 Pediatria 9

diagnóstico, ao tratamento e à prevenção. A materno exclusivo até os 3 meses, quando ini-


hepatite A: ciou dieta complementar com fórmula à base
a) é caracterizada por ser autolimitada e conferir de proteína do leite de vaca. Com 4 meses o
imunidade duradoura, porém, em alguns ca- leite materno foi suspenso. Diante do caso
sos, pode evoluir para hepatite crônica exposto acima, assinale a melhor conduta ali-
b) tem alta prevalência em áreas cujas condições mentar imediata:
sanitárias são precárias, sendo responsável a) iniciar uma fórmula a base de proteína de soja
pela maioria dos casos de hepatite aguda na b) iniciar uma fórmula parcialmente hidrolisada
infância c) iniciar uma fórmula extensamente hidrolisada
c) é extremamente contagiosa, de transmissão d) iniciar uma fórmula parcialmente hidrolisada e
fecal-oral, não sendo possível ocorrer a trans- observar 30 dias, pois pode ser efeito colateral
missão parenteral da vacina para rotavírus
d) pode ser prevenida, preferencialmente, pela
vacina, sendo indicada, de um modo geral, 3 UNICAMP – 2019
doses, com intervalo de 2 meses, a partir de 1 25. Menino, 3a, é trazida a atendimento médico por
ano de idade febre e diarreia com muco e sangue há três
dias. Mãe refere queda do estado geral há 1
FAMERP – 2019 dia, acompanhada de palidez cutânea e dimi-
23. Você participando do Projeto Rondon aten- nuição do volume urinário. Exame Físico: FR =
de menino de 4 anos de idade com queixa 60 irpm, FC = 140 bpm, T = 37,5 °C; hipoativo,
de tosse há 1 semana. Sua mãe refere que irritado, perfusão periférica lentificada, olhos
acompanhando a tosse apresenta cansaço e encovados, sangramento nos locais de
chiadeira no peito e febres esporádicas neste punção e ausência de sinais meníngeos. Hb =
período. No interrogatório complementar re- 5,3 g/dL; plaquetas = 85.000/mm3. A hipótese
fere dor abdominal recorrente e episódios de diagnóstica é:
diarreia intermitente. Nos antecedentes fami- a) diarreia aguda com desidratação e anemia fer-
liares os pais têm bronquite. Ao exame físico: ropriva
Reg, descorado, acianótico, anictérico, afebril, b) leucemia aguda
taquipneico e taquicárdico. BRNF com SS c) lúpus eritematoso sistêmico
+/4+, protosistólico sem irradiação; Murmúrio d) síndrome hemolítico-urêmica
vesicular presente e simétrico com roncos e
sibilos difusos; Abdome globoso, timpânico, UNICAMP – 2019
indolor, com fígado palpável 1 cm do rebordo; 26. Menina, 4a, retorna para ver resultado de exa-
O hemograma mostrou anemia homocrômica mes de fezes que colheu há 10 dias durante
e microcítica e leucocitose de 15.000, com 18 um quadro diarreico. Protoparasitológico: tro-
% de eosinófilo; O raio X de tórax mostrou in- fozoítos de Giardia lamblia e Entamoeba his-
filtrado difuso bilateral. Considerando o enun- tolytica. O tratamento é prescrever:
ciado acima, assinale a alternativa CORRETA: a) teclozam
a) esta criança apresenta asma brônquica e deve b) tiabendazol
-se iniciar salbutamol inalatório e corticoide oral c) praziquantel
b) trata-se de síndrome de Loeffler e deve ser d) metronidazol
prescrito albendazol durante 3 dias
c) trata-se de doença celíaca e deve se instituir UNICAMP – 2019
uma dieta isenta de glúten 27. Menino, 7m, é trazido a consulta ambulatorial
d) trata se de leucemia pela presença de febre e re- por diarreia crônica. Antecedentes pessoais:
sultado do hemograma e indica se mielograma duas internações por pneumonia com 2 e 5
meses, na última precisou de ventilação me-
FAMERP – 2019 cânica. Antecedentes familiares: irmão morreu
24. Lactente, 4 meses e 12 dias de vida, sexo femi- com 22 dias de vida após cirurgia no intestino.
nino, apresenta irritabilidade há 10 dias, com Exame físico: regular estado geral, peso e es-
choro constante, além de diarreia com raias de tatura baixo percentil 3, descorado ++/+4; Pul-
sangue há 7 dias. Antecedentes obstétricos: mões: murmúrio vesicular presente simétrico,
nasceu de parto cesariano, a termo, com 3.200 estertores subcrepitantes difusos; Abdome:
g de peso e 50 cm de comprimento. Antece- distendido, fígado a 5 cm rebordo costal direi-
dentes familiares: a mãe teve asma na infân- to levemente endurecido. A conduta é:
cia. Antecedentes alimentares: recebeu leite a) retirar o leite de vaca

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10 R1 Extensivo | Questões para treinamento

b) dosar sódio e cloro no suor e) síndrome do intestino irritável


c) dosar iga e anticorpo antigliadina
d) realizar coprocultura USP-SP – 2019
31. Lactente de 45 dias de vida, termo, peso atual
UNICAMP – 2019 de 4,5 kg, é trazido ao pronto-socorro com pio-
28. A precária condição do saneamento básico em ra importante do estado geral, acompanhada
algumas localidades do Brasil, faz com que o de vômitos biliosos e parada de eliminação de
país tenha diversos casos de doenças intesti- gases e fezes há 6 horas. Ao exame clínico está
nais provocadas por bactérias, protozoários e em mau estado geral, descorado 3+/4+, com
vermes. Considerando que cada um dos agen- abdome muito distendido, tenso e doloroso. Ao
tes tem suas próprias características, assinale toque retal há saída de pequena quantidade de
a alternativa correta: sangue. Qual o diagnóstico mais provável?
a) o Ascaris lumbricoides é o helminto mais fre- a) enterite necrotizante
quentemente encontrado e localiza-se prefe- b) volvo de intestino médio
rencialmente no canal pancreático, vias bilia- c) divertículo de Meckel hemorrágico
res e apêndice d) estenose hipertrófica de piloro
b) o Trichuris trichiura localiza-se preferencial-
mente no ceco e cólon ascendente e pode ser SUS-SP – 2019
tratado com mebendazol 32. Criança de quatro anos apresenta-se com eva-
c) gestantes com presença de ovos de Schisto- cuações líquidas ou pastosas quatro vezes
soma mansoni nas fezes, devem ser tratadas por dia há 20 dias. No início do quadro apre-
durante a gestação sentava oito a nove evacuações líquidas por
d) crianças com protoparasitológicos com pre- dia, febre e cólica. No momento criança está
sença de Entamoeba coli ou Endolimax nana ativa, com melhora da aceitação de dieta e de
ou Iodamoeba butschlii devem ser tratadas líquidos. Ao exame físico está corada e hidra-
com metronidazol tada. Ausculta pulmonar e cardíaca normais.
Exame abdominal normal. Dentre as opções
UNICAMP – 2019 abaixo, a melhor conduta neste caso é:
29. Menino, 6 meses de idade, trazido ao pronto- a) realizar colonoscopia com biópsia
-socorro porque está alternando períodos de b) introdução de albendazol
choro e calma, aumento do volume abdominal, c) colher coprocultura
vômitos amarelados e evacuação com sangue d) introdução de metronidazol
e catarro há 12 horas. Exame Físico: ABDOME e) diminuição da oferta de lactose à criança
distendido com massa palpável à direita. O
diagnóstico e o exame a ser realizado são: SUS-SP – 2019
a) enterocolite necrosante; radiograma simples 33. RN termo, sexo masculino, parto normal sem
de abdome intercorrências, peso de nascimento 3.125 g,
b) estenose hipertrófica do piloro; endoscopia di- é levado em consulta pela mãe fora de dia no
gestiva alta UBS, pois tem apresentado evacuações 8 ve-
c) intussuscepção intestinal; ultrassonografia ab- zes ao dia, explosivas, de aspecto amolecido e
dominal esverdeado. Mãe refere cólicas ao final do dia
d) apendicite aguda; tomografia computadorizada que melhoram espontaneamente. Não apre-
sentou febre, tem boa pega e aceitação das
UNIFESP – 2019 mamadas, estando em aleitamento exclusivo.
30. Menina de 15 meses de vida recebe aleitamen- Diurese presente. Exame físico sem alterações.
to materno e dieta geral adequada para a ida- Ainda aguarda o resultado do teste do pezinho.
de. Há 6 meses apresenta diarreia sem sangue A hipótese diagnóstica mais provável é:
e sem muco, acompanhada por déficit de ga- a) fibrose cística
nho de peso. Ao exame físico: descorada, apá- b) doença diarreica do lactente
tica, com distensão abdominal, com hipotrofia c) evacuações normais do lactente
da musculatura glútea, ânus sem anormalida- d) intolerância a lactose
des. Qual o diagnóstico mais provável? e) alergia a proteína do leite de vaca
a) doença celíaca
b) alergia à proteína do leite de vaca FAMERP – 2019
c) doença de Crohn 34. João nasceu em janeiro de parto cesárea, com
d) colite ulcerativa 39 semanas de idade gestacional, com peso

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1 Pediatria 11

ao nascimento de 3.400 g e 50 cm. Está com diminuição da diurese há um dia. Não fez uso
48 horas de vida, em casa, sob aleitamento de nenhuma medicação nem de soro via oral.
materno exclusivo em livre demanda. Há 3 ho- Estava na emergência com quadro de desidra-
ras vem apresentando choro que não melhora tação, porém sem sinais de choque, com os
com a oferta do peito e apresentou 3 fraldas seguintes exames laboratoriais iniciais: Na+
com urina amarelada e eliminou mecônio 1x 135 mEq/L; K+ 2,8 mEq/L; Cl- 100 mEq/dL; pH
nas últimas 24 horas. Sua mãe colocou o ter- 7,1; HCO-3 8 mmol/L; e Ht 27%. Considerando
mômetro axilar, que marcou 38 °C, então levou essa situação hipotética, assinale a alternativa
João ao consultório. Ao exame: beg, corado, que apresenta a conduta mais apropriada:
acianótico ictérico +/4 zona 3, peso atual: a) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg, aberta, e
2.910 g. Exames laboratoriais: Na+ 150 mEq/L; correção de bicarbonato de sódio
K+ 5,0 mEq/L; bilirrubina total 8 mg/dL; bilirru- b) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
bina direta 0,7 mg/dL; Ht 64%; GB 18.300/mm3 sio e de bicarbonato de sódio em 4h
(bastonetes 3%; segmentados 54%; linfócitos c) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
43%). O diagnóstico e a conduta mais apro- sio em 4h
priada são: d) expansão com Ringer Lactato 20 mL/kg em
a) infecção do trato urinário; colher hemograma e vinte minutos e correção de bicarbonato
urocultura e iniciar antibioticoterapia endove- e) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg em 1 h,
nosa transfusão sanguínea e correção de potássio
b) icterícia fisiológica; suspender amamentação em 2h
ao seio por 24 horas e introduzir fórmula
c) esferocitose; complementar com formula e so- UFG – 2019
licitar resistência osmótica 37. Crianças com doença diarreica aguda são
d) hipertermia por desidratação por baixa inges- mais susceptíveis à desidratação do que os
ta; aumentar a oferta hídrica e orientar técnica adultos. A desidratação deve ser avaliada e
de amamentação corrigida rapidamente. Para a grande maioria
das crianças nessa situação, é indicado o soro
USP-SP – 2019 de reidratação oral. Pela Organização Mundial
35. Menino, 11 meses de idade, dá entrada no da Saúde, a osmolaridade do soro deve ser:
pronto-socorro, com quadro de febre de 39 °C, a) 75 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 20 mE-
vômitos e diarreia aquosa, há 2 dias. No exame q/L de potássio e 75 mmol/L de glicose, com
clínico, criança classificada como desidratada osmolaridade de 245 Osm/L
de algum grau, sendo indicado realizar tera- b) 20 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 50 mE-
pia de reidratação oral (TRO). Após 1 hora a q/L de potássio; 134 mMol/L de glicose, com
criança se encontra em regular estado geral, osmolaridade de 175 Osm/L
mantendo diversas perdas. Ao exame clínico, c) 125 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20
criança pálida, taquicárdica, sonolenta, com mEq/L de potássio e 125 mmol/L de glicose,
perfusão lentificada, tempo de enchimento ca- com osmolaridade de 350 Osm/L
pilar de 4 segundos. A conduta indicada neste d) 90 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20 mE-
momento é: q/L de potássio e 111 mmol/L de glicose, com
a) manter apenas a TRO e realizar reavaliação osmolaridade de 311 Osm/L
após mais 1 hora
b) indicar expansão endovenosa com 20 ml/kg UFRN – 2019
de soro fisiológico 38. As parasitoses intestinais são muito frequen-
c) manter a TRO associada a soro de reposição tes na infância e são consideradas problemas
endovenoso de saúde pública, principalmente nas áreas
d) iniciar antibioticoterapia devido a não resposta periféricas das cidades dos países em desen-
a hidratação instituída volvimento, onde ocorrem com grande frequ-
ência. Alguns parasitas geram uma resposta
Santa Casa-SP – 2019 inflamatória migratória no pulmão, em razão
36. Uma paciente de um ano de idade foi levada de seu ciclo cardiopulmonar. São parasitas
ao hospital, previamente hígida, apresentan- capazes de gerar a síndrome de Loeffler:
do quadro de diarreia em grande quantidade, a) Ascaris lumbricoides e Strongyloides stercoralis
líquida, várias vezes ao dia, nos últimos três b) Taenia solium e Trichocephalus trichiurus
dias. A mãe relatou também alguns episódios c) Necator americanus e Enterobius vermiculares
de vômitos, com baixa aceitação alimentar e d) Giardia lamblia e Entamoeba histolytica

SJT Residência Médica


12 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UFRN – 2019 dias, está manhoso e acordando de madruga-


