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Você encontrará nos próximos capítulos, questões comentadas e atualizadas dos concur-
sos de Residência Médica em 2019!
Sugerimos que você utilize esta área de treinamento fazendo sua autoavaliação a cada
10 (dez) questões. Dessa forma, você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de
cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho.
Estude! E deixe para responder as questões após domínio dos temas. Fazê-las imediatamente
pode causar falsa impressão.
Atenciosamente,
Equipe SJT-MED
Sumário
1 Questões para treinamento – Pediatria............................................................................................5
2 Gabarito comentado....................................................................................................................................27
1
QUESTÕES PARA TREINAMENTO
Pediatria
d) realizar hemograma, EAS, urocultura, hemo- aplicada foi há 1 ano quando o menino com-
cultura e radiografia de tórax. Após normaliza- pletou aos 5 anos. Qual conduta é adequada
ção da tempera- tura, prescrever soro oral e para este paciente, em relação a profilaxia do
manter em observação até os resultados dos tétano?
exames a) não será realizada nenhuma medida de soro
ou vacina, pois paciente tem esquema de va-
UFG – 2019 cinação para tétano completa com 3 doses e 2
17. Livre desde 1990 da poliomielite, o Brasil corre reforços, sendo o último há 1 ano
o risco de voltar a sofrer com a doença, conhe- b) realizar soro antitetânico visto que ferimento
cida também como paralisia infantil. O Ministé- pode ser contaminado pelo prego enferrujado
rio da Saúde apontou 312 municípios de dife- e terra
rentes estados em que a cobertura vacinal está c) realizar imunoglobulina antitetânica pois pa-
abaixo dos 50% entre crianças menores de um ciente já tem 6 anos e o ferimento é altamente
ano de idade. Assim, no Brasil, com relação à contaminado
vacinação da criança e do adolescente: d) realizar reforço para tétano além do soro anti-
a) a vacina oral de poliomielite (VOP) é utilizada tetânico, pois o ferimento é altamente contami-
há muito tempo e pode ser empregada desde nado
o nascimento de maneira segura e eficaz
b) a VOP, constituída de vírus atenuado, pode ser UERJ – 2019
empregada em indivíduos com imunodeficiên- 20. Criança de 13 meses está com o calendário
cias con- gênitas ou adquiridas, sem riscos de vacinal atrasado e é levada pela avó ao posto
poliomielite vacinal de saúde para atualização das vacinas. A res-
c) a vacina VIP (pólio inativada) é injetável e mais ponsável relata quadro de resfriado há dois
segura por ter em sua composição apenas os dias, nega febre ou tosse e que a última visita
poliovírus tipos 1 e 2 ao posto de vacinação foi há dez dias, quando
d) a VOP, a partir de 2016, é uma vacina bivalen- ainda morava em outra cidade e foi vacinada
te, composta de dois poliovírus: tipos 1 e 3, em campanha contra febre amarela. Ao che-
pois o tipo 2 é associado a casos de poliomie- car o cartão da criança, nota-se que as vaci-
lite vacinal nas estão em dia até os 6 meses. Ao exame,
a criança está em bom estado geral, eupneica
UNIFESP – 2019 e com leve coriza. Nesse momento, a vacina
18. Menina de 4 anos de idade, infectada pelo CONTRAINDICADA é a:
HIV por via vertical, tomou apenas as vacinas a) influenza
previstas pelo calendário do programa nacio- b) tríplice viral
nal de imunizações até os 11 meses de idade. c) pneumocócica
Quais vacinas podem ser aplicadas de imedia- d) meningocócita
to, antes da avaliação imunológica?
a) DTP (tríplice bacteriana), pólio oral, sarampo UFRN – 2019
b) sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral) 21. Em uma maternidade do nosso município,
c) DTP (tríplice bacteriana), Hib, pólio inativada nasceu uma criança cuja mãe apresentou Hb-
d) Meningococo C conjugada, varicela, pneumo- sAg positivo. Diante desse fato, a pediatra,
cócica seguindo as orientações do Programa Na-
e) Pneumocócica, pólio oral, hepatite A cional de Imunização (PNI), deve prescrever:
a) vacina BCG, vacina Hepatite B e imunoglo-
FAMERP – 2019 bulina específica para hepatite B (HBIG
19. Mãe de criança com 6 anos de idade, mas- b) vacina BCG e vacina Hepatite B
culino, procura atendimento na UPA devido c) vacina hepatite B e imunoglobulina específica
ferimento corto-contuso em perna por prego para hepatite B (HBIG)
enferrujado da cerca do quintal de terra. O fe- d) vacina BCG e imunoglobulina específica para
rimento é profundo e houve sangramento com hepatite B (HBIG)
necessidade de sutura. DJF faz acompanha-
mento regular na Unidade Básica de Saúde UFRN – 2019
da Família (UBSF) e não há vacinas em atra- 22. Ainda nos dias atuais, a icterícia infecciosa
so, conforme comprovado pelos registros na ou epidêmica continua afligindo grande parte
Carteira de Vacinação apresentada no atendi- da população infantil. As hepatites virais em
mento na UPA. Observou-se que a última dose crianças continuam desafiadoras quanto ao
ao nascimento de 3.400 g e 50 cm. Está com diminuição da diurese há um dia. Não fez uso
48 horas de vida, em casa, sob aleitamento de nenhuma medicação nem de soro via oral.
materno exclusivo em livre demanda. Há 3 ho- Estava na emergência com quadro de desidra-
ras vem apresentando choro que não melhora tação, porém sem sinais de choque, com os
com a oferta do peito e apresentou 3 fraldas seguintes exames laboratoriais iniciais: Na+
com urina amarelada e eliminou mecônio 1x 135 mEq/L; K+ 2,8 mEq/L; Cl- 100 mEq/dL; pH
nas últimas 24 horas. Sua mãe colocou o ter- 7,1; HCO-3 8 mmol/L; e Ht 27%. Considerando
mômetro axilar, que marcou 38 °C, então levou essa situação hipotética, assinale a alternativa
João ao consultório. Ao exame: beg, corado, que apresenta a conduta mais apropriada:
acianótico ictérico +/4 zona 3, peso atual: a) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg, aberta, e
2.910 g. Exames laboratoriais: Na+ 150 mEq/L; correção de bicarbonato de sódio
K+ 5,0 mEq/L; bilirrubina total 8 mg/dL; bilirru- b) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
bina direta 0,7 mg/dL; Ht 64%; GB 18.300/mm3 sio e de bicarbonato de sódio em 4h
(bastonetes 3%; segmentados 54%; linfócitos c) expansão com SF 0,9% e correção de potás-
43%). O diagnóstico e a conduta mais apro- sio em 4h
priada são: d) expansão com Ringer Lactato 20 mL/kg em
a) infecção do trato urinário; colher hemograma e vinte minutos e correção de bicarbonato
urocultura e iniciar antibioticoterapia endove- e) expansão com SF 0,9% 20 mL/kg em 1 h,
nosa transfusão sanguínea e correção de potássio
b) icterícia fisiológica; suspender amamentação em 2h
ao seio por 24 horas e introduzir fórmula
c) esferocitose; complementar com formula e so- UFG – 2019
licitar resistência osmótica 37. Crianças com doença diarreica aguda são
d) hipertermia por desidratação por baixa inges- mais susceptíveis à desidratação do que os
ta; aumentar a oferta hídrica e orientar técnica adultos. A desidratação deve ser avaliada e
de amamentação corrigida rapidamente. Para a grande maioria
das crianças nessa situação, é indicado o soro
USP-SP – 2019 de reidratação oral. Pela Organização Mundial
35. Menino, 11 meses de idade, dá entrada no da Saúde, a osmolaridade do soro deve ser:
pronto-socorro, com quadro de febre de 39 °C, a) 75 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 20 mE-
vômitos e diarreia aquosa, há 2 dias. No exame q/L de potássio e 75 mmol/L de glicose, com
clínico, criança classificada como desidratada osmolaridade de 245 Osm/L
de algum grau, sendo indicado realizar tera- b) 20 mEq/L de sódio; 50 mEq/L de cloro; 50 mE-
pia de reidratação oral (TRO). Após 1 hora a q/L de potássio; 134 mMol/L de glicose, com
criança se encontra em regular estado geral, osmolaridade de 175 Osm/L
mantendo diversas perdas. Ao exame clínico, c) 125 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20
criança pálida, taquicárdica, sonolenta, com mEq/L de potássio e 125 mmol/L de glicose,
perfusão lentificada, tempo de enchimento ca- com osmolaridade de 350 Osm/L
pilar de 4 segundos. A conduta indicada neste d) 90 mEq/L de sódio; 64 mEq/L de cloro; 20 mE-
momento é: q/L de potássio e 111 mmol/L de glicose, com
a) manter apenas a TRO e realizar reavaliação osmolaridade de 311 Osm/L
após mais 1 hora
b) indicar expansão endovenosa com 20 ml/kg UFRN – 2019
de soro fisiológico 38. As parasitoses intestinais são muito frequen-
c) manter a TRO associada a soro de reposição tes na infância e são consideradas problemas
