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Área de Treinamento

“O lucro do nosso estudo é tornarmo-nos melhores e mais sábios.”


(Michel de Montaigne)

Você encontrará, nos próximos capítulos, questões dos últimos anos dos concursos de Residência Médica.

Leia cada questão com muita atenção e aproveite ao máximo os comentários. Se necessário, retorne ao texto de sua apostila.

Sugerimos que você utilize esta Área de Treinamento fazendo sua autoavaliação a cada 10 (dez) questões. Dessa forma,
você poderá traçar um perfil de rendimento ao final de cada treinamento e obter um diagnóstico preciso de seu desempenho.

Estude! E deixe para responder as questões após 72 horas. Fazê-las imediatamente pode causar falsa impressão.

O aprendizado da Medicina exige entusiasmo, persistência e dedicação. Não há fórmula mágica. Renove suas energias e se
mantenha cronicamente entusiasmado.

Boa sorte! Você será Residente em 2017!

Atenciosamente,
Dr. Gama
Coordenador Acadêmico
SJT Puericultura 2016

“Todos nós conhecemos pessoas que, em circunstâncias muito difíceis,


como no caso de uma doença terminal ou grave incapacidade física, man-
têm uma força emocional admirável. Como sua integridade nos inspira!
Nada causa impressão mais forte e duradoura no ser humano do que per-
ceber que alguém superou o sofrimento, transcendeu as circunstâncias
e abriga e expressa valores que inspiram, enobrecem e dão mais sentido
à vida.”
Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes
Stephen R. Covey
Questões para Treinamento
1 Crescimento e desenvolvimento

Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.
Carlos Drummond de Andrade

AMRIGS – 2016 Assinale o melhor indicador para ser avaliado nessa


1. O comportamento característico de uma criança de situação:
_____meses incompletos é usar as mãos, as colocando a) dosagem de hormônio de crescimento
frequentemente na boca, junto com roupas e qualquer b) escanometria
outro objeto ao seu alcance. Assinale a alternativa que c) velocidade de crescimento
preenche corretamente a lacuna do trecho acima. d) idade óssea
a) 0 a 3
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) 3 a 6
c) 6 a 9
d) ‘9 a 12 FMABC – 2016
e) 12 a 15 4. O “The WHO Multicentre Growth Reference Study” é o
referencial adotado oficialmente no Brasil para acom-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA panhamento do crescimento de crianças de 0 a 5 anos.
Ele tem como características principais ser:
a) estudo multicêntrico, países envolvidos – Estados
AMRIGS – 2016
Unidos e Alemanha, incluiu recém-nascidos com
2. Em relação ao crescimento na puberdade, é CORRE-
baixo peso
TO afirmar que:
b) estudo multicêntrico, o Brasil está incluído entre
a) nos meninos, costuma ocorrer mais cedo e com os países avaliados, incluiu crianças que receberam
maior magnitude do que nas meninas aleitamento materno exclusivo até 4 a 6 meses e total
b) a idade de início e a velocidade das mudanças va- até 1 ano
riam entre os indivíduos, independentemente de fa- c) estudo unicêntrico, realizado nos Estados Unidos,
tores hereditários ou nutricionais incluiu somente lactentes nascidos à termo
c) o pico de velocidade do crescimento costuma ser de d) estudo multicêntrico, realizado na Europa e Brasil,
9 cm/ano em meninas e de 10 cm/ano em meninos inclui crianças que recebiam aleitamento materno e
d) durante a puberdade há um ganho de 35% da estatu- fórmulas infantis
ra final
e) durante a puberdade ocorre um significativo ganho  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de peso de 25% do peso final

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA FMABC – 2016


5. O estirão de crescimento e a menarca apresentam rela-
ção direta com os estágios da maturação sexual e o co-
FMABC – 2016 nhecimento dessa relação é fundamental na abordagem
3. Família de criança com 8 anos de idade do gênero fe- da adolescente e de seus familiares, particularmente no
minino procura atendimento pediátrico por causa de que se refere às queixas de crescimento e de menstrua-
baixa estatura (Z escore da estatura/idade entre -2 e ção. Nas meninas é esperado que o início do estirão de
-1). Estadiamento puberal P1M1. crescimento e a menarca ocorram, respectivamente, em:
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Puericultura | Questões para treinamento

a) M2 e M3 necessário informar à mãe que a primeira manifesta-


b) M2 e M4 ção de maturação sexual no sexo feminino e masculi-
c) M3 e M4 no é, RESPECTIVAMENTE,
d) M4 e M5 a) telarca e aumento do escroto e dos testículos
b) pubarca e aumento do pênis em toda a sua extensão
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) pelos longos, finos e ligeiramente pigmentados ao
longo dos grandes lábios e na base do pênis
d) broto mamário e presença de pelos longos, finos e
PUC-PR – 2016
ligeiramente pigmentados na base do pênis
6. Um menino de 12 anos e seis meses de idade consulta
com queixa que é o menor entre os colegas na esco-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
la. Não refere outras queixas; não faz uso crônico de
medicações. A alimentação é adequada para a idade.
Pratica futebol duas vezes por semana. Nasceu com SURCE – 2016
2.600 g e 47 cm, com a idade gestacional de 36 sema- 10. Na avaliação dos marcos do crescimento e desenvol-
nas. Pai com 168 cm (P10) e 54 kg (P3) e mãe com 158 vimento infantis existe uma cronologia que deve ser
cm (P25) e 66 kg (P75). Mãe refere que, com 11 anos acompanhada, observando suas possíveis variações.
de idade, o paciente apresentava 137 cm de estatura. Aos seis meses de idade, um lactente deve ser capaz de:
Ao exame, paciente com 142 cm (P10), peso 38 kg a) engatinhar
(P25), genitália com pubarca grau 3 (Escala de Tan- b) ficar de pé com apoio
ner) e testículos em T2 (Orquidômetro de Prader). O c) andar com apoio
diagnóstico mais provável é: d) sentar-se com apoio
a) baixa estatura familiar
b) retardo constitucional de puberdade e crescimento  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) obesidade exógena
d) paciente não apresenta alteração de crescimento UFPR – 2016
e) nanismo hipofisário 11. A avaliação do crescimento é essencial para o acom-
panhamento adequado da saúde da criança e do ado-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
lescente. Em relação ao crescimento e como avaliá-lo,
é CORRETO afirmar que:
SES-GO – 2016 a) a Organização Mundial de Saúde desenvolveu cur-
7. Na fase da adolescência: vas de crescimento baseadas em dados coletados em
a) o primeiro sinal de puberdade no menino é o cresci- populações dos cinco continentes, com crianças es-
mento do pênis pecialmente selecionadas por viverem em condições
b) os primeiros sinais puberais aparecem nas meninas ótimas, conforme as práticas de saúde recomenda-
antes dos sete anos das
c) a ausência de mamas a partir dos 13 anos ou de pe- b) é preciso conhecer a estatura alvo, o comprimento
los púbicos a partir dos 14 anos, na menina, indica ao nascer e a idade óssea para predizer a estatura
anormalidade adulta de crianças e adolescentes
d) o crescimento é acelerado e, na menina, continua até c) a velocidade de crescimento é um bom parâmetro
o final da adolescência para avaliar o estado de saúde de adolescentes com
doenças crônicas, quando calculada em períodos de
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA observação inferiores a dois meses
d) criança com estatura inferior ao 50º percentil deve
ser investigada para doenças que interferem negati-
SURCE – 2016 vamente com o crescimento
8. Conversando acerca do desenvolvimento do filho de e) maturação óssea atrasada ocorre tanto em crianças
5 meses, a mãe questiona ao médico se o filho está se com deficiências hormonais, como em crianças com
desenvolvendo normal. Das aquisições abaixo, em baixa estatura familiar
quais poderá se basear o médico para emitir um pare-
cer de que essa criança está se desenvolvendo bem?  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) o bebê sabe quando se dirigem a ele
b) a criança aponta para as coisas que ele quer
c) o bebê fala, pelo menos, uma palavra com sentido UFPR – 2016
d) a criança dá adeus, bate palmas; gosta de imitar os pais 12. Em relação ao reflexo palmar na criança com exame
neurológico normal, é CORRETO afirmar que:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a) pode persistir até os 3 meses de idade
b) persiste até os 6 meses de idade
c) desaparece após o início do sentar
UFG – 2016 d) desaparece com o início da marcha
9. A mãe de um casal de gêmeos de 12 anos traz os filhos e) pode persistir até os 18 meses de idade
para avaliação por achar que eles estão “demorando a
entrar na puberdade”. Para uma orientação correta, é  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


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1 Crescimento e desenvolvimento

UFRN – 2016 a) dosar de-hidroepiandrosterona e androstenediona


13. A aquisição neuromotora se faz em idades-chave bem b) realizar ultrassonografia abdominal
definidas, no primeiro ano de vida. A seguir, apresen- c) dosar FSH, LH, estradiol e prolactina
tam-se duas colunas: a primeira, com as fases de aquisi- d) dosar somente FSH e LH
ção motora; a segunda, com a idade relativa a cada fase. e) acompanhar clinicamente

(1) Andar voluntário ( ) 3 meses de idade  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


(2) Fase cervical ( ) 12 meses de idade
(3) Sentar voluntário ( ) 9 meses de idade
UNAERP – 2016
(4) Fase do engatinhar ( ) 6 meses de idade
17. Paciente, sexo masculino, 13 anos, é trazido ao con-
Correlacionando-se a primeira coluna com a segun- sultório com queixa de baixa estatura. Mãe refere que
da, a sequência CORRETA será: ele é uma criança saudável. Nega traumas ou outras
a) 4, 2, 1, 3 queixas. Pais com estatura mediana. Nasceu com 39
b) 2, 1, 4, 3 semanas, 2950g e 49 cm. Ao exame físico, peso no
c) 2, 3, 4, 1 p10, estatura abaixo do p3 (Z-score: -2,2 desvios-pa-
d) 3, 2, 1, 4 drão). Ausculta cardiopulmonar e exame abdominal
sem alterações. Estadiamento puberal: G1P1. Idade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA óssea: 10 anos e 6 meses. Cresceu 3 cm nos últimos 6
meses. Qual seria sua provável hipótese diagnóstica?
UFRN – 2016 a) baixa estatura familiar
14. No que concerne ao desenvolvimento psicossocial, a b) baixa estatura constitucional
criança, aos três meses de vida, apresenta um com- c) PIG sem catch-up
portamento que é da maior importância para sua re- d) deficiência de GH
lação com os outros. Trata-se: e) síndrome genética
a) do ato de engatinhar
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) do desaparecimento do reflexo de moro
c) do ato de esboçar o primeiro sorriso
d) da ação de bater palminhas UNAERP – 2016
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 18. Menina de 14 anos apresenta quadro de baixa esta-
tura que preocupa muito seus pais. Relatam que nos
últimos 3 anos cresceu 8cm. Tem idade óssea de 12
UFRN – 2016 anos. Ao exame, M1P1. Sem estigmas sindrômicos.
15. Uma menina de 8 anos e 6 meses é levada ao ambu- Estatura em -2,8 desvio padrão da média para idade e
latório com queixa de aumento do volume das ma- sexo. Dos dados apresentados, qual é o mais sugestivo
mas bilateralmente, há 2 meses, sem aparecimento de de deficiência de GH?
pelos pubianos, corrimento vaginal ou outros sinais, a) sexo feminino
negando também alterações de comportamento. A b) velocidade de crescimento
paciente apresenta DNPM normal, é bem adaptada c) idade óssea
socialmente e está cursando o segundo ano. Ao exa- d) estadiamento de Tanner
me, apresenta de positivo, apenas penugem pigmen- e) ausência de estigmas sindrômicos
tada em região pubiana e mamas M2 bilateralmente.
Nesse caso, a primeira hipótese diagnóstica deve ser:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) puberdade normal
b) adrenarca precoce
c) telarca isolada UNIFESP – 2016
d) puberdade precoce 19. Adolescente, sexo masculino, 13 anos procura ambu-
latório com história de aumento de mamas bilateral-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA mente, há cerca de 4 meses. Nega dor local ou saída
de secreção. Nega uso de drogas ou doenças crôni-
UFSC – 2016 cas. Refere que pai apresentou quadro semelhante
16. Uma mãe leva sua filha de 9 anos ao ambulatório, pois durante a adolescência. Exame físico: eutrófico, de-
está preocupada com o fato de, recentemente, terem senvolvimento pubertário pelos critérios propostos
surgido pelos pubianos. Ao exame, o médico constata por Tanner G (genital) 3, glândula mamária palpável
a presença de pelos pubianos em regular quantidade, bilateralmente com 5 cm de diâmetro, sem sinais flo-
curtos, escuros, não muito grossos, crespos, em distri- gísticos, indolor à palpação, sem saída de secreção à
buição triangular. Não há desenvolvimento mamário expressão manual. Diante do caso, quais informações
nem pelos axilares. Assinale a alternativa CORRETA, da história e exame físico são as mais relevantes para
que apresenta a melhor conduta a ser tomada. a hipótese de ginecomastia puberal?

SJT Residência Médica – 2016


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Puericultura | Questões para treinamento

a) estadiamento pubertário do adolescente, anamnese a) 1,0


negativa para uso de drogas ou doenças crônicas e b) 2,7
história familiar de ginecomastia c) 0,7
b) idade do paciente, anamnese negativa para doença d) 1,7
crônica e história familiar de ginecomastia e) 3,7
c) estadiamento pubertário do adolescente, presença
de glândula mamária simétrica e bilateral e história  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
familiar de ginecomastia
d) idade do paciente, ausência de sinais flogísticos ou FMJ – 2015
dor à palpação e história negativa para doença crô- 23. Qual dos dados apresentados a seguir é mais signi-
nica ficativo para o diagnóstico diferencial entre a baixa
e) estado nutricional do adolescente, glândula mamá- estatura familial (BEF) e o retardo constitucional do
ria bilateral e simétrica e expressão manual negativa
crescimento e da puberdade (RCCP)?
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a) peso
b) velocidade de crescimento (VC)
c) posição da estatura na curva (gráfico) de crescimento
UNIFESP – 2016 d) idade óssea
20. Menino de 5 anos de idade, trazido à consulta de e) relação SS / SI (segmento superior / segmento inferior)
retorno pelo pai preocupado porque a criança está
muito pequena. Criança nascida a termo com peso de  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
2850 g. Apresenta asma intermitente desde os 3 anos.
Estatura alvo: 168 cm; Radiografia de punhos: Idade
FMJ – 2015
Óssea: -1 DP; velocidade de crescimento: 3 cm/ano;
24. O pediatra atende uma menina de 5 anos que apre-
IMC: escore z entre -1 e 0; Estatura/Idade: escore z en-
senta perda progressiva dos marcos do desenvolvi-
tre -1 e 0. Qual parâmetro indica maior necessidade
mento, feições grosseiras e hepatoesplenomegalia.
de investigação do quadro?
Esse quadro clínico sugere:
a) baixa previsão de estatura final
a) síndrome de Turner
b) idade óssea atrasada
b) hipotireoidismo
c) escore de Índice de Massa Corpórea e Estatura/Idade
c) mucopolissacaridose
d) baixa velocidade de crescimento
d) intoxicação por vitamina D
e) peso ao nascer e presença de doença crônica
e) intoxicação crônica por chumbo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UNIOESTE – 2016
21. Assinale a afirmação INCORRETA. FMJ – 2015
a) o crescimento é considerado um dos melhores indi- 25. No atendimento do adolescente, em relação à matura-
cadores de saúde da criança, uma vez que, ao longo ção sexual, recomenda-se investigar:
desse processo, ele sofre influência direta do ambiente a) adolescente do sexo feminino que não apresenta si-
b) levando-se em conta a faixa etária de 0 a 2 anos de nais de puberdade aos 13 anos de idade
idade, o fator genético é o que mais interfere no pro- b) adolescente do sexo masculino que não apresenta
cesso de crescimento sinais de puberdade aos 13 anos de idade
c) os bebês prematuros, com peso abaixo de 2.500 g, po- c) puberdade iniciada antes dos 10 anos de idade em
rém com o peso adequado para a idade gestacional meninas
(AIG) ao nascer, apresentam um bom prognóstico d) puberdade iniciada antes dos 11 anos de idade em
em relação ao crescimento pós-natal compensatório meninos
d) a velocidade de crescimento da criança é especial- e) adolescente, masculino ou feminino, que não apre-
mente elevada nos dois primeiros anos de vida, com senta sinais de puberdade aos 12 anos
declínio acentuado até o final da fase pré-escolar, em
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
torno dos 5-6 anos de idade
e) na atenção primária, o peso foi um índice priorizado
por ser de fácil aferição e muito sensível, capaz de Hospital Angelina Caron – 2015
sinalizar de forma rápida a existência de problemas 26. Paciente de 7 anos de idade, feminina, vem ao con-
que afetam a saúde da criança menor de 5 anos sultório para consulta de rotina, mãe refere sudorese
exagerada e cheiro forte nas axilas. Na anamnese a
FMJ – 2015 mãe teve menarca aos 13 anos. Ao exame apresenta
22. Qual é a relação SS / SI (segmento superior / segmen- desenvolvimento de M3 e P2 segundo classificação de
to inferior) ao nascimento? Tanner. Sua conduta:

SJT Residência Médica – 2016


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1 Crescimento e desenvolvimento

a) classifica como puberdade precoce, solicita ecogra- UFPR – 2015


fia abdome total e ginecológica, RX de punhos para 30. Em relação ao desenvolvimento puberal, é CORRE-
idade óssea e alerta a mãe para possibilidade de con- TO afirmar:
sulta com endocrinologista a) o início da puberdade das meninas ocorre a partir dos
b) tranquiliza a mãe, pois a criança já se encontra na 8 anos, em geral com o surgimento do broto mamário
primeira puberdade, apresentando sinais próprios (M2 dos critérios de estadiamento puberal de Tanner)
da idade b) o primeiro sinal clínico de puberdade nos meninos
c) encaminha diretamente para o endocrinologista é o surgimento dos pelos pubianos (G2 dos critérios
d) alerta a mãe para puberdade precoce e orienta acom- de estadiamento puberal de Tanner) e ocorre a partir
panhamento mensal no seu consultório dos 10 anos de idade
e) tranquiliza a mãe que o desenvolvimento está um c) a menarca ocorre no estágio de maturação de Tan-
pouco adiantado, porém pelo histórico familiar a
ner M4 e é o evento que define o final da puberdade
menarca deverá ocorrer na idade próxima a da mãe
e do crescimento das meninas
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) nos casos de puberdade precoce, as crianças apre-
sentam-se altas no momento da avaliação clínica,
devido ao estirão de crescimento prematuro, e, se
Hospital Maternidade Therezinha de Jesus – 2015 não forem tratadas adequadamente, isso resultará
27. Qual a idade limite inferior da normalidade para o em alta estatura na vida adulta
início da puberdade em meninos e qual a característi- e) a ausência de caracteres sexuais secundários nos
ca sexual presente mais frequente? meninos com 13 anos de idade é indicativa de dis-
a) 8 anos ; aumento do pênis
túrbios na secreção das gonadotrofinas ou de lesão
b) 8 anos ; pelos pubianos
testicular e define o diagnóstico de hipogonadismo
c) 9 anos ; pelos pubianos
d) 9 anos ; aumento testicular  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
AMRIGS – 2015
UFPI – 2015 31. Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, em relação à aquisi-
28. Em relação ao crescimento da criança, NÃO é correto ção dos marcos de desenvolvimento da criança (habi-
afirmar: lidades) e suas respectivas faixas etárias.
a) durante a primeira semana de vida, o peso do re-
cém-nascido poderá diminuir até 10% do peso do Coluna 1
nascimento, como resultado da eliminação do ex- 1. Segura objetos.
cesso de líquido extravascular e da ingestão limitada 2. Sorriso social quando estimulada.
b) na baixa estatura familiar a idade óssea é compatível 3. Localiza o som.
com a idade cronológica 4. Imita gestos.
c) a estatura alvo em uma menina cujo pai mede 173 5. Brinca de esconde-achou.
cm e a mãe, 160 cm, pode variar de 155 a 165 cm
d) criança menor de 5 anos de idade com índice de Coluna 2
massa corporal maior que + 2DP (Desvio padrão) e ( ) 1 a 2 meses.
até + 3 DP deve ser considerada como sobrepeso ( ) 2 a 4 meses.
e) o traçado descendente da curva de crescimento (es- ( ) 4 a 6 meses.
tatura), nos primeiros dois anos de vida, é sempre ( ) 6 a 9 meses.
um sinal de gravidade e deverá ser investigado e ini- ( ) 9 a 12 meses.
ciada intervenção precoce

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de


cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
UFPI – 2015 b) 2 – 1 – 3 – 4 – 5
29. Quanto ao marco de desenvolvimento neuropsico- c) 2 – 3 – 1 – 5 – 4
motor esperado para um lactente de 9 meses de idade, d) 1 – 2 – 4 – 3 – 5
marque a opção INCORRETA. e) 2 – 1 – 3 – 5 – 4
a) pinça polegar-dedo
b) estranhamento (tem preferências por pessoas do seu  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
convívio)
c) nomeia objetos
d) transfere objetos de uma mão para outra AMRIGS – 2015
e) brinca de esconde-achou 32. Criança de três anos apresenta peso de 18 Kg (> + 2 es-
cores Z), altura de 1,0 metro (> -2 e < + 2 escores Z) e
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA IMC de 18 (<+2 e >+1 escores Z). Como você classifica,

SJT Residência Médica – 2016


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Puericultura | Questões para treinamento

conforme a Caderneta de Saúde da Criança, do Mi- b) levando-se em consideração a faixa etária de 0 a 2


nistério da Saúde, respectivamente, o peso, a altura e anos de idade, o fator genético é o que mais interfere
o IMC para a idade dessa criança? no processo de crescimento
a) peso elevado para a idade, altura adequada para a c) todo indivíduo nasce com um potencial ou alvo ge-
idade e risco de sobrepeso nético que está intrinsicamente e exclusivamente re-
b) peso elevado para idade, altura adequada para a ida- lacionado à hereditariedade
de e obesidade d) o acompanhamento do crescimento e desenvolvi-
c) peso adequado para idade, altura adequada para a mento é uma atividade exclusiva da consulta de pue-
idade e IMC adequado ricultura
d) peso elevado para idade, altura elevada para a idade e) a velocidade de crescimento da criança é especial-
e IMC adequado mente elevada e de forma linear no período de 0 a 5
e) peso elevado para idade, altura baixa para a idade e anos de idade
sobrepeso
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

INCA – 2015
AMRIGS – 2015
36. Criança de 3 anos é levada ao pediatra para avaliação
33. Em uma Unidade de Saúde (US), um adolescente do
sexo masculino, com 13 anos, vem à consulta por pondero-estatural. Na curva do gráfico observa-se
apresentar aumento mamário bilateral há aproxima- IMC (Índice de Massa Corpórea) para Idade entre os
damente 3 meses. Ele fica muito constrangido com valores +1 e +2 do Score Z. Assinale abaixo a classifi-
essa situação e evita expor-se sem o uso de camisetas. cação que deve ser atribuída a esta criança de acordo
Ao exame físico, palpa-se nódulo mamário bilateral com o Score Z:
de aproximadamente 2,5 cm, que apresenta estágio a) risco de sobrepeso
de maturação sexual G3 de Tanner. Nesse caso, qual a b) eutrofia
conduta CORRETA? c) sobrepeso
a) encaminhar para a avaliação com cirurgião d) obsesidade
b) continuar acompanhamento clínico na US e orien-
tar quanto à normalidade  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) prescrever tamoxifeno 10 mg, 2 vezes por dia, du-
rante três meses PUC-PR – 2015
d) solicitar exame de cariótipo e estudo ecográfico 37. Uma criança do gênero masculino com 18 meses de
e) solicitar dosagem
idade, nascida a termo, é conduzida pela genitora ao
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA Posto de Saúde para uma avaliação pediátrica do de-
senvolvimento. Analise as proposições a seguir:

Hospital Infantil Varela Santiago – 2015 I. Espera-se que esta criança fale entre 10-15 palavras.
34. Pré-escolar de cinco anos de idade, cujo peso está no II. Espera-se para esta criança que suba as escadas
percentil 15 (p15) da curva de crescimento da OMS. sem apoio, corra, pule e salte.
Esse quadro pode ser interpretado como: III. Espera-se que esta criança construa uma torre
a) 15% das crianças do mesmo gênero com esta idade composta de oito cubos.
têm este peso IV. Espera-se que esta criança coma sozinha e identi-
b) 85% das crianças do mesmo gênero com esta idade fique uma ou mais partes do corpo.
estão abaixo deste peso
V. A criança, ao atingir 24 meses, terá a metade da sua
c) 85% das crianças do mesmo gênero com esta idade
altura final de adulto.
têm este peso
d) 15% das crianças do mesmo gênero com esta idade
estão acima deste peso Estão CORRETAS as proposições:
e) 15% das crianças do mesmo gênero com esta idade a) I, II e III
estão abaixo deste peso b) I, IV e V
c) III e V
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) II e IV
e) I, II, III, IV e V
Hospital Infantil Varela Santiago – 2015  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
35. Sobre o crescimento da criança, podemos afirmar:
a) o crescimento é considerado um dos melhores indi-
cadores de saúde da criança e sofre influência direta PUC-RS – 2015
de fatores como alimentação, condições de habita- 38. Menino de 5 anos frequenta a escola infantil, brinca com
ção, fatores socioeconômicos, dinâmica familiar, outras crianças, veste-se sozinho, expressa ideias próprias
afeto (principalmente na relação mãe-bebê), acome- e preferências. Ao exame, apresenta IMC no escore Z aci-
timento de doenças e acesso aos Serviços de Saúde ma do +3. Em relação ao caso, analise as afirmativas:

SJT Residência Médica – 2016


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1 Crescimento e desenvolvimento

I. A avaliação pondero-estatural do menino a) familiar


está adequada. b) genética
II. Os marcos do desenvolvimento são adequados c) endócrina
para esta faixa etária. d) constitucional
III. O teste de Denver II é uma ferramenta útil para
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
triar globalmente o desenvolvimento desta criança.

Está / estão correta (s) a (s) afirmativa (s) UFSC – 2015


a) I, apenas 42. Assinale a alternativa que responde CORRETAMEN-
b) II, apenas TE à pergunta abaixo.
c) III, apenas Uma criança com 3 anos de idade apresenta escore Z
d) II e III, apenas dos seguintes índices antropométricos: escore de peso
para idade +0,5 e peso para estatura +1,5. De acordo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA com a Organização Mundial da Saúde, qual é a avalia-
ção do estado antropométrico desta criança?
a) peso adequado para a idade e eutrofia
SURCE – 2015
b) peso elevado para a idade e sobrepeso
39. Ao concluir o exame de uma criança de quatro meses c) peso adequado para a idade e sobrepeso
de idade, o médico comunica à mãe da criança que esta d) peso adequado para a idade e risco de sobrepeso
apresenta atraso em seu desenvolvimento motor. Qual e) peso elevado para a idade e eutrofia
dos sinais abaixo representa essa condição de hipotonia?
a) em suspensão ventral, a criança mantém a cabeça  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
abaixo do tronco
b) em decúbito dorsal, segurada pelos braços, a criança
UFSC – 2015
ergue a cabeça
43. Assinale a alternativa que completa CORRETAMEN-
c) em decúbito ventral, a criança levanta a cabeça e
TE a frase abaixo.
parte do tronco
Os reflexos primitivos de Moro e tônico-cervical as-
d) em pé, a criança mantém os pés cruzados em extensão
simétrico são mais importantes como indicadores de
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA paralisia cerebral quando:
a) são observados aos 2 meses de idade
b) não são observados aos 5 meses de idade
SURCE – 2015 c) não são observados aos 2 anos de idade
40. Menina vem à Unidade Básica de Saúde, para acom- d) são observados nas primeiras horas de vida
panhamento do crescimento, portando radiografia do e) são observados aos 10 meses de idade
punho esquerdo mostrando atraso de 2 anos da idade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
óssea em relação à idade cronológica. Hemograma e su-
mário de urina normais. Exibe as seguintes medições:
UNAERP – 2015
Aos sete anos: 110 cm, aos 8 anos – 117 cm, aos 9 anos 44. Adolescente de 16 anos com obesidade mórbida. Qual
– 122 cm e aos 10 anos – 128 cm. Não apresenta telar- das seguintes condições abaixo é a causa mais comum
ca ou pubarca e tem peso adequado para a idade. de insuficiência respiratória em adolescentes obesos?
a) apneia do sono
Após plotar as medidas no gráfico de crescimento, b) pneumotórax
qual a conduta adequada para esse caso? c) doença do refluxo gastresofágico
a) solicitar curva de hormônio de crescimento d) insuficiência cardíaca congestiva
b) iniciar tratamento com solução de zinco e arginina e) asma
c) solicitar dosagens hormonais – FSH, LH, TSH
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) monitorar crescimento, reforçar condições adequa-
das de nutrição, sono e atividade física
UNAERP – 2015
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 45. Lactente de 6 meses de idade vem para consulta de
puericultura. Exame da cavidade oral revela ausência
de dentes. Qual é a idade média para a erupção do
UERJ – 2015
primeiro dente?
41. Menina de nove anos é levada ao ambulatório para
a) 2-4 meses
consulta de rotina. O pediatra constata que o z score
b) 4-6 meses
de IMC é +2, a altura está abaixo do alvo genético e o
c) 6-8 meses
crescimento foi de 2cm em um ano. O exame físico é d) 8-10 meses
normal, Tanner M1P1. Foi solicitado raio X de mão e) 10-12 meses
e punho esquerdos que mostrou idade óssea de cinco
anos. A provável causa da baixa estatura, nesse caso, é:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


136
Puericultura | Questões para treinamento

UNAERP – 2015 c) vulvovaginite na infância (sugerido pelo conteúdo


46. Endocrinologista pediátrico diagnosticou atraso vaginal), comum nesta idade devido à maus hábitos
constitucional de crescimento em um adolescente de de higiene
14 anos. Qual das alternativas é mais consistente com d) puberdade fisiológica com todas as manifestações
o este diagnóstico? características de atividade estrogênica sistêmica
a) prognostico para altura final na idade adulta é bom
b) idade óssea normal comparada a idade cronológica  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) história familiar para baixa estatura na infância
d) desnutrição no primeiro ano de vida USP-RP – 2014
e) pequeno para a idade gestacional ao nascimento 50. ID: Menino, 4 anos de idade, previamente hígido, com
crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor nor-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
mais, sem antecedentes patológicos significativos.
HMA: apresenta pubarca e crescimento peniano
UFG-GO – 2014 há 6 meses.
47. O melhor dado clínico ou de exame subsidiário para EF: apresenta estatura e peso acima do percentil 97,
avaliação de uma criança de seis anos de idade com face atípica, bom estado geral, presença de acne facial
diagnóstico de baixa estatura é a: e discreta hipertrofia muscular. A genitália externa é
a) idade óssea masculina, em estágio puberal de Tanner G3P3, com
b) IGF-1 pênis medindo 7x2 cm e testículos com volume de apro-
c) velocidade de crescimento ximadamente 6 mL (esquerdo) e 8 mL (direito). Não são
d) estatura-alvo observadas outras anormalidades ao exame físico. ES: A
idade óssea era de 7 anos e a concentração de testostero-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA na era 190 ng/dL (valor de referência < 30 ng/dL).
O(s) exame(s) necessário(s) para a confirmação do
provável diagnóstico é (são):
UFRN – 2014
a) dosagem de LH basal e/ou após estímulo com GnRH
48. JMF, sexo masculino, 14 anos , natural e procedente de
e ressonância magnética do encéfalo
Nova Parnamirim, procura o Pediatra com queixa de
b) dosagem de 17-hidroxiprogesterona basal e após es-
sempre ser pequeno em relação aos meninos de sua ida-
tímulo com ACTH
de, apresentando piora há 2 anos. Nasceu de parto nor- c) dosagem de DHEA-S, androstenediona, testosterona
mal, a termo, com peso de nascimento de 3,6 kg e 50 cm, e cortisol basal e após supressão com Dexametasona
e Apgar de 9 e 9. Quanto aos antecedentes pessoais, nega por 5 dias, seguido por US ou exame de RNM (resso-
patologias relevantes, traumas e cirurgias. Mãe hígida nância nuclear magnética) das glândulas adrenais
com 36 anos e 1,53 m de altura, tendo menarca aos 16 d) dosagem de LH, FSH, gonadotrofina coriônica e US
anos. Pai com 37 anos, obeso e 1,73 m de altura. Ao exa- ou exame de RNM dos testículos
me físico, apresentou: P 40 kg (Percentil 8% e ZE -1,4); E
1,45 m (Percentil 1% e ZE – 2,28); IMC 19,04 (Percentil  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
50%); Tanner G1P1, tireoide palpável sem alterações.
Traz uma idade óssea de 12 anos e 6 meses. Com base
USP-RP – 2014
nesses dados, a hipótese diagnóstica mais provável é:
51. ID: Menina, 1 ano e 8 meses anos de idade, previamente
a) baixa estatura por deficiência do hormônio de
hígida, com crescimento e desenvolvimento neuropsico-
crescimento
motor normais, sem antecedentes patológicos ou fami-
b) atraso constitucional do crescimento e desenvolvimento
liares significativos.
c) baixa estatura familiar
HMA: apresenta pubarca e acne há 2 meses.
d) hipotireoidismo
EF: estatura e peso acima do percentil 97, facie atípi-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ca, bom estado geral, presença de acne facial e discreta
hipertrofia muscular. A idade óssea é de 3 anos. Não
são observadas outras anormalidades ao exame físico,
USP-RP – 2014 a não ser: EG: A genitália externa é feminina, com cli-
49. ID: Criança de 8 anos e 8 meses de idade. toris aumentado, presença de 2 orifícios e ausência de
HMA: refere aparecimento de pêlos pubianos e ma- fusão da rafe mediana. O estágio de Tanner é M1P3.
mas há 4 meses. Sem outras queixas.
EF e G: Altura: P60, Peso: P50, Mamas M1 à D e M3 à Qual das opções contém o(s) exame(s) necessário(s)
esquerda, pêlos = P2. Vulva com caracteres infantis e para a confirmação do provável diagnóstico?
presença de conteúdo mucoide translúcido em introi- a) dosagem de LH e FSH: basal e após estímulo com
to vaginal. O diagnóstico provável é: GnRH e ressonância nuclear magnética do sistema
a) puberdade precoce, pois o aparecimento dos caracteres nervoso central e da sela túrcica
sexuais secundários ocorreram antes dos 9 anos de idade b) dosagem de estradiol, progesterona, citologia vaginal
b) agenesia da mama D sendo necessária a investigação e ultrassonografia pélvica

SJT Residência Médica – 2016


137
1 Crescimento e desenvolvimento

c) dosagem de androgênios e cortisol basal e cortisol após UFF-RJ – 2014


supressão com Dexametasona por 5 dias e tomografia 55. Em relação aos marcos de desenvolvimento, podemos
computadorizada das adrenais afirmar que com três meses a criança:
d) dosagem de androgênios, cortisol e de 17-hidroxipro- a) sustenta a cabeça
gesterona: basal e após estímulo com ACTH b) rola
c) busca objetos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) balbucia monossílabos
e) fixa o olhar nas próprias mãos
ABC – 2014
52. Uma colega, estudando para um concurso de residência  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
médica, o procura para sanar algumas dúvidas sobre a
puberdade. Entre as afirmações que ela faz sobre as ma-
nifestações puberais no sexo feminino, assinale a correta: Santa Casa-SP – 2014
a) inicialmente, quando ocorre desenvolvimento ma- 56. Durante uma consulta de rotina, os pais se queixam
mário unilateral, pode-se aguardar até 6 meses pelo que sua filha de 12 anos não está crescendo adequada-
aparecimento do broto mamário contralateral mente. A estatura da paciente está no percentil 25% das
b) o início do desenvolvimento mamário aos 9 anos de curvas de crescimento da OMS. O pediatra calculou o
idade é indicativo de uma provável puberdade precoce alvo genético em 75%. Podemos afirmar, em relação a
c) o pico do estirão puberal ocorrerá quando ela estiver este caso, que:
no estágio M4 de Tanner a) a deficiência de hormônio de crescimento está afastada
d) a menarca não guarda relação alguma com o es- b) ela apresenta uma deficiência real de crescimento
tirão puberal c) o cálculo do alvo genético é igual para os dois sexos
d) se a idade óssea for normal, deve estar ocorrendo atra-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA so constitucional do crescimento
e) o comprimento e o peso ao nascimento não tem re-
ABC – 2014 levância no caso desta paciente
53. Carla, 13 anos de idade, tem sua estatura abaixo do es-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
core Z -2 e índice de massa corpórea (IMC) entre esco-
res Z -1 e 0 nas curvas de referência utilizada. Os pais
são saudáveis, não consanguíneos e medem, respecti- Hospital Municipal São José-SC – 2014
vamente, 170 e 160 cm. A menarca materna ocorreu 57. Durante o exame físico normal de um lactente com seis
aos 12 anos. A paciente apresenta desempenho intelec- meses de idade, avalia-se o desenvolvimento neuropsi-
tual normal, histórico de otites de repetição e ausência comotor e espera-se o desaparecimento do(s) reflexo(s):
de qualquer sinal puberal. Diante desses achados, está a) de preensão palmar
indicada a seguinte conduta: b) de preensão plantar
a) solicitar radiografia de mão e punho esquerdos para c) de Laudau
avaliação da idade óssea. d) profundos
b) dosar o fator de crescimento semelhante à insuli- e) todas as alternativas acima estão corretas
na (IGF-1)
c) solicitar cromatina sexual e cariótipo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) não solicitar exames e aguardar o início da puberdade

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA UFSC – 2014


58. Assinale a alternativa CORRETA.
CREMESP – 2013 Uma criança deve sentar sem apoio e apresentar rea-
54. O desenvolvimento da criança durante o primeiro ções equilibratórias a partir do:
ano de vida é exuberante sob vários aspectos físicos a) primeiro trimestre de vida
e de desenvolvimento de habilidades. É esperado que b) terceiro trimestre de vida
uma criança de termo, adequada à idade gestacional, c) segundo semestre de vida
apresente ganho ponderal (em kg); crescimento de d) quinto trimestre de vida
perímetro cefálico e de comprimento (ambos em cm), e) quarto trimestre de vida
respectivamente, de:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Primeiro ano de vida Segundo ano de vida
a) 7; 12 e 25 a 30 2,5; 2 e 10 a 12
UFRN – 2013
b) 10; 8 e 15 a 20 4; 5 e 12 a 14 59. Você recebe um menino de 13 anos e 6 meses, muito pre-
c) 10; 12 e 15 a 20 2,5; 5 e 10 a 12 ocupado com seu crescimento, o qual considera muito
d) 10; 8 e 25 a 30 2,5; 5 e 15 a 17 lento quando comparado com o de seus colegas. Nega
outras patologias e não há antecedentes pessoais e fami-
e) 7; 8 e 15 a 20 4; 2 e 15 a 17
liais relevantes. Os pais são hígidos, com estaturas me-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA dianas. No momento, está no percentil 6 da estatura e

SJT Residência Médica – 2016


138
Puericultura | Questões para treinamento

10 do peso, com Tanner G2P1, e realizou recentemente UFRN – 2013


uma radiografia de mãos e punhos que indica uma ida- 63. Em relação ao desenvolvimento puberal, é CORRE-
de óssea compatível com 11 anos de idade. O provável TO afirmar:
diagnóstico para esse paciente é: a) a menarca geralmente ocorre em meninas em estágio
a) atraso constitucional do crescimento de crescimento mamário Tanner M5
b) deficiência gonadotrófica central b) em meninos, o primeiro sinal de desenvolvimento
c) deficiência do hormônio de crescimento puberal é o aparecimento de pelos em região escro-
d) baixa estatura familial tal e na base do pênis
c) meninas geralmente têm menor duração de seu pro-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
cesso puberal quando comparadas aos meninos
d) em meninos, o estirão puberal ocorre no estágio de
Hospital Albert Einstein – 2013 crescimento genital Tanner G5
60. Considerando o desenvolvimento normal de crianças
a partir dos 2 anos de idade e adolescentes, é correto  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
afirmar que a velocidade de crescimento da estatura
a) eleva-se dos 2 aos 5 anos, diminui até os 9 anos, quan- Santa Casa-SP – Pediatria – 2013
do volta a elevar-se, atingindo picos de crescimento
64. Quanto à maturação sexual na adolescência assinale a
mais precoces nos meninos (cerca de 2 anos antes)
alternativa CORRETA:
b) diminui dos 2 aos 7 anos e volta a elevar-se, atingin-
a) cerca de 2/3 dos meninos apresenta aumento de te-
do picos de crescimento mais precoces nos meninos
(cerca de 2 anos antes) cido mamário durante o desenvolvimento puberal
c) diminui dos 2 aos 9 anos e volta a elevar-se, atingin- b) os pelos axilares, nos meninos, geralmente se desen-
do picos de crescimento mais precoces nas meninas volvem dois anos antes dos pelos pubianos
(cerca de 2 anos antes) c) a primeira manifestação de puberdade nas meninas
d) diminui dos 2 aos 7 anos e volta a elevar-se, atingindo é o aparecimento de pelos pubianos
picos de crescimento mais precoces nas meninas (cer- d) no sexo feminino, quando surge o broto mamário
ca de 2 anos antes) ocorre desaceleração do crescimento
e) eleva-se dos 2 aos 5 anos, diminui até os 9 anos, quan- e) a menarca ocorre na época de aceleração do cresci-
do volta a elevar-se, atingindo picos de crescimento mento da menina
mais precoces nas meninas (cerca de 2 anos antes)
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UNITAU – 2013
SES-SC – 2013 65. No primeiro dia de aleitamento materno, o volume esti-
61. Uma criança de 10 semanas de vida é trazida para ava- mado de colostro produzido por uma puérpera foi cerca
liação de seu desenvolvimento neuromotor no ambula- de 80 mL. Seu recém-nascido (RN) pesou 3.400 g com 1
tório de Pediatria. Está em muito bom estado geral, sem hora de vida, e 3.300 g ao final das primeiras 24 horas.
intercorrências clínicas desde o nascimento. Nasceu com No relato da enfermagem, a criança esteve calma, eva-
3.300 g, 50 cm de comprimento e Apgar 9/10. Dos acha- cuou 2 vezes e urinou 1 vez no período. Com base no
dos abaixo, aquele que não é usual nessa fase é: exposto, a conclusão é que:
a) emitir ruídos guturais a) o RN sofreu desidratação leve
b) apresentar reflexo de Moro b) o RN deve ser reidratado idealmente com água filtra-
c) colocar objetos na boca da e fervida
d) fixar e acompanhar objetos quando se movem c) os achados deste RN são compatíveis com a
e) sustentar a cabeça quando estiver de bruços normalidade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) nesse período, o RN poderia ter perdido 15% de seu
peso sem problemas
e) o RN necessita de reposição com fórmula de partida
UFRN – 2013 em copo descartável
62. Até os dois anos de vida, na avaliação neurológica da
criança, é fundamental a avaliação do desenvolvimen-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
to neuropsicomotor. A aquisição motora se faz numa
sequência bem definida no primeiro ano de vida. A
UNITAU – 2013
sequência de desenvolvimento motor esperada é:
66. O processo de crescimento é complexo e mutifatorial,
a) fase cervical, fase troncular, postura ereta, deambulação
englobando a composição genética do indivíduo e fa-
b) deambulação, fase cervical, fase do engatinhar, pos-
tura ereta tores hormonais, nutricionais e psicossociais. De acor-
c) fase cervical, fase do engatinhar, fase troncular, pos- do com o exposto, assinale a afirmativa CORRETA:
tura ereta a) o primeiro ano de vida é caracterizado por maior ve-
d) fase troncular, fase cervical, postura ereta, deambulação locidade de crescimento, cerca de 35 cm/ano
b) no segundo ano, a criança cresce aproximadamente
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 22 cm/ano

SJT Residência Médica – 2016


139
1 Crescimento e desenvolvimento

c) entre o terceiro ano e o início da puberdade, o cres- UEL-PR – 2013


cimento é relativamente estável, cerca de 10 cm/ano 69. Na investigação do atraso do desenvolvimento neurop-
d) o crescimento puberal ocorre mais cedo nos meninos sicomotor de uma criança, assinale a alternativa que
do que nas meninas apresenta, corretamente, qual das situações necessita
e) o estirão puberal nos meninos é maior do que investigação:
nas meninas a) andou com apoio aos 20 meses
b) apresentou persecução ocular com 1 mês
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) apresentou pinça digital com 8 meses
d) apresentou sorriso social com 2 meses
Santa Casa-BH – 2013 e) segurou objetos com 4 meses
67. Criança de cinco meses, sexo masculino, é levada para  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
consulta de puericultura de rotina, com mãe muito
preocupada com o desenvolvimento de seu filho que
não está com sustento cervical completo e que o filho UEL-PR – 2013
da vizinha de quatro meses já está todo “durinho”. O 70. No acompanhamento de crianças com baixa estatura
pediatra então colhe a história da criança que mostra familiar, encontra-se:
uma gestação com seis consultas, sorologias da ges- a) atraso da idade óssea
tante normais e que, com 24 semanas de gestação, a b) diminuição do IGF-1 (Fator de Crescimento Insuli-
gestação tornou-se de alto risco devido a hipertensão na Símile)
arterial da gestante e que, com 28 semanas, foi neces- c) diminuição do pico noturno de GH (hormônio do
sária a realização de cesariana devido a descontrole crescimento)
da hipertensão arterial. No relatório da maternidade, d) puberdade tardia
mostrou que o RN ficou em ventilação mecânica por e) velocidade de crescimento normal
quatro dias, recebeu surfactante, teve sepse presumi-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
da tratada por 10 dias, avaliação de retina normal e
ultrassom transfontanelar normal. No exame do pe-
diatra da puericultura, foi notado um PC: 38 cm, sus- UFF-RJ – 2013
tento cervical incompleto, sorriso social, tônus ade- 71. Menina de 14 anos é atendida devido à dificuldade de
quado, reflexos primitivos todos presentes e criança desenvolvimento estatural (P < 3) e sexual. Ao exame
acompanhava com olhar estímulo de luz nas quatro físico, apresenta fácies atípica, hidratada, corada e
direções. Frente ao não sustento cervical nessa crian- acianótica, genitália M1 P1. Nesse caso, a condição que
ça de cinco meses, qual a melhor conduta? deve sempre ser descartada é:
a) encaminhar o lactente para a fisioterapia a) síndrome de Turner
b) solicitar tomografia computadorizada de crânio, ava- b) síndrome do ovário policístico
liação da neurologia infantil e fisioterapia c) atraso constitucional do crescimento
c) tranquilizar a mãe e mostrar que, pela idade gestacio- d) hipotireoidismo
nal corrigida, o lactente em questão está com desen- e) pan-hipopituitarismo
volvimento normal
d) encaminhar a criança para neurologia infantil e fi-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
sioterapia

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA Unificado-MG – 2013


72. A radiografia das mãos e dos punhos para avaliação
da idade óssea deve ser realizada em toda criança com
UFRN – 2013 distúrbio de crescimento. Em qual situação NÃO de-
68. Lactente, Clara, 4 meses, é levada pela sua mãe à con- vemos encontrar atraso na idade óssea?
sulta pediátrica de rotina. Durante a consulta, o pe- a) desnutrição
diatra questiona sobre como está a sua alimentação e b) hipotireoidismo primário
o seu desenvolvimento. Considerando-se a sua faixa c) pseudopuberdade precoce
etária, as respostas a essas perguntas, estando esses d) retardo constitucional do crescimento
critérios adequados, deveriam ser, respectivamente:
a) alimentação com leite materno exclusivo. Clara sorri  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e sustenta a cabeça
b) alimentação com leite materno exclusivo. Clara sorri
e não sustenta a cabeça Unificado-MG – 2012
c) alimentação com leite materno e leite de vaca. Clara 73. O acompanhamento do crescimento e desenvolvi-
sorri e senta sozinha mento do indivíduo a partir de sua concepção é im-
d) alimentação com leite materno e fórmula de partida. portante função do pediatra. Apesar de serem proces-
Clara sorri e engatinha sos interdependentes, não são sinônimos. Dentre as
afirmativas abaixo qual é considerada CORRETA em
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA relação a estes dois processos:

SJT Residência Médica – 2016


140
Puericultura | Questões para treinamento

a) cada criança tem ritmo próprio de desenvolvimento, c) após verificar que a idade óssea é compatível com a
que sofre pouca interferência do meio social em que vive idade cronológica da criança, ao raio X de mão e pu-
b) o crescimento caracteriza-se pela aquisição de habi- nho, você conclui que se trata de baixa estatura fami-
lidades progressivamente mais complexas liar e tranquiliza os pais
c) o desenvolvimento de cada criança é analisado em re- d) independente da suspeita clínica, deve-se solicitar na
lação às curvas de referência construídas a partir de primeira consulta dosagem de TSH, T4 livre, IGF-
uma população padrão -1,IGFBP-3, cortisol, testosterona total, albumina e
d) o desenvolvimento tem características próprias como raio X de mão e punho.
ser próximo distal, ou seja do tronco para as mãos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Santa Casa-SP – 2012
Unificado-MG – 2012 77. A respeito das novas curvas de crescimento da OMS,
74. Ao analisar o cartão de saúde de criança de 8 meses assinale a INCORRETA:
de idade, verifica-se na curva de peso para idade que a) o estudo para elaboração das novas curvas foi dese-
a posição do peso atual encontra-se entre o percen- nhado de tal forma que fornece dados baseados em
tual 10 e 97 com inclinação ascendente da curva nos como a criança deve crescer segundo as recomenda-
últimos meses. A conclusão da análise da condição da ções ideais para promoção de saúde
criança quanto ao peso e a correspondente conduta b) caso as atuais curvas já existissem no mesmo molde
deverão ser, respectivamente: há 20 anos, a epidemia de obesidade que vem ocor-
rendo principalmente nos países desenvolvidos teria
a) alerta e investigar causa infecciosa como, por exemplo,
sido detectada precocemente
infecção urinária
c) as novas curvas da OMS são mais adequadas para a
b) alerta e investigar possíveis causas com atenção ao
população norteamericana e europeia do que para
desmame
os países da América do Sul e África
c) alerta e promover restrição calórica
d) uma das características mais importantes das novas cur-
d) satisfatória e parabenizar a mãe pelo crescimento da
vas foi estabelecer o aleitamento materno como modelo
criança
normativo de alimentação para o crescimento adequado
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) a natureza longitudinal do estudo multicêntrico pos-
sibilita o desenvolvimento de curvas de normatização
da velocidade de crescimento
SES-RJ – 2012
75. Com relação ao desenvolvimento considerado normal  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de uma criança é INCORRETO afirmar:
a) aos 3 meses de idade, um bebe é capaz de votar a ca- UFPR – 2012
beça na direção de um som feito ao nível do ouvido 78. Em relação ao desenvolvimento neuropsicomotor do
b) com 7 meses, uma criança é capaz de transferir um lactente, considere as seguintes afirmativas:
brinquedo de uma mão para a outra 1. O perímetro craniano aumenta 1,5 a 2 cm ao mês
c) com 1 ano, consegue construir uma torre com 7 cubos nos primeiros 12 meses de vida.
d) com 1 ano e seis meses, consegue comer sozinho 2. O reflexo de Magnus-Kleijn pode persistir até os 3
a 4 meses de idade.
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 3. O reflexo cutâneo plantar em extensão pode estar
presente nas crianças normais de 12 meses de idade.
4. A fontanela anterior pode persistir aberta até o
SES-RJ – 2012 período de 18 a 24 meses de idade.
76. Luiz, de 8 anos de idade, é levado pelos pais ao pedia- 5. O tônus muscular diminuído com arreflexia pode
tra, preocupados porque é o menor. Relataram parto ser normal nos primeiros 3 dias de vida.
normal, a termo e que o peso e estatura foram ade-
quados para a idade gestacional. Levaram o cartão de Assinale a alternativa correta.
crescimento que mostrou que a linha de crescimento a) somente as afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras
b) somente as afirmativas 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras
cruzou os percentis para baixo nos dois primeiros anos
c) somente as afirmativas 3 e 5 são verdadeiras
de vida, e posteriormente, ficou estável, sempre no per- d) somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras
centil 5 para estatura. Os pais reconheceram que são e) somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras
baixos: mãe mede 1,56 e o pai 1,64 de altura. O exame
físico da criança é normal, com estatura igual a 116 cm  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e peso igual a 22 kg. É INCORRETO afirmar:
a) uma boa história clínica e familiar é importante para UFPR – 2012
elucidação de casos de crianças com baixa estatura 79. Sobre as causas da baixa estatura na infância, identifi-
b) o alvo estatural da criança é 166 cm, mas poderá ser que os agrupamentos de fatores a seguir como verda-
mudado com boa alimentação e exercícios deiros (V) ou falsos (F):

SJT Residência Médica – 2016


141
1 Crescimento e desenvolvimento

( ) Doença celíaca, anemia crônica e hipertireoidismo. d) a impressão de obesidade poderá ser confirmada
( ) Puberdade precoce, hiperplasia adrenal congênitas pelos gráficos de crescimento se o peso-para-altura
e hipertireoidismo. exceder 120% do peso-para-altura padrão médio
( ) Hipotireoidismo, doença celíaca e insuficiência re- e) somente após os 5 anos de idade podemos perceber a
nal crônica. influência dos genes no crescimento da criança, cor-
( ) Uso crônico de glicocorticoides, craniofaringeoma
relacionando o tamanho da mesma com a média da
e deficiência de hormônio de crescimento.
altura dos pais
Em seguida assinale a alternativa que corresponde à
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
sequência correta, de cima para baixo:
a) V – F – V – F
b) F – F – V – F UFRN – 2012
c) F – V – F – V 83. Sobre o crescimento, é correto afirmar:
d) V – V – F – F
a) a associação de análogo de GnRH e GH deve ser re-
e) F – F – V – V
comendada a todas as crianças com baixa estatura
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA grave (abaixo de 2 DP) e que iniciam tardiamente o
seu tratamento
b) a hipótese de Síndrome de Turner deve ser sempre con-
PUC-PR – 2012
siderada em meninas com baixa estatura importante
80. Segundo o estadiamento puberal estabelecido por Tan-
ner, uma menina com mamas (M) com tecido glandular (abaixo de 2 DP), mesmo na ausência de estigmas
apenas subaerolar e pelos pubianos (P) grossos e encara- c) o uso de esteroides sexuais pode ser considerado uma
colados, com distribuição em vulva e região suprapúbi- alternativa adequada e de menor custo para o trata-
ca, em pequena quantidade, deve ser classificada como: mento da baixa estatura constitucional
a) M1 – P2 d) a estatura média da família não deve ser considerada
b) M2 – P1 no cálculo de estatura-alvo de um determinado pa-
c) M2 – P3 ciente em avaliação clínica
d) M3 – P2
e) M3 – P3  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UERJ – 2012
84. Descontente com sua altura, uma adolescente de 18
ICC-CE – 2012
anos quer saber da Endocrinologista se é possível usar
81. Identifique, dentre as abaixo, a opção correta referen-
te ao crescimento de uma criança normal. GH, pois está com 158,5 cm (ela fez questão de frisar
a) o recém-nascido a termo e saudável perde aproximada- a casa decimal) desde o início do ano anterior. Rela-
mente 18% do peso corporal nos primeiros dias de vida ta menarca aos 12 e os pais são hígidos, tendo 170 cm
b) dos 2 aos 8 anos de idade, o ganho corporal médio é (pai) e 152 cm (mãe). Sem nada encontrar de relevante
de, aproximadamente, 1 kg por ano nos exames clínico-laboratoriais, a médica conversa
c) o perímetro cefálico aumenta 10 cm no primeiro se- com ela e esclarece que:
mestre de vida e é um dos índices de menor variação a) a altura alcançada está compatível com seu alvo genético
para os diferentes grupos etários b) o GH pode ser usado, mas o resultado será limitado
d) no primeiro ano de vida, a criança cresce em média pela idade atual
25 cm/ano e o pré-escolar cresce, em média, 4,5 cm c) a altura está acima do previsto, já que a mãe é bem
por ano
mais baixa do que ela
e) ao nascimento, a relação segmento superior / seg-
mento inferior (SS/SI) é em torno de 1,0, aumentan- d) a parada do crescimento foi temporária e ela ainda
do para 1,5 até a idade de 8 anos crescerá pelo menos 3 cm

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SES-SC – 2012 USP-RP – 2012


82. Em relação à interpretação de gráficos de crescimento 85. Menino,13 anos de idade, vem à consulta porque se acha
infantil, marque a alternativa INCORRETA: baixo e pouco desenvolvido para sua idade. A história
a) em prematuros poderá ser evitado o diagnóstico de alimentar é satisfatória. Mãe mede 160 cm, pai é fale-
insuficiência de crescimento quando, ao inscrever os cido com altura desconhecida. Ao exame: Bom estado
parâmetros de crescimento, subtrair da idade pós- geral, hidratado, tireoide palpável, de tamanho e consis-
-natal as semanas da prematuridade
tência normais, ausculta cardíaca e pulmonar normais,
b) os neonatos de muito baixo peso (menor que 1.500 g)
poderão continuar a mostrar a retomada do cresci- assim como o exame do abdome. Temperatura axilar =
mento através de toda a idade escolar 36,8 oC; PA = 110 x 70 mmHg; estadiamento puberal de
c) o único bom indicador isolado de uma desnutrição Tanner: P1G2. Encontra-se no percentil 10 da curva de
aguda continua sendo o peso-para-altura abaixo do altura para idade e entre os percentis 5 e 10 da curva de
5º percentil peso para idade. A conduta mais adequada nesse caso é:

SJT Residência Médica – 2016


142
Puericultura | Questões para treinamento

a) solicitar radiografia de mão, punho e crânio e mar- a) PC = 42 cm, transferir objetos de uma mão para ou-
car retorno para três meses para avaliar velocidade tra, apresentar movimento de pinça polegar-indica-
de crescimento dor, balbuciar, sentar sem apoio e ter preferência por
b) solicitar radiografia de mão, punho e crânio, testes pessoa de seu convívio
para avaliação da função tireoidiana e de hormônio b) PC = 42 cm, tentar alcançar um brinquedo, procurar
do crescimento e avaliar intervalo do retorno para objetos fora do alcance, voltar-se para o som, rolar
verificar os resultados dos exames no leito e tentar chamar a atenção da mãe
c) não solicitar exames nesta consulta e marcar retorno em c) PC = 42 cm, observar sua própria mão, seguir obje-
2 meses para avaliação da velocidade de crescimento tos com o olhar ultrapassando a linha média, reagir
d) não solicitar exames nesta consulta e marcar re- ao som, elevar a cabeça e mantê-la a 45º
torno em 6 meses para acompanhar crescimento d) PC = 44,5 cm, transferir objetos de uma mão para
e desenvolvimento. outra, apresentar movimento de pinça polegar-indi-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA cador, balbuciar, sentar sem apoio e ter preferência
por pessoa de seu convívio
e) PC = 44,5 cm, tentar alcançar um brinquedo, pro-
Hospital Albert Einstein – 2011 curar objetos fora do alcance, voltar-se para o som,
86. Os pais de um menino de 9 anos de idade estão preocu- rolar no leito e tentar chamar a atenção da mãe
pados com a estatura do filho. A curva de crescimento,
apresentada abaixo, revela o desenvolvimento, sendo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
que a estatura do pai é 1,72 m e da mãe 1,61 m.
UNITAU – 2011
88. Quanto aos marcos de desenvolvimento nos primei-
ros 2 anos de vida da criança, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) aos 2 meses, sustenta a cabeça sentada
b) aos 4 meses, perda do reflexo tonicocervical assimétri-
co e da preensão palmar
c) aos 6 meses, balbucio monossilábico
d) aos 6 meses, preensão com polegar indicador
e) aos 6,5 meses, rola da posição de decúbito dorsal para
o decúbito ventral
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UNITAU – 2011
89. Adolescente de 15 anos, sexo feminino, comparece a
O Pediatra deve dizer aos pais que:
consulta com sua mãe, que está preocupada com o fato
a) a estatura é normal e está acompanhando o esperado
de a filha não ter apresentado a menarca. Nega antece-
como estatura alvo, podendo ficar tranquilos e mar-
dentes patológicos. A menarca materna ocorreu aos 11
cando retorno para acompanhamento
anos. Exame físico: peso no percentil 50, altura no per-
b) a estatura, apesar de estar dentro do que é esperado,
centil 25, velocidade de crescimento: 5 cm/ano. Tanner:
pode ser melhorada com a administração de hormô-
M1P1. A hipótese diagnóstica é:
nio de crescimento
c) deve ser colhido hormônio de crescimento, pois a es- a) síndrome de Turner
tatura está abaixo do esperado b) puberdade normal
d) deve ser realizada avaliação da idade óssea, pois a c) anorexia nervosa
estatura está abaixo do esperado d) bulimia
e) a estatura está abaixo do esperado, porém perdeu-se e) atraso puberal
o período ideal para a administração do hormônio
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de crescimento

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


Angelina Caron-PR – 2011
90. De acordo com o desenvolvimento biológico do ado-
UNIFESP – 2011 lescente podemos afirmar:
87. Lactente masculino nasceu na 40ª semana de gestação a) nas meninas, ocorrem, na sequência: repleção, telarca,
com peso = 3.100 g, comprimento = 50 cm e períme- pubarca, estirão, pelo axilar e menarca
tro cefálico (PC) = 34 cm. Apresentando crescimento b) nos rapazes a puberdade ocorre mais tardiamente,
e desenvolvimento normais. Assim, aos 9 meses deve sendo o aumento dos testículos o estágio de maior
apresentar: maturidade

SJT Residência Médica – 2016


143
1 Crescimento e desenvolvimento

c) no desenvolvimento psicológico do adolescente é patológicos relevantes, e pai e mãe hígidos, de 174 cm


prejudicial a adoção de limites, visto que a persona- e 163 cm, respectivamente. Considerando-se que o
lidade do adolescente é crítica e questionadora exame clínico foi normal, a primeira hipótese diag-
d) as manifestações biológicas da puberdade se com- nóstica baseada nesses dados é:
pletam em 2 anos a) estatura em vigilância de causa familial
e) nos rapazes o aparecimento de botão mamário é b) baixa estatura por hiperatividade adrenal
sempre sinal de alerta, devendo ser investigado c) estatura em vigilância de causa constitucional
d) baixa estatura por provável deficiência de GH
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Angelina Caron-PR – 2011
91. Adolescente de 15 anos, sexo masculino, procura am- UERJ – 2011
bulatório por se achar muito alto. Relata que come- 95. Dúvidas relacionadas ao crescimento e desenvolvi-
çou a crescer mais rapidamente aos 13 anos e já não mento são motivos frequentes da ida do adolescente
tem mais nenhuma roupa que sirva nele. Altura do e/ou seus familiares ao pediatra. Em relação ao de-
pai = 188 cm. Altura da mãe = 170 cm. Exame físico: senvolvimento puberal dos meninos, é CORRETO
Altura = 193 cm (acima do percentil 95), peso = 80 kg afirmar que:
(percentil 95), envergadura = 188 cm, Tanner G4P5. a) o pico de velocidade do crescimento ocorre quando
A conduta adequada é: os testículos alcançam 9-10 cm3, isto é, durante o es-
a) solicitar cariótipo tágio V de Tanner
b) prescrever GnRH b) o primeiro sinal de puberdade é o aumento dos testí-
c) reavaliar em 6 meses culos; este evento marca o estágio III de Tanner e se
d) encaminhar ao cardiologista dá em torno dos 12 anos
e) dosar hormônios tireoidianos c) o estirão do crescimento começa distalmente com
aumento dos pés e das mãos, seguido pelos braços e
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA pernas e finalmente pelo tronco e tórax
d) os meninos tipicamente atingem o auge do seu cres-
UFRJ – 2011 cimento cerca de um ano mais tarde que as meninas,
92. Adolescente, masculino, 17 anos procura o ambulató- em estágios de Tanner mais precoces que elas
rio devido a aumento mamário bilateral. A anamnese  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
revela que essa alteração surgiu aos 13 anos e persiste
até o momento, com acentuação gradativa, causando
dores no local e perturbação emocional. Exame físico: AMP-PR – Pediatria – 2011
Tanner G5P5, altura no percentil 75 e peso no percen- 96. Uma criança, do sexo masculino, cujo pai tem um al-
til 50, ginecomastia bilateral importante. Neste caso, tura de 182 cm e a mãe 162 cm, qual seria a estatura
está indicada a seguinte conduta: média esperada para ele na idade adulta?
a) realização de cariótipo a) 162 cm
b) remoção cirúrgica do tecido glandular b) 182 cm
c) observação até os 20 anos c) 172 cm
d) solicitação de perfil hormonal d) 178 cm
e) 165 cm
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFRN – 2011 USP-RP – 2011