39. Uma criança de 1 ano e 05 meses de idade é da. O exame físico mostra hiperemia de orofa-
levada à urgência pediátrica por sua mãe, e ringe com secreção mucosa e membranas tim-
esta informa que, há três dias, seu filho tem fe- pânicas com leve hiperemia simétrica, bilateral,
bre e vômitos e, há dez dias, está com diarreia. sem abaulamento. Pulmões limpos, BRNF sem
No momento, as fezes são de consistência lí- sopros e abdômen normotenso sem viscero-
quida, pequeno volume, com raios de sangue megalias. Qual a melhor conduta neste caso?
vivo e muco (a partir do 3º dia), 15-20 evacua- a) a história sugere infecção aguda e o paciente
ções por dia. A mãe refere irritabilidade e choro deve receber antibióticos orais
constante da criança nos últimos dois dias. Fez b) a história é consistente com uma infecção
consulta em UPA no 4º dia, sendo orientada a respiratória superior viral, hidratação, limpeza
usar soro caseiro, antitérmico e alimentação de vias aéreas superiores e analgésicos de-
adequada. O lactente fez uso de leite materno vem ser recomendados
exclusivo até os 06 meses de vida, com intro- c) a história sugere reação alérgica e deve rece-
dução posterior da alimentação complementar, ber corticoide nasal
glúten aos 7 meses e fórmula infantil a partir d) a história sugere otite media serosa crônica e
dos 9 meses, quando deixou de amamentar no deve ser encaminhado ao otorrino
seio. Há história de dois episódios de diarreia
aos 10 meses e meio e aos 12 meses, com du- UNICAMP – 2019
ração de 5 e 7 dias, respectivamente. A mãe 41. Menino, 3a, trazido ao pronto atendimento
informou também que vive em condições am- com febre não aferida e tosse há cinco dias.
bientais e socioeconômicas inadequadas. Ao Exame físico: T = 38,7 °C, FR = 50 irpm, tiragem
exame físico, estado geral comprometido, não subcostal; pulmões: murmúrio vesicular pre-
aceitando líquido, pulsos débeis, perfusão pe- sente, estertores crepitantes em ápice direito.
riférica comprometida, sinal da prega positivo. Radiograma de tórax: opacidade homogênea
Ausculta cardiopulmonar sem alterações. Ab- em lobo superior direito e velamento do seio
dome: plano, flácido, levemente distendido e costofrênico ipsilateral. A conduta é:
doloroso à palpação, sem visceromegalias. O a) toracocentese e antibioticoterapia com penici-
diagnóstico mais provável e a conduta mais lina cristalina
apropriada são, respectivamente: b) drenagem torácica em selo d’água e antibioti-
a) diarreia aguda + plano C, necessitando de coterapia com oxacilina
fase imediata de expansão venosa e antibioti- c) antibioticoterapia com macrolídeo
coterapia para agentes invasores, mantendo-o d) iniciar antibioticoterapia após resultado da he-
em observação no serviço ou realizando inter- mocultura
nação hospitalar
b) diarreia aguda + plano B, necessitando de te- UNIFESP – 2019
rapia de reidratação oral no serviço e antibio- 42. Menino saudável com 2 anos de idade apre-
ticoterapia para agentes invasores, com reco- senta claudicação há 3 dias e teve infecção
mendação de retorno ambulatorial em 24-48 das vias aéreas superiores na semana anterior.
horas No exame físico, está em bom estado geral e
c) diarreia crônica + plano C, por alergia à pro- afebril, com discreta limitação de quadril direi-
teína do leite de vaca, necessitando de fase to à rotação interna. Os exames laboratoriais
de expansão venosa, suspensão da fórmula e estão normais exceto por discreto aumento de
prescrição de hidrolisado proteico, com retor- velocidade de hemossedimentação (30 mm na
no ambulatorial em até 72 horas 1ª hora). Qual a conduta neste caso?
d) diarreia crônica + plano B, por intolerância on- a) reavaliação ambulatorial em 24-48 horas
togenética à lactose, necessitando de terapia b) artrocentese de quadril direito
de reidratação oral no serviço, suspensão da c) antibioticoterapia imediatamente
fórmula e prescrição de dieta sem lactose, d) realizar tomografia do quadril afetado
com retorno ambulatorial na 1ª semana e) prescrever ácido acetilsalicílico 80 mg/kg/dia

FAMERP – 2019 SUS-SP – 2019


40. Você consulta um lactente de 1 ano de idade, 43. Criança de 2 anos de idade, trazida pela mãe,
no pronto atendimento com uma história de há com relato de haver ingerido um prego há cerca
5 dias com obstrução nasal e tosse. Sua mãe de 1 hora. Radiografia mostra que o corpo estra-
refere que apresentou febre nos 2 primeiros nho está antes do piloro. A melhor conduta é:

SJT Residência Médica


1 Pediatria 13

a) endoscopia digestiva alta, para retirada do b) é prematura com idade gestacional de nasci-
prego, uma vez que este sendo pontiguado mento menor do que 32 semanas e que ne-
pode levar a perfuração cessitou de oxigênio por mais de 28 dias após
b) reavaliação em 12-24 horas para ver se o pre- o nascimento
go progride no trato gastrintestinal ou se conti- c) tem cardiopatia congênita, cianótica ou acia-
nua pré-pilórico nótica, independente da função hemodinâmi-
c) seguimento clínico e radiológico até a elimi- ca e de idade gestacional ao nascimento
nação nas fezes, uma vez que não pode ser d) tem sibilância recorrente, que necessita de te-
retirado por via endoscópica rapêutica com beta-agonista ao menos cinco
d) indução de vômito com xarope de ipeca, que vezes no mês
apresenta menos riscos que a endoscopia
e) seguimento clínico e radiológico até a elimina- UNICAMP – 2019
ção nas fezes, uma vez que o prego não repre- 47. Menino, 4a, comparece à Unidade Básica de
senta risco ao paciente Saúde para investigação de tuberculose. Ante-
cedentes Familiares: pais em tratamento para
UNICAMP – 2019 tuberculose há 30 dias. Imunização adequada
44. Menina, 5a, é trazida ao Serviço de Emergên- para a idade. Assintomática. Radiograma de
cia com história de ingestão de um pedaço de tórax: sem alteração. Teste tuberculínico = 5
brinquedo há 3 horas. Mãe nega vômitos ou mm. A conduta é:
salivação excessiva. Radiograma de tórax e a) iniciar tratamento de infecção latente pelo
abdome: presença de imagem de duplo halo Mycobacterium tuberculosis
em terço proximal de esôfago. A conduta é: b) repetir teste tuberculínico dentro de 8 a 12 se-
a) endoscopia digestiva alta manas
b) acompanhamento radiológico a cada 72 horas c) tratamento para tuberculose ativa
c) uso de droga procinética via parenteral d) observação clínica com seguimento ambulatorial
d) expectante até 120 horas pós ingestão
UNICAMP – 2019
UFRN –2 019 48. Menina, 60 dias, é trazida ao pronto-socorro
45. Pré-escolar de 3 anos foi levado por sua mãe com queixa de tosse em crise e falta de ar há
ao serviço de urgência com relato de tosse três dias. Mãe refere conjuntivite prévia. Nega
produtiva e febre há 3 dias, evoluindo nas úl- febre. Antecedentes pessoais: parto normal,
timas 24 horas com discreta dor abdominal. À peso = 3.000 g e comprimento = 50 cm. Exa-
ausculta pulmonar, apresentava-se com ester- me físico: FR = 70 irpm, FC = 160 bpm, afe-
tores creptantes em base do hemitórax direito, bril, acianótica, anictérica, retração intercos-
frequência respiratória de 45 irpm, SatO2 96% tal presente; Pulmões: estertores crepitantes
e sem tiragens. Diante desse quadro, a condu- em bases pulmonares. Radiograma de tórax:
ta mais adequada no momento é: hiperinsuflação bilateral e aumento de trama
a) internar e prescrever ceftriaxona vasobrônquica. Hb = 12,5 g/dL, Leucócitos =
b) internar e prescrever penicilina g cristalina 10.000 mm3 (bastões 3%, segmentados 36%,
c) prescrever azitromicina e reavaliar ambulato- eosinófilos 10%, linfócitos 48%, monócitos
rialmente com 48 horas 3%). O tratamento é:
d) prescrever amoxicilina e reavaliar ambulato- a) anticorpo monoclonal para vírus sincicial res-
rialmente com 48 horas piratório
b) azitromicina
UERJ – 2019 c) oxacilina e amicacina
46. O uso do anticorpo monoclonal palivizumabe d) ganciclovir
na época de sazonalidade do vírus sincicial
respiratório (VSR) comprovadamente reduz em UNIFESP – 2019
até 50% a frequência e o tempo de hospitaliza- 49. Você é chamado para atender uma criança
ção por infecções por tal vírus, em especial em de 2 anos internada por doença respiratória.
crianças de alto risco. É considerada criança de A enfermeira relata que a criança está mais
alto risco aquela que no primeiro ano de vida: dispneica e gemente. Os controles dos si-
a) é prematura de muito baixo peso, independen- nais vitais mostram taquicardia persistente e
te de idade gestacional ao nascimento e que taquipneia progressiva, sem febre associada.
necessitou de oxigênio por mais de 28 dias Ao exame físico: tiragem diafragmática e inter-
após o nascimento costal, retração de fúrcula e uso de muscula-

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14 R1 Extensivo | Questões para treinamento

tura acessória. Assimetria de expansão torá- bpm, a frequência respiratória é de 50 irpm e a


cica com o hemitórax direito não expandindo saturação de oxigênio é de 95% no ar ambiente.
na base. Ausculta com sons pulmonares abo- Não apresenta estridor ou retrações torácicas,
lidos e presença de macicez pulmonar à per- há presença de estertores crepitantes na base
cussão em base direita. Qual o diagnóstico? do pulmão direito. O restante do exame clínico é
a) pneumonia normal. Não apresenta antecedentes alérgicos.
b) atelectasia Qual das alternativas abaixo é o patógeno mais
c) interferência da presença hepática provável?
d) paralisia diafragmática a) Bordetella pertussis
e) derrame pleural b) Haemophilus influenzae tipo B
c) Streptococcus pneumoniae
UNIFESP – 2019 d) Mycoplasma pneumoniae
50. Você atende em pronto-socorro uma criança de
3 meses de idade, com história de coriza, tosse USP-SP – 2019
e febre há 3 dias, que vem piorando progres- 53. Menina, 1 mês e 18 dias de idade, apresen-
sivamente, com desconforto respiratório há 2 ta tosse há 7 dias, que evoluiu com piora do
dias. Ao exame físico: regular estado geral, ta- padrão respiratório há 2 dias, sem febre, sem
quidispneica, com frequência respiratória de 72 outras queixas. Trata-se de criança nascida de
movimentos por minuto, sibilos generalizados termo, parto vaginal, sem intercorrências peri-
e saturação periférica de O2 = 90%. A radiogra- natais. Apresentou quadro de conjuntivite na
fia de tórax mostra hiperinsuflação pulmonar. terceira semana de vida, resolvido com uso de
Qual a conduta adequada ao caso? colírio de tobramicina. Ao exame clínico, crian-
a) tratamento domiciliar com prednisolona e fe- ça em bom estado geral, descorada 1+/4+, hi-
noterol inalatório dratada, acianótica, anictérica, afebril. Exame
b) três cursos de inalação com fenoterol com in- pulmonar com estertores finos em base direi-
tervalo de 20 minutos, corticoide IV e reavaliar ta, com presença de tiragem subdiafragmáti-
c) internação, antibioticoterapia, corticoide IV, ca leve, FR 62 irpm, saturação de 89% em ar
inalação com fenoterol e oxigenoterapia ambiente. Ausculta cardíaca sem alterações,
d) internação, oxigenoterapia e hidratação FC 180 bpm. Exame abdominal com fígado a
e) internação em UTI, corticoide IV e ventilação 3 cm do rebordo costal direito, baço percutí-
mecânica vel há 1 cm do rebordo costal esquerdo. Boa
perfusão periférica. Sem outras alterações ao
UNIFESP – 2019 exame clínico. Realizada radiografia de tórax,
51. Você é chamado para atender uma criança de com presença de infiltrado intersticial bilate-
8 meses de idade que se encontra internada na ral, mais intenso em base direita, com sinais
enfermaria por pneumonia, em oxigenoterapia de hiperinsuflação e espessamento brônqui-
com máscara Venturi FiO2 40%. A enfermeira co. Área cardíaca de tamanho normal. Qual a
avisa que a criança está agitada, afebril, com fre- principal hipótese diagnóstica?
quência respiratória de 40 ipm, frequência cardí- a) bronquiolite viral aguda
aca de 180 bpm e saturação de O2 no oxímetro b) síndrome aspirativa
de pulso de 92%. Qual a conduta imediata? c) miocardite viral aguda
a) prescrever inalação com soro fisiológico d) pneumonia afebril do lactente
b) aumentar a oferta de oxigênio
c) solicitar atendimento de fisioterapia SUS-SP – 2019
d) prescrever analgesia e sedação 54. Menina de 4 meses de idade foi levada ao
e) verificar se não houve falha na administração pronto-socorro devido a quadro de cansaço
da prescrição hoje. Há 3 dias apresenta tosse, coriza e fe-
bre não aferida. Nasceu de parto normal, com
USP-SP – 2019 idade gestacional de 35 semanas e peso ao
52. Menina, 13 meses de idade, previamente saudá- nascer de 2.650 g. Teve alta do berçário com
vel, é levada ao pronto atendimento com histó- 3 dias de vida e está em aleitamento mater-
ria de febre e tosse há dois dias. Mãe refere boa no exclusivo. No exame físco, encontra-se em
aceitação alimentar e eliminações normais. Va- regular estado geral, afebril, ativa e reativa,
cinações em dia. Ao exame clínico se apresen- com FR: 70 ipm, FC: 160 bpm e tempo de en-
ta em regular estado geral, alerta, com tempe- chimento capilar: 2 segundos. Fontanela pla-
ratura de 38,9 °C, frequência cardíaca é de 142 na e normo- tensa. Ausculta pulmonar com