endovenoso de saúde pública, principalmente nas áreas
d) iniciar antibioticoterapia devido a não resposta periféricas das cidades dos países em desen-
a hidratação instituída volvimento, onde ocorrem com grande frequ-
ência. Alguns parasitas geram uma resposta
Santa Casa-SP – 2019 inflamatória migratória no pulmão, em razão
36. Uma paciente de um ano de idade foi levada de seu ciclo cardiopulmonar. São parasitas
ao hospital, previamente hígida, apresentan- capazes de gerar a síndrome de Loeffler:
do quadro de diarreia em grande quantidade, a) Ascaris lumbricoides e Strongyloides stercoralis
líquida, várias vezes ao dia, nos últimos três b) Taenia solium e Trichocephalus trichiurus
dias. A mãe relatou também alguns episódios c) Necator americanus e Enterobius vermiculares
de vômitos, com baixa aceitação alimentar e d) Giardia lamblia e Entamoeba histolytica
a) endoscopia digestiva alta, para retirada do b) é prematura com idade gestacional de nasci-
prego, uma vez que este sendo pontiguado mento menor do que 32 semanas e que ne-
pode levar a perfuração cessitou de oxigênio por mais de 28 dias após
b) reavaliação em 12-24 horas para ver se o pre- o nascimento
go progride no trato gastrintestinal ou se conti- c) tem cardiopatia congênita, cianótica ou acia-
nua pré-pilórico nótica, independente da função hemodinâmi-
c) seguimento clínico e radiológico até a elimi- ca e de idade gestacional ao nascimento
nação nas fezes, uma vez que não pode ser d) tem sibilância recorrente, que necessita de te-
retirado por via endoscópica rapêutica com beta-agonista ao menos cinco
d) indução de vômito com xarope de ipeca, que vezes no mês
apresenta menos riscos que a endoscopia
e) seguimento clínico e radiológico até a elimina- UNICAMP – 2019
ção nas fezes, uma vez que o prego não repre- 47. Menino, 4a, comparece à Unidade Básica de
senta risco ao paciente Saúde para investigação de tuberculose. Ante-
cedentes Familiares: pais em tratamento para
UNICAMP – 2019 tuberculose há 30 dias. Imunização adequada
44. Menina, 5a, é trazida ao Serviço de Emergên- para a idade. Assintomática. Radiograma de
cia com história de ingestão de um pedaço de tórax: sem alteração. Teste tuberculínico = 5
brinquedo há 3 horas. Mãe nega vômitos ou mm. A conduta é:
salivação excessiva. Radiograma de tórax e a) iniciar tratamento de infecção latente pelo
abdome: presença de imagem de duplo halo Mycobacterium tuberculosis
em terço proximal de esôfago. A conduta é: b) repetir teste tuberculínico dentro de 8 a 12 se-
a) endoscopia digestiva alta manas
b) acompanhamento radiológico a cada 72 horas c) tratamento para tuberculose ativa
c) uso de droga procinética via parenteral d) observação clínica com seguimento ambulatorial
d) expectante até 120 horas pós ingestão
UNICAMP – 2019
UFRN –2 019 48. Menina, 60 dias, é trazida ao pronto-socorro
45. Pré-escolar de 3 anos foi levado por sua mãe com queixa de tosse em crise e falta de ar há
ao serviço de urgência com relato de tosse três dias. Mãe refere conjuntivite prévia. Nega
produtiva e febre há 3 dias, evoluindo nas úl- febre. Antecedentes pessoais: parto normal,
timas 24 horas com discreta dor abdominal. À peso = 3.000 g e comprimento = 50 cm. Exa-
ausculta pulmonar, apresentava-se com ester- me físico: FR = 70 irpm, FC = 160 bpm, afe-
tores creptantes em base do hemitórax direito, bril, acianótica, anictérica, retração intercos-
frequência respiratória de 45 irpm, SatO2 96% tal presente; Pulmões: estertores crepitantes
e sem tiragens. Diante desse quadro, a condu- em bases pulmonares. Radiograma de tórax:
ta mais adequada no momento é: hiperinsuflação bilateral e aumento de trama
a) internar e prescrever ceftriaxona vasobrônquica. Hb = 12,5 g/dL, Leucócitos =
b) internar e prescrever penicilina g cristalina 10.000 mm3 (bastões 3%, segmentados 36%,
c) prescrever azitromicina e reavaliar ambulato- eosinófilos 10%, linfócitos 48%, monócitos
rialmente com 48 horas 3%). O tratamento é:
d) prescrever amoxicilina e reavaliar ambulato- a) anticorpo monoclonal para vírus sincicial res-
rialmente com 48 horas piratório
b) azitromicina
UERJ – 2019 c) oxacilina e amicacina
46. O uso do anticorpo monoclonal palivizumabe d) ganciclovir
na época de sazonalidade do vírus sincicial
respiratório (VSR) comprovadamente reduz em UNIFESP – 2019
até 50% a frequência e o tempo de hospitaliza- 49. Você é chamado para atender uma criança
ção por infecções por tal vírus, em especial em de 2 anos internada por doença respiratória.
crianças de alto risco. É considerada criança de A enfermeira relata que a criança está mais
alto risco aquela que no primeiro ano de vida: dispneica e gemente. Os controles dos si-
a) é prematura de muito baixo peso, independen- nais vitais mostram taquicardia persistente e
te de idade gestacional ao nascimento e que taquipneia progressiva, sem febre associada.
necessitou de oxigênio por mais de 28 dias Ao exame físico: tiragem diafragmática e inter-
após o nascimento costal, retração de fúrcula e uso de muscula-
estertores grossos, roncos e sibilos difusos. a) jejum e hidratação endovenosa com soro de
Presença de tiragem subcostal e intercostal. manutenção no volume basal, sódio de 3 mEq/
Saturação de oxigênio em ar ambiente: 89%. kg/dia e potássio de 2,5 mEq/kg/dia
Ausculta cardíaca normal. Fígado palpável a 3 b) inalações com beta‐2 agonista e ipratrópio
cm do rebordo costal direito e baço palpável c) corticosteroide endovenoso
no rebordo costal esquerdo. Sem outras alte- d) dieta por sonda nasogástrica
rações ou queixas. Pesquisa de VSR positiva. e) corticosteroide por via inalatória
A melhor conduta neste momento, dentre as
opções abaixo, é: Santa Casa-SP – 2019
a) inalação com soro fisiológico e prednisolona 57. Um menino de doze anos de idade, asmáti-
via oral co, com crises não controladas, apresentou
b) fornecer oxigênio e inalação com soro fisioló- quadro de tosse e cansaço há um dia, sem
gico febre. Iniciou, nesse dia, em casa, salbutamol
c) inalação com salbutamol e prednisolona via oral e prednisona, mas manteve quadro de tosse
d) fornecer oxigênio e furosemida EV importante e piora da dispneia. Depois de uma
e) fornecer oxigênio, inalação com soro fisiológi- hora desse quadro, sua mãe chamou o SAMU.
co e oseltamivir via oral Durante o transporte, apresentou parada res-
piratória, iniciando ventilação bolsa-valva-
Santa Casa-SP – 2019 -máscara com oxigênio a 100%. À entrada na
55. Uma menina de cinco anos de idade, asmática, emergência, foi realizada intubação orotraque-
foi levada ao setor de emergência com tosse e al com cânula 6,5, com Cuff, sem intercorrên-
falta de ar há doze horas. Fez uso de salbuta- cias. Foi colocado em ventilação pulmonar
mol por aerossol dosimetrado, em casa, sem mecânica, modo assistido/controlado (PINSP
melhora. Ao exame físico, estava taquidisp- 30 cmH2O, PEEP 5 cmH2O, FR de 16 rpm e
neica, acianótica, hidratada, com frequência FiO2 de 100%), apresentando saturação de O2
respiratória de 48 ipm, saturação de oxigênio de 85%, ausculta com diminuição de murmú-
de 88% em ar ambiente, tiragem subcostal e rio vesicular à direita e sibilos difusos à es-
intercostal, além de retração de fúrcula. A aus- querda. Evoluiu, após dez minutos, com para-
culta respiratória revelou tempo expiratório da cardíaca em atividade elétrica, sem pulso.
prolongado e sibilos disseminados. Recebeu Nesse caso hipotético, além das manobras de
corticosteroide sistêmico e três inalações ressuscitação e epinefrina, deve-se conside-
com beta-2-agonista e ipratrópio. Nesse caso rar, na tentativa de reversão do quadro:
hipotético, a melhor conduta é: a) desfibrilação com 2 J/kg
a) sulfato de magnésio endovenoso b) punção de provável pneumotórax
b) terbutalina subcutânea c) administração de bicarbonato de sódio se a
c) corticosteroide inalatório reanimação for prolongada
d) aminofilina endovenosa d) troca da cânula orotraqueal por uma de maior
e) sulfato de magnésio inalatório tamanho, sem Cuff
e) aumentar PEEP para 8 cmH2O e FR para 20 rpm
Santa Casa-SP – 2019
56. Uma lactente com dois meses de vida, sem UFG – 2019
antecedentes mórbidos, apresenta coriza e 58. A bronquiolite viral aguda (BVA) é a infecção
tosse há cinco dias, “chiado” há dois dias, do trato respiratório inferior mais comum em
com piora progressiva, e um pico febril de 37,9 crianças pequenas. Ocorre mais frequente-
°C no terceiro dia do quadro. Chegou ao setor mente nos primeiros dois anos de vida, com
de emergência pediátrica hidratada, taquidisp- maior incidência em menores de seis meses.