93. Espera-se que, durante o desenvolvimento neuropsi- 97. Menino, 13 anos e 6 meses de idade, queixa-se de
comotor, todos os reflexos neonatais: baixa estatura, mais evidente nos últimos 2 anos.
a) desapareçam até os oito meses de vida Nega outras queixas ou uso de medicamentos. Nas-
b) desapareçam até os vinte e quatro meses de vida ceu de parto normal a termo, com 3.450 g e 49 cm.
c) desapareçam até os doze meses de vida Pai mede 184 cm e mãe 172 cm. Apresenta estatura
d) permaneçam durante a vida inteira de 137,5 cm (< percentil 3) e peso de 28 kg (< percen-
til 3). Envergadura: 138 cm, distância púbis-pé: 68
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
cm. Estágio puberal G1P1. Ausência de dismorfias
ou assimetrias corporais. Idade óssea realizada com
UFRN – 2011 13 anos = 8 anos, IGF-I: -2 desvios padrão para ida-
94. Um menino de 11 anos apresenta queixa de baixa es- de cronológica (-1,5 desvios padrão para idade ós-
tatura – percentil 7 –, em estágio Tanner G1P2, uma sea). Medidas antropométricas anteriores estão no
idade óssea de nove anos, sem antecedentes pessoais gráfico a seguir:

SJT Residência Médica – 2016


144
Puericultura | Questões para treinamento

( ) As vacinas preconizadas na adolescência são HPV,


hepatite A e B, varicela, rubéola, meningite C e re-
forço da dupla tipo adulto ou DTPa.
( ) As causas externas são a principal causa de mor-
talidade nessa faixa etária.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta,
de cima para baixo.
a) F – V – V – V – V
b) V – F – V – V – V
c) V – V – V – F – V
d) V – V – F – V – V
e) V – V – V – V – F

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFSC – Pediatria – 2011


100. Uma adolescente de 14 anos é atendida em compa-
nhia da mãe, com a queixa de que é a única menina
da classe que ainda não menstruou. Iniciou telarca e
pubarca aos 12 anos, tendo crescido bem no período.
O exame clínico é normal com desenvolvimento pu-
beral com classificação de Tanner P4 e M4. Com base
nos dados apresentados, é CORRETO afirmar:
a) trata-se de síndrome de Turner
b) provável hipotireoidismo subclínico
c) a puberdade tem evolução normal, não requerendo
investigação
d) provável síndrome dos ovários policísticos, necessi-
O diagnóstico é: tando reposição hormonal
a) deficiência de GH por lesão expansiva intrasselar e) é necessário realizar ultrassonografia pélvica e avalia-
b) deficiência de IGF-I por deficiência congênita de GH ção do eixo hipotálamo-hipófise-ovário
c) baixa estatura constitucional
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) hipocondroplasia

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA Cruz Vermelha-PR – Pediatria – 2011


101. Sobre o desenvolvimento neuropsicomotor assinale a
USP-RP – 2011 alternativa INCORRETA:
98. Em relação ao caso clínico acima, a melhor opção para a) sua avaliação geralmente é baseada na observação de
aspectos comportamentais, comparados com outras
prosseguir a investigação diagnóstica é:
crianças da mesma idade
a) teste de estímulo para avaliar secreção de GH
b) áreas do desenvolvimento como coordenação moto-
b) avaliação molecular dos genes GH1 e do GHRH
ra e linguagem são mais fácies de serem avaliadas
c) ressonância nuclear magnética hipotalâmica-hipofisária
que aspectos do desenvolvimento social e emocional
d) exame radiológico de ossos longos
c) os testes de linguagem são importantes porque a lin-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA guagem está intimamente relacionada ao desenvol-
vimento cognitivo nos primeiros anos de vida
d) quanto maior a criança, mais fácil é a mensuração dos
UFSC – Pediatria – 2011 aspectos sociais e emocionais do desenvolvimento
99. Identifique se as afirmativas abaixo sobre adolescên- e) atrasos de desenvolvimentos específicos e isolados devem
cia são verdadeiras (V) ou falsas (F). ser manejados com estimulação e avaliações periódicas

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


( ) A adolescência é um fenômeno que se inicia aos
12 anos e termina aos 18 anos, segundo o Estatuto
da Criança e do Adolescente. UFPR – Pediatria – 2011
( ) A tendência grupal e a busca da identidade fazem 102. Em relação à puberdade normal, assinale a alternati-
parte da evolução psicossocial normal da adoles- va CORRETA.
cência, não sendo consideradas psicopatologias. a) os níveis de FSH e LH permanecem baixos desde o
( ) As meninas têm o estirão do crescimento do meio nascimento até os 11 anos em meninos e meninas
para o final do desenvolvimento puberal; os me- b) a idade normal de início da puberdade nos meninos
ninos, no início da puberdade. é de 8 anos, e nas meninas é de 9 anos

SJT Residência Médica – 2016


145
1 Crescimento e desenvolvimento

c) a menarca nas meninas geralmente ocorre logo após UNITAU – 2010


o surgimento da telarca 107. Adolescente do sexo masculino, 14 anos e 6 meses, vem
d) o primeiro sinal de puberdade nos meninos geral- à consulta preocupado, pois acha que seu pênis está
mente é o aumento na velocidade de crescimento pequeno. No exame físico, apresenta-se no estágio de
e) o primeiro sinal de puberdade nas meninas é a telarca Tanner G2 P2 e restante normal. A conduta correta é:
a) encaminhar ao endocrinologista, pois se trata de re-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA tardo puberal
b) orientá-lo quanto à normalidade e suas fases de de-
senvolvimento
UNIFESP – 2010 c) solicitar raio X de idade óssea e exames hormonais
103. Com relação ao estadiamento puberal e crescimento d) acompanhar a velocidade de crescimento durante 24
em adolescentes, pode-se afirmar que: meses, para que se possa orientá-lo adequadamente
a) meninas e meninos iniciam o estirão em idades cro- e) encaminhá-lo ao psicólogo, pois trata-se de dismorfofobia
nológicas semelhantes
b) a identificação do estágio M2 de mama pelos critérios  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de Tanner pode ser usado como indicador de que o
estirão está se iniciando no sexo feminino
PUC-PR – 2010
c) o primeiro sinal de amadurecimento sexual no me-
108. Menino, com 13 anos de idade, consulta com queixa
nino é o aumento do comprimento peniano
de baixa estatura. Com 12 anos media 153 cm. Nasceu
d) em estágio M3 de mamas, as meninas encontram-se
com 3.400 g e 50 cm. Apresentou quadros frequen-
em fase de desaceleração de crescimento
tes de diarreia, a partir de 3 anos de idade, por 1 ano.
e) a muda vocal é evento que ocorre em fases precoces do Houve melhora do quadro com a retirada de glúten da
desenvolvimento pubertário no sexo masculino, geral- alimentação. Não está fazendo uso de medicação. A
mente em estágio G (genital) 2, pelos critérios de Tanner alimentação é, em quantidade e qualidade, adequada
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA para a idade. O pai tem 186 cm (P 90) e 96 kg (P 97); a
mãe, 168 cm (P 75) e 58 kg (P 50). Ambos saudáveis. Ao
exame media 156 cm (P 50), pesava 52 kg (P 75), com
FMJ – 2010 IMC de 21 (P 75 a 85). O exame segmentar não mos-
104. A estatura-alvo (tendência de crescimento) de um me- trou particularidades. A genitália apresentava pubarca
nino filho de um pai com 168 cm de estatura e de uma grau I (Escala de Tanner) e testículos T2 (Orquidôme-
mãe com 155 cm é: tro de Prader). Qual é o diagnóstico mais provável?
a) 155 cm a) retardo constitucional de crescimento e puberdade
b) 161,5 cm b) baixa estatura por doença anterior
c) 164,5 cm c) baixa estatura familiar
d) 168 cm d) nanismo hipofisário
e) 169,5 cm e) paciente não apresenta alterações de crescimento

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

PUC-PR – 2010
FMJ – 2010
109. Analisando uma criança normal no ambulatório, obser-
105. Criança escolar, 8 anos, suspeita de baixa estatura fami-
varam-se as seguintes habilidades: a) anda com apoio;
liar (BEF). O que esperar, para esse diagnóstico, da radio-
b) solta um objeto sob comando; c) aproxima-se quando
grafia de punho e mão esquerda para idade óssea (IO)? chamado; e d) emite uma ou duas palavras com signifi-
a) IO igual à idade altura cado. Levando-se em consideração as diretrizes com re-
b) IO maior que a idade cronológica ferência à faixa superior de normalidade, você diria que
c) IO igual à idade cronológica esta criança tem:
d) IO menor que a idade cronológica a) 6 meses de idade
e) IO igual à idade peso b) 9 meses de idade
c) 12 meses de idade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) 18 meses de idade
e) 24 meses de idade
FMJ – 2010  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
106. A puberdade no sexo masculino é iniciada por:
a) surgimento de pelos pubianos
b) surgimento de pelos axilares PUC-RS – 2010
c) crescimento do pênis 110. Lactente, 2 meses, hígido, amamentado exclusivamente
d) crescimento do testículo ao seio materno, pesa 4.800 g, mede 57 cm e tem PC 39,5
e) estirão do crescimento cm. Ao nascer por cesariana a termo, o peso foi 3.000 g,
comprimento 50 cm e PC 36 cm. Em relação a este lac-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA tente, são apresentadas as assertivas abaixo:

SJT Residência Médica – 2016


146
Puericultura | Questões para treinamento

I. Seu comprimento está adequado para a idade. a) Código de Ética Médica do Conselho Federal de
II. A circunferência da cabeça está fora do esperado. Medicina, artigo 103
III. O ganho ponderal está insuficiente. b) Lei Nº 8.069/90
Qual é a alternativa correta? c) Norma federal 789
a) apenas I d) Constituição de 1988
b) apenas II e) CES/CNE 11.33 de 2001
c) apenas III
d) apenas I e III  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) I, II, III
UFF – 2010
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
114. Em relação ao crescimento normal, assinale a alterna-
tiva VERDADEIRA:
UFSC – 2010 a) nos primeiros dias de vida, o bebê perde até 10% do
111. Uma adolescente do sexo feminino de 14 anos e seis peso de nascimento, que devem estar recuperados
meses vêm à consulta preocupada “porque ainda não em torno do décimo dia de vida
menstruou”. O exame físico não evidenciou anorma- b) crianças nascem com aproximadamente 25 centíme-
lidades, e o estadiamento puberal de Tanner é P-2 e tros de perímetro cefálico
M-3. A hipótese diagnóstica mais provável é: c) o peso do bebê dobra no segundo mês de vida, tripli-
a) tumor hipofisário ca no sexto e quadruplica com um ano
b) síndrome de Turner d) nas meninas, a velocidade máxima de crescimento
c) testículo feminilizante ocorre no ano após a menarca
d) imperfuração himenal e) o perímetro cefálico cresce aproximadamente 15
e) adolescente normal centímetros no primeiro ano de vida
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFSC – 2010
112. Um paciente adolescente de 15 anos compareceu desa- UFF – 2010
companhado à primeira consulta. Ao relatar o ocorri- 115. Escolar do sexo feminino, sete anos, apresenta es-
do a um colega, este o advertiu de que infringira a lei tatura de 110 cm (< P5), velocidade de crescimen-
e o Código de Ética Médica. Baseado no relato acima, to 2,5 cm/ano, 25 kg (P 75), ausência de caracteres
é correto afirmar que o atendimento a menor de idade sexuais secundários e queixa de sonolência diurna
desacompanhada: e esquecimento. Exames complementares demons-
a) pode ser feito desde que se faça relato ao responsável tram idade óssea de três anos e ausência de anemia.
b) pode ser feito desde que este tenha capacidade de ava- O principal exame complementar a ser solicitado é
liar seu problema o seguinte:
c) pode ser feito desde que autorizado por escrito pelo a) ultrassonografia abdominal
responsável b) radiografia de crânio (e sela túrcica)
d) pode ser feito desde que autorizado por escrito e com
c) dosagem de hormônio do crescimento
relato ao responsável
d) tomografia computadorizada de crânio
e) não pode ser feito mesmo que autorizado por escrito
e) hormônios tireoidianos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
PUC-PR – 2010
113. Lina tem 18 anos, vai ao consultório e demonstra di- UFF – 2010
ficuldade de falar sobre o que a aflige. O médico per- 116. O atraso puberal pode ser reconhecido através da au-
cebendo o conflito de Julia, informa que ela pode ficar sência de certos achados clínicos normalmente pre-
sossegada, pois ele não irá contar a ninguém sem auto- sentes em determinada idade cronológica. A alterna-
rização dela. Tranquilizada a paciente relata que traba- tiva em que se apresenta um desses achados é:
lha e estuda, namora há 3 meses e tem atividade sexual. a) ausência de telarca aos 14 anos
A mãe tem conhecimento. A queixa principal é devi- b) pubarca masculina aos 13 anos
do a persistência de secreção vaginal, purulenta em c) aumento testicular aos 12 anos
grande quantidade, e ardência. O namorado apresenta
d) menarca aos 14 anos
o mesmo sintoma. Ele foi ao médico e foi constatado
e) pubarca feminina aos 14 anos
gonorreia. Neste caso ocorreu uma situação de “Confi-
dencialidade, definida como acordo entre profissional  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de saúde e o cliente, em que as informações discutidas
durante a consulta não devem ser repassadas a seus
pais sem a permissão explícita do adolescente.” Esta UFRN – Pediatria – 2010
situação se apoia em qual das citações abaixo? 117. Em relação ao desenvolvimento puberal, é CORRETO:

SJT Residência Médica – 2016


147
1 Crescimento e desenvolvimento

a) as meninas habitualmente iniciam seu estirão em es- UFMT – 2009


tágio M4 de Tanner 122. Menina de 4 anos de idade vem à consulta por apre-
b) o estirão de crescimento é mais curto e mais intenso sentar baixa estatura. Além do raio X para verificar a
nos meninos idade óssea, qual exame deve ser realizado para escla-
c) o intervalo médio entre a telarca e a menarca situa- recer o diagnóstico neste caso?
-se entre 2 e 3 anos a) hemocultura
d) as mudanças de voz e o surgimento de barba nos me- b) cintilografia óssea
ninos ocorrem entre G2 e G3 c) tomografia óssea
d) ultrassonografia óssea
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) cariótipo

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UFRN – Pediatria – 2010
118. O fator de menor importância para uma boa avaliação
do crescimento é: UFMT – 2009
a) antecedentes perinatais 123. Em relação à puberdade, assinale a afirmativa correta.
b) perfil étnico a) ginecomastia é o aumento da glândula mamária no
c) padrão de estatura familiar sexo feminino causado por aumento do parênquima
d) história alimentar glandular e do estroma
b) menarca é o evento inicial da puberdade no sexo fe-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA minino e aparece por volta dos dez anos de idade
c) gonadarca é o evento que marca o início da puber-
dade no sexo masculino, caracterizado pelo aumen-
UFPE – 2010
to do pênis em 2 cm
119. Ana tem sete anos e sua genitora levou-a ao pediatra
d) telarca precoce é o desenvolvimento das mamas em
para consulta de rotina. Durante o exame, foi consta-
meninas com menos de oito anos de idade, sem ne-
tado que a criança encontrava-se no estádio M2P2 de
nhum outro sinal de puberdade
Tanner. A hipótese mais provável é:
e) puberdade precoce é o aparecimento de caracteres
a) telarca idiopática precoce
sexuais secundários antes dos 10 anos nas meninas e
b) pseudopuberdade precoce
antes dos 12 anos nos meninos
c) puberdade normal
d) puberdade precoce  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
USP-RP – 2009
124. Menina de 13 anos de idade ainda não teve menarca e
UFPE – 2010 está preocupada em saber se irá crescer mais. Ao exa-
120. Marcelo tem três meses de idade e sua genitora acha me encontrava-se com estadiamento puberal M3 P3.
que o seu desenvolvimento não vem se processando Sabe-se que, com a menarca, o crescimento:
normalmente. Das alternativas abaixo, indique aque- a) é interrompido
la que poderá ser considerada um sinal de alerta. b) continua com a mesma intensidade
a) mãos persistentemente fechadas c) pode aumentar de 6 a 8 centímetros
b) a criança não se vira no leito, de frente e de bruços d) é interrompido quando atingir o estadiamento M4
c) a criança não brinca com os pés P4
d) membros inferiores permanentemente estendidos,
com hipertonia moderada  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UNESP – Botucatu – 2009
125. Assinale a alternativa correta em relação ao períme-
UFMT – 2009 tro cefálico (PC).
121. O conhecimento da evolução do peso nas diversas a) durante o primeiro mês o PC aumenta em média qua-
fases da vida do ser humano tem sido fundamental, tro centímetros (cm)
tornando-se um indicador de estado nutricional, pois b) o PC aumenta um cm por mês até o sexto mês
a criança ao nascimento apresenta, em média, peso de c) nos primeiros três meses, o PC aumenta cerca de seis
cm, diminuindo a intensidade de seu aumento até o
3,3 kg, que duplica aos 4 meses de vida e triplica aos:
final do primeiro ano
a) 10 meses de idade d) o PC apresenta crescimento variável, de acordo com
b) 12 meses de idade a idade gestacional e peso de nascimento
c) 8 meses de idade e) o crescimento do PC é mais acelerado nas meninas
d) 11 meses de idade nos primeiros três meses, igualando-se ao dos meni-
e) 15 meses de idade nos a partir do terceiro mês

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


148
Puericultura | Questões para treinamento

UNESP – Botucatu – 2009 a) na deficiência de GH, deve-se sempre investigar de-


126. Lactente com seis meses e 15 dias de vida, nascido de ficiências hipotálamo-hipofisárias associadas
termo com peso adequado para idade gestacional. Peso b) entre as baixas estaturas desproporcionadas, as dis-
= 7.500 gramas e comprimento = 63 centímetros. Para plasias ósseas representam a maioria etiológica
considerar adequado seu desenvolvimento neuropsi- c) a baixa estatura constitucional apresenta atraso de
comotor, com base nos critérios do teste de Gesell (mo- maturação óssea entre -1 e -2 DP da média
tor/adaptativo/linguagem/pessoal social) esse lactente d) no tratamento com GH, este deve ser preferencial-
deve conseguir: mente administrado no período noturno
a) ficar sentado sem apoio/apanhar objetos, trocar de  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
uma mão para outra/balbuciar, combinar sílabas/sor-
rir espontaneamente e contactuar com o ambiente
b) mudar de decúbito, tentar sentar-se/tentar apanhar HSPM – 2009
objetos/ prestar atenção em vozes/olhar para as 130. Na consulta de puericultura, a mãe de um lactente re-
mãos, sorrir lata para o médico que seu bebê “descobriu as mãos”
nos últimos dois dias e que as aproxima e “brinca”
c) quando sentado levantar-se/pegar objetos com pin-
com elas à frente de seu corpinho. Este lactente deve
ça polegar-dedo/falar duas palavras diferentes de
estar com a idade, em meses, de:
papá e mamá/ acenar adeus com as mãozinhas
a) 1
d) sentar com apoio/segurar chocalho, olhar para ob- b) 2
jetos pequenos/ falar papá-mamá/imitar ações de c) 3
uma pessoa d) 4
e) colocar-se sentado/apanhar e colocar cubos em uma e) 5
caixa/falar sílabas/mostrar o que quer sem chorar
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

FESP – 2009
UNISA – 2009 131. Lactente com história de gestação e parto sem intercor-
127. Frente a um lactente do sexo masculino, em aleitamento rências nasceu a termo e sem asfixia. Ao exame, susten-
materno exclusivo, que nasceu de parto normal, a termo, ta a cabeça, roda sobre seu próprio eixo, acompanha
pesando 3.250 g e 49 cm de comprimento, com 3 meses com os olhos o examinador, sorri e reage com garga-
de idade, apresentava peso de 5.925 g e comprimento de lhadas aos estímulos maternos. Colocado sentado, não
59 cm, e com 6 meses peso de 8.000 g e comprimento de se sustenta e cai. Sua idade provável em meses é de:
64 cm. Qual seria a classificação mais adequada? a) 2
a) eutrófico, crescimento adequado b) 4
b) eutrófico, crescimento inadequado c) 6
d) 8
c) ganho de peso inadequado, crescimento inadequado
d) ganho de peso inadequado, crescimento adequado  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) ganho de peso adequado, crescimento inadequado
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA FESP – 2009
132. Em relação à puberdade, pode-se afirmar que:
UNISA – 2009 a) o surgimento dos pelos axilares em meninos aconte-
128. Em relação ao desenvolvimento infantil, é CORRE- ce no estágio V de Tanner
TO afirmar, exceto: b) os níveis séricos de androgênios provenientes da su-
a) por volta dos 3 meses de idade, a criança traz as mãos prarrenal começam a se elevar entre 6 e 8 anos
c) a puberdade inicia-se mais tarde em meninas obe-
para a linha média e fica brincando com elas
sas, sendo 13 anos a média de idade da menarca
b) qualquer criança de 7 meses que não fique sentada
d) a menarca geralmente acontece entre os estágios II
sem apoio deve ser investigada
de Tanner, coincidindo com o período de maior ve-
c) o teste de Snellen para avaliação da acuidade visual locidade de crescimento
pode ser feito a partir dos 3 anos de idade
d) a partir dos 9 meses, algumas crianças já podem falar  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
as palavras papa e mama referindo-se ao pai ou à mãe
e) aos 3 meses, a criança é capaz de seguir objetos por 180º
UERJ – 2009
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 133. Um menino de nove anos apresenta baixa estatura,
pregas em epicantos oculares, fissuras palpebrais
desviadas para baixo, ptose palpebral bilateral, pon-
UFRN – 2009 te nasal achatada, pescoço curto, baixa implantação
129. Em relação à baixa estatura, é INCORRETO afirmar: posterior dos cabelos, tórax em escudo, um sopro

SJT Residência Médica – 2016


149
1 Crescimento e desenvolvimento

cardíaco sistólico em foco pulmonar e pênis pequeno. SES-DF – 2009


Foi submetido a cirurgia para criptorquidia bilateral 135. De acordo com esse gráfico, ao nascer, Laura foi clas-
com um ano de idade. É fisicamente muito parecido sificada como:
com seu pai, que também é baixo e tem o diagnóstico a) de termo, pequena para idade gestacional
de estenose da válvula pulmonar. A criança tem como b) pós-termo, adequada para a idade gestacional
principal hipótese diagnóstica: c) pré-termo, adequada para idade gestacional
a) síndrome de Turner d) de termo, adequada para a idade gestacional
b) síndrome de Noonan e) de termo, grande para idade gestacional
c) pan-hipopituitarismo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) baixa estatura familiar

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA SES-DF – 2009


136. De acordo com a evolução normal, espera-se agora,
SES-DF – 2009 aos 3 meses, que Laura apresente, ao exame físico:
134. Olhe para os desenhos esquemáticos de duas crian- a) 4.700 gramas de peso, 54 cm de estatura e 38 cm de
ças: Fernando e Nina. Considere o desenvolvimento perímetro cefálico
neuropsicomotor (DNPM) de ambos. Espera-se que: b) 5.300 gramas de peso, 60 cm de estatura e 40 cm de
perímetro cefálico
c) 5.000 gramas de peso, 55 cm de estatura e 38 cm de
perímetro cefálico
d) 7.200 gramas de peso, 68 cm de estatura e 44 cm de
perímetro cefálico
e) 6.200 gramas de peso, 66 cm de estatura e 42 cm de
a) Fernando sente-se com lordose lombar; Nina com- perímetro cefálico
preenda o “não”
b) Nina ainda não coordene mão-visão; Fernando deve  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
ter 9 meses
c) Nina engatinhe e aponte com o indicador; Fernando SES-CE – 2009
já fale 6 palavras 137. Os pais de um menino de 14 anos de idade estão pre-
d) Fernando tenha iniciado socialização doméstica; ocupados por sua baixa estatura e ausência de desen-
Nina tenha 3 meses volvimento de características sexuais secundárias. O
e) Nina compreenda “não”; Fernando passe para a po- menino teve um desenvolvimento normal na infância,
sição em pé, com apoio apesar de ser sempre menor que as crianças de sua ida-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA de. O exame físico é normal. A relação entre o segmento
superior e inferior é de 0,98. Uma pequena quantidade
de pelos finos pubianos e axilares é evidenciada. Não há
Atenção: o caso a seguir deve ser utilizado para res- pigmentação escrotal; seus testículos medem 4 cm³, e
ponder às próximas duas questões. seu pênis mede 6 cm. O diagnóstico mais provável é:
a) hipopituitarismo
Laura tem 3 meses de idade, está em aleitamento ma- b) síndrome de Klinefelter
terno exclusivo e foi trazida à consulta de puericultu- c) hipotireoidismo
ra. Nasceu a termo, medindo 49 cm de estatura e com d) baixa estatura constitucional com puberdade atrasada
perímetro cefálico de 35 cm. Observe o gráfico: e) síndrome de Turner masculina

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SES-CE – 2009
138. Os eventos habituais no desenvolvimento puberal
normal, em ordem de surgimento, são:
a) velocidade máxima de crescimento, surgimento de pe-
los pubianos, brotamento mamário, menarca
b) surgimento de pelos pubianos, velocidade máxima de
crescimento, brotamento mamário, menarca
c) brotamento mamário, surgimento de pelos pubianos,
velocidade máxima de crescimento, menarca
d) brotamento mamário, menarca, surgimento dos pelos
pubianos, velocidade máxima de crescimento
e) surgimento de pelos pubianos, brotamento mamário,
menarca, velocidade máxima de crescimento

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


150
Puericultura | Questões para treinamento

SES-CE – Pediatria – 2009 Atenção: o caso a seguir deve ser utilizado para res-
139. Um menino de 13 anos está abaixo do percentil 3 para ponder às próximas duas questões.
altura (equivalente ao percentil 50 aos 9 anos de ida-
de). O seguinte achado dará a ele o melhor prognósti- SES-DF – Pediatria – 2009
co para uma altura normal quando adulto: 143. Adolescente de 14 anos de idade em avaliação por
a) idade óssea de 9 anos baixa estatura: Apresenta atraso das características
b) idade óssea de 13 anos sexuais secundárias e ainda não apresentou menarca.
c) idade óssea de 15 anos Refere também dificuldade escolar, timidez e baixa
d) ter o peso no percentil 50 para idade autoestima. O diagnóstico provável é:
e) ter o peso no percentil 3 para a idade a) hipotireoidismo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) nanismo hipofisário
c) síndrome da insensibilidade androgênica
d) síndrome de Turner
UEL – 2009
e) síndrome de Edward
140. Quanto aos fatores que afetam o momento do início
da puberdade, analise as afirmativas a seguir:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
I. O estado psicológico, a exposição à luz e a localiza-
ção geográfica são fatores que influenciam o início
da puberdade. SES-DF – Pediatria – 2009
II. O estado nutricional e a saúde desempenham papéis 144. Nesse caso, a investigação deve incluir:
importantes na determinação do início da puberdade. a) dosagem de TSH, T4, T3 e radiografia de punhos
III. A menarca precoce é frequente em meninas com b) cariótipo, radiografia de punhos, dosagem de TSH,
obesidade mórbida, diabetes, naquelas que se exer- T3 e T4
citam intensamente ou que têm anorexia nervosa. c) dosagem de FHS e LH
IV. O fator determinante do início da puberdade mais d) somente pesquisa de idade óssea D
importante é o genético. e) dosagem de 17-OH progesterona e glicemia
Assinale a alternativa correta:
a) somente as afirmativas I e III são corretas  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) somente as afirmativas III e IV são corretas
c) somente as afirmativas I e II são corretas
UFF – 2009
d) somente as afirmativas I, II e IV são corretas
145. Com relação ao desenvolvimento infantil, assinale a
e) somente as afirmativas II, III e IV são corretas
alternativa CORRETA:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a) o desenvolvimento adequado da criança não depen-
de de um ambiente social propício
UEL – 2009 b) o uso de álcool durante a gestação não é fator de dis-
141. Assinale a alternativa correta para a avaliação de crian- túrbios do desenvolvimento
ças durante a adolescência: c) por volta de um ano e dois meses a criança é capaz
a) critérios de Marques e Marcondes, para o desenvolvi- de combinar duas palavras
mento neuropsicomotor d) o sorriso social surge aos seis meses de idade
b) critérios do NCHS, para o desenvolvimento pubertário e) o lactente senta sem apoio por volta dos seis meses de
c) critérios de Morley e Woodland, para a maturação óssea idade
d) critérios de Greulich e Pyle, para a maturação emocional
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) critérios de Tanner, para o desenvolvimento sexual e
o crescimento
UFPR – 2009
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
146. Acerca da puberdade, assinale a alternativa incorreta:
a) é considerado normal o início da puberdade a partir
UEL – 2009 dos 8 anos nas meninas e 9 anos nos meninos, mas
142. Assinale a alternativa que indica corretamente duas aproximadamente 3% das crianças normais iniciam
características do desenvolvimento neuropsicomotor a puberdade antes dessas idades
para a idade citada: b) nas meninas, a pubarca pode acontecer como primei-
a) aos 9 meses de idade anda sozinha e combina duas ro sinal de puberdade em até 20% dos casos
palavras c) o aparecimento de pelos pubianos antes dos 7 anos de
b) aos 5 meses de idade nega com a cabeça e reconhece idade nas meninas pode indicar a presença de uma
os familiares doença do córtex da adrenal
c) aos 10 meses de idade engatinha e senta-se sem apoio d) o início da puberdade em meninos normais é mar-
d) aos 12 meses de idade tira qualquer peça do vestuá- cado pelo aumento do volume testicular (> 4 mL)
rio, corre e sobe degraus e) o aparecimento de mamas em meninas antes dos 2
e) aos 18 meses de idade diz seu próprio nome e se veste anos de idade indica puberdade precoce central em
sozinha aproximadamente 90% dos casos

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


151
1 Crescimento e desenvolvimento

HPM-MG – 2009 c) avaliação da função olfativa


147. Qual sequência é encontrada no desenvolvimento nor- d) idade óssea e avaliação da função tireoideana
mal da maturação sexual feminina de uma adolescente:
a) menarca, telarca, pubarca  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) pubarca, telarca, menarca
c) telarca, pubarca, menarca UFPE – 2008
d) menarca, pubarca, telarca 152. Genitora de baixa condição socioeconômica leva sua
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA filha de 8 anos ao consultório porque é a menor crian-
ça da classe. Apesar da adequada relação peso/estatu-
ra, você verifica que realmente a velocidade de cresci-
HPM-MG – 2009 mento da criança encontra-se reduzida. Qual o exame
148. Pela escala de Denver é esperado que uma criança: complementar que deve ser solicitado a seguir?
a) imite sons de fala por volta dos 2 meses a) avaliação da idade óssea
b) a criança fique sentada sem suporte entre 5 e 7 meses b) dosagem basal do hormônio do crescimento
c) fala dadá ou mamã, específicos, entre 4 e 5 meses c) dosagem do hormônio do crescimento após estímulo
d) copie um quadrado com 2 anos d) dosagem de hemoglobina

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFPE – 2009 UFPE – 2008


149. O crescimento e desenvolvimento dos diferentes sis- 153. A adolescência abrange a fase de importantes modi-
temas e órgãos apresentam características próprias ficações anatômicas e fisiológicas que transformam a
inerentes a cada etapa de vida do indivíduo. Sobre criança em adulto. Das alternativas abaixo, todas são
isso, assinale a alternativa correta: encontradas neste período, EXCETO:
a) o processo de mielinização do sistema nervoso apre- a) a primeira manifestação de puberdade no sexo mascu-
senta seu desenvolvimento máximo na faixa etária lino consiste no crescimento dos testículos e do escroto;
de 8 a 12 anos de idade no sexo feminino, é o aparecimento do botão mamário
b) o tecido linfático apresenta seu pico máximo de de- b) cerca de um terço dos adolescentes do sexo masculi-
senvolvimento nos dois primeiros anos de vida no apresentam desenvolvimento do tecido mamário
c) todos os centros primários de ossificação dos ossos e, consequentemente, da mama, na adolescência
longos só aparecem após o nascimento c) como parte dos fenômenos pubertários, ocorre uma
d) o crescimento linear apresenta dois picos de cresci- fase de aceleração do crescimento esquelético, segui-
mento acelerado: nos três primeiros anos de vida e da de desaceleração
na adolescência d) o tecido nervoso apresenta desenvolvimento máximo
nesta fase
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFPE – 2009 UFPE – 2008


150. A adolescência é uma fase evolutiva do ser humano 154. Entre os problemas que podem afetar o estado de saú-
caracterizada por profundas modificações biopsicos- de na adolescência, assinale a alternativa incorreta:
sociais. Sobre essa fase, assinale a alternativa correta: a) a escoliose constitui o principal problema de coluna,
a) nas meninas, a menarca é um indicador prognóstico principalmente nas adolescentes do sexo feminino
do crescimento restante, visto que ocorre na fase de b) os acidentes constituem a principal causa de morta-
desaceleração do crescimento lidade da população adolescente, e são representa-
b) a ginecomastia puberal constitui variação anormal dos por acidentes de trânsito e de trabalho
de crescimento físico no sexo masculino c) como o adolescente já tem sua imunidade garantida por
c) na consulta do adolescente é obrigatória a presença dos vacinas feitas na infância ou por doenças adquiridas an-
pais teriormente, não é necessário atualizar suas vacinas
d) o estirão do crescimento ocorre após a maturação d) durante a adolescência pode ocorrer, nas meninas,
sexual assimetria e aumento acentuado das mamas
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFRN – 2008
UFPE – Endocrinologia – 2009 155. Em relação ao desenvolvimento físico, é correto:
151. A ausência do desenvolvimento puberal em meninos com a) a curva de crescimento para o IMC não deve ser uti-
mais de 14 anos de idade, que apresentem níveis plasmáti- lizada em adolescentes
cos elevados de LH e de FSH, indica a realização de: b) o estirão puberal é mais tardio e curto nas meninas,
a) ressonância magnética da hipófise se comparado ao dos meninos, principalmente pela
b) cariograma ação diferencial do estrógeno

SJT Residência Médica – 2016


152
Puericultura | Questões para treinamento

c) o estirão em meninos costuma ocorrer com maior UFG – 2007


velocidade quando o volume testicular está entre 15- 159. No primeiro ano de vida a criança cresce, em média:
20 cm3, ocorrendo tipicamente por volta dos 13 anos a) 10 cm no 1º semestre e 10 cm no 2º
de idade óssea b) 10 cm no 1º semestre e 15 cm no 2º
d) a menarca comumente acontece em estágio M3 de c) 15 cm no 1º semestre e 10 cm no 2º
Tanner e tem pouca relação com o estadiamento de d) 15 cm no 1º semestre e 5 cm no 2º
pelos pubianos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFG – 2007
UMC – 2008
160. A medida do perímetro cefálico da criança é impor-
156. Puericultura é:
tante para indicar:
a) conhecimento da doença, visando à prática para de-
a) o fechamento precoce da fontanela
senvolvimento de novos medicamentos
b) a época do início da marcha
b) conhecimento e a prática visando à prevenção da
c) o crescimento do cérebro
doença e a promoção da saúde, da concepção ao fi-
nal da adolescência d) o início da fala
c) estudo das populações visando à melhoria da quali-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
dade de vida desde a infância à idade adulta
d) pesar e medir a criança, em intervalos regulares, a fim
de que se possa analisar seus desvios e corrigi-los a UFPE – 2007
tempo de não haver repercussão nos dois primeiros 161. O período de maior velocidade de crescimento na
anos de vida que possa afetar o desenvolvimento neu- criança é:
ropsicomotor futuro a) adolescência
e) nenhuma correta b) intrauterino
c) lactente
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) escolar

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UMC – 2008
157. Durante uma consulta de puericultura na Unidade Bási-
ca de Saúde, uma mãe manifesta a sua preocupação pelo UFRJ – 2007
fato de o filho de 11 meses não estar engatinhando. Re- 162. Ao orientar Maria Vitória (uma menina de 9 anos de ida-
fere que o filho sentou aos 7 meses e que atualmente fica de em estágio M2 de Tanner) e sua mãe sobre os eventos
em pé com apoio. Nesta consulta, o pediatra deve: da puberdade feminina, pode-se afirmar que a menarca:
a) tranquilizar a mãe, pois a criança normalmente cos- a) será o primeiro sinal de puberdade
tuma engatinhar a partir dos 13 meses b) ocorrerá antes do estirão de crescimento
b) orientar a mãe que o bebê pode não engatinhar du- c) provavelmente ocorrerá dentro dos próximos dois anos
rante o seu desenvolvimento d) deveria ter ocorrido antes do surgimento do broto
mamário
c) solicitar uma dosagem de hormômios tireoidianos
d) encaminhar para seguimento neuropediátrico  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) solicitar uma avaliação ortopédica

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA CRM – 2007


163. Um lactente é capaz de mover a cabeça de um lado a
outro seguindo objetos, de elevar a cabeça a 45º quan-
UMC – 2008 do em posição prona, de sorrir quando encorajado e
158. Assinale a mais correta: de balbuciar. Ainda não senta sem apoio. Sua idade,
a) o peso para a idade representa o crescimento ósseo em meses, mais provável é:
b) o perímetro craniano representa o crescimento ós- a) 1
seo e deverá no primeiro ano crescer 12 centímetros b) 3
c) estatura e comprimento refletem o mesmo apesar de c) 7
serem medidos de maneira diferentes d) 9
d) o IMC (índice de massa corporal) é o produto da e) 12
multiplicação do peso pela estatura ao quadrado, e  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
reflete se a criança está em risco de desnutrição, so-
brepeso ou obesidade e deverá ser analisado dos seis
anos em diante CRM – 2007
e) nenhuma é correta 164. Qualquer sangramento vaginal antes do aparecimen-
to da telarca e/ou pubarca deve ser considerado anor-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA mal até que se prove o contrário. Pode-se afirmar que:

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153
1 Crescimento e desenvolvimento

a) a puberdade fisiológica pode se iniciar a partir dos 8 Somente estão corretas as afirmações:
anos de idade a) I e II
b) o não aparecimento dos caracteres sexuais secundários b) I e III
após os 11 anos de idade caracteriza a puberdade tardia c) II e III
c) o aparecimento da menarca antes dos 11 anos é con- d) II e IV
siderado puberdade precoce e) I, II e III
d) a puberdade precoce é sempre consequência de tu-
mor ovariano ou de suprarrenal  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) a puberdade manifesta-se pela sequência de fenôme-
nos que se inicia pela pubarca, passa pelo estirão, te- HSPM – 2007
larca e, finalmente, menarca 168. A criança nascida de termo, que apresenta crescimen-
to e desenvolvimento normais, deve triplicar seu peso
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de nascimento e atingir a estatura de um metro, res-
pectivamente, com as idades de:
CRM – 2007 a) 6 e 18 meses
165. Paciente de 13 anos, menarca aos 12 anos. Mãe refere b) 8 e 27 meses
ciclos menstruais irregulares, com intervalos de 2 em c) 10 e 36 meses
2 meses, duração de 6 dias, com fluxo regular. Nessa d) 12 e 48 meses
situação, a orientação médica é: e) 15 e 60 meses
a) indicar progesterona na segunda fase do ciclo mens-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
trual, pois se trata de anovulação por imaturidade
do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano
b) indicar ciclo artificial com estrogênio e progesterona SES-SC – 2007
sequenciais para regular a menstruação 169. Assinale a alternativa correta. A causa endocrinológi-
c) indicar um contraceptivo hormonal oral de baixa do- ca mais frequente de baixa estatura é:
sagem para regular o ciclo menstrual a) diabetes mellitus
d) indicar progesterona injetável de depósito (acetato de b) nanismo hipofisário
medroxiprogesterona - 150 mg) a cada 3 meses por c) hipoparatireoidismo
um período de 1 ano, para deixá-la em amenorreia d) hipotireoidismo adquirido
e) não fazer nada e observar, pois se trata de anovulação e) hipogonadismo hipogonadotrófico
por imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
SES-SC – 2007
FESP – 2007 170. No ambulatório dos residentes do Hospital Infantil Jo-
166. Uma menina de 12 anos é levada à consulta médica com ana de Gusmão chega um lactente que nasceu de par-
queixa de baixa estatura. Nasceu a termo, pequena para to normal, pesando 3.300 g, tendo sido alimentado ao
a idade gestacional. Vem desacelerando o crescimento seio e apresentando peso atual de 7.800 g. Assinale a
desde os primeiros meses de vida, e isso se perpetuou alternativa correta, em relação à idade desse lactente:
até a idade atual. Aos 10 anos, teve diagnóstico de hipo- a) 4 meses
tireoidismo, quando iniciou tratamento, mas seu cresci- b) 5 meses
mento se manteve ruim. Sua altura é bem abaixo da cur- c) 6 meses
va do 3º percentil de altura para a idade, e sua genitália é d) 7 meses
impúbere. Apresenta cúbitos valgos, nevos pigmentados e) 8 meses
e um sopro sistólico em foco aórtico à ausculta cardíaca.  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Essa menina deve ser investigada quanto a:
a) síndrome de Turner
b) pan-hipopituitarismo HSLRM – 2007
c) resistência ao hormônio tireoideano 171. Em relação à evolução ponderal da criança normal,
d) atraso constitucional do desenvolvimento nascida de termo, pode-se afirmar que:
a) a criança, em geral, perde cerca de 25% do seu peso
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA de nascimento nos dois primeiros dias de vida
b) a criança, após a perda inicial, recupera seu peso de
nascimento no final do primeiro mês de vida
HSPM – 2007 c) a criança atinge o dobro do seu peso de nascimento
167. Afirmações relativas ao desenvolvimento neuropsico- em torno do oitavo mês de vida
motor da criança normal, de acordo com os conceitos d) o peso da criança, com um ano de idade, correspon-
de Gesell: de ao triplo do seu peso de nascimento
I. Aos 12 meses, diz duas ou mais palavras. e) o peso da criança, a partir do segundo ano de vida,
II. Adquire controle esfincteriano aos 18 meses. dobra a cada intervalo de seis meses
III. Com 40 semanas de vida, usa a colher.
IV. Com 2 anos de idade, veste-se sem ajuda.  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


154
Puericultura | Questões para treinamento

UFPR – 2007 d) solicitar investigação hormonal


172. Menina de 6 anos é levada ao endocrinologista pedi- e) solicitar raio X de esqueleto
átrico por baixa estatura. A mãe relata que sua filha
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
nasceu com 2.800 g, 46 cm, após gestação de 40 sema-
nas, sem complicações. Logo ao nascimento, apresen-
tou edema de dorso de mãos, pés e região posterior do SES-SC – 2006
176. Assinale a alternativa que completa corretamente a
pescoço. Apresentou também vários episódios de otite
frase: uma criança de 3 anos que nasceu com 3.300
média aguda. Recentemente, um exame cardiológico
gramas e 50 centímetros deverá medir cerca de:
revelou presença de hipertensão arterial, e, na investi-
a) 65 centímetros de altura
gação, foi detectada coarctação da aorta. Em relação a
b) 75 centímetros de altura
esse caso, assinale a alternativa INCORRETA:
c) 85 centímetros de altura
a) a primeira hipótese diagnóstica a ser formulada para d) 95 centímetros de altura
esta paciente é síndrome de Noonan e) 105 centímetros de altura
b) as chances de essa paciente ter doença autoimune da
tireoide são maiores do que as da população em geral  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) a probabilidade de telarca e menarca espontâneas
nessa paciente são mínimas, e o manejo terapêutico SES-SC – 2006
futuro implica uso de estrogênio e progestágeno 177. Uma criança nascida a termo pesando 3.250 gramas
d) a estatura final dessa menina, caso nenhuma inter- e medindo 49 centímetros, do sexo feminino, atual-
venção terapêutica seja feita, será menor do que a da mente com 9.750 gramas e 74 centímetros de altura,
população em geral sendo alimentada ao seio materno, deverá ter aproxi-
e) as estruturas müllerianas estão presentes nessa paciente madamente:
a) 8 meses
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) 10 meses
c) 12 meses
d) 14 meses
IAMSPE – 2006 e) 16 meses
173. Considerando um recém-nascido que apresentou
peso de 3 kg e comprimento de 50 cm, o peso e a  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
estatura esperados ao completar um ano de idade
serão, respectivamente: UERJ – 2006
a) 6,5 kg e 69 cm 178. (...) A irmã de Marcos, Karen, de oito anos, também é
b) 7 kg e 70 cm levada ao Posto para consulta, pois sua mãe observou
c) 9 kg e 75 cm a presença de um broto mamário há pouco tempo. Ao
d) 11 kg e 78 cm exame, presença de tecido mamário subareolar e pelos
e) 8,5 kg e 76 cm pubianos enrolados, grossos e escassos em grandes lá-
bios. A classificação do desenvolvimento, segundo Tan-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ner, e o diagnóstico mais provável são, respectivamente:
a) M1, P1/puberdade precoce
IAMSPE – 2006 b) M1, P1/puberdade normal
174. Em relação ao desenvolvimento psiconeuromotor, in- c) M2, P2/puberdade precoce
dique a alternativa INCORRETA: d) M2, P2/puberdade normal
a) aos dois meses de idade, apresenta sorriso social
b) aos três meses de idade, sustenta a cabeça  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) aos seis meses de idade, senta com apoio e gira sobre
o abdome UNICAMP – 2006
d) aos sete meses de idade, apresenta movimento de pin- 179. Menino, 13 anos, com dor e nodulação na região ma-
ça digital mária há 6 meses. A partir dos 11 anos, observou au-
e) aos 10 meses de idade engatinha e, aos 11 meses, fica mento do pênis e pilificação genital, sem outras quei-
em pé com apoio xas. Nega uso de medicamentos ou drogas ilícitas.
Exame físico: estágio de Tanner:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA G3 (testículos com 10 cm³) P3 M3 (tecido glandular
mamário bilateral com cerca de 4 cm de diâmetro). O
UNIFESP – 2006 diagnóstico e a conduta são:
175. Durante o acompanhamento do crescimento de um a) ginecomastia puberal; expectante
b) síndrome de Klinefelter; mamoplastia
menino de 8 anos, o pai do paciente traz o resultado
c) ginecomastia por uso de droga ilícita; suspensão da
de um raio X de idade óssea, com atraso de -1,0 DP
droga
para idade e sexo. Qual sua conduta?
d) hipogonadismo; terapia de reposição hormonal com
a) acompanhar a velocidade de crescimento testosterona
b) repetir a idade óssea semestralmente e) tumor testicular produtor de estrógeno; orquiectomia
c) informar à família que a criança irá crescer mais quan-
do for adolescente  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


155
1 Crescimento e desenvolvimento

UFF – 2005 USP – 2004


180. Assinale a opção em que se identifica adolescente com 185. Lactente de 15 meses de idade do sexo feminino é tra-
atraso puberal que necessita ser investigado(a) por zida ao Centro de Saúde, pois a mãe está preocupada
não corresponder aos limites de variações normais do com a falta de apetite da criança. O lactente apresenta
surgimento das manifestações puberais: curva de crescimento ascendente, próxima ao percen-
a) moça de 12 anos sem aparecimento do broto mamário til 50. A melhor conduta é:
ou menarca a) solicitar hemograma completo, protoparasitológico
b) moça de 16 anos sem telarca ou menarca de fezes (PPF) e posterior avaliação
c) rapaz de 13 anos, no segundo estágio de Tanner, que b) solicitar urina I e cultura
não apresenta aumento de pênis c) prescrever dieta hipercalórica para a faixa de idade
d) rapaz de 13 anos sem aumento de pênis ou pubarca d) prescrever polivitamínico, contendo ferro
e) rapaz de 13 anos, no segundo estágio de Tanner, sem e) tranquilizar a mãe; nessa fase as crianças podem apre-
estirão do crescimento sentar redução de apetite
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

HCUFP – 2005 USP – 2004


181. Desde o nascimento até os três meses de idade, qual é 186. Adolescente, 12 anos de idade, do sexo feminino, com
o crescimento médio mensal esperado do perímetro
altura no percentil 50, apresentou menarca há 2 me-
cefálico?
ses. Vem à consulta preocupada com a altura, pois
a) 0,5 cm/mês
suas amigas disseram-lhe que não mais crescerá. Em
b) 1 cm/mês
c) 2 cm/mês relação a essa afirmação, é CORRETO afirmar que:
d) 3 cm/mês a) a menarca ocorre no final do estirão puberal, obser-
vando-se crescimento médio de 2 cm no ano que se
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA segue à menarca
b) a menarca geralmente ocorre no pico de velocidade
HCUFP – 2005 do crescimento do estirão puberal e, após aquela há,
182. Com relação ao período de adolescência, assinale a em média, crescimento de 6 cm
alternativa CORRETA: c) a menarca geralmente se dá na fase de desaceleração
a) em meninas, a faixa normal da primeira menstrua- do estirão puberal, ocorrendo crescimento estatural
ção é ampla, variando de 9 até 18 anos por mais 2 a 3 anos
b) em meninos, o aumento do testículo começa aos 11 d) o crescimento pós-menarca é praticamente nulo, o que
anos de idade justifica a preocupação da adolescente em questão
c) na adolescência, tipicamente, os meninos atingem o e) a menarca não guarda relação com estirão puberal,
pico de crescimento dois a três anos após as meninas pois não há evidências científicas suficientes a res-
d) em meninas, o sinal visível de puberdade é o apare- peito do crescimento pós-menarca
cimento de penugem vulvar, que pode ocorrer aos
10 anos de idade  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
SMS-SP – 2003
IAMSPE – 2005 187. Adolescente do sexo masculino, 14 anos de idade, com
183. Escolar é trazido por sua mãe, preocupada porque crescimento físico normal e no estágio P3G3 de Tan-
sua estatura é menor que a dos colegas de classe. O ner, apresenta aumento bilateral de mamas. A conduta
melhor método para avaliação inicial dessa queixa é: mais indicada é:
a) dosagem do hormônio do crescimento a) solicitar dosagem de testosterona e prolactina séricos
b) estatura dos familiares b) solicitar cariótipo
c) idade óssea c) solicitar dosagem de T3, T4 e TSH
d) dosagem de hormônios tireoidianos d) solicitar dosagem de LH, FSH e HCG
e) acompanhamento da velocidade de crescimento e) orientação e retorno em 6 meses para reavaliação
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

IAMSPE-SP – 2005
184. A primeira manifestação de puberdade no sexo femi- UNB – 2002
nino é, geralmente: 188. Com referência aos estágios do desenvolvimento sexual e
a) estirão de estatura do crescimento na adolescência, assinale a opção correta:
b) pilosidade axilar a) a menarca ocorre aproximadamente dois anos após
c) botão mamário a telarca
d) menarca b) a velocidade máxima de crescimento ocorre um ano
e) pelos pubianos com aspecto adulto após a menarca
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) a pubarca é o primeiro sinal de desenvolvimento sexual

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156
Puericultura | Questões para treinamento

d) a idade média em que ocorre a menarca é quatorze anos a) telarca, pubarca, menarca
e) a idade média da telarca é doze anos b) pubarca, telarca, menarca
c) menarca, pubarca, telarca
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) telarca, menarca, pubarca
e) menarca, telarca, pubarca
UNICAMP – 2001
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
189. Os homens são, em média, 12 a 13 cm mais altos do
que as mulheres. Essa diferença é devida a:
a) não tem relação com o desenvolvimento puberal IAMSPE-SP – 2003
b) somente ao estirão de crescimento puberal mais tar- 193. Assinale a alternativa que corresponde ao ganho nor-
dio no sexo masculino
mal de peso do lactente em sua faixa etária:
c) somente ao pico de velocidade de crescimento maior
a) 30 g/dia no primeiro trimestre
no estirão puberal masculino
b) 20 g/dia no segundo trimestre
d) maior crescimento durante toda a infância e puber-
dade no sexo masculino c) 10 g/dia no terceiro trimestre
e) tanto ao estirão de crescimento puberal mais tardio d) 15 g/dia no quarto trimestre
quanto ao pico de velocidade de crescimento maior e) 600 g/mês no segundo mês
no sexo masculino
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
IAMSPE – 2003
USP – 2002 194. Com relação ao desenvolvimento puberal normal, as-
190. Dentre as faixas etárias abaixo, qual apresenta a etapa sinale a alternativa INCORRETA:
de desenvolvimento mais adequada? a) os meninos apresentam aceleração do crescimento 2
a) 4 meses: postura de barriga para cima, pernas e bra- a 3 anos após as meninas
ços fletidos, cabeça lateralizada b) o estirão de crescimento se inicia distalmente, com
b) 5 meses: reflexo de Moro aumento das mãos e dos pés
c) 6 meses: engatinha
c) a menarca ocorre aproximadamente 2 anos após a
d) 9 meses: responde de forma diferente aos familiares
telarca
e estranhos
e) 11 meses: senta-se somente com apoio d) o aumento peniano precede o aumento testicular
e) telarca é evento puberal comum em mais de 50% dos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA meninos

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


USP – 2003
191. Adolescente com 13 anos e 6 meses de idade, G2 P1,
estatura percentil 25, peso percentil 25, sem altera- IAMSPE-SP – 2003
ções ao exame físico, com velocidade de crescimento 195. Adolescente de 14 anos, frequentador de academia
no último ano de 5 cm/ano, procura o médico pre- onde pratica musculação, quer fazer uso de anaboli-
ocupado com sua altura, pois é o mais baixo da sua zantes. Qual será a resposta mais adequada em rela-
turma. Altura do pai: percentil 50, altura da mãe: ção ao seu uso?
percentil 75, menarca materna aos 14 anos. Indique a a) pode aumentar a altura final
alternativa CORRETA: b) há risco de aparecimento de tumor testicular
a) trata-se de retardo puberal
c) há risco de aparecimento de hepatopatia
b) trata-se de um maturador tardio, por se afastar da
d) inibe o avanço da idade óssea
média populacional de idade do início da puberdade
c) a velocidade de crescimento não é compatível com o e) não há contraindicações após o estágio 3 da puberdade
estágio puberal  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) o caso merece ser investigado pelo fato de o adoles-
cente estar no estágio 2 de desenvolvimento genital
e estágio 1 de desenvolvimento de pelos pubianos FESP-RJ – 2003
e) como já está na fase de aceleração do estirão puberal, 196. O pico de velocidade de crescimento no sexo femini-
logo mudará de percentil de altura no ocorre:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a) após a menarca
b) antes do surgimento do broto mamário
c) nos estádios I e II mamário de Tanner
IAMSPE – 2003 d) nos estádios V e VI de pelos pubianos de Tanner
192. É considerada normal a seguinte sequência de desen-
volvimento da maturação sexual feminina:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


157
1 Crescimento e desenvolvimento

FESP-RJ – 2003 UFF – 2002


197. Menino de 7 anos de idade apresenta baixa estatura, 201. Identifique a opção que se refere incorretamente ao
o que preocupa os pais. Na determinação da idade crescimento e desenvolvimento de uma criança normal:
óssea pelo método de Greulich-Pyle, o pediatra deve a) o RN a termo e saudável perde cerca de 10% de seu
solicitar uma radiografia de: peso nos primeiros dias de vida
a) mão direita e braço b) ao nascer, a fontanela posterior usualmente se encon-
b) mão esquerda e punho tra fechada e a anterior fecha por volta dos 10 meses
c) joelho direito e tornozelo c) dos 2 aos 8 anos de idade o ganho corporal médio é
d) joelho esquerdo e quadril de 2 a 2,5 kg/ano
d) os reflexos primitivos dependem da mielinização
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) no primeiro ano de vida, a criança saudável cresce
cerca de 25 cm

UFF – 2003  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


198. Considerando o fator peso durante o crescimento no
primeiro mês de vida, não é CORRETO afirmar que:
Unificado-SC – 2001
a) na primeira semana o peso pode diminuir cerca de
202. Adolescente de treze anos que teve menarca há dois
10%
anos e há três meses está em amenorreia. A primeira
b) nas duas primeiras semanas de vida o peso deverá
hipótese diagnóstica é:
ser igual ou exceder aquele por ocasião do nasci- a) gravidez
mento b) cisto de ovário
c) as chances para o ganho de peso, na primeira sema- c) ciclos anovulatórios
na de vida, aumentam com o alto conteúdo de gor- d) insuficiência pituitária
dura no colostro e) insuficiência hipotalâmica
d) o RN pré-termo nasce, normalmente, com peso in-
ferior àquele do RN termo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) uma vez iniciado o ganho de peso, a criança deverá
adquirir aproximadamente 30 g/dia Unificado-SC – 2001
203. No acompanhamento ambulatorial de crianças com
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
baixa estatura de causa familiar, encontramos:
a) velocidade de crescimento normal
USP – 2002 b) desaceleração da velocidade de crescimento
199. Em relação à baixa estatura na adolescência, é IN- c) puberdade tardia
CORRETO afirmar que: d) atraso na idade óssea
a) o atraso na idade óssea está associado geralmente ao e) déficit de hormônio de crescimento
melhor prognóstico de altura final
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) a idade óssea é compatível com a maturação sexual e
não com a idade cronológica
c) velocidade de crescimento abaixo do normal impli- IAMSPE-SP – 2000
ca investigação de possível patologia 204. Lactente de 8 meses “está muito resfriado”, sem febre.
d) estágios adiantados de maturação sexual estão asso- A responsável não levou o cartão da criança. Ao exa-
ciados com pior prognóstico de altura final me, bom estado geral, corada, hidratada, com coriza
e) a velocidade de crescimento está associada à idade hialina, eupneica, com ausculta pulmonar e exame de
cronológica e não à maturação sexual orofaringe normais. Está no percentil 20 da estatura e
15 do peso. Além da orientação-padrão para as crian-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ças com infecção respiratória alta sem pneumonia, a
conduta mais correta em relação ao estado nutricional:
a) classificá-lo como desnutrido leve/moderado e
UNIFESP – 2002 acompanhá-lo mensalmente
200. O início da puberdade do sexo masculino é evidencia- b) marcar a próxima consulta para 30 dias para melhor
do por: observação e conclusão
a) pelos axilares c) considerá-lo dentro da normalidade e acompanhá-
b) pelos pubianos -lo trimestralmente
c) aumento do volume dos testículos d) classificá-lo como desnutrido moderado com corre-
d) aumento do pênis ção nutricional imediata
e) aparecimento de acne e) classificá-lo como desnutrido grave e interná-lo

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

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Gabarito comentado
2 Crescimento e desenvolvimento

1. A partir dos 3 meses de idade a criança inicia a observação A resposta C é a mais adequada embora exista um erro con-
das mãos e dedos, juntando-as na linha média, leva mãos a ceitual nela: meninas com mais de 13 anos e meninos com
boca e a, partir dos 4 meses, ficando com as mãos abertas a mais de 14 que não tenham entrado na puberdade têm o
maior parte do tempo, pega objetos colocados em suas mãos. diagnóstico de retardo puberal, o que não significa necessa-
Dos intervalos assinalados na questão, o que melhor se aplica riamente anormalidade (a maioria será, inclusive, normal,
para essa resposta está na alternativa b. Resposta b. com o diagnóstico de retardo constitucional do crescimento
e da puberdade). Resposta c.
2. O estirão puberal das meninas é, em geral, anterior ao dos
meninos. A variabilidade do início e da velocidade de pro- 8. As habilidades apresentadas nas alternativas “B”, “C” e “D”
gressão das transformações puberais é fato durante a adoles- são mais tardias; é a partir de 12 meses que a criança aponta
cência e exatamente depende dos fatores genéticos (consti- os objetos que quer e que inicia as primeiras palavras com
tucionais) e ambientais (fundamentalmente nutricionais) do sentido. Fundamentalmente, a criança de 5 meses, já sorri,
indivíduo. Durante a puberdade há um ganho de cerca de identifica seus pais (principalmente a mãe), acompanha com
25% da estatura final e 50% do peso. Resposta c. o olhar e identifica quando falam com ela. Resposta a.

3. Deve-se deixar claro, inicialmente que a estatura entre -1 9. Questão clássica: o primeiro sinal puberal na menina é te-
e -2 desvios-padrão não configura situação de baixa estatura. larca e no menino não é o crescimento do pênis, e sim, o
De qualquer forma, estando ou não preocupada com a esta- aumento do volume testicular. Resposta a.
tura, o melhor dado clínico para ser acompanhado durante a
consulta pediátrica para a avaliação do crescimento é a velo-
10. Engatinhar é uma habilidade um pouco mais tardia,
cidade de crescimento (VC). Resposta c.
mas que alguns bebês nem manifestam. A criança, a partir
dos 9 meses pode ficar em pé, com apoio das mãos. A partir
4. A nova curva do OMS, chamada de MGRS é um referen-
dos 10 meses, pode caminhar com apoio das duas mãos. É
cial multicêntrico (6 países do mundo – Brasil, EUA, Gana,
fundamental que consiga sentar-se aos seis meses de idade.
Noruega, Índia e Omã) e realizada com crianças que tiveram
Resposta d.
acesso ao aleitamento natural exclusivo (padrão-ouro de ali-
mentação infantil). Resposta b.
11. Na alternativa a, estão as principais características da
5. No sexo feminino, em M2 há início da aceleração do cres- nova curva de crescimento da OMS. Obviamente não é pre-
cimento, em M3 seu pico, em M$ a desaceleração e a me- ciso ter a idade óssea para predizer o crescimento; todas as
narca que, é, portanto, um fenômeno tardo da maturação informações da alternativa b são benvindas, e, dados isolados
puberal. Resposta b. não predizem nada. O principal parâmetro para acompanhar
o crescimento é a velocidade de crescimento, calculada a in-
6. Observe que a velocidade de crescimento está normal (5 tervalos de, pelos menos, 4 meses. Resposta a.
cm/ano), o que nos faz pensar, inicialmente em uma baixa
estatura (embora não haja esse diagnóstico gráfico –p < 3) 12. A preensão palmar existe reflexamente até cerca de3 me-
normal ou uma variação da normalidade. Como está dentro ses, quando a pega passa a ser voluntária. Resposta a.
do canal familiar e a puberdade ainda está iniciando (G2 aos
12 anos) a hipótese mais plausível é de um retardo constitu- 13. A sustentação cervical ocorre aos 3 meses, o sentar-se
cional do crescimento e da puberdade. Resposta b. sozinho aos 6 meses, o engatinhar aos 9 meses (não obri-
gatório) e o andar voluntário sem apoio após os 12 meses.
7. No sexo masculino, o primeiro sinal puberal é o aumen- Resposta b
to do volume testicular. A média de entrada na puberdade,
no sexo feminino é por volta dos 9,5 aos 10 anos de idade 14. O primeiro marcador social do bebê é o sorriso social que
(telarca). O crescimento não tem relação direta com a idade ocorre a partir da sexta a oitava semana de vida da criança.
cronológica e, sim, com a idade maturacional. Resposta c.
159
2 Crescimento e desenvolvimento

15. Essa menina entrou em puberdade. A princípio é uma 24. As mucopolissacaridoses (MPS) compreendem um gru-
maturadora mais precoce, mas em nada se configurando um po de doenças de depósito lisossômico que em seu conjun-
estado patológico ou, mais amplamente, uma puberdade pre- to representam uma situação de frequência moderada, com
coce (antes dos 8 anos). A telarca não é isolada, pois já ocorreu uma prevalência combinada estimada de 1:22.500 indivíduos
também o desenvolvimento da pilificação pubiana e o estirão, e uma incidência mundial de 1:100.000 nascidos vivos. São
presumivelmente, também deve estar iniciando. Resposta a. doenças metabólicas hereditárias (ou erros inatos do meta-
bolismo) causadas pela deficiência de determinadas enzimas
16. A adrenarca é um fenômeno independente da gonadarca lisossomais responsáveis pela degradação dos glicosami-
(puberdade) e geralmente pode precedê-la. Em uma menina noglicanos (mucopolissacaríeos). Por conta disto, ocorre o
de 9 anos, prestes a entrar em puberdade, nada de errado ini- acúmulo destas macromoléculas no interior dos lisossomos,
ciar o desenvolvimento dos pelos pubianos. Resposta e. resultando na disfunção de células, tecidos e órgãos. Atual-
mente são conhecidos 7 fenótipos de MPS que incluem:
17. Estamos realmente diante de um garoto com baixa estatu- • Tipo I (Hurler, Hurler-Scheie e Scheie)
ra (menor que escore z -2) e impúbere. Não se configura ainda • Tipo II (Hunter)
um retardo puberal (não tem 14 anos). Pais não são baixos, o
• Tipo III ( Sanfilippo A, B, C e D)
que a princípio invalida a alternativa a. Embora não tenha-
mos a velocidade de crescimento (presumivelmente normal) • Tipo IV ( Morquio A e B)
o atraso de idade óssea (cerca de 2 a 2,5 anos) fala a favor de • Tipo VI ( Maroteaux-Lamy)
um retardo constitucional do crescimento. Resposta b.
• Tipo VII ( Sly)
18. Somente para lembrar que o principal parâmetro para a • Tipo IX
identificação da baixa estatura patológica é o comprometi- As MPS incluem ampla gama de sintomas e manifestações
mento da velocidade de crescimento. Resposta b. clínicas. As MPS estão associadas a efeitos patológicos na
maioria dos tipos de tecidos. As manifestações clínicas das
19. O caso, muito provavelmente é de uma ginecomastia MPS são de natureza multissistêmica, incluem aumento do
puberal, fisiológica e comum nesse momento maturacio- fígado e do baço, ossos com conformação anormal e artropa-
nal. Mesmo com o tamanho maior (> 5 cm) não há grande tia grave, fácies característica (feições grosseiras), opacidade
preocupação, pois pode haver involução. Geralmente ocorre da córnea, e apneia do sono. As funções auditiva, visual, res-
em G3 (daí a importância do estadiamento) e o paciente não piratória (vias aéreas) e cardiovascular são todas afetadas e,
deve ter doenças de base ou uso de medicações e drogas (es- tipicamente, a mobilidade das articulações fica gravemente
sas são as informações mais importantes a serem coletadas). diminuída. Na MPS I (Hurler), MPS II (forma grave) e na
Para ser ginecomastia puberal tem que ocorrer durante a pu- MPS III há ainda o comprometimento do sistema nervoso
berdade. Resposta a. central (involução do desenvolvimento) Resposta c.