SJT Residência Médica


1 Pediatria 15

estertores grossos, roncos e sibilos difusos. a) jejum e hidratação endovenosa com soro de
Presença de tiragem subcostal e intercostal. manutenção no volume basal, sódio de 3 mEq/
Saturação de oxigênio em ar ambiente: 89%. kg/dia e potássio de 2,5 mEq/kg/dia
Ausculta cardíaca normal. Fígado palpável a 3 b) inalações com beta‐2 agonista e ipratrópio
cm do rebordo costal direito e baço palpável c) corticosteroide endovenoso
no rebordo costal esquerdo. Sem outras alte- d) dieta por sonda nasogástrica
rações ou queixas. Pesquisa de VSR positiva. e) corticosteroide por via inalatória
A melhor conduta neste momento, dentre as
opções abaixo, é: Santa Casa-SP – 2019
a) inalação com soro fisiológico e prednisolona 57. Um menino de doze anos de idade, asmáti-
via oral co, com crises não controladas, apresentou
b) fornecer oxigênio e inalação com soro fisioló- quadro de tosse e cansaço há um dia, sem
gico febre. Iniciou, nesse dia, em casa, salbutamol
c) inalação com salbutamol e prednisolona via oral e prednisona, mas manteve quadro de tosse
d) fornecer oxigênio e furosemida EV importante e piora da dispneia. Depois de uma
e) fornecer oxigênio, inalação com soro fisiológi- hora desse quadro, sua mãe chamou o SAMU.
co e oseltamivir via oral Durante o transporte, apresentou parada res-
piratória, iniciando ventilação bolsa-valva-
Santa Casa-SP – 2019 -máscara com oxigênio a 100%. À entrada na
55. Uma menina de cinco anos de idade, asmática, emergência, foi realizada intubação orotraque-
foi levada ao setor de emergência com tosse e al com cânula 6,5, com Cuff, sem intercorrên-
falta de ar há doze horas. Fez uso de salbuta- cias. Foi colocado em ventilação pulmonar
mol por aerossol dosimetrado, em casa, sem mecânica, modo assistido/controlado (PINSP
melhora. Ao exame físico, estava taquidisp- 30 cmH2O, PEEP 5 cmH2O, FR de 16 rpm e
neica, acianótica, hidratada, com frequência FiO2 de 100%), apresentando saturação de O2
respiratória de 48 ipm, saturação de oxigênio de 85%, ausculta com diminuição de murmú-
de 88% em ar ambiente, tiragem subcostal e rio vesicular à direita e sibilos difusos à es-
intercostal, além de retração de fúrcula. A aus- querda. Evoluiu, após dez minutos, com para-
culta respiratória revelou tempo expiratório da cardíaca em atividade elétrica, sem pulso.
prolongado e sibilos disseminados. Recebeu Nesse caso hipotético, além das manobras de
corticosteroide sistêmico e três inalações ressuscitação e epinefrina, deve-se conside-
com beta-2-agonista e ipratrópio. Nesse caso rar, na tentativa de reversão do quadro:
hipotético, a melhor conduta é: a) desfibrilação com 2 J/kg
a) sulfato de magnésio endovenoso b) punção de provável pneumotórax
b) terbutalina subcutânea c) administração de bicarbonato de sódio se a
c) corticosteroide inalatório reanimação for prolongada
d) aminofilina endovenosa d) troca da cânula orotraqueal por uma de maior
e) sulfato de magnésio inalatório tamanho, sem Cuff
e) aumentar PEEP para 8 cmH2O e FR para 20 rpm
Santa Casa-SP – 2019
56. Uma lactente com dois meses de vida, sem UFG – 2019
antecedentes mórbidos, apresenta coriza e 58. A bronquiolite viral aguda (BVA) é a infecção
tosse há cinco dias, “chiado” há dois dias, do trato respiratório inferior mais comum em
com piora progressiva, e um pico febril de 37,9 crianças pequenas. Ocorre mais frequente-
°C no terceiro dia do quadro. Chegou ao setor mente nos primeiros dois anos de vida, com
de emergência pediátrica hidratada, taquidisp- maior incidência em menores de seis meses.
neica, acianótica, com tempo de enchimento São considerados critérios clínicos de gravi-
capilar de dois segundos, frequência respi- dade identificados na evolução da BVA:
ratória de 64 ipm e saturação de oxigênio de a) idade menor de seis meses, cor branca, sexo
90% em ar ambiente. Apresenta, também, tira- masculino, hiperinsuflação torácica difusa e
gem discreta subcostal e intercostal, além de história familiar de atopias
sibilância bilateral e tempo expiratório prolon- b) intolerância ou inapetência alimentar, letargia,
gado. A mãe refere dificuldade da criança em história pregressa de apneia, gemência e cia-
se alimentar devido à dispneia. Além de inter- nose
nação e oxigenoterapia, a melhor alternativa c) identificação do vírus sincicial respiratório
nesse caso hipotético seria: (VSR), crepitações e sibilância

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16 R1 Extensivo | Questões para treinamento

d) tosse produtiva, taquipneia e leucocitose com d) síndome nefrótica e trombose de seio venoso
linfocitose nos exames laboratoriais cerebral

UERJ – 2019 USP-SP – 2019


59. Desde a mais tenra infância, escolar de 11
61. Menina, 3 anos de idade, com diagnóstico re-
anos tem diagnóstico de síndrome nefrótica
cente de síndrome nefrótica, está na terceira
por lesão mínima. Está fazendo uso de ciclos-
semana de tratamento com prednisolona 2
porina, até então com função renal normal. Há
dois dias, apresenta dor abdominal periumbi- mg/kg/dia. Está evoluindo com boa resposta,
lical de intensidade moderada, sem febre ou com redução do edema e não apresenta alte-
diarreia. Ao exame, apresenta-se em regular rações urinárias neste momento. Sua mãe re-
estado geral, sonolento, afebril; FC = 90 bpm, solve procurar UBS, devido a atraso vacinal.
FR = 28 ipm, ausculta respiratória normal, PA Segundo a recomendação do Ministério da
= 90 × 60 mmHg, abdômen com dor à palpação Saúde é uma contraindicação absoluta neste
profunda, sem irritação peritoneal, massas ou momento vacinar com:
visceromegalias. Devido ao seu quadro, ele
a) vacina tríplice bacteriana (DTP)
é internado com suspeita de peritonite bac-
b) vacina tríplice viral (SCR)
teriana espontânea, sendo iniciado ceftriaxo-
na. Durante a internação, nota-se oligúria e c) vacina contra influenza
piora progressiva da função renal. No quinto d) vacina contra hepatite A
dia, evolui com confusão mental e crise con-
vulsiva tonicoclônica. A tomografia de crânio Santa Casa-SP – 2019
apresentou resultado normal. Os exames la- 62. Um menino de três anos de idade, previamen-
boratoriais mostram Na+ = 130 mEq/L, K+ = 6,5 te hígido, foi levado ao pronto-socorro com
mEq/L, HCO-3 = 12 mEq/L, ureia = 160 mg/dL e queixa de edema generalizado há três dias e
creatinina = 3,5 mg/dL. Nesse caso, o provável urina espumosa com volume diminuído, sem
diagnóstico e conduta terapêutica, respectiva- hematúria. Ao exame físico, apresentou ana-
mente, são:
sarca, ascite e pressão arterial normal para a
a) hematoma subdural / indicação de drenagem
idade. Exames laboratoriais mostraram: albu-
cirúrgica
b) encefalopatia hipertensiva / prescrição de diu- mina: 2 g/dL; índice proteinúria/creatininúria
rético igual a 3,2; creatinina sérica igual a 0,7 mg/
c) encefalopatia urêmica / realização de hemo- dL; e ureia igual a 80 mg/dL. Hemograma sem
diálise anormalidades. Considerando esse caso hipo-
d) meningite / troca de antibioticoterapia tético, assinale a alternativa que apresenta a
conduta mais adequada:
UNICAMP – 2019 a) dieta hipossódica e restrição hídrica
60. Menina, 6a, chega à Unidade de Emergência
b) furosemida
Pediátrica com quadro de cefaleia holocra-
c) biópsia renal
niana contínua há 2 dias, sem remissão com
uso de analgésicos, associada à mudança do d) prednisona em dias alternados
padrão do sono, vômitos e irritabilidade. Mãe e) prednisona diariamente
relata inchaço nos olhos e de membros infe-
riores nos últimos 3 dias. Antecedentes pes- USP-SP – 2019
soais: doença no rim, diagnosticada há 3 anos. 63. Menino, 4 anos de idade, apresenta quadro de
Exame físico: regular estado geral, sonolenta, febre de até 38,2 °C associado a cefaleia fron-
descorada +/4+, T= 36,2 °C, FR = 24 irpm, FC = tal de leve intensidade, mialgia e prostração,
106 bpm, pressão arterial sistólica no percentil iniciado há 4 dias. Os sintomas apresentaram
75 para idade, tempo de enchimento capilar: 2
melhora progressiva, contudo, há 2 dias, evo-
segundos; face: edema bipalpebral +/4+; Ab-
luiu com hiperemia em região de face, que,
dome: presença de ascite, sem sinais de irri-
desde ontem, e se espalhou para o restante
tação peritoneal; Membros: edema membros
inferiores +/4+. Os diagnósticos são: do corpo, conforme figura a seguir. Além do
a) síndrome nefrítica e meningite bacteriana exantema apresentado, não possui outras al-
b) síndome nefrótica e encefalopatia hipertensiva terações ao exame clínico.
c) síndrome nefrítica e insuficiência renal aguda

SJT Residência Médica


1 Pediatria 17

levada novamente ao pronto-socorro, devido


ao surgimento de hiperemia conjuntival, sem
prurido ou secreção ocular e manchas em dor-
so e tórax. No exame clínico de hoje, a criança
se encontra em regular estado geral, desco-
rada 1+/4+, febril (38 °C). Hiperemia conjunti-
val bilateral. Exantema com placas e manchas
em tórax, dorso e ombros. Orosocopia com
enantema e fissuras labiais, amígdalas hipere-
miadas, linfonodo em cadeia cervical anterior
direita, com 2 cm de diâmetro, móvel, fibroe-
Assinale a alternativa que contém o agen-
lástico, sem sinais flogísticos. Semilogia pul-
te etiológico mais provável para o quadro
monar, cardíaca e abdominal normais. Edema
apresentado:
em ambas as mãos, com discreta descamação
a) Coxsackie virus A16
periungueal. A melhor conduta neste momen-
b) herpes vírus tipo 6
to além de antitérmico é:
c) parvovírus B19
a) anti-histamínico e trocar amoxicilina por cefu-
d) vírus parainfluenza 3
roxima
b) anti-histamínico e suspender amoxicilina
SUS-SP – 2019
c) anti-histamínico e trocar amoxicilina para eri-
64. Menina de sete anos, há três dias apresenta
tromicina
mal-estar e febre até 39 °C. Há um dia refere
d) suspender amoxicilina e realizar ecocardiograma
vermelhidão na pele (sic). No exame físico
e) suspender amoxicilina e tomografia cervical
observou-se FC: 85 bpm, FR: 18 irpm, lesões
eritematosas nas regiões zigomáticas, preser- Santa Casa-SP – 2019
vando região central da face e exantema reti- 67. A coqueluche é uma doença caracterizada por
culado em tronco e extremidades. O agente um quadro potencialmente grave em lacten-
etiológico mais provável é: tes, especialmente entre os que têm menos
a) parvovírus B19 de três meses de vida. Considerando essa in-
b) vírus Epstein-Barr formação, assinale a alternativa que apresen-
c) herpes vírus 6 ou 7 ta a estratégia atualmente adotada no Brasil
d) Coxsackie virus que se mostrou efetiva e segura para reduzir
e) vírus do sarampo a morbidade e a mortalidade por essa doença
em lactentes nos primeiros meses de vida:
UNICAMP – 2019 a) vacinação de todos os contactantes do recém‐
65. Adolescente, 13a, com história de febre há 3 nascido com a vacina tríplice acelular
dias, associada a exantema generalizado, ar- b) vacinação do recém‐nascido com vacina trípli-
tralgia em mãos e edema em joelho esquerdo, ce acelular (DTPa) nas primeiras doze horas
com dificuldade para deambulação. O jovem de vida, antes da alta da maternidade
referiu que há duas semanas apresentara qua- c) vacinação do lactente, a partir dos dois meses
dro de disúria e secreção em pênis, para o de vida, com a vacina tríplice acelular (DTPa)
qual não buscou auxílio médico. A bacilosco- d) vacinação da gestante com a vacina tríplice
pia do líquido sinovial evidenciará: acelular (dTpa) a partir da 20ª semana de ges-
a) bacilo Gram-negativo tação
b) bacilo álcool-ácido resistente e) vacinação da gestante com a vacina tríplice de
c) diplococo Gram-negativo células inteiras (DTP), entre a 32ª e a 36ª se-
d) cocobacilo Gram-positivo mana da gestação

SUS-SP – 2019 Santa Casa-SP – 2019


66. FS, sexo masculino, 5 anos de idade, apresen- 68. Diante de um caso de sarampo, a norma de
ta quadro de febre diária de até 39,1 °C, há 6 precaução recomendada é
dias. No terceiro dia da febre, a mãe o levou ao a) padrão
pronto-socorro, sendo feito o diagnóstico de b) de contato
amigdalite e prescrito amoxicilina. FS come- c) respiratória para aerossol
çou a tomar no dia seguinte (4o dia do início d) respiratória para gotícula
dos sintomas). Hoje pela manhã a criança foi e) de isolamento

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18 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UFG – 2019 b) diagnóstico: varicela infectada; conduta: asso-


69. Na investigação de dengue na infância: ciar aciclovir ao antibiótico
a) a ausência de alterações no hemograma (he- c) diagnóstico: choque tóxico estreptocócico;
moconcentração e/ou plaquetopenia), após o conduta: associar clindamicina e iniciar droga
terceiro dia de febre, exclui o diagnóstico de vasoativa
dengue e, portanto, outros exames devem ser d) diagnóstico: choque tóxico estafilocócico; con-
realizados em busca do diag- nóstico definitivo duta: trocar antibiótico por oxacilina, sem ne-
b) a presença de vômitos persistentes em lacten- cessidade de droga vasoativa, pois a pressão
tes não deve ser considerada como sinal de arterial permanece normal
alerta para den- gue grave nesta faixa etária, e) diagnóstico: sepse por parotidite complicada;
pois eles apresentam esses vômitos por diver- conduta: manter antibiótico e realizar drenagem
sos motivos, como doença do refluxo gastroe-
sofágico e alergia ao leite de vaca UERJ – 2019
c) o isolamento viral, realizado a partir do séti- 71. Ao nascimento, em 31/07/2018, recém-nascido
mo dia da febre, é importante ferramenta para (RN) a termo (39 semanas) apresentou peso
acompanhamento epidemiológico da doença, adequado para idade gestacional, Apgar 9/9,
mas o seu alto custo inviabiliza a realização não sendo necessário ser reanimado na sala
em todos os casos de parto e sem alterações clínicas ao exame
d) a prova do laço, em crianças, deve ser realiza- físico. Em 26/03/2018, a mãe apresentou soro-
da durante três minutos e é importante lembrar logia com VDRL = 1:32 e TPHA positivo. Por
que ela pode ser negativa durante o choque isso, foi tratada, junto a seu parceiro, com pe-
nicilina benzatina 7.200.000U (três doses de
Santa Casa-SP – 2019 2.400.000 U, aplicadas via intramuscular nos
70. Uma menina de quatro anos de idade foi leva- dias 02/04/2018, 09/04/2018 e 16/04/2018, com-
da ao hospital com queixa de edema em face provadas via receita médica). As demais soro-
e região cervical direita iniciado há dois dias, logias apresentaram resultado negativo. Em
acompanhado de vários picos febris (39‐40 °C). 30/07/2018, ao dar entrada na maternidade, a
Há um dia, passou em atendimento na Unidade mãe apresentava VDRL = 1:8 e TPHA positivo.
Básica de Saúde, onde foi diagnosticada clini- Diante desse caso, a melhor interpretação dos
camente como provável caxumba, recebendo resultados apresentados e conduta a ser to-
tratamento apenas sintomático. Hoje, evolui mada em relação ao RN, respectivamente, são:
com piora do edema, com rápida progressão a) mãe inadequadamente tratada / realizar VDRL
de tamanho e áreas de equimose. A mãe rela- e, caso o título esteja menor ou igual ao mater-
tou também quadro de varicela iniciado há dez no e a punção lombar com VDRL positivo, tra-
dias, apresentando apenas lesões cicatriciais tar com penicilina procaína 50.000 U/kg/dose
no momento, e que a paciente não urinava há de 24 em 24 horas durante dez dias
doze horas. À entrada no setor de internação, b) mãe inadequadamente tratada / realizar VDRL
estava acordada, consciente, afebril, hidratada, e, em caso positivo, independente do título e
com FC de 150 bpm e PA de 100 × 60 mmHg, demais exames colhidos, tratar como neuros-
sem outras alterações ao exame físico, além sífilis com penicilina cristalina 50.000 U/kg/
da evidenciada em região cervical com edema, dose de 12 em 12 horas durante dez dias
áreas equimóticas e descamativas. Foi iniciada c) mãe adequadamente tratada / realizar VDRL
antibioticoterapia com cefalosporina de 3.a ge- e, em caso negativo, aplicar dose única de pe-
ração e expansão volêmica. Foram coletados nicilina benzatina 50.000U/kg/dose e dar alta
exames. Evoluiu rapidamente com alteração do hospitalar, com necessidade de acompanha-
nível de consciência e muita sonolência, sendo mento ambulatorial
submetida à intubação orotraqueal. Após ex- d) mãe adequadamente tratada / não realizar
pansão total com 60 mL/kg de cristaloide, ain- qualquer outro tipo de exame complementar,
da mantinha perfusão periférica de 5s, FC de já que o RN se apresenta assintomático e dar
160 bpm e PA de 90 × 55 mmHg, sem diurese. alta hospitalar sem necessidade de acompa-
Com base nessa situação hipotética, assinale a nhamento ambulatorial
alternativa correta quanto ao diagnóstico mais
provável e à conduta a ser adotada: UERJ – 2019
a) diagnóstico: choque séptico por meningococ- 72. Recém-nascido de 15 dias de vida é levado à
cemia; conduta: coletador o líquor, manter an- emergência devido a quadro febril associado à
tibiótico e iniciar droga vasoativa rejeição alimentar, queda do estado geral e cho-