neica, acianótica, com tempo de enchimento São considerados critérios clínicos de gravi-
capilar de dois segundos, frequência respi- dade identificados na evolução da BVA:
ratória de 64 ipm e saturação de oxigênio de a) idade menor de seis meses, cor branca, sexo
90% em ar ambiente. Apresenta, também, tira- masculino, hiperinsuflação torácica difusa e
gem discreta subcostal e intercostal, além de história familiar de atopias
sibilância bilateral e tempo expiratório prolon- b) intolerância ou inapetência alimentar, letargia,
gado. A mãe refere dificuldade da criança em história pregressa de apneia, gemência e cia-
se alimentar devido à dispneia. Além de inter- nose
nação e oxigenoterapia, a melhor alternativa c) identificação do vírus sincicial respiratório
nesse caso hipotético seria: (VSR), crepitações e sibilância
d) tosse produtiva, taquipneia e leucocitose com d) síndome nefrótica e trombose de seio venoso
linfocitose nos exames laboratoriais cerebral
Ao exame físco, não foram observadas alte- c) intubação com sequência rápida, utilizando
rações. Para investigação, foi feita coleta de tubo endotraqueal sem cuff, elevação da ca-
urina, via saco coletor, que revelou alteração beceira e solução cristaloide
sugestiva de infecção. Por isso, foi iniciado d) máscara de oxigênio, elevação da cabeceira e
tratamento empírico. Nesse caso, as altera- encaminhar para tomografia de crânio urgente
ções que apresentam maior sensibilidade na
sugestão de infecção do trato urinário são: UNIFESP – 2019
a) bactérias em número aumentado e estearase 86. Menina de 34 dias de vida é trazida ao pronto
leucocitária positiva atendimento devido a persistência de icterícia.
b) hematúria microscópica e leucócitos em nú- Nascida a termo com peso de 3.500 g, pré-na-
mero aumentado tal sem intercorrências, apresentou icterícia 3
c) bactérias em número aumentado e nitrito ne- dias depois do nascimento, sem necessidade
gativo de fototerapia. Tipagem sanguínea da mãe O
d) estearase leucocitária positiva e nitrito positivo positivo e da criança A positivo. Há 10 dias
mãe notou piora da icterícia. No exame físico
UERJ – 2019 a criança está em bom estado geral, ictérica
84. Criança de 3 anos é trazida pela mãe com qua- +++/+4, abdome globoso, fígado a 4 cm do re-
dro de febre e dor de garganta há dois dias. bordo costal direito, baço não palpável. A bilir-
Hoje, apareceram manchas pelo corpo de rubina direta é de 9 mg/dL. Qual a causa mais
início há 30 minutos. Ao exame, a criança se provável da hiperbilirrubinemia?
apresenta em regular estado geral, com ede- a) sepse
ma bipalpebral, afebril, FR = 50 ipm, FC = 150 b) atresia de via biliar
bpm, PA = 90 × 60 mmHg, e dificuldade para c) colecistite aguda
respirar. A ausculta respiratória revela sibilân- d) galactosemia clássica
cia difusa, enquanto o exame da pele revela e) incompatibilidade sanguínea
lesões eritematosas, palpáveis e de contornos
UNIFESP – 2019
geográficos. Nesse caso, a primeira medida
87. Menino de 11 anos de idade, vítima de atrope-
terapêutica a ser instituída deve consistir em:
lamento, é trazido à emergência inconsciente,
a) realização de nebulização com beta-2-adre-
bradipneico e com quadro de choque hipoten-
nérgico
sivo. Após duas tentativas de acesso venoso
b) administração de soro fisiológico intravenoso
periférico sem sucesso, o que você solicitaria?
c) aplicação de anti-histamínico intramuscular
a) dispositivo de agulha intraóssea manual para
d) aplicação de adrenalina intramuscular
inserir na tíbia proximal
b) dispositivo de cateter de duplo lúmen para in-
FAMERP – 2019
serir na veia jugular interna
85. Criança de 3 anos chega a sala de emergência
c) cateter intravenoso calibroso para inserir na
pediátrica após acidente de moto com queda
veia femoral
no no asfalto há 6 horas. Ao exame físico en-
d) cateter intravenoso calibroso para inserir na
contra-se com cianose de extremidades, pali- veia subclávia
dez cutânea, frequência respiratória irregular e) dispositivo de agulha intraóssea manual para
com 15 irpm, tórax com boa expansibilidade inserir na tíbia distal
sem retrações intercostais ou hematomas, Pul-
mão: Murmúrio vesicular presente, simétrico, UNIFESP – 2019
sem ruídos adventícios. Coração: 2 BRNF, sem 88. Adolescente de 14 anos de idade é atendido
sopros, FC: 93 bpm, PA: 125 × 50 mmHg, pulsos no pronto-socorro com história de urina “cor
cheios, perfusão 2 seg. Abdome: discreto au- de coca cola” e redução do volume urinário
mento da tensão, RH+, fígado e baço não palpá- há 2 dias. Ao exame físico apresenta edema
veis. Neurológico apresenta-se com escala de palpebral e de membros inferiores, ausculta
coma de Glasgow 5. Qual a melhor conduta? cardíaca sem alteração e PA = 139 × 89 mmHg.
a) intubação com sequência rápida, utilizando Qual a conduta farmacológica inicial mais in-
tubo endotraqueal com cuff, elevação da cabe- dicada para este quadro?
ceira 30°, hiperventilação por poucos minutos a) betabloqueador
e salina hipertônica 3% b) inibidor da enzima de conversão
b) intubação com sequência rápida, utilizando tubo c) furosemida
endotraqueal sem cuff, tentar hiperventilação d) corticosteroide
por alguns minutos e soro fisiológico 10 ml/kg e) bloqueador de canal de cálcio
USP-SP – 2019
89. Você é chamado(a) para a sala de emergência pediátrica e, ao entrar, encontra seu colega plantonista
realizando a ressuscitação cardiopulmonar de uma criança de 8 anos de idade. Vocês realizam os
ciclos de compressão/ventilação na razão de 15:2. O enfermeiro coloca o monitor cardíaco, obtendo
o seguinte ritmo:
É realizada a desfibrilação com 2 J/kg e, em d) para desfibrilação manual, uma carga inicial
seguida, é administrada uma dose de epine- de 5 J/Kg é aceitável
frina 0,01 mg/kg. É realizada uma segunda ve- e) a recomendação atual é que o tempo limite de
rificação do ritmo cardíaco, mantido mesmo reanimação seja de 20 minutos
achado, sendo feita uma nova desfibrilação
com 4 J/kg. Considerando que o ritmo se man- SUS-SP – 2019
tenha na próxima checagem, a próxima droga 92. Com relação à compressão torácica, é correto
indicada é: afirmar:
a) gluconato de cálcio a) a combinação de compressões e ventilações
b) atropina não é mais recomendada para a ressuscitação
c) sulfato de magnésio pediátrica
d) amiodarona b) as compressões torácicas devem ser fortes
na metade superior do esterno, aprofundando
SUS-SP – 2019 pelo menos um terço do diâmetro anteroposte-
90. Menina de 5 anos, procura o pronto-socorro rior do tórax
devido a dor e edema de tornozelos associa- c) a reanimação cardiopulmonar (RCP) em
dos a manchas elevadas, vermelhas que não crianças deve-se iniciar pela abertura das vias
desaparecem a digito pressão, indolores e não aéreas
pruriginosas há dois dias. As lesões cutâneas d) as compressões torácicas devem ser relativa-
iniciaram-se em nádegas e já estavam acome- mente rápidas, com uma frequência mínima
tendo coxas e pernas. Criança refere leve dor de 100 compressões por minuto
abdominal. O diagnóstico mais provável é: e) quando apenas um socorrista está executando
a) poliarterite nodosa as manobras de RCP, mantém-se uma relação
b) púrpura trombocitopênica idiopática de 15 compressões para duas ventilações, em
c) púrpura de henoch-schönlein crianças
d) arterite de Takayasu
e) doença de Kawasaki Santa Casa-SP – 2019
93. Um menino de seis anos de idade, com ane-
SUS-SP – 2019 mia falciforme, foi levado ao setor de emer-
91. Com relação à reanimação cardiopulmonar gência pediátrica com queixa de dor em
em crianças, é correto afirmar: membros inferiores há cerca de doze horas,
a) a frequência de ventilações deve ser 10 a 15 sem febre. Já recebeu, em casa, dipirona e
por minuto paracetamol, sem melhora. Ao exame físico,
b) a via intraóssea deve ser utilizada somente em não apresentou anormalidades, com exceção
crianças menores de 3 anos de fácies dolorosas. A dor foi classificada
c) as compressões torácicas podem ser inter- como intensa (nota 7). Nesse caso hipotético,
rompidas no máximo por 10 segundos a melhor conduta é:
a) orientações gerais, sintomáticos e reavaliação sulta pois está com gripe confirmada por PCR
após 24 horas por H1N1. Em relação ao lactente qual a me-
b) coleta de hemograma, culturas e reavaliação lhor conduta:
após 24 horas a) não prescrever medicação e indicar a segunda
c) iniciar antibioticoterapia empírica e retornar se dose da vacina após 30 dias da primeira dose
febril após 48 horas e indicar oseltamivir se apresentar sintomas e
d) internação, coleta de hemograma, urina i e adotar medidas preventivas
culturas b) iniciar fosfato de oseltamivir 3 mg/kg/dia du-
e) internação, antitérmico e reavaliação após 48 rante 10 dias e adotar medidas preventivas
horas c) fazer a segunda dose da vacina com 15 dias
após a primeira dose, além de iniciar o oselta-
FAMERP – 2019 mivir e adotar medidas preventivas