20. A velocidade de crescimento é o principal parâmetro a ser 25. Conceito de atraso puberal: menina que, aos 13 anos, não
acompanhado para a avaliação auxológica de uma criança. apresenta início da puberdade (telarca) ou menino que, aos 14
Resposta d. anos, não iniciou o desenvolvimento puberal (aumento testi-
cular). Conceito de puberdade precoce (mais variável que o
21. Nas crianças pequenas, particularmente o lactente, os de retardo puberal): critérios clássicos estabelecem o limite de
fatores externos (ambientais) são os que mais interferem no normalidade para o início puberal em 8 anos para as meninas
processo de crescimento. Resposta b. e em 9 anos para os meninos. (há alguma variação entre os au-
tores, o que não impede a resolução dessa questão!) Resposta a.
22. As proporções corporais seguem uma sequência previsível
de mudanças durante o crescimento. A cabeça e o tronco são
proporcionalmente grandes ao nascer, e essa proporção vai re- 26. Embora os limites etários para a consideração da puber-
dade precoce sejam pouco variáveis entre os autores, é níti-
duzindo com o alongamento progressivo dos membros, parti-
do que sinais puberais (observados no enunciado) evoluídos
cularmente durante a puberdade. A proporção entre o segmento
(M3!) em uma menina com 7 anos, são indicativos de inves-
superior (SS= diferença entre estatura e o segmento inferior) e o
tigação. Muitos encaminhariam direto ao endocrinologista,
segmento inferior (SI= medida desde a sínfise púbica até o chão) mas n alternativa A, mais completa, observa-se a realização
é uma característica marcante do desenvolvimento infantil. Ao de exames subsidiários comprobatórios da evolução puberal
nascimento a relação SS/SI é de 1,7. Aos 3 anos de idade é de 1,3 e, particularmente o exame de imagem para a avaliação ini-
e torna-se 1,0 entre 8 e 10 anos. Resposta d. cial quanto à grave possibilidade tumoral. Resposta a.

23. Ambas as causas de padrões fisiológicos de baixa estatu- 27. Somente o conceito de que é o aumento do volume testi-
ra (BE familiar e retardo constitucional do crescimento e da cular o primeiro indicativo de puberdade no sexo masculino
puberdade cursam com velocidade normal de crescimento. já o ajudaria a gabaritar a questão. Embora os limites para
O parâmetro da idade óssea (IO) é bastante útil para esse di- o diagnóstico de puberdade precoce possam variar entre os
ferencial: IO costuma estar compatível com a idade cronoló- autores, o clássico é ainda considerar os primeiros eventos
gica na BE familiar e atrasada (cerca de dois anos) no RCCP. antes de 9 anos nos meninos e antes de oito anos em meni-
Resposta d. nas. Resposta d.

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Puericultura | Questões para treinamento

28. Lembre-se que pode haver dois momentos de mudança 34. A velha questão clássica sobre a interpretação sobre essa
de canal de crescimento que não necessariamente serão indi- variável estatística, percentil. Percentil é uma medida de po-
cativos de problemas: no início da vida (primeiro ano e pu- sição e localiza o valor em uma “fila de 100 normais”. Assim,
berdade). As demais alternativas estão corretas. Resposta e. estar no percentil 15 significa: 15% estão abaixo e 85% estão
acima. Resposta e.

29. O início das primeiras palavras ocorre após 12 meses de


idade (mama, papa) e a nomeação de objetos, obviamente, é 35. No lactente e na criança pequena de maneira geral, os fa-
bem mais tardia, dos 12 aos 18 meses. Resposta c. tores exógenos (ambientais) muito interferem no crescimen-
to. Assim a alternativa B está incorreta, assim como a C, pois
há modulação por fatores ambientais do componente intrín-
30. O primeiro sinal puberal no sexo masculino é o aumento seco (fatores constitucionais) do crescimento. Puericultura
do volume testicular (estágio G2 de estadiamento puberal), hoje não é só acompanhar crescimento e desenvolvimento;
o que torna a alternativa b incorreta. Realmente, a menarca além disso, a observação do desenvolvimento da criança
ocorre geralmente no estágio M4 e sinaliza fase de desace- ocorre em todos os encontros pediátricos e não exclusiva-
leração do crescimento e início da finalização das transfor- mente em consultas de puericultura. A velocidade de cresci-
mações puberais; ocorre, entretanto, ainda cerca de 5 a 7 cm mento do lactente é elevada mas não é linear (desaceleração).
de aumento estatural (não finaliza o crescimento). Nas situ- Resposta a.
ações de adiantamento puberal, realmente as crianças tem o
início mais precoce do estirão e, temporariamente, podem 36. Atenção aos critérios de classificação antropométrico-
ficar mais altas que seus pares, mas o resultado final não é de -nutricional da variável IMC nas crianças menores de 5 anos:
alta estatura. A ausência de caracteres sexuais secundários no entre 0 e +1 desvio-padrão = eutrofia, entre +1 e +2 desvios-
menino aos 14 anos que define o atraso puberal e pode indi- -padrão = risco de sobrepeso, ente +2 e +3dp = sobrepeso e
car doença (hipogonadismo) ou normalidade (atraso cons- >+3dp = obesidade. Resposta a.
titucional), sendo esse último o que ocorre mais frequente-
mente. Resposta a.
37. Uma criança de 18 meses consegue tirar uma peça de
roupa; constrói uma torre com três cubos (e não 8 cubos !!! –
31. Uma das primeiras manifestações do desenvolvimento isso já ajuda muito na resposta da questão), seu vocabulário
infantil é o sorriso social, evento precocemente observado já inclui 10 a 20 palavras, aponta para figuras quando solici-
no bebê, entre 1 e 2 meses. Alguma confusão na resposta tado e chuta bola. Subir escadas sem apoio, correr e saltar são
desta questão pode ocorrer quanto aos eventos “segura ob- habilidades mais tardias. Resposta b.
jetos’ e “localiza som” (eventos de duas áreas diferentes do
desenvolvimento !). em tese, criança começa segurar obje- 38. Esse menino é classificado como tendo obesidade (escore
tos após o desaparecimento da pega reflexa (por volta dos 3 z de IMC > +3). “A avaliação pondero estatural do menino
meses). Nessa idade também, o lactente presta atenção aos está adequada” é uma frase estranha... Claro que ele está ob-
sons e procura com os olhos e, de 3 a 4 meses começa a virar viamente em excesso nutricional e merece atenção e inter-
a cabeça em direção ao som, localizando-os de 4 a 7 meses. venção... Portanto, a classificação nutricional está apontando
A clássica brincadeira do esconde-achou inicia-se dos 6 a 9 um diagnóstico de inadequação... A avaliação está correta:
meses e o imitar gestos ( o clássico “tchauzinho”), ocorre no foi calculado o IMC. Para um purista, algumas redações de
bebê após os 9 meses. Resposta e. provas são hilárias. Resposta d.

32. Questão conceitual com as novas definições na classifi- 39. Espera-se que, aos 4 meses, já haja sustentação cervical.
cação antropométrico-nutricional: peso maior que 2 desvios Resposta a.
padrão (assim como altura), classificam o indivíduo como
peso/altura elevado para idade; essas variáveis menores que
dois desvios-padrão, a classificam como baixo peso/baixa es- 40. As informações antropométricas apresentadas facilitam
o cálculo da velocidade de crescimento; no último ano (en-
tatura.Valores entre z=-2 e z=+2, são classificados como ade-
tre 9 e 10 anos), estando a menina impúbere (sem telarca),
quados. IMC entre z-escore 0 e +1, classifica a criança com
a velocidade foi de 6cm/ano, uma velocidade absolutamente
menos de 5 anos como eutrófica; entre +1 e +2, como risco
compatível com seu estágio maturacional infantil. Ter idade
de sobrepeso, entre +2 e +3 como sobrepeso e maior que +3, óssea um pouco atrasada (2 anos) pode apenas ser indicativo
como obesa. (atenção pois essa classificação é somente para a de um retardo constitucional de crescimento e puberdade,
criança com menos de cinco anos !) Resposta a. embora ainda essa menina esteja muito distante do diagnós-
tico de atraso puberal (ausência do primeiro sinal puberal
aos 13 anos de idade) Resposta d.
33. Quadro clássico da ginecomastia puberal, um evento co-
mum em adolescentes, durante a maturação puberal (mais
comum em estágio G3). A conduta é expectante, o quadro 41. Em menina obesa, impúbere, com baixa estatura e, prin-
costuma regredir em cerca de uma ano. Deve-se tranquilizar cipalmente , com velocidade de crescimento comprometida e
o adolescente quanto à benignidade e normalidade do caso. idade óssea muito atrasada deve-se pensar em baixa estatura
Resposta b. patológica, de causa endocrinológica Resposta c.

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161
2 Crescimento e desenvolvimento

42. Novamente uma questão de classificação nutricional, 49. Tlarca após os 8 anos de idade (pela referência da questão
utilizando os novos parâmetros propostos pela Organização aos 8 anos e 4 meses) não configura quadro de puberdade
Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde. Entretanto há precoce. Embora haja alguns valores diferentes na literatu-
um detalhe conceitual na questão. O diagnóstico de sobrepe- ra médica, a maior parte dos autores (inclusive o que consta
so/obesidade deve advir da análise do índice de massa corpo- no Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria)
ral (IMC), sempre que possível e não do peso isoladamente. ainda define a precocidade puberal como o aparecimento de
Quanto à variável peso, única informação que poderíamos caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos nas meninas
afirmar é que está adequado para idade (escore z entre -2 e antes dos 9 anos nos meninos. Essa definição vem sendo re-
e +2). O que o examinador chama de peso para estatura é vista nos últimos anos, pois estudos populacionais têm mos-
IMC? Conceitualmente não, embora , pelo gabarito ofereci- trado haver uma tendência à antecipação puberal na popu-
do, é interpretado da mesma forma: escore z entre +1 e +2 lação geral, o que facilita a resposta desta questão. O fato de
indica risco de sobrepeso. Resposta d. uma mama ter se desenvolvido anteriormente à contralateral
não representa nenhum problema, fato comum observado na
meninas púberes iniciais. Resposta d.
43. Geralmente há desaparecimento do reflexo de Moro a
partir dos 4 meses, estando aos seis meses totalmente elimi-
nado. O reflexo tônico-cervical assimétrico desaparece aos 4 50. Este caso trata-se de uma puberdade anormalmente pre-
meses de idade. Portanto, a manutenção desses achados aos coce, aos 4 anos de idade, momento em que não resta dúvida
10 meses é francamente patológica. As outras alternativas são sobre a precocidade. Observa-se nitidamente que a puberda-
de afirmações categoricamente errôneas. Resposta e. de iniciou-se: estirão, aumento peniano e testicular, de massa
muscular e aparecimento de acne, além do avanço da idade
óssea. Diante de uma situação dessa, o primeiro passo a ser
44. As principais comorbidades do paciente obeso: alteração realizado é identificar se a puberdade precoce é central (PPC-
do metabolismo lipídico (dislipidemias), alteração do meta- ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal), quando o
bolismo glicídico (resistência insulina, intolerância à glicose desenvolvimento sexual geralmente reproduz a sequência da
e diabetes tipo 2), hipertensão arterial, alterações ortopédicas puberdade normal, o que parece acontecer nesse caso. Basica-
e dermatológicas, esteatose hepática (doença hepática gordu- mente a PPC pode ser idiopática ou neurogênica. A etiologia
rosa não alcoólica), síndrome dos ovários policísticos (em idiopática é mais comum na menina e não se identifica uma
mulheres) e, síndrome da apneia do sono. Resposta a. causa na investigação. As causas neurogênicas incluem todas
as anormalidades do sistema nervoso, congênitas ou adquiri-
45. Os primeiros dentes decíduos aparecem na cavidade das e são mais comuns nos meninos. Aproximadamente 20%
bucal entre 6 e 10 meses de idade, estando a dentição de- dos meninos com PPC têm lesão no SNC. A lesão tumoral
cídua completa por volta do 30º mês de vida. Os primeiros sempre precisa ser afastada. Portanto, a dosagem das gonado-
dentes a aparecer costumam ser os incisivos centrais infe- trofinas, identificando a ativação do eixo e o estudo de imagem
riores. Resposta c. do SNC são mandatórios. Na puberdade precoce periférica,
ocorre desenvolvimento secundário à produção autônoma de
esteroides sexuais pelas adrenais ou gônadas, independente-
46. Na baixa estatura devido ao retardo constitucional de mente da ativação do eixo. Nos meninos, o desenvolvimento
crescimento e de puberdade (RCCP), tem-se a velocidade dos testículos é, em geral, indicação de ativação do eixo, en-
de crescimento normal, o atraso dos sinais pubertários (em quanto na puberdade periférica, o crescimento peniano ocorre
relação à média de aparecimento), a história familiar do atra- sem o concomitante desenvolvimento testicular. Assim, nes-
so no crescimento e na puberdade durante a adolescência e se caso, a dosagem das gonadotrofinas e estabelecimento do
o atraso na idade óssea em relação à idade cronológica. O diagnóstico diferencial central x periférico deve ser realizada
prognóstico é bom, bem melhor que na baixa estatura fami- e a exclusão de doenças graves tumorais ou malformativas em
liar, pois no RCCP há “reserva de crescimento” Resposta a. SNC, que exigem intervenção mais rápida representam os pri-
meiros passos na investigação complementar. Resposta a.

47. A questão mais clássica em auxologia: o principal pa-


râmetro a ser avaliado durante as consultas da criança é a 51. Nesse caso, diferentemente da questão anterior, observa-
velocidade de crescimento; é esse dado que nos aponta se a -se desenvolvimento puberal incompleto; apenas pelos, acne
criança tem uma doença subjacente (comprometimento da e aumento da massa muscular. Trata-se de uma puberdade
VC) ou não. Todo ano aparece uma questão assim em algu- precoce não isossexual, ou heterossexual, onde observa-se
ma prova no Brasil. Resposta c. sinais de virilização nessa menina. A avaliação da glândula
adrenal é, nesse caso, imperiosa. O fato de não haver telarca,
deixa a possibilidade de puberdade precoce central mais re-
48. Trata-se de um menino com baixa estatura (z < -2), onde mota, inviabilizando a alternativa A. Resposta c.
não há referência à velocidade de crescimento, que será o
principal parâmetro a ser acompanhado nesse caso. Entre-
tanto, dados como o atraso de fenômenos puberais familia- 52. A puberdade precoce, segundo a maioria dos autores, nas
res (menarca tardia) e idade óssea mais atrasada em relação meninas, é definida como início puberal antes dos 8 anos. O
à idade cronológica, sendo o adolescente ainda impúbere pico do estirão puberal da menina geralmente ocorre no estágio
aponta a possibilidade do atraso constitucional de cresci- M3 de Tanner. A menarca é fenômeno tardio e ocorre na fase de
mento. Resposta b. desaceleração da velocidade de crescimento. Resposta a.

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Puericultura | Questões para treinamento

53. Em todas as meninas com baixa estatura de causa inex- 60. Mais uma questão clássica sobre o principal parâmetro
plicada, deve-se pensar na possibilidade de Síndrome de Tur- a ser acompanhado em auxologia pediátrica: a velocidade
ner, particularmente as formas não clássicas (mosaico), onde de crescimento. Lembre-se do gráfico de velocidade de cres-
os estigmas não são tão clássicos. Observe que a estatura fa- cimento por idade e as três fases do crescimento humano:
miliar (alvo) não é tão baixa e não há indícios de atraso cons- lactância (velocidade alta porém, desacelerativa), infância
titucional (menarca materna na idade média); portanto, a (velocidade baixa, estável, de cerca d e4 a 6 cm/ano) e ado-
causa da baixa estatura não está clara nesse caso. Resposta c. lescência, com aceleração do crescimento, até um valor de
pico, com posterior desaceleração até a altura final (estirão
do crescimento). A puberdade, em média começa entre 9 e
54. A velocidade de crescimento no primeiro ano de vida é
10 anos no sexo feminino, tornando a alternativa “c”, a mais
de cerca de 25 cm/ano e o crescimento do perímetro cefálico
correta da questão. Resposta c.
no primeiro ano de vida é de 12 cm, seguindo-se a seguinte
regre de crescimento trimestral: 2 cm/mês no primeiro tri-
mestre, 1 cm/mês no segundo trimestre e 0,5 cm/mês nos 61. Com 10 semanas de vida, cerca de 2 meses e meio, es-
terceiro e quarto trimestres. Apenas com essas informações pera-se que a criança já apresente sorriso social, acompanhe
você responderia essa questão. Resposta a. com olhar, tenha certa sustentação cervical, apresente emis-
são de sons rudimentares e guturais e ainda apresente o refle-
55. A primeira aquisição motora digna de nota e que deve xo de Moro (até cerca de 4 meses); obviamente ainda não tem
ser monitorizada no bebê é o controle cervical que permite movimentos de pega nem reconhece a linha média, levando
sustentar a cabeça. Inicia-se aos 2-3 meses de idade. A capa- objetos à boca. Resposta c.
cidade de mudar de decúbito (rolar) é um pouco mais tardia
e inicia-se por volta dos 3-4 meses. Resposta a.
62. A evolução do desenvolvimento motor ocorre no sen-
tido crânio-caudal; portanto, primeiro há controle cervical,
56. Além do clássico critério de identificação da condição depois do tronco, depois dos membros, preparando para a
chamada baixa estatura que é a presença da estatura menor deambulação que é uma importante aquisição do segundo
que dois desvios-padrão (z escore < 2), outro critério utili- ano de vida da criança. Resposta a.
zado é o distanciamento do alvo familiar, calculado a partir
da estatura média dos pais (EMP) +/- 5 cm. O valor de EMP
difere entre meninos e meninas (adiciona-se ou subtrai-se 13 63. A menarca ocorre, geralmente, no estágio de desenvolvi-
cm no numerador da conta para a média dos pais). Identi- mento maturacional de Tanner M4, durante fase de desacele-
fica-se, nesse caso, que a criança cresce fora de seu canal e ração do crescimento. Em meninos, o primeiro sinal puberal
isso merece atenção e investigação, inicialmente através da é o aumento do volume testicular; seu momento de pico do
análise da velocidade de crescimento. Isso não significa que a estirão ocorre durante o estágio puberal G4. Por eliminação,
criança é doente, como também não existem dados que ela é a alternativa “c” é correta, fato observado pois os meninos,
saudável: deve ser acompanhada. Resposta b. durante sua fase puberal G2, ainda permanecem com velo-
cidade de crescimento estável infantil, apenas iniciando seu
estirão em G3, enquanto as meninas, em M2 já estão em ace-
57. Todos os reflexos primitivos devem desaparecer no pri- leração do crescimento. Resposta c.
meiro semestre de vida, cedendo espaço para uma habilida-
de motora correspondente. Exceção ocorre para a preensão
plantar que ocorrre mais tardiamente, no segundo semestre. 64. Primeiro aparecem os pelos pubianos, depois os axilares.
Landau não é reflexo primitivo, é reação postural adquirida. A primeira manifestação puberal nas meninas é a telarca. Nas
Reflexos profundos não são perdidos! Resposta a. meninas, quando surge o broto mamário ocorre a aceleração
do crescimento; é o início do estirão pubertário. A menarca
é um fenômeno tardio da maturação puberal; ocorre na fase
58. O sentar-se sem apoio ocorre quando há controle pro-
de desaceleração do estirão. Resposta a.
ximal dos membros inferiores e estabilidade paravertebral;
isso ocorre após os seis meses de vida. As reações posturais
(equilíbrio e retificação) iniciam-se aos 6 meses. Resposta b. 65. O volume de colostro produzido nos primeiros dias do
puerpério é bem reduzido, mas suficiente para manter o
equilíbrio hídrico da criança recém-nascida. Espera-se uma
59. Observe que este garoto não apresenta retardo puberal,
diminuição do peso de nascimento de até 10% nos primeiros
pois aos 13 anos já apresenta seu primeiro sinal pubertário 2 a 3 dias de vida, com recuperação completa até o décimo
que é o aumento do volume testicular (G2). A idade limite dia. Resposta c.
para esse diagnóstico é aos 14 anos no sexo masculino. En-
tretanto, observe que , somente aos 13 anos é que ele mani-
festa-se no estágio puberal G2, deslocado, portanto, da mé- 66. A velocidade de crescimento do primeiro ano de vida é
dia populacional. É um menino com maturação mais lenta, de 25 cm/ano. A velocidade de crescimento do segundo ano
verificado também, na sua idade óssea que es´ta cerca de 2 de vida é de aproximadamente 12 cm/ano. A velocidade de
anos “atrasada”, corroborando o diagnóstico de retardo cons- crescimento do período infantil propriamente dito, estável e
titucional de crescimento e da puberdade (anedoticamente baixa, é de cerca de 4 a 6 cm/ano. O estirão puberal ocorre
entendido como “lerdeza”). Resposta a. mais cedo nas meninas do que nos meninos. Resposta e.

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163
2 Crescimento e desenvolvimento

67. Cuidado na avaliação de prematuros. Os dados antro- 73. Cada criança tem seu ritmo e velocidade próprios de de-
pométricos e de desenvolvimento devem ser avaliados pela senvolvimento, porém, que são bastante influenciados pelos
idade corrigida e não a cronológica. Este bebê, por exemplo, estímulos ambientais (familiares e sociais) a que a criança é
tem uma idade corrigida de 28 semanas + 5 m (20 semanas) submetida. O desenvolvimento caracteriza-se pela aquisição
= 40 semanas + 8 semanas. Portanto, uma criança de 2 meses, de habilidades progressivamente mais complexas. O processo
agora é que vai adquirir controle cervical. Resposta c. de crescimento (e não o desenvolvimento), particularmente,
as medidas antropométricas obtidas, é avaliado também pela
comparação dos dados obtidos com as curvas referenciais
68. Obviamente, Clara estará sob o regime de amamentação existentes. Resposta d.
materna exclusiva (até os sexto mês de vida), apresentará
sorriso social (a partir do primeiro/segundo mês de vida) e
apresentará sustentação cervical (a partir do segundo/tercei- 74. A análise do canal de crescimento representa a melhor
ro mês de vida). Sentar-se sozinha é uma habilidade do se- maneira de avaliar a evolução antropométrica de uma crian-
gundo semestre de vida da criança, assim como engatinhar. ça. A curva de tendência ascendente, dentro dos percentis
Resposta a. (ou, mais atualmente, escore-z) mais adequados, indica um
condição adequada de crescimento da criança. Resposta d.

69. A habilidade motora de andar sem apoio, comumente


ocorre por volta dos 12 meses de idade da criança, embora 75. As habilidades apresentadas nas alternativas A, B e D,
tranquilamente pode-se aguardar a aquisição dessa habi- com pequenas variações de ritmo e velocidades, são comu-
lidade até os 18 meses de idade. Aos 10-11 meses de idade mente observadas em bebês normais. Chama atenção a dis-
algumas crianças andam, apoiando-se nas mãos dos pais ou crepância da habilidade versus idade apresentada na alterna-
do examinador. O “andar com apoio”, portanto, ocorre antes. tiva C (uma torre de sete cubos!). Não é necessário nenhum
As demais habilidades apresentadas na questão ocorrem nas conhecimento muito apurado para responder esse tipo de
épocas descritas. Resposta a. questão. Essa habilidade ocorre em crianças de dois a três
anos. Resposta c.

70. O principal parâmetro clínico a ser calculado e acom-


panhado durante o seguimento auxológico de uma criança 76. Não há dúvidas que a resposta A é correta em seu con-
é a velocidade de crescimento (VC). Lembre-se que 80% ceito. Na alternativa C também aparece uma verdade: idade
dos “baixinhos” terão VC normal, ou seja, adequada ao seu óssea compatível com a cronológica com criança com veloci-
momento maturacional. As variações fisiológicas de baixa dade de crescimento adequada (o que está implícito no enun-
estatura (baixa estatura familiar e retardo constitucional de ciado), além dos pais baixos, é muito indicativa de de baixa
crescimento), fundamentalmente caracterizam-se por serem estatura genética ou familiar. A alternativa D é claramente
variantes normais, ou seja, têm VC normal. O atraso da idade incorreta; nas primeiras consultas, atenção deve ser dada
óssea é encontrado no retardo constitucional do crescimento ao aprofundamento dos dados de anamnese e exame físico,
e nas baixa estaturas patológicas, assim como a puberdade ao cálculo e análise da velocidade de crescimento e, even-
mais atrasada. Alterações hormonais ocorrem nas BE patoló- tualmente, à solicitação de exames gerais, pois as alterações
gicas, com velocidades comprometidas. Resposta e. nutricionais e a doença crônica sistêmica são causas de bai-
xa estatura patológica (velocidade de crescimento alterada).
Portanto, dosagens hormonais são postergadas. Na alternati-
71. Pacientes do sexo feminino, com baixa estatura e retardo va B, é fato que o alvo estatural, calculado pela fórmula (es-
puberal (não entrada na puberdade após os 13 anos de idade) tatura da mãe + 13 cm) + estatura do pai /2, é 166 cm. É fato
devem ser investigadas para Síndrome de Turner, mesmo que também que com a interferência ambiental, particularmente
não tenham todos os estigmas da doença (pescoço alado, fácies boa alimentação pode interferir nesse valor. Resposta d.
típica, cotovelo valgo, nevos disseminados, implantação baixa
de orelha e cabelo, palato ogival, cardiopatia, linfedema de mãos
e pés ao nascimento etc.), pois podem ser mosaicos no cariótipo 77. Era absolutamente esperado que questões sobre as novas
e apenas apresentar-se com baixa estatura. Resposta a. curvas da OMS aparecessem nas provas para Residência Mé-
dica, um assunto importante e atual. Não há dúvidas que os
melhores instrumentos disponíveis para o acompanhamento
72. Nas situações de adiantamento puberal, observa-se, ob- do crescimento das crianças atuais são as novas curvas da
viamente, adiantamento da maturação física e esquelética da OMS (MGRS, 2006 e OMS, 2007). Confeccionadas com rigor
criança, portanto, um avanço da idade óssea. Nas demais situ- técnico e estatístico, representam a curva mais robusta dis-
ações, desnutrição primária ou secundária, hipopituitarismo, ponível, inclusive denominadas curvas-padrão, fornecendo
hipogonadismo ou mesmo na situação fisiológica de atraso dados de como a criança “deve” crescer, segundo recomenda-
puberal (variante da normalidade, encontra-se o atraso da ções ideais para a promoção da saúde. Um ponto positivo das
idade óssea). Lembre-se de um conceito de fundamental im- curvas novas é nortear novos parâmetros de ganho de peso
portância que é a caracterização do processo de adiantamen- das crianças (por terem sido confeccionadas com crianças que
to puberal como central (puberdade precoce verdadeira) ou se alimentaram com aleitamento materno no início da vida)
periférico (pseudo-puberdade precoce). Resposta c. e, portanto, terão parâmetros mais saudáveis de crescimento.

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Puericultura | Questões para treinamento

A curva MGRS (2006) representa um trabalho multicêntrico, diagnóstico da obesidade, hoje, deve fundamentar-se na clí-
extrapolável em suas conclusões para todos os continentes nica, história nutricional e avaliação do índice de massa cor-
do planeta (alternativa C incorreta). Lembre-se que a cur- pórea (z-score ou percentil). O parâmetro peso para altura
va MGRS (2006), na faixa etária de 0 a 2 anos foi realiza- está cada vez mais em desuso. Assusta também a informação
da através de método longitudinal, valorizando mais ainda da alternativa C, quando fala do “único” bom indicador. E a
os resultados obtidos, permitindo o cálculo de velocidades. anamnese? E o exame físico? Portanto, questão muito ruim,
Resposta c. pela nossa avaliação. Mas, prepare-se. Resposta sem gabarito.

78. O perímetro craniano aumenta cerca de 2 cm ao mês 83. A associação GnRH e GH é uma alternativa cada vez
no primeiro trimestre de vida da criança, diminuindo para mais utilizada para tratamento das baixas estaturas graves
1 cm/mês no segundo trimestre e 0,5 cm/mês no segundo diagnosticadas precocemente (e não tardiamente!). Lembre-
semestre de vida. O tônus da criança recém nascida deve ser -se das meninas com síndrome de Turner, que são mosaicos
normal e atitude de flexão geralmente é observada com exa- e que não apresentam estigmas clínicos (apenas BE). Não se
cerbação dos reflexos, inclusive com a existência dos reflexos utilizam esteroides sexuais para tratamento da BE (fecham
primitivos. Crianças “largadas”, hipotônicas, merecem aten- cartilagem de crescimento!). A estatura alvo é calculada a
ção para a possibilidade de doenças. Resposta d. partir dos valores da família (mãe e pai): estatura da mãe +
estatura do pai +/- 13 cm / 2. Resposta b.

79. Doença celíaca ou qualquer outra forma de doença que


comprometa a absorção intestinal representa uma das causas 84. O alvo genético está respeitado nessa paciente (155,5 +/-
de desnutrição e baixa estatura patológica. Anemia crôni- 5 cm). Não há indicação do uso de GH e a velocidade de
ca e insuficiência renal crônica também podem cursar com crescimento já está zerada. Resposta a.
desnutrição e baixa estatura. Hipotireoidismo (e não hiperti-
reoidismo) é causa endocrinológica (a mais comum delas) de
baixa estatura. Resposta e. 85. Sem dúvida alguma a primeira conduta a ser tomada é o
cálculo da velocidade de crescimento, o principal parâmetro
para a análise do crescimento. O intervalo mínimo entre as
80. Questão clássica sobre o estadiamento puberal. Lembre- aferições de estatura para esse cálculo deve ser de 4 meses
-se: M1 sem tecido glandular, M2 disco subareolar, M3 mama (invalidando as alternativas A e C). Além do mais, esse pa-
arredondada extra-areolar, M4 duplo contorno mamário e ciente é baixo, mas não tem o diagnóstico clínico de baixa
M5 mama adulta. P1 com ausência de pelos, P2 com pelos estatura (p<3). Nos tranquiliza o fato também de ele já ter
finos, lisos e dispersos em base do pênis e grandes lábios, P3 entrado em puberdade. Investigação complementar se justi-
com pelos grossos, pretos e encaracolados em base do pênis e fica caso a velocidade se mostre comprometida. Resposta d.
grandes lábios, P4 tomando a região pubiana sem avançar so-
bre coxas e P5 avançando sobre a raiz das coxas. Resposta c.
86. O passo inicial para análise desta questão é observar o
comportamento da curva de crescimento, de forma longitu-
81. O RN a termo e saudável perde aproximadamente 10% dinal (evolutivamente) e, observaremos, que a velocidade de
de seu peso de nascimento nos primeiros dias de vida. O pe- crescimento é normal: valores que incrementam ascendente-
rímetro cefálico cresce no primeiro trimestre cerca de 2 cm/ mente, seguindo o mesmo canal de crescimento. Isso descarta
mês e no segundo trimeste, 1 cm/mês, perfazendo cerca de a possibilidade de doença de crescimento e qualquer manobra
9 cm/semestre, completando um crescimento de 12 cm/ano terapêutica para superação dos valores estaturais. Além disso,
ao fim do primeiro ano. Algumas proporções corporais são não há critério gráfico para a definição de baixa estatura, pois
características de um crescimento normal. A medida da pro- os valores de altura não estão abaixo do percentil 3 (ou z-esco-
porção entre segmento superior (SS = diferença entre estatu- re -2). Se calcularmos a estatura-alvo pelas alturas fornecidas
ra e segmento inferior) e o segmento inferior (SI = medida dos pais (173 cm) ou mesmo se, grosseiramente, colocarmos
da sínfise púbica até o chão) pode ser útil na avaliação do a altura dos pais no gráfico, também identificaremos que a
crescimento. Ao nascimento, a relação SS/SI é habitualmente criança está no canal de crescimento familiar. Não há outra
de 1,7. Os membros crescem proporcionalmente mais que o resposta plausível além da alternativa A. Resposta a.
tronco, fazendo com que a relação seja de 1,3 aos três anos
de idade e se torne igual a um entre oito e dez anos. A velo-
cidade de crescimento do pré-escolar é intermediária entre 87. O caminho inicial mais objetivo para responder essa per-
a alta velocidade de crescimento do lactente (25 cm/ano, no gunta é calcular o perímetro cefálico de uma criança aos 9
primeiro ano de vida) e do escolar (4 a 6 cm/ano), tornando meses que nasceu com 34 cm. Aplica-se a regra de crescimen-
a média 4,5 cm/ano, menos provável. Resposta b. to de 2 cm/mês no primeiro trimestre, 1 cm/mês no segundo
trimestre e 0,5 cm/mês nos terceiro e quarto trimestres. Por-
tanto, temos: 34+2+2+2+1+1+1+05+0,5+0,5 = 44,5 cm. Uma
82. Durante todo o desenvolvimento somático da criança criança aos 9 meses já consegue transferir um objeto de uma
existe interferência do componente constitucional, genético. mão para outra (desde os 6 meses), iniciou movimentos de
Obviamente, esta é menor que a interferência dos fatores am- preensão polegar-indicador (pinça) aos 8-9 meses, senta sem
bientais/exógenos. A alternativa E foi muito mal redigida. O apoio desde cerca de 6 meses e manifesta nítida preferência

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165
2 Crescimento e desenvolvimento

pela mãe. É imprecisa a expressão “tentar chamar a atenção sição e, por último, assumindo o comando voluntário dessas
da mãe”; se for vocalizando ou pedindo colo, isso já ocorre atividades, que somente permanecerão em condições patoló-
após 6-7 meses, tornando a alternativa E também válida. O gicas nos pacientes com lesão cerebral. Os reflexos primitivos
gabarito foi D. Questiona-se, como a maioria das questões de são reações automáticas desencadeadas por estímulos que
desenvolvimento. Resposta d. impressionam diversos receptores e que compartilham, com
o resto do processo evolutivo, as características dinâmicas da
maturação infantil. A pesquisa dos reflexos primitivos cons-
88. Impossível a criança sentar-se aos dois meses de idade a titui-se numa ferramenta útil para verificar a integridade do
sustentação cervical inicia-se aos 2 meses de idade (podendo sistema nervoso de RN. Algumas manifestações reflexas pri-
variar). Novamente um ponto de consideração, que torna a mitivas desaparecem durante os 6 primeiros meses de vida,
questão duvidosa: a pinça (polegar-indicador) costuma apa- reaparecendo no 2º semestre como atividade motora volun-
recer aos 9 meses de idade. As demais alternativas (B, C e E) tária; outras devem desaparecer com a evolução normal do
apresentam marcos do desenvolvimento esperados. Definiti- sistema nervoso e serão observadas somente em condições
vamente, as provas para 2011, no quesito desenvolvimento, patológicas. Alguns autores afirmam que dentre os reflexos
foram mal formuladas. Resposta d. tônicos, o reflexo tônico cervical assimétrico (RTCA), quan-
do persiste após os 3 meses, é o de maior importância para o
89. Embora o fato de a velocidade de crescimento estar com- diagnóstico precoce de encefalopatia; segundo outros, deve-
patível com o estágio de desenvolvimento puberal (M1), esta -se valorizar a persistência além dos 7 meses de vida. De fato,
adolescente tem mais de 13 anos e ainda não entrou em pu- se o RTCA fixar-se ao comportamento da criança impedirá
berdade, definindo, conceitualmente, o retardo puberal. A o desenvolvimento das coordenações visocefálica e oculo-
atenção não será para o “atraso” da menarca mas para o fato manual. Quanto ao reflexo de Moro, considera-se que a sua
de não ter entrado ainda em puberdade. Resposta e. persistência após o sexto mês de vida pode indicar suspeita
de lesão neurológica. O reflexo de preensão palmar é con-
siderado um sinal indicativo de encefalopatia grave quando
90. Obviamente, o primeiro evento puberal (e não de maior está presente após o sexto mês de vida. Quanto ao reflexo
maturidade) no menino é o aumento do volume testicular. de sucção, a ausência ao nascimento e durante os primeiros
Também é importante a adoção de limites flexíveis para o meses é indício de grave comprometimento do sistema ner-
adolescente, embora seja verdadeira a sua característica críti- voso central. Em relação ao reflexo de marcha automática,
ca e contestadora. As manisfestações puberais completam-se sua persistência além do segundo ou terceiro mês de vida
entre 2,5 e 4 anos. A ginecomastia puberal é evento absoluta- pode ser considerado sinal precoce de lesão neurológica. Se
mente comum nos rapazes, necessitando apenas seguimento considerarmos o reflexo cutaneoplantar em extensão, única
ambulatorial. Resposta a. e especificamente, pode persistir até os 7-9 meses, deixando
dúvida na resposta da questão. Por esse motivo, entendendo-
-se que o reflexo cutaneoplantar é um reflexo neonatal. Res-
91. Nada para preocupar-se: adolescente em fase de pico de posta C (discutível).
velocidade de crescimento, filho de pais altos, com evolução
puberal normal. Deve-se apenas monitorar a velocidade de
crescimento e orientar o adolescente quanto à normalidade 94. Oficialmente, considera-se baixa estatura quando a al-
do evento. Resposta c. tura do paciente estiver abaixo do percentil 3 da curva de
referência para idade (ou z-escore menor que -2). Como
o paciente está em estágio pré-puberal (G1), numa ida-
92. Ginecomastia puberal que evolui por mais de dois anos, de compatível (menor de 14 anos), com idade óssea evi-
sem a regressão esperada, dificilmente irá involuir, pois há re- denciando reserva de crescimento, apenas observaremos
arranjo histológico do tecido glandular, com fibrose. Se houver a estatura pois deve haver um certo atraso constitucional
repercussões psicossociais significativas, indica-se a remoção de crescimento (evidenciado pelo atraso da IO). O termo
cirúrgica do tecido glandular para o adolescente. É o caso do “vigilância para baixa estatura” está em desuso, e não é
adolescente em questão que já está totalmente desenvolvido mais utilizado pelo Ministério da Saúde, com os novos re-
do ponto de vista puberal (G5), sua ginecomastia já tem 5 anos ferencias. Resposta c.
e há nítido sofrimento do rapaz. Uma observação importante
é não deixar de perguntar sobre o uso de substâncias (anaboli-
zantes, p. ex.) ou medicamentos pelo adolescente que possam 95. O pico de velocidade de crescimento no sexo masculino
causar ginecomastia patológica. Resposta b. encontra-se no estágio púberal G4. O início do desenvolvi-
mento puberal do menino é marcado pelo desenvolvimento
testicular inicial (4 mL), que caracteriza o estágio 2 de Tan-
93. O desenvolvimento da criança do ponto de vista neurop- ner. Os meninos demoram mais para crescer e maturar; po-
sicossensorial e motor depende do processo de maturação do rém chegam nos mesmos estágios de Tanner terminais ao fim
sistema nervoso central (SNC), principalmente no primeiro do crescimento. Resposta c.
ano de vida. O processo de maturação está relacionado com o
grau de mielinização, arborização e formação de sinapses das
células nervosas no SNC, que aos poucos vão inibindo as ati- 96. (Altura da mãe + 13) + Altura do pai / 2 = 178,5 cm.
vidades reflexas primitivas, passando por uma fase de tran- Resposta d.

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Puericultura | Questões para treinamento

97. Pelo traçado da curva de crescimento percebe-se a ní- aproximadamente 2 anos a 2 anos e meio, não há nada com
tida desaceleração, evidenciando a alteração da velocidade o que se preocupar, ainda mais tendo crescido normalmente
de crescimento. Este é o ponto básico da questão, apontan- (velocidade de crescimento normal) no período e evoluindo
do para o diagnóstico de baixa estatura patológica. A idade bem do ponto de vista de maturação puberal. Resposta c.
óssea comprometida (em 5 anos) aponta também para uma
causa patológica, particularmente de causa endócrina. A
ação do hormônio de crescimento (GH) sobre o crescimen- 101. Quanto maior a criança, maior as influências sociocul-
to esquelético é uma ação indireta mediada por um outro turais e familiares no desenvolvimento, dificultando a inter-
fator. Este fator inicialmente denominado Sulfatation Fac- pretação rápida de aspectos comportamentais, que passam a
tor Activity, foi posteriormente renomeado somatomedina ser bastante particulares e variáveis de criança para criança.
e finalmente IGF (Insulin-like Growth Factor) ou fator de Resposta d.
crescimento insulina símile. Assim, o eixo do GH tem uma
configuração semelhante à maioria dos demais eixos hor-
monais, onde um hormônio secretado pela hipófise estimu- 102. Não há uma idade definida para o início puberal; existe
laria a produção periférica de outros hormônios que seriam grande variação fisiológica para o início das mudanças pube-
responsáveis pela sua ação final. Os IGFs são produzidos rais. O intervalo entre menarca e telarca costuma ser de cerva
na maioria dos órgãos e tecidos, sendo o fígado a principal
de dois anos. O primeiro sinal puberal do sexo masculino é
fonte dos IGFs circulantes. Suas ações autócrinas, parácri-
o aumento do volume testicular. O primeiro sinal de puber-
nas e endócrinas são observadas na maioria dos tecidos do
organismo. Diversos fatores estão envolvidos na regulação dade nas meninas é a telarca. A alternativa A apresenta uma
da síntese dos IGFs. O GH é um dos principais promotores informação errada: o padrão de pulsatilidade e amplitude
da produção de IGF-1, cuja síntese é também estimulada dos hormônios gonadotróficos também não tem idade defi-
pelos hormônios tireoideanos, esteroides sexuais, insulina nida para ocorrerem e variam entre os indivíduos, sendo, de
e influenciada pelo estado nutricional, dentre outros fato- forma geral, mais precoces no sexo feminino; esse fenômeno
res. Diferentemente da maioria dos hormônios proteicos, corresponde ao desencadeante das modificações puberais.
os IGFs são encontrados em associação com uma família Resposta e.
de seis proteínas transportadoras (IGF-binding proteins,
IGFBP-1, 2,3,4,5 e 6) que apresentam elevada afinidade pe-
los IGFs e modulam suas biodisponibilidades e bioativida- 103. A evolução puberal e o crescimento não se relacionam
des. O GH é o principal estimulador da síntese da IGFBP-3. diretamente com a idade cronológica e sim, com a idade
No momento, existem ensaios disponíveis para determina- maturacional. Sabe-se, entretanto, que, no sexo feminino a
ção das concentrações séricas dos diversos componentes do puberdade e o estirão puberal ocorrem mais cedo do que no
sistema GH-IGF. Para o IGF-1 e IGFBP-3, valores de refe- sexo masculino. O estágio puberal M2 de Tanner (broto ma-
rência padronizados para idade (incluindo a idade óssea) e mário), primeiro evento puberal no sexo feminino, coincide
sexo são mandatórios. Valores abaixo de –2 DP para o IGF- com o início do estirão (aceleração do crescimento), nas me-
1 e/ou IGFBP-3 sugerem fortemente uma anormalidade no ninas. O primeiro sinal puberal do sexo masculino é o au-
eixo GH. Observe que a produção de IGF-1 está deficitária
mento do volume testicular e não do tamanho peniano. No
para a própria idade óssea que já está atrasada. Resposta b.
estágio M3 as meninas costumam estar no pico de velocidade
de crescimento e não na desaceleração. A muda vocal é um
98. A dosagem basal do hormônio de crescimento (GH) não fenômeno tardio da maturação puberal masculina, como a
é útil para o diagnóstico de seu déficit; faz-se, portanto, sua menarca é no sexo feminino também. Resposta b.
dosagem após um teste de estímulo. Vários agentes podem
ser utilizados para promover a secreção de GH após jejum
noturno em protocolos padronizados. O teste da hipogli- 104. A estatura-alvo (TH) pode ser calculada por diversa
cemia insulínica é considerado o padrão-ouro. Os testes da fórmulas. Uma das mais conhecidas é a que utiliza uma mé-
clonidina, do glucagon e da L-Dopa também poderão ser re- dia aritmética das estaturas dos pais (no caso de um menino,
alizados. Resposta a. adicionando-se 13 à estatura materna). Portanto 168 + (155
+ 13) / 2 = 168 cm. Resposta d.
99. A primeira alternativa é verdadeira e define legalmente
adolescência em nosso país. A segunda alternativa apresenta 105. As características básicas da baixa estatura familiar ou
duas características clássicas dos adolescentes, não necessa- genética, que corresponde a uma das principais causas de
riamente patológicas. As meninas tem o pico do estirão no
baixa estatura fisiológica (variação da normalidade) são; ve-
estágio M3 de Tanner; os meninos, mais tardiamente (alter-
locidade de crescimento normal, padrão familiar de baixa
nativa 3 é falsa). As demais afirmativas são corretíssimas e
esse calendário vacinal é o proposto pela Sociedade Brasileira estatura e idade óssea compatível com a idade cronológica.
de Pediatria (observe que não é o do Programa Nacional de Resposta c.
Imunizações). Resposta d.
106. Questão clássica sobre o primeiro sinal puberal no sexo
100. Telarca iniciada um pouco mais tardiamente (matura- masculino e a terrível confusão existente com o crescimento
dora tardia) indica que a menarca também terá esse com- peniano que não é o primeiro fenômeno, e sim, o aumento
portamento. Se pensarmos no intervalo telarca-menarca de do volume testicular para maior ou igual 4 mL. Resposta d.

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167
2 Crescimento e desenvolvimento

107. Trata-se de adolescente absolutamente normal, com as ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade
preocupações habituais desse momento de vida, ainda mais de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios
quando está no estágio puberal de Tanner G2, onde existe o meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação pos-
crescimento do volume testicular porém o pênis ainda não sa acarretar danos ao paciente. Lembrar que o Novo Código
iniciou crescimento que, muito provavelmente, ocorrerá em de Ética Médica foi instituído em 2010 (RESOLUÇÃO CFM
breve (estágio G3). Resposta b. Nº 1931/2009), com essa disposição contida no artigo 74.
Resposta a.

108. O primeiro ponto (e o mais importante!) a notar na


questão deve ser a velocidade de crescimento comprometi- 114. O perímetro cefálico médio ao nascimento é em tor-
da – 3 cm/ano, o que não corresponde ao esperado de um no de 34 cm. O peso do bebê costuma dobrar (em relação
adolescente em G2 (4 a 6 cm/ano). Isso indica que a baixa ao peso de nascimento) aos 4 a 5 meses e triplicar em torno
estatura desse adolescente deva ser patológica, excluindo-se dos doze meses de vida. Nas meninas, a velocidade máxima d
as alternativas A, C e E. As informações restantes são muito ecrescimento (pico de velocidade de crescimento) ocorre an-
restritas, mas sabe-se que o paciente celíaco em tratamento tes da menarca, no estágio M3 de Tanner. O perímetro cefá-
(sem glúten na dieta), não deveria apresentar qualquer sinto- lico cresce aproximadamente 12 cm no primeiro ano de vida
matologia e, portanto, não deveria ter sua velocidade de cres- (a maior velocidade de crescimento do perímetro cefálico no
cimento comprometida. Resta-nos apenas a alternativa D, período pós-natal). Resposta a.
embora, faltem dados para esse diagnóstico e outras causas
também podem estar explicando o quadro, como um nanis-
mo por hipotireoidismo. Resposta d. 115. Baixa estatura com velocidade de crescimento compro-
metida nos indica causa patológica. Com atraso de idade
óssea significativo (> 3-4 anos), nos indica afecção endo-
109. O início da marcha pode ocorrer após os 10-12 meses, crinológica, cuja principal causa é o hipotireoidismo, ainda
o que inviabiliza as alternativas A e B. A emissão de pala- mais com a clínica associada (sonolência e esquecimentos)
vras com significado ocorre após os 12 meses (em número que essa criança apresenta. Novamente pede-se atenção ao
reduzido, uma ou duas), descartando as alternativas D e E. comprometimento da velocidade de crescimento. Resposta e.
Embora com todas as críticas sempre existentes às questões
sobre desenvolvimento, a resposta correta é a C. Resposta c.
116. Atraso puberal por definição é: ausência do primeiro si-
nal puberal no sexo feminino aos 13 anos de idade (telarca) e
110. Esperando-se um ganho ponderal de cerca de 25 a 30 g/ no sexo masculino aos 14 anos de idade (testículos > 4 mL) e
dia, num lactente no primeiro trimestre em aleitamento ma- lentidão na progressão dos fenômenos pubertários. Questão
terno, temos nessa criança um ganho de 1.800 g em 2 meses bastante simples e conceitual. Resposta a.
= 30 g/dia (afirmativa III incorreta). Esperando-se um ganho
de 2 cm/mês no primeiro trimestre para o perímetro cefálico,
temos: 36 + 2 + 2 = 40 cm (afirmativa II incorreta). Ganho 117. As meninas habitualmente iniciam seu estirão puberal
estatural de 7 cm nos primeiros 2 meses está absolutamente em estágio M2 de Tanner. O estirão de crescimento é mais
adequado para a criança. Resposta a. intenso no sexo masculino (maiores velocidades de cresci-
mento); entretanto, sua duração não é mais curta que a do
sexo feminino (simplesmente começa posteriormente e dura,
111. Trata-se de uma questão repetida em anos anteriores. portanto, mais tempo). A muda vocal do sexo masculino e o
Nada a se preocupar. Adolescentes costumam menstruar em aparecimento de pelos faciais são fenômenos tardios do de-
estágio puberal M4 de Tanner. Tendo entrado em puberdade senvolvimento puberal, ocorrendo em estágios mais adianta-
e com seus sinais ocorrendo de maneira adequada e satisfató- dos (G4). Resposta c.
ria como apresentado na questão, não esta nada a fazer, a não
ser a orientação e acompanhamento clínico da adolescente.
Resposta e. 118. Não existe mais dúvida que a interferência dos fatores
intrínsecos (constitucionais) é de menor importância (er-
rado dizer que não existe!) quando comparados aos fatores
112. Os princípios bioéticos de privacidade, confidencialida- exógenos, ambientais, como os antecedentes perinatais ou
de e sigilo estão resguardados para o adolescente desde que padrão/história alimentar. Entre os fatores constitucionais, a
ele tenha capacidade de avaliar e conduzir o seu problema e, hereditariedade e a influência genética, sem dúvida, é muito
também que nada esteja ocorrendo que coloque a vida dele mais importante na avaliação do crescimento do que a ori-
ou de outros em risco, situação em que o sigilo pode ser que- gem étnica do indivíduo, ainda, mais em nosso meio com
brado. Resposta b. uma marcada miscigenação. Resposta b.

113. No Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 119. Questão que pode gerar alguma discussão e confusão
1.246/88, DE 08.01.88 - D.O.U 26.01.88), encontramos que pois, o conceito mais aceito ainda de puberdade precoce no
é vedado ao médico: Art. 103 – Revelar segredo profissio- sexo feminino considera o aparecimento dos primeiros si-
nal referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais nais puberais antes dos oito anos de idade; alguns autores,

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Puericultura | Questões para treinamento

entretanto, consideram outras idades, como sete anos e meio O peso de nascimento geralmente triplica quando a crian-
(podendo gerar questionamentos). Existem controvérsias ça completa o primeiro ano de vida, chegando, portanto, aos
quanto à idade normal para o início puberal, pois tem sido 9-10 kg. Resposta b.
descrito um subgrupo de crianças normais que iniciam a pu-
berdade mais cedo, e que progridem lentamente ou apresen-
tam involução dos sinais puberais, sem repercussão sobre a 122. Embora o enunciado seja bastante incompleto em infor-
idade da menarca ou sobre a estatura final. A situação telarca mações, principalmente relacionadas aos dados de velocida-
idiopática precoce é definida como o aparecimento do broto de de crescimento e dados clínicos ou estigmas sindrômicos
mamário e seu desenvolvimento até fases iniciais, precoce- presentes no paciente, diante de uma baixa estatura numa
criança do sexo feminino sem causa explicável, está perfei-
mente e, de forma isolada, ou seja, sem concomitância de
tamente autorizada a investigação para síndrome de Turner,
outros sinais puberais. Lembre-se que neste caso a menina é
pois, seus quadros mosaicos podem se manifestar unicamen-
descrita como M2P2. Resposta d.
te com a baixa estatura. Hemocultura, cintilografia óssea,
tomografia óssea e ultrassonografia óssea (esta última tecni-
120. As etapas do desenvolvimento não são estáticas, e a se- camente impossível) são exames absurdos para o diagnóstico
quência das aquisições motoras são encadeadas; sendo cada diferencial da baixa estatura. Resposta e.
etapa preparatória das subsequentes. As idades em que são
alcançados os marcos do desenvolvimento são dados es-
123. Ginecomastia puberal, ou, mais corretamente andro-
tatísticos e servem como guias para o reconhecimento dos mastia, é conceituada como aumento do tecido glandular
desvios da normalidade. O desenvolvimento normal é carac- mamário no sexo masculino. A menarca, primeira menstru-
terizado pela maturação gradual do controle postural, pelo ação da adolescente é fenômeno tardio da maturação puberal
desaparecimento dos reflexos primitivos em torno de 4 a 6 no sexo feminino, ocorrendo, geralmente no estágio puberal
meses de idade e pela evolução das reações posturais (retifi- M4 de Tanner, portanto, já em fase de desaceleração do cres-
cação e equilíbrio). Alguns sinais de alerta são propostos pela cimento. A gonadarca é sim o primeiro sinal puberal do sexo
Sociedade Brasileira de Pediatria. masculino; entretanto caracteriza-se pelo aumento do volu-
Sinais de alerta no fim do 1º trimestre: me testicular (> 4 cm3) e não pelo aumento peniano. Embo-
ra haja certas discordância entre vários autores caracteriza-se
€€ Ausência de sorriso social
a puberdade precoce quando os primeiros sinais puberais
€€ Olhar vago, pouco interessado ocorrem antes dos 7,5 anos no sexo feminino e antes dos 8,5
€€ Nenhuma reação a ruídos fortes (surdez) anos no sexo masculino (bem distante da faixa etária apre-
sentada na alternativa). Resposta d.
€€ Mãos persistentemente fechadas
Sinais de alerta no fim do 2º trimestre:
124. O crescimento pós-menarca ainda persiste, com velo-
€€ Não vira a cabeça para localizar sons (4 meses) cidades menores, pois a primeira menstruação geralmente
€€ Hipertonia (rigidez) dos membros inferiores ocorre na fase de desaceleração do estirão (comumente es-
€€ Hipotonia do eixo do corpo: controle deficiente da cabeça tágio M4 de Tanner). Os textos e a experiência nos mostram
um incremento pós-menarca de geralmente 5 a 7 centíme-
€€ Não dá risada tros totais, particularmente condensados nos dois primeiros
€€ Falta de reação aos sons (surdez?) anos de idade ginecológica. Resposta c.
Sinais de alerta aos 9 meses (obrigatório tomar providência):
€€ Não senta sem apoio (hipotonia do tronco) 125. Durante o primeiro mês, o PC aumenta em média 2
cm, velocidade que persiste no primeiro trimestre de vida do
€€ Pernas duras, “em tesoura” (espasticidade)
bebê, caindo para 1 cm/mês no segundo trimestre e 0,5 cm/
€€ Pernas moles em “posição de rã” (hipotonia) mês no segundo semestre. Resposta c.
€€ Não tem preensão em pinça
€€ Incapacidade de localizar um som (surdez?) 126. O teste de Gesell é um teste de desenvolvimento infantil.
Sinais de alerta no 1º aniversário: As tabelas de Gesell consistem numa série de observações e
reações, registradas por nível etário, a diversas situações pa-
€€ Ausência de sinergia pés-mãos (colocada em pé com dronizadas do nascimento até os cinco anos de idade. Em
apoio não procura ajudar com as mãos) cada nível etário, um inventário de atividades é dividido em
€€ Criança parada ou mumificada quatro categorias de comportamento: (1) motor; (2) adap-
tativo; (3) linguagem; (4) pessoal-social. Cada uma dessas
€€ Psiquicamente inerte ou irritada, sorriso social pobre
categorias de comportamento é avaliada observando-se a
€€ Não fala sílabas; cessação do balbucio (surdez?) criança num certo número de situações padronizadas. Como
Resposta a. a maioria das escalas, ela é descritiva, classificatória e mede
principalmente comportamentos (as variáveis articuladas
com a constituição da subjetividade aparecem pouco ou não
121. Trata-se de uma das regras mais importantes da Puericultu- aparecem), daí as críticas dispensadas aos testes de avaliação
ra e bastante prática para o dia a dia do ambulatório de Pediatria. do desenvolvimento. Mesmo neurologistas não memorizam

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169
2 Crescimento e desenvolvimento

todas as habilidades e recorrem às pranchas e tabelas. Para o tres com ganho de 25 g/dia (750 g/m) = total de 2.250 g + 3
não especialista, sugiro a memorização de alguns “pontos- trimestres de 20 g/dia (600 g/m) = 1.800 g, teremos: 3.250 +
-chave”. Três momentos especiais poderiam ser memoriza- 2.250 + 1.800 = 7.300 g. Paciente está com 8 kg, leite materno
dos: 1) passagem do segundo para o terceiro mês, em que exclusivo (o ganho inicial é até maior) – crescimento ponde-
há progressivamente mudança da atitude assimétrica para ral adequado. Resposta a.
simétrica (cabeça mediana, não lateralizada); 2) transição do
quarto para o quinto mês, quando de uma atitude mais pas-
siva, em decúbito dorsal, o bebê passa para uma atitude mais 128. Pela contundência da afirmação da alternativa B, já per-
ativa, espontânea, com tendência a mudança de decúbito; 3) cebemos que ela está incorreta. Nenhum parâmetro de de-
a partir do sexto mês, particularmente a partir do décimo senvolvimento é avaliado de forma tão restritiva. Como foi
primeiro mês, no qual a criança se libera e, voluntariamente, discutido numa questão anterior: simplificadamente a posi-
adota uma atitude sentada ou de posição ortostática (uma ção sentada pode ser entendida: com apoio (a partir dos 4
etapa bem mais evoluída do desenvolvimento). Portanto, meses, quase todas a partir dos 6 meses) e sem apoio (metade
tentar sentar-se sozinha ainda é uma ação não comum numa inicia por volta dos seis meses e aos nove meses, praticamen-
criança de seis meses – descartam-se alternativas B, E e C te todas). Resposta b.
(mas ainda não tenta levantar-se quando sentada!). Simplifi-
cadamente, a posição sentada pode ser entendida: com apoio
129. Questão com uma “nomenclatura regional”. O que é re-
(a partir dos 4 meses, quase todas a partir dos 6 meses) e sem
ferido como BE constitucional é o que a maioria dos serviços
apoio (metade inicia por volta dos seis meses e aos nove, pra-
nomeia de BE genética ou familiar. Não confunda com Retar-
ticamente todas). Desenvolvimento da sociabilidade (reações
diante da cultura social do meio em que vive): 1 mês (olha o do Constitucional de Crescimento. O primeiro tem idade ós-
rosto das pessoas que a observam), 4 meses (brinca com as sea compatível com idade cronológica e o segundo tem idade
mãos e roupa, reconhece a mamadeira), 7 meses (brinca com óssea mais atrasada que a IC. As demais alternativas, embora
seus pés e com brinquedos, manifesta expectativa na hora de específicas, sobre causas menos comuns de BE, apresentam
comer), 10 meses (brincadeiras simples, come uma bolacha conceitos verdadeiros: a investigação do déficit de GH deve
sozinha), 12 meses (ajuda a se vestir, alcança os brinquedos, ser mais ampla (se é isolada ou está associada a outros défi-
come com os dedos). Outro ponto a ser observado e identi- cits hormonais); nas BE desproporcionais (relação entre cor-
ficar corretamente a resposta da questão refere-se ao desen- po e membros desproporcional, por comprometimento das
volvimento da linguagem. Eis os pontos principais: RN até cartilagens de crescimento, prejudicando o desenvolvimento
fim do primeiro mês (choro inarticulado, pequenos ruídos dos ossos longos), deve-se pensar em displasias ósseas. Em-
guturais), 2 a 4 meses (lalação evidente, percebe os sons, ri e bora questionada por alguns autores, como a secreção de GH
brinca com os sons que ouve), 5 a 6 meses (estabilização da ocorre em picos durante o dia, sendo o maior à noite, existe
lalação, sons consoantes), 6 a 10 meses (balbucia, apresenta essa preferência de administração noturna (muito questioná-
gestos para a comunicação e mostra uma sequência de con- vel). Questão mal elaborada, gerou dúvidas. Resposta c.
soantes e vogais), 10 a 12 meses (começa a compreender pa-
lavras, usa gestos sociais e diz a primeira palavra). De 12 a 18
130. Pergunta bastante questionada, como todas malformu-
meses o bebê usa a linguagem por meio de palavras isoladas
ladas em desenvolvimento neuropsicomotor. Muito difícil
(palavras-frase).
apostar numa idade com um dado único de aquisição, como
Outros pontos para memorizar: início da preensão voluntá- apresentado nessa situação. A criança começa a brincar com
ria aos 4 meses, inicialmente dismétrica sem a participação as mãos aos 3-4 meses, sendo claramente evidenciado esse
do polegar (dos 6 aos 8, quase todas apresentam); a preensão achado aos 4 meses. Será que o examinador queria a valori-
em pinça inicia-se no sexto mês, existindo em quase todas a zação do “nos últimos dois dias”(?). Mesmo assim, gabarito
partir dos 9 meses. O alcance do brinquedo ou do chocalho questionável. Vale recurso. Resposta c (gabarito oficial).
ocorre após os 5-6 meses. Nesta fase, os bebês começam a
passar o objeto de uma das mãos para a outra, de forma não
especular, simétrica, ou seja, cada mão executa uma ação de 131. A informação de não se manter sentado, torna pouco
modo dissociado. Portanto, para esta questão, classificada prováveis as alternativas C e D. Como já sustenta a cabeça
como difícil, a resposta correta é a alternativa A (gabarito), (aos 4 meses todas já sustentam a cabeça de modo completo)
embora alguma dúvida possa existir em relação à alternativa e muda de decúbito, esperamos mais de três meses de idade
D (não entendemos o que o examinador chama de “imitar para essa criança. Resposta b.
ações”, pois, por exemplo, pode existir sorriso social em res-
posta aos olhos de uma pessoa logo cedo no desenvolvimen-
to infantil. Vale o aprendizado nesse comentário. Resposta a. 132. O surgimento de pelos axilares é mais tardio no desen-
volvimento puberal, geralmente seguindo-se ao aparecimen-
to da pilificação pubiana, mas não mantém correlação signi-
127. Lembremos da velocidade de crescimento no primeiro ficativa com a maturação de Tanner. A obesidade costuma
ano de vida (25 cm/ano), divididos em 15 cm no primeiro se- adiantar a maturação puberal e o crescimento ósseo. A média
mestre e 10 no segundo semestre. Portanto, 49 + 15 = 64 cm de menarca em nosso meio é de 12,2 anos e ocorre na fase
(absolutamente adequado o crescimento). Quanto ao peso, IV de Tanner (desaceleração). A alternativa B apresenta o
é marco fundamental dobrar o peso de nascimento aos 4-5 evento denominado adrenarca, independente da puberdade.
meses (6,5 kg). Se somarmos peso de nascimento + 3 trimes- Resposta b.