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1 Pediatria 19

ro inconsolável às trocas de fralda. Ao exame aspiração e lavagem gástrica devido a presen-


físico, apresenta febre de 39,5 °C, eritema e dor ça de mecônio
à mobilização em região coxofemoral esquerda b) clampear o cordão umbilical 1-3 minutos de-
e em tíbia esquerda. O hemograma revelou leu- pois da sua extração completa da cavidade
cocitose e desvio para a esquerda, PCR e VHS uterina secar o corpo e o segmento cefálico
elevados; a radiografia de membro inferior es- com compressas aquecidas e deixar o RN em
querdo apresentou deslocamento dos planos contato pele-a-pele com a mãe e avaliar a sua
musculares profundos em metáfises de fêmur vitalidade continuadamente
e tíbia; hemocultura com crescimento de colô- c) clampeamento imediato do cordão umbilical
nias de CA-MRSA e D-test negativo. Em relação pelo mecônio e a seguir deixar o RN em con-
a esse caso, é correto afirmar que: tato pele a pele com a mãe, se frequência car-
a) o resultado do D-test negativo contraindica a díaca do RN for maior que 100 bpm e avaliar a
terapêutica com clindamicina sua vitalidade continuadamente
b) a terapêutica oral com sulfametoxazol e trime- d) aspiração das vias aéreas ao desprendimento
toprim é alternativa viável do polo cefálico do concepto, clampeamento
c) devido ao perfil de sensibilidade, o antibiótico imediato do cordão umbilical e, a seguir, con-
de escolha é a oxacilina dução à mesa de reanimação, indicando-se os
d) a terapêutica com vancomicina é padrão-ouro passos iniciais da estabilização
no tratamento
UNICAMP – 2019
UERJ – 2019 75. Os chamados exames da triagem neonatal no
73. Recém-nascida com 6 dias de vida é levada brasil são:
à emergência por apresentar-se amarela há a) teste da linguinha, teste da bolinha, triagem
24 horas. A mãe refere: aleitamento materno auditiva e reflexo de olho vermelho
exclusivo; história pregressa de parto vaginal b) triagem neonatal biológica, triagem de cardio-
a termo; peso de nascimento 3.500 g (AIG), patia crítica, triagem auditiva e reflexo de olho
Apgar 8/9, tendo alta hospitalar com 48 horas vermelho
de vida e peso de alta de 3.300 g; grupo san- c) triagem neonatal biológica, triagem de cardiopa-
guíneo materno A positivo e grupo sanguíneo tia crítica, triagem auditiva e teste da linguinha
do recém-nascido O negativo. Ao exame físi- d) triagem auditiva, teste da bolinha, teste da lin-
co, está ativa e reativa, com fontanela ante- guinha e reflexo de olho vermelho
rior normotensa, ictérica 3+/4+ na zona IV de
Krammer, acianótica, hidratada, corada, com UNICAMP – 2019
boa perfusão periférica; FC = 130 bpm, FR = 55 76. Recém-nascido a termo, filho de mãe coloni-
irpm, Tax = 36,9 °C e peso de 3.000 g; restante zada por Streptococcus agalactiae nasce de
do exame físico normal. Nesse caso, em rela- parto vaginal, em boas condições de vitalida-
ção ao mecanismo do surgimento da icterícia, de e encontra-se bem. Mãe recebeu ampicilina
é correto afirmar que este ocorre por: 5 horas antes do parto. A conduta para esse
a) maior ação da glicuronidase intestinal sobre a recém-nascido é:
bilirrubina conjugada a) coleta de hemocultura e internação em unida-
b) hemólise gerada por anticorpos maternos da de semi-intensiva
classe IgG b) coleta de hemocultura e alojamento conjunto
c) ausência de uridina-uridil-glicuronil-transfera- c) coleta de hemograma e proteína C-reativa
se total d) observação clínica em alojamento conjunto
d) imaturidade enzimática hepática
UNIFESP – 2019
FAMERP – 2019 77. Criança nascida com idade gestacional de 36
74. Recém-nascido, 37 semanas de idade gesta- semanas, teve seu cordão clampeado aos 3
cional, nasceu de parto cesárea, banhado com minutos de vida. Entre as repercussões possí-
líquido amniótico meconial, em boas condi- veis desse procedimento, encontra-se:
ções com choro vigoroso e tônus muscular a) redução do risco de icterícia neonatal
em flexão. Qual a conduta a ser tomada com b) redução do risco de hemorragia intraventricular
esse RN logo após o nascimento? c) redução do risco de policitemia
a) clampear o cordão umbilical 1-3 minutos de- d) aumento do risco de sepse neonatal
pois da sua extração completa da cavidade e) aumento do risco de enterocolite
uterina e conduzir à mesa de reanimação para

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20 R1 Extensivo | Questões para treinamento

UNIFESP – 2019 causa para a alteração observada e a conduta


78. Você atende uma parturiente com idade ges- devem ser:
tacional de 39 semanas, sem alterações ao a) doença hemolítica não imune, manter fototera-
exame clínico, que foi tratada adequadamente pia e solicitar curva de fragilidade osmótica da
para sífilis, antes da gestação. As sorologias RN
realizadas no primeiro trimestre mostram os b) doença hemolítica por incompatibilidade A-O,
seguintes resultados: toxoplasmose, citome- manter fototerapia, com controle sérico de bi-
galovírus e rubéola – IgG positiva e IgM nega- lirrubina
tiva; Hepatite B – HBsAg negativo e anti-HBs c) doença hemolítica por incompatibilidade Rh,
positivo. A sorologia para sífilis realizada no administrar imunoglobulina e realizar controle
terceiro trimestre mostrou VDRL negativo e sérico de bilirrubina
hemaglutinação indireta positiva. Com esses d) doença hemolítica devida a grupos menores,
resultados podemos afirmar que o recém-nas- solicitar a pesquisa do antígeno envolvido e
cido tem risco de apresentar infecção congê- realizar a exsanguineotransfusão
nita por qual dos seguintes agentes?
a) Treponema pallidum USP-SP – 2019
b) Toxoplasma gondii 81. Um recém-nascido de termo, adequado para a
c) vírus da rubéola idade gestacional, com Apgar de 5, 8 e 9 no pri-
d) citomegalovírus meiro, quinto e décimo minutos de vida, é sub-
e) vírus da hepatite B metido, com 30 horas de vida, ao Teste de tria-
gem cardiológica. A Saturação de oxigênio do
USP-SP – 2019 membro superior direito e do membro inferior
79. Recém-nascido (RN) de termo, sexo mascu- esquerdo foram de 94% e 96%, respectivamen-
lino, pequeno para a idade gestacional, com te. Sobre este resultado, podemos afirmar que:
2.200 g de peso de nascimento, nasce bem, a) o teste está alterado, devendo ser repetido em
sem intercorrências. Submetido a controles 1 hora e, se permanecer alterado, indicar eco-
de glicemia capilar, apresenta, com 6 horas de cardiograma
vida, glicemia de 45 mg/dL, sem sinais ao exa- b) o teste está normal, sem necessidade de re-
me clínico. Em aleitamento materno. A condu- petir o exame ou fazer qualquer investigação
ta frente à glicemia encontrada é: complementar
a) administrar soro glicosado a 10%, 2 mL/kg, IV, c) o resultado do teste não pode ser levado em
em 1 minuto, devido ao baixo peso ao nascer consideração, pois foi realizado antes de 48
b) administrar 20 mL de leite humano pasteuriza- horas de vida
do ou fórmula láctea para termo, já que o RN é d) o resultado deve ser desconsiderado, pois foi
assintomático utilizado o membro inferior contralateral em re-
c) administrar soro de manutenção com veloci- lação ao membro superior
dade de infusão de glicose de 5 mg/kg/min,
levado em conta que é uma hipoglicemia leve Santa Casa-SP – 2019
d) reforçar o aleitamento materno e a manuten- 82. Um recém-nascido, filho de mãe que não reali-
ção dos controles de glicemia, pois a glicemia zou pré-natal, apresenta hepatoesplenomega-
está normal lia, petéquias e sufusões hemorrágicas, parali-
sia e dor à movimentação do membro superior
USP-SP – 2019 direito, coriza sanguinolenta e descamação
80. Recém-nascida (RN) de termo, adequada para palmoplantar. Com base nesse caso hipotéti-
a idade gestacional. Pré-natal e parto vaginal co, assinale a alternativa que apresenta o exa-
sem intercorrências. Mãe primigesta, saudá- me de escolha para o diagnóstico etiológico:
vel, com 30 anos de idade. Com 12 horas de a) VDRL
vida observa-se icterícia zona I/II na RN. Nes- b) sorologia para vírus ZIKA
te momento a dosagem de bilirrubina indire- c) pesquisa placentária de granulomas
ta (BI) revelou 8 mg/dL. Iniciada fototerapia. d) tomografia computadorizada de crânio
Tipagem sanguínea materna O Rh negativo, e) emissões otoacústicas
Coombs indireto (CI) negativo e do RN A Rh
positivo, Coombs direto (CD) negativo e Elua- UERJ – 2019
to positivo. Com 20 horas de vida a BI estava 83. Menina de 19 meses foi levada ao pronto-aten-
em 10 mg/dL, repetida com 24 horas de vida dimento porque estava irritada e com febre
e mantida em 11 mg/dL). Reticulócitos 11%. A baixa (duas aferições nas últimas 48 horas).

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1 Pediatria 21

Ao exame físco, não foram observadas alte- c) intubação com sequência rápida, utilizando
rações. Para investigação, foi feita coleta de tubo endotraqueal sem cuff, elevação da ca-
urina, via saco coletor, que revelou alteração beceira e solução cristaloide
sugestiva de infecção. Por isso, foi iniciado d) máscara de oxigênio, elevação da cabeceira e
tratamento empírico. Nesse caso, as altera- encaminhar para tomografia de crânio urgente
ções que apresentam maior sensibilidade na
sugestão de infecção do trato urinário são: UNIFESP – 2019
a) bactérias em número aumentado e estearase 86. Menina de 34 dias de vida é trazida ao pronto
leucocitária positiva atendimento devido a persistência de icterícia.
b) hematúria microscópica e leucócitos em nú- Nascida a termo com peso de 3.500 g, pré-na-
mero aumentado tal sem intercorrências, apresentou icterícia 3
c) bactérias em número aumentado e nitrito ne- dias depois do nascimento, sem necessidade
gativo de fototerapia. Tipagem sanguínea da mãe O
d) estearase leucocitária positiva e nitrito positivo positivo e da criança A positivo. Há 10 dias
mãe notou piora da icterícia. No exame físico
UERJ – 2019 a criança está em bom estado geral, ictérica
84. Criança de 3 anos é trazida pela mãe com qua- +++/+4, abdome globoso, fígado a 4 cm do re-
dro de febre e dor de garganta há dois dias. bordo costal direito, baço não palpável. A bilir-
Hoje, apareceram manchas pelo corpo de rubina direta é de 9 mg/dL. Qual a causa mais
início há 30 minutos. Ao exame, a criança se provável da hiperbilirrubinemia?
apresenta em regular estado geral, com ede- a) sepse
ma bipalpebral, afebril, FR = 50 ipm, FC = 150 b) atresia de via biliar
bpm, PA = 90 × 60 mmHg, e dificuldade para c) colecistite aguda
respirar. A ausculta respiratória revela sibilân- d) galactosemia clássica
cia difusa, enquanto o exame da pele revela e) incompatibilidade sanguínea
lesões eritematosas, palpáveis e de contornos
UNIFESP – 2019
geográficos. Nesse caso, a primeira medida
87. Menino de 11 anos de idade, vítima de atrope-
terapêutica a ser instituída deve consistir em:
lamento, é trazido à emergência inconsciente,
a) realização de nebulização com beta-2-adre-
bradipneico e com quadro de choque hipoten-
nérgico
sivo. Após duas tentativas de acesso venoso
b) administração de soro fisiológico intravenoso
periférico sem sucesso, o que você solicitaria?
c) aplicação de anti-histamínico intramuscular
a) dispositivo de agulha intraóssea manual para
d) aplicação de adrenalina intramuscular
inserir na tíbia proximal
b) dispositivo de cateter de duplo lúmen para in-
FAMERP – 2019
serir na veia jugular interna
85. Criança de 3 anos chega a sala de emergência
c) cateter intravenoso calibroso para inserir na
pediátrica após acidente de moto com queda
veia femoral
no no asfalto há 6 horas. Ao exame físico en-
d) cateter intravenoso calibroso para inserir na
contra-se com cianose de extremidades, pali- veia subclávia
dez cutânea, frequência respiratória irregular e) dispositivo de agulha intraóssea manual para
com 15 irpm, tórax com boa expansibilidade inserir na tíbia distal
sem retrações intercostais ou hematomas, Pul-
mão: Murmúrio vesicular presente, simétrico, UNIFESP – 2019
sem ruídos adventícios. Coração: 2 BRNF, sem 88. Adolescente de 14 anos de idade é atendido
sopros, FC: 93 bpm, PA: 125 × 50 mmHg, pulsos no pronto-socorro com história de urina “cor
cheios, perfusão 2 seg. Abdome: discreto au- de coca cola” e redução do volume urinário
mento da tensão, RH+, fígado e baço não palpá- há 2 dias. Ao exame físico apresenta edema
veis. Neurológico apresenta-se com escala de palpebral e de membros inferiores, ausculta
coma de Glasgow 5. Qual a melhor conduta? cardíaca sem alteração e PA = 139 × 89 mmHg.
a) intubação com sequência rápida, utilizando Qual a conduta farmacológica inicial mais in-
tubo endotraqueal com cuff, elevação da cabe- dicada para este quadro?
ceira 30°, hiperventilação por poucos minutos a) betabloqueador
e salina hipertônica 3% b) inibidor da enzima de conversão
b) intubação com sequência rápida, utilizando tubo c) furosemida
endotraqueal sem cuff, tentar hiperventilação d) corticosteroide
por alguns minutos e soro fisiológico 10 ml/kg e) bloqueador de canal de cálcio