104. Uma menina de 6 anos foi levada ao consul- d) não fazer a segunda dose da vacina e iniciar
tório do médico às 14h00 porque estava com oseltamivir 3,5 mg/kg /dia por 5 dias e adotar
dor de garganta, estava cansada e estava co- medidas preventivas
chilando demais. A temperatura dela era de
39 °C. Ela tinha dor de garganta, amígdalas UERJ – 2019
aumentadas e uma leve erupção no troco. Às 106. Em uma consulta de rotina, foi diagnosticado
22h30, a mãe do paciente relatou que a criança sopro cardíaco novo em um pré-escolar de 5
havia vomitado três vezes, continuou a cochi- anos, previamente hígido. Ao exame físico, o
lar excessivamente e queixou-se de dor de ca- paciente apresentava-se em bom estado geral,
beça quando acordada. O médico examinou a anictérico, acianótico, hidratado, corado, com
criança às 23h30 e notou que ela estava letár- boa perfusão periférica e pulsos periféricos
gica e excitada apenas quando a cabeça esta- palpáveis; à ausculta cardíaca apresenta: ritmo
va virada, reclamando que suas costas doíam. cardíaco regular, dois tempos, com desdobra-
Seu LCR não continha glóbulos vermelhos, mento de segunda bulha à inspiração e sopro
mas havia 28 glóbulos brancos/mm3 – metade sistólico 2+/6+, melhor audível em borda ester-
de neutrófilos polimorfonucleares e metade nal esquerda, sem irradiações, com redução de
de linfomononucleares. Os níveis de glicose e intensidade quando o paciente assume a po-
proteína no LCR eram normais e a coloração sição ortostática; FC = 100 bpm; fígado a 2 cm
de Gram de um espécime de LCR não apre- do rebordo costal direito; restante do exame
sentava bactérias. Qual a hipótese diagnóstica físico sem alterações. Classificação nutricio-
mais provável? nal: escore-z de peso/idade = -1,05; escore-z de
a) meningite por Cryptococcus neoformans peso/estatura = -0,97; escore-z de estatura/ida-
b) meningite por Mycobacterium tuberculosis de = -0,29; escore-z de IMC = -1,01. Em relação a
c) meningite viral esse caso, a conduta adequada é:
d) meningite bacteriana a) dosar ASLO e realizar strep-test para docu-
mentar infecção estreptocócica
FAMERP – 2019 b) realizar eletrocardiografia para descartar au-
105. Lactente de 7 meses de idade, sem queixas, mento do intervalo PR
acompanhado de seu pai, com a carteira de c) realizar ecocardiograma para excluir anoma-
vacinação em dia, sendo a última vacina, para lias congênitas
influenza, primeira dose realizada há 13 dias. d) dar orientações gerais quanto à benignidade
O pai refere que a mãe não compareceu a con- do sopro
1. Não há opção. Temos que decorar os valores de Z 3. Essa é a primeira regra da pediatria: “dobrarás o
escore para cada curva e idade dos pacientes para um peso do nascimento com 6 meses de vida”. Outras re-
diagnóstico correto do crescimento e estado nutricio- gras importante para decorar são “crecerás a metade
nal. Com relação a estatura temos que ver a curva de da sua altura ao nascimento até 1 ano de vida” e “terás
estatura para idade E/I. Um estatura adequada para um metro de altura com 4 anos de vida”. Resposta b.
idade é quando o z escore está entre o -2 e +2, abaixo
disso é baixa estatura. Mas lembre-se que a adequada 4. A vitamina A é muito importante em funções ocula-
avaliação do crescimento é com a curva e a velocidade res e na regeneração dos tecidos. Sempre que tiver
de crescimento e não a posição no gráfico. Já a clas- qualquer alteração em região ocular, suspeite a defi-
sificação do estado nutricional é através da curva do ciência em questão deva ser vitamina A. Além disso
IMC em que para menores de 5 anos se interpreta da o déficit de regeneração celular leva a alterações de
seguinte maneira: z escore entre -2 a +1 - eutrofia; +1 pele (xeroftalmia, dermatites) e maior predisposição a
a +2 – risco de sobrepeso; +2 a +3 - sobrepeso; > +3 infecções (pneumonia e diarreia). Resposta d.
obesidade; -2 a -3 magreza; < -3 magreza acentuada.
Resposta a. 5. Vamos lembrar a fórmula de idade estimada a partir
da altura dos pais: altura da mãe (+13 cm se menino) +
2. Os marcos do desenvolvimento em crianças maio- altura do pai (-13 se meninas) + -8 cm. Portanto, para
res de um ano são mais complexos de serem memo- a paciente “A”. a altura estimada é entre 152-168 cm e
rizados, porém, se raciocinarmos com os dados do para “J” é entre 165-181 cm. Ambas alturas dentro do
enunciado vamos conseguir responder essa questão. esperado. Resposta b.
Lembrem-se que a criança começa a andar por volta
de um ano de vida. Anda com apoio, depois sem apoio 6. O leite materno assim que for ordenhado deve ser
e vai aos poucos ganhando cada vez mais seguran- armazenado. O leite cru deve se armazenado em ge-
ça e habilidade; mas é improvável se ver uma criança ladeira dura até 12-24h, se congelado fica conservado
até os 18 meses correndo. Já a criança com 24 meses por até 15 dias. Após descongelado deve ser consumi-
já corre, e esse é o grande marco para você guardar do imediatamente. Resposta d.
dessa idade, além disso ela já interage mais com o am-
biente externo (apontando para o que quer) e já monta 7. Vamos relembrar as recomendações. Leite materno
uma torre com quatro cubos. Com 30 meses a grande deve ser exclusivo (sem qualquer outro líquido/alimen-
evolução é social/emocional em que a criança já come- to/fórmula podendo ofertar apenas remédios) até 6
ça a brincar junto com outras crianças e já começa a meses e vida e complementado até PELO MENOS 2
desenhar em linha. Resposta c. anos de vida. Com 6 meses de vida inicia-se a alimen-
28 R1 Extensivo | Gabarito comentado
tação complementar com as papas de fruta e papa sal- sinapses neurais. Leva a um quadro colinérgico com
gada de modo semelhante para a criança que esteja sonolência, hipersalivação e lacrimejamento e miose.
em aleitamento materno ou não. E guloseimas NUNCA Resposta b.
deverão ser oferecidas como alimentos complementa-
res, porém a recomendação é que sejam EVITADAS 14. A questão deveria ser anulada. O anti-histamínico
até pelo menos 1-2 anos de vida. Resposta b. leva a um quadro de intoxicação anticolinérgica que
tem todos os comemorativos acima (midríase, agita-
8. Uma criança em aleitamento materno exclusivo pode ção, taquicardia e hipertermia), porém NÃO leva a su-
passar dias sem evacuar e se quando evacuar for pas- dorese e sim a diminuição das secreções corpóreas
tos é normal. A disquesia do lactente também é evento como um todo. Resposta a.
funcional normal mas diz respeito a criança que chora
e tem cólica antes de evacuar. A constipação crônica é 15. Vamos analisar as alternativas para lembrar a con-
uma doença em que as fezes deverão ser formada e a duta correta frente a um recém-nascido de mãe bacilí-
doença de Hirschsprung (megacólon congênito) é do- fera. Como a criança ao nascer já vai ter contato íntimo
ença da invervação retal que leva a constipação grave com o bacilo da tuberculose a vacinação com BCG
e atraso na eliminação do mecônio nos primeiros dias provavelmente não vai ter o efeito esperado nesse
de vida. Resposta c. momento (que é prevenir as manifestações graves da
tuberculose no período neonatal). Por isso não vacina-
9. Alguns comemorativos no enunciado sugerem maus mos ao nascimento, iniciamos com a quimioprofilaxia
tratos como fratura em diferentes estágios de evolução por 3 meses e só então realizamos o teste tuberculí-
e hematomas em regiões atípicas (dorso). O “shaking nico (PPD). Não há necessidade de se fazer o teste
baby” é, infelizmente, frequentemente associado a si- tuberculínico logo ao nascimento, já que essa informa-
tuações de maus tratos e deve ser pesquisado ativa- ção não mudaria a conduta. Resposta a.
mente, o fundo de olho demonstrando sangramento
retiniano é muito sugestivo dessa situação. Resposta a. 16. Criança de 5 meses com quadro de febre alta, ir-
ritabilidade, vômitos e convulsão em um contexto de
10. A Nafazolina é um agonista alfa-adrenérgico comu- estar sem a vacinação completa. Até que se prove ao
mente usado em descongestionantes nasai. É frequen- contrário a criança deve estar com uma meningite e
temente usados em adultos porém é contraindicado se faz necessário realizar a punção lombar o quanto
em crianças em qualquer dosagem pelo risco de into- antes e garantir hidratação IV além de antitérmico. Não
xicação. Sua intoxicação comumente leva a efeitos atí- é adequada observar para ver a evolução, deve-se sim
picos como apneia e bradicardia, levando até a parada intervir o quanto antes pela gravidade do quadro. Lem-
cardiorrespiratória. Infelizmente, ainda hoje aparecem bre-se que bebês não tem a manifestação típica de
casos de intoxicação por nafazolina no pronto socorro doenças como crianças mais velhas, por isso se peca
devido aos pais usarem com o intuito de desobstruir a pelo excesso e somos mais agressivos em situações
congestão nasal das crianças. Resposta c. como essa. Resposta b.