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170
Puericultura | Questões para treinamento

133. A síndrome de Noonan é caracterizada por baixa es- tardo constitucional de crescimento e de puberdade, carac-
tatura, dismorfismo craniofacial, pescoço curto, criptorqui- terizado por velocidade de crescimento normal, exame físi-
dismo (masculino), diátese hemorrágica e anormalidades co normal, história familiar de atraso e idade óssea < idade
cardíacas e esqueléticas. É o principal diagnóstico dife- cronológica. É a hipótese mais plausível para o caso relatado.
rencial da síndrome de Turner (que é um diagnóstico do Resposta d.
sexo feminino!). Os pacientes com a síndrome de Noonan
têm sido descritos como os pacientes com “Turner do sexo
masculino”, mas, na verdade, a síndrome de Noonan, que é 138. Questão clássica: primeiro sinal puberal da menina,
herdada por uma via autossômica dominante, pode ocorrer broto mamário. Último sinal, que ocorre tardiamente na fase
em ambos os sexos. Tal como os pacientes com a síndrome de desaceleração do crescimento, a menarca (M4). O pico
de Turner, os pacientes com Noonan podem exibir defeitos de velocidade de crescimento na menina ocorre geralmente
físicos similares, como por exemplo: baixa estatura, pesco- em M3, antecedendo, portanto, a menarca. A pubarca pode
ço alado, cubitus valgus, deformidades torácicas e hipopla- anteceder ou seguir-se ao aparecimento do broto mamário
sia facial; mas retardo mental é geralmente mais intenso e (evento pode estar ligado apenas à adrenarca), dado que não
mais frequentemente associado aos pacientes com Noonan compromete a resposta da questão. Resposta c.
do que naqueles identificados com Turner. Além disso, en-
quanto o achado de estenose da valva pulmonar combinado 139. Baixa estatura com idade óssea atrasada significa me-
com alterações físicas características poderia ser conside- lhor prognóstico estatural, desde que o paciente seja adequa-
rado altamente sugestivo de Noonan, coarctação da artéria damente acompanhado e nenhuma doença seja negligencia-
aorta sugere o diagnóstico de Turner. Entretanto, o aspecto da. Idade óssea atrasada significa “reserva de crescimento”.
mais importante na distinção entre ambas é que os pacien- Resposta a.
tes com a síndrome de Noonan apresentam constituição
cromossômica normal. Resposta b.
140. Nas afirmativas I e II, embora os fatores estejam relacio-
nados (por exemplo: crianças com carência psicoafetiva em
134. Questão “diferente”, na qual o aluno deve identificar áreas de alta prevalência de desnutrição demoram mais para
as idades prováveis das crianças esquematizadas (pelo me- iniciar a puberdade), todos os dados apresentados influen-
nos grosseiramente) e atribuir outras habilidades esperadas. ciam o início puberal. Chama a atenção que a informação
Fernando já engatinha, embora não seja uma habilidade ne- genética/hereditária é muito importante nessa determinação.
cessária no desenvolvimento infantil, tem mais de 8-9 meses: Questiono o gabarito, pois se, há agravo substancial à nutri-
sendo assim, já senta, mas não fala 6 palavras (exclui alterna- ção ou doença grave coexistente no momento da puberdade,
tiva C). Nina senta-se sem apoio e brinca com seus pés (B e esta pode se atrasar, mesmo com o fator hereditário definido
D descartadas), aparentemente mantendo-se nessa posição. (valeria estar escrito na afirmativa IV, “desde que não existam
Também mais de nove meses se espera. A criança começa a agravos”. Daí não seria mais o “mais importante”. Detalhe,
compreender o “não” por volta dos 9 meses de idade. Ficar mas valeria um recurso (alternativa C seria também correta).
em pé com apoio inicia-se aos 7 meses, aos 11, praticamen- Na anorexia nervosa e na mulher atleta, classicamente obser-
te todos os bebês já ficam (bem possível o Fernando ficar!). vamos a amenorreia. Resposta d.
Resposta e.

141. Desculpando-se o examinador pela redação estranha do


135. Embora seja um assunto abordado na Pediatria Neo- enunciado (avaliação de crianças durante a adolescência!?!?),
natal, comentaremos aqui, pois está apresentada juntamente a alternativa E apresenta os parâmetros mais importantes
com a próxima pergunta. Questão fácil e conceitual. Se nas- para a avaliação clínica da puberdade, os critérios de Tanner,
ceu com 40 semanas, trata-se de um RN de termo. Tendo seu indicativos da maturação sexual e que têm íntima correla-
peso de nascimento entre o percentil 10 e 90, é classificado ção com a velocidade de crescimento (etapas do estirão pu-
como adequado para a idade gestacional. Resposta d. bertário). Os critérios de Greulich e Pyle se referem à idade
óssea; NCHS e Marcondes são referenciais de crescimento
(gráficos); Morley e Woodland propuseram o acompanha-
136. Comecemos com o perímetro cefálico. A regra práti- mento do peso para detecção precoce de agravos nutricionais
ca do crescimento do PC no primeiro trimestre é de 2 cm/ (acompanhamento do canal de crescimento). Resposta e.
mês. Portanto: 35 + 2 + 2 + 2 = 41 cm. Ganho ponderal no
primeiro trimestre: 25-30 g/dia (750 g/m). Portanto, 3.000
g (observado no gráfico) + 750 g + 750 g + 750 g = 5.250 142. Aos 9 meses não anda sozinha, nem combina duas pa-
g (aproximadamente com variação para mais). Alternativa lavras; aos 5 meses não nega com a cabeça; aos 12 meses está
mais compatível B. Resposta b. justamente começando a andar e uma criança veste-se sozi-
nha a partir de 5 anos. Resposta c.

137. Embora o “atraso puberal” não esteja caracterizado for-


malmente, pois o menino já entrou em puberdade (testículos 143. Toda menina com baixa estatura e retardo puberal, sem
> 4 cm3), obviamente está distante da média populacional causa aparente, descartadas as possibilidades fisiológicas
para esse evento. A causa mais comum desse atraso é o re- (atraso constitucional), deve ser investigada para síndrome

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171
2 Crescimento e desenvolvimento

de Turner (hipogonadismo hipergonadotrófico), mesmo sem mar que é um indicador prognóstico do crescimento restan-
estigmas completos, pois existem muitas meninas que não te. A ginecomastia puberal é uma variante normal do desen-
têm cariograma XO e, sim, mosaico, com menos manifesta- volvimento puberal do menino, absolutamente comum. O
ções clínicas. Resposta d. adolescente tem direito à privacidade e à confidencialidade;
portanto, a presença dos pais não é obrigatória durante toda
a consulta, inclusive indesejável, numa parte dela. O estirão
144. Na verdade, a investigação incluiria a idade óssea, o ca- de crescimento ocorre paralelamente à maturação puberal.
riótipo, a dosagem dos hormônios tireoidianos (hipotireoi- Resposta a.
dismo pode ocorrer na síndrome de Turner) e, também, a
dosagem de FSH/LH, que confirmaria o hipogonadismo hi-
pergonadotrófico. Mancada do examinador. Resposta b. 151. Meninos com mais de 14 anos que não apresentaram seu
primeiro sinal puberal (aumento testicular) são diagnostica-
dos como “atraso puberal”. Descartando-se a causa fisiológica
145. Observe como a habilidade de sentar-se é explorada nas
(mais comum), que é o retardo constitucional de crescimento
provas. O sorriso social surge precocemente nos dois primei-
e de puberdade, passa-se à classificação dos hipogonadismos
ros meses de vida. A combinação de duas palavras é mais tar-
em hipergonadotróficos (FSH e LH elevados), como na ques-
dia (frases), por volta de 18-24 meses. Aos 14 meses a criança
ainda está nas primeiras palavras. Resposta e. tão apresentada e hipogonadotróficos (FSH e LH baixos). Na
primeira situação deve-se pensar em causas gonadais – a gô-
nada está doente e não responde ao estímulo das gonadotro-
146. Conceitualmente, só para lembrar, a pubarca pode pre- finas. As disgenesias gonadais representam causa importante
ceder o primeiro sinal puberal e não ser o primeiro sinal pu- dessa condição, síndrome de Klinefelter, em particular, nos
beral (alternativa B). O aparecimento da mama isolado (sem meninos. Ressonância e função olfativa nos remetem a cau-
concomitância de outros eventos pubertários) antes dos dois sas primárias de retardo puberal (centrais), em que as gona-
anos de idade incluiria os casos (frequentes) de desenvolvi- dotrofinas estarão em níveis baixos. Resposta b.
mento mamário neonatal por passagem de hormônios ma-
ternos e a telarca idiopática precoce. As demais alternativas
estão corretas. Resposta e. 152. Baixa estatura com velocidade de crescimento reduzi-
da deve nos alertar para a possibilidade de doença do cres-
cimento. Em se tratando de baixa estatura patológica, sem
147. Questão clássica: o primeiro fenômeno pubertário no dúvida, epidemiologicamente, deveremos descartar a possi-
sexo feminino é o aparecimento do broto mamário (telarca) e bilidade de doença sistêmica crônica ou desnutrição crônica,
o fenômeno mais tardio da puberdade da mulher é a primeira que respondem pela imensa maioria de casos nessa situação.
menstruação (menarca). Pode haver pubarca antes ou após a A doença endócrina (tireoidiana e hipofisária), particular-
telarca (geralmente é pós), o que, isoladamente, não significa mente essa última, é a situação mais rara no algoritmo de
puberdade iniciada (poderá apenas representar adrenarca e investigação. Portanto, as dosagens hormonais não devem
não gonadarca). Portanto, a questão é discutível (alternativa ser solicitadas de início. Entretanto, uma idade óssea muito
B também pode ser correta). Resposta c. comprometida (grande atraso) aponta a possibilidade mais
evidente de doença endócrina. A avaliação da idade óssea é
parâmetro auxiliar importantíssimo na avaliação da baixa es-
148. Novamente, no ano de 2009, uma questão sobre sen-
tar-se sem apoio. A escala de Denver também é um teste tatura, só ficando atrás da análise de VC. Resposta a.,
padronizado no qual as habilidades são perguntadas e ob-
servadas na criança. Falar dadá ou mamã específicos (no 153. Lembre-se de que o tecido nervoso (crescimento de
sentido de palavras) ocorre geralmente aos 12 meses. A SNC e sua repercussão no perímetro cefálico) não se proces-
criança é capaz de copiar um quadrado geralmente com 4 sa de maneira significativa na puberdade. É um tecido que
anos. Resposta b. foge à regra geral, tendo seu momento máximo de desenvol-
vimento na fase 1 do crescimento (lactância). Resposta d.
149. Por eliminação, podemos responder a essa questão.
Alternativa D: absurdamente errada, pois os primeiros três
154. Questão absolutamente tranquila. Desde já, acostume-se
anos de vida são de desaceleração (a adolescência, mais cor-
com alguns “presentes” que o examinador pode te dar numa
retamente, a puberdade, é sim, um período de aceleração). O
prova. A alternativa incorreta é “absurdamente incorreta” e
período máximo de mielinização e de desenvolvimento do
as demais são “absolutamente certas”. Todos os médicos sa-
sistema nervoso ocorre nos primeiros anos de vida, particu-
bem que imunização não é apenas assunto pediátrico; isso é
larmente no primeiro (alternativa A errada). O pico máximo
o que pensa o leigo. Embora não seja o tema desse momento,
de desenvolvimento do tecido linfoide ocorre no pré-escolar
e escolar e não no lactente (alternativa B errada). Resposta c. não custa relembrar a necessidade da vacina dupla adulta ge-
ralmente aos 15 anos e de atualizar hepatite B e tríplice viral
(caso o jovem não tenha recebido, respectivamente, 3 e 2 do-
150. A menarca é um dos últimos fenômenos puberais da ses num momento pregresso). A alternativa ainda explicita
menina. Quando ocorrem, sinaliza-se o fim do estirão (fase uma expressão grosseira, que a torna mais falsa ainda: não é
de desaceleração), em que o crescimento restante se situa na necessário “atualizar” vacinas! Crime para a Saúde Pública.
ordem dos 5 a 7 centímetros totais. Portanto, é correto afir- Resposta c.

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172
Puericultura | Questões para treinamento

155. Questão confusa e discutível. Atualmente, para adolescen- 159. Questão conceitual sobre a maior velocidade de cres-
tes, a análise do índice de Quetelet (IMC) e sua avaliação na res- cimento do período pós-natal, ou seja, a do primeiro ano
pectiva curva de percentis é que define a classificação gráfica do de vida, que é de 25 cm por ano. Lembre-se do componente
excesso nutricional (entre p85 e p95, sobrepeso e, acima deste desacelerativo dessa velocidade, que corresponde aos incre-
último, obesidade). O estirão puberal feminino é mais “preco- mentos de 15 cm no primeiro semestre e 10 cm no semestre
ce” quando comparado ao sexo masculino. O pico do estirão no seguinte. Resposta c.
sexo masculino costuma ocorrer no estágio G4 de maturação
puberal. Nesse momento, o volume testicular costuma estar na
média 12 a 16 mL (e isso checando nos livros-textos, desneces- 160. O acompanhamento pelas medidas do perímetro cefá-
sário memorizar!). Os valores são um pouco maiores do que os lico é componente fundamental da puericultura do lacten-
apresentados na alternativa C, o que a tornaria “errada”. Medida te, particularmente no primeiro ano de vida, quando sua
de testículos é padrão pouco confiável isoladamente para a aná- velocidade de crescimento é de aproximadamente 12 cm.
lise da puberdade; testículos adultos podem ter entre 15 e 30 mL Essa medida reflete diretamente o crescimento do sistema
(grande variabilidade) e a sua aferição é difícil na prática clíni- nervoso da criança, que repercute nas habilidades progres-
ca e pouco acessível. Estranha a alternativa C, que correlaciona sivas que o bebê vai demonstrar. O fechamento da fontanela
PVC com VT. Outra correlação mais rara na prática é de PVC acompanha-se, na propedêutica, pela sua rotineira palpação
com idade óssea. A correlação do dia-a-dia é PVC com esta- e mensuração. Resposta c.
diamento puberal de Tanner. A menarca comumente ocorre no
estágio M4 de Tanner, época de desaceleração do crescimento, 161. O período de maior crescimento, pico da velocidade de
momento tardio da maturação; claro que em algumas meninas crescimento ou período de maior intensidade do fenômeno do
pode ocorrer em M3 ou até M5!. O gabarito oficial apresenta desenvolvimento somático é, sem dúvida, o antenatal. Lembre-
a resposta D (questionável). Confesso que a alternativa C gera -se de que a criança nasce com uma grande velocidade de cres-
muita discussão. Vale o sentido geral da pergunta e a importân- cimento, porém, essa é desacelerativa, evidenciando que uma
cia do tema nas provas! Resposta d. velocidade bem maior já ocorreu pregressamente. No período
pós-natal, consideramos a maior velocidade de crescimento a
156. A Puericultura é a especialidade da Pediatria que se preocu- do primeiro ano de vida (25 cm/ano). Resposta b.
pa com o acompanhamento integral do processo de desenvolvi-
mento da criança. É de fundamental importância, uma vez que 162. A menarca é marco fundamental do processo puberal e
é por meio dela que o pediatra tem condições de detectar preco- representa um evento tardio na maturação da menina. O pri-
cemente os mais diferentes distúrbios das áreas do crescimento meiro fenômeno puberal feminino é a telarca, que a paciente
estatural, da nutrição e do desenvolvimento neuropsicomotor. A em questão já apresenta, pois ela é M2 no estadiamento de
detecção precoce dos distúrbios é essencial para seu tratamento, Tanner. A menarca ocorre comumente cerca de dois anos
uma vez que, quanto mais cedo se iniciarem as medidas adequa- após o primeiro evento pubertário, na fase de desaceleração
das, menos sequelas ocorrerão e melhor será o prognóstico do do crescimento, portanto, após o pico de estirão (pico de ve-
quadro clínico. Observe que, embora a maioria das alternativas locidade de crescimento). Resposta c.
esteja mal redigida, a resposta B é mais completa, e o acompa-
nhamento não se restringe aos dois primeiros anos de vida (pelo
menos, não deveria se restringir!). Resposta b. 163. A criança de 3 meses já consegue seguir objetos ou foco
luminoso próximo, inicia sua sustentação cervical, podendo
já elevar seu pescoço em posição prona, e já deve estar apre-
157. Engatinhar não é aquisição motora obrigatória para a sentando seu sorriso social desde 1-2 meses. Resposta b.
criança, diferentemente de sentar, ficar de pé e andar. Por-
tanto, a conduta é a tranquilização desta mãe, já que seu filho
tem todas as habilidades citadas adequadas para sua idade 164. No sexo feminino, a média da telarca (primeiro fenôme-
atual. Resposta b. no pubertário) é de cerca de 9,7 anos, com grande variação,
de modo que aos 8 anos o início da telarca não se caracteriza
como anormalidade, na maioria das vezes. A puberdade tar-
158. Questão também mal redigida, a verificar-se pela res- dia se caracteriza pelo não aparecimento dos caracteres pu-
posta correta (na verdade, nenhuma é correta). Peso repre- bertários iniciais até os 13 anos na menina e 14 anos no sexo
senta crescimento de todos os sistemas orgânicos e todos os masculino. Sabendo-se que o intervalo entre telarca e menar-
componentes do sistema musculoesquelético e, óbvio, não ca é de aproximadamente dois anos, a primeira menstruação
apenas de ossos. Perímetro cefálico expressa crescimento de aos 11 anos não caracterizaria puberdade precoce. A telarca
SNC (conteúdo da caixa craniana). Estatura e comprimento antecede o estirão puberal na menina. Resposta a.
refletem, sim, o estado nutricional, mas em momentos dife-
rentes: avaliação do peso mais o momento agudo e o com-
ponente estatural ou crônico (portanto, por definição, alter- 165. Imaturidade do eixo CHHG (córtex-hipotálamo-hipó-
nativa C está errada!). IMC se calcula dividindo-se peso por fise-gônada) reflete nos primeiros anos pós-menarca, como
estatura ao quadrado. Reitero que trata-se de uma questão descrito (idade ginecológica menor que 2 anos) em ciclos
pessimamente elaborada. Tudo isso pode acontecer no dia de anovulatórios e irregularidade menstrual subsequente.
sua prova! Resposta e. Resposta e.

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173
2 Crescimento e desenvolvimento

166. Inicialmente, deve chamar sua atenção a informação co diferencial da síndrome de Turner. Os pacientes com a
preciosa da desaceleração do crescimento, alertando para a síndrome de Noonan têm sido descritos como os pacientes
BE patológica. A questão é clássica, e descreve os estigmas com “Turner do sexo masculino”, mas, na verdade, a sín-
típicos da síndrome de Turner, hipogonadismo hipergona- drome de Noonan, que é herdada por uma via autossômi-
dotrófico no sexo feminino. O tema é recorrente em provas. ca dominante, pode ocorrer em ambos os sexos. Tal como
Resposta a. os pacientes com a síndrome de Turner, os pacientes com
Noonan podem exibir defeitos físicos similares, como por
exemplo: baixa estatura, pescoço alado, cubitus valgus, de-
167. Com cerca de um ano, a criança pode dizer palavras formidades torácicas e hipoplasia facial; mas retardo mental
com significado (por exemplo: “mama” de mamãe ou “papa” é geralmente mais intenso e mais frequentemente associado
de papai); o controle esfincteriano, embora com algumas va- aos pacientes com Noonan do que naqueles identificados
riações individuais, pode se iniciar aos 18 meses. Quanto às com Turner. Resposta a.
praxias (fluência na sequência), aos 4 anos a criança é capaz
de abotoar roupas e aos 7 anos, dar laço no sapato (aos 3 anos
coloca o sapato). A criança se veste sem ajuda por volta dos 173. Comumente, temos como “regra prática” sobre o cres-
6-7 anos. Com 40 semanas (10 meses), é óbvio que um bebê cimento de crianças: “o peso de nascimento duplica aos 4-5
ainda não consegue usar uma colher com a finalidade de ali- meses e triplica aos 12 meses”. A velocidade de crescimento
mentação. Resposta a. estatural no primeiro ano de vida é de 25 cm/ano (15 cm no
primeiro semestre e os demais 10 cm no segundo semestre.
Tendo o simples conhecimento da variável auxológica mais
168. Considerados marcos fundamentais do desenvolvimen- importante, a velocidade de crescimento, a questão já está
to somático de uma criança: duplica peso de nascimento aos respondida. Resposta c.
4 meses, triplica aos 12 meses e atinge a estatura média de
100 cm com 4 anos de idade. Resposta d.
174. Por volta dos nove meses, juntando o polegar ao indicador,
os dedos funcionam como uma pinça para pegar pequenos ob-
169. Quando consideradas as causas endocrinológicas de jetos. É um dado da evolução tão importante quanto a primeira
baixa estura, que são bem menos frequentes do que as causas palavra e o primeiro passo. Aos sete meses, idade apresentada
viscerais e nutricionais, duas glândulas devem ser lembradas: na alternativa D, a criança ameaça e pega os objetos com a mão
tireoide e hipófise. Os distúrbios da primeira representam toda, inclusive, passando-os de uma para a outra. Entretanto, o
causas mais comuns do que o hipopituitarismo (nanismo hi- movimento mais fino de pinça é relativamente mais tardio. Como
pofisário). Resposta d. todas as questões sobre desenvolvimento, esta é passível de críti-
ca (em todas as alternativas) por conta da variabilidade na cro-
170. Considerando o marco de duplicar o peso de nascimen- nologia das aquisições. Categoricamente, não podemos afirmar
to aos 4 meses e, no segundo trimestre, o bebê ganhar cerca que em determinada idade as crianças demonstram essa ou outra
de 20 g/dia - 600 g/mês (ainda mais estando em aleitamento habilidade. Entretanto, as demais alternativas evidenciam funções
natural), o peso de 7.800 g poderia ser alcançado aos 6 meses mais apropriadas para o período referido. Há ressalva também na
(6.600 g + 600 g + 600 g = 7.800 g). Utilize suas habilidades alternativa E, pois existem crianças que não engatinham no perí-
matemáticas. Resposta c. odo pré-marcha. Resposta d.

171. Em geral, a criança perde até 10% de seu peso de nasci- 175. Eis uma outra “roupagem” na forma de perguntar sobre
mento nos primeiros dias de vida, com recuperação até os 10 o principal parâmetro a ser acompanhado em uma criança/
dias de vida. Duplica seu peso de nascimento no quarto mês adolescente com queixas relacionadas ao crescimento: a ve-
e triplica no fim do primeiro ano de vida. Resposta d. locidade de crescimento. Sendo a radiografia de mão/punho
esquerdos para idade óssea (IO) evidenciadora de uma idade
com −1DP para idade e sexo, possivelmente estamos dian-
172. Os estigmas descritos: baixa estatura em menina, com te de um indivíduo que matura mais lentamente do que a
linfedema de mãos e pés ao nascimento, otites de repetição média. Esse é o achado clássico da IO nos clientes com bai-
e cardiopatia (cerca de 1/3 das pacientes), nos fazem pen- xa estatura, com velocidade normal e cuja causa é o retardo
sar em síndrome de Turner, principalmente na sua forma constitucional de crescimento (RCC).
clássica, cariótipo X0 (lembrar da possibilidade de mosai- Lembre-se de que, para variáveis que seguem distribuição
co – 50% – com manifestações bem mais atenuadas, mui- gaussiana, a amplitude de +/−1DP engloba 68% dos indiví-
tas vezes somente com a BE). Descreve-se um aumento da duos e entre +/−2DP, 95% desses. Resposta a.
frequência de hipotireoidismo nessas meninas, geralmente
por uma tireoidite autoimune. O atraso puberal é muito
comum, pois se trata de uma forma de hipogonadismo hi- 176. Quando utilizamos a fórmula idade (anos) x 6 + 77,
pergonadotrófico. A síndrome de Noonan é caracterizada temos um valor esperado de estatura para a criança. Outra
por baixa estatura, dismorfismo craniofacial, pescoço curto, fórmula existente é (para os 3 anos em diante): E = (idade
criptorquidismo (masculino), diátese hemorrágica e anor- – 3) × 6 + 95. Observe que as fórmulas fazem sentido, pois
malidades cardíacas e esqueléticas. É o principal diagnósti- consideram a média de 6 cm/ano como VC pré-puberal

SJT Residência Médica – 2016


174
Puericultura | Questões para treinamento

ou infantil. Assim: 3 × 6 + 77 = 95 cm ou 0 × 6 + 95 = mente começa aos 11 anos; novamente a importância da va-


95 cm. Lembre-se de que a criança atinge 1 m por volta riabilidade!). O primeiro sinal puberal no sexo feminino é o
dos 4 anos. As VC importantes de memorizar são: 25 cm/ aparecimento do botão mamário. Resposta c.
ano, no primeiro ano, cerca de 10 cm/ano no segundo e
terceiro e, a partir dos quatro anos, 4 a 6 cm/ano. Como
as alternativas são muito díspares, não cabe qualquer re- 183. A questão mais clássica em auxologia: o principal e mais
clamação sobre sua elaboração; se isso não ocorresse, eis o importante parâmetro a ser acompanhado diante de uma
tipo da questão que pode gerar problemas ao examinador queixa de crescimento é a velocidade de crescimento (VC).
(o motivo é óbvio). Resposta d. Essa questão já foi apresentada em uma prova do Título de
Pediatria num ano pregresso (veja adiante) e foi literalmente
copiada. Resposta e.
177. Na mesma prova, no mesmo ano, duas questões
de crescimento, nas quais a lembrança da intensidade de
crescimento no primeiro ano de vida ajuda a responder o 184. A telarca é o primeiro sinal puberal do sexo feminino;
enunciado (25 cm/ano). Recomendaríamos ao examinador o aumento testicular é o primeiro sinal no sexo masculino.
completar sua pergunta referindo que a criança foi alimen- Resposta c.
tada ao seio exclusivamente até os 6 meses de idade, pois,
se esse regime persiste até o momento, essa criança poderia
185. Questão conceitual, clássica, e comum nos consultórios
ser mais velha do que o esperado, pois seus parâmetros an-
tropométricos seriam de uma desnutrida. Percebam a “arte pediátricos: a eterna preocupação “meu filho não come”. Lem-
de elaborar” uma boa questão que não deixa dúvidas ao bre-se de que, após o primeiro ano de vida, há nítida desacele-
examinando! Resposta c. ração do crescimento e diminuição do apetite. Tranquiliza-nos
a curva de crescimento ascendente, no percentil 50. Resposta e.

178. Trata-se de uma menina púbere, pois apresenta o seu


primeiro sinal puberal, o broto mamário (tecido glandular 186. A menarca é um evento tardio no desenvolvimento pu-
subareolar = M2). Entretanto, a descrição de pelos somente beral na menina adolescente, ocorrendo na fase de desace-
em grandes lábios, encaracolados, grossos e pigmentados ca- leração do crescimento. Após a menarca, diferentemente do
racteriza o estágio P3 e não P2, como o examinador induz o que o leigo pensa, ainda ocorre crescimento, evidentemente
aluno a responder. Nesse estágio, os pelos são lisos e pouco menor, de cerca de 5 a 7 cm (total). Resposta c.
pigmentados. Resposta d (com ressalvas).
187. A ginecomastia (ou andromastia) é condição puberal
179. Trata-se de uma ginecomastia puberal: puberdade ocor- muito comum nos meninos, particularmente nos estágios
rendo (G3) e nenhuma evidência de patologia ou uso de dro- G3/G4. Caracteriza-se por aumento glandular mamário, ge-
gas na anamnese e exame físico. Como a duração é menor ralmente autolimitado e benigno. Costumamos observar sua
que 18 a 24 meses (tempo habitual de acompanhamento, que evolução até cerca de 18-24 meses e, se não houver regressão,
evolui com desaparecimento em cerca de 12-18 meses), a indica-se retirada cirúrgica. Havendo desenvolvimento pu-
conduta é expectante. Resposta a. beral normal e habitual, não se indica avaliação hormonal.
Resposta e.

180. O critério para definição de retardo puberal é a ausência


dos primeiros sinais puberais aos 13 anos (sexo feminino) 188. A menarca é um evento tardio do desenvolvimento,
ou 14 anos (sexo masculino). Portanto, a menina que, com ocorrendo na fase de desaceleração do crescimento. A mé-
16 anos, não iniciou desenvolvimento mamário (telarca) dia da menarca é 12,2 anos e a da telarca 9,7 anos, em nosso
tem diagnóstico de retardo puberal e merece ser investigada. meio. Resposta a.
Como a menarca ocorre cerca de 2 a 3 anos após a telarca,
a idade de 16 anos pode ser considerada referencial para a
189. Quando comparamos o estirão de crescimento do sexo
preocupação com amenorreia primária. Resposta b.
masculino com o do sexo feminino, observamos que o início
da aceleração do crescimento no sexo masculino é mais tardio
181. Lembre-se da regra que rege o crescimento do períme- (ocorre em G3, diferentemente das meninas, que ocorre em
tro cefálico no primeiro ano de vida: 2 cm/mês no primeiro M2). Isso equivale a considerar que os meninos “ganham” mais
trimestre, 1 cm/mês no segundo trimestre e 0,5 cm/mês no tempo de crescimento na velocidade pré-puberal (saem de um
segundo semestre. Resposta c. patamar “superior”). Além disso, o PVC (pico de velocidade
de crescimento) no sexo masculino é, em geral, maior (10 a 12
cm/ano) do que o das meninas (8 a 10 cm/ano). Resposta e.
182. É verdade que a faixa etária para os fenômenos pube-
rais é ampla (variabilidade), mas não tão ampla quanto a al-
ternativa A apresenta (amenorreia após os 16 anos de idade 190. Na alternativa A descreve-se a atitude típica de uma
merece atenção especial). A média de idade do aumento do criança recém-nascida. O reflexo de Moro persistente por
volume testicular é de cerca de 10,9 anos (e não necessaria- mais de três meses pode indicar um sinal de anormalidade

SJT Residência Médica – 2016


175
2 Crescimento e desenvolvimento

do desenvolvimento infantil. Quando ocorre, o “engatinhar” 196. Lembre-se de que a menina entra na puberdade (M2) e
ou “arrastar-se” processa-se por volta dos nove meses. O lac- inicia o estirão. O menino entra na puberdade (G2) e man-
tente deve sentar-se sem apoio até, no máximo, nove meses. tém-se em velocidade de crescimento pré-puberal até atingir
A reação de “estranhamento” é tipicamente normal e habi- G3. O PVC no sexo feminino ocorre em M3. Colocamos es-
tual nas crianças a partir dos oito meses de idade: é aquele sas questões no material para você ir se acostumando com o
típico momento em que o exame pediátrico, que até então que pode aparecer por aí. Sem resposta.
processava-se tranquilamente, reveste-se de choro e irritação
por parte do bebê. Resposta d.
197. Questão conceitual, sobre técnica de obtenção da idade
óssea: mão e punho esquerdos e não “mãos e punhos”! Res-
191. Lembrar que o adolescente, quando entra em puber- posta b.
dade, estágio G2 de Tanner, ainda mantém velocidade de
crescimento pré-puberal (4 a 6 cm/ano), compatível com o
descrito no enunciado do caso. Não há critério para atraso 198. A importância do colostro é o fornecimento de fatores
puberal, pois o adolescente já entrou em puberdade. Encon- imunológicos e de oferta hídrica suficiente para os primeiros
tra-se, possivelmente, à direita da curva de distribuição gaus- dias de vida do RN. À medida que o leite amadurece, o con-
siana da normalidade, sendo um maturador mais tardio, es- teúdo lipídico aumenta (lembrar que o colostro é mais fluido
sencialmente normal. Veja que a menarca materna também que o leite materno propriamente dito) – veja aula específica.
foi mais tardia, condição frequentemente observada nesses Resposta c.
casos (característica constitucional). Resposta b.

199. A velocidade de crescimento se associa à maturação e


192. Novamente, a questão clássica da progressão pubertária. não à idade cronológica. Lembre-se da clássica correlação
Lembrar do primeiro sinal pubertário na menina, telarca, e
entre os estágios maturacionais de Tanner e VC. Resposta e.
do evento mais tardio da maturação, a primeira menstrua-
ção, que ocorre na fase de desaceleração do crescimento (fase
tardia do estirão). Resposta a. 200. Novamente, a questão clássica de puberdade, agora feita
por outro famoso concurso para residência médica. O aluno
193. No primeiro trimestre de vida, particularmente no bebê não deve esquecer que o primeiro sinal puberal no sexo femi-
amamentado exclusivamente no peito materno, o ganho nino é a telarca, e o primeiro sinal pubertário do sexo mascu-
ponderal esperado é de cerca de 25 até 30 g/dia. Atenção: na lino é o aumento do volume testicular (volume de 4 mL), que
alternativa E, seria correto se fossem 600 g/mês no segundo precede o aumento peniano (motivo de grande angústia para
trimestre. A alternativa B está correta. No terceiro trimestre, os meninos adolescentes!). Resposta c.
o ganho é cerca de 15 g/dia e no quarto é de cerca de 10 a 12
g/dia. Observe que as alternativas B, C e D são muito pareci-
201. A fontanela posterior pode estar aberta ao nascimento
das; com mínimo “ajuste”, poderiam ser consideradas “duvi-
(3% dos RN normais e mede até 0,5 cm de diâmetro) e o fe-
dosas”. Resposta b.
chamento da fontanela anterior ocorre ente 12 e 18 meses de
idade. As demais afirmações estão corretas. Resposta b.
194. Não custa repetir: aumento testicular precede aumento
peniano. Observe a alternativa E: o evento bastante comum
nos meninos é a ginecomastia puberal, que poderia ser mais 202. Questão “copiada” do TEP da Sociedade Brasileira de
bem denominada de andromastia puberal. O “nome” telarca Pediatria (muito comum nas provas de Residência Médica),
soa bastante esquisito nesse contexto, mas esta não pode ser para lembrar a importância de se pensar em gravidez na
considerada uma alternativa incorreta. Resposta d. adolescência! Após dois anos da menarca, não deveria haver
mais a “irregularidade” fisiológica da adolescente com ciclos
anovulatórios. Se houvesse algum dado “mais objetivo” no
195. De todas as afirmações, a mais adequada a ser esclare- enunciado, daí sim a alternativa C seria pensada. Resposta a.
cida ao adolescente sobre o uso de esteroides anabolizantes
(sintéticos derivados da testosterona), prática cada vez mais
difundida entre “esportistas de academia”, devido à existên- 203. Lembre-se de que, nos chamados padrões de variação
cia de inúmeros trabalhos comprobatórios, é a possibilida- do crescimento normal, na BE familiar e no retardo consti-
de de patologia hepática, particularmente o carcinoma he- tucional do crescimento, a velocidade de crescimento é nor-
pático. Há depressão do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal mal. VC normal praticamente exclui doença do crescimento.
(testicular), com queda de gonadotrofinas e testosterona, Resposta a.
atrofia testicular, oligospermia, subfertilidade e ginecomas-
tia. Seu uso pode acelerar a maturação esquelética, levando
ao fechamento prematuro das epífises e redução da estatura 204. Questão do TEP que foi “copiada”. Nada de conclusões
final. Trata-se de questão “da moda” no assunto “adolescên- precipitadas a partir de um ponto no gráfico de crescimento.
cia”. Resposta c. A melhor avaliação é evolutiva. Resposta b.

SJT Residência Médica – 2016


Questões para treinamento
3 Tópicos de nutrologia

Triste de quem não conserva nenhum vestígio da infância.


Mário Quintana

UNIOESTE – 2016 UNITAU – 2016


1. Assinale a afirmação INCORRETA. 2. J. K. L., sexo feminino, 10 anos e 6 meses, estágio de
a) levando-se em conta a variabilidade individual em Tanner M2P2, peso 44 kg, estatura 143 cm, IMC: 22
uma população saudável, o melhor critério para a kg/m² (percentil entre 85-95). Assinale a alternativa
normalidade é um intervalo de valores situados en- que indica os diagnósticos CORRETOS.
tre o escore Z = +1 e o escore Z = -1 a) puberdade precoce e obesidade
b) para menores de 5 anos, o MS recomenda que b) peso adequado e puberdade adequada
crianças com IMC maior ou igual a Z= +1 até Z= c) baixo peso e puberdade atrasada
+2 sejam classificadas como risco para sobrepeso, d) sobrepeso e puberdade adequada
enquanto que para crianças com mais de 5 anos e e) peso adequado e puberdade precoce
adolescentes, a faixa de menor ou igual a Z = +1 até
Z = +2 define sobrepeso  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) o desenvolvimento da criança é o resultado da ma-
turação do sistema nervoso somado às experiências
AMRIGS – 2016
e relações vivenciadas concomitantemente, desde o
3. Na infância e adolescência, constatou-se, nos casos
nascimento. O que integra essas funções é a subjeti-
associados à obesidade, relação do excesso de gordura
vidade, compreendida como uma função de dimen-
abdominal com morbidades como a hiperinsulinemia
são psíquica
de jejum e o aumento das lipoproteínas plasmáticas.
d) a maturação do sistema nervoso acontece de acor-
Com base nessas correlações, a medida da circun-
do com o plano contido no potencial genético, por
ferência abdominal deve ser adotada como dado de
meio de etapas previsíveis e predeterminadas, deno-
rotina do exame físico, no qual a criança ou o adoles-
minadas “marcos do desenvolvimento”. Ela se dá no
cente deve estar em pé, apoiado em ambos os pés, que
sentido cefalocaudal
deverão estar ______________________________e
e) o desenvolvimento pode ser categorizado segundo
alguns domínios de funções: sensorial, motor, da voltados para frente. Localizar e marcar o ponto
linguagem, social, adaptativo, emocional e cogniti- _______________________________ em ambos os
vo. Ao se avaliar o desenvolvimento da criança, de- lados. Aplicar a fita métrica sobre esses pontos, sem
vemos levar em consideração todos esses aspectos, comprimir os tecidos e fazer a leitura ao final de uma
de acordo com a sua idade _____________ normal. Assinale a alternativa que
preenche, correta e respectivamente, as lacunas do
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA trecho acima.
177
3 Tópicos de nutrologia

a) paralelos e separados entre si de 25 a 30 cm – médio FBHC – 2016


entre a borda inferior da última costela e a crista ilí- 7. A avaliação do crescimento da criança pode ser obti-
aca superior – expiração da a partir do registro dos dados antropométricos nas
b) juntos – correspondente à borda superior da crista curvas disponíveis na Caderneta de Saúde da Crian-
ilíaca – inspiração ça, baseadas nas curvas de crescimento da OMS. Em
c) juntos – médio entre a borda inferior da última cos- relação aos pontos de corte de peso e IMC por idade
tela e a crista ilíaca superior – expiração para menores de 10 anos, é VERDADEIRO:
d) juntos – correspondente à borda superior da crista a) escore z > +3 configura obesidade grave em crianças
ilíaca – expiração com mais de 5 anos
e) paralelos e separados entre si de 25 a 30 cm – médio
b) escore z < -3 configura magreza
entre a borda inferior da última costela e a crista ilí-
c) escore z > +2 configura peso adequado para a idade
aca superior – inspiração
d) escore z < -3 configura peso baixo para idade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) escore z > +1 e < +2 configura risco de sobrepeso
para crianças com mais de 5 anos
AMRIGS – 2016  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
4. Após o nascimento do recém-nascido, os hormônios
responsáveis pela secreção e expulsão do leite mater-
no dos alvéolos mamários são: FMABC – 2016
a) prolactina e ocitocina 8. Raul tem 10 anos. Procura serviço por alteração do
b) estrogênio e progestogênio perfil lipídico. Estadiamento puberal P1G1. Antropo-
c) lactogênio e ocitocina metria: Z-escore do IMC entre +2,0 e +3,0 e Z-escore
d) gonadotrofina coriônica e progestogênio estatura/idade +1,5). Exames laboratoriais: triglicéri-
e) prolactina e lactogênio des 258 mg/dL, colesterol total 220 mg/dL, LDL-c 135
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA mg/dL e HDL-c 36 mg/dL. Assinale a alternativa COR-
RETA em relação a possível causa dessas dislipidemias.
a) utilização crônica de corticosteroides inalatório
AMRIGS – 2016 b) dislipidemia familiar
5. Como é classificado o tipo de alimentação de um lac- c) ingestão excessiva de óleo de peixe
tente de seis meses que, além do leite materno, teve d) obesidade
alimentos sólidos amassados introduzidos à dieta?
a) aleitamento materno predominante  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) aleitamento materno complementado
c) aleitamento materno suplementado
d) aleitamento materno parcial FMJ – 2016
e) aleitamento materno misto 9. A recomendação do aleitamento materno exclusivo
durante os primeiros seis meses de vida está centrada
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA nos inúmeros benefícios nutricionais, imunológicos
e outros do leite humano para a criança. O leite hu-
FBHC – 2016 mano maduro apresenta, em relação ao leite de vaca,
6. A alimentação infantil adequada compreende a prática maior quantidade de:
do aleitamento materno e a introdução, em tempo opor- a) caseína
tuno, da alimentação complementar. Nesse sentido, de b) betalactoglobulina
acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de c) cálcio
Pediatria, OMS e do Ministério da saúde, podemos consi- d) alfalactoalbumina
derar verdadeiras as afirmações seguintes, EXCETO: e) sódio
a) a alimentação oferecida depois dos seis meses de vida,
deve ser composta de cereais ou tubérculos, legumi-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
nosas, carnes e hortaliças, desde a primeira papa
b) deve conter proteínas heterólogas e glúten a partir
do sexto mês de vida, visando à aquisição de tolerân- FMJ – 2016
cia e à redução no risco de alergenicidade 10. Você atende, no ambulatório de pediatria, um meni-
c) o ovo (clara e gema) deve ser introduzido apenas no de 3 anos com queixa de irritabilidade e dores nas
após 1 ano de idade pernas há 3 meses. Sem antecedentes de doenças an-
d) horários rígidos para a oferta de alimentos prejudi- teriores. Como se alimenta com dificuldade, toma um
cam a capacidade da criança de distinguir a sensa- suplemento de vitaminas, no almoço e no jantar, há 1
ção de fome e de estar satisfeita após a refeição ano. No exame físico, você observa hepatoesplenome-
e) como a criança tem capacidade gástrica pequena e galia, descamação das palmas das mãos e das solas dos
consome poucas colheradas no início da introdução pés, lesões cutâneas seborreicas, fissuras nos cantos da
dos alimentos complementares, é necessário garantir o boca e intumescimento ósseo na perna direita. Reali-
aporte calórico com papas de alta densidade energética
zada uma radiografia de membros inferiores, que mos-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA trou hiperostose na parte média das diáfises da tíbia.

SJT Residência Médica – 2016


A suspeita diagnóstica desse caso é: que a criança apresenta fontanelas cranianas am-
a) hipervitaminose D plas, fronte olímpica, hipotonia (não fica em pé sem
b) sífilis congênita apoio); os membros superiores e inferiores parecem
c) hiperostose cortical infantil apresentar deformidade do tipo “encurvamento” e a
d) neuroblastoma criança é sempre bastante irritada durante o exame
e) hipervitaminose A clínico. Você solicita uma série de exames, radiológi-
cos e laboratoriais com os seguintes resultados: Hb:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
12,5 mg% 11.500 Leuc. N35% L52% M17% 250.000
Plaq. PCR 0,5. Gasometria arterial: pH 7,38 pCO2:
Hospital Angelina Caron – 2016 32, Bic: 18, BE: -3, pO2: 85, Sat 98% (sob nebuliza-
11. Com relação ao aleitamento materno podemos afir- ção); Uréia 20; Creat. 0,4; Na 135, K+ 3,8; Mg 2,1; Ca
mar, EXCETO: Total: 9,5; P 2,3; FA 1200. Qual a hipótese diagnóstica
a) o corpo e a cabeça do bebê devem ficar alinhados CORRETA?
b) o corpo do bebê deve estar bem próximo e todo vol- a) síndrome de maus tratos
tado para a mãe (barriga com barriga) b) osteogênese imperfeita
c) a mãe deve segurar a mama, formando um C com o c) hipofosfatasia
dedo polegar colocado na parte superior e os outros d) displasia fibrosa poliostótica
quatro dedos na parte inferior, tendo o cuidado de e) raquitismo
deixar a aréola livre
d) as roupas da mãe e do bebê não exercem influência,  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de forma que o bebê pode ficar enrolado fixamente
em seus cobertores
Santa Casa-SP – 2016
e) o pescoço do bebê deve ficar levemente estendido
15. Em relação ao aleitamento materno, ele deve ser proi-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA bido em alguns casos de infecção materna. Além da
infecção pelo HIV, o aleitamento materno deve ser
proibido nos casos de:
Instituto de Olhos de Goiânia – 2016 a) hepatite A
12. A conduta em relação à alimentação de um recém- b) sarampo
-nascido em boas condições de vitalidade, com idade c) tuberculose
gestacional de 34 semanas e pesando 2.400 g, é: d) dengue
a) leite artificial modificado oferecido por sonda oro- e) doença de chagas aguda
gástrica
b) leite artificial modificado oferecido no copinho  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) leite da própria mãe oferecido por sonda orogástrica
d) leite da própria mãe oferecido no copinho
e) amamentação ao seio materno SES-GO – 2016
16. Em relação ao aleitamento materno, é sabido que:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a) o leite das mães desnutridas tem menor concentra-
ção de gordura que o leite de mães eutróficas
b) o colostro apresenta maiores concentrações de imu-
Santa Casa-SP – 2016
noglobulina da classe IgA que o leite maduro
13. Lactente de sete meses, nascido a termo, em aleita-
mento materno exclusivo até os seis meses, está ini- c) a prolactina é um hormônio produzido pela hipófi-
ciando introdução de alimentos complementares, se posterior e promove a contração da musculatura
como frutas e papa de legumes com carne e fórmula uterina
láctea infantil num volume de 700 mL por dia. Em re- d) o aleitamento materno, no caso de gemelares, deverá
lação a este paciente, podemos afirmar que: ser complementado com fórmulas
a) a ingestão de leite ou derivados nas refeições pode
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
facilitar a absorção de ferro
b) não há necessidade de suplementação de vitamina D
c) a partir dessa consulta, deverá ser iniciada a suple- SURCE – 2016
mentação de ferro 17. No Centro de Saúde, a mãe de uma criança de 7 meses de
d) não há necessidade de oferta de água idade solicita orientação para alimentação complemen-
e) o ovo ainda não deverá ser introduzido tar de sua filha. Quais as orientações mais adequadas?
a) dar os alimentos semissólidos e sólidos. Colocar as
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
porções de cada alimento no prato, misturando-os.
Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia
Santa Casa-SP – 2016 b) os alimentos devem ser bem cozidos, passados pela pe-
14. Menina de onze meses é internada por quadro de neira e batidos no liquidificador. Desde cedo a criança
broncoespasmo. Durante a internação observa-se deve acostumar-se a comer alimentos variados
179
3 Tópicos de nutrologia

c) sopas e comidas ralas/moles fornecem energia su- a) 24 horas


ficiente para a criança; pode-se oferecê-las de ma- b) 15 dias
madeira; deve-se ter cuidado com contaminação e c) 30 dias
transmissão de doenças d) 2 meses
d) deve-se dar comida espessa desde o início e ofere- e) 6 meses
cida de colher; começar com consistência pastosa
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
(papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consis-
tência até chegar à alimentação da família
UFPR – 2016
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
20. Cálcio e fósforo são componentes essenciais do tecido
ósseo. Juntos formam cristais de hidroxiapatita, que
SURCE – 2016 servem de reserva de cálcio para as necessidades ho-
18. Maria vem à Unidade Básica de Saúde preocupada meostáticas do organismo. Em relação ao metabolis-
com seu filho Tomás, de 3 meses. Relata que em sua mo osteomineral, é CORRETO afirmar que:
família e na do marido existem vários casos de obe- a) dietas hiperproteicas e ricas em cafeína aumentam a
absorção de cálcio dos nutrientes
sidade, e solicita orientação para diminuir os riscos
b) o leite materno é rico em vitamina D
de Tomás também evoluir com excesso de peso. Qual
c) crianças com menor grau de pigmentação da pele
das assertivas contém pelo menos 3 recomendações
possuem maior risco para hipovitaminose D
corretas para prevenção da obesidade que podem ser
d) hipovitaminose D causa hipercalciúria e hipocalcemia
fornecidas pela equipe? e) déficit ponderoestatural, fraqueza muscular, defor-
a) as crianças em aleitamento artificial devem receber midades ósseas e convulsões são manifestações clí-
mamadeiras acrescidas de farinha, açúcar e achoco- nicas de raquitismo
latado apenas a partir de 6 meses. Limitar compor-
tamentos sedentários a 4 horas por dia. Suspender  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
as mamadas noturnas a partir de 2 meses de idade.
Permitir apenas refrigerantes diet
b) as crianças em aleitamento artificial devem rece- UFRN – 2016
ber mamadeiras acrescidas de farinha, açúcar e/ou 21. O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de
vida é considerado o alimento mais importante para o
achocolatado a partir do desmame. Alimentos ri-
lactente. Exceção a essa regra, o aleitamento materno
cos em gordura como frituras, bolachas recheadas,
é contraindicado nos casos em que a mãe apresenta
sorvetes, embutidos (salsicha, mortadela, linguiça,
certas infecções virais. Dentre essas infecções, aquela
presunto, toicinhos) não devem ser oferecidos antes
que formalmente contraindica a amamentação, é:
de 1 ano. Limitar comportamentos sedentários a 4 a) hepatite C
horas por dia b) HTLV-I
c) manter aleitamento materno exclusivo até o 6º mês c) rubéola
de vida da criança. Quanto mais tempo a criança d) citomegalovírus
mama no peito menor a chance de se tornar obesa.
Evitar o consumo excessivo de leite de vaca, que está  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
associado à obesidade entre crianças menores de 2
anos. Não oferecer comida para a criança enquanto
ela assiste TV. Nenhuma criança deve ver TV mais UFSC – 2016
22. Assinale a alternativa que completa CORRETAMEN-
que duas horas por dia
TE a lacuna da frase abaixo. A deficiência de vitamina
d) manter aleitamento materno exclusivo até o 6º mês
D está relacionada ao aparecimento de várias doenças
de vida da criança. Oferecer açúcar, doces em geral,
crônicas na fase adulta. Para prevenir a deficiência de
salgadinhos, refrigerante, refrescos artificiais, acho-
vitamina D, segundo a Sociedade Brasileira de Pe-
colatados, gelatinas e outras guloseimas apenas de- diatria, todo lactente com quatro meses de idade em
pois de 6 meses de vida. A criança que come arroz, aleitamento materno deve receber _________ de vita-
feijão, verdura e carne duas vezes ao dia não tem mina D/dia.
risco de desenvolver obesidade. O consumo exces- a) 1.000 UI
sivo de leite de vaca está associado à obesidade entre b) 600 UI
crianças menores de 2 anos c) 200 UI
d) 400 UI
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) 2.000 UI

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UFF – 2016
19. Mãe, orientada por pessoal de saúde capacitado, pode
conservar seu leite ordenhado cru (não pasteurizado) UFSC – 2016
em um congelador (freezer), podendo oferecê-lo com 23. A obesidade é hoje um grave problema a ser enfren-
segurança a seu filho em período após a coleta de até, tado pela Pediatria em nível mundial. Nesse contexto,
no máximo: para sua prevenção na infância e na adolescência, é

SJT Residência Médica – 2016


fundamental implementar ações de promoção de ali- a) hipertensão arterial sistêmica
mentação saudável. Com relação ao assunto, assinale b) resistência insulínica
a alternativa CORRETA. c) hipercortisolismo
a) aumentar o tamanho das porções dos alimentos d) hipercolesterolemia
b) estimular a “política do prato limpo”
c) a partir dos dois anos, substituir laticínios integrais  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
por laticínios com baixos teores de gordura
d) manter horários flexíveis de alimentação UNIOESTE – 2016
e) aumentar o consumo de cereais integrais e diminuir 26. Recém-nascido a termo, parto normal, pesando 3600
o de frutas e vegetais g. Exame físico: normal. Os exames pré-natais indi-
caram infecção em atividade pelo citomegalovírus no
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
final da gestação. A recomendação em relação à ali-
mentação é:
UFSC – 2016 a) indicar aleitamento materno em regime de livre de-
24. Assinale a alternativa que completa CORRETAMEN- manda
TE a frase abaixo. A OMS propõe que a suplementa- b) contraindicar a amamentação e prescrever fórmula
ção profilática de ferro medicamentoso para lactentes láctea
seja realizada de maneira universal, em regiões com c) contraindicar a amamentação e prescrever fórmula
alta prevalência de anemia carencial ferropriva, a par- láctea e aciclovir
tir do sexto mês de vida. A recomendação da Socieda- d) indicar aleitamento materno com leite ordenhado
de Brasileira de Pediatria quanto à suplementação de após congelamento
ferro e prevenção da anemia ferropriva é: e) indicar aleitamento materno com leite ordenhado
a) recém-nascidos a termo, de peso adequado para a após pasteurização
idade gestacional, em aleitamento materno devem
receber 1 mg de ferro elementar/kg peso/dia a partir  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
do 6o mês (ou da introdução de outros alimentos)
até o 24o mês de vida UNITAU – 2016
b) recém-nascidos a termo, de peso adequado para a 27. Lactente de 6 meses, com crescimento e desenvolvi-
idade gestacional, em uso de 500 mL/dia de fórmula mento normais e sem alterações ao exame físico, ini-
infantil devem receber 10 mg de ferro elementar/dia ciará alimentação complementar, mas manterá alei-
até o 12o mês de vida tamento materno. Em relação à prevenção de anemia
c) a partir do 30o dia de vida, recém-nascidos pré-ter- carencial de ferro, a conduta mais adequada é:
mo e/ou de baixo peso até 1.500 g devem receber 2 a) apenas adicionar carne vermelha à “papinha”
mg/kg peso/dia até o 24o mês de vida b) ferro elementar 3 mg/kg/dia
d) a utilização de carnes na alimentação complementar c) ferro elementar 1mg/kg/dia
a partir dos 8 meses (70 a 100 g/dia) deve ser esti- d) solicitar ferro sérico e hemograma para avaliação de
mulada por ser excelente fonte de ferro de elevada necessidade de profilaxia
biodisponibilidade e) solicitar ferritina sérica e hemograma para avaliação
e) não utilizar leite de vaca integral para lactentes me- de necessidade de profilaxia
nores de 2 anos e limitar a ingestão de 1.000 mL/dia
para crianças maiores de 2 anos FMABC – 2015
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 28. O incentivo à amamentação no mundo tem como prio-
ridade atingir a Meta de Desenvolvimento do Milênio,
ou seja, reduzir em dois terços a mortalidade de crian-
UNICAMP – 2016 ças menores de cinco anos até 2015. Segundo a WABA
25. Adolescente, 15a é acompanhada em Ambulatório (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno),
com diagnóstico de obesidade e aumento do coles- que definiu o tema da campanha, a cada 10,9 milhões
terol. Refere vicio alimentar importante com gran- de óbitos de crianças menores de cinco anos, quatro mi-
de ingestão de doces e frituras. Passa o dia na frente lhões ocorrem no primeiro mês, sendo possível salvar
da tela e não realiza atividade física. Antecedentes um milhão (um quarto) destas vidas através da ama-
familiares: pais obesos, hipertensos e dislipidemia. mentação na primeira hora após o nascimento. O início
Nega uso de medicação. Exame físico: Bom estado precoce do aleitamento materno resulta em inúmeros
geral, corado, hidratado; IMC > percentil 97 (OMS, benefícios para a mãe e para a criança, tais como:
2007), PA= 130 x 85 mmHg (> percentil 95). Pele: a) estímulo ao desenvolvimento do reflexo de sucção,
lesões espessas, hiperpigmentadas, acentuando as li- que é ainda débil na primeira hora após o nascimento
nhas da pele, com aspecto grosseiro e aveludado em b) liberação de ocitocina, hormônio que diminui a
região de pescoço e axilas. Tanner: M5P5. A lesão de contração uterina e auxilia na prevenção da hemor-
pele se relaciona com: ragia pós-parto
181
3 Tópicos de nutrologia

c) motivação e incentivo para a manutenção da ama- c) verificar e corrigir hipoglicemia, hipotermia, hidra-
mentação por maior período de tempo, já que a tação, distúrbio hidroeletrolítico e avaliar possibili-
OMS preconiza o aleitamento materno exclusivo dade de infecção
(sem água, chá ou outros leites) até quatro meses d) puncionar acesso venoso central para infusão de co-
de vida e o aleitamento complementado com outros loide, passar sonda nasenteral para uso de hidrolisa-
alimentos até dois anos ou mais do, coletar exames e iniciar com antibioticoterapia
d) aumento mais rápido da produção de colostro, o profilática
qual proporciona maior proteção contra infecções,
uma vez que o colostro funciona como uma primei-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
ra imunização do bebê
Hospital Angelina Caron – 2015
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
32. Na avaliação nutricional do lactente são parâmetros
confiáveis, exceto:
FMABC – 2015 a) dobras cutâneas
29. É correto afirmar que o Ministério da Saúde, a Orga- b) peso
nização Pan Americana da Saúde e a Sociedade Brasi- c) índice de massa corporal
leira de Pediatria estabeleceram como passos a serem d) circunferência abdominal
seguidos em alimentação para menores de 2 anos que: e) estatura
a) após os 6 meses, deve-se dar alimentos complemen-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
tares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas
e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite
materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada Hospital Maternidade Therezinha de Jesus – 2015
b) a partir dos 6 meses, deve-se introduzir de forma 33. Em relação à amamentação, marque a alternativa
lenta e gradual outros alimentos, mantendo-se o lei- CORRETA:
te materno até 1 ano de idade I) A criança deve ser colocada para sugar na primeira
c) deve-se dar somente leite materno até os 6 meses, hora de vida após o parto, de preferência na sala de parto
sem oferecer chá ou quaisquer outros alimentos, II) O esvaziamento das mamas propicia o leite do fi-
permitindo-se água nal que é rico em proteínas
d) deve-se oferecer diferentes alimentos, a cada 5 dias III) As mamadas devem ser oferecidas em livre de-
manda
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA IV) Na sucção eficiente, a boca da criança fica bem
aberta, pegando a maior parte da aréola
a) se apenas a alternativa I, II estão corretas
FMABC – 2015
b) se I, III, IV estão corretas
30. A desnutrição energética proteica grave forma Kwa-
c) se todas as alternativas estão corretas
shiorkor é caracterizada por:
d) se apenas a alternativa III está correta
a) edema generalizado, lesões de pele, hepatomegalia e
cabelo descolorido  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) perda do tecido celular subcutâneo, apatia e emagre-
cimento intenso
c) lesões periorificiais, fraturas, “crânio tabes” e alarga- IAMSPE – 2015
mento de epífises ósseas 34. Sobre o aleitamento materno, assinale a alternativa
d) queratomalácia, xerose cutânea, queda de cabelos e que apresenta contraindicação(ões).
sangramento gengival a) HIV, HTLV, galactosemia
b) hepatites B e C
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) tuberculose pulmonar bacilífera
d) herpes simples labial ou genital
e) prótese de silicone nos seios
FMABC – 2015
31. Lactente desnutrido, grave forma, marasmo, dá entra-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
da na UPA Vila Luzita acompanhado da sua mãe que
conta que ele apresentou 3 episódios de vômitos hoje.
IAMSPE – 2015
Hemodinamicamente estável, ativo e reativo. Qual a
35. Recém-nascido vomita sangue logo após a mamada
conduta inicial tendo em vista o Protocolo dos Dez Pas-
no peito. Assinale a alternativa que indica a causa
sos do Tratamento da Criança Gravemente Desnutrida
mais provável.
Hospitalizada da Organização Mundial de Saúde?
a) gastrite
a) verificar possibilidade de infecção, desidratação, co- b) úlcera de estresse
letar exames e aguardar resultados para iniciar anti- c) disturbio hemorragico
bioticoterapia se necessário d) plaquetopenia
b) puncionar acesso venoso periférico para hidratação, e) sucção de sangue materno por fissura mamilar
passar sonda nasogástrica para dieta hipercalórica e
sonda vesical de demora para controle de diurese  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


182
Puericultura | Questões para treinamento

IAMSPE – 2015 UERN – 2015


36. Lactente de seis meses com crescimento e desenvolvi- 40. A causa mais frequente de hematêmese e melena nas
mento normais e sem alterações ao exame físico, ira primeiras 72 horas de de vida é:
iniciar alimentação complementar e manter aleita- a) sangue materno deglutido
mento materno. Em relação à prevenção de anemia b) enterocolite necrotizante
carencial de ferro, a conduta mais correta será c) trauma por sonda nasogástrica
a) apenas adicionar carne vermelha a “papinha” d) anomalia anorretal
b) ferro elementar 3 mg/kg/dia  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) ferro elementar 1 mg/kg/dia
d) solicitar hemograma e ferro sérico para avaliação da
necessidade de profilaxia UFG – 2015
e) solicitar hemograma e ferritina sérica para avaliação 41. Analise o caso clínico a seguir.
Um recém-nascido prematuro com idade gestacional
da necessidade de profilaxia
de 29 semanas e peso de nascimento de 985 gramas
é intubado nos primeiros 15 minutos de vida devido
IAMSPE – 2015 a um desconforto respiratório importante, apesar do
37. Em um recém-nascido com 72 horas de vida, a causa APGAR de cinco, seis e sete. Após atendimento inicial
mais frequente de hematemese e melena e: e estabilização do bebê, ele foi encaminhado para a
a) doença hemorrágica do recém-nascido UTI neonatal, onde foi prescrita colostroterapia. Nes-
b) enterocolite necrotizante se caso, a colostroterapia é uma conduta
c) sangue materno deglutido por fissura na mama a) inaceitável, dada a falta de comprovação científica,
d) divertículo de Meckel sobretudo pela ausência de trabalhos que assegurem
e) malformação hemangiomatosa o risco de enterocolite necrosante
b) inaceitável, dado o risco de enterocolite necrosante
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA em prematuros extremos, embora tenha sido com-
provada a sua eficácia naqueles acima de 30 semanas
c) indicada, devendo ser iniciada nas primeiras 24 ho-
UEPA – 2015 ras de vida, esfregando-se delicadamente 0,2 ml de
38. De plantão na UCI do hospital da cidade de Mendara, colostro na língua, gengiva e parte interna das bo-
tem RN prematuro que ao nascimento, apresentava chechas do prematuro
peso de 1,345 kg. Estar em ganho de peso, com 30 dias d) indicada, devendo ser iniciada após 48 – 72 horas de
de vida. De acordo com a recomendação da OMS para vida, esfregando-se 0,2 ml/kg de colostro na língua,
suplementação profilática de ferro é: gengiva e parte interna das bochechas do prematuro
a) não se deve iniciar ferro oral para prematuros de
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
menos de 1,5 kg até alcançarem 2 kg
b) só deve-se iniciar ferro oral para prematuros com 6
meses de vida UFG – 2015
c) iniciar ferro oral no trigésimo dia de vida na dose de 42. A mãe de um adolescente de 12 anos leva o filho para
3 mg/kg/dia durante 1 ano e posteriormente 1 mg/ à consulta visando à avaliação do seu estado nutricio-
kg/dia por mais 1 ano nal. O médico calcula o seu índice de massa corpórea
d) o ferro oral deve ser iniciado quando iniciar a dieta (IMC) e conclui que está entre os percentis 3 e 0,1. De
para todo prematuro, independente do volume acordo com as curvas do Ministério da Saúde, padrão
e) o ferro oral deve ser iniciado, independente de peso de referência 2006, o diagnóstico antropométrico
desse adolescente é:
ou idade gestacional ao nascimento
a) eutrofia
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) sobrepeso
c) magreza acentuada
d) magreza
UERN – 2015
39. Considerando-se o diagnóstico e tratamento da obe-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
sidade na infância, é INCORRETO afirmar:
a) é definida em crianças quando o IMC é superior ao UFG – 2015
percentil 85 para sexo e idade 43. A mãe de um lactente de cinco meses leva o filho para
b) pode ter como causa doenças genéticas como Pre- uma consulta de puericultura e pergunta sobre a ne-
der-Willi, Turner e Beckwith-Wiedemann cessidade do uso de vitaminas. Qual das indicações
c) pode ser tratada com reeducação alimentar, suporte para a suplementação profilática de ferro medica-
emocional e aumento das atividades físicas mentoso para lactentes é recomendada para regiões
d) todas as afirmativas estão erradas com alta prevalência de anemia carencial ferropriva,
segundo as recomendações estabelecidas pela Socie-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA dade Brasileira de Pediatria?