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22 R1 Extensivo | Questões para treinamento

USP-SP – 2019
89. Você é chamado(a) para a sala de emergência pediátrica e, ao entrar, encontra seu colega plantonista
realizando a ressuscitação cardiopulmonar de uma criança de 8 anos de idade. Vocês realizam os
ciclos de compressão/ventilação na razão de 15:2. O enfermeiro coloca o monitor cardíaco, obtendo
o seguinte ritmo:

É realizada a desfibrilação com 2 J/kg e, em d) para desfibrilação manual, uma carga inicial
seguida, é administrada uma dose de epine- de 5 J/Kg é aceitável
frina 0,01 mg/kg. É realizada uma segunda ve- e) a recomendação atual é que o tempo limite de
rificação do ritmo cardíaco, mantido mesmo reanimação seja de 20 minutos
achado, sendo feita uma nova desfibrilação
com 4 J/kg. Considerando que o ritmo se man- SUS-SP – 2019
tenha na próxima checagem, a próxima droga 92. Com relação à compressão torácica, é correto
indicada é: afirmar:
a) gluconato de cálcio a) a combinação de compressões e ventilações
b) atropina não é mais recomendada para a ressuscitação
c) sulfato de magnésio pediátrica
d) amiodarona b) as compressões torácicas devem ser fortes
na metade superior do esterno, aprofundando
SUS-SP – 2019 pelo menos um terço do diâmetro anteroposte-
90. Menina de 5 anos, procura o pronto-socorro rior do tórax
devido a dor e edema de tornozelos associa- c) a reanimação cardiopulmonar (RCP) em
dos a manchas elevadas, vermelhas que não crianças deve-se iniciar pela abertura das vias
desaparecem a digito pressão, indolores e não aéreas
pruriginosas há dois dias. As lesões cutâneas d) as compressões torácicas devem ser relativa-
iniciaram-se em nádegas e já estavam acome- mente rápidas, com uma frequência mínima
tendo coxas e pernas. Criança refere leve dor de 100 compressões por minuto
abdominal. O diagnóstico mais provável é: e) quando apenas um socorrista está executando
a) poliarterite nodosa as manobras de RCP, mantém-se uma relação
b) púrpura trombocitopênica idiopática de 15 compressões para duas ventilações, em
c) púrpura de henoch-schönlein crianças
d) arterite de Takayasu
e) doença de Kawasaki Santa Casa-SP – 2019
93. Um menino de seis anos de idade, com ane-
SUS-SP – 2019 mia falciforme, foi levado ao setor de emer-
91. Com relação à reanimação cardiopulmonar gência pediátrica com queixa de dor em
em crianças, é correto afirmar: membros inferiores há cerca de doze horas,
a) a frequência de ventilações deve ser 10 a 15 sem febre. Já recebeu, em casa, dipirona e
por minuto paracetamol, sem melhora. Ao exame físico,
b) a via intraóssea deve ser utilizada somente em não apresentou anormalidades, com exceção
crianças menores de 3 anos de fácies dolorosas. A dor foi classificada
c) as compressões torácicas podem ser inter- como intensa (nota 7). Nesse caso hipotético,
rompidas no máximo por 10 segundos a melhor conduta é:

SJT Residência Médica


1 Pediatria 23

a) hiper‐hidratação endovenosa FAMERP – 2019


b) codeína 96. Menino de 5 anos de idade, previamente sau-
c) tramadol dável, é trazido pela sua mãe ao pronto aten-
d) anti‐inflamatório não hormonal dimento infantil com história de febrícula há
e) morfina 1 dia acompanhado de vários episódios de
diarreia aquosa e depois com sangue e cóli-
Santa Casa-SP – 2019 cas abdominais. Sua temperatura é de 37,3 °C,
94. Um menino de dez anos de idade sofreu uma e ele tem taquicardia leve. Os resultados dos
queda de uma laje e foi levado ao setor de exames laboratoriais na admissão mostram
emergência pediátrica com diminuição impor- uma contagem elevada de glóbulos brancos
tante da força muscular nos quatro membros, de 14,4 com 85% de neutrófilos. Os resultados
reflexos osteotendíneos abolidos, pupilas iso- da cultura de fezes estão pendentes. Qual é o
córicas e fotorreagentes, escala de coma de antimicrobiano empírico adequado enquanto
Glasgow de 15, sem fraturas aparentes, com aguarda os resultados da cultura de fezes?
boa dinâmica respiratória, mantendo satura- a) sulfametoxazol-trimetoprim-PO
ção de oxigênio de 95% em ar ambiente, fre- b) ceftriaxona IV
quência cardíaca de 128 bpm e pressão arte- c) azitromicina PO
rial de 80 × 50 mmHg. Com base nesse caso d) nenhum antibiótico deve ser administrado
hipotético, é correto afirmar que:
a) deve ser administrada metilprednisolona ime- USP-SP – 2019
diatamente, na dose de 30 mg/kg 97. Menino, 7 anos de idade, é levado ao pronto-
b) deve ser realizada imediatamente a ressonân- -socorro por quadro de febre de até 39 °C há 2
cia magnética de coluna dias, associado a queda do estado geral. Mãe
c) a ausência de reflexos osteotendíneos no refere ter notado surgimento de lesões orais
atendimento inicial confirma o diagnóstico de há 2 dias, que ontem evoluíram para o restante
lesão medular completa da pele. Sem outras queixas. Tem por antece-
d) se deve pensar na possibilidade de disreflexia dente o diagnóstico de epilepsia, tendo inicia-
autonômica se ocorrer aumento da pressão do uso de carbamazepina há 3 semanas. Ao
arterial associado à cefaleia, à sudorese e a exame clínico, criança em regular estado ge-
rubor facial ral, com presença de erosões e crostas hemá-
e) a ausência de reflexo bulbocavernoso durante o ticas nos lábios, com vesículas e bolhas rotas,
choque medular indica lesão medular completa com erosões na mucosa gengival, palato mole
e palato duro, mucosa jugal e base da língua.
UFRN – 2019 Apresenta também vesículas e bolhas de con-
95. Em determinado pronto socorro, quatro crian- teúdo sero-hemático, erosões e áreas de des-
ças, Lucas, João, Marília e Eduarda foram aten- colamento epidérmico com comprometimento
didas. Após anamnese, exame físico e realiza- de 40% da superfície corpórea. O diagnóstico
ção de exames laboratoriais, foi confirmado o mais provável para o quadro clínico atual é:
diagnóstico de glomerulonefrite aguda pós- a) eritema pigmentar fixo
-estreptocócica em todas. A única criança que b) pênfigo bolhoso
o médico pode mandar para casa e instituir tra- c) erupção variceliforme de Kaposi
tamento domiciliar (sem precisar internar) é: d) necrólise epidérmica tóxica
a) Joao, 5 anos de idade , apresentando escoto-
mas visuais, cefaleia e edema, pressão arte- SUS-SP – 2019
rial aferida de 153 × 82 mmHg, sem descon- 98. Menina de 6 anos de ida1de, internada para
forto respiratório e creatinina 0,7 mg/dL tratamento de meningite bacteriana com cef-
b) Lucas, 6 anos de idade, edemaciado, apresen- triaxone há três dias, apresenta-se mais sono-
tando pressão arterial de 143 × 62 mmHg, sem lenta, levemente prostada e com diminuição
desconforto respiratório e creatinina 0,6 mg/dL da diurese. TEC: 2 segundos. Exames labora-
c) Marilia, 10 anos, apresentando anasarca e he- toriais colhidos neste momento mostram: Dex-
matúria, pressão arterial aferida de 160 × 90 tro: 145; Na+: 128; K+: 4,3; U: 100; Cr: 0,70; Ga-
mmHg, com cefaleia e sem desconforto respi- sometria arterial: pH: 7,36; pO2: 95; pCO2 = 35;
ratório, creatinina 0,6 mg/dL Bic = 24; SO2 = 97 Urina I: densidade urinária
d) Eduarda, 13 anos, apresentando taquidispneia, = 1035, proteínas +/4, cetonas +/4, 3 leucócitos
cisurite evidenciada por raio X do tórax, pressão por campo, ausência de cristais e hemácias. A
arterial 140 × 67 mmHg e creatinina 1,4 mg/dL causa mais provável da Hiponatremia é:

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24 R1 Extensivo | Questões para treinamento

a) insuficiência adrenal USP-SP – 2019


b) insuficiência renal aguda 101. Menina, 3 anos de idade, está internada em
c) diabete insipido neurogênica enfermaria devido a pneumonia, no primei-
d) diabete insipido nefrogênica ro dia de tratamento com ceftriaxona. Tem
e) síndrome da Secreção Inapropriada de ADH antecedente de encefalopatia crônica não
progressiva por anoxia neonatal, tendo evo-
SUS-SP – 2019 luído com epilepsia, mas sem necessidade
99. Gustavo, 1 ano e 9 meses, foi diagnostica- de anticonvulsivantes no último ano. Duran-
do com Síndrome Gripal Aguda (SGA) e ini- te a internação, a criança evoluiu com qua-
ciada tratamento com oseltamivir. A tia de dro de febre de 39 °C, cursando com crise
Gustavo, Ana, está grávida e mora com eles, epiléptica tonicoclônica generalizada. A pa-
bem como sua irmãzinha, Joana, de 6 me- ciente foi monitorizada, oferecido oxigênio
ses e seu avô Rogério de 65 anos. Quanto e solicitado administração de midazolam e
a profilaxia dos contactantes, o Ministério dipirona, que foram aplicadas por via intra-
da Saúde recomenda que Gustavo fique em muscular devido à perda de acesso venoso.
casa até que todos os seus sintomas desa- A crise epiléptica não cessou, apesar de re-
pareçam e que: ceber uma segunda e uma terceira dose de
a) se faça vacinação contra influenza para todos midazolam intramuscular. Tentado obtenção
os contactuantes de Gustavo em casa e escola de acesso venoso periférico, sem sucesso.
b) Joana tome Oseltamivir por pertencer ao gru- A conduta neste momento é:
po de risco para SGA a) passagem de sonda nasogástrica para admi-
c) Ana tome Oseltamivir por pertencer ao grupo nistrar dose de ataque de fenobarbital
de risco para SGA b) manter bolus de midazolam intramuscular a
d) se faça apenas seguimento clínico dos contac- cada 5 minutos até cessação das crises
tuantes, sem necessidade de medicação c) obtenção de acesso intraósseo para adminis-
e) Ana, Joana e Rogério tomem Oseltamivir por trar dose de ataque de fenitoína
pertencerem ao grupo de risco para SGA d) passagem de cateter venoso central para con-
trole de crise com midazolam contínuo
USP-SP – 2019
100. Menina, 1 ano e 3 meses de idade, é levada USP-SP – 2019
pela mãe ao pronto-socorro devido a quadro 102. Menino, 12 anos de idade, dá entrada no pron-
de febre de 38,8 °C iniciada hoje, associado to-socorro com quadro de febre de 39 °C há 1
a tosse produtiva com expectoração clara, ri- dia, sem outras queixas. Tem diagnóstico de
norreia e obstrução nasal. Refere diminuição leucemia linfoide aguda, está no 7º dia pós-
da aceitação alimentar. Sem alterações intesti- quimioterapia. Ao exame clínico, criança em
nais ou urinárias. Sem outras queixas. Possui bom estado geral, sem alterações significati-
antecedente de prematuridade de 31 semanas, vas. Colhidos exames laboratoriais, com: Hb
tendo evoluído com broncodisplasia, em se- 10,2, HT 31%, leucócitos: 1.000 (35% neutrófi-
guimento regular com pneumologista e em los, 3% eosinófilos, 48% linfócitos, 14% monó-
uso apenas de profilaxia com sulfato ferroso e citos), plaquetas: 155.000/mm3, urina 1 sem al-
vitamina D. Ao exame, criança em bom estado terações, radiografia de tórax normal. Optado
geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica. pela internação hospitalar. O antimicrobiano
FR: 34 irpm, FC: 112 bpm, T: 36,4 °C, com boa de escolha para o quadro atual é:
perfusão periférica. Exame pulmonar com ex- a) cefepime
pansibilidade simétrica, presença de roncos b) vancomicina
de transmissão esparsos, sem outros ruídos c) ceftriaxona
adventícios, sem sinais de desconforto respi- d) anfotericina B
ratório. Oroscopia com discreta hiperemia em
palato. Otoscopia sem alterações. Sem outras UNIFESP – 2019
alterações ao exame clínico. Dentre as opções 103. Criança de três meses de idade é levada ao
abaixo, está indicado para o tratamento do pronto atendimento com história de febre não
quadro agudo atual: medida há dois dias. Ao exame físico: FC = 160
a) amoxicilina bpm, FR = 45 ipm, temperatura de 39,8 °C, em
b) palivizumab regular estado geral, palidez cutânea, restan-
c) ceftriaxona te do exame físico sem alterações. A conduta
d) oseltamivir mais adequada nesse momento é:

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1 Pediatria 25

a) orientações gerais, sintomáticos e reavaliação sulta pois está com gripe confirmada por PCR
após 24 horas por H1N1. Em relação ao lactente qual a me-
b) coleta de hemograma, culturas e reavaliação lhor conduta:
após 24 horas a) não prescrever medicação e indicar a segunda
c) iniciar antibioticoterapia empírica e retornar se dose da vacina após 30 dias da primeira dose
febril após 48 horas e indicar oseltamivir se apresentar sintomas e
d) internação, coleta de hemograma, urina i e adotar medidas preventivas
culturas b) iniciar fosfato de oseltamivir 3 mg/kg/dia du-
e) internação, antitérmico e reavaliação após 48 rante 10 dias e adotar medidas preventivas
horas c) fazer a segunda dose da vacina com 15 dias
após a primeira dose, além de iniciar o oselta-
FAMERP – 2019 mivir e adotar medidas preventivas
104. Uma menina de 6 anos foi levada ao consul- d) não fazer a segunda dose da vacina e iniciar
tório do médico às 14h00 porque estava com oseltamivir 3,5 mg/kg /dia por 5 dias e adotar
dor de garganta, estava cansada e estava co- medidas preventivas
chilando demais. A temperatura dela era de
39 °C. Ela tinha dor de garganta, amígdalas UERJ – 2019
aumentadas e uma leve erupção no troco. Às 106. Em uma consulta de rotina, foi diagnosticado
22h30, a mãe do paciente relatou que a criança sopro cardíaco novo em um pré-escolar de 5
havia vomitado três vezes, continuou a cochi- anos, previamente hígido. Ao exame físico, o
lar excessivamente e queixou-se de dor de ca- paciente apresentava-se em bom estado geral,
beça quando acordada. O médico examinou a anictérico, acianótico, hidratado, corado, com
criança às 23h30 e notou que ela estava letár- boa perfusão periférica e pulsos periféricos
gica e excitada apenas quando a cabeça esta- palpáveis; à ausculta cardíaca apresenta: ritmo
va virada, reclamando que suas costas doíam. cardíaco regular, dois tempos, com desdobra-
Seu LCR não continha glóbulos vermelhos, mento de segunda bulha à inspiração e sopro
mas havia 28 glóbulos brancos/mm3 – metade sistólico 2+/6+, melhor audível em borda ester-
de neutrófilos polimorfonucleares e metade nal esquerda, sem irradiações, com redução de
de linfomononucleares. Os níveis de glicose e intensidade quando o paciente assume a po-
proteína no LCR eram normais e a coloração sição ortostática; FC = 100 bpm; fígado a 2 cm
de Gram de um espécime de LCR não apre- do rebordo costal direito; restante do exame
sentava bactérias. Qual a hipótese diagnóstica físico sem alterações. Classificação nutricio-
mais provável? nal: escore-z de peso/idade = -1,05; escore-z de
a) meningite por Cryptococcus neoformans peso/estatura = -0,97; escore-z de estatura/ida-
b) meningite por Mycobacterium tuberculosis de = -0,29; escore-z de IMC = -1,01. Em relação a
c) meningite viral esse caso, a conduta adequada é:
d) meningite bacteriana a) dosar ASLO e realizar strep-test para docu-
mentar infecção estreptocócica
FAMERP – 2019 b) realizar eletrocardiografia para descartar au-
105. Lactente de 7 meses de idade, sem queixas, mento do intervalo PR
acompanhado de seu pai, com a carteira de c) realizar ecocardiograma para excluir anoma-
vacinação em dia, sendo a última vacina, para lias congênitas
influenza, primeira dose realizada há 13 dias. d) dar orientações gerais quanto à benignidade
O pai refere que a mãe não compareceu a con- do sopro

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2
GABARITO COMENTADO
Pediatria

1. Não há opção. Temos que decorar os valores de Z 3. Essa é a primeira regra da pediatria: “dobrarás o
escore para cada curva e idade dos pacientes para um peso do nascimento com 6 meses de vida”. Outras re-
diagnóstico correto do crescimento e estado nutricio- gras importante para decorar são “crecerás a metade
nal. Com relação a estatura temos que ver a curva de da sua altura ao nascimento até 1 ano de vida” e “terás
estatura para idade E/I. Um estatura adequada para um metro de altura com 4 anos de vida”. Resposta b.
idade é quando o z escore está entre o -2 e +2, abaixo
disso é baixa estatura. Mas lembre-se que a adequada 4. A vitamina A é muito importante em funções ocula-
avaliação do crescimento é com a curva e a velocidade res e na regeneração dos tecidos. Sempre que tiver
de crescimento e não a posição no gráfico. Já a clas- qualquer alteração em região ocular, suspeite a defi-
sificação do estado nutricional é através da curva do ciência em questão deva ser vitamina A. Além disso
IMC em que para menores de 5 anos se interpreta da o déficit de regeneração celular leva a alterações de
seguinte maneira: z escore entre -2 a +1 - eutrofia; +1 pele (xeroftalmia, dermatites) e maior predisposição a
a +2 – risco de sobrepeso; +2 a +3 - sobrepeso; > +3 infecções (pneumonia e diarreia). Resposta d.
obesidade; -2 a -3 magreza; < -3 magreza acentuada.
Resposta a. 5. Vamos lembrar a fórmula de idade estimada a partir
da altura dos pais: altura da mãe (+13 cm se menino) +
2. Os marcos do desenvolvimento em crianças maio- altura do pai (-13 se meninas) + -8 cm. Portanto, para
res de um ano são mais complexos de serem memo- a paciente “A”. a altura estimada é entre 152-168 cm e
rizados, porém, se raciocinarmos com os dados do para “J” é entre 165-181 cm. Ambas alturas dentro do
enunciado vamos conseguir responder essa questão. esperado. Resposta b.
Lembrem-se que a criança começa a andar por volta
de um ano de vida. Anda com apoio, depois sem apoio 6. O leite materno assim que for ordenhado deve ser
e vai aos poucos ganhando cada vez mais seguran- armazenado. O leite cru deve se armazenado em ge-
ça e habilidade; mas é improvável se ver uma criança ladeira dura até 12-24h, se congelado fica conservado
até os 18 meses correndo. Já a criança com 24 meses por até 15 dias. Após descongelado deve ser consumi-
já corre, e esse é o grande marco para você guardar do imediatamente. Resposta d.
dessa idade, além disso ela já interage mais com o am-
biente externo (apontando para o que quer) e já monta 7. Vamos relembrar as recomendações. Leite materno
uma torre com quatro cubos. Com 30 meses a grande deve ser exclusivo (sem qualquer outro líquido/alimen-
evolução é social/emocional em que a criança já come- to/fórmula podendo ofertar apenas remédios) até 6
ça a brincar junto com outras crianças e já começa a meses e vida e complementado até PELO MENOS 2
desenhar em linha. Resposta c. anos de vida. Com 6 meses de vida inicia-se a alimen-
28 R1 Extensivo | Gabarito comentado

tação complementar com as papas de fruta e papa sal- sinapses neurais. Leva a um quadro colinérgico com
gada de modo semelhante para a criança que esteja sonolência, hipersalivação e lacrimejamento e miose.
em aleitamento materno ou não. E guloseimas NUNCA Resposta b.
deverão ser oferecidas como alimentos complementa-
res, porém a recomendação é que sejam EVITADAS 14. A questão deveria ser anulada. O anti-histamínico
até pelo menos 1-2 anos de vida. Resposta b. leva a um quadro de intoxicação anticolinérgica que
tem todos os comemorativos acima (midríase, agita-
8. Uma criança em aleitamento materno exclusivo pode ção, taquicardia e hipertermia), porém NÃO leva a su-
passar dias sem evacuar e se quando evacuar for pas- dorese e sim a diminuição das secreções corpóreas
tos é normal. A disquesia do lactente também é evento como um todo. Resposta a.
funcional normal mas diz respeito a criança que chora
e tem cólica antes de evacuar. A constipação crônica é 15. Vamos analisar as alternativas para lembrar a con-
uma doença em que as fezes deverão ser formada e a duta correta frente a um recém-nascido de mãe bacilí-
doença de Hirschsprung (megacólon congênito) é do- fera. Como a criança ao nascer já vai ter contato íntimo
ença da invervação retal que leva a constipação grave com o bacilo da tuberculose a vacinação com BCG
e atraso na eliminação do mecônio nos primeiros dias provavelmente não vai ter o efeito esperado nesse
de vida. Resposta c. momento (que é prevenir as manifestações graves da
tuberculose no período neonatal). Por isso não vacina-
9. Alguns comemorativos no enunciado sugerem maus mos ao nascimento, iniciamos com a quimioprofilaxia
tratos como fratura em diferentes estágios de evolução por 3 meses e só então realizamos o teste tuberculí-
e hematomas em regiões atípicas (dorso). O “shaking nico (PPD). Não há necessidade de se fazer o teste
baby” é, infelizmente, frequentemente associado a si- tuberculínico logo ao nascimento, já que essa informa-
tuações de maus tratos e deve ser pesquisado ativa- ção não mudaria a conduta. Resposta a.
mente, o fundo de olho demonstrando sangramento
retiniano é muito sugestivo dessa situação. Resposta a. 16. Criança de 5 meses com quadro de febre alta, ir-
ritabilidade, vômitos e convulsão em um contexto de
10. A Nafazolina é um agonista alfa-adrenérgico comu- estar sem a vacinação completa. Até que se prove ao
mente usado em descongestionantes nasai. É frequen- contrário a criança deve estar com uma meningite e
temente usados em adultos porém é contraindicado se faz necessário realizar a punção lombar o quanto
em crianças em qualquer dosagem pelo risco de into- antes e garantir hidratação IV além de antitérmico. Não
xicação. Sua intoxicação comumente leva a efeitos atí- é adequada observar para ver a evolução, deve-se sim
picos como apneia e bradicardia, levando até a parada intervir o quanto antes pela gravidade do quadro. Lem-
cardiorrespiratória. Infelizmente, ainda hoje aparecem bre-se que bebês não tem a manifestação típica de
casos de intoxicação por nafazolina no pronto socorro doenças como crianças mais velhas, por isso se peca
devido aos pais usarem com o intuito de desobstruir a pelo excesso e somos mais agressivos em situações
congestão nasal das crianças. Resposta c. como essa. Resposta b.

11. Os venenos de escopião são geralmente mistos 17. A VOP é uma vacina oral com poliovírus atenuado,
com predominância de acometimento neuromuscu- a partir de 2016 ela foi reformulada pelo Ministério da
lar e neuroautonômico. Já que o veneno do escor- Saúde para ser bivalente com os tipos 1 e 3 apenas,
pião despolariza constantemente os canais de cálcio já que o tipo 2 era o mais associado aos casos de po-
levando a ativação neuronal excessiva. Um diferen- liomielite vacinal. Por ser de vírus vivo atenuado deve
cial do veneno do escorpião é o seu acometimento ser evitada em situações de imunossupressão. A VIP é
cardíaco, portanto, nos outros acidentes por aranha injetável e mais segura, porém tem na sua composição
marrom (loxoscélico) e cobra geralmente acarretam a os tipo 1,2 e 3. Resposta d.
taquicardia. Resposta c.
18. Antes da realização de avaliação imunológica nes-
12. Para segurança da criança, com diversos sinais de se caso está contraindicado vacina de vírus vivo. Va-
maus tratos, se faz necessária a internação por causa cinas de vírus vivo da questão: pólio oral, sarampo,
social e acionamento da vara da infância e/ou conse- caxumba, rubéola (tríplice viral) e varicela. Resposta c.
lho tutelar (sempre se deve acionar, inclusive em uma
suspeita mínima). A tomografia de crânio e fundo de 19. Vacinação completa para tétano (3 dose) sendo a
olho são necessários para se investigar a suspeita de última a menos de 5 anos é considerado esquema com-
“shaking baby” que pode vir acompanhada de qualquer pleto e mesmo em ferimentos de alto risco de contami-
outro maus tratos em bebês. Resposta e. nação não há necessidade de profilaxia. Resposta a.

13. Para veneno de rato, classicamente, é utilizado or- 20. Criança a menos de 30 dias recebeu a vacina da
ganofosforados. Essa droga é um inibidor não compe- febre amarela, portanto, devemos evitar de vacinar
titivo da colinesterase, levando a falta de inativação de com vacina de vírus vivo atenuado (tríplice viral). Res-
acetilcolina permitindo a constante estimulação dessas posta b.

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2 Pediatria 29

21. Filhos de mãe HBsAg positivo devem receber 27. Questão super interessante! Criança com 2 episó-
além da vacina para hepatite B a imunoglobulina es- dios de pneumonia grave com diarreia crônica. O ir-
pecífica para Hepatite B (HBIG) o quanto antes para mão faleceu de cirurgia no intestino no primeiro mês
evitar a transmissão vertical da hepatite B. Lembre- de vida, provavelmente por um íleo meconial (típico de
-se que somente com a vacinação conseguimos uma fibrose cística). Já que a fibrose cística é uma doença
grande proteção, porém a HBIG é indica para pro- autossômica recessiva, se ambos os pais carregarem
teção extra e deve ser recebida o quanto antes, até um gene recessivo há 25% de chance de ter um filho
uma semana de vida. Porém, quando mais precoce com fibrose cística. Lembre que a fibrose cística leva a
a vacinação e a infusão da HBIG mais a proteção. um espessamento das secreções exócrinas levando a
Resposta a. quadro pulmonar e pancreático, que é o mais comum,
mas também a quadro hepático por espessamento da
22. A hepatite A, infelizmente, ainda é presente em bile. Resposta b.
bolsões de baixa qualidade sanitária em nosso país.
É uma doença em que a principal forma de transmis- 28. O A. lumbricoides é sim o helminto mais frequente,
são é a fecal-oral, porém outras vias já foram descritas, porém se localiza preferencialmente no intestino delga-
como a parenteral. Ela pode levar a quadro graves, as do. O praziquantel para o tratamento para equistosso-
vezes com hepatite fulminante e morte, porém NUNCA mose é categoria B para gestantes e deve ser evitado.
cronifica (guarde que é hepatite A, A de Aguda). Agora Criança assintomática com s, por exemplo, não deve
há vacinação para sua prevenção sendo recomendada ser tratada. Já o Trichuris trichuria se localiza no ceco e
1 dose pelo Ministério da Saúde ou 2 doses pela socie- cólon ascendente e leva a quadro de enterorragia e em
dade brasileira de pediatria. Resposta b. alguns casos até a prolapso retal. Resposta b.

23. Pelo provável contexto sanitário da criança, asso- 29. A intussuscepção intestinal (invaginação) acontece
ciado a quadro de anemia, eosinofilia, diarreia e sibi- mais frequentemente em menores de um ano de vida
lância com infiltrado difuso foi considerado no gabarito e, geralmente, é concomitante a um quadro inflamató-
a alternativa com Síndrome Loeffler. Uma consideração rio (infecção ou vacinação). Leva a obstrução intestinal
que faço para pensarmos juntos é que na Síndrome de (vômitos, distensão e irritabilidade) que pode ser inter-
Loeffler o achado radiográfico é de uma consolidação mitente (porque pode ocorrer a invaginação com sua
que muda de posição em radiografias subsequentes e redução espontânea várias vezes) e classicamente
não um infiltrado difuso que é sugestivo de pneumonia leve a enterorragia com aspecto de geleia de frambo-
atípica, quadro viral ou de sibilância recorrente. Porém, esa. Resposta c.
dentre as alternativas, a que contém síndrome de Lo-
effler é a mais correta pensando no quadro global do 30. Quadro de diarreia crônica com repercussão sis-
paciente. Resposta b. têmica (descorada e déficit de ganho de peso) e um
achado típico da doença celíaca que é a hipotrofia da
24. Quadro sugestivo de proctocolite alérgica à pro- musculatura glútea às vezes com dupla prega glútea. A
teína do leite de vaca, já que há fezes com raias de síndrome do intestino irritável não levaria a comprome-
sangue e correlação com a introdução do leite de vaca timento sistêmico, na alergia à proteína do leite de vaca
(fórmula infantil) para a criança. Para o controle dessa é atípico o início dos sintomas nessa faixa etária (ge-
alergia se faz necessário a mudança para uma fórmula ralmente nos primeiros meses de vida), na doença in-
hipoalergênica. As fórmulas parcialmente hidrolisadas flamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou Crohn) há
podem ser usadas como prevenção de dermatite ató- manifestação sistêmica inflamatório mais grave nessa
pica em criança com histórico familiar muito positivo, idade (febre, artralgia, diarreia com sangue) e é mais
mas não como tratamento após o início da manifes- incomum. Resposta a.
tação. As fórmulas de soja são contra indicadas para
menores de 6 meses. Portanto, está correto iniciar com 31. Enterite necrotizante é doença de prematuro ou de
a fórmula extensamente hidrolisada. Resposta c. recém-nascido que está com complicação neonatal e
internado desde o nascimento. O divertículo de Meckel
25. Quadro típico de síndrome hemolítico-urêmica mais comumente leva a enterorragia franca e não sin-
(SHU). Diarreia com sangue e muco (provavelmente tomas somente de obstrução. A estenose hipertrófica
por E. coli O157H7) que evoluiu com microangiopatia de piloro leva a vômitos repetitivos, mas não biliosos,
trombótica, sendo os principais achados a anemia he- porque a obstrução está antes do duodeno. Já o volvo
molítica microangiopática (esquizócitos), plaquetope- de intestino leva sim a sinais de obstrução com vômitos
nia e insuficiência renal. Resposta d. biliosos, parada de eliminação de gases e fezes, e como
há sofrimento isquêmico de alça pelo Volvo no toque re-
26. A Giardia e a Entamoeba são ambas protozoários, tal pode se encontrar sangramento. Resposta b.
no caso sendo indicado como primeira linha o trata-
mento com Metronidazol. Só uma lembrança, prazi- 32. Quadro sugestivo de intolerância à lactose secun-
quantel é para o tratamento de equistossomose. Res- dária a um quadro infeccioso prévio que levou a lesão
posta d. da borda em escova do enterócito, onde está a lactase.