11. Os venenos de escopião são geralmente mistos 17. A VOP é uma vacina oral com poliovírus atenuado,
com predominância de acometimento neuromuscu- a partir de 2016 ela foi reformulada pelo Ministério da
lar e neuroautonômico. Já que o veneno do escor- Saúde para ser bivalente com os tipos 1 e 3 apenas,
pião despolariza constantemente os canais de cálcio já que o tipo 2 era o mais associado aos casos de po-
levando a ativação neuronal excessiva. Um diferen- liomielite vacinal. Por ser de vírus vivo atenuado deve
cial do veneno do escorpião é o seu acometimento ser evitada em situações de imunossupressão. A VIP é
cardíaco, portanto, nos outros acidentes por aranha injetável e mais segura, porém tem na sua composição
marrom (loxoscélico) e cobra geralmente acarretam a os tipo 1,2 e 3. Resposta d.
taquicardia. Resposta c.
18. Antes da realização de avaliação imunológica nes-
12. Para segurança da criança, com diversos sinais de se caso está contraindicado vacina de vírus vivo. Va-
maus tratos, se faz necessária a internação por causa cinas de vírus vivo da questão: pólio oral, sarampo,
social e acionamento da vara da infância e/ou conse- caxumba, rubéola (tríplice viral) e varicela. Resposta c.
lho tutelar (sempre se deve acionar, inclusive em uma
suspeita mínima). A tomografia de crânio e fundo de 19. Vacinação completa para tétano (3 dose) sendo a
olho são necessários para se investigar a suspeita de última a menos de 5 anos é considerado esquema com-
“shaking baby” que pode vir acompanhada de qualquer pleto e mesmo em ferimentos de alto risco de contami-
outro maus tratos em bebês. Resposta e. nação não há necessidade de profilaxia. Resposta a.
13. Para veneno de rato, classicamente, é utilizado or- 20. Criança a menos de 30 dias recebeu a vacina da
ganofosforados. Essa droga é um inibidor não compe- febre amarela, portanto, devemos evitar de vacinar
titivo da colinesterase, levando a falta de inativação de com vacina de vírus vivo atenuado (tríplice viral). Res-
acetilcolina permitindo a constante estimulação dessas posta b.
21. Filhos de mãe HBsAg positivo devem receber 27. Questão super interessante! Criança com 2 episó-
além da vacina para hepatite B a imunoglobulina es- dios de pneumonia grave com diarreia crônica. O ir-
pecífica para Hepatite B (HBIG) o quanto antes para mão faleceu de cirurgia no intestino no primeiro mês
evitar a transmissão vertical da hepatite B. Lembre- de vida, provavelmente por um íleo meconial (típico de
-se que somente com a vacinação conseguimos uma fibrose cística). Já que a fibrose cística é uma doença
grande proteção, porém a HBIG é indica para pro- autossômica recessiva, se ambos os pais carregarem
teção extra e deve ser recebida o quanto antes, até um gene recessivo há 25% de chance de ter um filho
uma semana de vida. Porém, quando mais precoce com fibrose cística. Lembre que a fibrose cística leva a
a vacinação e a infusão da HBIG mais a proteção. um espessamento das secreções exócrinas levando a
Resposta a. quadro pulmonar e pancreático, que é o mais comum,
mas também a quadro hepático por espessamento da
22. A hepatite A, infelizmente, ainda é presente em bile. Resposta b.
bolsões de baixa qualidade sanitária em nosso país.
É uma doença em que a principal forma de transmis- 28. O A. lumbricoides é sim o helminto mais frequente,
são é a fecal-oral, porém outras vias já foram descritas, porém se localiza preferencialmente no intestino delga-
como a parenteral. Ela pode levar a quadro graves, as do. O praziquantel para o tratamento para equistosso-
vezes com hepatite fulminante e morte, porém NUNCA mose é categoria B para gestantes e deve ser evitado.
cronifica (guarde que é hepatite A, A de Aguda). Agora Criança assintomática com s, por exemplo, não deve
há vacinação para sua prevenção sendo recomendada ser tratada. Já o Trichuris trichuria se localiza no ceco e
1 dose pelo Ministério da Saúde ou 2 doses pela socie- cólon ascendente e leva a quadro de enterorragia e em
dade brasileira de pediatria. Resposta b. alguns casos até a prolapso retal. Resposta b.
23. Pelo provável contexto sanitário da criança, asso- 29. A intussuscepção intestinal (invaginação) acontece
ciado a quadro de anemia, eosinofilia, diarreia e sibi- mais frequentemente em menores de um ano de vida
lância com infiltrado difuso foi considerado no gabarito e, geralmente, é concomitante a um quadro inflamató-
a alternativa com Síndrome Loeffler. Uma consideração rio (infecção ou vacinação). Leva a obstrução intestinal
que faço para pensarmos juntos é que na Síndrome de (vômitos, distensão e irritabilidade) que pode ser inter-
Loeffler o achado radiográfico é de uma consolidação mitente (porque pode ocorrer a invaginação com sua
que muda de posição em radiografias subsequentes e redução espontânea várias vezes) e classicamente
não um infiltrado difuso que é sugestivo de pneumonia leve a enterorragia com aspecto de geleia de frambo-
atípica, quadro viral ou de sibilância recorrente. Porém, esa. Resposta c.
dentre as alternativas, a que contém síndrome de Lo-
effler é a mais correta pensando no quadro global do 30. Quadro de diarreia crônica com repercussão sis-
paciente. Resposta b. têmica (descorada e déficit de ganho de peso) e um
achado típico da doença celíaca que é a hipotrofia da
24. Quadro sugestivo de proctocolite alérgica à pro- musculatura glútea às vezes com dupla prega glútea. A
teína do leite de vaca, já que há fezes com raias de síndrome do intestino irritável não levaria a comprome-
sangue e correlação com a introdução do leite de vaca timento sistêmico, na alergia à proteína do leite de vaca
(fórmula infantil) para a criança. Para o controle dessa é atípico o início dos sintomas nessa faixa etária (ge-
alergia se faz necessário a mudança para uma fórmula ralmente nos primeiros meses de vida), na doença in-
hipoalergênica. As fórmulas parcialmente hidrolisadas flamatória intestinal (retocolite ulcerativa ou Crohn) há
podem ser usadas como prevenção de dermatite ató- manifestação sistêmica inflamatório mais grave nessa
pica em criança com histórico familiar muito positivo, idade (febre, artralgia, diarreia com sangue) e é mais
mas não como tratamento após o início da manifes- incomum. Resposta a.
tação. As fórmulas de soja são contra indicadas para
menores de 6 meses. Portanto, está correto iniciar com 31. Enterite necrotizante é doença de prematuro ou de
a fórmula extensamente hidrolisada. Resposta c. recém-nascido que está com complicação neonatal e
internado desde o nascimento. O divertículo de Meckel
25. Quadro típico de síndrome hemolítico-urêmica mais comumente leva a enterorragia franca e não sin-
(SHU). Diarreia com sangue e muco (provavelmente tomas somente de obstrução. A estenose hipertrófica
por E. coli O157H7) que evoluiu com microangiopatia de piloro leva a vômitos repetitivos, mas não biliosos,
trombótica, sendo os principais achados a anemia he- porque a obstrução está antes do duodeno. Já o volvo
molítica microangiopática (esquizócitos), plaquetope- de intestino leva sim a sinais de obstrução com vômitos
nia e insuficiência renal. Resposta d. biliosos, parada de eliminação de gases e fezes, e como
há sofrimento isquêmico de alça pelo Volvo no toque re-
26. A Giardia e a Entamoeba são ambas protozoários, tal pode se encontrar sangramento. Resposta b.
no caso sendo indicado como primeira linha o trata-
mento com Metronidazol. Só uma lembrança, prazi- 32. Quadro sugestivo de intolerância à lactose secun-
quantel é para o tratamento de equistossomose. Res- dária a um quadro infeccioso prévio que levou a lesão
posta d. da borda em escova do enterócito, onde está a lactase.