SJT Residência Médica – 2016


183
3 Tópicos de nutrologia

a) recém-nascidos a termo, de peso adequado, em alei- b) a comparação de medidas prévias da própria criança
tamento materno, devem receber 2 mg/kg/dia de é mais útil para a avaliação de seu estado nutricional
ferro elementar do segundo ao 12º mês de vida do que a simples correlação com tabelas de referên-
b) recém-nascidos a termo, de peso adequado, em alei- cia para a idade e sexo
tamento materno, devem receber 1 mg/kg/dia de c) para a introdução da alimentação complementar,
ferro elementar do sexto mês (ou desmame) até o deve-se considerar a maturidade fisiológica, o de-
24º mês de vida senvolvimento motor global e o desenvolvimento
c) recém-nascidos prematuros com peso de nasci- sensoriomotor oral da criança (mastigação, degluti-
mento >1.500 g e aqueles com baixo peso ao nascer ção, digestão e excreção)
devem receber 1 mg/kg/dia de ferro elementar do d) o leite de vaca fornece taxas elevadas de proteínas e
sexto ao 24º mês de vida a relação caseína/proteínas do soro é inadequada, o
d) recém-nascidos a termo, de peso adequado, em uso que dificulta sua digestão e absorção, além de preju-
de mais de 500 ml de fórmula infantil, devem rece- dicar o ganho ponderal
ber 2 mg/kg/dia de ferro elementar do segundo ao e) deve haver restrição de gordura e colesterol durante
12º mês de vida os dois primeiros anos de vida da criança, uma vez
que há o risco do desenvolvimento de obesidade no
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA futuro e os riscos cardiovasculares associados

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UFMA – 2015
44. O leite de vaca integral, em pó ou líquido, fortificado
ou não, é um alimento inadequado para crianças com UFPI – 2015
menos de 1 (um) ano de idade. Dessa forma, o consu- 47. A deficiência de um único nutriente já é uma forma
mo de leite de vaca integral, nessa faixa etária, pode de subnutrição ou desnutrição, mas a deficiência de
acarretar prejuízo à saúde, em curto e longo prazo. um nutriente geralmente é acompanhada da deficiên-
Marque a alternativa abaixo que pode estar associada, cia de diversos outros. Sobre Desnutrição Energético-
em longo prazo, ao consumo de leite de vaca integral -proteica (DEP), assinale a opção CORRETA.
no primeiro ano de vida. a) na DEP grave, é descrita atrofia da mucosa do TGI,
a) raquitismo redução da produção de IGA secretora, sobrecresci-
b) prejuízo no crescimento mento bacteriano, má absorção de lipídios e dissa-
c) maior chance de infecção carídios, redução na produção de secreção gástrica,
d) obesidade pancreática e biliar, o que leva o paciente à má ab-
e) anemia ferropênica sorção e a um maior risco de diarreia
b) a criança com marasmo apresenta deficiência im-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA portante de massa muscular, alterações de pele, dos
cabelos, hepatomegalia, edema, baixas concentra-
ções séricas de proteínas e albumina
UFMA – 2015 c) segundo a classificação de Gomez (1956), a crian-
45. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ça é considerada normal, ou seja, sem desnutrição,
aleitamento materno predominante significa que: quando o seu peso para a idade for superior a 95%
a) a criança recebe leite humano e líquidos, porém ne- do padrão adotado de referência
nhum outro leite d) quando ocorre desnutrição intra-útero, não há pos-
b) a criança recebe apenas leite humano de sua mãe, sibilidade de ocorrer lesão grave e permanente do
sem outro alimento líquido ou sólido sistema nervoso central
c) a criança recebe leite humano e outros alimentos só- e) a classificação de Waterlow (1973) é baseada em
lidos e semissólidos uma tabela de pontuação para achados clínicos e
d) a criança recebe leite humano, independente de es- dosagem da concentração de albumina sérica
tar recebendo outros alimentos
e) nenhuma resposta anterior  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UFPI – 2015
48. Nenhum fator é mais importante para uma amamen-
UFPI – 2015 tação bem sucedida do que a mãe sentir-se relaxada e
46. Os distúrbios da nutrição são apontados como cau- feliz. Porém, em alguns casos, ela é considerada uma
sas primárias de morbidade e mortalidade e assume contraindicação, EXCETO:
especial importância nos primeiros anos de vida. Ba- a) galactosemia
seado na alimentação do lactente, assinale a opção b) septicemia
INCORRETA. c) malária
a) o período de alimentação complementar compre- d) mastite
ende a fase de alimentação infantil em que outros e) febre tifoide
alimentos ou líquidos, que não o leite materno, são
fornecidos à criança  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


184
Puericultura | Questões para treinamento

UFPI – 2015 a) contém excesso de ácido linoleico (10 vezes superior


49. No decorrer do tratamento bem-sucedido do pacien- às fórmulas)
te desnutrido, desenvolvem-se modificações clínicas, b) fornece baixas taxas de proteína, sendo a relação
bioquímicas e histológicas iniciadas entre o 20° e 40° caseína-proteínas do soro inadequada
dia após o início do tratamento. Trata-se da Síndrome c) possui baixos teores de ferro e elevadas taxas de sódio
de Recuperação Nutricional, que regride entre a 10ª d) a quantidade de carboidratos é elevada, sendo neces-
e a 12ª semana depois de iniciado o tratamento. São sária a diluição do leite de vaca para sua adequação
e) tem níveis baixos de vitaminas C e E e níveis eleva-
manifestações clínicas dessa síndrome, EXCETO:
dos de vitamina D
a) fácies de lua cheia
b) esplenomegalia  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) distensão abdominal
d) ascite
e) alteração de pele e fâneros Hospital da Cruz Vermelha – 2015
52. Rn do sexo masculino, 21 dias de vida, mãe Gesta I,
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA Para I, nascido pesando 3500 g. e recebendo alta com
3.255g. Tem apresentado vômitos progressivos pós
mamada de leite parcialmente digerido, de coloração
AMRIGS – 2015 esbranquiçada. Exame físico sem alterações significa-
50. Os micronutrientes (vitaminas e minerais) desempe- tivas e com peso de 3500g. A mãe está preocupada,
nham importante papel no crescimento e desenvolvi- pois acha que está ganhando pouco peso. Você irá
mento das crianças. Sendo assim, associe os achados orientá-la dizendo:
clínicos listados na Coluna 1 com os micronutrientes a) o peso do Rn está normal devido a perda fisiológica
na Coluna 2. que ocorreu
b) o peso está abaixo, devendo ser pensado em alguma
Coluna 1 patologia obstrutiva que deverá ser investigada
c) o peso está baixo devido à provável insuficiência de
1. São fatores inibidores para sua absorção, fitatos, ca-
leite, havendo necessidade de complementação com
feína e sais de cálcio.
fórmula láctea
2. Sua deficiência é a principal causa de Xeroftalmia.
d) o peso está baixo, mas podemos aguardar mais 30
3. Sua ação fundamental no organismo é antioxidan- dias para ver o ganho ponderal
te e manifestações clínicas ocorrem mais comumente e) o peso está extremamente baixo, devendo ser o Rn
em recém-nascidos prematuros. ser admitido no hospital
4. Sua deficiência pode ocasionar anorexia, perda de
peso, fadiga fácil e, até mesmo, insuficiência cardíaca.  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
5. Os achados clínicos mais frequentes de sua carência
são queilose, queilite angular, glossite, palidez de muco- Hospital da Cruz Vermelha – 2015
sas e manifestações oculares, como sensibilidade à luz. 53. Uma criança é trazida para consulta pela babá apre-
sentando recusa alimentar, irritabilidade, vômitos,
Coluna 2 sonolência e abaulamento da fontanela. A mãe relata
( ) Vitamina A. que ela já vinha apresentando alguma limitação dos
( ) Vitamina B1. movimentos dando a impressão que estava com dores
( ) Vitamina B2. nos ossos e descamação da pele. Ao exame físico, cha-
( ) Vitamina E. mou-lhe a atenção a presença de hepatomegalia, sen-
( ) Ferro. do que houve alterações nas enzimas hepáticas num
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de exame laboratorial que trouxe consigo. Relatou-lhe
cima para baixo, é: ainda a babá que a mãe tem “mania” de dar remédio
a) 5 – 2 – 1 – 4 – 3 para a criança aumentar o apetite. Com estes dados,
você pensaria na administração excessiva de:
b) 2 – 4 – 5 – 3 – 1
a) vitamina A
c) 1 – 5 – 2 – 3 – 4
b) vitamina E
d) 3 – 4 – 5 – 2 – 1
c) buclisina
e) 4 – 2 – 1 – 5 – 3 d) sulfato ferroso
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) complexo vitamínico B

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


AMRIGS – 2015
51. Embora, muitas vezes, em populações mais carentes, Hospital Infantil Varela Santiago – 2015
o leite de vaca seja a única alternativa viável na impos- 54. Marque a resposta que contém alguns dos 10 passos
sibilidade de alimentação materna, ele é contraindi- da OPAS, SBP e MS para uma alimentação saudável
cado para o lactente no primeiro ano de vida, pois: numa criança menor de dois anos:

SJT Residência Médica – 2016


185
3 Tópicos de nutrologia

a) dar somente leite materno até os seis meses, sem ofe- PUC-PR – 2015
recer água, chás ou quaisquer outros alimentos 59. Deve-se orientar que a puérpera NÃO amamente, por
b) estimular o consumo diário de frutas, verduras e le- colocar em risco o recém-nascido, no caso de:
gumes nas refeições a) sorologia positiva para HTLV 1e 2
c) após os seis meses, dar alimentos complementares b) sorologia positiva para hepatite B
(cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, le- c) sorologia positiva para hepatite A
gumes), três vezes ao dia, se a criança receber leite d) sepse materna
materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada e) herpes vírus
d) as respostas A, B, e C estão corretas
e) a resposta D está errada  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


PUC-RS – 2015
60. Os lactentes normais a termo e que foram adequados
INCA – 2015 para a idade gestacional, amamentados exclusiva-
55. A criança que recebe além do aleitamento materno, mente ao seio materno não precisam usar ferro com-
água, chás e sucos de frutas é considerada como em: plementar até os 6 meses de idade. Porque o leite hu-
a) aleitamento materno exclusivo mano possui grande quantidade de ferro, bem maior
b) aleitamento materno complementado que o leite de vaca. Analisando a relação proposta en-
c) aleitamento materno predominante tre as duas asserções acima, assinale a opção correta:
d) aleitamento materno misto a) as duas asserções são proposições verdadeiras e a se-
gunda é uma justificativa correta da primeira
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) as duas asserções são proposições verdadeiras, mas a
segunda não é uma justificativa correta da primeira
INCA – 2015 c) a primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a
56. O colostro é caracterizado por seu alto teor de IgA e segunda é uma proposição falsa
lactoferrina, e por sua baixa concentração em gordu- d) a primeira asserção é uma proposição falsa, e a se-
ras e vitaminas hidrossolúveis. Em qual fase ele é se- gunda é uma proposição verdadeira
cretado? e) as duas asserções são proposições falsas
a) nos primeiros 3 a 5 dias após o parto.
b) entre o 5º e 8º dias após o parto.  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) entre o 6º e 10º dias após o parto.
d) a partir da 2ª quinzena pós-parto.
SURCE – 2015
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 61. Lactente de 10 meses vem à consulta de puericultura
e sua mãe solicita orientação quanto à alimentação,
já que o bebê recebe apenas mingau de leite integral
INCA – 2015 de vaca com maisena e açúcar em mamadeira, desde
57. A galactosemia é um erro inato do metabolismo da o 3° mês. Em alguns intervalos consome “danoninho”
galactose e suas principais manifestações clínicas são e biscoitos. Não recebe complexos vitamínicos, nem
baixo ganho ponderal, icterícia colestática, hepato- ferro. Está com crescimento e desenvolvimento ade-
megalia, retardo mental, catarata e aumento da sus- quados para a idade.
ceptibilidade a infecções principalmente por E. coli. Quais as consequências da dieta desse bebê?
Neste erro inato do metabolismo a conduta dietética a) hipervitaminose A e D
considerada a mais adequada é: b) anemia ferropriva e sobrecarga renal
a) leite materno c) doença celíaca e dermatite herpetiforme
b) leite de soja d) deficiência de vitaminas do complexo B e cálcio
c) leite de cabra
d) leite de vaca  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UFSC – 2015
62. Assinale a alternativa que completa CORRETAMEN-
Instituto de Olhos de Goiânia – 2015 TE a frase abaixo.
58. A conduta em relação à alimentação de um recém-
-nascido em boas condições de vitalidade, com idade Um lactente com 10 meses de idade é levado à consul-
gestacional de 34 semanas e pesando 2.400 g, é: ta pediátrica por não estar crescendo adequadamente
a) leite artificial modificado oferecido por sonda oro-
e estar menos ativo. A mãe refere que seu filho nas-
gástrica
ceu prematuro e que recebeu aleitamento materno
b) leite artificial modificado oferecido no copinho
exclusivo até os 5 meses de idade, quando ela iniciou
c) leite da própria mãe oferecido por sonda orogástrica
d) leite da própria mãe oferecido no copinho a oferta da papa de frutas seguida da papa do almoço.
e) amamentação ao seio materno Atualmente aceita cerca de 800 ml de leite de vaca por
dia, 2 refeições (almoço e jantar) de papa com arroz
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ou massa, acrescidas de frango ou carne e hortaliças,

SJT Residência Médica – 2016


186
Puericultura | Questões para treinamento

sendo que às vezes o jantar é substituído por uma ma- c) orientar a preparar os alimentos com sal, pois assim
madeira de leite de vaca com farinha láctea. A defici- a criança irá aceitar mais facilmente os alimentos da
ência nutricional mais provável é de: família.
a) vitamina c d) as frutas devem ser preferencialmente oferecidas na
b) ferro forma de sucos pela imaturidade mastigatória do
c) vitamina a lactente e pelo risco de aspiração
d) proteína e) frutas com alto teor de gorduras, como abacate, de-
e) selênio
vem ser contraindicadas
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UFSC – 2015
63. Assinale a alternativa que completa CORRETAMEN- UNAERP – 2015
TE a frase abaixo. 65. Anemia ferropriva é a principal causa de anemia na
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a ali- infância. Qual das crianças apresenta o maior risco
mentação complementar deve ser introduzida con- para desenvolver anemia?
forme o seguinte esquema: a) criança com incompatibilidade ABO
a) suco de fruta aos 4 meses, papa salgada sem carne aos
b) criança com hiperbilirrubinemia fisiológica
5 meses, papa salgada com carne aos 6 meses, segun-
c) criança pós-termo
da papa principal aos 7 meses e progressão para a ali-
mentação da família a partir dos 12 meses de idade d) criança com policitemia
b) suco de fruta aos 6 meses, primeira papa principal e) criança prematura
aos 7 meses, segunda papa salgada aos 8 meses e
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
progressão para a alimentação da família a partir
dos 12 meses de idade
c) primeira papa principal aos 6 meses, papa/suco de UNICAMP – 2015
frutas aos 6 meses, segunda papa principal aos 7 me- 66. Atualmente, em lactentes não amamentadas com leite
ses e alimentação da família (respeitando a adequa- materno, o uso de fórmulas lácteas tem sido cada vez
ção) a partir dos 12 meses de idade.
mais estimulado porque o leite de vaca possui:
d) primeira papa principal sem carne aos 6 meses, segun-
a) menor carga osmótica
da papa principal com carne aos 7 meses e progressão
para a alimentação da família aos 8 meses de idade b) deficiência de sódio
e) papa/suco de frutas aos 6 meses, primeira papa prin- c) menor quantidade de proteínas
cipal aos 7 meses, segunda papa salgada aos 8 meses d) maior possibilidade de contaminação
e progressão para a alimentação da família aos 12
meses de idade  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


PUC-RS – 2014
67. Qual o diagnóstico nutricional de uma criança de
UFSC – 2015
quatro anos de idade que apresenta classificação de
64. Menina de 7 meses de idade é levada ao ambulatório
de pediatria para consulta com o pediatra. Ela nasceu a índice de massa corporal (IMC) de acordo com o es-
termo, de parto normal, com peso de 3.280 g, e obteve core Z da OMS de Escore z < -3?
índice de Apgar no 5o minuto = 9. A mãe refere que a) magreza acentuada
a criança está bem, que nunca teve qualquer intercor- b) risco de sobrepeso
rência clínica ou infecciosa e que está em aleitamento c) IMC adequado
materno exclusivo. Na antropometria, evidencia-se d) obesidade
que ela tem peso de 7.520 g, comprimento de 65,5 cm e e) magreza
perímetro cefálico de 43 cm. O exame físico é normal e
os marcos do desenvolvimento neuropsicomotor estão  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
adequados para a idade. Quanto à orientação alimen-
tar a ser prescrita para a criança descrita no caso clíni-
co acima, assinale a alternativa CORRETA. PUC-RS – 2014
a) a introdução de alimentos com potencial alergêni- 68. O aleitamento materno apresenta, como elementos
co, como o ovo e o peixe, não deve ser recomendada de proteção, anticorpos do tipo _________________,
para crianças nessa faixa etária se houver anteceden- _________________ e _________________.
tes familiares de atopia a) IgM – neutrófilos – fator bífidus
b) orientar sobre a importância de oferecer água potá- b) IgA – transferrina – fator bífidus
vel a partir da introdução da alimentação comple- c) IgM – transferrina – bactérias do leite
mentar porque os alimentos dados ao bebê apre- d) IgA – lactoferrina – fator bífidus
sentam maior quantidade de proteínas por grama e e) IgG – lactoferrina – bacterioides
maior quantidade de sais, o que causa sobrecarga de
solutos nos rins  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


187
3 Tópicos de nutrologia

USP-RP – 2014 c) recém-nascidos pré-termo com peso menor que


69. ID: Menina de 9 anos e 6 meses, em consulta ambulatorial. 1.000 g devem receber 4 mg/kg/dia de ferro elemen-
HMA: Mãe acha que a menina está muito alta, maior tar a partir de 30 dias de vida até 1 ano e posterior-
que o irmão de 11 anos. Há 4 meses notou crescimen- mente 1 mg/kg/dia até completar 24 meses
to das mamas e há 1 mês apareceram pelos pubianos. d) a partir de 6 meses de vida o bebê deve receber 1
Ainda não teve a menarca. papa liquidificada ou peneirada, de legumes e carne
EF: Altura: 150 cm, pouco acima do percentil 97 da e aos 8 meses esta deve ser amassada e oferecida 2
curva de altura para idade, e acima do canal familiar vezes ao dia
que está situado entre os percentis 10 e 90. Peso: 55
kg, acima do percentil 97 da curva de peso por idade,  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e IMC: 24.4 kg/m², acima do percentil 95. Estadia-
mento puberal M2P2. ABC – 2014
73. Escolar, gênero feminino, com 9 anos, pré-púbere e
Informe o diagnóstico mais provável: obesa é trazida ao consultório de pediatria pela avó
a) alta estatura constitucional que conta que a menina está com colesterol elevado.
b) alta estatura constitucional com componente familiar Resultados dos exames laboratoriais realizados há
c) obesidade de causa secundária um mês, após 12 horas de jejum:
d) obesidade primária grau II

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA Colesterol total 175 mg/dL (ref: < 150 mg/dL)
LDL-c 120 mg/dL (ref: < 110 mg/dL)
HDL-c 35 mg/dL (ref: > 45 mg/dL)
FMABC – 2014 Triglicérides 180 mg/dL (ref: < 100 mg/dL)
70. Quanto ao papel da alimentação da criança e desen- Em relação ao perfil lipídico pode-se afirmar que:
volvimento de doenças futuras podemos afirmar que: a) trata-se de uma dislipidemia familiar
a) ingestão de frutas, legumes e verduras protegem con- b) o perfil lipídico está normal para uma criança
tra o desencadeamento futuro de câncer pré-púbere
b) não há relação entre dietas com grandes quantidades c) trata-se de uma dislipidemia associada à obesidade
de gordura e aumento de risco de câncer d) trata-se de uma dislipidemia associada a um defeito
c) aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida no metabolismo da Apo-A2
protege o bebê contra doenças a curto prazo mas não
tem ação em doenças a longo prazo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) a Epigenética não tem ação sobre o genoma

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ABC – 2014


74. De acordo com os critérios propostos no consenso da
Federação Internacional de Diabetes, adotados pela
Hospital Municipal São José-SC – 2014 Sociedade Brasileira de Pediatria, faz-se diagnóstico
71. Quanto à amamentação de um recém-nascido, filho de de Síndrome Metabólica em adolescente entre 10 e
mãe com citomegalovirose aguda, assinalar a correta: abaixo de 16 anos a presença dos seguintes fatores:
a) amamentação diretamente no seio materno a) obesidade abdominal, aumento de triglicérides e
b) suspensão da amamentação e início da fórmula láctea LDL colesterol, hipertensão arterial e insulina sérica
c) promoção da pasteurização do leite materno antes elevada
de fornecê-lo ao recém-nascido b) obesidade abdominal, aumento de triglicérides e
d) promoção do congelamento do leite materno antes LDL colesterol, diminuição de HDL colesterol, hi-
de fornecê-lo ao recém-nascido pertensão arterial e hiperglicemia
e) suspensão da amamentação diretamente no seio ma- c) obesidade abdominal, aumento de triglicérides, di-
terno, promovendo a ordenha materna minuição de HDL colesterol, hipertensão arterial e
insulina sérica baixa
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) obesidade abdominal, aumento de triglicérides, di-
minuição de HDL colesterol, hipertensão arterial e
ABC – 2014 hiperglicemia
72. Segundo recomendação da Sociedade Brasileira de  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Pediatria.
a) nas crianças nascidas a termo, deve-se administrar Fer-
ro elementar na dose de 1 mg/kg/dia após 6 meses de Santa Casa-SP – 2014
vida até 2 anos de idade, não sendo necessário naquelas 75. Adolescente de 15 anos com circunferência abdomi-
que continuam em Aleitamento Materno nal no percentil 90. Para estabelecer o diagnóstico de
b) todo lactente no seu primeiro ano de vida deve rece- síndrome metabólica, pelos critérios da International
ber 400 UI de vitamina por dia, independente do tipo Diabetes Federation, precisamos avaliar os seguintes
de alimentação láctea em uso componentes:

SJT Residência Médica – 2016


188
Puericultura | Questões para treinamento

a) triglicérides, fração HDL do colesterol, glicemia, a) a síndrome da desnutrição pode ser diagnosticada por
pressão arterial dados antropométricos como o peso (P) e a altura (A)
b) triglicérides, colesterol total, glicemia, pressão arterial em relação à idade (P/I e A/I) e em relação a eles mes-
c) colesterol total, pressão arterial, glicemia e teste de mos (P/A) sempre considerando-se um padrão de re-
tolerância oral a glicose ferência
d) triglicérides, fração LDL do colesterol, glicemia e b) a gravidade da desnutrição também pode ser feita
pressão arterial pelos critérios de Gomez. Segundo esse escore, que
e) fração HDL do colesterol, glicemia, transaminases, relaciona o peso da criança e a média teoricamente
pressão arterial esperada (percentil 50 na curva Peso/Idade), é nor-
mal quando essa relação é superior a 75%
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) desde 1975, a Organização Mundial da Saúde adota o
termo desnutrição para caracterizar a carência de de-
terminados nutrientes, isoladamente, como é o caso
UERJ – 2014 da deficiência de ferro, de proteínas ou energética
76. Recém-nascido a termo, Apgar 9/9, peso de nascimen- d) segundo as curvas da Organização Mundial da Saúde,
to 3.300 g, chega ao ambulatório com 20 dias de vida a criança pode ser classificada como desnutrida quan-
para consulta de rotina. A mãe informa que o menino do o Peso/Idade e/ou Altura/idade estiver abaixo de
é tranquilo e dorme muito, inclusive durante as mama- −2 escore z ou IMC estiver entre −1 e −2 escore z
das que são oferecidas exclusivamente ao seio materno, e) a classificação da gravidade da desnutrição pode ser
cinco a seis vezes por dia. O exame físico foi todo nor- feita a partir de diferentes métodos. Segundo a Orga-
mal e o peso 3.320 g. A conduta neste caso deve ser: nização Mundial da Saúde, a relação Peso/altura e/ou
a) indicar sulfato ferroso altura/idade entre −3 escore z e −2 escorez é conside-
b) solicitar hemograma e urinocultura rada desnutrição grave
c) iniciar complemento com fórmula láctea
d) orientar a técnica correta de amamentação  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


AMP-PR – 2014
80. A partir da década de 70, após a divulgação de alguns
UFF-RJ – 2014 estudos científicos, o aleitamento materno, ganhou
77. Uma puérpera tem dignóstico de tuberculose bacilí- maior importância. Desta forma, em 1991, a OMS
fera, tendo iniciado seu tratamento logo após o nasci- estabeleceu indicadores bem definidos sobre o tema.
mento de seu filho. Neste caso, a melhor conduta em Dos conceitos abaixo, indique o que não corresponde
relação ao recém-nascido é: às definições propostas?
a) manter aleitamento e iniciar isoniazida a) aleitamento materno: a criança recebe leite humano
b) como iniciou tratamento, manter aleitamento com o direto da mama ou ordenhado
uso de máscara na mãe b) aleitamento materno complementado: a criança rece-
be somente leite materno ou líquido, incluindo leites
c) manter aleitamento e vacinar com BCG intradérmico
não humanos
d) manter aleitamento, vacinar com BCG intradérmico
c) aleitamento materno exclusivo: a criança recebe so-
e iniciar isoniazida
mente leite humano de sua mãe ou ama de leite ou
e) duspender aleitamento e iniciar isoniazida
leite humano ordenhado
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) aleitamento materno predominante: a fonte predomi-
nante é o leite humano, no entanto, a criança pode re-
ceber água, chás, sucos, dentre outros
UFF-RJ – 2014 e) aleitamento materno complementado: a criança recebe
78. À avaliação nutricional de um menino de três anos, o leite materno e outros alimentos sólidos, semissólidos
indicador peso / estatura é < 0,9 e o indicador estatura ou líquidos, incluindo leites não humanos
/ idade > 0,95. Logo, segundo Waterlow, ele está:
a) desnutrido pregresso  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) desnutrido crônico
c) desnutrido limitrofe UFRN – 2014
d) desnutrido atual 81. O colostro humano é secreção líquida de cor amarelada:
e) eutrófico a) rico em proteína, carboidrato e gordura
b) rico em proteína, com menos carboidrato e gorduras
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) rico em proteína e carboidrato e com menos gordura
d) rico em proteína e gordura com menos carboidrato
SUS-SP – 2014  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
79. Em relação à desnutrição infantil, importante proble-
ma de saúde mundial, tanto por seus fatores diretos
como pela associação a outros processos, é CORRE- UFSC – 2014
TO afirmar: 82. Assinale a alternativa CORRETA.

SJT Residência Médica – 2016


189
3 Tópicos de nutrologia

João, 8 meses de idade, consulta com a queixa de pou- Hospital Albert Einstein – 2013
co ganho de peso. Ao avaliar, você constata, após ana- 85. No raquitismo devido à deficiência de vitamina D,
mnese e avaliação do estado nutricional, que o lac- são achados laboratoriais:
tente apresenta desaceleração do crescimento. Frente
ao bom estado geral, você procede a investigação
paratormônio fosfatase cálcio fósforo
ambulatorialmente. Ao retorno com os exames, você (PTH) alcalina urinário urinário
constata como positivos uma hemoglobina 9,5 g/dL e
aumen-
VCM de 65 μ3 sugerindo anemia ferropriva. Entre os a) diminuído diminuída diminuído
tado
fatores dietéticos que predispõem à anemia carencial
nesta faixa etária, você deve inicialmente pesquisar: aumen-
b) aumentado aumentada diminuído
tado
a) introdução tardia da gema de ovo
b) ingestão insuficiente de hortaliças aumen-
c) aumentado diminuída diminuído
c) ingestão insuficiente de vitaminas lipossolúveis tado
d) ingestão de grandes volumes de leite de vaca não d) diminuído aumentada aumentado diminuído
modificado e) diminuído aumentada aumentado diminuído
e) ingestão insuficiente de vitaminas hidrossolúveis
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

AMP – 2013
UFSC – 2014 86. A Organização Mundial da Saúde, o Ministério da
83. Assinale a alternativa CORRETA. Saúde do Brasil e a Sociedade Brasileira de Pediatria
Mariana, 5 meses de idade, apresenta-se à consulta recomendam amamentação exclusiva por aproxima-
com um quadro clínico de desnutrição grave, derma- damente seis meses e complementada até os dois anos
tite descamativa, periorificial e em extremidades. Nos ou mais. As crianças que recebem alimentos comple-
antecedentes, sua história alimentar informa ter feito mentares antes dos seis meses em adição ao leite ma-
uso de leite de vaca diluído ao meio e adoçado com terno comparadas a crianças amamentadas exclusiva-
açúcar, desde o nascimento até os 4 meses, e após leite mente com leite materno:
de vaca a 2/3. Nesse período há relato de episódios de
a) adoecem menos de infecção intestinal
diarreia e infecções respiratórias. Os sinais clínicos
b) apresentam menos hospitalizações por doença res-
do exame físico são indicativos de deficiência impor-
piratória
tante de:
c) apresentam diminuição da duração do aleitamento
a) riboflavina
materno
b) zinco
c) niacina d) não apresentam interferência na absorção de nu-
d) ferro trientes do leite materno
e) tiamina e) apresentam déficit de crescimento

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFRN – 2013
AMP – 2013
84. A prevalência da obesidade em faixa etária pediátrica
87. O leite materno contém todos os nutrientes essen-
tem apresentado crescimento importante na maior
ciais para o crescimento e o desenvolvimento ótimos
parte das populações urbanas estudadas nos últimos
30 anos. Dos fatores abaixo, aquele que tem maior im- da criança pequena, além de ser mais bem digerido,
portância na origem desse problema é: quando comparado com leites de outras espécies.
a) o aumento do uso da internet por crianças e adoles- Assinale a alternativa INCORRETA sobre o leite
centes, diminuindo o tempo dedicado às atividades materno:
físicas a) o colostro contém mais proteínas e menos lipídeos
b) o aumento de algumas alterações genéticas (defici- do que o leite maduro
ência de leptina, aumento da resistência insulínica) b) o leite de mães de recém-nascidos pré-termo difere
na população geral do de mães de bebês a termo
c) a redução de espaços urbanos para recreação de c) a concentração de gordura aumenta no decorrer de
crianças e adolescentes, impedindo a prática de es- uma mamada e o leite do final da mamada é mais
portes rico em energia
d) a mudança rápida de hábitos, com piora do sedenta- d) a principal imunoglobulina do leite materno é a IgA
rismo e excesso de consumo de alimentos inadequa- e) o leite humano pasteurizado tem o mesmo valor
dos biológico do leite cru

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


190
Puericultura | Questões para treinamento

Santa Casa-SP – Pediatria – 2013 b) na fenilcetonúria, independentemente dos níveis de


88. Em relação à obesidade na infância e adolescência as- fenilalanina sérica, o aleitamento materno deve ser
sinale a INCORRETA: suspenso por 5 a 7 dias e ser substituído por fórmula
a) o aumento mundial na população de obesos nos úl- metabólica isenta ou com baixos teores desse ami-
timos anos caracteriza uma verdadeira pandemia noácido
b) a obesidade centrípeta ou visceral está diretamente c) na criança com fissura labiopalatina, a maleabilida-
relacionada à resistência insulínica de da mama é menor do que a de outros bicos, difi-
c) há maior prevalência de Hipertensão Arterial e Síndro- cultando a adaptação à fissura
me Metabólica entre crianças e adolescentes obesos d) nos casos de fissuras labiopalatais, o aleitamento
d) o índice de massa corporal é a medida que melhor se materno é discutível, devido a maior probabilidade
correlaciona com a obesidade visceral de broncoaspiração
e) filhos de pais obesos apresentam maior probabilida- e) crianças cardiopatas não devem ser amamentadas,
de de também desenvolver obesidade devido à necessidade de uma sucção intensa, o que
aumenta o trabalho cardíaco
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Santa Casa-SP – Pediatria – 2013
89. Paciente de 2 meses, nascido a termo, adequado para Unificado-MG – 2013
idade gestacional, está em uso de fórmula infantil, de- 92. A avaliação pela ectoscopia desta criança permite sus-
vido óbito materno, recebendo aproximadamente 800 peitar que podemos estar diante de um lactente com
mL/dia. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, deficiência nutricional a ser esclarecida pela dosagem
como deve ser feita a suplementação medicamentosa sérica de:
de ferro para este lactente?
a) com 1 mg/kg/dia até 12 meses
b) com 1 mg/kg/dia até 6 meses
c) com 2 mg/kg/dia até 12 meses
d) com 2 mg/kg/dia até 6 meses
e) não se recomenda a suplementação medicamentosa
de ferro

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFPR – Pediatria – 2013


90. A obesidade é considerada pela Organização Mundial
de Saúde como uma epidemia global. Em relação à
população pediátrica, é correto afirmar: a) atividade de protrombina
a) dislipidemia, hipertensão arterial, síndrome dos b) cálcio, fósforo e fosfatase alcalina
ovários policísticos, problemas ortopédicos e asma c) cobre e zinco
são comorbidades associadas à obesidade d) ferro, cobre e magnésio
b) as causas mais comuns de obesidade na infância são
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
as doenças endócrinas
c) obesidade em crianças e adolescentes refratária ao
tratamento convencional (baseado em mudanças de Unificado-MG – 2013
hábitos de vida) deve ser tratada com drogas que di- 93. Marque a alternativa ERRADA em relação à ama-
minuem o apetite mentação:
d) o índice de massa corpórea não é considerado um a) a hepatite B é uma doença potencialmente transmis-
método adequado para o diagnóstico de obesidade sível pelo leite materno
na infância b) a toxoplasmose não é transmitida via leite humano
e) a maioria das crianças obesas se torna adulto nor- c) a tuberculose é uma doença transmissível pelo
mal, devido ao estirão de crescimento puberal leite humano
d) uma mãe não deve amamentar o filho de outra
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UNESP – 2013
91. Em relação ao aleitamento materno, nas situações es- UEL-PR – 2013
peciais, pode-se afirmar que 94. O ingurgitamento mamário é uma das principais
a) na galactosemia, o aleitamento materno está formal- causas de desmame, principalmente se for conduzido
mente contraindicado, devendo-se excluir o leite e inadequadamente. Em relação ao seu manejo, é corre-
seus derivados da dieta to afirmar que se deve:

SJT Residência Médica – 2016


191
3 Tópicos de nutrologia

a) orientar compressas quentes e altas doses de analgé- gramento gengivais. O hemograma revela a presença
sicos para alívio da dor de anemia microcítica e hipocrômica e, ao raio X de
b) orientar ordenha manual das aréolas, para facilitar a membros, evidenciam-se rarefação óssea e hemorragia
pega, e prescrever analgésicos sistêmicos subperiostal. A deficiência vitamínica mais provavel-
c) prescrever antibióticos e analgésicos mente envolvida neste caso é:
d) suspender a amamentação para que haja descanso na a) C
produção láctea e, consequentemente, alívio da dor b) K
e) usar antibiótico profilático associado com compres- c) A
sas frias para evitar possível abscesso mamário d) B1
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) B6

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UFF-RJ – 2013
95. Mãe requisita imediata alta hospitalar de seu recém-
UFPR – 2012
-nascido (RN) com 24 horas de vida, alegando que ele
nasceu de parto vaginal a termo e suga muito bem no 98. Uma menina de 10 anos é trazida pelos pais para ava-
seio. Entretanto, a recomendação do Ministério da liação de ganho excessivo de peso há dois anos, após
Saúde nesse caso é alta hospitalar: realização de amigdalectomia. Nos últimos seis me-
a) após, no mínimo, 48 horas de permanência em ob- ses, mãe referiu aumento de 3 kg e 3 cm. Pratica espor-
servação te nas aulas de educação física; em casa é pouco ativa.
b) em até 12 horas Faz uso de fluticasona spray nasal, uma aplicação à
c) em 24 horas, desde que mãe tenha experiência com- noite, há vários anos, para tratamento de rinite alér-
provada com outros recém-nascidos gica. Pais saudáveis, pai com 172 cm (25º percentil)
d) em 36 horas, desde que o RN seja reavaliado em unida- 70 kg (50º percentil) e mãe com 155 cm (10º percen-
de básica de saúde até 72 horas após a alta hospitalar til) e 58 kg (50º percentil). Ao exame, a paciente apre-
e) obrigatoriamente após 72 horas sentou estatura de 143 cm (75º percentil), 49 kg (95º
percentil), IMC de 24 (> 95ºpercentil), circunferência
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
abdominal de 70 cm (> 95º percentil), circunferência
de quadril de 75 cm e escurecimento de pele na região
CREMESP – 2012 de pescoço, com espessamento da pele. Considerando
96. A prevenção do sobrepeso e da obesidade, condições esses dados, qual é o diagnóstico mais provável?
de elevada prevalência na sociedade atual, é conside- a) obesidade endógena
rada uma importante ação do pediatra na promoção b) síndrome de Cushing iatrogênica
da saúde física, emocional e social de seus pacientes. c) obesidade exógena
Na adolescência: d) hiperinsulinismo primário
a) a elevação do índice de massa corpórea correlacio- e) paciente não é obesa, pois o peso está na faixa de nor-
na-se de forma direta com os níveis de pressão arte- malidade para a idade
rial e de lipídeos e de lipoproteínas séricos
b) os programas de redução de peso, com reeducação  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
alimentar e implementação de atividades físicas têm
alta adesão e resultam na recuperação do peso ideal,
na maioria das vezes, diferentemente do observado AMP – 2012
com os adultos 99. Você recebe para atendimento um recém-nascido com
c) as doenças endócrinas correspondem a cerca de 10 dias de vida assintomático, filho de mãe com tuber-
30% das causas de obesidade nas meninas culose em atividade, em início de tratamento, bacilí-
d) a obesidade não se relaciona com o aparecimento de fera, que solicita sua orientação sobre imunização e
resistência periférica à insulina, o que é observado amamentação. Sua recomendação seria:
nos adultos a) realizar imediatamente a vacina BCG, suspender ama-
e) os estudos não revelam uma correlação direta entre mentação ao seio até a mãe estar abacilífera
a obesidade e o número de horas gastas em frente à b) realizar imediatamente a vacina BCG, manter a ama-
televisão, diferente do que se pode suspeitar mentação ao seio
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) não vacinar, iniciar isoniazida para o bebê, suspen-
der amamentação ao seio até a mãe estar abacilífera
d) não vacina, iniciar isoniazida para o bebê, manter ama-
CREMESP – 2012 mentação ao seio
97. Um lactente com 15 meses de idade é atendido em uma e) realizar imediatamente a vacina BCG, iniciar isoniazi-
Unidade Básica de Saúde com quadro de desnutrição da para o bebê, suspender definitivamente a amamen-
grave e dor ao manuseio de membros inferiores, cujas tação pelo uso materno de drogas para tuberculose
extremidades apresentam-se edemaciadas. Há peté-
quias e equimoses em membros e tórax e edema e san-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


192
Puericultura | Questões para treinamento

AMP – 2012 d) todas as crianças, a partir de 2 anos de idade, devem


100. Considera-se aleitamento materno predominante: ser instruídas sobre ingesta apropriada da gordura
a) quando a criança recebe leite materno ordenhado dietética (não mais de 30% das calorias) das gordu-
b) quando a criança recebe além do leite materno água ras saturadas (menos de 10% das calorias totais) e do
ou bebidas adocicadas (chás) colesterol dietético (menos de 300 mg/dia)
c) quando a criança recebe além do leite materno e ou- e) os pediatras devem estimular as crianças a partici-
tro tipo de leite parem de exercícios físicos ativos, a fim de reduzir o
risco cardiovascular associado ao estilo de vida se-
d) quando a criança recebe além do leite materno qual-
dentário
quer alimento sólido ou semissólido
e) quando a criança recebe leite materno na maior par-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
te do dia, independente de outros alimentos

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA UFRN – 2012


104. A desnutrição ainda representa um problema de saú-
de pública no Brasil, e o tratamento das formas gra-
AMP – 2012 ves segue as recomendações da OPAS/MS. Considere
101. O componente do leite humano que é uma importante as seguintes afirmações em relação ao tratamento da
proteína bacteriostática, que age indisponibilizando o desnutrição energético-proteica grave na infância:
ferro necessário para a sobrevida de agentes infeccio-
sos, principalmente E. coli e Candida albicans, é: Corrigir os distúrbios hidroeletrolíticos e tratar ou prevenir
I
a infecção fazem parte da fase de estabilização.
a) IgA secretória
b) fator bífido Para correção da anemia, o ferro deve ser dado no início,
II
bem como as vitaminas.
c) lactoferrina
Deve-se prover estimulação essencial e suporte emocio-
d) lisozima III
nal.
e) lactoperoxidase
Na fase de reabilitação, deve-se ofertar dieta com 150 a
IV 220 kcal/kg/dia e 4 a 6 g/kg/dia para garantir crescimen-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA to rápido.
Estão corretas apenas as afirmações:
ICC-CE – 2012 a) I, III e IV
102. Lactente com 40 dias de vida, amamentado exclusiva- b) II e III
mente ao seio. Nasceu de parto normal a termo, peso c) I, II e III
3.350 g e teve icterícia fisiológica. Atualmente, pesa d) I e IV
5.300 g e apresenta aproximadamente seis evacuações  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
semilíquidas e amareladas ao dia. Qual a conduta
mais adequada diante do quadro?
a) manter aleitamento materno exclusivo UFRN – 2012
b) substituir a dieta por leite de soja ou leite de cabra 105. O leite de vaca integral não é recomendado no 1° ano
c) associar chás e soro da OMS à vontade de vida pela Sociedade Brasileira de Pediatria e de-
mais Sociedades Americanas e Europeias. Considere
d) suspender leite materno e iniciar a dieta isenta de
as seguintes afirmações a respeito desse leite.
lactose
e) fazer pausa alimentar por 24 horas
Leva à sobrecarga renal pelo alto conteúdo de proteínas e
I
eletrólitos (sódio, cloro, potássio).
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Induz à anemia pelo baixo teor de ferro e baixa biodispo-
II nibilidade, além de causar micro-hemorragias na mucosa
intestinal.
SES-SC – 2012
Apresenta menor teor energético e perfil inadequado de
103. Marque a alternativa INCORRETA em relação à pe- III
gordura insaturada.
diatria preventiva:
Possui as vitaminas C, D e E e os oligoelementos como co-
a) é recomendável que o pediatra calcule e controle o IV
bre, zinco e selênio necessários à dieta da criança.
IMC de todas as crianças a partir de 2 anos de idade
b) tendo em vista a crescente evidência do impacto da Quanto às inadequações do leite de vaca integral, es-
mídia sobre a saúde da criança, o pediatra deve reco- tão corretas apenas as afirmações
a) I, II e III
mendar a limitação do tempo de televisão (e tempo
b) II, III e IV
de videogame) a 1-2 horas por dia
c) I e IV
c) a pressão sanguínea das crianças deve ser medida,
d) II e III
em toda consulta de puericultura, a partir da idade
de 10 anos  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


193
3 Tópicos de nutrologia

UFF-RJ – 2012 UFSC – 2012


106. Na abordagem clínica de criança com desnutrição 109. JSC, 40 dias de vida, masculino, branco e filho de
grave é CORRETO afirmar que: mãe hipertensa, consultou no ambulatório de pe-
a) a antibioticoterapia deve ser utilizada desde o início do diatria por apresentar evacuações a cada 4 dias, com
tratamento, por ser ela presumivelmente portadora de fezes amareladas e de consistência pastosa. Não ti-
infecção nha distensão abdominal nem demonstrava dor ou
b) o tratamento com antibióticos preconizado à interna- dificuldade para evacuar. Estava em regime de alei-
ção é a associação de vancomicina e cefepime tamento materno exclusivo e pesava 4.500 g. Havia
c) os sinais de hipertensão intracraniana e irritação me- nascido com 3.450 g, PC 35 cm, comprimento 50 cm
níngea são muito frequentes e Apgar 8/9.
d) o calendário de vacinação não deve ser atualizado Com base nesse caso, analise as afirmativas abaixo.
durante a internação
e) infecções ocorrem, frequentemente, com sinais clíni- I. Trata-se de um regime de evacuações normal para
cos evidentes, tais como febre, inflamação e dispneia quem está em aleitamento materno exclusivo.
II. É necessário afastar doença de Hirshprung.
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA III. É preciso complementar com chás laxativos ou
adicionar fórmula para primeiro semestre.
UFSC – 2012
107. Assinale a alternativa que responde CORRETAMEN- Assinale a alternativa CORRETA.
TE à pergunta abaixo. Lactente prematuro, peso de a) somente a afirmativa II está correta
nascimento de 1.800 g, idade cronológica de 12 se- b) somente a afirmativa III está correta
manas, apresenta risco de desenvolver deficiência de c) somente as afirmativas I e III estão corretas
qual micronutriente? Pensando na prevenção desta d) somente as afirmativas II e III estão corretas
deficiência, a partir de qual idade ele deveria ter ini- e) somente a afirmativa I está correta
ciado sua suplementação e dose?  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) zinco / 10 dias / 1 mg/kg/dia
b) ferro / 60 dias / 3 mg/kg/dia
c) vitamina D / 60 dias / 200 UI/dia USP-RP – 2012
d) vitamina A / 30 dias / 1.000 UI/dia 110. São contraindicações para o aleitamento materno:
e) ferro / 30 dias / 2 mg/kg/dia a) infecção materna pelo vírus da hepatite B e citome-
galovírus
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) infecção materna pelo HIV e HTLV I/II
c) presença de lesões herpéticas ativas nas mamas e in-
fecção materna pelo vírus da hepatite C
UFSC – 2012
d) tuberculose ativa e uso de haloperidol para trata-
108. Assinale a alternativa que responde corretamente à per-
mento de esquizofrenia
gunta abaixo. Adolescente, 12 anos de idade, apresenta
peso de 54 kg e estatura de 155 cm. Utilizando o gráfico  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
abaixo, qual seria a classificação antropométrica?

USP-RP – 2012
111. Menino, 13 anos de idade, refere ganho de peso ex-
cessivo nos últimos 6 meses. Nega queixas respirató-
rias e urinárias. Dorme cedo e é “preguiçoso” para
levantar de manhã. Evacua a cada dois dias, fezes
marrons, endurecidas, ocasionalmente faz esforço
para evacuar. Não toma café da manhã, não consome
verduras e frutas, somente arroz e feijão em grande
quantidade, carne (2 a 3 bifes médios) e dois copos
de refrigerante no almoço e jantar; salgadinhos fri-
tos no recreio da escola. Frequenta escola pela ma-
nhã, tendo rendimento escolar regular. Joga futebol
por 40 minutos, duas vezes por semana, na aula de
educação física. Mãe e pai têm peso proporcionado
para altura. É filho único.
a) risco de sobrepeso Ao exame: bom estado geral, hidratado, tireoide pal-
b) sobrepeso pável, de tamanho e consistência normais; exame do
c) obesidade tórax sem alterações; panículo adiposo bem desen-
d) obesidade mórbida volvido na região abdominal, sem outras alterações.
e) eutrofia
Apresenta estrias esbranquiçadas no tórax, abdome e
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA dorso. T. axilar = 36,8ºC; PA = 110x70 mmHg; esta-

SJT Residência Médica – 2016


194
Puericultura | Questões para treinamento

diamento puberal de Tanner: P2 e G3. Encontra-se no UFRJ – 2011


percentil 97 para altura, pouco acima do limite supe- 115. De acordo com as orientações do Ministério da Saúde
rior do canal familiar (que se encontra entre os per- é correto afirmar, sobre aleitamento materno, que:
centis 5 e 95) e acima do percentil 97 para peso; índice a) a produção do leite logo após o nascimento da
de massa corporal e prega cutânea tricipital acima do criança é controlada principalmente pela sucção
percentil 95. Os exames subsidiários MAIS indicados do bebê e a “descida do leite”, que costuma ocorrer
neste caso são: até o terceiro ou quarto dia pós-parto, depende da
a) dosagem de glicemia de jejum; colesterol e frações, sucção do seio
triglicérides b) o leite de mães de recém-nascidos prematuros dife-
b) radiografia de mão e punho esquerdos; dosagem de re daquele de mães de recém-nascidos a termo por
glicemia de jejum; colesterol e frações, triglicérides conter menor quantidade de lipídios e proteínas,
c) radiografia de mão e punho esquerdos; avaliação da sendo mais calórico
função tireoidiana; dosagem de glicemia de jejum; c) aleitamento materno predominante ocorre quando
colesterol e frações, triglicérides e cortisol a criança recebe, além do leite materno, água ou be-
d) não solicitar exames nesta consulta bidas a base de água (água adocicada, chás, infusões,
sucos de frutas)
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) a “preparação” das mamas para a amamentação du-
rante a gravidez deve ser recomendada de rotina, a
UNIFESP – 2011 fim de que o aleitamento materno possa se iniciar
112. O leite de vaca integral, que ainda é muito utilizado logo após o nascimento do bebê
de forma indevida para lactentes brasileiros, em re-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
lação ao leite materno (leite humano) apresenta as
características abaixo, EXCETO:
a) maior quantidade de sódio UFF – 2011
b) maior quantidade de cálcio 116. Dentre as doenças citadas abaixo, aquela para a qual
c) quantidade semelhante de ferro está completamente contraindicado o uso de leite ma-
d) menor quantidade de proteínas terno é:
e) menor quantidade de carboidratos a) doença do xarope de bordo
b) hipotireoidismo congênito
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) galactosemia
d) fenilcetonúria
UNIFESP – 2011 e) deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase
113. O aleitamento materno do recém-nascido a termo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
deve ser contraindicado quando a mãe apresentar in-
fecção pelo:
a) vírus da hepatite A UFRN – 2011
b) vírus da caxumba 117. Criança de seis anos de idade, com indicadores peso/
c) vírus da rubéola estatura (P/E) = 92% e estatura/idade (E/I) = 91%,
d) citomegalovírus deve ser classificada, sob o ponto de vista nutricional,
e) HTLV-1 como portadora de:
a) desnutrição energético-proteica pregressa
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) desnutrição energético-proteica crônica
c) desnutrição energético-proteica aguda
Angelina Caron-PR – 2011 d) eutrofia
114. Recém-nato a termo, parto normal, peso = 3.600 g,
exame físico normal. Os exames pré-natais indicaram  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
infecção em atividade pelo citomegalovírus no final da
gestação. A recomendação em relação à amamentação é:
a) indicar aleitamento materno em regime de livre de- UFRN – 2011
manda 118. Uma criança do sexo masculino é trazida ao ambula-
b) contraindicar amamentação e prescrever fórmula tório para consulta com cinco dias de vida após parto
láctea normal, a termo, com peso de nascimento de 3.300 g
c) contraindicar a amamentação e prescrever fórmula e Apgar de 9 e 9, tendo recebido alta da maternidade
láctea e aciclovir com 48 horas de vida em aleitamento materno exclu-
d) indicar aleitamento materno com leite ordenhado sivo. Ao exame, nota-se que o recém-nascido apresen-
após congelamento ta leve icterícia em face e peso de 3.200 g. Além da
e) indicar leite materno ordenhado após pasteurização vacinação e coleta do teste do pezinho, as orientações
para a mãe do menino são reforçar e orientar a manu-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA tenção do aleitamento materno:

SJT Residência Médica – 2016


195
3 Tópicos de nutrologia

a) indicando um complemento de fórmula de parti- a) a vitamina K, aplicada intramuscular, ao nascimen-


da para obter um ganho de peso mais adequado, e to, previne a doença hemorrágica do recém-nascido
tranquilizar em relação à icterícia, apenas alertando b) para garantir um melhor vínculo pais-criança, de-
quanto à possibilidade dela progredir vemos incentivar o contato físico e sensorial desde o
b) explicando a perda de peso fisiológica nos primei- momento do parto
ros dias, e tranquilizar em relação à icterícia, apenas c) um dos dez passos do programa, com iniciativa do
alertando quanto à possibilidade dela progredir hospital amigo da criança, preconizado pela OMS e
c) explicando a perda de peso fisiológica nos primeiros UNICEF, é amamentação a cada três horas como for-
dias, e solicitar dosagem de bilirrubina sérica total e ma de incentivar o aleitamento desde o nascimento
frações, pelo fato dele estar no pico da icterícia d) o atendimento de recém-nascidos na sala de parto
d) indicando um complemento de leite de banco, para deve preconizar um ambiente seguro e aquecido e,
obter um ganho de peso mais adequado, e solicitar para prevenir perdas de calor, o recém-nascido deve
dosagem de bilirrubina sérica total e frações, pelo ser colocado em contato pele a pele com sua mãe
fato dele estar no pico da icterícia
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
SES-RJ – 2011
UFRN – 2011 122. Menino de 12 meses veio para consulta de rotina e o
119. Na avaliação nutricional de crianças de zero a cinco pediatra verificou que a criança encontra-se com bai-
anos, ao se utilizar o escore Z do IMC e o escore Z xo peso para a idade, magreza e baixa estatura para
de estatura/idade, consideram-se obesidade e baixa a idade. Os índices antropométricos utilizados, neste
estatura, pela referência OMS, aquelas com valores, caso, para sua conclusão e atualmente recomendados
respectivamente: pela OMS e Ministério da Saúde no Brasil, para ava-
a) > +3 DP e < -2 DP liação nutricional nesta idade, são:
b) > +2 DP e < -2 DP a) peso para idade, peso para estatura e índice de massa
c) > +1 DP e < -1 DP corporal
d) > +2 DP e < -1 DP b) peso para idade, índice de massa corporal e estatura
para idade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) peso para estatura, índice de massa corporal e esta-
tura para idade
d) peso para idade, peso para estatura, índice de massa
SES-RJ – 2011
corporal e estatura para idade
120. Numa discussão entre internos e residentes no am-
bulatório de pediatria, relacionada com vantagens e
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
desvantagens do aleitamento materno, você é chama-
do para se posicionar entre alguns pontos polêmicos.
Dentre as assertivas abaixo, é correto afirmar que: PUC-PR – 2011
a) a morbidade relacionada entre bebês alimentados 123. Com relação ao aleitamento materno e à infecção na
corretamente com fórmula e em aleitamento mater- nutriz, assinale a alternativa CORRETA.
no exclusivo é igual a) com relação à mãe com varicela, o aleitamento ma-
b) o reinício da menstruação deve ser considerado pelo terno está contraindicado temporariamente quando
pediatra como indicativo da necessidade de rever a as lesões surgem até sete dias antes ou três dias de-
estratégia de amamentação exclusiva pois do parto
c) os macrófagos do leite humano podem sintetizar b) com relação à mãe com tuberculose, se ela for abaci-
complemento, lisozima e lactoferrina desenvolven- lífera, o recém-nascido não deve receber a BCG logo
do efeito inibitório no crescimento de E. coli ao nascer, porém há restrição quanto à amamentação
d) a transmissão do HIV pelo aleitamento materno, c) não há evidência indicando que a malária possa ser
apesar de bem documentada, em situações muito transmitida pelo leite materno.
especiais em nosso país, não deve representar uma d) na hepatite B materna, não contraindicamos a ama-
contraindicação mentação, pois o vírus não é excretado no leite ma-
terno
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) no caso de receber a vacinação contra a rubéola, a
nutriz não deverá amamentar
SES-RJ – 2011  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
121. A rotina de atendimento de recém-nascidos prevê
ações de saúde no campo da prevenção que podem ser
exemplificadas abaixo. Das medidas de promoção de AMP-PR – Pediatria – 2011
saúde abaixo, INCORRETO afirmar que: 124. As manchas de Bitot (placas em conjuntivas) são típicas da:

SJT Residência Médica – 2016


196
Puericultura | Questões para treinamento

a) sífilis congênita Unificado-MG – 2011


b) conjuntivite herpética 128. Mãe leva recém-nascido de 10 dias de vida ao consul-
c) conjuntivite por Clamídia tório com queixa de ter pouco leite e “seios vazios”. Ao
d) hipovitaminose A exame físico criança sem alterações, e ganho de peso
e) artrite idiopática juvenil adequado. Em relação à hipogalactia, qual orientação
estaria ERRADA?
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a) complementos alimentares em mamadeiras devem
ser utilizados até aumento da produção de leite
b) fatores hormonais e emocionais maternos podem
AMP-PR – Pediatria – 2011 levar a hipogalactia
125. Qual das orientações abaixo sobre a alimentação do c) hipogalactia pode ocorrer transitoriamente por três
lactente está incorreta? a quatro dias
a) o aleitamento materno exclusivo deve ser mantido d) quando a criança passa a mamar mais, há aumento
até o sexto mês de vida rápido da lactação
b) durante a amamentação exclusiva a suplementação
com ferro não é necessária em crianças normais de  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
termo
c) o desmame deve ser iniciado a partir do sexto mês,
USP-RP – 2011
com uma densidade calórica superior ao leite mater-
129. Lactente de 3 meses de idade, pré-termo de 35 sema-
no nas e 4 dias, foi amamentado exclusivamente ao seio
d) a ingestão de fitatos a partir do sexto mês deve ser até os 2 meses de idade. Desde então, vem sendo ali-
elevada, para facilitar a absorção de minerais mentado com fórmula láctea + papa de frutas e de ce-
e) a ingestão de zinco deve ser estimulada a partir do reais e suco de frutas. Com relação à suplementação
sexto mês através de alimentos como a carne e os de ferro, a conduta é:
laticínios a) 1 mg/kg/dia desde os 2 meses de idade
b) 2 mg/kg/dia desde os 2 meses de idade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) 1 mg/kg/dia desde 1 mês de idade
d) 2 mg/kg/dia desde 1 mês de idade
UFPR – Pediatria – 2011
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
126. Mãe de lactente, masculino de 4 meses, apresentou
como queixa na consulta médica que “seu leite está
fraco”, pois seu filho “chora muito”. Relata que não há SES-SC – Pediatria – 2011
outros sintomas além do choro e que as evacuações e 130. Para a prevenção da deficiência de Vitamina D, o ba-
a diurese são normais. O exame físico minucioso da nho de sol é uma recomendação da SBP. Sua orienta-
criança foi normal e o lactente ganhou 750 gramas ção segue as seguintes regras:
desde a última consulta, que foi há um mês. Qual a a) recomenda-se a exposição direta da pele à luz
conduta a ser tomada? solar,com protetor solar fator 20 a partir do primeiro
a) prescrever complementação com fórmula infantil mês de vida, sendo suficiente a cota semanal de 20
b) prescrever leite de soja ou hipoalergênico minutos, com a criança usando apenas fraldas (três a
c) prescrever dieta complementar com frutas e sucos cinco minutos por dia, três vezes por semana), ou de
d) prescrever dieta complementar com papa salgada e duas horas/semana (17 minutos por dia), expondo
frutas e sucos apenas a face e as mãos da criança
b) recomenda-se a exposição direta da pele à luz solar,
e) tranquilizar a mãe e esclarecer que a criança ganhou
a partir da primeira semana de vida, sendo suficiente
peso adequadamente
a cota semanal de 15 minutos, com a criança usando
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA apenas fraldas (5 minutos por dia, três vezes por se-
mana), ou de uma hora/semana (9-10 minutos por
dia), expondo apenas a face e as mãos da criança
HUGO – 2011 c) recomenda-se a exposição direta da pele à luz solar,
127. A conduta em relação à alimentação de um recém- a partir da quarta semana de vida, sendo suficiente a
-nascido em boas condições de vitalidade, com idade cota semanal de 60 minutos, com a criança usando
gestacional de 34 semanas e pesando 2.400 g, é: apenas fraldas (seis a oito minutos por dia, 5-6 vezes
a) leite artificial modificado oferecido por sonda oro- por semana), ou de duas horas/semana (17 minutos
gástrica por dia), expondo apenas a face e as mãos da criança
b) leite artificial modificado oferecido no copinho d) recomenda-se a exposição direta da pele à luz solar,
c) leite da própria mãe oferecido por sonda orogástrica a partir da segunda semana de vida, sendo suficiente
d) leite da própria mãe oferecido no copinho a cota semanal de 30 minutos, com a criança usando
e) amamentação ao seio materno apenas fraldas (seis a oito minutos por dia, três vezes
por semana), ou de duas horas/semana (17 minutos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA por dia), expondo apenas a face e as mãos da criança