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30 R1 Extensivo | Gabarito comentado

Devemos reduzir a lactose da dieta e observar a evo- 39. Diarreia aguda é aquela com duração até 14 dias,
lução como o primeiro passo terapêutico. Resposta e. diarreia persistente é aquela entre 14 e 28-30 dias e
diarreia crônica é aquela acima de 28-30 dias. O pa-
33. Falta da idade da criança na questão, dado impor- ciente que apresenta comprometimento hemodinâmico,
tantíssimo. Mas pelo relato sugere ser uma criança no mais evidenciado pela alteração do estado geral que in-
seu primeiro mês de vida. Sabemos que nessa fase o dica hipoperfusão do sistema nervoso central, deverá
recém-nascido tem um reflexo gastrocólico muito exa- receber hidratação intravenosa (Plano C). Resposta a.
cerbado, que evacua várias vezes ao dia, frequente-
mente durante a mamada. Se a criança está com boa 40. Cuidado com a pegadinha. Para se fazer o diagnós-
pega e ganhando bem peso o quadro é normal. Preci- tico de Otite Média Aguda é necessário que haja abau-
samos apenas orientar a mãe. Resposta c. lamento moderado a grave da membrana timpânica em
um contexto infeccioso. Já a Otite Media Serosa crônica
34. Vemos um paciente que perdeu 14% do peso do é um diagnóstico ambulatorial que deve ser feito fora de
nascimento, lembrando que o tolerado é por volta de um contexto de infecção, em que se encontra secreção
10%. Associado a isso vemos uma criança desidratada na orelha médica (e nem isso o paciente tem na ques-
por estar com a urina amarelada, pouca eliminação de tão). Portanto, o paciente tem um quadro de resfriado
fezes, irritada e com hipernatremia e hipercalemia e he- comum/rinofaringite, o próprio termo usado na alterna-
moconcentração. A hiperbilirrubinemia indireta também tiva (infecção respiratório superior viral) é parcialmente
é indicativo de dificuldade de ganho de peso (icterícia leigo mas muito difundido entre os residentes. Infecção
do aleitamento materna). Portanto, todo o enunciado é respiratório superior é toda infecção acima da laringite
sugestivo de um hipertermia por desidratação por baixa (desde faringite, amigdalite, otite, sinusite, rinite); portan-
ingesta. A esferocitose não justifica a dificuldade de ga- to, não deveria ser mais utilizado. Resposta b.
nho de peso, ainda mais que o paciente não está anê-
mica. Na icterícia fisiológica nunca devemos suspender 41. Quadro sugestivo de pneumonia complicada com
o aleitamento materno. Infecção do trato urinário é uma derrame pleural. Todo derrame de tórax puncionável
hipótese viável, deve ser descartada, porém não é a deverá ser puncionado (toracocentese). Como o prin-
principal conduta no momento. Resposta d. cipal agente de derrame pleural em número absoluto
é o Pneumococo, a penicilina cristalina está mais que
35. É nos menores de um ano que o quadro de diar- indicada. Resposta a.
reia aguda descompensa muito rápido. Na reavaliação
vemos uma criança com comprometimento hemodinâ- 42. Quadro sugestivo de sinovite transitória de quadril
mico, sendo classificada como desidratada grave e de- após infecção viral. Se não há sinais de alarme (artri-
verá receber expansão intravenosa. Resposta b. te, febre, alterações graves nos exames laboratoriais)
devemos apenas seguir tratamento conservador com
36. Criança com desidratação pode receber expansão reavaliações periódicas. Resposta a.
com qualquer cristalóide (SF ou Ringer Lactato) de
preferência aberta em até 20 minutos. Lembremos que 43. O que devemos sempre lembrar sobre ingestão
a desidratação leva a hipoperfusão periférica com aci- de corpo estranho. Sempre que estiver no esôfago,
dose metabólica. A acidose metabólica acarreta leva qualquer material, deverá ser retirado com a maior
a perda de potássio intracelular porque ocorre a troca urgência. Se estiver no estômago também deverá ser
de H+ no sangue pelo K+ intracelular, comumente le- retirado sempre e dar especial atenção a objetos pon-
vando a hipercalemia. Porém, o paciente em questão tiagudos e baterias. Resposta a.
apresenta hipocalemia, demonstrando uma acentuada
depleção do potássio corpóreo. A simples hidratação 44. Todo objeto no esôfago deverá ser prontamente retira-
levando a melhora da perfusão periférica e subsequen- do de forma emergêncial. Não tem discussão, SEMPRE
te melhora da acidose metabólica levaria a piora da hi- QUALQUER objeto deverá ser retirado. Resposta a.
pocalemia. Portanto, devemos corrigir o potássio junto
com a expansão. Resposta c. 45. Lembre-se que pneumonia de base de pulmão
pode levar a dor abdominal, não precisa necessaria-
37. O soro clássico da OMS proposto em 1975 era 90 mente ser um derrame pleural. Se há apenas taquip-
mEq/L de sódio; 80 mEq/L de cloro; 20 mEq/L de potás- neia sem desconforto respiratório o tratamento pode
sio e 111 mmol/L de glicose; chamado de soro 90. Po- ser ambulatorial com amoxicilina e reavaliação. Res-
rém, com a diminuição dos casos de cólera a OMS pro- posta d.
pôs o soro 75: 75 mEq/L de sódio; 65 mEq/L de cloro; 20
mEq/L de potássio e 75 mmol/L de glicose. Resposta d. 46. De acordo com a Portaria n° 522 de 13 de maio
de 2013 do Ministério da Saúde, tem direito ao Pali-
38. TEM de decorar! Parasitas com ciclo pulmonar, vizumab crianças com menos de 1 ano de idade que
dica mnemônica SANTAE: Strogiloides, Ascaris, Ne- nasceram prematuras com idade gestacional menor ou
cator, Toxocara, Ancilóstoma e Esquistossomose. Res- igual a 28 semanas ou crianças com até 2 anos de ida-
posta a. de com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca

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2 Pediatria 31

congênita com repercussão hemodinâmica demons- 53. Conforme já discutimos na outra questão, é uma
trada. A aplicação é mensal, com duração de 5 meses quadro clínico clássico de pneumonia afebril do lacten-
contínuos, nos meses de Outono/Inverno. Resposta b. te. Apesar de ser uma doença rara ela é muito lem-
brada em provas. Um detalhe dessa doença é que na
47. Frente a um caso de contato com tuberculose pri- ausculta pulmonar há presença de estertores e não há
meiro temos que saber se a paciente tem a doença sibilos. Esse é um diferencial importante com a bron-
tuberculose. Como ela tem contato com adulto com quiolite. Resposta d.
tuberculose (10 pontos) e tem PPD maior ou igual a
5mm (15 pontos), sendo assintomática com radio- 54. Lembre-se, na bronquiolite o tratamento recomen-
grafia normal e provavelmente sem desnutrição gra- dado atual é de apenas suporte. Não ofereça mais
antibiótico, antiviral, beta 2 agonista ou corticóide.
ve; ela totaliza 25 pontos o que não sugere infecção
Como paciente não teve febre, não parece ser uma
ativa. Agora temos que saber se necessitamos tratar
síndrome gripal e por isso o oseltamivir não está indi-
uma infecção latente, já que o paciente tem um PPD
cado. Resposta b.
maior ou igual a 5mm se faz necessário o tratamento.
Resposta a. 55. Podemos discutir se o sulfato de magnésio está in-
dicado nessa situação, já que não temos a reavaliação
48. História típica de pneumonia afebril do lactente, após as medidas iniciais. Porém, dentre as alternati-
causa pela chlamydia trachomatis ou ureaplasma ure- vas é a única opção viável. Terbutalina subcutânea não
aliticum. A história natural dessa doença é uma crian- é mais usada e pode ser pensada apenas em casos
ça que nasceu de parto vaginal ou cesáreo de bolsa gravíssimos como resgate, o ideal é em casos graves
rota em que a mãe teve alguma secreção vaginal, a fazer infusão de salbutamol intravenoso contínuo. Cor-
criança evolui com conjuntivite do tipo tracomática ticosteróide inalatório é para controle ambulatorial e
(em 50% dos casos), depois evolui com desconforto não de emergência. Aminofilina intravenosa há tempos
respiratório progressivo, associado com estertores e já não é mais recomentada. E sulfato de magnésio ina-
eosinofilia. O tratamento é realizado com macrolídeo latório não existe. Resposta a.
(azitromicina). Resposta b.
56. Caso de bronquiolite, então já corte as alternati-
49. A complicação mais comum da pneumonia é o vas que contém corticóide e beta-2-agonista. Sobrou
derrame pleural. Na descrição o que diferencia o der- jejum com soro de manutenção ou dieta por sonda.
rame da pneumonia são os sons pulmonares aboli- De acordo com o protocolo da sociedade amerianca
dos. Resposta e. de pediatria sobre bronquiolite para se manter a hi-
dratação do paciente pode ser necessário a passa-
50. Questão clássica da bronquiolite, mas cuidado com gem de uma sonda nasogástrica e se não tolerar ou
a pegadinha! Atualmente não existe evidência e não é se o quadro for mais grave realizar hidratação intrave-
nosa. Resposta d.
recomendado a realização de corticóide, agonista B2
ou antibiótico. É recomendado apenas suporte com
57. A fórmula para cálculo da cânula orotraqueal é a
hidratação e oxigenoterapia. Como a criança está em
idade/4 + 3,5 (se cânula com Cuff). No caso em ques-
regular estado geral, desconfortável e dessaturando é
tão uma cânula 6,5 está corretíssima. Visto que após
necessário internação. intubação paciente evoluiu com diminuição dos mumú-
rios à direita e piora da saturação; isso é indicativo de
51. Questão mal formulado, pouquíssimas informações pneumotórax do lado direito, sendo hipertensivo por-
no enunciada, vamos analisar cada alternativa. Pelos que o paciente evoluiu com uma parada cardiorrespi-
dados apresentados a inalação com soro fisiológico ratória. Nesse caso é indicado a punção torácica de
não seria uma intervenção que traria benefícios para alívio. Como é um ritmo não chocável, não é indicado a
o paciente nesse momento. Não há informações sobre desfibrilação. Resposta b.
como está exame respiratório do paciente, então na
sabemos se temos que chamar a fisioterapia. Não há 58. Critérios de gravidade são diferente de critérios
informações sobre do e não há taquipneia, por isso não diagnósticos, portanto, a alternativa está corretíssima.
podemos pedir analgesia e sedação. É difícil de pensar Resposta b.
em alguma falha de administração da prescrição que
levasse apenas a taquicardia e dessaturação, já que 59. Paciente com uma nefropatia em crise associada
a criança está internada por pneumonia. Aumentar a a piora importante da função renal. Até que se prove o
oferta de oxigênio poderia melhorar sim a saturação e contrário a causa para convulsão é alguma alteração
a taquicardia associada à dessaturação. Resposta b. hidroeletrolítica (que não está presente nos exames do
enunciado) ou uremia. Portanto, estamos a frente de
52. Lembre-se, pneumococo é SEMPRE a principal uma encefalopatia urêmica e está indicada a realiza-
causa de pneumonia adquirida na comunidade (PAC). ção de hemodiálise. Resposta c.
Resposta c.

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32 R1 Extensivo | Gabarito comentado