Devemos reduzir a lactose da dieta e observar a evo- 39. Diarreia aguda é aquela com duração até 14 dias,
lução como o primeiro passo terapêutico. Resposta e. diarreia persistente é aquela entre 14 e 28-30 dias e
diarreia crônica é aquela acima de 28-30 dias. O pa-
33. Falta da idade da criança na questão, dado impor- ciente que apresenta comprometimento hemodinâmico,
tantíssimo. Mas pelo relato sugere ser uma criança no mais evidenciado pela alteração do estado geral que in-
seu primeiro mês de vida. Sabemos que nessa fase o dica hipoperfusão do sistema nervoso central, deverá
recém-nascido tem um reflexo gastrocólico muito exa- receber hidratação intravenosa (Plano C). Resposta a.
cerbado, que evacua várias vezes ao dia, frequente-
mente durante a mamada. Se a criança está com boa 40. Cuidado com a pegadinha. Para se fazer o diagnós-
pega e ganhando bem peso o quadro é normal. Preci- tico de Otite Média Aguda é necessário que haja abau-
samos apenas orientar a mãe. Resposta c. lamento moderado a grave da membrana timpânica em
um contexto infeccioso. Já a Otite Media Serosa crônica
34. Vemos um paciente que perdeu 14% do peso do é um diagnóstico ambulatorial que deve ser feito fora de
nascimento, lembrando que o tolerado é por volta de um contexto de infecção, em que se encontra secreção
10%. Associado a isso vemos uma criança desidratada na orelha médica (e nem isso o paciente tem na ques-
por estar com a urina amarelada, pouca eliminação de tão). Portanto, o paciente tem um quadro de resfriado
fezes, irritada e com hipernatremia e hipercalemia e he- comum/rinofaringite, o próprio termo usado na alterna-
moconcentração. A hiperbilirrubinemia indireta também tiva (infecção respiratório superior viral) é parcialmente
é indicativo de dificuldade de ganho de peso (icterícia leigo mas muito difundido entre os residentes. Infecção
do aleitamento materna). Portanto, todo o enunciado é respiratório superior é toda infecção acima da laringite
sugestivo de um hipertermia por desidratação por baixa (desde faringite, amigdalite, otite, sinusite, rinite); portan-
ingesta. A esferocitose não justifica a dificuldade de ga- to, não deveria ser mais utilizado. Resposta b.
nho de peso, ainda mais que o paciente não está anê-
mica. Na icterícia fisiológica nunca devemos suspender 41. Quadro sugestivo de pneumonia complicada com
o aleitamento materno. Infecção do trato urinário é uma derrame pleural. Todo derrame de tórax puncionável
hipótese viável, deve ser descartada, porém não é a deverá ser puncionado (toracocentese). Como o prin-
principal conduta no momento. Resposta d. cipal agente de derrame pleural em número absoluto
é o Pneumococo, a penicilina cristalina está mais que
35. É nos menores de um ano que o quadro de diar- indicada. Resposta a.
reia aguda descompensa muito rápido. Na reavaliação
vemos uma criança com comprometimento hemodinâ- 42. Quadro sugestivo de sinovite transitória de quadril
mico, sendo classificada como desidratada grave e de- após infecção viral. Se não há sinais de alarme (artri-
verá receber expansão intravenosa. Resposta b. te, febre, alterações graves nos exames laboratoriais)
devemos apenas seguir tratamento conservador com
36. Criança com desidratação pode receber expansão reavaliações periódicas. Resposta a.
com qualquer cristalóide (SF ou Ringer Lactato) de
preferência aberta em até 20 minutos. Lembremos que 43. O que devemos sempre lembrar sobre ingestão
a desidratação leva a hipoperfusão periférica com aci- de corpo estranho. Sempre que estiver no esôfago,
dose metabólica. A acidose metabólica acarreta leva qualquer material, deverá ser retirado com a maior
a perda de potássio intracelular porque ocorre a troca urgência. Se estiver no estômago também deverá ser
de H+ no sangue pelo K+ intracelular, comumente le- retirado sempre e dar especial atenção a objetos pon-
vando a hipercalemia. Porém, o paciente em questão tiagudos e baterias. Resposta a.
apresenta hipocalemia, demonstrando uma acentuada
depleção do potássio corpóreo. A simples hidratação 44. Todo objeto no esôfago deverá ser prontamente retira-
levando a melhora da perfusão periférica e subsequen- do de forma emergêncial. Não tem discussão, SEMPRE
te melhora da acidose metabólica levaria a piora da hi- QUALQUER objeto deverá ser retirado. Resposta a.
pocalemia. Portanto, devemos corrigir o potássio junto
com a expansão. Resposta c. 45. Lembre-se que pneumonia de base de pulmão
pode levar a dor abdominal, não precisa necessaria-
37. O soro clássico da OMS proposto em 1975 era 90 mente ser um derrame pleural. Se há apenas taquip-
mEq/L de sódio; 80 mEq/L de cloro; 20 mEq/L de potás- neia sem desconforto respiratório o tratamento pode
sio e 111 mmol/L de glicose; chamado de soro 90. Po- ser ambulatorial com amoxicilina e reavaliação. Res-
rém, com a diminuição dos casos de cólera a OMS pro- posta d.
pôs o soro 75: 75 mEq/L de sódio; 65 mEq/L de cloro; 20
mEq/L de potássio e 75 mmol/L de glicose. Resposta d. 46. De acordo com a Portaria n° 522 de 13 de maio
de 2013 do Ministério da Saúde, tem direito ao Pali-
38. TEM de decorar! Parasitas com ciclo pulmonar, vizumab crianças com menos de 1 ano de idade que
dica mnemônica SANTAE: Strogiloides, Ascaris, Ne- nasceram prematuras com idade gestacional menor ou
cator, Toxocara, Ancilóstoma e Esquistossomose. Res- igual a 28 semanas ou crianças com até 2 anos de ida-
posta a. de com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca
congênita com repercussão hemodinâmica demons- 53. Conforme já discutimos na outra questão, é uma
trada. A aplicação é mensal, com duração de 5 meses quadro clínico clássico de pneumonia afebril do lacten-
contínuos, nos meses de Outono/Inverno. Resposta b. te. Apesar de ser uma doença rara ela é muito lem-
brada em provas. Um detalhe dessa doença é que na
47. Frente a um caso de contato com tuberculose pri- ausculta pulmonar há presença de estertores e não há
meiro temos que saber se a paciente tem a doença sibilos. Esse é um diferencial importante com a bron-
tuberculose. Como ela tem contato com adulto com quiolite. Resposta d.
tuberculose (10 pontos) e tem PPD maior ou igual a
5mm (15 pontos), sendo assintomática com radio- 54. Lembre-se, na bronquiolite o tratamento recomen-
grafia normal e provavelmente sem desnutrição gra- dado atual é de apenas suporte. Não ofereça mais
antibiótico, antiviral, beta 2 agonista ou corticóide.
ve; ela totaliza 25 pontos o que não sugere infecção
Como paciente não teve febre, não parece ser uma
ativa. Agora temos que saber se necessitamos tratar
síndrome gripal e por isso o oseltamivir não está indi-
uma infecção latente, já que o paciente tem um PPD
cado. Resposta b.
maior ou igual a 5mm se faz necessário o tratamento.
Resposta a. 55. Podemos discutir se o sulfato de magnésio está in-
dicado nessa situação, já que não temos a reavaliação
48. História típica de pneumonia afebril do lactente, após as medidas iniciais. Porém, dentre as alternati-
causa pela chlamydia trachomatis ou ureaplasma ure- vas é a única opção viável. Terbutalina subcutânea não
aliticum. A história natural dessa doença é uma crian- é mais usada e pode ser pensada apenas em casos
ça que nasceu de parto vaginal ou cesáreo de bolsa gravíssimos como resgate, o ideal é em casos graves
rota em que a mãe teve alguma secreção vaginal, a fazer infusão de salbutamol intravenoso contínuo. Cor-
criança evolui com conjuntivite do tipo tracomática ticosteróide inalatório é para controle ambulatorial e
(em 50% dos casos), depois evolui com desconforto não de emergência. Aminofilina intravenosa há tempos
respiratório progressivo, associado com estertores e já não é mais recomentada. E sulfato de magnésio ina-
eosinofilia. O tratamento é realizado com macrolídeo latório não existe. Resposta a.
(azitromicina). Resposta b.
56. Caso de bronquiolite, então já corte as alternati-
49. A complicação mais comum da pneumonia é o vas que contém corticóide e beta-2-agonista. Sobrou
derrame pleural. Na descrição o que diferencia o der- jejum com soro de manutenção ou dieta por sonda.
rame da pneumonia são os sons pulmonares aboli- De acordo com o protocolo da sociedade amerianca
dos. Resposta e. de pediatria sobre bronquiolite para se manter a hi-
dratação do paciente pode ser necessário a passa-
50. Questão clássica da bronquiolite, mas cuidado com gem de uma sonda nasogástrica e se não tolerar ou
a pegadinha! Atualmente não existe evidência e não é se o quadro for mais grave realizar hidratação intrave-
nosa. Resposta d.
recomendado a realização de corticóide, agonista B2
ou antibiótico. É recomendado apenas suporte com
57. A fórmula para cálculo da cânula orotraqueal é a
hidratação e oxigenoterapia. Como a criança está em
idade/4 + 3,5 (se cânula com Cuff). No caso em ques-
regular estado geral, desconfortável e dessaturando é
tão uma cânula 6,5 está corretíssima. Visto que após
necessário internação. intubação paciente evoluiu com diminuição dos mumú-
rios à direita e piora da saturação; isso é indicativo de
51. Questão mal formulado, pouquíssimas informações pneumotórax do lado direito, sendo hipertensivo por-
no enunciada, vamos analisar cada alternativa. Pelos que o paciente evoluiu com uma parada cardiorrespi-
dados apresentados a inalação com soro fisiológico ratória. Nesse caso é indicado a punção torácica de
não seria uma intervenção que traria benefícios para alívio. Como é um ritmo não chocável, não é indicado a
o paciente nesse momento. Não há informações sobre desfibrilação. Resposta b.
como está exame respiratório do paciente, então na
sabemos se temos que chamar a fisioterapia. Não há 58. Critérios de gravidade são diferente de critérios
informações sobre do e não há taquipneia, por isso não diagnósticos, portanto, a alternativa está corretíssima.
podemos pedir analgesia e sedação. É difícil de pensar Resposta b.
em alguma falha de administração da prescrição que
levasse apenas a taquicardia e dessaturação, já que 59. Paciente com uma nefropatia em crise associada
a criança está internada por pneumonia. Aumentar a a piora importante da função renal. Até que se prove o
oferta de oxigênio poderia melhorar sim a saturação e contrário a causa para convulsão é alguma alteração
a taquicardia associada à dessaturação. Resposta b. hidroeletrolítica (que não está presente nos exames do
enunciado) ou uremia. Portanto, estamos a frente de
52. Lembre-se, pneumococo é SEMPRE a principal uma encefalopatia urêmica e está indicada a realiza-
causa de pneumonia adquirida na comunidade (PAC). ção de hemodiálise. Resposta c.