SJT Residência Médica – 2016


197
3 Tópicos de nutrologia

e) recomenda-se a exposição direta da pele à luz solar, UFPR – Pediatria – 2011


com protetor solar, fator 8, a partir da segunda se- 134. Menina de 12 anos com queixa de baixa estatura e au-
mana de vida, sendo suficiente a cota semanal de 40 mento de peso há 6 meses. Ao exame: estatura 10 cm
minutos com a criança usando apenas fraldas (seis abaixo do 3º percentil, peso no 10º percentil, acúmu-
a oito minutos por dia, cinco vezes por semana), ou lo de gordura abdominal, pré-púbere. Assinale qual o
de duas-três horas/semana (17-20 minutos por dia), diagnóstico MENOS provável.
expondo apenas a face, braços e pernas da criança a) síndrome de Turner
b) deficiência de GH
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) síndrome de Cushing
d) tireoidite de Hashimoto
UFSC – Pediatria – 2011 e) atraso constitucional de crescimento e puberdade
131. Um recém-nascido com 18 dias de vida é atendido
no ambulatório. Sua mãe queixa-se de diarreia pro-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
fusa com 7 evacuações líquidas por dia, espumosas e
amareladas. Seu peso de nascimento foi 2.920 g e, no UNIFESP – 2010
momento, encontra-se com 3.200 g. Sua alimentação 135. Em relação ao aleitamento materno, é CORRETO
é leite materno exclusivo. A conduta adequada para
afirmar que:
este caso é:
a) para retirar o recém-nascido da mama, a nutriz deve
a) continuar aleitamento materno exclusivo
esperar que ele adormeça
b) oferecer leite de fórmula sem lactose
b) deve se iniciar precocemente, a partir da 4ª hora de
c) fazer pausa alimentar de 4 a 6 horas
vida
d) realizar reidratação venosa
c) deve ser evitado nas mães que apresentaram sangra-
e) iniciar dieta obstipante
mento maior que dois litros na parturição
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) a pega deve ser com o recém-nascido apreendendo
toda a aréola mamária e com os lábios evertidos
e) no engurgitamento mamário, devem ser indicadas
UFSC – Pediatria – 2011
compressas mornas nas mamas
132. No período de pós-parto imediato, as mães, princi-
palmente primíparas, ficam muito vulneráveis e in-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
seguras em relação à alimentação de seus filhos. O
profissional que atende esta puérpera deve orientá-la
USP-RP – 2010
que a produção plena de leite (cerca de 600 mL/dia)
136. Com relação ao aleitamento materno:
ocorre no:
a) primeiro dia de vida (até 24 horas)
b) segundo dia de vida (24 a 48 horas) I. O colostro tem mais calorias que o leite maduro
c) terceiro dia de vida (48 a 72 horas) devido ao seu maior teor de gorduras.
d) quinto dia de vida (entre 96 e 120 horas) II. O leite maduro tem maior concentração de prote-
e) final do primeiro mês (cerca de trinta dias) ínas que o colostro
III. Lactantes fazendo uso de carbamazepina, sertra-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA lina ou haloperidol não podem amamentar.
IV. Durante a fase II da lactogênese a descida do leite
ocorre mesmo sem a sucção da criança ao seio.
Cruz Vermelha-PR – Pediatria – 2011
V. No tratamento da mastite infecciosa estão indica-
133. Sobre a obesidade na infância, estão corretas todas as
alternativas abaixo, exceto: dos medicamentos sintomáticos, antibióticos e a
a) pode ocasionar aumento da idade óssea e menarca manutenção da amamentação.
precoce VI. O leite materno apresenta concentrações meno-
b) índice de massa corporal (IMC) superior ao percen- res de proteína e cálcio e maiores de gordura e
til 95 para a idade é indicativo obesidade exógena, hidrato de carbono que o leite de vaca.
ou seja, por excesso de ingesta calórica. VII.O leite materno apresenta concentrações maiores
c) o estímulo à amamentação é uma das estratégias de ferro e lactoferrina que o leite de vaca.
para a prevenção da obesidade.
d) a mudança simultânea do padrão alimentar e ativi- A alternativa que contém três afirmações corretas é:
dade física regular tem mais probabilidade de suces- a) IV, V e VI
so que dietas e exercícios isométricos. b) I, V e VI
e) a discriminação psicossocial é umas das complica- c) IV, V e VII
ções mais frequentes. d) II, III e IV

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


198
Puericultura | Questões para treinamento

FMJ – 2010 UNITAU – 2010


137. Em relação ao leite de vaca, o leite humano maduro 141. A respeito das principais características do Marasmo
apresenta maior quantidade de: e do Kwashiorkor, indique a alternativa correta:
a) lactose A. Há atrofia muscular presente no marasmo e no
b) proteínas Kwashiorkor.
c) cálcio B. O edema está presente no marasmo e ausente no
d) fósforo Kwashiorkor.
e) sódio C. A diarreia está presente no marasmo e no Kwa-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA shiorkor.
D. A gordura subcutânea está ausente no Kwashio-
rkor e no marasmo.
FMJ – 2010
138. Menino com 11 meses de idade apresenta craniotabes, a) A, B, C e D corretas
alargamento dos punhos e tornozelos e infecções res- b) A, B, C e D incorretas
piratórias repetidas. Radiografia de punho mostrou c) A e C corretas e B e D incorretas
imagem de “epífise em taça”. Na anamnese, constatou- d) C e D corretas e A e B incorretas
-se aleitamento materno exclusivo durante 6 meses e, e) B e D corretas e A e C incorretas
após, leite de vaca integral, com 2 refeições (“almoço
e jantar”). Nunca recebeu suplementos de vitaminas e  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
permanece maior parte do tempo dentro de casa.
Exames bioquímicos mostraram cálcio sérico nor-
mal, paratormônio (PTH) aumentado, fósforo sérico UNITAU – 2010
diminuído e fosfatase alcalina aumentada. Qual é o 142. A respeito do aleitamento materno, indique a alterna-
resultado esperado para o cálcio e o fósforo urinários tiva correta:
nesse caso? A. O colostro (leite secretado pela mama nos pri-
a) cálcio urinário diminuído – fósforo urinário aumen- meiros dias de vida) é o primeiro produto de se-
tado creção láctica da nutriz, responsável pela adapta-
b) cálcio urinário aumentado – fósforo urinário au- ção fisiológica do RN à vida extrauterina.
mentado B. O colostro é formado basicamente por carboidra-
c) cálcio urinário diminuído – fósforo urinário dimi- tos e gorduras, sendo responsável pela manuten-
nuído ção do peso nos primeiros dias de vida.
d) cálcio urinário normal – fósforo urinário normal C. Os principais fatores determinantes na duração
e) cálcio urinário aumentado – fósforo urinário dimi- do aleitamento materno são a informação mater-
nuído na sobre a importância desse ato e a pega correta
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA da mama.
D. A pega correta da mama inclui, na cavidade oral
do RN, todo o bico e parte da aréola.
UNITAU – 2010 a) A, B, C e D corretas
139. A conduta em relação à alimentação de um recém- b) A e B corretas C e D incorretas
-nascido em boas condições de vitalidade, com idade c) A e C corretas B e D incorretas
gestacional de 34 semanas e pesando 2.400 g, é: d) A, B, C corretas e D incorreta
a) leite artificial modificado, oferecido por gavage e) A, B e D corretas e C incorreta
b) leite artificial modificado, oferecido no copinho
c) leite da própria mãe, oferecido por gavage  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) leite da própria mãe, oferecido no copinho
e) amamentação ao seio materno
UNITAU – 2010
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 143. Criança de 2 anos e 2 meses apresenta edema genera-
lizado há 5 dias e aumento do peso, sem qualquer ou-
tra queixa. Pai desempregado há cerca de 1 ano, mãe
UNITAU – 2010
é do lar. Ao exame físico: peso 13,5 kg. Palidez cutâ-
140. Recém-nascido com 14 dias, em aleitamento materno
exclusivo, é levado ao ambulatório para consulta habi- neomucosa +++/4+. Fígado a 4 cm abaixo do RCD, de
tual, sem nenhuma intercorrência. Durante o exame, consistência normal. Áreas de hipocromia em náde-
observa-se que está pesando 12% menos em relação ao gas. Hematócrito de 22% e hemoglobina de 7,3 mg/
peso de nascimento. A primeira medida a ser tomada é: dL. Qual(is) o(s) provável(is) diagnóstico(s)?
a) tranquilizar a mãe e agendar retorno em 15 dias a) síndrome nefrótica
b) prescrever complementações com leite artificial b) marasmo
c) solicitar EAS, urinocultura e antibiograma c) hepatopatia crônica + anemia carencial
d) solicitar hemograma completo e glicemia d) síndrome nefrítica + pelagra
e) avaliar a pega e posição da mamada e) kwashiorkor + anemia carencial

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


199
3 Tópicos de nutrologia

PUC-PR – 2010 c) a introdução de alimentos ricos em ferro deve ser


144. Analise as proposições abaixo sobre “Infecção na nu- iniciada aos quatro meses de idade como forma de
triz e o Aleitamento materno”. A seguir assinale a al- prevenir a anemia carencial em lactentes
ternativa CORRETA: d) o pH das fezes dos lactentes em aleitamento materno
exclusivo favorece o crescimento de bifidobacterias e
I. Caxumba: nutriz com infecção pelo vírus da ca- lactobacilos, que são fatores de proteção contra bac-
xumba não pode amamentar e deve ser isolada do térias como E. coli
seu filho, uma vez que esta doença costuma ser
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
grave no primeiro ano de vida.
II. Doença de Chagas: o parasito pode ser excretado
no leite, entretanto, a infecção aguda no lactente UFRN – 2010
parece ter evolução benigna e sequelas tardias ra- 148. A alimentação é um dos pilares para um bom cresci-
ras. A contraindicação se restringe às nutrizes em mento e um bom desenvolvimento humano. Um pre-
fase aguda da doença ou quando houver sangra- ceito CORRETO de boa alimentação é:
mento mamilar evidente. a) a criança deve sempre fazer 5 a 6 refeições por dia,
III. Hepatite B: apesar de o vírus poder ser excretado em horários regulares, com alimentos oferecidos
no leite materno, as condutas recomendadas para nos intervalos entre estas refeições
filhos de mães com hepatite B incluem a aplica- b) o leite de vaca pode ser liberado como complemento
ção da vacina, imunoglobulina, de preferência alimentar, principalmente no café da manhã, lanche
antes de 12 horas de vida, e nenhuma restrição da tarde e ceia noturna
quanto ao aleitamento materno. c) a criança deve ser estimulada a alimentar-se sozinha,
sob supervisão, o mais cedo possível, para estimular
a) todas estão corretas sua iniciativa e independência
b) apenas a II está correta d) alimentar-se em frente ao televisor ou ao computa-
c) I e II estão corretas dor, não tem relação com os maiores índices de so-
d) todas estão erradas brepeso e problemas alimentares diversos
e) II e III estão corretas
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UFPE – 2010
PUC-RS – 2010 149. Como proceder em relação à amamentação de re-
145. Quais são as variáveis regularmente utilizadas para o cém nascido de mãe HBsAg positivo e que recebeu a
cálculo da superfície corporal em crianças? imunoglobulina específica e a vacina anti-hepatite B,
a) peso e cintura abdominal como proceder em relação à amamentação?
b) peso e estatura a) permitir a amamentação logo após o parto, inde-
c) estatura e cintura abdominal pendentemente da criança ter recebido a vacina e a
d) média da circunferência cintura – quadril e estatura imunoglobulina
e) percentual do peso ideal e percentual da estatura b) não permitir que a mãe amamente a criança até que
ideal a mesma receba a vacina e a imunoglobulina especí-
fica anti-hepatite B
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) não permitir que a mãe amamente a criança até que
a mesma receba a imunoglobulina específica anti-
-hepatite B
UFRJ – 2010 d) permitir que a mãe amamente a criança depois que a
146. A doença infecciosa que contraindica a amamentação é: mesma tiver recebido vacina contra hepatite B
a) toxoplasmose
b) hepatite A  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) HTLV-1
d) sífilis
UFMT – 2009
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 150. Em relação ao alojamento conjunto (AC), marque V
para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) É o sistema indicado para todo RN saudável.
SES-RJ – 2010 ( ) É sistema hospitalar em que o RN permanece ao
147. Na discussão sobre alimentação dos lactentes, é incor- lado da mãe 24 horas/dia.
reto afirmar que: ( ) É indicado para RN, filho de mãe com hiperten-
a) no Brasil, as fórmulas para lactentes são reguladas são e psicose puerperal.
pela ANVISA de acordo com o Codex Alimentarus ( ) É o sistema que fortalece o vínculo afetivo mãe-
b) a transmissão do HIV pelo leite materno está bem -filho.
documentada, o que contraindica, nessa situação, ( ) É o sistema em que a incidência de infecção hos-
esse aleitamento pitalar é maior.

SJT Residência Médica – 2016


200
Puericultura | Questões para treinamento

Assinale a sequência CORRETA: a) sífilis


a) V, F, V, F, V b) infecção urinária
b) F, F, V, F, V c) doença de inclusão citomegálica
c) F, F, V, V, F d) toxoplasmose
d) V, V, F, F, F e) AIDS
e) V, V, F, V, F
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
PUC-RS – 2009
154. Calcule o IMC e interprete o gráfico com os seguintes
UFMS – Pediatria – 2010
dados: menino, 5 anos que pesa 20 kg e mede 1 m.
151. Uma puérpera, com sete dias pós-parto, em uso de
digoxina, insulina regular e domperidona, questiona
o pediatra de seu filho quanto aos riscos para o bebê
em aleitamento materno exclusivo, diante das medi-
cações em uso. Assinale a alternativa CORRETA.
a) devido ao uso da insulina, o aleitamento exclusivo
está contraindicado, devendo ser mesclado com fór-
mula infantil
b) o aleitamento exclusivo está liberado, pois nenhuma
droga usada pela mãe, em doses habituais, apresenta
risco ao RN
c) o uso de digoxina, pela mãe, contraindica o aleita-
mento exclusivo
d) todas as drogas usadas pela mãe podem ser preju-
diciais ao RN se esse for pré-termo, e o aleitamen-
to exclusivo só deve ser liberado com monitoração
contínua do bebê
e) a domperidona é muito bem excretada no leite, de-
vendo ser substituída por droga mais segura para
que o aleitamento exclusivo seja liberado A partir do diagnóstico nutricional encontrado, são
apresentadas as seguintes assertivas:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
I. Esta criança pode entrar em puberdade mais pre-
cocemente.
II. A principal etiologia da doença nesta faixa etária
UFMS – Pediatria – 2010
é hipotireoidismo.
152. Em relação à composição do leite materno, assinale a
III. Perfil lipídico, glicemia de jejum e TSH devem fa-
CORRETA.
zer parte da avaliação laboratorial.
a) o leite de mulheres com diabetes contém mais beta-
Qual é a alternativa correta?
glicuronidase que aumenta a reabsorção enterohe-
a) apenas I
pática de bilirrubina
b) apenas II
b) o parasita da doença de Chagas não é excretado pelo
c) apenas III
leite materno, sendo o aleitamento seguro mesmo na
d) apenas I e III
parasitemia
e) I, II, III
c) o teor de cálcio no leite humano é maior que no leite
de vaca, entretanto, nesse último, a relação Ca/P de  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
2/1 não favorece sua absorção
d) o teor de proteína do leite humano varia numa mes-
ma mamada, depende da ingesta alimentar da mãe, UFRN – 2009
sendo encontrado valores de 1,2 a 3 g/100 mL 155. Em relação à obesidade, é INCORRETO afirmar:
e) a lactoferrina é uma proteína carreadora do ferro a) as patologias de etiologia genética geralmente cur-
que também tem efeito imunoprotetor devido sua sam com baixa estatura
ação bactericida b) tratamentos medicamentosos não podem ser utili-
zados em pacientes abaixo de 18 anos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) o risco de DM tipo 2 em crianças obesas deve ser
avaliado, prioritariamente, no início da puberdade
d) os pacientes com obesidade exógena geralmente têm
UFMS – Pediatria – 2010 estatura normal ou elevada
153. Em qual das condições maternas abaixo é contraindi-
cada a amamentação?  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


201
3 Tópicos de nutrologia

UFRN – 2009 a) evitar banhos de sol diários


156. No Brasil, vários estudos vêm demonstrando um au- b) usar sutiã durante a gestação
mento progressivo na prevalência de excesso de peso c) utilizar pomadas nos mamilos
em indivíduos na faixa etária pediátrica. As compli- d) ordenhar o peito com expressão do colostro
cações frequentemente encontradas em crianças e
adolescentes com excesso de peso são:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) constipação intestinal, síndrome dos ovários policís-
ticos, LES e acne FESP – 2009
b) HAS, hipertrigliceridemia, hipoglicemia e constipa- 161. Além da redução de morbimortalidade por diarreia e
ção intestinal pneumonia no puerpério, as atividades de educação
c) hipertrigliceridemia, síndrome dos ovários policísti- em saúde no pré-natal devem esclarecer as mulheres
cos, hipoglicemia e acne de outras vantagens da amamentação. A correlação
d) HAS, colelitíase, constipação intestinal e Acanthosis adequada entre beneficiário e benéfico, considerando
nigricans a amamentação, é:
a) sociedade: favorece o planejamento familiar
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) criança: acelera a cicatrização do coto umbilical
c) homem: antecipa o retorno às atividades sexuais
UFRN – 2009 d) mulher: reduz o risco de hemorragia ginecológica
157. Um pré-escolar de dois anos é levado em consulta por  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
causa de anorexia, palidez, apatia e manchas visíveis na
conjuntiva. A avaliação nutricional revela DEP II crônico.
Deve-se indicar, prioritariamente, suplementação de: SES-CE – 2009
a) vitamina A 162. Na avaliação rotineira de uma menina de um ano de
b) vitamina C idade, é percebida uma palidez cutâneo-mucosa im-
c) vitamina E portante (+++/4+). Ela está no percentil 75 de peso e
d) ácido fólico no percentil 25 de comprimento para idade. O exame
físico não apresenta outras alterações. Um hemogra-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ma evidencia um hematócrito de 32%. A questão mais
útil na definição do diagnóstico é:
a) “Qual a dieta diária usual da criança?”
INCA – Anestesiologia-Patologia-Radiologia – 2009
b) “A criança teve icterícia neonatal, com uso de fotote-
158. Bruna, de três meses e meio, é trazida para consulta
rapia?”
de puericultura. Sua mãe, Márcia, voltará ao trabalho
c) “Alguém na família já recebeu transfusão sanguínea?”
em três semanas. Com o objetivo de manter o aleita- d) “A criança está tomando algum medicamento?”
mento materno exclusivo você orienta Márcia a: e) “Qual é o padrão e a aparência de suas fezes?”
a) retirar o leite por ordenha durante o trabalho e ar-
mazená-lo em geladeira por até 24 horas  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) congelar o leite em freezer e oferecê-lo em até 15 dias
descongelando-o em banho-maria
c) preferir suplementação com chás quando não con- SES-CE – Pediatria – 2009
seguir tirar leite suficiente 163. Uma menina de 12 meses de idade apresenta-se no am-
d) iniciar frutas neste momento evitando fórmulas lácteas bulatório para uma consulta de rotina. Nos últimos 4
meses, seu gráfico de desenvolvimento pondo-estatu-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ral mostra uma queda do 25º percentil para o 5º per-
centil de peso para a idade, e do 10º percentil para o 5º
percentil de altura para a idade. Seus desenvolvimen-
INCA – Cancerologia Pediátrica – 2009 tos motor, linguagem, cognitivo e social são normais.
159. Luiza tem três meses, apresenta baixo ganho ponde- A menina mamou exclusivamente até os seis meses, e
ral e, por recomendação médica, está sendo alimen- a partir de então iniciou alimentação com comida da
tada ao seio materno e recebendo fórmula láctea duas casa e leite de vaca integral, puro, três mamadeiras de
vezes ao dia. Esta condição alimentar é definida pela 240 mL por dia. Suas fezes tendem a ser mais frequen-
Sociedade Brasileira de Pediatria como aleitamento: tes, com restos alimentares. Seu pai mede 1,68 m e sua
a) materno mãe mede 1,55 m. A revisão dos outros sistemas é ne-
b) materno exclusivo gativa. Exame físico sem alterações dignas de nota. A
c) materno predominante causa mais provável da desaceleração de crescimento
d) materno complementado pondo-estatural nesta criança é:
a) desnutrição proteico-calórica
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) anemia carencial ferropriva
c) intolerância à proteína do leite de vaca
d) sobrecarga de carbohidratos na dieta
FESP – 2009 e) dieta com baixa densidade energética
160. O preparo das mamas para o aleitamento deve incluir,
durante o pré-natal, a orientação da gestante para:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


202
Puericultura | Questões para treinamento

SES-CE – Pediatria – 2009 UEL – 2009


164. Um menino de quatro anos de idade em tratamento 167. De acordo com a OPAS/OMS, o Brasil é considerado
com esquema tríplice (Rifampicina, Isoniazida, Pira- como área subclínica grave para a deficiência de vita-
zinamida) para tuberculose pulmonar apresenta-se mina A, mormente nos estados do Norte, Nordeste e
com glossite, gengivite, pele seca, palidez mucosa e Vale do Jequitinhonha (MG). O acometimento mais
irritabilidade. Neste caso clínico, qual deficiência vi- severo desta carência é oftalmológico, por suas seque-
tamínica está mais associada? las que podem levar à cegueira. Assinale a alternativa
a) vitamina A que contém manifestações oculares decorrentes da
b) vitamina B6 carência em foco:
c) vitamina C a) xeroftalmia
d) vitamina D b) descolamento de retina
e) vitamina E c) descemetite
d) glaucoma
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) catarata

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


SES-CE – Pediatria – 2009
165. Um bebê de cinco semanas de vida, amamentado ex- A seguir, são apresentadas situações hipotéticas acer-
clusivamente ao seio, apresenta regurgitações pós- ca dos dois primeiros anos de vida, período de grande
-alimentares imediatas, com aparência de leite não crescimento físico, aquisição de habilidades e vivên-
digerido, em pequena quantidade, mas em pratica- cias e de exposição a uma série de agentes ambientais,
mente todas as mamadas. A mãe refere que o bebê seguida de uma assertiva a ser julgada.
mama cerca de 20 minutos em cada mamada, arrota
bem (geralmente é quando regurgita). Queixa-se que, HUB – 2009
concomitantemente, o bebê vem apresentando mais 168. Uma mãe foi à consulta com um pediatra, queixando-
cólicas e “espremedeira”. O desenvolvimento é nor- -se de que seu bebê de 3 meses de vida, em aleitamen-
mal e não há outros sintomas. Das alternativa, a se- to exclusivo, não estava mamando bem e não ganhou
guir, marque aquela com a conduta mais apropriada: peso como os bebês de suas amigas. Revendo a histó-
a) iniciar antiácido (omeprazol) como teste terapêutico ria, o pediatra observou que a criança nasceu com 39
b) iniciar um gastrocinético (domperidona) como teste semanas gestacionais, pesou 3.250 g ao nascer e, no
terapêutico momento do exame, pesou 5.400 g. Nessa situação, o
c) iniciar antiácido e gastrocinético (omeprazol e dom- pediatra deve recomendar à mãe que continue ama-
peridona) como teste terapêutico mentando exclusivamente até o sexto mês de vida.
d) reduzir o tempo de mamada e ampliar os intervalos
entre as mamadas  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) orientar quanto à posição do bebê após mamar e
tranquilizar a mãe quanto à normalidade dos sinto- HUB – 2009
mas 169. No momento da alta hospitalar do binômio mãe-filho
de uma maternidade, um pediatra fez recomendações
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a respeito do calendário de visitas para o acompanha-
mento do crescimento e desenvolvimento da criança
UEL – 2009 no primeiro ano de vida. Nessa situação, segundo as
166. O raquitismo carencial é uma doença que ocorre em normas do Ministério da Saúde, o pediatra deveria
crianças em fases de rápido crescimento por deficiên- esclarecer à mãe que a criança teria de ter a primeira
cia de vitamina D. Assim, prematuros e lactentes no consulta com 1 mês de vida, e as subsequentes aos 2,
primeiro semestre de vida constituem seu principal 3, 4, 6, 9 e 12 meses de idade.
grupo de risco. Assinale a alternativa que contém al-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
terações que, em seu conjunto, suportam o diagnósti-
co da carência em questão:
a) osteomalácia; alargamento das epífises ósseas; rosá- USP-RP – 2009
rio costal; encurvamento dos ossos longos 170. Criança, 11 anos de idade, foi trazida pela mãe para
b) descamação da pele e outros epitélios; nictalopia; avaliação do peso, pois acha que seu filho está gordo.
manchas de Bitot Não pratica atividades físicas regularmente, come
c) esplenomegalia; pancitopenia; petéquias muito carboidrato, bebe refrigerantes diariamente e
d) diarreia crônica; demência; dermatoses não gosta de verduras, legumes e frutas. Na avaliação
e) edema de membros inferiores; perda da sensibilida- antropométrica nota-se: peso = 43,5 kg, estatura =
de cutânea em membros inferiores; queilite angular 1,40 m, IMC = 22,2 kg/m2 (entre os percentil 90 da
curva masculina para IMC – NCHS / CDC 2000). O
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA estado nutricional do menino é:

SJT Residência Médica – 2016


203
3 Tópicos de nutrologia

a) eutrofia UNESP – Botucatu – 2009


b) sobrepeso 174. A melhor orientação para uma alimentação saudável
c) obesidade de um lactente de 6 meses de idade em aleitamento
d) obesidade mórbida materno exclusivo é:
a) manter aleitamento materno exclusivo por mais dois
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA meses e introdução de duas refeições pastosas
b) manter aleitamento materno e introdução dos alimen-
tos complementares de forma gradual
AMP – 2009
c) manter aleitamento materno e introduzir fórmula lác-
171. O lactente amamentado exclusivamente ao seio NÃO deve
tea enriquecida com ferro em copinho
receber suplementação com ferro, principalmente, por: d) introduzir fórmula láctea enriquecida com ferro e suco
a) o leite materno ser mais rico em ferro que o leite de frutas nos intervalos
de fórmula e) introduzir fórmula láctea específica para o segundo se-
b) não ocorrer anemia nesta faixa etária mestre, duas refeições pastosas e frutas nos intervalos
c) poder saturar a lactoferrina do leite humano, abolin-
do seu efeito basteriostático  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) provocar frequentemente diarreia nesta faixa etária
e) esta afirmação está incorreta, já que o ferro pode e UNISA – 2009
deve ser ofertado para todos os lactentes a partir do 175. Com a introdução de novos alimentos à dieta infan-
quarto mês de vida til, devem-se incluir aqueles que são fontes de ferro.
O ferro não heme, de origem vegetal, tem biodispo-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA nibilidade baixa. São facilitadores de sua absorção os
alimentos ricos em:
a) fitatos (fibras)
SES-DF – Pediatria – 2009 b) ácido ascórbico
172. Considere o mecanismo habitual realizado pela crian- c) fosfoproteína
ça durante a amamentação e o desenvolvimento da d) taninos
fala. Assinale a alternativa correta: e) carbonatos
a) durante a amamentação o hábito de manter a língua
elevada em direção ao palato duro durante a deglu-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
tição (ingestão de alimentos) é fundamental para a
correta conformação da arcada dentária superior UNISA – 2009
b) o movimento natural que a mandíbula realiza para conse- 176. Quanto à alimentação saudável da criança, nos dois
guir abocanhar o mamilo e obter o leite materno estimula primeiros anos de vida, o Ministério da Saúde/OPAS
seu crescimento promovendo a ordenha o que pode com- e Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam:
prometer o posicionamento dos futuros dentes a) leite materno até os 3 meses, iniciar complementação
c) ao mamar, a criança exercita os músculos dos lábios e de água e chá dos 3 até os 6 meses de idade e, após 6
das bochechas para manter a força da sucção, além de meses, duas refeições de sal
obrigatoriamente manter a respiração pela boca, que b) leite materno até 6 meses e, após, suspensão deste e
introdução de fórmula de leite de vaca, duas refei-
não contribui para o padrão correto durante toda a vida.
ções de sal e uma de frutas
d) os órgãos fonoarticulatórios (responsáveis pela ar-
c) leite materno até 6 meses e, após, oferecer outros ali-
ticulação das palavras e da fala) não são exatamente
mentos de forma gradual, mantendo leite materno
os mesmos exercitados pela criança no processo de
até 2 anos
amamentação
d) o leite materno e a alimentação complementar devem
e) durante a amamentação no peito, apesar da posição ter horários rígidos para o estabelecimento de esque-
muito horizontalizada das tubas auditivas em relação à ma alimentar adequado
boca, não há preocupação quanto à postura da criança e) a alimentação complementar pode ser inicialmente ofe-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA recida em mamadeira para garantia do volume ingerido

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UNESP – Botucatu – 2009
173. Os sinais clínicos: petéquias, equimoses e hipertrofia UNISA – 2009
de gengiva possibilitam a hipótese diagnóstica de: 177. Frente a um lactente com 4 meses de idade, que nas-
a) beribéri ceu a termo, mas com baixo peso, e que está em aleita-
b) pelagra mento materno exclusivo, pode-se afirmar que:
c) escorbuto a) a proteção anti-infecciosa é devida a IgA secretora e
d) kwashiorkor fatores inespecíficos (lisozima, fator de maturação do
e) acrodermatite enteropática epitélio intestinal e lactoferrina)
b) a proteção anti-infecciosa conferida à criança se re-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA fere apenas à doença diarreica bacteriana ou viral

SJT Residência Médica – 2016


204
Puericultura | Questões para treinamento

c) a manutenção do aleitamento materno exclusivo quantidade, de cor amarelada de consistência semi-


até 4 meses é adequado, mas a partir dessa idade a pastosa e explosiva. O peso encontra-se no percentil
criança necessita de outros alimentos ricos em ferro 25 para a idade. Qual a melhor conduta a ser tomada?
d) a criança com baixo peso ao nascer deveria receber a) complementar o aleitamento com fórmula láctea
leite de vaca como complemento até atingir o peso apropriada para o primeiro semestre, pois pode in-
ideal para a idade dicar uma insuficiente produção de leite da mãe
e) o aleitamento materno não pode ser exclusivo até
b) retirar leite de vaca e derivados da dieta materna
seis meses, pois a criança necessita de frutas para su-
c) manter o leite materno exclusivamente
plementar sua necessidade de vitaminas
d) usar supositório de glicerina se abdome ficar disten-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA dido e iniciar investigação para megacólon congêni-
to
UFPE – 2009  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
178. Nos últimos anos, o uso do leite de vaca não tem sido
recomendado no primeiro ano de vida em virtude de
suas peculiaridades, dentre as quais podemos citar, PUC-RS – 2009
EXCETO: 182. Paciente de 11 meses vem à consulta em unidade de
a) baixo conteúdo e biodisponibilidade de ferro atenção primária com um radiograma de tórax com-
b) possibilidade de determinar micro-hemorragias in- patível com pneumonia viral. O radiologista com-
testinais plementa o exame com a seguinte descrição: “alarga-
c) sobrecarga renal devido à maior quantidade de ele- mento das junções condrocostais, nas faces externa
trólitos em relação ao leite materno e interna da parede torácica anterior; há uma sequ-
d) não contribui na absorção do ferro oriundo de ou- ência de nódulos arredondados, que se afastam da
tros alimentos
linha média, à medida que descem para costelas mais
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA baixas”. O diagnóstico mais provável para este achado
casual é:
a) tuberculose miliar
UFPE – 2009 b) raquitismo
179. Paula tem quatro meses de idade e é alimentada com
c) kwashiorkor
leite materno exclusivo. Após as mamadas, Pau-
d) deformidade óssea congênita
la apresenta evacuações líquidas, esverdeadas, mas
e) lues congênita
apresenta bom estado geral e nutricional. Qual a con-
duta indicada neste caso?  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) suspender temporariamente o leite materno
b) substituir o leite materno por leite de vaca
c) substituir o leite materno por fórmula láctea infantil UFPR – 2008
sem lactose 183. No ambulatório de puericultura, você está atendendo
d) manter o aleitamento materno exclusivo um recém-nascido com 15 dias de vida que nasceu de
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA termo, com peso adequado para idade gestacional, e
está em aleitamento materno exclusivo. A mãe quei-
xa-se de que seu leite é fraco, pois o bebê quer mamar
UFPE – 2009 a todo instante (a cada duas horas) e de que o bebê
180. Em relação ao uso de mel de abelha em crianças com está com diarreia (evacua fezes líquidas, amarelo-es-
menos de um ano de idade, assinale a alternativa IN- verdeadas, após cada mamada, até oito vezes ao dia).
CORRETA: Ao exame, o bebê apresenta bom estado geral, exame
a) há possibilidade de contaminação do mel de abelha
físico normal, tendo ganho 300 gramas em relação ao
com o esporo botulínico
seu peso de nascimento (peso atual de 3.300 g). Assi-
b) a criança nesta faixa etária ainda não tem imunidade
contra o esporo botulínico nale a alternativa que apresenta a conduta mais indi-
c) a limitação restringe-se apenas ao primeiro semestre cada para o caso:
de vida da criança a) tranquilizar a mãe – explicando que o leite materno
d) o uso do mel de abelha é importante na remoção das não é fraco, tendo em vista o ganho de peso adequa-
secreções respiratórias do, e que as evacuações são frequentes nas primeiras
semanas de vida, tendo em vista o aleitamento ma-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA terno –, avaliar e orientar quanto à técnica de ama-
mentação e programar retorno ambulatorial
UFPE – Alergia e Imunologia – 2009 b) complementar o aleitamento materno com leite de
181. Lactente de três meses, do sexo feminino, em aleita- fórmula, preferencialmente com leite pobre em lac-
mento materno exclusivo, apresenta 2-3 dias sem eva- tose, pois o diagnóstico é de gastrenterite aguda e
cuar, mas quando o faz, elimina as fezes em grande intolerância secundária à lactose

SJT Residência Médica – 2016


205
3 Tópicos de nutrologia

c) internar o recém-nascido, tendo em vista que o risco HUB – 2008


de desidratação por diarreia é muito grande no perí- 185. Crianças menores de dois meses, de países subdesenvol-
odo neonatal, uma vez que a frequência das evacua- vidos ou em vias de desenvolvimento, que não são ama-
ções está muito alta mentadas ao peito apresentam risco seis vezes maior de
d) solicitar exames de pH e substância redutora nas morrer por doenças infecciosas quando comparadas
fezes e, dependendo desses resultados, proceder à com as que são amamentadas com leite materno.
mudança do leite para um leite isento de lactose  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) tranquilizar a mãe, pois o bebê está bem, orientá-la
a insistir em horários mais rígidos na oferta do seio
materno, a cada 3 horas, para permitir um horário HUB – 2008
mais adequado ao seu repouso 186. Lactantes adolescentes e de baixo nível socioeconômico
produzem leite de composição proteica, lipídica, imu-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA nológica e de oligoelementos e minerais significativa-
mente diferentes do leite produzido por mães entre 20 e
35 anos de idade e de elevado nível socioeconômico.
UFPE – 2008
184. O leite materno é o alimento ideal para a criança nos  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
seis primeiros meses de vida, mas, em determinadas
circunstâncias, ele é contraindicado. Em relação às HUB – 2008
contraindicações de aleitamento materno, assinale a 187. O colostro e o leite humano contêm citocinas e fatores
alternativa correta. imunomodulatórios, bem como fatores estimulado-
a) na hanseníase materna, a amamentação é contrain- res de colônias de granulócitos, em níveis até maiores
dicada, mesmo se a mãe estiver em tratamento ade- que na circulação sanguínea materna. Essas substân-
quado e o recém-nascido vacinado com BCG, para cias atuam no sistema imunológico da criança como
induzir uma proteção cruzada contra a hanseníase imunoestimuladores ou imunomoduladores, promo-
b) mães com tuberculose bacilífera respiratória não vendo o desenvolvimento da resposta imune específi-
tratada não podem amamentar os seus filhos, mes- ca e a prevenção da hipersensibilidade e de alergias.
mo usando máscara, para evitar o contato respirató-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
rio
c) a amamentação é contraindicada nas mães HIV po-
sitivas HUB – 2008
d) nas mães com hepatite B é contraindicada a ama- 188. Manter o recém-nascido na primeira hora pós-parto
mentação do recém-nascido junto da mãe favorece a fortificação do vínculo en-
tre ambos, ajuda a estabelecer, mais precocemente, o
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA aleitamento materno e diminui o risco de aquisição
de infecção hospitalar.

Instruções das questões seguintes: de acordo com o  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


comando a que cada um dos itens se refira, marque,
para cada item: o campo designado com o código C, UNITAU – 2008
caso julgue o item CERTO; ou o campo designado 189. Na profilaxia do raquitismo carencial na criança, qual
com o código E, caso julgue o item ERRADO. seria a indicação?
a) 400 a 800 UI de vitamina D até os dois anos de idade
Dê de mamar ao seu filho b) 1.500 a 2.000 UI de vitamina D até um ano de idade
Atenção, comadres mães Pois atende às necessidades c) 600.000 UI de vitamina D em dose única
Pra vocês vamos falar Do organismo infantil d) 2 gotas de vitamina D até os seis meses de idade
Dizendo tintim por tintim O aleitamento materno e) não há necessidade de suplementação, pois estamos
Do valor de amamentar Enlaça dois corações em país tropical
Leia todo este folheto Alimenta com amor
Não deixe nada passar E afasta as infecções  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Criança que mama ao peito Do nariz, boca e garganta
Cresce sadia e forte Intestino e pulmões
É difícil adoecer Criança que se alimenta UNITAU – 2008
É raro chegar à morte Com leite maternal
190. O uso do óleo nas fórmulas lácteas oferecidas ao des-
Só seu leite tem esse poder Vai ter ossos e dentes fortes
Você é uma mulher de sorte E crescimento normal nutrido tem por finalidade básica aumentar:
Explico pra toda gente Não é gordo, mas é forte a) seu volume
Do mundo e do meu Brasil E quase nunca acontece b) sua osmolaridade
Que no primeiro ano de vida De sofrer de alergias c) a aceitação da oferta
Seu leite tem valor d) o efeito do ácido graxo araquidônico
e) seu valor calórico
Tendo o texto como referência inicial, julgue os se-
guintes itens, acerca do aleitamento materno:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

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206
Puericultura | Questões para treinamento

UFPE – 2008 UEL – 2008


191. A mãe de um lactente de cinco meses procura o mé- 194. Criança com doze meses de idade é trazida para con-
dico para orientação sobre a melhor conduta nutri- sulta por apresentar dor generalizada à manipulação
cional para seu filho. Ela terá que se ausentar de casa (principalmente às trocas de fraldas), assumindo po-
algumas horas, diariamente, devido a compromissos sição típica de rã. Durante a anamnese, você detecta
de estudo, mas estará em casa na hora das refeições e que a dieta da criança é basicamente de leite de vaca,
à noite. O estoque de leite materno esgotou-se. Qual a desde o nascimento, e que raramente recebe suco de
recomendação mais adequada? frutas e papa de legumes. Ao exame clínico, você evi-
a) utilizar alimentação sólida durante o período de traba- dencia dor à palpação de membros, anemia, hemor-
lho e manter a amamentação por livre demanda quan- ragias petequiais em pele e mucosas, quadril e joelhos
do a mãe estiver em casa semifletidos. O diagnóstico mais provável é:
b) manter aleitamento materno parcial e utilizar leite arti- a) beribéri
ficial modificado próprio para a idade, durante o perí- b) deficiência de zinco
odo de trabalho, para reduzir a possibilidade de alergia c) escorbuto
d) hipovitaminose A
c) após o quinto mês a amamentação pode ser suspensa e
e) pelagra
assim é adequado introduzir o leite artificial e a alimen-
tação sólida de transição, evitando o estresse materno  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) manter amamentação como única fonte proteica e nos
intervalos, se necessário, oferecer apenas água de coco
ou chá até pelo menos o sexto mês HSPM – 2008
195. O cálculo do índice de massa corpórea na infância é
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA realizado segundo a fórmula
a) peso em g
(estatura em m)2
HSPM-SP – 2008 b) peso em g
192. Um pediatra está explicando as diferenças entre o lei- estatura em cm
te materno e o leite de vaca para a mãe de um recém- c) peso em kg
-nascido de 15 dias de vida. Ele estará dando a expli- (estatura em m)2
cação correta se afirmar que o leite materno tem: d) peso em kg
a) menos proteína, mais carboidratos e mais sais mine- (estatura em cm)2
rais que o leite de vaca e) peso em kg
b) mais proteína, menos carboidratos e menos sais mi- estatura em m
nerais que o leite de vaca
c) menos proteínas, mais carboidratos e menos sais mi-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
nerais que o leite de vaca
d) mais proteína, mais carboidratos e mais sais minerais UFRN – 2008
que o leite de vaca 196. Quanto ao uso de leite de vaca integral no primeiro
e) menos proteína, menos carboidratos e menos sais mi- ano de vida, é correto afirmar:
nerais que o leite de vaca a) possui quantidade adequada de ferro, porém baixa
biodisponibilidade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) por ter maior quantidade de proteína e alto valor bio-
lógico, é recomendado como leite de seguimento ao
UEL – 2008 leite materno
193. Com relação ao aleitamento materno, é correto afirmar: c) seus altos teores de eletrólitos (sódio, potássio e cloro)
a) a sucção do mamilo pela criança estimula, através de e de proteínas são responsáveis pela sobrecarga renal
impulsos sensoriais, a liberação de prolactina pela hi- d) apresenta valor energético e perfil de ácidos graxos es-
pófise anterior senciais adequados, que garantem o ótimo crescimento
b) a concentração de gordura no colostro é maior do da criança no primeiro ano de vida
que no leite maduro  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) o processo de desmame deve ser iniciado com 4 me-
ses de idade, quando deve ser oferecido um alimento
com maior densidade calórica UFRN – 2008
d) o leite de mãe de recém-nascido prematuro contém me- 197. A introdução de alimentos complementares na alimen-
nor quantidade de proteína, IgA, lisozima e lactoferrina tação de uma criança em aleitamento materno e na de
em relação ao leite de mãe de recém-nascido de termo outra que usa fórmula modificada deve ser iniciada, de
e) a concentração de gordura do leite do final da ma- preferência:
mada é inferior ao do leite do início da mamada a) aos 6 meses de idade, seja na criança que se alimenta
com leite materno ou usa fórmula modificada, poden-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA do o leite materno ser mantido até os 2 anos de idade

SJT Residência Médica – 2016


207
3 Tópicos de nutrologia

b) aos 7 meses de idade, em ambos os casos, manten- USP-RP – 2007


do-se o leite materno ou a fórmula modificada, du- 200. Recém-nascido filho de mãe HIV positiva, com 3 kg de
rante o primeiro ano de vida peso e 12 dias de idade, recebendo 120 mL de mama-
c) aos 3 meses de idade, na criança que usa fórmula mo- deira de fórmula infantil de 3 em 3 horas (8 vezes ao
dificada, e dos 4 aos 6 meses, na criança que se ali- dia), está sendo corretamente alimentado, porque, sen-
menta com leite materno do HIV positiva, a mãe não deve amamentar seu filho
d) aos 4 meses de idade, na criança que usa fórmula mo- ao seio. Considere a pertinência das asserções e razões:
dificada, e dos 6 aos 8 meses, na criança que se ali- a) asserção correta e razão correta, a razão justifica a
menta com leite materno asserção
b) asserção correta e razão correta, e razão não justifica
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a asserção
c) asserção correta e razão incorreta
UMC – 2007 d) asserção incorreta e razão correta
198. Do nascimento ao quinto mês de vida, na ausência do e) asserção e razão incorretas
leite materno, o lactente deverá receber:
a) leite fluido, tipo B, ao meio, acrescido a partir do pri-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
meiro mês de 8% de hidrato de carbono, sendo 5%
de açúcar e 3% de farináceos UFPE – 2007
b) leite em pó integral a 10%, acrescido a partir do pri- 201. Em relação ao aleitamento materno, assinale a alter-
meiro mês de 8% de hidrato de carbono, sendo 5% nativa incorreta:
de açúcar e 3% de farináceos a) o teor de sais minerais é excessivo no leite materno,
c) leite C, sem diluição, acrescido de 8% de hidrato de ocasionando sobrecarga renal
carbono, sendo 5% de açúcar e 3% de farináceos b) a quantidade de proteínas do leite materno é adequada
d) há duas corretas e de fácil digestão
e) nenhuma correta c) o teor de ferro no leite materno é pequeno, mas é bem
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA absorvido
d) o leite materno possui propriedades anti-infecciosas,
o que não acontece com os leites industrializados
UFPR – 2007
199. No ambulatório de puericultura você está atendendo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
um recém-nascido com 15 dias de vida que nasceu de
termo, peso adequado para idade gestacional e em alei-
HSLRM – 2007
tamento materno exclusivo. A mãe queixa-se de que
202. Presença de fontanela bregmática ampla, hipofosfate-
seu leite é fraco, pois o bebê quer mamar a cada duas
mia, elevação dos níveis de fosfatase alcalina e alarga-
horas e está com diarreia (evacua fezes líquidas, amare-
mento das epífises ósseas sugerem o diagnóstico de:
lo-esverdeadas, após cada mamada). Durante o exame,
a) raquitismo carencial
a criança está em bom estado geral, exame físico nor-
mal e ganhou 300 gramas em relação ao seu peso de b) escorbuto
nascimento (peso atual de 3.300 g). Sua conduta será: c) beribéri
a) complementar o aleitamento materno com leite de d) hipovitaminose E
fórmula, preferentemente com leite pobre em lac- e) hipervitaminose A
tose, pois o diagnóstico é de gastrenterite aguda e  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
intolerância secundária à lactose
b) internar imediatamente o recém-nascido, tendo em
vista que o risco de desidratação é muito grande, SES-SC – 2007
pois a frequência das evacuações está muito alta 203. Qual das afirmativas abaixo é verdadeira em todos os
c) colher exames de pH e substância redutora nas fezes seus quesitos quanto à contraindicação da amamen-
e, dependendo desses resultados, proceder ou não à tação para o recém-nascido?
mudança do leite para um isento de lactose a) icterícia neonatal e cistinúria
d) acalmar a mãe, pois o bebê está bem, mas ela deve b) AIDS materna e galactosemia
insistir em horários mais rígidos na oferta do seio (a c) doença hemolítica por incompatibilidade de Rh e íleo
cada 3 horas), para criar um horário mais adequado meconial
para o seu repouso d) tuberculose materna e intolerância à lactose
e) tranquilizar a mãe, explicar que o leite materno não é e) mãe portadora de hepatite B e sífilis congênita
fraco, tendo em vista o ganho de peso adequado, que
as evacuações são frequentes nas primeiras semanas  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
de vida, tendo em vista o reflexo gastrocólico, avaliar
e orientar quanto à técnica da amamentação e progra-
mar retorno ambulatorial SES-SC – 2007
204. Assinale a alternativa correta. O craneotabes é um si-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA nal precoce de:

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208
Puericultura | Questões para treinamento

a) pelagra FESP – 2007


b) beribéri 209. Ao se utilizar o índice de massa corpórea (IMC) para
c) escorbuto crianças, o ponto de corte para obesidade nas curvas
d) raquitismo de IMC para idade, segundo o sexo, é o percentil:
e) kwashiorkor a) 85
b) 90
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) 95
d) 120
HSPM – 2007  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
205. Em virtude de sua maior alergenicidade, é recomen-
dável que se adie para os 10 meses de idade a introdu-
ção, na alimentação do lactente, de: FESP – 2007
a) clara de ovo 210. Uma criança de nove meses está com déficit de peso
b) gema de ovo para a idade de 9%. Pela classificação de Gomez, ela
c) carne de vaca está:
d) suco de laranja a) normal
e) papa de cereais b) desnutrida de 1º grau
c) desnutrida de 2º grau
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) desnutrida de 3º grau

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


HSPM – 2007
206. Na prevenção medicamentosa do raquitismo caren-
cial, recomenda-se a utilização de doses diárias de FESP – 2007
vitamina D da ordem de: 211. Um lactente de 12 meses, alimentado apenas com leite
a) 50-100 UI de vaca, é levado ao posto de saúde por dores nas per-
b) 100-200 UI nas. Ao exame, está anêmico, com dor ao manuseio das
c) 400-800 UI extremidades e permanece na posição em “pernas de rã”
d) 800-1.000 UI quando colocado na mesa de exame. O diagnóstico é:
e) 4.000-8.000 UI a) escorbuto
b) raquitismo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA c) deficiência de vitamina A
d) deficiência de vitaminas do complexo B
HSPM – 2007  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
207. Considere as seguintes alterações clínicas, relaciona-
das com a desnutrição proteico-energética grave:
I. Hepatomegalia acentuada. IAMSPE – 2006
II. Atrofia muscular. 212. Quanto ao raquitismo, assinale a alternativa correta:
III. Edema de membros inferiores. a) a homeostase do cálcio é controlada pelo rim
IV. Ausência de gordura subcutânea. b) a homeostase do fosfato é regulada no intestino
c) o raquitismo por deficiência de vitamina D é causa-
Constituem características do marasmo, na criança: do basicamente por síndrome de má absorção
a) I e II d) o raquitismo por deficiência de vitamina D só ocor-
b) I e III re em crianças após os dois anos de idade
c) II e III e) o cálcio é normal ou baixo, o fósforo é baixo, e a fos-
d) II e IV fatase alcalina está elevada
e) I, II e III
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
IAMSPE – 2006
HSPM – 2007 213. Abaixo, estão os sinais e sintomas relacionados à defi-
208. O raquitismo carencial, na criança, caracteriza-se ciência de ácido ascórbico. Indique a alternativa cor-
por: reta:
a) hipocalcemia e hipofosfatúria a) neuropatia periférica
b) normocalcemia e hiperfosfatemia b) beribéri
c) hipercalcemia e níveis baixos de fosfatase alcalina c) sangramentos
d) hiperfosfatemia e hipocalciúria d) xeroftalmia
e) hipofosfatemia e níveis elevados de fosfatase alcalina e) pelagra

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


209
3 Tópicos de nutrologia

SES-SC – 2006 a) a oferta de água nos intervalos entre as mamadas é dis-


214. No aleitamento materno, as quantidades de nutrien- pensável nos casos de aleitamento materno exclusivo
tes do leite se alteram no transcorrer de uma mama- b) o leite materno é produzido no seio galactóforo e ar-
da. Com base na afirmativa acima, assinale a alterna- mazenado nos alvéolos mamários
tiva CORRETA: c) o leite materno existente no final da mamada apre-
a) o teor de gordura é maior no início da mamada senta menor teor de gorduras
b) o teor de gordura é maior no final da mamada d) o colostro apresenta menor teor proteico e de mine-
c) o teor de lactoalbumina é mais elevado no meio da rais que o leite humano maduro
mamada
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) o teor de lactose reduz-se progressivamente durante
a mamada
e) o teor de lactose aumenta progressivamente durante SUS-BA – 2006
a mamada 218. Paciente, 4 meses de vida, é levado à consulta de ro-
tina para receber orientação alimentar, uma vez que
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA vem usando, desde o 3º mês de vida, leite de vaca inte-
gral. A afirmação INCORRETA é:
SES-SC – 2006 a) o leite integral tem maior carga renal de solutos e
215. Com relação ao aleitamento materno, assinale a alter- menores concentrações de ácidos graxos essenciais
nativa CORRETA: b) na impossibilidade de modificar a dieta descrita,
a) a amamentação teve um declínio importante nas deve-se introduzir leite a 15%, acrescido de amido a
décadas de 1960 e 1970; no entanto, hoje, aproxima- 3%, sacarose a 5%, além de óleo de milho ou de soja
damente 80% das mães conseguem amamentar seus c) o ganho ponderal esperado de 1 a 3 meses é de 20 a
filhos exclusivamente até o quarto mês de vida 30 g/dia, e o de 3 a 6 meses é de 15 a 25 g/dia
b) vários mecanismos estão envolvidos na fisiologia da d) no 1º ano de vida, a criança triplica de peso e au-
menta 50% do seu comprimento
amamentação; entre eles, a produção de ocitocina,
e) o leite materno contém cerca de 0,3 mg/L a 0,7 mg/L
produzida pela hipófise, que é a responsável direta
de ferro, com elevada biodisponibilidade, o que as-
pela produção do leite
segura a normalização do ferro, mesmo no pré-ter-
c) o colostro é um importante alimento para o recém-
mo, quando alimentado exclusivamente ao seio
-nascido e tem aspectos diferentes em relação ao lei-
te maduro; entre eles estão seu alto teor de IgA e a  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
alta concentração de gordura
d) no leite materno, a relação entre proteínas do soro
(lactoalbumina, lactoferrina e albumina) e caseína UNIFESP – 2005
fica na proporção de aproximadamente 1:2,5 respec- 219. Lactente com 9 meses de idade apresenta relação peso
tivamente, o que confere ao leite materno a forma- para idade (P/I) de 65%, peso para estatura (P/E) de
ção de pequenos coágulos e boa digestibilidade 80% e estatura para idade (E/I) de 91%. Quanto ao es-
e) entre as dificuldades no período de lactação está o tado nutricional, esse lactente deve ser considerado:
surgimento da mastite puerperal, que se caracteri- a) eutrófico
za por um processo inflamatório/infeccioso, cujos b) desnutrido atual
principais causadores são o Staphylococcus aureus e c) desnutrido crônico
E. coli d) desnutrido pregresso
e) obeso
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SES-SC – 2006
SES-DF – 2005
216. Assinale a alternativa correta. O leite de vaca, em rela-
220. Criança de 25 meses apresenta edema generaliza-
ção ao leite humano, contém:
do há 5 dias e aumento de peso, sem qualquer outra
a) menor quantidade de sais minerais
queixa. Pai desempregado há 7 meses, mãe é do lar
b) igual quantidade de proteínas
e cuida de 6 filhos. Ao exame físico: Peso = 13,5 kg.
c) menor quantidade de lactose
Palidez cutâneo-mucosa +++/4+. Fígado 4 cm abaixo
d) menor quantidade de gordura
do rebordo costal direito e a 6 cm do apêndice xifoide,
e) menor quantidade de proteínas
de consistência normal. Manchas hipercrômicas nos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA membros e nas nádegas. Há locais com hipocromia.
Hematócrito = 22% e hemoglobina 7,3 g/dL. Qual (is)
o(s) mais provável(eis) diagnóstico(s)?
UFPE – 2006 a) kwashiorkor
217. Em relação à amamentação e ao leite humano, assina- b) hepatopatia crônica + anemia carencial
le a alternativa CORRETA: c) síndrome nefrótica + pelagra

SJT Residência Médica – 2016


210
Puericultura | Questões para treinamento

d) kwashiorkor + anemia carencial c) eutrofia/tranquilizar os pais a respeito da normali-


e) pelagra + anemia carencial dade da situação. Estímulo ao aleitamento materno
exclusivo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) baixo ganho ponderal por inadequada técnica de
aleitamento/orientação correta da amamentação e
FESP – 2005 estímulo ao aleitamento materno exclusivo
221. Um lactente é levado ao ambulatório com queixa de e) baixo ganho ponderal a esclarecer/solicitação de
“estar muito irritado, sem apetite e com queda dos urina 1, hemograma completo e radiografia contras-
cabelos”. Ao exame clínico, apresenta prurido, desca- tada de esôfago, estômago e duodeno
mação palmoplantar, lesões seborreicas, fissuras nos
ângulos da boca, ausência de ganho ponderal, limita-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
ção de movimentos, tumefação óssea dolorosa e he-
patomegalia. Os exames complementares confirmam
UNICAMP – 2004
hipertensão intracraniana e hiperostose cortical da
224. Lactente, um ano. A mãe refere que a criança “não
ulna e tíbia, sem alterações metafisárias à radiologia
de membros. Com base nesses dados, a disvitaminose come nada. Acorda às 8 horas e toma 250 mL de lei-
mais provável é: te de vaca integral com maisena. Durante a manhã,
a) deficiência de C tem o hábito de comer bolachas e salgadinhos com o
b) excesso de D irmão mais velho. No almoço, não aceita mais os le-
c) deficiência de B1 gumes com carne batidos no liquidificador que comia
d) excesso de A desde os 6 meses. Não aceita arroz, feijão, salada e car-
ne. Por este motivo, toma outra mamadeira. Durante
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a tarde, come mais bolachas ou, às vezes, uma fruta,
e toma nova mamadeira. No jantar, come no máximo
Servidor Estadual-SP – 2005 2 colheres de sobremesa da comida da casa. Antes de
222. Referindo-se aos cuidados com a criança nos dois pri- dormir, toma nova mamadeira. Por volta das 2 horas
meiros anos de vida, a alternativa correta é: da madruga, acorda e toma mais meia mamadeira.
a) para a alimentação no primeiro ano de vida, é ade- Assinale a alternativa incorreta:
quado utilizar, além do leite materno, leite integral a) esta alimentação é deficiente em ferro e pode levar a
em pó, leites modificados e leite de vaca fluido uma anemia microcítica e hipocrômica
b) nos dois primeiros anos de vida, o crescimento da b) esta alimentação é deficiente em fibras e pode levar a
criança depende essencialmente dos fatores ambien- um quadro de obstipação intestinal
tal e nutricional c) desde a introdução da alimentação complementar,
c) o melhor método para avaliar o crescimento de uma os alimentos devem ser amassados e não liquidifica-
criança é comparar sua estatura com a dos pais e ir- dos
mãos d) com um ano de vida, a criança já deve receber a co-
d) o leite materno oferece todas as necessidades nutri- mida da casa, com exceção de gema de ovo, frutos
cionais, exceto vitaminas D, C e ferro
do mar e carne suína
e) a criança deve receber a primeira imunização contra
e) esta alimentação oferece condições propícias para o
hepatite A e B ao nascimento, e BCG-id no primeiro
desenvolvimento de cáries dentárias
mês de vida
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UNICAMP – 2004 FESP – 2004


223. RN, 26 dias, chora muito e “mama o tempo todo”. Des- 225. Adolescente puérpera de 2 dias relata, durante a visita
de o nascimento, prefere sugar na mama direita, que médica ao pediatra, que “seu leite é fraco, amarelo e
sempre está mais cheia e, por este motivo, costuma ser esquisito”. Durante as orientações necessárias, o pe-
oferecida primeiro. Na maior parte das vezes, a criança diatra explica as vantagens desse leite, denominado
adormece sem tê-la esvaziado completamente e acorda colostro, e as diferenças em relação ao leite materno
no máximo uma hora depois, chorando novamente. Ga- maduro. Dentre essas características químicas dife-
nho ponderal de 18 g/dia. Em relação ao DIAGNÓSTI- rentes, o colostro apresenta:
CO e à CONDUTA, assinale a alternativa CORRETA: a) mais sais minerais, mais carboidratos e menos lipídios
a) baixo ganho ponderal secundário à hipogalactia/ b) mais proteínas, menos lipídios e menos carboidratos
complementaçãodas mamadas com fórmula de lei- c) menos proteínas, menos carboidratos e mais sais
te de vaca modificado até recuperação do ganho de minerais
peso d) menos sais minerais, mais lipídios e mais proteínas
b) esofagite de refluxo/prescrição de bromoprida e ra-
nitidina, além de medidas posturais  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


211
3 Tópicos de nutrologia

USP – 2004 d) a introdução de outros alimentos além do leite ma-


226. Criança de 6 meses de idade é trazida ao Centro de terno só deverá ser iniciada após erupção dos pri-
Saúde para consulta de puericultura, recebendo lei- meiros dentes
te materno e necessitando por mamada de 150 mL e) a introdução de outros alimentos só deverá ser ini-
de complemento preparado do seguinte modo: para ciada quando a criança sustentar a cabeça, o que
cada 100 mL de água 2 medidas de 5 gramas de leite ocorre entre o 2º e o 3º mês
em pó e 3 colheres de chá (2,5 gramas) de amido de
milho. Não está recebendo qualquer outro alimento.  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Qual deve ser a orientação alimentar?
a) corrigir a concentração do leite em pó para 15%; do UNESP – 2002
hidrato de carbono para 5%; introduzir a 1ª sopa e 230. Sabe-se que a composição do leite materno se altera
sucos de frutas no transcorrer de cada mamada, no evoluir da ama-
b) suspender o complemento alimentar para estimular mentação e de acordo com o tempo de cada gestação
a produção do leite materno, introduzir a 1ª sopa e em que se deu o parto. Assim, a composição do leite
sucos de frutas da mãe de um recém-nascido prematuro:
c) corrigir a concentração de leite em pó para 10% e do a) é mais rico em proteína e IgA
hidrato de carbono para 30% b) é mais rico em IgM
d) corrigir o leite em pó para 15%, introduzir a 1ª sopa, c) tem baixo teor de glicose
chá nos intervalos d) tem alto teor de gordura
e) suspender o complemento alimentar para estimular e) tem uma relação Ca:P de 6:5
o aleitamento materno, iniciar sucos de frutas
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UFG – 2003
USP – 2002 231. Você é chamado para examinar um recém-nascido a
227. Os suplementos vitamínicos e minerálicos na adoles- termo, que está no alojamento conjunto, com 48 horas
cência devem ser oferecidos somente: de vida, mamando exclusivamente pela mama. A mãe
a) na fase de aceleração de crescimento se queixa de ter pouco leite e relata que seu filho é “pre-
b) na fase de desaceleração de crescimento guiçoso para mamar”. O exame físico é normal, embo-
c) antes da menarca ra o neonato esteja ictérico ++/4 e tenha perdido 8% do
d) em situações especiais, como distúrbios alimentares peso de nascimento. Sua conduta diante deste caso é:
e) antes da espermarca a) manter o aleitamento materno exclusivo e pesar o
recém-nascido antes e após cada mamada
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) manter o aleitamento materno exclusivo e orientar a
mãe a amamentar mais frequentemente
c) manter o aleitamento materno e introduzir soro gli-
UNIFESP – 2002
cosado a 5% no intervalo das mamadas
228. Na desnutrição, as classificações de Gomez e Water-
d) manter o aleitamento materno e introduzir comple-
low permitem respectivamente:
mento de leite artificial
a) detecção precoce da obesidade e inferência do meta-
e) manter o aleitamento e introduzir complemento de
bolismo
leite humano
b) realização de gráfico de crescimento e cálculo do es-
core Z  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) diagnóstico do nanismo nutricional e estimativa
qualitativa da gordura corporal
d) inferência do índice de massa corporal e avaliação USP – 2002
do gasto energético 232. Quanto ao leite materno, pode-se afirmar que:
e) prognóstico de morbimortalidade e estabelecimento a) a proteção anti-infecciosa conferida à criança se re-
de prioridades de intervenção fere apenas à doença diarreica viral
b) a manutenção do aleitamento exclusivo até quatro
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA meses é desejável, pois a partir dessa idade as crian-
ças necessitam de alimentação rica em ferro
c) a proteção anti-infecciosa do aleitamento materno
UNIFESP – 2002 é decorrente da presença de IgA secretora e vários
229. Assinale a alternativa correta: fatores inespecíficos, como lisozima, fatores de ma-
a) a introdução de alimentos no desmame não deverá ocor- turação para o epitélio intestinal e lactoferrina
rer antes do 1º ano de vida, se o aleitamento for misto d) crianças com baixo peso devem receber leite de vaca
b) a introdução de alimentos no desmame deverá ser como complemento até atingir o peso ideal para a idade
iniciada quando o reflexo de extrusão desaparecer, o e) o aleitamento materno não deve ser exclusivo até
que ocorre entre o 4º e o 6º mês de vida seis meses, pois a criança necessita de frutas para su-
c) a introdução de alimentos no desmame não deverá plementar sua necessidade de vitaminas
ocorrer antes dos 2 anos de idade, se o aleitamento
materno for exclusivo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


212
Puericultura | Questões para treinamento

UNICAMP – 2002 IPSEMG – 2002


233. RN de 20 dias é trazido para consulta de puericultura. 237. Em relação ao tratamento da obesidade na infância e
A criança nasceu a termo, com peso adequado para a na adolescência, é CORRETO afirmar que:
idade gestacional. A mãe refere que há 5 dias introduziu a) a reeducação alimentar é a medida mais importante,
uma mamadeira de leite de vaca integral, pois a criança e, no primeiro momento, o essencial é corrigir as dis-
chorava muito. O exame físico não demonstrava anor- torções alimentares observadas e ensinar a identificar
malidades, e o ganho ponderal em relação ao peso de os alimentos mais e menos calóricos, aumentando o
alta hospitalar foi de 15 g/dia. Além do controle de peso consumo destes e reduzindo a ingestão daqueles
em uma semana, a conduta alimentar deve ser: b) o efeito das atividades físicas sobre o ganho de peso é
a) aumentar o número de mamadeiras com leite de bem mais intenso que o efeito da restrição alimentar
vaca, diluindo-o ao ½ e adicionando 5% de sacarose c) as causas endocrinológicas são muito frequentes e pre-
b) introduzir mais uma mamadeira com leite de vaca a
cisam ser pesquisadas extensivamente antes de subme-
2/3 com 5% de sacarose e 5% de amido
ter a criança desnecessariamente a uma dieta restritiva
c) incentivar o aleitamento materno e retirar a mama-
d) o uso do índice de massa corporal (peso em kg di-
deira de leite de vaca
d) incentivar o aleitamento materno e manter tempo- vidido pelo quadrado da altura em metros), muito
rariamente a mamadeira de leite de vaca usado em adultos, é de pouca utilidade na criança,
e) incentivar a manutenção do aleitamento misto com sendo preferível usar as curvas de percentil de peso
leite de vaca integral e altura e as pregas cutâneas para o diagnóstico de
obesidade
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UFG – 2003
234. Em relação ao leite materno, é correto afirmar que: IAMSPE – 2001
a) todas as vitaminas são encontradas em boas quanti- 238. Com relação ao raquitismo na infância, é INCORRE-
dades TA a afirmação:
b) a maior digestão se deve à grande concentração a) os níveis elevados da fosfatase alcalina correlacio-
de caseína nam-se com a intensidade do raquitismo
c) o conteúdo de ferro é baixo, mas é bem absorvido b) os níveis de cálcio e fósforo são sempre muito bai-
d) a concentração de lactose é menor do que a do leite xos, ocorrendo tetania com frequência
de vaca c) irritação, insônia e sudorese do segmento cefálico
são sintomas associados
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) alterações vertebrais, pélvicas e de membros inferio-
res são responsáveis pelo nanismo raquítico
UFRJ – 2002 e) as alterações ósseas são agravadas pela hipotonia
235. A suplementação de ferro num lactente deve estar in- muscular e frouxidão de ligamentos, acentuando-se
dicada na seguinte situação: as deformidades
a) criança com 4 meses de vida em aleitamento exclusivo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) prematuro de 36 semanas de idade gestacional ama-
mentado ao seio
c) criança com 5 meses de vida em aleitamento misto e IAMSPE – 2001
recebendo dieta de sal 239. Um lactente com diagnóstico de desnutrição grave
d) lactente filho de mãe com anemia falciforme inde- apresenta-se apático, edemaciado, hipotérmico, com
pendente do leite oferecido fígado aumentado de volume, cabelo seco e quebradi-
e) bebê com refluxo gastroesofágico e baixo ganho pon- ço. A pele é seca, com lesões discrômicas e queratóti-
deral, recebendo leite materno exclusivo
cas. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) o quadro apresentado é compatível com kwashiorkor
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) as lesões de pele são compatíveis com déficit de vita-
mina A
UFRJ – 2002 c) provavelmente há esteatose hepática
236. Acerca do leite materno, é incorreto afirmar: d) o edema associado a hepatomegalia sugere a presen-
a) comparado ao leite maduro, o colostro apresenta maior ça de ICC
concentração de proteínas, minerais e imunoglobulinas e) a carência proteica é a principal causa deste quadro
b) o conteúdo de gordura é maior no final da mamada do
que no início e diminui à medida que avança o dia  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) no leite de transição ocorre um aumento de lipídios
e lactose em relação ao colostro
d) o maior componente proteico do leite materno é a IAMSPE – 2001
lactoalbumina 240. Um lactente no sexto mês de vida apresenta, à pal-
e) a mastite não contraindica a amamentação pação do crânio, zonas pouco consistentes na região
occipital, como se fossem de celuloide, de tamanho
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA variado. Podemos suspeitar de:

SJT Residência Médica – 2016


213
3 Tópicos de nutrologia

a) maltrato ou abuso infantil a) sífilis congênita


b) acondroplasia b) osteomielite
c) osteogênese imperfecta c) raquitismo
d) raquitismo d) escorbuto
e) condromalácia e) osteomielite + septicemia

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

Provão MEC – 2001 Provão MEC – 2000


241. Uma menina com 1 ano e 2 meses é encaminhada por 243. Um lactente de 7 meses tem sido alimentado, predo-
um agente comunitário de saúde para um médico do minantemente, com leite de cabra. Um controle labo-
programa de saúde da família, por apresentar “pro- ratorial mostra: hemoglobina sérica de 7,5 g/dL, VCM
blemas nos ossos do peito”. Ao exame, o médico ob- de 100, leucócitos 4.200/mm³ e contagem de reticuló-
serva a presença de alargamento das junções condro- citos de 0,2%. O tratamento inicial dessa criança deve
costais, das epífises dos pulsos e craniotabes. A mãe incluir a suplementação dietética com:
refere que a criança não anda e fica grande parte do a) ferro
dia em seu berço, no interior da casa. O médico soli- b) ácido ascórbico
cita a dosagem de cálcio e fósforo, ambos diminuídos. c) ácido fólico
Os níveis de fosfatase alcalina e de paratormônio e o d) piridoxina
e) vitamina B12
tratamento desta criança devem ser, respectivamente:
a) elevado, diminuído, vitamina D  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) elevado, diminuído, cálcio
c) diminuído, diminuído, cálcio
d) diminuído, elevado, vitamina D Provão MEC – 2000
e) elevado, elevado, vitamina D 244. Mulher, com sorologia para HIV positiva, dá à luz um
menino com 3.000 g. A sorologia para HIV do RN, pelo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA Elisa, revela-se positiva. A amamentação desta criança
deve ser:
a) incentivada, uma vez que o risco de aquisição da doen-
IAMSPE – 2000 ça pelo aleitamento materno é baixo
242. Um lactente de seis meses é atendido em um posto de b) incentivada, uma vez que a sorologia do RN é positiva
saúde. Está com desnutrição de II grau e apresenta dor c) substituída por aleitamento artificial, uma vez que o risco
ao manuseio de membros inferiores. As extremidades de aquisição da doença por meio do aleitamento é elevado
estão edemaciadas (edema duro e tenso), dolorosas à d) incentivada, apenas se a mãe e o RN submeterem-se
palpação, apresenta petéquias e equimoses no tórax e a tratamento com drogas antirretrovirais
membros. As gengivas estão edemaciadas e sanguino- e) substituída por aleitamento artificial, apenas se hou-
lentas. O hemograma revela anemia microcítica e hipo- ver sangramento pelo mamilo
crômica. O raio X dos membros revela rarefação óssea e
hemorragia subperiostal. Esse quadro é sugestivo de:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

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Gabarito comentado
4 Tópicos de nutrologia

1. Os critérios de normalidade, em geral, correspondem aos 6. Não se posterga mais a introdução do ovo. Ele pode ser
intervalos entre z = -2 e z = +2, que englobam cerca de 95% administrado para criança já após o sétimo ou oitavo mês. As
da população. Na classificação do índice de massa corporal, demais alternativas estão corretíssimas em suas afirmações.
entretanto, há um detalhe que deve ser lembrado; nas Resposta c.
situações entre z = +1 até z = +2, a identificação do excesso já
deve ser realizada; nos menores de cinco anos, a condição é 7. Magreza configura-se com escore z < -2. Escore z > + 2
atualmente chamada de risco de sobrepeso e, nos maiores, de para peso identifica a condição peso elevado para idade.
sobrepeso. As demais informações sobre o desenvolvimento Escore z < -3 configura peso muito baixo para idade. Escore
estão corretas. Resposta a. z > +1 até +2 configura risco de sobrepeso nos menores d e5
anos; nos maiores, identifica o sobrepeso. Resposta a.
2. Na criança acima de 5 anos, o IMC entre o percentil 85 e
95, classifica o indivíduo como sobrepeso (z = +1 até z = +2). 8. A classificação do IMC para esse menino identifica a
Somente essa informação já identifica a resposta correta da situação de obesidade, que é a explicação mais plausível
questão. Quanto à puberdade, nada a se preocupar. A média (erro alimentar e sedentarismo) para as alterações lipídicas
de entrada na puberdade das meninas costuma ser entre 9 e observadas (CT > 170 mg/dL, HDL < 45 mg/dL e TG > 90 mg/
dL). A primeira intervenção deve ser a dietética. Resposta d.
10 anos. Resposta d.
9. Das proteínas do leite materno (que estão em menor
3. Uma questão interessante sobre técnica de antropometria,
número em relação ao leite de vaca) chama a atenção do
especificamente sobre a medida da cintura abdominal.
predomínio das proteínas não coaguláveis, em especial da
Nas tabelas utilizadas em Pediatria, a medida da cintura é
alfalactoalbumina. No leite de vaca predomina a caseína e,
realizada no ponto médio entre a última costela e a crista
dentre as não coaguláveis, a betalactoglubulina). Resposta d.
ilíaca. Isso é uma padronização. Questão difícil, pois o aluno
deveria saber, inclusive, a posição dos pés do paciente (que 10. A questão aponta sinais crônicos de intoxicação pela
não devem estar juntos). Resposta a. vitamina A lipossolúvel. Embora também possa evoluir
com cefaleia, esta apresentação é mais comum em quadros
4. A prolactina é responsável pela produção láctea e a agudos (síndrome do pseudo tumor cerebral). Cuidados com
ocitocina responsável pela ejeção. Resposta a. suplementação vitamínica sem controle! Resposta e.