60. A síndrome nefrótica é uma doença renal crônica, 69. Lembramos que realizamos o isolamento viral até
infelizmente, frequente na pediatria terciária. Lembre- o 3° dia da febre e a partir do 5° dia a sorologia. Res-
mos que não há perda somente de albumina pela urina posta d.
desses pacientes, mas também se perde imunoglobu-
linas e fatores anticoagulante. Por isso o paciente com 70. Após um quadro de varicela temos uma situação
síndrome nefrótica tem maior predisposição a trombo- de imunossupressão relativa, em que o indivíduo fica
se. Resposta d. mais sugeito a infecções graves. No caso, a única alter-
nativa que faz sentido é a “C”; já que é imperativo ini-
61. Paciente imunossuprimida, portanto está contrain- ciar uma droga vasoativa após expansão com 60 mL/
dicada vacinação de vírus vivo, dentre as alternativa a kg sem resposta hemodinâmica. Resposta c.
única com vírus vivo é a sarampo, caxumba e rubéola.
Resposta b. 71. Infelizmente a sífilis congênita tem sido cada vez
mais diagnosticada em nosso meio. Por causa disso
62. A relação de proteinúria/creatinúria normal é menor o médico deve saber reconhecer e tratar essa enfer-
que 0,2 e se maior que 2,0 é considerado proteinúria midade e por isso tem sido constantemente cobrada
nefrótica. Logo, o quadro é sugestivo de síndrome ne- em provas. Vemos na questão uma mãe que apresen-
frótica, já que há proteinúria nefrótica, edema, hipoal- tou sífilis durante a gestação tratada adequadamente
buminemia e insuficiência renal aguda. O tratamento (completou o tratamento com penicilina benzatina,
de síndrome nefrótica é prednisona diária, já houve pelo menos 30 dias antes do parto, com queda de 2
tentativa de prednisona em dias alternados, mas a re- títulos no VDRL). Lembremos que todo recém nascido
comendação atual é a dose diária. Resposta e. filho de mãe com sífilis, tratada ou não adequadamen-
te, deve ter um teste realizado. Se no caso em questão
63. Famosa doença da “face esbofeteada” causada o VDRL for negativo e a criança estiver assintomática
pelo Parvovírus B19. O Coxsackie é o causador da podemos apenas seguir a criança ou aplicar dose úni-
síndrome mão-pé-boca, o herpes vítus 6 do exantema ca de penicilina benzatina. Resposta c.
súbito e o Parainfluenza da Laringite. Resposta c.
72. Questão de microbiologia. CA-MRSA é uma sigla
64. Novamente um caso de parvovírus. O vírus Eps- em inglês que quer dizer, Commuinity Acquired Methi-
tein-Barr é o causador da mononucleose (exantema, cillin Resistant Staphylococcus Aureus (Estafilococo
febre alta, hepatoesplomegalia, faringite, linfonodome- aureus resistente a meticilina adquirido na comunida-
galia cervical), o Coxsackie da síndrome mão pé boca, de). Lembre-se que meticilina é uma prima da oxaci-
o herpes 6 e 7 do exantema súbito e o sarampo causa lina, portanto esse estafilococo MRSA é resistente a
uma quadro grave de exantema furfuráceo associado a oxacilina sendo então indicado a terapia com vancomi-
febre alta e intenso acometimento nasal, que pode ser cina. O D-teste é um teste para avaliar se o estafilococo
precedido pelas manchas de Koplik. Resposta a. pode ter resistência a clindamicina se em uso concomi-
tante com um macrolídeo, o D-teste negativo descarta
65. Lembremos que uma das causas de artrite/artral- que esteja contraindicada a clindamicina. Resposta d.
gia em adolescentes é a Neisseria gonocóccica, que
como a Neisseria meningitidis (meningococo) é um di- 73. A criança perdeu mais que 10% do peso de nasci-
plococo Gram-negativo. Resposyta c. mento, nesse caso é sugestiva a icterícia do aleitamen-
to materno. Nela a ausência de fluxo intestinal devido
66. Em uma criança com febre temos que estar sem- a criança estar mamando menos faz com que a bilir-
pre atentos pela suspeita de síndrome de Kawasaki, rubina conjugada fique muito tempo em contato com
é frequente diagnóstico diferencial em criança febril. uma glicuronidase intestinal mais ativa, desconjugando
Os achados clássicos são a fabre, injeção conjuntival, mais a bilirrubina direta e acarretando maior absorção
acometimento orofaríngeo com língua em framboesa, de bilirrubina indireta. Resposta a.
linfonodomegalia cervical (geralmente única), exante-
ma e descamação de mãos. A maior complicação é o 74. Lembre-se da nova conduta da reanimação neo-
acometimento coronariano, por isso se faz necessária natal de recém nascidos de parto meconial. Hoje não
a realização de um ECOcardiograma. diferenciamos mais se a criança nasce com mecônio
ou não. Isso não importa mais. Se ela nasceu com me-
67. A vacinação da gestante com a tríplice acelular cônio e está respirando/chorando, com bom tônus e é
leva a formação de anticorpos que passam para o feto a termo não devemos levar ela para a mesa de reani-
o protegendo a coqueluche nos primeiros meses de mação neonatal. Resposta b.
vida, até sua vacinação aos 2 meses. Essa intervenção
foi um sucesso de saúde pública. Resposta d. 75. Vamos começar falando que teste da bolinha não
existe, logo descartamos as alternativas “A” e “D”. Ape-
68. Tem que decorar as doenças que necessitam de sar de ser leite a realização do teste da linguinha, no
precaução por aerosol que são Sarampo, Varicela e Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) não
Tuberculose. Resposta c. está incluso esse teste. Resposta b.

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2 Pediatria 33

76. Como a mãe é S. agalactiae positivo e realizou am- bro (pseudoparalisia de Parrot – que é a paralisia do
picilina ou penicilina pelo menos 4 horas antes do par- membro por dor devido a acometimento articular/ós-
to, podemos considerar que o tratamento é adequado seo). Resposta a.
e devemos apenas observar essa criança. Resposta d.
83. Cuidado com a pegadinha. Realmente nitrito po-
77. Lembremos que o clampeamento tardio do cordão sitivo é um achado de baixa sensibilidade, mas alta
umbilical (> 1 minuto) levou a redução de 60% da chan- especificidade. Porém, pensando de modo combinado,
ce de hemorragia intraventricular e bebês prematuros. se agrupando estearase leucocitária positiva e nitrito
Como nesse procedimento levamos mais sangue ao positivo se há maior sensibilidade. Mas, a questão real-
bebê há maior chance de policitemia e icterícia neona- mente está mal escrita e duvidosa. Resposta d.
tal. O clampeamento tardio também leva a menos ca-
sos de sepse neonatal (redução de 30%) e enterocolite 84. Paciente com quadro de anafilaxia devido a aco-
necrosante (redução de 60%). Resposta b. metimento de pele (angioedema + urticária, que são
as manchas eritematosas, palpáveis e de contorno ge-
78. Pensando em Sífilis Congênita, se há queda de 2 ográficos) junto com o acometimento de um outro ór-
títulos ou negativação do VDRL, podemos considerar gão (nesse caso o respiratório) quando não se tem um
a gestante adequadamente tratada e apenas deve- agente suspeito. O primeiro tratamento da anafilaxia é
mos observar o bebê quando nascer se for possível o sempre adrenalina intramuscular, na dose de 0,01 mg/
acompanhamento. A toxoplasmose e a rubéola levam a kg no vasto lateral da coxa. Resposta d.
risco para o feto quando há infecção aguda, a gestan-
te era IgG positiva antes da gestação. Para hepatite B 85. Paciente com uma provável hipertensão intracrania-
a gestante se encontra vacinada. E o citomegalovírus na, ainda não está em iminência de herniação cerebral já
por ser um herpes vírus pode reativar e ser transmitido que não há a bradicardia da tríade de Cushing (hiperten-
para o bebê. Resposta d. são arterial, bradicardia e alteração do ritmo ventilatório).
Como o Glasgow é menor que 8 é necessária intubação
79. Hipoglicemia neonatal é um tema muito nebuloso orotraqueal, sempre se usa cânula com cuff; e medidas
com várias informações contraditórias na literatura. O para diminuir a hipertensão intracraniana que é a hiper-
baixo peso ao nascer é um fator de risco para hipo- tentivalação (que lava o gás carbônico e diminui o edema
glicemia, por isso deve ser pesquisada ativamente. A cerebral), cabeceira a 30° e salina hipertônica a 3% (que
correção intravenosa da glicemia deve ser realizada é a primeira linha ao invés do manitol). Resposta a.
apenas se recém-nascido sintomático ou com dextro
menor que 40. Porém, falar que a glicemia está nor- 86. Estamos frente a um caso de colestase neonatal
mal é um pouco contraditório, já que a maioria das (BD > 1,0). Como a elevação é de bilirrubina direta
referências falam que hipoglicemia é menor que 40, (BD) está descartada incompatibilidade sanguínea. As
porém algumas consideram valores menores até 60. demais opções (sepse, colecistite e galactosemia) po-
Resposta d. dem levar a aumento de BD, mas não em uma criança
hígida que está em Bom Estado Geral. Portanto, resta
80. Como paciente se apresentou ictérico nas primei- a causa mais comum de colestase neonatal que é atre-
ras horas de vida, devemos considerar que há uma sia de vias biliares. Resposta b.
icterícia patológica. A criança apresenta incompatibili-
dade ABO com a mãe (mãe O e filho A) com eluato 87. Questão que deveria ter sido anulada. Depois de
positivo (que quer dizer que há anticorpos maternos duas tentativas de acesso periférico na emergência de-
ligados à hemácias do filho). Como há ainda elevação vemos tentar um acesso intraósseo. O acesso central é
de bilirrubina e estamos no segundo dia de vida, deve- demorado para um contexto de emergência. Resposta c.
mos manter a fototerapia. Resposta b.
88. Resposta duvidosa. No contexto de uma crise hi-
81. O teste do coraçãozinho deve ser realizado em todo pertensiva numa síndrome nefrítica (hematúria + oligú-
recém nascido entre 24-48h de vida. Nele se mede a ria + hipertensão arterial) o manejo da crise hipertensi-
saturação do membro superior direito (pré-ductal) e va deve levar em primeira escolha os bloqueadores de
em um dos membros inferiores, caso a saturação seja canal de cálcio e a furosemida, sendo essa última mais
menor que 95% ou haja uma diferença maior que 3% indicada no contexto de um edema pulmonar devido a
entre as medidas o teste é considerado positivo e de- hipervolemia. Resposta c.
verá ser repetido em uma hora. Se continuar alterado
deverá ser realizado um ECOcardiograma. Resposta a. 89. No contexto da parada cardiorrespiratória em um
ritmo chocável (taquicardia ventricular sem pulso) após
82. Se há hepatoesplenomegalia a principal suspeita a adrenalina é recomendado a infusão de amiodarona
é sempre uma infecção congênita. No enunciado há ou lidocaína. Porém, o enunciado conta uma conduta
vários sinais EXTREMAMENTE sugestivos de sífilis errada da reanimação pediátrica. Só podemos infun-
congênita, que são: coriza sanguinolenta, descama- dir a adrenalina após o segundo choque. No caso em
ção palmoplantar e dor à movimentação de um mem- questão foi após o primeiro. Resposta d.

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34 R1 Extensivo | Gabarito comentado

90. Lembre-se que a púrpura de Henoch-Schonlein é 98. A Síndrome da Secreção Inapropriada de ADH
descrita com púrpuras que se distribuem conforme a (SIADH) é sempre a complicação mais comum de
gravidade, acomentendo mais os membros inferiores e várias doenças infecciosas e traumáticas, ainda mais
nádegas. As demais não tem essa distribuição. Um dos frequente quando se trata de um acometimento do Sis-
critérios diagnóstico mais usados é a presença des- tema Nervoso Central. Resposta e.
sa púrpura mais um dos: dor abdominal, envolvimento
renal, artralgia/artrite ou biópsia mostrando deposição 99. De acordo com o último protocolo do Ministério da
de IgA. Resposta c. Saúde sobre influenza, a quimioprofilaxia está indicada
nessas seguintes situações: “Pessoas com risco ele-
91. Devemos minimizar interrupções na reanimação vado de complicações não vacinadas ou vacinadas há
cardiopulmonar para no máximo 10 segundos. Lem- menos de duas semanas, após exposição a caso sus-
bremos que a frequencia de ventilação de de 15:2 ou peito ou confirmado de influenza. Crianças com menos
30:2, não há limite inferior para uso da via intraóssea, a de 9 anos de idade, primovacinadas, necessitam de
defibrilação manual é com um carga inicial de 2 J/kg e segunda dose da vacina com intervalo de um mês para
não há recomendação de tempo de limite máximo para serem consideradas vacinadas.” Considerando que
reanimação. Resposta c. Gustavo é um caso suspeito de Influenza, tanto que
iniciou com um antiviral (Oseltamivir) os 3 contactantes
92. Para ficar perfeita a alternativa eu apenas acres- deveriam receber quimioprofilaxia, portanto a questão
centaria que as compressões devem ser com uma deveria ter sido anulada. Resposta d.
frequência de 100-120 compressões por minuto. As
demais alternativas estão grosseiramente erradas e 100. De acordo com o Ministério da Saúde em crianças
cuidado com a pegadinha da alternativa “B”, em que com menos de 2 anos de idade considerar o diagnós-
as compressões devem ser na metade INFERIOR do tico de Síndrome Gripal, na ausência de outro diag-
esterno. Resposta d. nóstico específico, febre de início súbito, mesmo que
referida, e sintomas respiratórios: tosse, coriza e obs-
93. Na anemia falciforme devemos combater a dor ós- trução nasal. E é considerado fator de risco para início
de Oseltamivir a criança ser menor que 5 anos, além
sea de forma intensa e rápida, de preferência devemos
disso o paciente em questão tem outro fator de risco
usar morfina intravenosa associada a um analgésico
que é a doença pulmoar. Resposta d.
e evitar uso inicial de anti-inflamatório não hormonal.
A codeína e o tramadol podem ser usados de forma
101. Em uma situação de emergência após a tentativa de
ambulatorial ou no desmame da morfina. E não é mais
acesso venoso periférico o acesso de escolha é o intra-
recomendado hiperhidratação, apenas manter a hidra-
ósseo. E na crise epiléptica, após 3 doses de benzodiaze-
tação de manutenção. Resposta e.
pínico a droga de escolha é a fenitoína. Resposta c.
94. Lendo apenas as alternativas é possível responder
102. Criança que realizou quimioterapia com neutro-
a questão. Se houver alterações autonômicas (pressão penia grave (menor que 500) em vigência de febre é
arterial, sudorese e rubor) devemos pensar em uma diagnóstico de neutropenia febril e a droga de escolha
disrreflexia autonômica. A ausência de reflexo bulbo- é o cefepime, que cobre bem Gram-positivo, Gram-
cavernoso não indica lesão medular completa, já que -negativos e pseudomonas. Não usamos vancomicina
esse reflexo avalia o arco reflexo distal. Resposta d. isolada em uma neutropenia febril e sua utilização está
restrita em associação com cefepime para quadros
95. Marília e Eduarda tem desconforto respiratório por graves, acometimento de pele, acometimento de cate-
provável pulmonar devido a hipervolemia, portanto, não ter ou pneumonia. Resposta a.
devem ir para casa. João tem escotomas e edema, que
devem ser sinais de urgência/emergência hipertensiva. 103. Alternativas um pouco duvidosas. Se considerar-
Já Lucas apresenta apenas, hipertensão arterial e leve mos que o regular estado geral e palidez é sinal de
edema e pode ser acompanhado ambulatorialmente. gravidade o correto seria internação, coleta de hemo-
Resposta b. grama, urina 1, culturas, líquor e raio X de tórax. Se
considerarmos que é apenas uma febre sem sinais
96. As indicações para tratamento com antimicrobia- localizatórios em paciente maior que 3 meses com
no para crianças previamente hígidas com disenteria temperatura maior que 39 °C a conduta é coleta de
são apenas em quadros graves com instabilidade he- exames e a depender do resultado internar. Como não
modinâmica e quando há positividade para Shiguella. há nenhuma das duas alternativas, de modo geral, a
Portanto, no caso em questão não está indicada antibi- alternativa “D” está mais correta. Resposta d.
óticoterapia. Resposta d.
104. Na meningite viral, se coletado líquor nas pri-
97. Lesões de mucosa associada a área de descama- meiras horas pode-se ter um discreto predomínio de
ção maior que 30% são sugestivas de necrólise epidér- neutrófilos, que serão as primeiras células a chegar no
mica tóxica (NET), lembre-se que no Steven Johnson SNC para combater o vírus. Se fosse colhido mais tar-
a área de descamação é menor que 10%. Resposta d. de teria predomínio de linfomononuclear. Resposta c.

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2 Pediatria 35

105. Ótima questão. De acordo com o Ministério da Saúde “Crianças com menos de 9 anos de idade, primovaci-
nadas, necessitam de segunda dose da vacina com intervalo de um mês para serem consideradas vacinadas” e
só então não seria necessária a quimioprofilaxia. Resposta b.

106. Sopro em borda esternal esquerda baixa sem irradiação em criança hígida com bom crescimento e desen-
volvimento é característico de sopro inocente e necessita apenas de acompanhamento. Resposta d.

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