Resposta c.
60. A síndrome nefrótica é uma doença renal crônica, 69. Lembramos que realizamos o isolamento viral até
infelizmente, frequente na pediatria terciária. Lembre- o 3° dia da febre e a partir do 5° dia a sorologia. Res-
mos que não há perda somente de albumina pela urina posta d.
desses pacientes, mas também se perde imunoglobu-
linas e fatores anticoagulante. Por isso o paciente com 70. Após um quadro de varicela temos uma situação
síndrome nefrótica tem maior predisposição a trombo- de imunossupressão relativa, em que o indivíduo fica
se. Resposta d. mais sugeito a infecções graves. No caso, a única alter-
nativa que faz sentido é a “C”; já que é imperativo ini-
61. Paciente imunossuprimida, portanto está contrain- ciar uma droga vasoativa após expansão com 60 mL/
dicada vacinação de vírus vivo, dentre as alternativa a kg sem resposta hemodinâmica. Resposta c.
única com vírus vivo é a sarampo, caxumba e rubéola.
Resposta b. 71. Infelizmente a sífilis congênita tem sido cada vez
mais diagnosticada em nosso meio. Por causa disso
62. A relação de proteinúria/creatinúria normal é menor o médico deve saber reconhecer e tratar essa enfer-
que 0,2 e se maior que 2,0 é considerado proteinúria midade e por isso tem sido constantemente cobrada
nefrótica. Logo, o quadro é sugestivo de síndrome ne- em provas. Vemos na questão uma mãe que apresen-
frótica, já que há proteinúria nefrótica, edema, hipoal- tou sífilis durante a gestação tratada adequadamente
buminemia e insuficiência renal aguda. O tratamento (completou o tratamento com penicilina benzatina,
de síndrome nefrótica é prednisona diária, já houve pelo menos 30 dias antes do parto, com queda de 2
tentativa de prednisona em dias alternados, mas a re- títulos no VDRL). Lembremos que todo recém nascido
comendação atual é a dose diária. Resposta e. filho de mãe com sífilis, tratada ou não adequadamen-
te, deve ter um teste realizado. Se no caso em questão
63. Famosa doença da “face esbofeteada” causada o VDRL for negativo e a criança estiver assintomática
pelo Parvovírus B19. O Coxsackie é o causador da podemos apenas seguir a criança ou aplicar dose úni-
síndrome mão-pé-boca, o herpes vítus 6 do exantema ca de penicilina benzatina. Resposta c.
súbito e o Parainfluenza da Laringite. Resposta c.
72. Questão de microbiologia. CA-MRSA é uma sigla
64. Novamente um caso de parvovírus. O vírus Eps- em inglês que quer dizer, Commuinity Acquired Methi-
tein-Barr é o causador da mononucleose (exantema, cillin Resistant Staphylococcus Aureus (Estafilococo
febre alta, hepatoesplomegalia, faringite, linfonodome- aureus resistente a meticilina adquirido na comunida-
galia cervical), o Coxsackie da síndrome mão pé boca, de). Lembre-se que meticilina é uma prima da oxaci-
o herpes 6 e 7 do exantema súbito e o sarampo causa lina, portanto esse estafilococo MRSA é resistente a
uma quadro grave de exantema furfuráceo associado a oxacilina sendo então indicado a terapia com vancomi-
febre alta e intenso acometimento nasal, que pode ser cina. O D-teste é um teste para avaliar se o estafilococo
precedido pelas manchas de Koplik. Resposta a. pode ter resistência a clindamicina se em uso concomi-
tante com um macrolídeo, o D-teste negativo descarta
65. Lembremos que uma das causas de artrite/artral- que esteja contraindicada a clindamicina. Resposta d.
gia em adolescentes é a Neisseria gonocóccica, que
como a Neisseria meningitidis (meningococo) é um di- 73. A criança perdeu mais que 10% do peso de nasci-
plococo Gram-negativo. Resposyta c. mento, nesse caso é sugestiva a icterícia do aleitamen-
to materno. Nela a ausência de fluxo intestinal devido
66. Em uma criança com febre temos que estar sem- a criança estar mamando menos faz com que a bilir-
pre atentos pela suspeita de síndrome de Kawasaki, rubina conjugada fique muito tempo em contato com
é frequente diagnóstico diferencial em criança febril. uma glicuronidase intestinal mais ativa, desconjugando
Os achados clássicos são a fabre, injeção conjuntival, mais a bilirrubina direta e acarretando maior absorção
acometimento orofaríngeo com língua em framboesa, de bilirrubina indireta. Resposta a.
linfonodomegalia cervical (geralmente única), exante-
ma e descamação de mãos. A maior complicação é o 74. Lembre-se da nova conduta da reanimação neo-
acometimento coronariano, por isso se faz necessária natal de recém nascidos de parto meconial. Hoje não
a realização de um ECOcardiograma. diferenciamos mais se a criança nasce com mecônio
ou não. Isso não importa mais. Se ela nasceu com me-
67. A vacinação da gestante com a tríplice acelular cônio e está respirando/chorando, com bom tônus e é
leva a formação de anticorpos que passam para o feto a termo não devemos levar ela para a mesa de reani-
o protegendo a coqueluche nos primeiros meses de mação neonatal. Resposta b.
vida, até sua vacinação aos 2 meses. Essa intervenção
foi um sucesso de saúde pública. Resposta d. 75. Vamos começar falando que teste da bolinha não
existe, logo descartamos as alternativas “A” e “D”. Ape-
68. Tem que decorar as doenças que necessitam de sar de ser leite a realização do teste da linguinha, no
precaução por aerosol que são Sarampo, Varicela e Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) não
Tuberculose. Resposta c. está incluso esse teste. Resposta b.
76. Como a mãe é S. agalactiae positivo e realizou am- bro (pseudoparalisia de Parrot – que é a paralisia do
picilina ou penicilina pelo menos 4 horas antes do par- membro por dor devido a acometimento articular/ós-
to, podemos considerar que o tratamento é adequado seo). Resposta a.
e devemos apenas observar essa criança. Resposta d.
83. Cuidado com a pegadinha. Realmente nitrito po-
77. Lembremos que o clampeamento tardio do cordão sitivo é um achado de baixa sensibilidade, mas alta
umbilical (> 1 minuto) levou a redução de 60% da chan- especificidade. Porém, pensando de modo combinado,
ce de hemorragia intraventricular e bebês prematuros. se agrupando estearase leucocitária positiva e nitrito
Como nesse procedimento levamos mais sangue ao positivo se há maior sensibilidade. Mas, a questão real-
bebê há maior chance de policitemia e icterícia neona- mente está mal escrita e duvidosa. Resposta d.
tal. O clampeamento tardio também leva a menos ca-
sos de sepse neonatal (redução de 30%) e enterocolite 84. Paciente com quadro de anafilaxia devido a aco-
necrosante (redução de 60%). Resposta b. metimento de pele (angioedema + urticária, que são
as manchas eritematosas, palpáveis e de contorno ge-
78. Pensando em Sífilis Congênita, se há queda de 2 ográficos) junto com o acometimento de um outro ór-
títulos ou negativação do VDRL, podemos considerar gão (nesse caso o respiratório) quando não se tem um
a gestante adequadamente tratada e apenas deve- agente suspeito. O primeiro tratamento da anafilaxia é
mos observar o bebê quando nascer se for possível o sempre adrenalina intramuscular, na dose de 0,01 mg/
acompanhamento. A toxoplasmose e a rubéola levam a kg no vasto lateral da coxa. Resposta d.
risco para o feto quando há infecção aguda, a gestan-
te era IgG positiva antes da gestação. Para hepatite B 85. Paciente com uma provável hipertensão intracrania-
a gestante se encontra vacinada. E o citomegalovírus na, ainda não está em iminência de herniação cerebral já
por ser um herpes vírus pode reativar e ser transmitido que não há a bradicardia da tríade de Cushing (hiperten-
para o bebê. Resposta d. são arterial, bradicardia e alteração do ritmo ventilatório).