5. Alimentação complementar é aquela introduzida após 11. Uma questão sobre a técnica de amamentação:
os seis meses, “complementando” o leite materno (que preferencialmente o bebê deve ficar à vontade, com roupas
deve ser estimulado a permanecer). O termo substituiu a frouxas e não enrolado em cobertas ou “rolinhos”. As demais
expressão “alimentação do desmame” para não confundir a alternativas estão corretas. Resposta d.
mãe sobre a parada da amamentação. Aleitamento materno
predominante admite apenas derivados com água (água, chá 12. A capacidade de sucção aparece após a trigésima quarta
e suco) com o aleitamento materno. Resposta b. semana; portanto, essa criança, pode sugar no peito materno.
Resposta e.
215
4 Tópicos de nutrologia

13. Em relação à vitamina D, o leite materno contém cerca de 19. As recomendações mais atuais preconizam conservação
25 UI por litro, dependendo do status materno desta vitamina. do leite materno ordenhado cru por 12h sob refrigeração (é
A necessidade diária da criança no primeiro ano de vida é de importante lembrar que a localização correta do frasco na
400 UI de vitamina D. O Departamento de Nutrologia da SBP geladeira deve ser próximo ao fundo e não na porta, local
(terceira edição do manual de nutrologia – 2012) preconizava que não garante uma temperatura constante). Já para um
que não havia necessidade de suplementação de vitamina D armazenamento mais prolongado, os frascos podem ser
nas seguintes condições: 1. Lactentes em aleitamento materno colocados no freezer, onde poderão ficar armazenados por
com exposição regular ao sol. 2. Lactentes que recebem ao até 15 dias. Resposta b.
menos 500 mL/dia de fórmula infantil. Nas demais situações,
recomendava-se a suplementação de 400 UI/dia de vitamina 20. O leite materno, assim como o leite de vaca, é pobre em
D até os 18 meses. Em documento científico lançado em vitamina D e a exposição solar deve ser estimulada. Crianças
outubro de 2014, o Departamento de Nutrologia recomenda, com maior grau de pigmentação da pele possuem maior
para RN termo, a suplementação medicamentosa profilática risco para hipovitaminose D. Comumente, no raquitismo,
de 400 UI de vitamina D/dia, a partir da primeira semana de pelo estímulo do hormônio da paratireoide, a cálcio sérico
vida até os 12 meses, e de 600 UI/dia dos 12 aos 24 meses, costuma estar normal. No raquitismo, há diminuição do
inclusive para lactentes em aleitamento materno exclusivo, fósforo sérico e aumento da fosfatase alcalina. Resposta e.
independentemente da região do país. Por ausência de
consenso na literatura em relação à exposição solar segura 21. Os retrovírus, HIV e HTLV 1 e 2 são contraindicações
e necessária para se atingir concentrações séricas adequadas formais ao aleitamento materno. Resposta b.
de vitamina D em lactentes, suplementação medicamentosa
profilática é sempre recomendada. O gabarito fornecido pela 22. Essa é a dose profilática da vitamina D em lactentes
instituição, portanto, está desatualizado, com realização às menores de um ano de idade. Em documento científico
recomendações atuais. Resposta b. lançado em outubro de 2014, o Departamento de Nutrologia
recomenda, para RN termo, a suplementação medicamentosa
14. A descrição clínica é compatível com o raquitismo. Os profilática de 400 UI de vitamina D/dia, a partir da primeira
valores laboratoriais de calcemia normal, fósforo sérico baixo
semana de vida até os 12 meses, e de 600 UI/dia dos 12 aos
(normal entre 3,8 a 6) e fosfatase alcalina elevada (> 350)
24 meses, inclusive para lactentes em aleitamento materno
confirmam o diagnóstico provável de raquitismo carencial.
exclusivo, independentemente da região do país. Resposta d.
Resposta a.
23. Questão fácil, onde as alternativas incorretas exibem
15. Nas formas aguda e crônica da doença de Chagas,
informações claramente erradas e com atitudes obesogênicas.
estudos mostram que o Trypanosoma cruzi pode ser isolado
Resposta c.
no leite materno. Embora possam aparecer sequelas tardias,
a doença aguda no lactente tende a evoluir de forma benigna.
24. Recém-nascidos (RN) de termo, após o sexto mês de vida
Esse fato, juntamente com a raridade da transmissão da
que recebem, pelo menos 500 mmL de fórmula enriquecida
doença, justifica a manutenção do aleitamento materno em
mulheres com a forma crônica da doença, exceto se houver com ferro não necessitam profilaxia medicamentosa.
sangramento e fissura no mamilo. Nos casos de doença RN prematuros com menos de 1500 g devem receber,
aguda, a nutriz não deve amamentar. Resposta e. profilaticamente, a partir dos 30 dias de vida 3 mg/kg/dia de
ferro no primeiro ano de vida. A utilização de carne vermelha
16. O leite da mãe do RN prematuro tem maior quantidade de deve ser estimulada, mas não impede a utilização do ferro
proteínas, imunoglobulinas e gordura, em relação ao do RN medicamentosos profilático. O leite de vaca não deve ser
de termo. O leite de mães desnutridas (leves e moderadas) administrado até os 12 meses de vida. Resposta a.
tem concentração da maioria dos nutrientes iguais às não
desnutridas. A ocitocina é o hormônio produzido pela 25. Trata-se de um caso clássico de um adolescente obeso
neuro-hipófise e que faz contração das células mioepiteliais com fenótipo de resistência à insulina: cintura abdominal
dos canalículos, favorecendo a ejeção. Em tese, o aleitamento elevada e acantosis nigricans (dermatose microverrucosa
de gemelares pode ser realizado sem complementação; na hiperpigmentada em região de dobras, particularmente no
prática. Resposta b. pescoço, axilas e região inguinal). Resposta b.

17. A alimentação complementar inicia-se com alimentos 26. O citomegalovírus (CMV) pode ser excretado de forma
espessos desde o início, ou seja, preferem-se purês ou papas intermitente na saliva, urina, trato genital e leite humano
ao invés de sopas. Atualmente não se recomenda o uso de por vários anos após a primoinfecção e na ocorrência de
peneiras e muito menos do liquidificador; jamais liquefaça a reativação de suas formas latentes. A infecção do lactente ou
papa salgada de uma criança. Resposta d. do feto pode ocorrer a partir de mães com infecções na forma
primária ou na reativação e ocorre com mais frequência
18. Obviamente não se indica espessamento nem adição de durante a passagem pelo canal do parto ou no período
açúcares em mamadeiras de crianças pequenas. O aleitamento pós-natal. Porém, devido à passagem de anticorpos por via
materno é uma das poucas intervenções comprovadas com placentária, a doença não é comum em RN. Na infecção pós-
repercussão na diminuição de sobrepeso/obesidade futuras. natal, a relação com amamentação é evidente. Entretanto,
Resposta c. infecções sintomáticas ou sequelas tardias não têm sido

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216
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observadas nos bebês, provavelmente devido à passagem quentes e, para possibilitar uma melhor visão global de todo
de anticorpos maternos específicos que os protegem contra o tratamento, são divididos em três fases:
a doença sistêmica. Parece ser preferível a contaminação Fase 1 (inicial ou estabilização) que compreende as ações
precoce da criança amamentada, pois, se ocorrer em descritas nos passos 1 a 7 e objetiva:
período mais tardio da vida, o risco de doença sintomática
é maior. Esses dados justificam a não contraindicação da €€ Tratar os problemas que ocasionem risco de morte;
amamentação. Resposta a. €€ Corrigir as deficiências nutricionais específicas;
€€ Reverter as anormalidades metabólicas; e
27. A recomendação para a criança após iniciar-se o desmame
(aos 6 meses), se não receber pelo menos 500ml de fórmula €€ Iniciar a alimentação.
infantil enriquecida com ferro, é que se inicie profilaxia Fase 2 (reabilitação) que englobam as ações estão descritas
medicamentosa com 1mg/kg/dia de ferro elementar. nos passos 8 e 9 e objetiva:
Resposta c.
€€ Dar a alimentação intensiva para assegurar o crescimento
rápido visando recuperar grande parte do peso perdido,
28. O reflexo da sucção é um reflexo primitivo, nasce com a ainda quando a criança estiver hospitalizada;
criança e não depende de nenhum evento exógeno a sua esti-
mulação. Portanto, a alternativa “a” está incorreta. É verdade €€ Fazer estimulação emocional e física;
que um dos reflexos da lactação, o da ejeção, dependente do €€ Orientar a mãe ou pessoa que cuida da criança para con-
hormônio ocitocina, é estimulado durante a amamentação; tinuar os cuidados em casa e,
entretanto, a contrário do que está contido na alternativa “b”, €€ Realizar a preparação para a alta da criança, incluindo o
essa substância estimula a contração e acelera a involução
diagnóstico e o sumário do tratamento para seguimento
uterina, prevenindo também alguns quadros de sangramen-
e marcação de consulta, na contra-referência da alta hos-
to. Na alternativa “c”, observa-se o clássico erro de se consi-
pitalar.
derar o aleitamento materno exclusivo por um período me-
nor que seis meses (duração recomendada pela Organização Fase 3 (acompanhamento) que objetiva, após a alta, encami-
Mundial de Saúde e por quase todas as Associações Científi- nhar para acompanhamento ambulatorial/centro de recupe-
cas de Pediatria do mundo. Resposta d. raçãonutricional/atenção básica/comunidade/família para
prevenir a recaída e assegurar a continuidade do tratamento.
Das situações que ocosionem risco de morte, na fase 1, a hi-
29. O erro da alternativa “b” consiste na indicação de manu-
poglicemia, a hipotermia e os distúrbios eletrolíticos (inicial-
tenção do aleitamento materno, se possível, até os dois anos
mente a temida desidratação) são os aspectos primordiais a
de idade. Na alternativa “c”, não permite-se água no aleita-
serem avaliados e tratados. Resposta c.
mento materno exclusivo: o leite humano é capaz de suprir
as necessidades hídricas do bebê. Recomenda-se que os ali-
mentos sejam oferecidos separadamente, para que a criança 32. Embora o enunciado da questão esteja simplista e mal
identifique os vários sabores e, desta forma, aceite-os. A ex- redigido (confiável em que sentido ?), a circunferência ab-
posição frequente a um determinado alimento facilita a sua dominal é a única medida dentre as citadas não utilizada
aceitação. Em média, são necessárias de 8 a 10 exposições para a classificação nutricional do bebê, embora em crianças
ao alimento para que ele seja aceito pela criança. Resposta a. maiores, adolescentes e adultos relaciona-se muito bem com
resistência insulina e risco cardiovascular (com implicações
nutricionais, portanto) Resposta d.
30. O grande marcador da desnutrição tipo kwashiorkor é a
hipoproteinemia que se expressa clinicamente com o edema.
O quadro também é rico em lesões de pele e fâneros (secun- 33. O esvaziamento mamário propicia o leite posterior (final
dários às disvitaminoses acompanhantes) e cursa com he- da mamada), mais nutritivo e rico em gorduras, o que torna a
patomegalia (esteatose hepática). O emagrecimento intenso informação II incorreta. As demais assertivas estão corretas.
com perda de tecido gorduroso e muscular é achado do qua- Resposta b.
dor de desnutrição tipo marasmo. Resposta a.

34. Na alternativa (a) são apresentadas as contraindicações


31. O Manual de Atendimento da Criança com Desnutrição clássicas á amamentação. Nas mães com hepatite B deve-se
Grave em Nível Hospitalar, publicado pelo Ministério da orientar amamentação, desde que sejam aplicadas na criança
Saúde, em 2005, é um documento que sistematiza as ações a imunoglobulina e a vacinação. Quanto à hepatite C pode-se
de atendimento à criança com desnutrição grave, utilizando vacinar, com alguns autores contraindicando caso haja fissu-
metodologia recomendada pela Organização Mundial da ras sangrantes em mamilo. Herpes simples e zoster podem
Saúde e apoiada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, de amamentar desde que não hajam leões na mamas. Resposta a.
comprovada eficácia técnico-científica e adaptada à realida-
de do de nosso país. Para facilitar a visualização das várias
tarefas que compõem o tratamento, estas encontram-se or- 35. As fissuras mamilares importantes podem causar vômi-
ganizadas em um conjunto de orientações denominado “10 tos borráceos ou com raias de sangue nos primeiros dias de
Passos para Recuperação Nutricional da Criança com Des- vida do RN; o efeito gástrico irritativo do sangue pode indu-
nutrição Grave”. Estes passos não são necessariamente subse- zir vômitos. A doença hemorrágica do recém-nascido, cau-

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4 Tópicos de nutrologia

sada pela deficiência de vitamina K, na sua forma clássica, é colonização do trato gastrointestinal com uma flora saprófi-
bastante conhecida dos pediatras e a sua importância clínica ta, que passa a competir com a flora patogênica da unidade.
deixou de ser uma preocupação em virtude do uso de vitami- Em tese, pode-se utilizar a colostroterapia mesmo quando o
na K após o nascimento como uma forma efetiva de prevenir bebê permanece em jejum, sobretudo nas primeiras 24h de
a doença. Resposta e. vida. Algumas equipes de neonatologia desenvolvem proto-
colos em que se propõe um conjunto de ações: a higiene oral
feita com colostro; a lavagem gástrica feita com colostro e a
36. De acordo com a recomendação da Sociedade Brasileira administração orofaríngea de gotas colostrais. Para o sucesso
de Pediatria, o lactente, após o desmame (geralmente aos 6 da prática é vital praticar o cuidado canguru precocemente e
meses), deve iniciar profilaxia da anemia carencial com 1mg/ ter norma escrita na unidade, orientando a adequada utili-
kg/dia de ferro elementar, a não ser que seja desmamado com zação do colostro no ambiente de terapia intensiva neonatal.
fórmula infantis enriquecidas com ferro, o que não ocorrerá Resposta c.
com esse bebê que manterá o aleitamento materno com ali-
mentação complementar. Resposta c.
42. Embora o padrão de referência seja de 2007 (e não de
2006 !!) para crianças acima de 5 anos e adolescentes, o IMC
37. As fissuras mamilares (causa mais frequente) importan- entre os escore-Z -2 a -3, classifica o indicíduo como “magro”.
tes podem causar vômitos borráceos ou com raias de sangue A magreza acentuada corresponde ao IMC abaixo do escore-
nos primeiros dias de vida do RN; o efeito gástrico irritati- -Z -3. Resposta d.
vo do sangue pode induzir vômitos. A doença hemorrágica
do recém-nascido, causada pela deficiência de vitamina K,
na sua forma clássica, é bastante conhecida dos pediatras e a 43. Recém-nascidos a termo, de peso adequado, em aleitamen-
sua importância clínica deixou de ser uma preocupação em to materno, devem receber 1 mg/kg/dia de ferro elementar do
virtude do uso de vitamina K após o nascimento como uma sexto mês (ou desmame) até o 24º mês de vida: essa é a re-
forma efetiva de prevenir a doença. Resposta c. comendação da Sociedade Brasileira de Pediatria. Resposta b.

38. Crianças prematuras, a partir do trigésimo dia, iniciam 44. Questão muito mal redigida; hoje, com todas evidên-
profilaxia da ferropenia com 2mg/kg/dia, no primeiro ano cias que temos, além da ferropenia (resposta “gabarito” da
de vida, para pacientes com peso de nascimento entre 1,5 e questão) pela péssima biodisponibilidade do ferro no leite de
2,5 kg, 3mg/kg/dia para lactentes entre 1 e 1,5kg e 4 mg/kg/ vaca, a estimulação de hipersensibilidade (alergia à proteína
dia para lactentes com peso de nascimento menor de 1 kg. A do leite de vaca, com todas suas consequências negativas para
dose do segundo ano de vida é de 1mg/kg/dia. Resposta c. a criança, os riscos infecciosos do preparo e limpeza inade-
quados da mamadeira e o risco de obesidade/sobrepeso do
desmame precoce são morbidades conhecidas, entre outras
39. A definição de obesidade na infância compreende o valor da exposição precoce ao leite de vaca. Essa questão poderia
de índice de massa corporal maior que escore-Z +2 (maior ser anulada. Resposta e.
que o percentil 97,5). Valores de IMC entre o escore-Z +1 e
+2 correspondem ao diagnóstico de sobrepeso. Resposta a.
45. Definição conceitual atual e que gera confusão: aleita-
mento materno predominante é leite materno mas qualquer
40. Questão epidêmica, no ano de 2015 nas provas: as fissuras líquido (água e chá), mas não leite. Resposta a.
mamilares (causa mais frequente) importantes podem causar
vômitos borráceos ou com raias de sangue nos primeiros dias
de vida do RN; o efeito gástrico irritativo do sangue pode 46. Alimentação complementar: é o período durante o qual
induzir vômitos. Resposta a. outros alimentos ou líquidos são oferecidos à criança junto
com o leite materno. A introdução de alimentos diferentes do
leite materno era denominada “desmame” ; hoje prefere-se
41. Colostroterapia ou terapia colostral é a utilização do co- utilizar o termo “alimentação complementar”, pois desmame
lostro com o fim diferente do nutricional, sobretudo para os pode ser interpretado como a interrupção imediata do alei-
recém-nascidos de MBP (muito baixo peso) para os quais tamento materno, substituindo-o pelos “alimentos de desma-
o colostro representa verdadeiro suplemento imunológico. me”, que pelo mesmo motivo hoje são chamados alimentos
Trata-se de proposta de prática clínica que ainda necessita complementares ou alimentos de transição. Resposta a.
de evidências científicas para que seu uso possa ser genera-
lizado. Especula-se se citocinas já não seriam absorvidas na
mucosa oral ou gástrica, ativando o sistema imunológico do 47. Na alternativa b está descrito o quadro de kwashiorkor,
prematuro. Sabe-se que os fatores de crescimento concentra- a desnutrição edematosa por carência proteica. Segundo a
dos no colostro promovem ação trófica sobre os enterócitos. classificação de Gomez (1956), a criança é considerada eu-
Ademais, a IgA secretora reveste a mucosa imatura, impe- trófica, ou seja, sem desnutrição, quando o seu peso para a
dindo a adesão de germes patogênicos e substâncias pré e idade for superior a 90% do padrão adotado de referência.
probióticas, também presentes no colostro, determinam a O recém-nascido desnutrido intra-útero pode ter sido alvo

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de um retardo no crescimento proporcionado ou simétrico, 52. A perda fisiológica de até 10% do peso de nascimento
onde o peso e o comprimento são afetados desde o primei- ocorre nos primeiros dias de vida do bebê e justifica-se pelo
ro trimestre da gestação (com risco de comprometimento peso de alta menor que o peso de nascimento. Entretanto, o
do desenvolvimento), ou desproporcionado ou assimétrico, ganho ponderal dessa criança nesses primeiros 21 dias de vida
sofrendo alterações no último trimestre da gestação e afetan- es´ta em torno de 13g/dia, francamente abaixo do esperado
do mais o peso que o comprimento. A antiga classificação (25 a 30g/dia). O fato da criança estar vomitando (não é re-
de Waterlow utiliza a avaliação conjunta dos parâmetros clí- gurgitação), indica avaliação de afecção obstrutiva. Resposta b.
nicos (não laboratoriais) de estatura para idade e peso para
estatura. Resposta a.
53. O excesso de vitamina A pode ser tóxico, quer seja toma-
da numa única dose (intoxicação aguda), quer durante um
48. A mastite, em tese, não contraindica a amamentação, longo período (intoxicação crónica). A intoxicação crónica
exceto quando apresentar-se com abscesso drenado na área em crianças maiores e adultos é em geral provocada pela
areolar de pega do bebê. Como a malária não é transmiti- ingestão de grandes doses (dez vezes a quantidade diária
da entre humanos, a amamentação pode ser mantida se as recomendada) durante meses. A intoxicação pela vitamina
condições clínicas da mãe permitirem. Não há nenhuma evi- A pode desenvolver-se nas crianças pequenas em poucas
dência indicando que a malária possa ser transmitida pelo semanas. Os primeiros sintomas da intoxicação crónica são
aleitamento materno. Resposta d. alterações no cabelo, queda parcial das sobrancelhas, lábios
gretados e pele seca e rugosa. Cefaleias intensas, hipertensão
49. A síndrome de recuperação nutricional ocorre durante craniana e fraqueza generalizada são manifestações tardias.
o tratamento correto dos casos de desnutrição graves, sendo As protuberâncias ósseas e as dores articulares são frequen-
mais exuberante nos casos de Kwashiorkor, observado entre tes, especialmente nas crianças. O fígado e o baço podem au-
o 20º e 40º dias de tratamento. Estas alterações costumam mentar de tamanho. Resposta a.
regredir por volta da 10ª a 12ª semana após o início do tra-
tamento. Não se sabe ao certo a etiologia dessas alterações.
54. Que questão mal feita ! Fácil, mas desperdiçando duas
As manifestações clínicas observadas nessa síndrome clínica
alternativas para deixar o aluno confuso. Resposta d.
variam de intensidade e as mais comumente encontradas são:
hepatomegalia a custa do lobo esquerdo, com maior aumento
sendo encontrado por volta da quinta semana após o início 55. O conceito atual de aleitamento materno predominante
do tratamento; distensão abdominal com circulação venosa é esse: leite materno mais qualquer outro líquido exceto leite
colateral; ascite; fácies de lua cheia; alterações de pele e fâne- (água, chás, sucos). Na exclusividade, nada mais é adminis-
ros (sudorese intensa em região cefálica, hipertricose, unhas
trado para a criança além do leite materno. Resposta c.
com desnível transversal, cabelos com pontas mais claras) e
telangiectasias em face. Resposta b.
56. Alguns autores chama de colostro a secreção mamária
dos primeiros 5 dias da nutriz; outros o consideram até o
50. Apenas com o conceito que as manifestações ocu-
sétimo dia. Trata-se verdadeiramente de uma secreção imu-
lares (cegueira noturna e xeroftalmia) são as principais
nológica proteica, fundamental ao desenvolvimento do neo-
da hipovitaminose A consegue-se responder essa ques-
nato. Resposta a.
tão – alternativa B. Atenção especial deve ser dada aos
alimentos que interferem na absorção do ferro, como:
alimentos fontes de cálcio (cálcio compete com o ferro na 57. A Galactosemia é uma doença metabólica em que o de-
formação de complexos insolúveis, diminuindo a absorção feito congênito é a ausência de uma enzima que toma parte
tanto do ferro heme quanto não-heme), fitatos (potente ini- da decomposição do açúcar galactose no organismo do RN.
bidor da absorção do ferro não-heme) e compostos fenólicos O resultado imediato é o acúmulo de metabólitos da galacto-
(flavonóides, ácidos fenólicos, polifenóis e taninos, inibido- se no organismo. Caso não seja diagnosticada e tratada pode
res da absorção de ferro, provavelmente pela formação do
levar o recém-nascido a um retardo mental, danos graves
complexo ferro-fenólico no lúmen do trato gastrointestinal,
ao fígado e catarata. A galactose não se apresenta sob for-
o que torna o ferro menos biodisponível) Resposta b.
ma livre nos alimentos, ela resulta da hidrolise intestinal da
lactose. O recém-nascido com a galactosemia não pode ser
51. Vários são os motivos para que se evite o leite de vaca na amamentado pela mãe, porque a lactose do leite é a principal
dieta de uma criança menor de um ano de idade e a alternativa fonte de galactose na dieta. A doença pode se manifestar logo
correta aponta os dois principais (baixa biodisponibilidade de após o nascimento, ou os primeiros dias de vida com anor-
ferro e maior carga de solutos). Não existem ácidos graxos es- malidades gastrintestinais, devido as primeiras mamadas:
senciais (linoleico e linolênico) em quantidades adequadas no vômitos, diarreia, icterícia, perda de peso, hepatomegalia,
leite bovino. O leite de vaca contém maiores quantidades protei- esplenomegalia, distensão abdominal, letargia, catarata. O
cas que o leite humano, o que justificava, em tempos passados, objetivo do tratamento dietoterápico é retirar da dieta todos
a sua diluição para ser ofertada à criança pequena. Resposta c. os alimentos que contenham lactose. A primeira providên-

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4 Tópicos de nutrologia

cia é a suspensão imediata do aleitamento materno; o leite, 66. O leite de vaca tem grande quantidade proteica e de solu-
derivados lácteos e produtos que contenham lactose devem tos (carga osmótica). Resposta d.
ser eliminados da dieta. A fórmula infantil de soja é uma boa
opção terapêutica pois não contém lactose. Resposta b.
67. Crianças com menos de 5 anos tem a seguinte classifica-
ção nutricional pelos valores de IMC:
58. Sucção reflexa mais efetiva inicia-se após a trigésima €€ escore Z > + 3: obesidade;
quarta semana de gestação; portanto, deve-se indicar para
essa criança amamentação ao seio materno. Resposta e.
€€ escore Z entre +2 e +3: sobrepeso;
€€ escore Z entre +1 e +2: risco de sobrepeso;
€€ escore Z entre -2 e +1: eutrofia;
59. Sem dúvida, retrovírus (HIV e HTLV) são contraindica-
ções à amamentação. Apenas um detalhe na questão: a mu- €€ escore Z entre -2 e -3: magreza;
lher com quadros graves e debilitantes não deve amamentar €€ escore Z < -3: magreza acentuada.
(sepse, por exemplo) embora conceitualmente, não seja por Resposta a.
colocar em risco o RN. Resposta a.

68. Cerca de 90% das imunoglobulinas do leite materno es-


60. Lactentes normais a termo e adequados para idade ges-
tão na forma de IgA secretora. A lactoferrina, por sua ação
tacional que recebem leite materno exclusivo não necessitam
de profilaxia com ferro; esta é indicada após o desmame. O quelante do ferro atua como protetora com efeito bacterios-
leite humano tem menor quantidade de ferro que o de vaca, tático sobre as enterobactérias. O fator bifidogênico (oligos-
embora mais biodisponível. Resposta c. sacárides) contribuem com a proteção intestinal estimulando
o crescimento de bifidobactérias competidoras com as ente-
robactérias patogênicas. Resposta d.
61. Dieta predominantemente láctea, particularmente nessa
criança de 10 meses a base de leite de vaca predispõe, entre
outros agravos à anemia ferropriva, pois a biodisponibilidade 69. O percentil de IMC maior que 95 (escore Z > 2) define a
do ferro do leite de vaca é baixa. Além disso, a criança não condição de obesidade, que na maioria das vezes é primária
recebe suplementação de ferro. Outro problema do leite de ou nutricional. Lembre-se que o paciente obeso geralmente
vaca introduzido muito precocemente para esse bebê é alta amadurece mais precocemente, o que é observado nessa me-
carga de solutos. Resposta b. nina que já entrou em puberdade. Resposta d.

62. Já pelo fato de ter nascido prematuro, essa criança mere- 70. A epigenética é um campo da biologia que estuda as
ceria profilaxia da anemia ferropênica. Além disso, tem nesse interações causais entre genes e seus produtos que são res-
momento uma dieta predominantemente láctea (leite e fari- ponsáveis pela produção do fenótipo. A epigenética inves-
nha láctea), com substituição do jantar também pelo leite. A tiga a informação contida no DNA, a qual é transmitida na
vulnerabilidade é clara para a deficiência de ferro. Resposta b. divisão celular, mas que não constitui parte da sequência do
DNA. Os mecanismos epigenéticos envolvem modificações
63. O aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até químicas do próprio DNA, ou modificações das proteínas
os seis meses de idade, quando então introduz-se a papa de que estão associadas a ele (por exemplo, nas histonas que se
fruta (preferencialmente ao suco) rapidamente seguida (ou ligam e compactam a cadeia do DNA formando a cromati-
concomitantemente) com a papa principal do almoço. A na ou nas proteínas nucleares e nos fatores de transcrição,
alimentação da família deve ser ofertada após os 12 meses. moléculas que interagem e regulam a função do DNA). Nas
Resposta c. demais alternativas (B e C), não resta dúvida que são afir-
mativas incorretas, como por exemplo a ideia moderna que
o aleitamento materno previne doenças crônicas, como a
64. Não há no guia alimentar brasileiro para crianças meno- obesidade. Resposta a.
res de dois anos, restrições quanto à introdução de peixe e
ovo, ou seja, ele pode ser introduzido a partir do sexto mês.
O sal deve ser restrito como o açucar. As frutas devem, pre- 71. O citomegalovírus (CMV) pode ser excretado de forma
ferencialmente, serem ofertadas na forma de papas. Não há intermitente na saliva, urina, trato genital e leite humano por
contraindicação de nenhuma fruta para a criança pequena vários anos após a primoinfecção e na ocorrência de reativa-
Resposta b. ção de suas formas latentes. A infecção do lactente ou do feto
pode ocorrer a partir de mães com infecções na forma pri-
mária ou na reativação e ocorre com mais frequência duran-
65. A Sociedade Brasileira de Pediatria preconiza, quanto à te a passagem pelo canal do parto ou no período pós-natal.
suplementação profilática de ferro, que prematuros e recém- Porém, devido à passagem de anticorpos por via placentária,
-nascidos de baixo peso, a partir do 30º dia de vida, recebam a doença não é comum em recém-nascidos. Estudos mos-
profilaxia com ferro, na dose 2 mg/kg de peso/dia, no primei- tram que 30% de filhos de mães soropositivas e amamentadas
ro ano de vida (maiores de 1,5Kg de peso de nascimento). adquirem a infecção nos primeiros anos de vida, chegando
Resposta e. a 70% dos casos quando o vírus é isolado no leite materno.

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Puericultura | Questões para treinamento

Entretanto, infecções sintomáticas ou sequelas tardias não 76. Observa-se nesse caso que a criança não está apresentan-
têm sido observadas nos bebês, provavelmente devido à pas- do o ganho ponderal esperado (cerca de 25 a 30 g/dia, com
sagem de anticorpos maternos específicos que os protegem recuperação do peso de nascimento aos 7 a 10 dias de vida.
contra a doença sistêmica. Parece ser preferível a contami- Diante de uma situação de dificuldades em amamentação
nação precoce da criança amamentada, pois, se ocorrer em (queixas maternas ou dificuldade de ganho de peso do bebê
período mais tardio da vida, o risco de doença sintomática a primeira conduta a ser tomada é a reavaliação da técnica da
é maior. Esses dados justificam a não-contra-indicação da amamentação. Resposta d.
amamentação. Porém, atenção especial deve ser dada para
prematuros, principalmente os de menor idade gestacional.
A decisão de amamentar recém-nascido pré-termo, filho de 77. O tratamento preventivo da TB, ou quimioprofilaxia, ocu-
mãe CMV-positiva, deve ser considerada em termos do risco pa importância no que diz respeito à proteção individual de
da transmissão da doença versus os benefícios da amamen- pessoas vulneráveis à TB-doença. Isto é, evita que infectados
tação. Os prematuros podem não ter anticorpos protetores e pelo M. tuberculosis passem para a condição de doentes. No
apresentar infecções sintomáticas. No entanto, o vírus pode Brasil, emprega-se a INH na dose de 10 mg/kg/dia (dose máxi-
ser inativado pela pasteurização do leite humano, e a carga ma de 300 a 400 mg), diariamente, em uma única tomada pela
viral, reduzida pelo congelamento a -20 ºC. Resposta a. manhã, durante seis meses. Segundo a OMS, não há necessi-
dade de separar a mãe da criança e, em circunstância alguma,
a lactação deve ser impedida. Resposta a.
72. A suplementação com ferro na dose de 1 mg/kg deve ser
realizada para todas as crianças a partir do desmame, exceto nas
crianças que realizam o desmame com fórmulas infantis, quan- 78. O sistema de classificação nutricional proposto por Water-
do a suplementação não é realizada. Os lactentes que recebem low é antigo e menos utilizado atualmente. Considera a ava-
vitamina D, na dose de 500 UI/dia, são aqueles provenientes de liação de dois parâmetros: a estatura para idade (indicativo de
regiões onde a exposição solar não é adequada ou as condições cronicidade quando comprometida) e o peso para a estatura.
climáticas não satisfatórias. Portanto, não são todos os lactentes Portanto, nessa questão, não há comprometimento da estatura
que recebem essa profilaxia do raquitismo carencial. Não se li- (mais de 95% de adequação), indicando que não há cronici-
quefaz comida de criança pequena; deve ser amassada desde o dade e comprometimento do peso para a estatura (menos que
início, o que torna a alternativa D incorreta. Resposta c. 90% de adequação), indicando comprometimento agudo ou
atual do estado nutricional. Resposta d.
73. Trata-se do perfil lipídico típico do paciente obeso: coles-
terol total/ LDL pouco aumentado (nos casos de dislipidemia 79. O diagnóstico “gráfico” do comprometimento nutricional
familiar, os valores são maiores), HDL baixo denunciando a é avaliado pelos dados antropométricos correlacionados aos
inatividade e o sedentarismo e triglicérides elevado, denun-
dados de referência (população eutrófica de referência). Ob-
ciando os erros e a inadequação alimentar. Resposta c.
viamente, o diagnóstico clínico é muito mais importante do
que a simples análise gráfica; correlacione os dados obtidos
74. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes com a história e o exame físico do paciente. A resposta b é
(IDF), a definição de SM em adolescentes (não existem cri- correta na sua primeira parte; entretanto, segundo os crité-
térios para definição de SM em crianças com menos de 10 rios de Gomez, considera-se o paciente eutrófico quando a
anos) é simples e fácil de ser aplicada na prática clínica. Assim adequação peso para a idade é maior que 90%. A carência de
como na Síndrome Metabólica adulta, a medida de cintura é alguns micronutrientes é denominada “fome oculta”; o termo
o componente principal para o diagnóstico. Para as crianças desnutrição refere-se ao componente proteico-calórico. Nas
com mais de 10 anos, o diagnóstico pode ser feito através da alternativas D e E, uma confusão de nomenclaturas: estatura
medida da cintura e a presença de duas ou mais caracterís- para idade menos que dois desvios-padrão é baixa estatura;
tica clínicas, como triglicérides elevados, HDL-colesterol bai- IMC menos que dois desvios-padrão é magreza e peso para
xo, pressão arterial elevada e glicose aumentada do plasma. idade menor que dois desvios-padrão é baixo peso. Desnutri-
Resposta d. ção é diagnóstico clínico e não gráfico. Resposta a.

75. Assunto atual e recorrente. De acordo com a Federação 80. O conceito de complementação se refere à introdução da
Internacional de Diabetes (IDF), a definição de SM em adoles- alimentação infantil (alimento complementar). O conceito
centes (não existem critérios para definição de SM em crianças de exclusivo não compreende nada além do leite materno e o
com menos de 10 anos) é simples e fácil de ser aplicada na de predominância tolera alimentos à base de água (chás e su-
prática clínica. Assim como na Síndrome Metabólica adulta, a cos). Questão mal redigida, pode gerar dúvidas. Resposta b.
medida de cintura abdominal é o componente principal para o
diagnóstico. Para as crianças com mais de 10 anos, o diagnós-
tico pode ser feito através da medida da cintura e a presença 81. Os principais diferenciais do colostro em relação ao leite
de duas ou mais característica clínicas, como triglicérides ele- definitivo é sua maior concentração de proteínas, incluindo
vados, HDL-colesterol baixo, pressão arterial elevada e glicose as imunoglobulinas, com menos lipídios e carboidratos, o
aumentada do plasma. Resposta a. que lhe confere aspecto mais fluido. Resposta b.

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4 Tópicos de nutrologia

82. Um dos principais contribuintes para a anemia ferropriva resume, de forma mais completa o desbalanço da equação
no lactente após o desmame, além da baixa ingesta de car- ganho x gasto, motivo principal da epidemia de obesidade
ne (não colocação na papinha da ciraná esse componente), a que observamos atualmente. Resposta d.
manutenção de dieta láctea predominante, particularmente
se for introduzido erroneamente o leite de vaca. Resposta d.
85. O perfil laboratorial clássico do raquitismo carencial é:
cálcio sérico normal (mantido às custas do PTH elevado) ou
83. Tem sido relatada a importância do zinco (Zn) no orga- levemente diminuído, fósforo sérico baixo, fosfatúria elevada
nismo dos seres humanos, principalmente crianças, as quais e fosfatase alcalina elevada, por aumento da atividade osteo-
são mais suscetíveis à deficiência de Zn, que pode levar a inú- blástica. Se dosássemos o PTH (hormônio da paratireoide)
meros prejuízos em seu desenvolvimento. Depois do ferro, o também observaríamos seus níveis elevados, denunciando a
zinco é o micromineral com distribuição mais abundante no descalcificação óssea. Resposta b.
corpo humano, correspondendo de 1,5 a 2,5 g do peso ponde-
ral. Este metal se encontra em grandes quantidades em todos
os tecidos, especialmente na musculatura esquelética (57%), 86. A introdução precoce e errônea dos alimentos complemen-
ossos (29%), pele (6%) e fígado (5%), além de estar presente tares que favorece, sobremaneira o desmame precoce. Portanto,
também em secreções e fluidos corporais. O zinco é primaria- deve-se insistir para o aleitamento exclusivo por seis meses. O
mente um íon intracelular. Alimentos como a carne bovina e desmame precoce facilita os quadros infecciosos intestinais e
de frango, que apresentam a forma mais rapidamente disponí- respiratórios das crianças pequenas. Resposta c.
vel de zinco dietético, além de peixe e laticínios, fornecem 80%
do total de zinco dietético. A deficiência de zinco ocorre pela
87. O colostro, realmente, tem mais proteínas e fundamental-
ingestão ou biodisponibilidade inadequada deste nutriente e/
mente fatores imunológicos do que o leite maduro. O leite das
ou do aumento da necessidade do mesmo. É frequentemente
mães de prematuros contém maior quantidade de proteínas,
observada em dietas vegetarianas limitadas e na desnutrição
gorduras e imunoglobulinas. A concentração de gorduras au-
energético-proteica, sendo que esta última, provavelmente, é a
menta no leite posterior, a fração emulsão do leite, mais densa
causa mais comum de deficiência do mineral. Também pode
e nutritiva. A principal imunoglobulina, que perfaz 90% das
ser decorrente de outros estados hipercatabólicos, além de do-
proteínas de defesa do leite materno é a IgA. Obviamente, o
enças intestinais, insuficiência renal crônica e uso de agentes
leite pasteurizado, submetido às oscilações de temperatura,
quelantes. Períodos em que há um crescimento rápido, como
tem comprometimento de alguns fatores biológicos e elemen-
no terceiro trimestre de gravidez, infância e adolescência, são
tos vivos, como suas células. Resposta e.
particularmente mais vulneráveis à carência de zinco dietético.
Entre os efeitos da deficiência de zinco se destaca a redução
da função imune. Esta situação é proveniente de uma redu- 88. A melhor medida que se correlaciona com a obesidade
ção do número total de leucócitos, principalmente linfócitos, visceral é a mensuração da circunferência abdominal, um dos
tornando os indivíduos que padecem da deficiência de zinco critérios para o diagnóstico da síndrome metabólica e fenótipo
mais sujeitos à ação de diversos patógenos, além de ter um clássico da resistência insulínica. Questão tão simples. Sonho
período de recuperação mais longo. Outro efeito indiscutível de qualquer aluno em prova. Resposta d
da deficiência de zinco é seu prejuízo para o crescimento du-
rante a infância e adolescência.
89. Lactentes nascidos a termo, que não foram baixo peso,
A deficiência de zinco pode manifestar-se em graus progressi- em aleitamento materno exclusivo não devem receber su-
vos, com sintomatologia leve, moderada ou intensa. Na defici- plementação de ferro até o seu desmame, assim como os
ência leve há anorexia, alterações neurossensoriais, retardo da lactentes que estão em uso de fórmula infantil. Lactentes
velocidade de crescimento e hipodesenvolvimento, com dimi- em uso de leite de vaca devem receber ferro ou se, após o
nuição do peso corporal e da massa muscular. A deficiência desmame, não receberem no mínimo, 500 mL de fórmula
moderada de zinco é agravada pelo desenvolvimento de letar- ao dia. Resposta e.
gia, diminuição mais acentuada do apetite, pele áspera e espes-
sa, com dificuldade de cicatrização decorrente da disfunção da
imunidade mediada por células, além do retardo da velocidade 90. A causa mais comum de obesidade na infância é a exó-
de crescimento e da maturação sexual. A deficiência grave se gena ou nutricional. Não existem evidências e muitas drogas
manifesta como acrodermatite enteropática, na qual ocorre uma anorexígenas são contraindicadas e não liberadas para uso
deficiência na absorção do zinco pelo intestino, de causa genéti- pediátrico. Hoje, a base para o diagnóstico gráfico do excesso
ca. Trata-se de uma rara doença autossômica recessiva, caracte- nutricional é o cálculo do índice de massa corpórea e o seu
rizada pela presença de diarreia crônica e dermatite periorificial respectivo escore-z ou percentil, por idade e sexo. A maioria
e nas extremidades, além de outros sintomas, como alopecia, das crianças obesas tornam-se adultos obesos. Resposta a.
alterações do humor e hipodesenvolvimento. Resposta b.

91. O tratamento da fenilcetonúria (PKU) consiste na utiliza-


84. Embora todas as alternativas explicitam motivos para o ção de dieta restrita em fenilalanina (phe), associada ao uso
aumento do excesso nutricional e o fenômeno de transição de um substituto proteico para complementação das necessi-
nutricional observado nas últimas décadas, a alternativa “d” dades diárias de proteínas. Os níveis sanguíneos de phe con-

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siderados adequados para o fenilcetonúrico no primeiro ano gundo a Academia Americana de Pediatria, recém-nascido
de vida devem situar-se entre > 2 mg/dL < 6 mg/dL. Como a de mãe com tuberculose pulmonar em fase contagiante ou
phe é um aminoácido essencial também para o fenilcetonú- bacilífera, sem tratamento ou com menos de 3 semanas de
rico, a dieta deve contê-la em quantidade adequada, possibi- tuberculostáticos no momento do parto, deve ser separado
litando tanto a manutenção dos seus níveis sanguíneos em da mãe mas alimentado com o leite humano ordenhado, uma
limites considerados seguros quanto o crescimento e o desen- vez que a transmissão geralmente se dá pelas vias aéreas. A
volvimento dos indivíduos dentro dos parâmetros da norma- mãe deve realizar pesquisas do bacilo álcool-ácido resistente
lidade. No tratamento tradicional para PKU, recomenda-se a (BAAR) no escarro até sua negativação, quando poderá ter
suspensão do leite materno (LM) devido à dificuldade em se contato com o bebê. Este deve receber quimioprofilaxia com
quantificar a phe ingerida pela criança e, consequentemente, isoniazida na dose de 10 mg/kg/dia por 3 meses e, então, re-
o controle de seus níveis sanguíneos. Estudos mais recentes alizar o teste tuberculínico (PPD). Se o teste for positivo, está
vêm demonstrando ser possível controlar os níveis de phe indicado rastrear a doença através de exame clínico e radio-
no sangue utilizando o LM como fonte de phe. Nos lactentes lógico. Se não se detecta infecção ativa, mantêm-se a vigilân-
com fissura labiopalatina o aleitamento materno também é cia e a quimioprofilaxia até o sexto mês, quando se aplica o
recomendado pelo seu próprio valor nutritivo, auxiliando no BCG-ID. Se o PPD for negativo aos 3 meses de idade, a qui-
combate de infecções, inclusive as de orelha média, que são mioprofilaxia pode ser interrompida e o BCG-ID pode ser
comuns nos portadores de fissura. Mas o aleitamento mater- aplicado, mantendo-se a vigilância clínica. Segundo a OMS,
no deve ser conduzido respeitando os aspectos emocionais e a amamentação deve ser mantida, porém deve-se diminuir o
afetivos da relação da família com o bebê, além de considerar contato íntimo mãe-filho, além de se tomar os seguintes cui-
as limitações decorrentes da própria malformação. As difi- dados: amamentar com máscara ou similar, lavar cuidadosa-
culdades se relacionam à impossibilidade anatômica de isolar mente as mãos, rastrear os comunicantes, especificamente os
a cavidade oral, da falta de apoio e estabilização do bico do domiciliares. Em mãe em fase não-contagiante da tubercu-
peito e da posteriorização da língua. O grau de inabilidade de lose cujo tratamento foi iniciado há mais de 3 semanas não
sucção está diretamente relacionado ao tipo de fissura. Ge- há restrições quanto ao aleitamento materno, sendo indicado
ralmente o lactente que apresenta fissura pré-forame incisivo vacinar o bebê com BCG-ID ao nascer. Resposta d.
não encontra dificuldade para alimentar-se. Porém, aqueles
com fissura pós-forame incisivo podem apresentar dificulda-
des na extração do leite materno por não conseguirem pres- 94. No ingurgitamento mamário, há três componentes bási-
são intra-oral adequada. Vários instrumentos já foram pro- cos: congestão (aumento da vascularização), acúmulo de lei-
jetados visando ajudar as crianças com fissura labiopalatina te e edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem
a se alimentarem, mas nenhum é aceito universalmente. Há do sistema linfático. Não havendo alívio, a produção do leite
relatos do uso de mamadeira, copinho, colher, conta-gotas, é interrompida, com posterior reabsorção do leite represado.
seringa e sonda. O uso de placas palatinas obturadoras tem O aumento da pressão intraductal faz com que o leite acumu-
sido defendido por alguns profissionais. Tais placas palatinas lado sofra um processo de transformação, tornando-se mais
funcionariam como um palato artificial que forneceria um viscoso, o “leite empedrado”. No ingurgitamento patológico,
apoio contra o qual a criança poderia pressionar o bico com a a distensão tecidual é excessiva, causando grande descon-
língua durante a sucção. Não há ocntraindicação alguma em forto, às vezes acompanhado de febre e mal-estar. A mama
criança cardiopata amamentar. Resposta a. encontra-se aumentada de tamanho, dolorosa, com áreas di-
fusas avermelhadas, edemaciadas e brilhantes. Os mamilos
ficam achatados, dificultando a pega do bebê, e o leite, muitas
92. Torna-se claro, na observação da foto que a criança apre- vezes, não flui com facilidade. As seguintes recomendações
senta o rosário raquítico, ou seja, o espessamento das junções são úteis na prevenção do ingurgitamento mamário: iniciar
condrocostais. O perfil laboratorial clássico do raquitismo a amamentação o mais cedo possível; amamentar em livre
carencial é: cálcio sérico normal ou levemente diminuído, demanda; amamentar com técnica correta e evitar o uso de
fósforo sérico baixo, fosfatúria elevada e fosfatase alcalina suplementos. Uma vez instalado o ingurgitamento, recomen-
elevada. Se dosássemos o PTH (hormônio da paratireoide) dam-se as seguintes medidas:
também observaríamos seus níveis elevados, denunciando a
- se a aréola estiver tensa, ordenhar manualmente um pouco
descalcificação óssea. Resposta b.
de leite antes da mamada, para que ela fique macia o suficien-
te para o bebê abocanhar a mama adequadamente;
93. A tuberculose é uma doença transmissível por via res- - amamentar com frequência, em livre demanda;
piratória; portanto, a mãe bacilífera, em tratamento, pode e
- fazer massagens delicadas nas mamas
deve amamentar. Para mães com tuberculose, as recomenda-
ções para amamentação dependem da época em que foi feito - usar analgésicos sistêmicos/antiinflamatórios (ibuprofeno é
o diagnóstico da doença. Segundo a OMS, não há necessida- considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução
de de separar a mãe da criança e, em circunstância alguma, da inflamação e do edema);
a lactação deve ser impedida. O bacilo de Koch excepcional- - usar suporte para as mamas ininterruptamente;
mente é excretado pelo leite materno, e, se houver contami-
nação do recém-nascido, geralmente a porta de entrada é o - usar compressas mornas para ajudar na liberação do leite;
trato respiratório. Assim, mãe com tuberculose extrapulmo- - usar compressas frias após ou nos intervalos das mamadas para
nar não necessita de cuidados especiais para amamentar. Se- diminuir o edema, a vascularização e a dor. Apesar de não haver

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4 Tópicos de nutrologia

comprovação quanto à eficácia das compressas frias (ou gelo 97. As manifestações clínicas iniciais da hipovitaminose C
envolto em tecido) no alívio dos sintomas do ingurgitamento são a fadiga, perda de apetite, sonolência, palidez, falta de for-
mamário, elas podem ser úteis quando se quer reduzir a produ- ça nos membros e articulações, irritabilidade, defeitos dentá-
ção do leite. A hipotermia local provoca vasoconstrição tem- rios, cicatrização lenta de pequenos ferimentos e presença de
porária e, consequentemente, reduz o fluxo sanguíneo, com pequenas hemorragias na pele. Já a deficiência grave de ácido
redução do edema, aumento da drenagem linfática e menor ascórbico leva ao escorbuto; em geral a doença se torna sin-
produção do leite. Por outro lado, compressas mornas promo- tomática quando os níveis séricos se apresentam abaixo de
vem vasodilatação, aliviando a compressão local, porém poste- 0,20 mg/dL. Os sinais e sintomas clássicos desta deficiência
riormente aumentam o volume de leite nas mamas, o que pode grave incluem hemorragias, particularmente subperiostais
ser desvantajoso na vigência de ingurgitamento mamário. (com bastante dor à manipulação dos membros), gengivas
Resposta b. edemaciadas e inflamadas, levando à perda de dentes; feridas
que não cicatrizam devido à diminuição na síntese do colá-
geno e infecções secundárias que se desenvolvem facilmente
95. O início do processo de amamentação é um período no nas áreas sangrentas. Resposta a.
qual a mãe e a criança estão se conhecendo; ela interpreta as
demandas do filho, responde a suas solicitações e atitudes e
interage com ele de maneira simbiótica, como se a criança 98. Não há dúvidas que se trata de uma menina obesa, com
ainda fosse parte dela. Nesse contexto, existem dificuldades, elevação do índice de massa corporal e da cintura abdominal;
conflitos, ansiedades que aos poucos vão sendo ultrapassados. sedentária e, possivelmente com erros alimentares que jus-
Muitas mães mostram-se inseguras sobre sua capacidade de tificam a obesidade exógena. Deve-se pensar em obesidade
amamentar. É necessário, durante o pré-natal e o período pós endógena, componente de algum quadro sindrômico quan-
-parto, que a equipe de saúde seja sensível e perceba essas difi- do se descrevem alguns estigmas particulares, comprometi-
culdades, estando pronta para discuti-las, esclarecendo even- mento de velocidade de crescimento (ou baixa estatura) ou
tuais dúvidas e em especial apoiando a família nesse processo dados clínicos mais específicos. Resposta c.
inicial da relação com a criança. A alta precoce da maternidade
e o atraso no primeiro atendimento ambulatorial da puérpera 99. Para mães com tuberculose, as recomendações para ama-
e do recém--nascido dificultam e, por vezes, impossibilitam o mentação dependem da época em que foi feito o diagnóstico
início e a continuidade dessas orientações e o suporte emocio- da doença. Segundo a OMS, não há necessidade de separar a
nal nessa fase crítica, que podem favorecer o desmame pre- mãe da criança e, em circunstância alguma, a lactação deve
coce. O Ministério da Saúde, considerando a necessidade de ser impedida. O bacilo excepcionalmente é excretado pelo
incentivar a lactação e o aleitamento materno, favorecendo o leite materno, e, se houver contaminação do recém-nascido,
relacionamento mãe/filho e o desenvolvimento de programas geralmente a porta de entrada é o trato respiratório. A mãe
educacionais de saúde; considerando a necessidade de dimi- deve realizar pesquisas do bacilo álcool-ácido resistente
nuir o risco de infecção hospitalar, evitar as complicações ma- (BAAR) no escarro até sua negativação. O bebê deve rece-
ternas e do recém nascido; considerando a necessidade de es- ber quimioprofilaxia com isoniazida na dose de 10 mg/kg/
timular a integração da equipe multiprofissional de saúde nos dia por 3 meses e, então, realizar o teste tuberculínico (PPD).
diferentes níveis; considerando ainda que o Estatuto da Crian- Se o teste for positivo, está indicado rastrear a doença atra-
ça e do Adolescente no capítulo I, Art. 10º, inciso V, estabele- vés de exame clínico e radiológico. Se não se detecta infecção
ce que: “ Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção ativa, mantêm-se a vigilância e a quimioprofilaxia até o sexto
à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a mês, quando se aplica o BCG-ID. Se o PPD for negativo aos
manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a per- 3 meses de idade, a quimioprofilaxia pode ser interrompi-
manência junto à mãe”, resolve que altas não deverão ser dadas da e o BCG-ID pode ser aplicado, mantendo-se a vigilância
antes de 48 horas, considerando o alto teor educativo inerente clínica. Segundo a OMS, a amamentação deve ser mantida,
ao sistema de “Alojamento Conjunto” e, ser este período im- porém deve-se diminuir o contato íntimo mãe-filho, além
portante na detecção de patologias neonatais. Resposta a. de se tomar os seguintes cuidados: amamentar com máscara
ou similar, lavar cuidadosamente as mãos, rastrear os comu-
nicantes, especificamente os domiciliares. Em mãe em fase
96. As principais comorbidades que devem ser pesquisadas
não-contagiante da tuberculose cujo tratamento foi iniciado
em todos os pacientes obesos são: dislipidemias, alterações
há mais de 3 semanas não há restrições quanto ao aleitamen-
do metabolismo glicídico (resistência à insulina e diabetes
tipo 2, esteatose hepática (infiltração gordurosa no fígado), to materno, sendo indicado vacinar o bebê com BCG-ID ao
hipertensão arterial sistêmica, apneia do sono e alterações nascer. Nos casos em que o diagnóstico de tuberculose ma-
ortopédicas. Na adolescência, período já entendido como terna for feito após o início da amamentação, o lactente deve
bastante tardio para implementação de ações terapêuticas, a ser considerado potencialmente infectado e receber quimio-
adesão costuma ser baixa aos programas de reeducação ali- profilaxia. A amamentação deve ser mantida, pois a adminis-
mentar e de modificação de estilo de vida. A maior causa de tração de drogas tuberculostáticas para o tratamento da mãe
obesidade, em ambos os sexos, é a primária ou nutricional. não contraindica o aleitamento. Resposta d.
Há correlação direta entre obesidade e número de horas gas-
tas em frente à televisão (ou videogame), tanto que, tenta-se, 100. Essa é a definição mais atual para aleitamento materno pre-
na prática pediátrica, limitar esse período entre 1 e 2 horas dominante (leite materno + água, chás ou sucos), conceito novo
por dia, no máximo. Resposta a. que substituiu uma visão antiga (alternativa E). Resposta b.