Como o Glasgow é menor que 8 é necessária intubação
79. Hipoglicemia neonatal é um tema muito nebuloso orotraqueal, sempre se usa cânula com cuff; e medidas
com várias informações contraditórias na literatura. O para diminuir a hipertensão intracraniana que é a hiper-
baixo peso ao nascer é um fator de risco para hipo- tentivalação (que lava o gás carbônico e diminui o edema
glicemia, por isso deve ser pesquisada ativamente. A cerebral), cabeceira a 30° e salina hipertônica a 3% (que
correção intravenosa da glicemia deve ser realizada é a primeira linha ao invés do manitol). Resposta a.
apenas se recém-nascido sintomático ou com dextro
menor que 40. Porém, falar que a glicemia está nor- 86. Estamos frente a um caso de colestase neonatal
mal é um pouco contraditório, já que a maioria das (BD > 1,0). Como a elevação é de bilirrubina direta
referências falam que hipoglicemia é menor que 40, (BD) está descartada incompatibilidade sanguínea. As
porém algumas consideram valores menores até 60. demais opções (sepse, colecistite e galactosemia) po-
Resposta d. dem levar a aumento de BD, mas não em uma criança
hígida que está em Bom Estado Geral. Portanto, resta
80. Como paciente se apresentou ictérico nas primei- a causa mais comum de colestase neonatal que é atre-
ras horas de vida, devemos considerar que há uma sia de vias biliares. Resposta b.
icterícia patológica. A criança apresenta incompatibili-
dade ABO com a mãe (mãe O e filho A) com eluato 87. Questão que deveria ter sido anulada. Depois de
positivo (que quer dizer que há anticorpos maternos duas tentativas de acesso periférico na emergência de-
ligados à hemácias do filho). Como há ainda elevação vemos tentar um acesso intraósseo. O acesso central é
de bilirrubina e estamos no segundo dia de vida, deve- demorado para um contexto de emergência. Resposta c.
mos manter a fototerapia. Resposta b.
88. Resposta duvidosa. No contexto de uma crise hi-
81. O teste do coraçãozinho deve ser realizado em todo pertensiva numa síndrome nefrítica (hematúria + oligú-
recém nascido entre 24-48h de vida. Nele se mede a ria + hipertensão arterial) o manejo da crise hipertensi-
saturação do membro superior direito (pré-ductal) e va deve levar em primeira escolha os bloqueadores de
em um dos membros inferiores, caso a saturação seja canal de cálcio e a furosemida, sendo essa última mais
menor que 95% ou haja uma diferença maior que 3% indicada no contexto de um edema pulmonar devido a
entre as medidas o teste é considerado positivo e de- hipervolemia. Resposta c.
verá ser repetido em uma hora. Se continuar alterado
deverá ser realizado um ECOcardiograma. Resposta a. 89. No contexto da parada cardiorrespiratória em um
ritmo chocável (taquicardia ventricular sem pulso) após
82. Se há hepatoesplenomegalia a principal suspeita a adrenalina é recomendado a infusão de amiodarona
é sempre uma infecção congênita. No enunciado há ou lidocaína. Porém, o enunciado conta uma conduta
vários sinais EXTREMAMENTE sugestivos de sífilis errada da reanimação pediátrica. Só podemos infun-
congênita, que são: coriza sanguinolenta, descama- dir a adrenalina após o segundo choque. No caso em
ção palmoplantar e dor à movimentação de um mem- questão foi após o primeiro. Resposta d.
90. Lembre-se que a púrpura de Henoch-Schonlein é 98. A Síndrome da Secreção Inapropriada de ADH
descrita com púrpuras que se distribuem conforme a (SIADH) é sempre a complicação mais comum de
gravidade, acomentendo mais os membros inferiores e várias doenças infecciosas e traumáticas, ainda mais
nádegas. As demais não tem essa distribuição. Um dos frequente quando se trata de um acometimento do Sis-
critérios diagnóstico mais usados é a presença des- tema Nervoso Central. Resposta e.
sa púrpura mais um dos: dor abdominal, envolvimento
renal, artralgia/artrite ou biópsia mostrando deposição 99. De acordo com o último protocolo do Ministério da
de IgA. Resposta c. Saúde sobre influenza, a quimioprofilaxia está indicada
nessas seguintes situações: “Pessoas com risco ele-
91. Devemos minimizar interrupções na reanimação vado de complicações não vacinadas ou vacinadas há
cardiopulmonar para no máximo 10 segundos. Lem- menos de duas semanas, após exposição a caso sus-
bremos que a frequencia de ventilação de de 15:2 ou peito ou confirmado de influenza. Crianças com menos
30:2, não há limite inferior para uso da via intraóssea, a de 9 anos de idade, primovacinadas, necessitam de
defibrilação manual é com um carga inicial de 2 J/kg e segunda dose da vacina com intervalo de um mês para
não há recomendação de tempo de limite máximo para serem consideradas vacinadas.” Considerando que
reanimação. Resposta c. Gustavo é um caso suspeito de Influenza, tanto que
iniciou com um antiviral (Oseltamivir) os 3 contactantes
92. Para ficar perfeita a alternativa eu apenas acres- deveriam receber quimioprofilaxia, portanto a questão
centaria que as compressões devem ser com uma deveria ter sido anulada. Resposta d.
frequência de 100-120 compressões por minuto. As
demais alternativas estão grosseiramente erradas e 100. De acordo com o Ministério da Saúde em crianças
cuidado com a pegadinha da alternativa “B”, em que com menos de 2 anos de idade considerar o diagnós-
as compressões devem ser na metade INFERIOR do tico de Síndrome Gripal, na ausência de outro diag-
esterno. Resposta d. nóstico específico, febre de início súbito, mesmo que
referida, e sintomas respiratórios: tosse, coriza e obs-
93. Na anemia falciforme devemos combater a dor ós- trução nasal. E é considerado fator de risco para início
de Oseltamivir a criança ser menor que 5 anos, além
sea de forma intensa e rápida, de preferência devemos
disso o paciente em questão tem outro fator de risco
usar morfina intravenosa associada a um analgésico
que é a doença pulmoar. Resposta d.
e evitar uso inicial de anti-inflamatório não hormonal.
A codeína e o tramadol podem ser usados de forma
101. Em uma situação de emergência após a tentativa de
ambulatorial ou no desmame da morfina. E não é mais
acesso venoso periférico o acesso de escolha é o intra-
recomendado hiperhidratação, apenas manter a hidra-
ósseo. E na crise epiléptica, após 3 doses de benzodiaze-
tação de manutenção. Resposta e.
pínico a droga de escolha é a fenitoína. Resposta c.
94. Lendo apenas as alternativas é possível responder
102. Criança que realizou quimioterapia com neutro-
a questão. Se houver alterações autonômicas (pressão penia grave (menor que 500) em vigência de febre é
arterial, sudorese e rubor) devemos pensar em uma diagnóstico de neutropenia febril e a droga de escolha
disrreflexia autonômica. A ausência de reflexo bulbo- é o cefepime, que cobre bem Gram-positivo, Gram-
cavernoso não indica lesão medular completa, já que -negativos e pseudomonas. Não usamos vancomicina
esse reflexo avalia o arco reflexo distal. Resposta d. isolada em uma neutropenia febril e sua utilização está
restrita em associação com cefepime para quadros
95. Marília e Eduarda tem desconforto respiratório por graves, acometimento de pele, acometimento de cate-
provável pulmonar devido a hipervolemia, portanto, não ter ou pneumonia. Resposta a.
devem ir para casa. João tem escotomas e edema, que
devem ser sinais de urgência/emergência hipertensiva. 103. Alternativas um pouco duvidosas. Se considerar-
Já Lucas apresenta apenas, hipertensão arterial e leve mos que o regular estado geral e palidez é sinal de
edema e pode ser acompanhado ambulatorialmente. gravidade o correto seria internação, coleta de hemo-
Resposta b. grama, urina 1, culturas, líquor e raio X de tórax. Se
considerarmos que é apenas uma febre sem sinais
96. As indicações para tratamento com antimicrobia- localizatórios em paciente maior que 3 meses com
no para crianças previamente hígidas com disenteria temperatura maior que 39 °C a conduta é coleta de
são apenas em quadros graves com instabilidade he- exames e a depender do resultado internar. Como não
modinâmica e quando há positividade para Shiguella. há nenhuma das duas alternativas, de modo geral, a
Portanto, no caso em questão não está indicada antibi- alternativa “D” está mais correta. Resposta d.
óticoterapia. Resposta d.
104. Na meningite viral, se coletado líquor nas pri-
97. Lesões de mucosa associada a área de descama- meiras horas pode-se ter um discreto predomínio de
ção maior que 30% são sugestivas de necrólise epidér- neutrófilos, que serão as primeiras células a chegar no
mica tóxica (NET), lembre-se que no Steven Johnson SNC para combater o vírus. Se fosse colhido mais tar-
a área de descamação é menor que 10%. Resposta d. de teria predomínio de linfomononuclear. Resposta c.
105. Ótima questão. De acordo com o Ministério da Saúde “Crianças com menos de 9 anos de idade, primovaci-
nadas, necessitam de segunda dose da vacina com intervalo de um mês para serem consideradas vacinadas” e
só então não seria necessária a quimioprofilaxia. Resposta b.
106. Sopro em borda esternal esquerda baixa sem irradiação em criança hígida com bom crescimento e desen-
volvimento é característico de sopro inocente e necessita apenas de acompanhamento. Resposta d.