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101. A lactoferrina é a proteína de defesa e a encontrada em 107. Todos os prematuros e crianças nascidas com baixo peso
maior quantidade no leite materno. Age como um quelan- devem receber, a partir dos 30 dias de vida, ferro profilático, na
te do ferro, indisponibilizando-o para o metabolismo de dose de 2 mg/kg/dia (peso de nascimento entre 1.500 e 2.500
enterobactérias, responsável, portanto, pela particular flora g) ou 3 mg/kg/dia (peso de nascimento entre 1.000 e 1.500 g),
intestinal da criança amamentada ao seio (poucas enterobac- além da vitamina D (500 UI/dia). Resposta e.
térias). Resposta c.
108. Calculando-se o IMC dessa paciente (peso dividido por
102. Trata-se do reflexo gastrocólico aumentado, comum dessa estatura ao quadrado), chegamos ao valor de 22,4, valor que,
faixa etária, em bebês alimentados exclusivamente com o seio ma- plotado no gráfico de IMC para idade, está entre z-score +1
terno. Observe a ótima evolução ponderal da criança. Resposta a.
e +2, correspondendo à classificação atual de sobrepeso. Ris-
co de sobrepeso corresponde a essa posição no gráfico nas
103. A aferição da pressão arterial em Pediatria deve ser feita crianças abaixo de cinco anos. Resposta b.
rotineiramente em toda consulta a partir dos três anos idade. As
demais informações contidas nas alternativas são todas corretas.
Resposta c. 109. É bastante comum o médico lembrar das evacuações
frequentes e abundantes do lactente pequeno alimentado
com leite materno exclusivo, causado pelo reflexo gastrocóli-
104. Segundo o manual de tratamento da desnutrição grave co aumentado nesses bebês. Ao contrário, a obstipação fisio-
em nível hospitalar (disponível em http://www.opas.org.br/
lógica determinada pelo leite materno, na criança um pouco
familia/UploadArq/desnutricao_grave.pdf), todas as crianças
maior é esquecida, levando a mudanças desnecessárias na
com desnutrição grave têm deficiências de vitaminas e sais mi-
alimentação do bebê. Observe que é uma criança crescendo
nerais. Uma das mais importantes deficiências de vitaminas,
e que representa risco de vida e de cegueira para a criança, é bem e sem nenhum sinal de alerta. Resposta e.
a de vitamina A. É importante realizar um exame cuidadoso
dos olhos da criança com desnutrição grave para identificação 110. São contraindicações absolutas à amamentação a infec-
da presença ou ausência de manifestações clínicas oculares de- ção pelo HIV e pelo HTLV (o aleitamento é a principal via
correntes da hipovitaminose A. Na criança com desnutrição de transmissão vertical). Mãe soropositiva para HBsAg duran-
grave, as deficiências de minerais/eletrólitos mais importantes te a gravidez determina a necessidade de a criança receber a
são as de zinco, cobre, magnésio, potássio e ferro. No entanto, primeira dose da vacina logo após o parto e imunoglobulina
devido ao risco do agravamento de infecções, a suplementa- hiperimune da hepatite B (HBIG) nas primeiras 12 horas de
ção com ferro somente deve ser feita quando o estado geral da vida, aplicadas concomitantemente, mas em locais diferentes.
criança melhora e ela começa a ganhar peso, o que geralmente A eficácia dessa conduta elimina o eventual risco de transmis-
ocorre a partir da segunda semana de tratamento. Resposta a.
são pelo leite materno. O citomegalovírus (CMV) pode ser
excretado de forma intermitente na saliva, urina, trato geni-
105. As informações apresentadas nas afirmativas I, II e III re- tal e leite humano por vários anos após a primoinfecção e na
presentam as principais inadequações do leite de vaca integral, ocorrência de reativação de suas formas latentes. A infecção
que não deve, portanto, ser administrado para a criança menor do lactente ou do feto pode ocorrer a partir de mães com in-
de um ano de idade. Todas as vitaminas e oligoelementos estão fecções na forma primária ou na reativação e ocorre com mais
presentes em pequenas quantidades no leite de vaca. Resposta a. frequência durante a passagem pelo canal do parto ou no pe-
ríodo pós-natal. Porém, devido à passagem de anticorpos por
106. Na criança com desnutrição grave, diferentemente da via placentária, a doença não é comum em recém-nascidos.
criança eutrófica, frequentemente ocorrem infecções sem si-
Na infecção pós-natal, a relação com amamentação é evidente,
nais clínicos evidentes, tais como febre, inflamação e dispneia.
embora o vírus possa ser adquirido através do contato com
O processo infeccioso é suspeitado apenas porque a criança
outras pessoas soropositivas que vivem no mesmo domicílio.
está apática ou sonolenta. Dessa forma, presume-se que todas
Estudos mostram que 30% de filhos de mães soropositivas e
as crianças com desnutrição grave tenham infecção que fre-
amamentadas adquirem a infecção nos primeiros anos de
quentemente é sub-clínica (infecção oculta), e devem receber
antibioticoterapia desde o início do tratamento. O calendário vida, chegando a 70% dos casos quando o vírus é isolado no
vacinal pode e deve ser atualizado durante a internação. O leite materno. Entretanto, infecções sintomáticas ou sequelas
esquema antibiótico sugerido pelo manual de tratamento do tardias não têm sido observadas nos bebês, provavelmente
desnutrido do Ministério da Saúde é (disponível em http:// devido à passagem de anticorpos maternos específicos que
www.opas.org.br/familia/UploadArq/desnutricao_grave.pdf): os protegem contra a doença sistêmica. Parece ser preferível a
Para uma criança sem sinais aparentes de infecção, dê sulfa- contaminação precoce da criança amamentada, pois, se ocor-
metoxazol + trimetoprima (25 mg/kg de peso/dia, via oral, rer em período mais tardio da vida, o risco de doença sinto-
de 12 em 12 horas, durante 7 dias). mática é maior. Esses dados justificam a não contraindicação
Para uma criança letárgica ou com complicações tais como da amamentação. Porém, atenção especial deve ser dada para
hipoglicemia, hipotermia ou com sinais clínicos de infecção, prematuros, principalmente os de menor idade gestacional.
use: gentamicina: 7,5 mg/kg de peso, IM ou IV 1 vez ao dia A decisão de amamentar recém-nascido pré-termo, filho de
durante 7 dias associado à ampicilina: 50 mg/kg de peso IM mãe CMV-positiva, deve ser considerada em termos do ris-
ou IV a cada 6 horas, por 2 dias, seguido por amoxicilina, 15 co da transmissão da doença versus os benefícios da ama-
mg/kg de peso, via oral de 8 em 8 horas durante 5 dias. mentação. Apesar do vírus da hepatite C ter sido detectado
Resposta a. no leite de mães HCV-positivas, sua transmissão por essa via

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4 Tópicos de nutrologia

não foi comprovada. Por isso, a amamentação em mães HCV- 114. Reiterando comentário da questão anterior: na infecção
-positivas não está contraindicada. Entretanto, a prevenção de pós-natal pelo CMV, a relação com amamentação é evidente,
fissuras mamilares é muito importante, pois ainda não foi de- embora o vírus possa ser adquirido através do contato com
terminado se o contato do bebê com o sangue materno pode outras pessoas soropositivas que vivem no mesmo domicílio.
favorecer a transmissão da doença. Para mães com tuberculo- Estudos mostram que 30% de filhos de mães soropositivas
se, as recomendações para amamentação dependem da época e amamentadas adquirem a infecção nos primeiros anos de
em que foi feito o diagnóstico da doença. Segundo a OMS, não vida, chegando a 70% dos casos quando o vírus é isolado no
há necessidade de separar a mãe da criança e, em circunstância leite materno. Entretanto, infecções sintomáticas ou sequelas
alguma, a lactação deve ser impedida. O bacilo excepcional- tardias não têm sido observadas nos bebês, provavelmente
mente é excretado pelo leite materno, e, se houver contamina- devido à passagem de anticorpos maternos específicos que
ção do recém-nascido, geralmente a porta de entrada é o trato os protegem contra a doença sistêmica. Parece ser preferí-
respiratório. Resposta b.
vel a contaminação precoce da criança amamentada, pois, se
ocorrer em período mais tardio da vida, o risco de doença
111. Não há dúvidas que a grande maioria dos quadros de sintomática é maior. Esses dados justificam a não contraindi-
obesidade sejam de causa exógena, primária ou nutricional, cação da amamentação. Resposta a.
causa bastante provável para o paciente em questão pela
história alimentar apresentada, irregular, com vários erros,
justificando-se, inclusive o padrão irregular das evacuações 115. Não se orienta mais a “preparação” da mama para a pega
endurecidas (baixa ingesta de fibras). É imprescindível a in- do bebê, através de exercícios, que se mostraram ineficazes. O
vestigação das comorbidades do indivíduo obeso (dislipide- leite da mãe do prematuro tem mais proteínas (material cons-
mia, diabetes, hipertensão, resistência à insulina, esteatose trutor), mais imunoglobulinas (mais defesa) e mais lipídios
hepática). Alguma dúvida poderia surgir sobre a investigação (mais energia). Logo após o nascimento, o que ocorre é a pro-
da função tireoidiana obrigatória para esse paciente, embora dução de colostro e, não de leite propriamente dito. A redação
os dados apresentados na questão são inespecíficos e justifi- desta questão poderia ser muito melhor! A definição de aleita-
cáveis pelo erro alimentar grosseiro do paciente. Além disso, mento materno predominante está correta. Resposta c.
a dosagem de cortisol apresentada na alternativa C (a que fala
sobre dosagem de hormônios tireoidianos) não é indicada. 116. O que geralmente confunde o profissional são as doen-
Portanto, por eliminação, a resposta mais coerente para essa
ças metabólicas. Fenilcetonúria (PKU) não é contraindicação
questão é alternativa A. Resposta a.
absoluta ao aleitamento materno. A possibilidade de manter o
aleitamento natural como fonte de fenilalanina no tratamento
112. Embora seja “academicamente” incorreto comparar dois da PKU permite oferecer ao lactente fenilcetonúrico todas as
leites “incomparáveis”, absolutamente diferentes em sua im- vantagens advindas do leite humano (LH), mesmo que usado
portância para a criança pequena, ainda é comum a pergunta de forma mista. Entretanto, para que a utilização do LH tenha
sobre as diferenças entre o leite humano o e leite de vaca, que êxito no tratamento da PKU, é necessário que os pacientes te-
deve ser desestimulado no primeiro ano de vida. O leite de nham consultas frequentes no serviço de referência, possibili-
vaca tem maior carga osmolar (três vezes mais sódio), maior
tando ajustes dietéticos constantes e controle metabólico ade-
quantidade absoluta de cálcio (embora com menor biodispo-
quado, evitando níveis indesejáveis de fenilalanina no sangue.
nibilidade), quantidades relativamente semelhantes de ferro
A Doença do Xarope do Bordo (leucinose) é causada por uma
(com maior disponibilidade do leite humano), menor quan-
deficiência dos componentes catalíticos do complexo alfaceto-
tidade de lactose (quem tem mais é o leite humano) e maior
acidodesidrogenase das cadeias ramificadas, responsável pelo
quantidade de proteínas, importantíssimo diferencial entre
catabolismo dos aminoácidos de cadeia ramificada (leucina,
os dois leites, que reforça a inapropriação do leite integral
para a criança pequena. Resposta d. isoleucina e valina); nessa situação, também podemos manter
a amamentação desde que possível o acompahamento bioquí-
mico e clínico da crainça. Na galactosemia, deve-se usar fór-
113. Infecção por HIV, HTLV-1 e HTLV-2 são containdica- mula isenta de lactose. Deficiência de G6PD e hipotireoidismo
ções clássicas ao aleitamento materno. Em relação ao cito- congênito não contraindica a amamentação. Resposta c.
megalovírus, na infecção pós-natal, a relação com amamen-
tação é evidente, embora o vírus possa ser adquirido através
do contato com outras pessoas soropositivas que vivem no 117. A classificação de Waterlow, embora pouco utilizada
mesmo domicílio. Estudos mostram que 30% de filhos de atualmente, responde a essa questão. Considera-se adequada,
mães soropositivas e amamentadas adquirem a infecção nos a relação estatura para idade acima de 95%. Quando menor
primeiros anos de vida, chegando a 70% dos casos quando o que isso, considera-se “estatura comprometida”. No parâme-
vírus é isolado no leite materno. Entretanto, infecções sinto- tro peso para estatura, considera-se adequado, quando acima
máticas ou sequelas tardias não têm sido observadas nos be- de 90%. Estatura comprometida com peso “adequado”, nessa
bês, provavelmente devido à passagem de anticorpos mater- questão, indica desnutrição pregressa. Resposta a.
nos específicos que os protegem contra a doença sistêmica.
Parece ser preferível a contaminação precoce da criança ama- 118. Todos devem conhecer a perda ponderal absolutamente
mentada, pois, se ocorrer em período mais tardio da vida, o normal nos primeiros dias de vida de até 10% do peso de
risco de doença sintomática é maior. Esses dados justificam nascimento, com recuperação total após a primeira semana
a não contraindicação da amamentação. Os vírus A, vírus da de vida (até 10 dias). Indica-se o leite materno exclusivo, sem
caxumba e da rubéola não são contraindicações. Resposta e. complementação alguma. Criança com cinco dias de vida

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(tardia) e icterícia leve, zona 1, possivelmente fisiológica, não que pequenas. Mas a maior via de transmissão do vírus da mãe
necessita obrigatoriamente exame laboratorial da bilirrubina. para a criança é a exposição do bebê ao sangue materno, que
Deve-se apenas acompanhar a criança. Resposta b. acontece no parto. Mãe soropositiva para HBsAg durante a gra-
videz determina a necessidade de a criança receber a primeira
119. Nas crianças menores de 5 anos, o critério classificatório dose da vacina logo após o parto e imunoglobulina hiperimune
de obesidade é o índice de massa corpórea acima do z-escore da hepatite B (HBIG) nas primeiras 12 horas de vida, aplicadas
+3 (entre +2 e +3 = sobrepeso e entre +1 e +2 = risco de so- concomitantemente, mas em locais diferentes. A eficácia des-
brepeso). Baixa estatura é a altura abaixo do z-escore -2. Cui- sa conduta é de 95% e elimina o eventual risco de transmissão
dado com a classificação no maior de 5 anos onde IMC entre pelo leite materno. O vírus é, portanto, excretado pelo leite ma-
o z-escore +1 e +2 é sobrepeso, entre o +2 e +3 é obesidade e terno. Deve-se ter atenção na leitura cuidadosa das alternativas.
acima d e +3 é obesidade grave. Resposta a. De fato, não há evidências indicando que a malária possa ser
transmitida pelo leite materno. Resposta c.
120. Sem dúvida alguma a morbidade da criança alimentada
com leite materno é menor; várias doenças agudas e crônicas 124. Mancha de Bitot: área triangular de aspecto grumoso ou
são protegidas pelo aleitamento materno. A amamentação ex- caseoso, branco-acinzentada, na conjuntiva seca de uma crian-
clusiva deve ser até os 6 meses de idade do bebê, independen- ça é sinal bastante sugestivo de hipovitaminose A, associado à
temente do reinício das menstruações pela nutriz. Mãe porta- cegueira noturna. Resposta d.
dora de HIV não deve amamentar. A alternativa C apresenta
um dos grandes efeitos protetores do aleitamento materno, 125. Um conceito clássico em alimentação infantil é que a
responsáveis pela microbiota diferenciada e pela proteção con- presença de fitatos e cálcio pode prejudicar a absorção de
ferida contra as infecções intestinais. Resposta c. ferro. Os fitatos são encontrados nos cereais integrais (trigo
integral. aveia, arroz integral, farelo de trigo), grãos (legumi-
121. O regime de alimentação preconizado para a criança nosas) e farelos que formam ácido fítico. Resposta d.
nesse início de vida é o de aleitamento materno livre deman-
da, onde a mãe oferece para criança sempre que ela solicitar, 126. Ganho de 750 gramas em um mês indica incremento de
sem esquemas rígidos de horários. As demais afirmativas são 25 g/dia, que está absolutamente adequado para a idade da
absolutamente corretas. Resposta c. criança. Relembrando: 25 a 30 g/dia no primeiro trimestre, 20
g/dia no mínimo no segundo trimestre, 15 g/dia no terceiro
122. Baixo peso para idade se avalia pelo referencial peso para trimestre e 10 g/dia no quarto trimestre. Deve-se manter o
idade. Magreza (até 5 anos de idade) é avaliada pela utiliza- aleitamento materno exclusivo e tranquilizar a mãe. Resposta
ção dos referenciais peso para estatura (menor que z-escore e.
-2) e, mais modernamente, índice de massa corporal (menor
que z-escore -2). Estatura se avalia pelo gráfico estatura para 127. A partir das 34 semanas, de forma geral, entende-se que
idade. Todos esses gráficos, preferencialmente devem ser o já se estabeleceu a capacidade da criança sugar. O leite ma-
spreconizados pela OMS (MGRS-2006). Resposta d. terno é o padrão ouro de alimentação no período neonatal,
ainda mais nos prematuros. Portanto, o leite materno já pode
123. Mãe que tenha apresentado varicela até 5 dias antes ou 2 ser oferecido diretamente no seio materno. Resposta e.
dias após o parto pode transmitir a doença à criança. Nesses
casos, está indicado o isolamento da mãe na fase contagiante 128. O leite materno deve ser indicado e mantido, de forma
das lesões até a fase de crosta, além da administração, o mais exclusiva, se os parâmetros clínicos de boa evolução ponde-
precocemente possível, de imunoglobulina específica contra ral e hidratação estiverem mantidos. Aos dez dias de vida a
varicela (VZIG) na criança. O recém-nascido deve ficar em ob- produção de leite pela mãe pode não ser ainda muito grande.
servação até o 21º dia de vida. Também não se sabe se o vírus A sucção da criança, desencadeando o reflexo de produção e
poderia ser encontrado no leite materno e se poderia infectar a tranquilidade materna, facilitando ejeção, colaboram para
a criança. Assim, durante esse período, o leite materno pode o estabelecimento de uma lactação adequada e sem dificul-
ser ordenhado e oferecido ao recém-nascido. Para mães com dades. Na primeira semana há, basicamente, produção de
tuberculose, as recomendações para amamentação dependem colostro, seguido por um leite que ainda não será o definitivo
da época em que foi feito o diagnóstico da doença. Segundo a (leite de transição). Resposta a.
OMS, não há necessidade de separar a mãe da criança e, em
circunstância alguma, a lactação deve ser impedida. O bacilo 129. Lembremos da dose profilática de ferro para prematuros
de Koch excepcionalmente é excretado pelo leite materno, e, se e RN baixo peso:
houver contaminação do recém-nascido, geralmente a porta de €€ acima de 1.500 g = 2 mg/kg/dia no primeiro ano de vida
entrada é o trato respiratório. Mãe vacinada pode amamentar.
e 1 m/kg/dia no segundo ano de vida;
Os vírus das hepatites B e C são transmitidos pelo contato com
€€ acima de 1.000 g = 3 mg/kg/dia no primeiro ano de vida
sangue e secreções genitais. O antígeno de superfície do vírus
da hepatite B (HBsAg) tem sido detectado no leite de mulheres e 1 m/kg/dia no segundo ano de vida;
soropositivas para o HBsAg, e é possível que pequenas quan- €€ abaixo de 1.000 g = 4 mg/kg/dia no primeiro ano de vida
tidades de sangue possam ser ingeridas pelo recém-nascido e 1 m/kg/dia no segundo ano de vida.
durante amamentação, a partir de lesões nos mamilos, mesmo Resposta d.

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4 Tópicos de nutrologia

130. Questão conceitual sobre a importantíssima exposição afirmativa V está correta pois a única contraindicação para
solar da criança pequena. Lembrar da utilização do filtro de amamentação na mastite seria a presença de abscesso com dre-
proteção solar somente após os seis meses de idade. A expo- nagem para área de pega. A alternativa VI também está correta
sição deve ser precoce; os números apresentados foram de- pois é sabido que as maiores concentrações de proteína e cálcio
finidos por trabalhos e essa é a recomendação da Sociedade (material de “incorporação”) estão no leite bovino (animal que
Brasileira de Pediatria. Resposta d. mais cresce no primeiro ano de vida, quando comparado ao se
humano); já a lactose está presente em maior concentração no
131. Isso não é diarreia: é reflexo grastrocólico exacerbado! leite humano. Embora não melhor explicitado no enunciado, a
Deve-se manter o regime de aleitamento materno exclusivo. A alternativa VII está incorreta, pois a biodisponibilidade do fer-
questão poderia ter sido mais clara na informação do peso de ro no leite humano é cinco vezes maior que no leite de vaca e
alta, pois este é menor que o peso de nascimento, permitindo não a concentração (esta é um pouco maior no leite de vaca); a
melhor a avaliação do ganho ponderal do bebê. Resposta a. concentração de lactoferrina é verdadeiramente maior no leite
humano. A alternativa mais difícil que requer memorização
e conhecimento mais específico se refere às drogas contrain-
132. Informação absolutamente variável de mãe para mãe. dicadas na amamentação. Carbamazepina é droga compatível
Mas, diante das alternativas, a resposta D a mais plausível. O com amamentação (talvez essa informação seja importante
leite é considerado definitivo na sua composição a partir dos memorizar devido ao uso frequente desta droga na clínica),
15 dias de vida. A produção da primeira semana ainda é de o que torna a alternativa III inválida. Sertralina e Haloperidol
colostro (pequena quantidade). Resposta d. são drogas com efeitos ainda desconhecidos e que merecem
cuidados (uso criterioso). Resposta a.
133. O que define obesidade exógena ou nutricional (98%
dos casos) é a história, a estatura adequada e a velocidade
137. O leite humano é um dos leites dos mamíferos que mais
de crescimento normal. Obesidade com baixa estatura e al-
contém lactose. Proteínas, cálcio (em quantidade absoluta),
teração de velocidade aponta para causas intrínsecas e sin-
fósforo (em quantidade absoluta) e sódio estão em maior
drômicas. O valor do IMC em nada ajuda nesse diagnóstico
concentração no leite bovino. Resposta a.
diferencial. Resposta b.

138. Trata-se da questão clássica sobre a tríade laboratorial do


134. Valem as mesmas considerações realizadas para a ques-
raquitismo carencial: cálcio sérico normal ou pouco diminuído
tão pregressa: o que define obesidade exógena ou nutricional
(geralmente normal pela ação do PTH que mantém a calcemia),
(98% dos casos) é a história, a estatura adequada e a veloci-
fósforo sérico sempre diminuído (com fosfatúria elevada, pois
dade de crescimento normal. Obesidade com baixa estatura
há ação do PTH de inibição da reabsorção renal de fósforo) e
e alteração de velocidade aponta para causas intrínsecas (pa-
fosfatase alcalina elevada por atividade osteoblástica. A calciúria
tológicas) e sindrômicas. Resposta e.
pode estar normal ou diminuída (não aumentada). Resposta a.

135. Questão clássica sobre o principal ponto técnico a ser ob-


139. Lembre-se que a habilidade de sucção costuma estar
servado na técnica de amamentação. A pega deve ser ampla,
presente no recém-nascido após a trigésima quarta semana
de todo o complexo areolomamilar, geralmente com lábios in-
de gestação! Resposta e.
feriores evertidos. Para retirar o RN da mama, basta a mãe ob-
servar o fim da amamentação e da sucção da criança (saciedade
140. Questão clássica, recorrente em provas. Diante de qualquer
e esvaziamento). O início da amamentação deve ser precoce,
problema em amamentação a primeira providência é: avaliar e
mas não a partir da quarta hora de vida e sim a partir do mo-
corrigir imediatamente a técnica da amamentação! Essa questão
mento de nascimento. No engurgitamento deve ser orientado
já apareceu no TEP em anos anteriores. Resposta e.
fundamentalmente o esvaziamento (ordenha) e as medidas
analgésicas complementares (aí sim com compressas mornas/
frias alternadas). Não há nenhuma recomendação específica de 141. Lembre-se que a habilidade de sucção costuma estar
contraindicação ao aleitamento pelas perdas maternas e sim, presente no recém-nascido após a trigésima quarta semana
obviamente, pelo estado clínico da puérpera. Resposta d. de gestação! Resposta e.

136. O colostro tem uma concentração de lípides bem me- 142. Questão absolutamente tranquila, fácil. A afirmação A
nor que o leite maduro definitivo, justificando seu aspecto é totalmente correta, exceto pela expressão “láctica”. O colos-
mais aquoso e fluido e, portanto, menos calórico. O colostro tro é formado basicamente por proteínas e é responsável pela
é fundamentalmente uma secreção imunológica com grande proteção imunológica do bebê muito pequeno e não pela ma-
concentração de imunoglobulinas (fundamentalmente IgA nutenção do peso, que, inclusive, diminui nos primeiros dias
secretora) e proteínas de defesa, como a clássica lactoferrina; de vida. Técnica correta (pega e sucção) e tranquilidade ma-
portanto, tem maior quantidade de proteínas que o leite ma- terna representam os principais determinantes da duração e
duro e não o que está referido na afirmativa II (alternativas B qualidade do aleitamento; sendo que a pega deve incluir o
e D eliminadas). Entendo que a fase 2 da lactogênese, nesse bico e grande parte da aréola. (o que poderia estar melhor
enunciado, se refira ao reflexo de ejeção, que depende menos descrito na afirmação D). Porém, esse detalhe não inviabiliza
da sucção e mais do reflexo psicossomático da ocitocina. A o gabarito da questão. Resposta c.

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143. Lactente maior que 1 ano, com desnutrição tipo edema- queta) raramente é identificado nas lesões. Assim, não há con-
tosa, palidez, hepatomegalia que pode corresponder à estea- traindicação à amamentação após o tratamento adequado. Mães
tose hepática, sugere quadro de desnutrição grave edematosa portadoras de toxoplasmose podem amamentar. Resposta c.
do tipo kwashiorkor com anemia associada, possivelmente
ferropriva. A hipótese da síndrome nefrótica fica a princípio 147. A introdução dos alimentos, com especial atenção ao
descartada pela idade, pela hepatomegalia e pela ausência de aporte de ferro ao lactente deve ser realizada a partir dos seis
outras queixas (vide capítulo específico). Resposta e. meses e não aos quatro meses de idade; até esse momento, o
regime de alimentação indicado é o de aleitamento natural
144. Em várias doenças virais maternas, tais como hepatite, exclusivo. Resposta c.
herpes vírus, sarampo, caxumba e rubéola, dentre outras, pode
haver excreção de vírus no leite humano. Porém, exceto para 148. O número de refeições apresentados na alternativa A
as infecções causadas pelos retrovírus – vírus da imunodefici- está correto, incluindo, portanto, já os lanches dos intervalos
ência humana (HIV-1), vírus T-linfotrópicos humanos tipo I da manhã e da tarde, mantendo a regularidade e a não per-
(HTLV I) e vírus T-linfotrópicos humanos tipo II (HTLV II) –, manência por tempos prolongados em jejum. O que torna
a transmissão por essa via tem pouco valor epidemiológico. Na essa alternativa inválida, entretanto, é a afirmação de que ali-
maioria das doenças viróticas maternas, outras fontes de con- mentos devem ser oferecidos nos intervalos. A alternativa B
taminação para o recém-nascido devem ser avaliadas antes de é duvidosa pois, para os menores de 12 meses, o leite de vaca
se atribuir essa possibilidade apenas ao aleitamento. O risco de não é recomendado, o que não ocorre, após esta idade, onde
transmissão pode estar aumentado nos casos de infecção agu- o leite e derivados deve ser oferecido (em torno de 600 mL/
da no momento do parto, uma vez que o leite pode conter ele- dia no segundo ano de vida). Alimentar-se em frente à TV é
vada concentração de partículas virais e baixos títulos de an- claramente um fator de risco para obesidade. A questão po-
ticorpos protetores capazes de neutralizar o agente infeccioso. deria ter uma redação bem melhor. Resposta c.
Portanto, de modo geral, não há contraindicação formal para
amamentação na maioria dos casos de doenças virais, exceto
149. Questão péssima sob o ponto de vista da redação (é exa-
para o grupo dos retrovírus. Nos casos de hepatite B, a criança
tamente esse o enunciado!?). A literatura médica em geral dá
deve recebe vacina e imunoglobulina específica nas primeiras
respaldo convincente para a recomendação de que as mães por-
12 horas de vida. Nas formas aguda e crônica da doença de
tadoras crônicas do vírus da hepatite B amamentem ao seio os
Chagas, estudos mostram que o Trypanosoma Cruzi pode ser
seus filhos, mesmo que elas sejam HBeAg positivas. O vírus da
isolado no leite materno. Embora possam aparecer sequelas
hepatite B tem sido encontrado no leite materno. No entanto,
tardias, a doença aguda no lactente tende a evoluir de forma
não há evidências epidemiológicas de que o aleitamento ma-
benigna. Esse fato, juntamente com a raridade da transmissão
terno aumente o risco de transmissão mãe-bebê da hepatite B,
da doença, justifica a manutenção do aleitamento materno em
mesmo sem vacinação. Recomenda-se que os recém-nascidos
mulheres com a forma crônica da doença, exceto se houver
filhos de mães portadores do vírus da hepatite B recebam a
sangramento e fissura no mamilo. Nos casos de doença aguda,
primeira dose da vacina contra hepatite B logo após o nasci-
a nutriz não deve amamentar. Resposta e.
mento, nas primeiras 12-24 horas (quanto mais cedo melhor)
e imunoglobulina específica (0,5 mL) – sempre que disponível
145. Peso (em quilos) dividido pelo quadrado da altura (em
– tão logo quanto possível, dentro dos primeiros sete dias após
metros) determina o chamado índice de Quetelet ou índice
o nascimento. É importante salientar que não há necessidade de
de massa corporal, principal parâmetro gráfico para o diag-
retardar o início da amamentação até que a criança esteja imu-
nóstico nutricional de sobrepeso e obesidade, não somente
nizada. Resposta a.
em crianças como em adultos também. Resposta b.

150. Questão bastante simples, sendo as afirmativas incorre-


146. Em várias doenças virais maternas, tais como hepatite, tas muito fáceis de reconhecer. Atenção deve ser dada às mães
herpes vírus, sarampo, caxumba e rubéola, dentre outras, pode com quadros psiquiátricos graves puerperais (psicose), quan-
haver excreção de vírus no leite humano. Porém, exceto para as do, para a segurança do bebê, o contato com a mãe deve ser
infecções causadas pelos retrovírus – vírus da imunodeficiência evitado. Obviamente o sistema de alojamento conjunto dimi-
humana (HIV-1), vírus T-linfotrópicos humanos tipo I (HTLV nui a incidência de infecção hospitalar. As demais afirmativas
I) e vírus T-linfotrópicos humanos tipo II (HTLV II) –, a trans- são absolutamente corretas. Resposta e.
missão por essa via tem pouco valor epidemiológico. A sífilis
é uma doença essencialmente transmitida por contato sexual,
mas existem outras formas de transmissão, como contato com 151. Nenhuma das medicações utilizadas por esta mãe, em
pessoa com lesões ativas em mucosas, região genital e mamas. doses habituais, são contraindicações ao aleitamento materno.
Não há evidências de transmissão pelo leite humano, sem lesões Portanto, o aleitamento materno deve ser liberado e incentiva-
de mama. A nutriz com sífilis primária ou secundária acome- do. Resposta b.
tendo a mama pode infectar a criança pelo contato das lesões
com as mucosas. Se as lesões estão nas mamas, sobretudo na 152. Trata-se de questão difícil, específica, mas, por eliminação, o
aréola, amamentação ou uso de leite ordenhado está contrain- gabarito torna-se fácil. O parasita da doença de Chagas é excreta-
dicado até o tratamento e a regressão das lesões. Com 24 horas do sim pelo leite materno e, durante a fase aguda, o aleitamento
após o tratamento com penicilina, o agente infeccioso (espiro- deve ser evitado (parasitemia). O teor de cálcio no leite de vaca é

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4 Tópicos de nutrologia

superior ao do leite humano; o que é maior no leite huma- 156. Na tabela abaixo, os sinais clínicos de doenças mais fre-
no é a disponibilidade, pela relção Ca/P de 2:1, que favorece quentes em crianças e adolescentes com excesso de peso
muito a absorção. O teor de proteína do leite humano não :
se modifica com a duração da mamada; isso ocorre com a Dermatológicos: Acanthosis nigricans, infecção fúngica, es-
concentração lipídica. A lactoferrina é um quelante do ferro, trias, celulite, acne, hirsutismo, furunculose
que exerce efeito imunoprotetor por sua ação bacteriostáti- Ortopédicos: joelho valgo (genu valgum), epifisiólise de cabeça
ca sobre as enterobactérias (não deixando o ferro disponível do fêmur, osteocondrites, artrites degenerativas, pé plano
para o seu metabolismo). Resposta a. Cardiovasculares: hipertensão arterial sistêmica
Respiratórios: síndrome da apneia obstrutiva do sono, asma
Hepáticos: colelitíase, doença gordurosa não alcoólica
153. A maior contraindicação ao aleitamento materno ainda Gastrointestinais: refluxo gastroesofágico, constipação intestinal
é a infecção pelo HIV. Em várias doenças virais maternas, tais Geniturinários: síndrome dos ovários policísticos, pubarca
como hepatite, herpes vírus, sarampo, caxumba e rubéola, precoce, incontinência urinária
dentre outras, pode haver excreção de vírus no leite humano. Sistema nervoso: problemas psicossociais
Porém, exceto para as infecções causadas pelos retrovírus – Metabólicos: alterações do metabolismo glicídico (hiperglice-
mia e resistência periférica à insulina), hiperlipidemia
vírus da imunodeficiência humana (HIV-1), vírus T-linfotró-
picos humanos tipo I (HTLV I) e vírus T-linfotrópicos huma- Resposta d.
nos tipo II (HTLV II) –, a transmissão por essa via tem pouco
valor epidemiológico. A sífilis é uma doença essencialmente 157. A descrição de apatia, anorexia e, principalmente, das
transmitida por contato sexual, mas existem outras formas manchas conjuntivais (Bitot), sinalizam o diagnóstico de hi-
de transmissão, como contato com pessoa com lesões ativas povitaminose A, condição comum associada aos quadros de
em mucosas, região genital e mamas. Não há evidências de desnutrição crônica. Resposta a.
transmissão pelo leite humano, sem lesões de mama. A nu-
triz com sífilis primária ou secundária acometendo a mama 158. O leite humano pode perfeitamente ser mantido refrige-
pode infectar a criança pelo contato das lesões com as muco- rado, na porta da geladeira, por cerca de 24 horas, mantendo-
sas. Se as lesões estão nas mamas, sobretudo na aréola, ama- -se, dessa forma, o regime de aleitamento materno exclusivo
mentação ou uso de leite ordenhado está contraindicado até indicado até os seis meses de idade. As alternativas C e D são,
o tratamento e a regressão das lesões. Com 24 horas após o portanto, absurdas, pois desestimulam o aleitamento natural.
tratamento com penicilina, o agente infeccioso (espiroqueta) Não há necessidade de congelar o leite materno nessa situa-
raramente é identificado nas lesões. Assim, não há contrain- ção, o que tecnicamente seria mais complicado, quando se
dicação à amamentação após o tratamento adequado. Mães pode manter o leite refrigerado. Resposta a.
portadoras de toxoplasmose podem amamentar. Resposta e.
159. Questão puramente teórica. O aleitamento materno
154. Calculando-se o índice de massa corpórea (IMC), pela costuma ser classificado em:
fórmula peso/altura2, obtemos facilmente (o examinador €€ aleitamento materno exclusivo: criança recebe somente
ajudou muito na matemática!) o valor de 20. A posição des- leite materno, direto do seio ou ordenhado, sem outros
se valor no gráfico de IMC apresentado está acima do per- líquidos ou sólidos, com exceção das gotas de vitaminas;
centil 97 para a idade, caracterizando o diagnóstico gráfico €€ aleitamento materno predominante: além do leite mater-
nutricional de obesidade para a criança em questão. Embora no a criança recebe água ou bebidas à base de água;
a dosagem de hormônios tireoidianos seja questionada por €€ aleitamento materno: a criança recebe leite materno, in-
alguns autores, pura e simplesmente para o achado de obesi- dependentemente de estar recebendo ou não outros ali-
dade, não existe dúvida de que o perfil lipídico e a glicemia de mentos
jejum devam ser obtidos (assertiva III correta). A principal €€ aleitamento materno complementado: a criança, além do
etiologia da obesidade é a de causa exógena, primária ou nu- leite materno, recebe qualquer alimento sólido ou semis-
tricional (assertiva II falsa). Sabe-se que o obeso comumente sólido com a finalidade de complementar o leite humano
amadurece mais precocemente, avançando em sua idade ós- e não de substituí-lo (leites de outras espécies não são
sea e puberdade (assertiva I correta). Resposta d. considerados alimentos complementares). Resposta a.

155. Que pena! Assunto tão importante, abordado de modo 160. Banhos de sol e exposição solar das mamas são medi-
tão simples na questão. Obviamente a alternativa B está in- das que podem ser indicadas; não se utilizam pomadas ou
correta. “Tratamentos medicamentosos não podem” – claro cremes nos mamilos nem se ordenha o peito para a retirada
que não representam a primeira linha de tratamento, mas de colostro no pré-natal. Questão absolutamente tranquila.
nem todos estão proibidos abaixo de 18 anos, com suas in- Resposta b.
dicações bem específicas, em alguns grupos de pacientes pe-
diátricos (fluoxetina, sertralina, metformina, por exemplo, 161. Descreve-se que a involução uterina pós-parto é mais
são liberados para adolescentes). A maioria dos quadros de rápida e menos suscetível a complicações nas mães que ama-
obesidade é nutricional ou exógena. As de causa sindrômi- mentam (efeito da ocitocina). A alternativa A até poderia ser
ca geralmente cursam com BE. A avaliação da glicemia e da confundida, mas a amenorreia da lactação não pode ser con-
resistência à insulina é regularmente realizada no paciente siderada um método de contracepção efetivo. Resposta d.
obeso. Resposta b. 162. Lactente (clássico grupo de risco para ferropenia) com

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Puericultura | Questões para treinamento

anemia: a primeira avaliação, ou seja, a primeira investigação 169. Está é a correta orientação da adequada puericultura:
deve ser no sentido da verificação da alimentação rotineira consultas seriadas de seguimento pediátrico. Intercorrências
do bebê. Decorre dos erros alimentares a principal causa de farão os intervalos entre as consultas diminuírem. Questão
anemia na infância, a anemia ferropriva. Resposta a. absolutamente teórica, pois este esquema de seguimento em
cada serviço, em cada comunidade, costuma ser adaptado
163. Anemia ferropriva não justificaria, isoladamente, um em relação à demanda. Correto.
quadro de desaceleração tão importante do crescimento
somático dessa criança; precisaria ser grave e mais crônica. 170. Adolescente sedentário, com alimentação incorreta e
É intuitivo pensar que algum problema na alimentação da irregular, com IMC entre o percentis 85 e 95 da curva refe-
criança, quantitativa e qualitativamente errado estaria in- rencial é classificado como sobrepeso; obesidade seria diag-
terferindo no crescimento, particularmente, pois os demais nosticada graficamente se o percentil de IMC se localizasse
sistemas estão adequados (não há clínica associada, por acima do valor 95. Resposta b.
exemplo, de alergia ao leite de vaca. Não vejo, entretanto, jus-
tificativa para desconsiderar totalmente a alternativa A, na 171. Uma das principais características do leite humano é a
sua forma aguda, que compromete a curva de crescimento sua riqueza em lactoferrina, quelante do ferro, ajudando, des-
e está intimamente associada ao conteúdo da alternativa E. sa forma, na formação de uma microbiota específica (pobre
Resposta e (com ressalvas). em enterobactérias). Lembre-se de que a lactoferrina com-
bina-se com o ferro. Para conhecimento: as fórmulas atuais
164. Quadro menos frequente, devido à isoniazida, princi- são enriquecidas com ferro. A suplementação profilática com
palmente, efeitos colaterais podem ocorrer em reduzido nú- ferro está indicada, pela SBP, para todas as crianças após o
mero de casos, particularmente em pessoas desnutridas e em desmame (que ocorra sem fórmulas infantis). Resposta c.
mau estado geral. São reações do sistema nervoso central,
como euforia e excitabilidade psicomotora. Podem ocorrer, 172. Questão muito específica, mas intuitivamente e, por eli-
ainda, erupções cutâneas, formigamentos nos lábios e nas ex- minação, a resposta é obtida, visto que nas alternativas B, C
tremidades, náuseas e vômitos. São sintomas reversíveis, que e D, de certa forma, o examinador nega a importância do
desaparecem com a suspensão da droga e podem ser corrigi- aleitamento materno sobre o desenvolvimento da fala. Quan-
dos ou evitados com a administração simultânea de pirido- to à alternativa E, é claro que nos preocupamos com o po-
xina (vitamina B6). Questão difícil e específica. Resposta b. sicionamento adequado da criança durante a amamentação.
Resposta a.
165. Instintivamente observamos a “normalidade” nesse
enunciado. Refluxo gastroesofágico fisiológico, sem reper- 173. O déficit de vitamina C associa-se à deficiência de for-
cussões ponderais na criança, as “cólicas” normais desse pe- mação da substância intercelular e caracteriza-se por hemor-
ríodo, o desenvolvimento normal da criança, apontam para ragias cutâneas e hematomas gengivais. Dor à manipulação
a única conduta a ser tomada: manter aleitamento materno, dos membros pode ocorrer devido às hemorragias subpe-
posicionar a criança adequadamente após mamadas e orien- riostais. Resposta c.
tar a mãe sobre o quadro da criança. Resposta e.

166. Osteomalácia é um nome genérico que define a defici- 174. Terminada a etapa de aleitamento materno exclusivo
ência de mineralização da matriz óssea; com o alargamen- (seis primeiros meses de vida da criança), indica-se ainda
to epifisário, rosário raquítico e deformidades diafisárias, a postergação desse alimento (o leite humano deve ser in-
constituem pontos diagnósticos fundamentais do raquitismo centivado até os dois anos de vida da criança); porém, pa-
carencial. Nictalopia (cegueira noturna) e manchas de Bitot ralelamente, indica-se a introdução dos novos alimentos,
apontam para o diagnóstico de hipovitaminose A. Diarreia, iniciando-se pelas frutas, de maneira gradual. Aos seis meses
demência e dermatose constituem a tríade típica da pelagra há indicação de manter exclusividade do aleitamento natural.
(déficit de niacina). Resposta a. Apenas na ausência do leite materno (impossibilidade) está
indicada a introdução de fórmula láctea. Resposta b.
167. A hipovitaminose A, embora subclínica em inúmeras
crianças (chama atenção esse fato em crianças brasileiras), é 175. Essa é uma questão sobre o clássico fator facilitador da
caracterizada particularmente pelas manifestações oculares, absorção do ferro não heme: ácido ascórbico. Daí, a comum
iniciando-se pela cegueira noturna (inaptidão visual ao es- orientação da oferta de ferro se seguir com a oferta de um
curo), e progressivamente evoluindo com olho seco (xerose suco de fruta, rico em vitamina C. Resposta b.
conjuntival). Lembrar da clássica mancha de Bitot na conjun-
tiva bulbar. Resposta a. 176. Questão fácil e tranquila: um presente do examinador.
Aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e
168. Está correta a orientação do pediatra, pois o ganho de incentivado até os dois anos de idade. Após seis meses, de
peso encontra-se absolutamente dentro do esperado (25-30 forma lenta e gradual, realiza-se a introdução da alimentação
g/dia = 750 g/mês), sendo mantido o acompanhamento na complementar. Hoje, modernamente, em alimentação infan-
puericultura e o regime alimentar de aleitamento materno til não se adotam esquemas e horários rígidos para a criança.
exclusivo até os seis meses de idade. Correto. Resposta c.

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231
4 Tópicos de nutrologia

177. A alternativa A apresenta os clássicos fatores de prote- tratamento ou em início de tratamento pode amamentar
ção do leite humano, que favorecem a proteção anti-infec- seu filho desde que haja precaução respiratória. Mães com
ciosa conferida por essa alimentação. Essa proteção é ampla, hepatite B, tendo seus filhos sido vacinados precocemen-
não se restringindo apenas à doença diarreica: infecções de te (primeiras 12 horas) e recebido imunoglobulina podem
vias aéreas, doenças alérgicas, doenças crônicas, são exem- amamentar. Resposta c.
plos de afecções menos comuns em crianças amamentadas.
A exclusividade do aleitamento materno deve ser até os seis 185. Não importando a memorização da cifra bioestatística,
meses. A alternativa D é absurda e nem merece comentários! todos sabem que crianças pequenas amamentadas exclusi-
Resposta a. vamente ao peito são mais protegidas particularmente para
doenças diarreicas e afecções respiratórias, com repercussão
178. O leite de vaca, quando comparado ao leite humano, positiva no risco de morte. Correto.
tem menor biodisponibilidade de ferro e excesso de prote-
ínas e eletrólitos. Comumente se descreve, em crianças pe- 186. Não existe diferença significativa na composição do leite
quenas submetidas ao leite de vaca, a perda crônica de ferro materno quando comparado às mães mais jovens ou mais ve-
pelas micro-hemorragias intestiais (sangue oculto positivo). lhas, as de melhor ou pior nível socioeconômico, as nutridas
A questão poderia estar mais bem redigida, mas o fato é que versus desnutridas (talvez apenas a quantidade vitamínica
o leite de vaca interfere sim na absorção do ferro (fica a per- que tem relação direta com a ingestão). Errado.
gunta: o que o examinador quer dizer com contribui? Inter-
fere ou ajuda?). Resposta d.
187. Teorização sobre o papel protetor do leite humano: con-
tra doenças agudas (diarreicas e infecciosas respiratórias, por
179. Trata-se de um bebê que está sendo alimentado com exemplo), doenças crônicas (imunoalérgicas, por exemplo).
o melhor alimento para essa faixa etária; a própria questão Correto.
aponta isso, pois diz: “apresenta bom estado geral e nutri-
cional”. Apenas para complementação, o reflexo gastrocólico
exacerbado é mais comumente verificado nos primeiros dois 188. Cada vez mais se valoriza o contato precoce mãe-filho,
meses de vida, na criança em aleitamento. Uma intolerância preferencialmente já na sala de parto, como reforçador de
ou doença comprometeria o estado nutricional, numa época vínculo e facilitador para o estabelecimento de um regime
em que esse parâmetro é absolutamente sensível. Resposta d. alimentar apropriado para o recém-nascido. É considerado
hoje uma das grandes condições para um prognóstico bom
da amamentação natural. Correto.
180. A associação com o botulismo infantil é a principal ex-
plicação para a contraindicação formal do mel de abelhas
para o lactente menor de um ano de idade. Resposta c. 189. Esses são os valores clássicos para a recomendação pro-
filática; temos utilizado cerca de 500 UI diárias em regiões
com exposição solar irregular e falha, dos quinze dias de vida
181. Além do reflexo gastrocólico exacerbado (aumento do até os dois anos de idade. Somos um país tropical, mas ape-
número de evacuações na criança pequena), a outra apre- nas abrimos mão dessa suplementação, particularmente nos
sentação espectral da evacuação do lactente amamentado estados das regiões Norte e Nordeste. Resposta a.
exclusivamente com leite humano é a obstipação fisiológica,
conforme descrição no enunciado desta questão. Eventual-
mente, até 5 a 7 dias de observação pode ser instituído se não 190. Na eventual condição de ofertarmos leite de vaca para
houverem sintomas/sinais de gravidade. Resposta c. uma criança pequena ou para uma criança em recuperação
nutricional, além da readequação do valor calórico do leite
182. Dessa vez não foi o perfil laboratorial perguntado e, sim, com a utilização de carboidrato, tolera-se também a adição
o achado clínico típico do alargamento das junções condro- de óleo; lembrar que a gordura colabora com o aumento do
costais (rosário raquítico). Só faltou a descrição de uma de- valor calórico do alimento (1 g = 9 cal). Resposta e.
formidade diafisária em membros inferiores. Resposta b.
191. Criança com cinco meses (aproximando-se do perío-
183. Trata-se de uma criança absolutamente normal, em re- do oficial para o desmame, seis meses) em regime pregresso
gime de aleitamento materno exclusivo, no primeiro mês de de leite materno exclusivo, pode ser orientada no sentido da
vida em regime de livre demanda (o que invalida a alternativa introdução lenta dos alimentos sólidos, mantendo-se a ama-
E) e que tem ganho ponderal adequado. Apresenta também mentação natural em todos os períodos em que a mãe estiver
o clássico reflexo gastrocólico exacerbado, particularmente em casa. Essa opção, caso tenha sucesso, é bem mais adequa-
nos primeiros dias de vida. Espera-se que aos dez dias de vida da do que a introdução do leite artificial. Resposta a.
a criança já tenha alcançado, ou, o que é mais comum, ultra-
passado o peso de nascimento. A média de ganho ponderal 192. O leite materno tem menos proteínas que o leite de vaca
no primeiro trimestre é de 25 g/dia. Resposta a. (também existe a diferença qualitativa na relação caseína/al-
bumina), tem mais lactose que o leite de vaca (lembrar dos
184. Talvez a questão mais clássica sobre contraindicação galactolipídios necessários à maturação neurológica) e me-
para amamentação: mães HIV positivas e com Aids. Mãe nos sais minerais que o leite bovino. Resposta c.
com hanseníase em tratamento, mãe com tuberculose em 193. Importantíssimo lembrar que a sucção do mamilo de-

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232
Puericultura | Questões para treinamento

termina, por arco reflexo, o reflexo universal da produção 200. Na impossibilidade da administração do leite materno, e,
de leite (prolactina). O colostro é mais fluido que o leite nessa questão, referência a uma contraindicação clássica, mãe
definitivo, tendo, portanto, menor concentração lipídica. O HIV positivo (o vírus é transmitido pelo leite materno), deve-
desmame deve ser iniciado, por orientação da OMS, OPAS, -se optar pela administração de uma fórmula infantil, evitan-
MS e SBP, aos seis meses. O leite da mãe do pré-termo tem do-se ao máximo a administração de leite de vaca. Portanto,
mais gorduras, mais imunoglobulinas e mais proteínas (ele- essa criança está adequadamente alimentada. Resposta a.
mentos energéticos, de defesa e construtores – o que faz
muito sentido!). O leite posterior é mais denso e contém 201. O teor de sais minerais é maior no leite de vaca quando
mais gordura que o anterior (inicial), que é mais aquoso. comparado ao leite humano. Quando consideramos o sódio,
Resposta a. esse está em concentração três vezes maior no leite de vaca,
justificando sua diluição quando oferecido ao bebê pequeno.
194. Lembre-se de que o déficit de vitamina C (escorbuto), Resposta a.
na criança, manifesta-se principalmente com sintomas ós-
seos (hemorragias subperiostais), além das clássicas mani- 202. Descrição clássica dos achados do raquitismo carencial;
festações de sangramentos gengivais e nasais. A posição tí- atraso de fechamento de fontanela e erupção dentária, de-
pica de rã e a involução motora são bastante características. formidades ósseas, rosário raquítico, alargamento epifisário
Resposta c. e o perfil laboratorial típico de cálcio normal ou pouco dimi-
nuído, fósforo sérico diminuído e fosfatase alcalina elevada.
195. Questão clássica, conceitual e, atualmente, importante, Resposta a.
pois a classificação gráfica do excesso nutricional se faz pelo
IMC (posição na curva referencial). IMC entre os percentis 203. Fenilcetonúria e galactosemia (doenças da criança) e
85 e 95 caracterizam sobrepeso e, acima deste valor, obesi- Aids ou mãe HIV positivo são as mais clássicas contraindica-
dade. Resposta c. ções ao aleitamento materno. Resposta b.

196. Atualmente, posterga-se a introdução do leite de vaca 204. O craniotabes, amolecimento da díploe óssea da calota
o máximo que puder, iniciando seu uso após o primeiro craniana secundário à descalcificação é um sinal precoce, pri-
ano de vida; embora caloricamente comporte-se semelhan- meira manifestação óssea do raquitismo carencial. Resposta d.
temente ao leite humano, tem excesso de proteínas, excesso
de eletrólitos (aumento da carga de solutos renais) e baixa
disponibilidade de ferro. Quanto a essa última informação, 205. Dentre os alimentos citados, apenas a clara de ovo deve
é nítida a diferença de biodisponibilidade (quase 5 vezes ser postergada para sua introdução após os 10-11 meses. Ce-
maior no leite humano), mas, em termos quantitativos, reais, carne vermelha e suco de laranja são os primeiros ali-
nem leite humano nem leite de vaca (motivo da questão) mentos introduzidos para a criança. Resposta a.
tem quantidades adequadas de ferro após os 6 meses de ida-
de do bebê. Resposta c. 206. Questão conceitual, uma das mais clássicas das provas;
a dose profilática, obrigatória, a ser suplementada para todos
os bebês de risco, até os dois anos de idade. Resposta c.
197. Clássico calendário de introdução dos alimentos para
a criança pequena. Na criança alimentada com fórmula
infantil enriquecida com ferro (disponíveis atualmente no 207. O marasmo caracteriza-se pelo “definhamento” da
comércio), a introdução de novos alimentos segue o calen- criança, que passa fome, com restrição importante calórico-
dário da criança amamentada ao seio materno (6 meses). -proteica. Caracteriza-se por emagrecimento intenso com
Lembrar da orientação da OMS de que o leite materno deve consumo de tecido gorduroso e muscular; não se observam
ser incentivado até os dois anos de idade. Resposta a. edema, lesões de pele e esteatose hepática, característicos do
kwashiorkor. Resposta d.
198. O ideal seria a fórmula infantil de partida; em sua au-
sência, leite de vaca diluído a 2/3 (líquido) ou em pó a 10% 208. O perfil laboratorial típico do raquitismo carencial é:
até os seis meses de idade, com 8% de carboidrato a partir cálcio normal ou pouco diminuído, pela ação do PTH, que
do “segundo mês” (no primeiro mês, apenas os 5% de açú- mantém a calcemia a partir da reabsorção óssea; o fósforo
car, sem os 3% de amido). Portanto, a alternativa B não está sérico é baixo, e o fósforo urinário é alto (inibição da reabsor-
correta. Tudo irá depender do entendimento do que é: “a ção); finalmente, a atividade osteoblástica aumentada justifi-
partir do primeiro mês”. Para o mais purista, resposta e. ca os níveis altos de fosfatase alcalina. Resposta e.

199. Questão fácil, ainda mais quando o examinador deta- 209. Índice de massa corpórea (IMC) entre o percentil 85 e
lha toda a explicação (orientação) que deve ser fornecida às 95 caracteriza graficamente o sobrepeso; IMC acima do per-
mães que estão amamentando. Essas queixas são comuns centil 95 identifica o indivíduo obeso. Resposta c.
e não identificam qualquer anormalidade do bebê, ainda
mais quando o ganho de peso está adequado. Lembre-se do 210. Até 10% de déficit, ou seja, adequação maior do que 90%
reflexo gastrocólico aumentado no primeiro mês de vida, do peso para a idade caracteriza, pela classificação de Gomez,
fato que pode confundir muitos candidatos. Resposta e. eutrofia. Resposta a.

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233
4 Tópicos de nutrologia

% de adequação P/I Avaliação nutricional mam precocemente os seus filhos, se não forem adequadamen-
te orientadas e apoiadas. As mastites são causadas por diversos
> 90 Não desnutrido ou eutrófico micro-organismos, prevalecendo o Staphylococcus aureus como
90-76 Desnutrido de 1º grau (leve) agente etiológico em 50% a 60% dos casos. E. coli é também
75-60 Desnutrido de 2º grau (moderado) agente descrito, em menor frequência. Dentre os fatores que
predispõem à mastite, prevalecem a fadiga, o estresse, fissuras
< 60 Desnutrido de 3º grau (grave)
nos mamilos, obstrução ductal e ingurgitamento mamário. A
Obs.: a existência de edema indica desnutrição de terceiro mastite, quando não tratada precocemente, pode evoluir para
grau, independentemente da %P/I. abscesso. O melhor tratamento é a massagem, seguida de orde-
nha, aplicação de calor local e/ou frio, aumento de ingestão de
211. O escorbuto, déficit de vitamina C (observe que a criança líquidos e repouso. A massagem facilita a fluidificação do leite
tem dieta basicamente láctea), caracteriza-se, na criança, pelos por transferência de energia cinética, utilizada para rompimen-
sangramentos subperiostais, que se manifestam por dores ósse- to das interações intermoleculares que se estabelecem no leite
as e a clássica posição de “rã” e involução funcional. Resposta a. acumulado no interior da mama, além de estimular a síntese
de ocitocina necessária ao reflexo de ejeção do leite. As demais
212. Na alternativa E, apresenta-se o perfil laboratorial típico alternativas estão incorretas: predominam, no leite humano,
da distrofia carencial: cálcio normal ou pouco baixo, fósforo as proteínas não coaguláveis, que, sim, justificam sua melhor
sempre baixo e fosfatase alcalina elevada. O metabolismo do biodigestibilidade. O colostro tem menor quantidade de gor-
cálcio é fundamentalmente mantido pela regulação da ab- duras que o leite definitivo. A ocitocina não é a responsável pela
sorção intestinal e pela disponibilização óssea pelo PTH; o produção e sim pela ejeção do leite. Pudera termos 80% de leite
do fósforo depende, basicamente, da regulação da reabsor- materno exclusivo até os 4 meses! Resposta e.
ção renal e também da disponibilidade óssea (portanto, as
alternativas A e B estão “trocadas”). A causa mais comum, 216. O leite humano tem maior quantidade de lactose que o
em nosso meio, de raquitismo carencial é a interferência no de vaca; menor quantidade de proteínas e quantidades seme-
metabolismo da vitamina D pela dificuldade de exposição lhantes de gordura. Resposta c.
solar e não por síndrome de má absorção (lembre-se de que
“fabricamos” nossa vitamina D). Resposta e. 217. O leite é produzido nos alvéolos mamários pelo estímu-
lo da prolactina. O colostro tem maior quantidade de prote-
ínas que o leite definitivo e menor quantidade de gordura. O
213. Os sangramentos por fragilidade capilar (falta de ci-
leite posterior (fim da mamada) é mais denso, mais espesso,
mento intercelular – alteração do metabolismo do tecido
com maior quantidade lipídica. Resposta a.
conjuntivo) são as principais manifestações do escorbuto.
No adulto, chamam a atenção as epistaxes, gengivorragias e
sangramentos em pele; na criança, além dessas, destacam- 218. Atenção: o RN prematuro, em alimentação exclusiva ao
-se os sangramentos subperiostais e a clássica manifestação seio materno ou mesmo em alimentação artificial, merece su-
de dor óssea. A xeroftalmia costuma ser manifestação do plementação minerálica com ferro, profilática, na dose de 1 a 2
déficit de vitamina A. O beribéri é a manifestação da defi- mg/kg/dia de Fe elementar. Uma leitura mais displicente dessa
ciência de tiamina (vitamina B1). Essa é necessária para a questão leva o examinado a errar facilmente. Resposta e.
síntese de acetilcolina, e a sua falta implica em problemas
com a condução nervosa. A apresentação típica do beribé- 219. Trata-se de um lactente com inadequação do peso para
ri é: fadiga, apatia, irritabilidade, sonolência, anorexia com estatura (normal > 90%) e da estatura para idade (normal >
progressão para neurite periférica (formigamentos e pares- 95%). Segundo os critérios de Waterlow, essa criança é, então,
tesias). Os sintomas paralíticos são mais comuns em adul- classificada como desnutrida crônica. Resposta c.
tos do que em crianças. A pelagra é a apresentação da de-
ficiência de niacina (ácido nicotínico), comum nas regiões 220. Desnutrição acompanhada de edema já é classificada como
onde o milho é a alimentação básica. A tríade clássica da forma grave, e o kwashiorkor é o tipo mais provável de desnu-
pelagra é: dermatite, diarreia e demência, além de anorexia, trição dessa criança: tem mais de um ano de idade, edema (hi-
irritabilidade e glossite, embora não tenham apresentação poproteinemia), lesões de pele (disvitaminoses associadas), ane-
típica na infância. Resposta c. mia carencial e hepatomegalia (esteatose hepática). A alternativa
D é a mais completa para essa questão. Resposta d.
214. Comumente, o leite posterior (final da mamada) é mais
espesso, mais denso, devido ao seu conteúdo maior de lipí- 221. A combinação da absorção relativamente rápida da vita-
dios, diferentemente do leite inicial, mais fluido, mais aquo- mina A e da liberação lenta pode produzir toxicidade aguda,
so, com menor quantidade desses nutrientes. Resposta b. após administração de altas doses, ou crônica, depois de um
período prolongado de ingestão de importantes doses meno-
215. A mastite puerperal ou da lactação é um processo infec- res da vitamina. As manifestações da toxicidade crônica são:
cioso agudo das glândulas mamárias que acomete mulheres em anorexia, irritabilidade, limitação de movimentos e dores
fase de lactação, com achados clínicos que vão desde a inflama- ósseas, craniotabes, eritema e descamação da pele, queilose,
ção local, com sintomas sistêmicos, como febre, mal estar geral, alopecia, hepatomegalia e função hepática anormal. A hiper-
astenia, calafrios e prostração, até abscessos e septicemia. Devi- carotenemia não produz efeitos tóxicos, exceto a coloração
do ao desconforto e à dor, e também por acreditarem que o leite amarelada da pele. Resposta d.
da mama afetada fará mal ao bebê, muitas mulheres desma- 222. Para a alimentação no primeiro ano de vida, insiste-

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234
Puericultura | Questões para treinamento

-se no aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e ali- 230. Com o parto prematuro, as imaturidades fisiológica,
mentação de transição após (com leite materno mantido); metabólica e endócrina da glândula mamária determinam
deve-se evitar a exposição da criança ao leite in natura no alterações na composição do leite materno. Esse apresentará
primeiro ano de vida (sensibilização). Fundamentalmente, 15% a 20% mais proteínas, 40% a 50% mais gordura, 15%
no primeiro ano de vida, o crescimento está na dependência menos lactose e níveis aumentados de IgA. Resposta a.
essencial dos fatores extrínsecos (saúde da criança, alimen-
tação e cuidados), embora pequena colaboração dos fatores 231. Trata-se de situação comum e normal no alojamento
constitucionais existam. O melhor método para acompanhar conjunto: mãe ansiosa, possivelmente ainda não aconteceu
o crescimento é o seguimento da velocidade de crescimento a apojadura, e a quantidade de leite ainda é pequena, porém
e o uso dos gráficos referenciais. O leite materno tem ótima suficiente para o RN. Resposta b.
biodisponibilidade de ferro, ao contrário do leite de vaca. As
vacinas indicadas no primeiro mês de vida são: BCG e Hepa-
232. Questão conceitual sobre o aleitamento natural, que
tite B. Resposta b.
deve ser exclusivo até os 6 meses de idade. As propriedades
protetoras do leite, que não se restringem às doenças diarrei-
223. Espera-se que um recém-nascido amamentado exclu- cas, são conferidas pelos fatores descritos na alternativa C.
sivamente ao peito tenha um ganho ponderal de cerca de 25 Resposta c.
a 30 g/dia no primeiro trimestre de vida. A nutriz deve ser
sempre estimulada a oferecer as duas mamas durante o alei- 233. Não há qualquer necessidade de introdução do leite ar-
tamento. Resposta d. tificial; o aleitamento deve ser estimulado até os 6 meses de
idade. Resposta c.
224. Com um ano de vida, a criança já deve receber a ali-
mentação como todos da casa. Observam-se nessa criança 234. A vitamina D, em nosso meio, deve ser suplementada
diversos erros alimentares, destacando-se: predomínio lác- pela baixa exposição solar e pela quantidade insuficiente no
teo, comida liquidificada e ausência de importantes grupos leite materno (e também no leite de vaca). A melhor digestão,
alimentares. Resposta d. fundamentalmente, se deve à boa relação proteína do soro/
caseína, esta última em menor quantidade do que no leite
225. Destaca-se na composição do colostro, quando compa- de vaca. A concentração de lactose é maior no leite humano.
rado ao leite maduro, sua maior quantidade de proteínas e Resposta c.
imunoglobulinas, sendo menos calóricos (menor quantidade
de gordura) e contendo menos lactose. Resposta b. 235. Indicação precisa de suplementação com Fe, além da
vitamina D. Prematuros nascem com suas reservas de ferro
226. Trata-se de um lactente de 6 meses de idade, cuja indi- depletadas. Resposta b.
cação é de introdução de alimentação de transição. É uma
criança desmamada (já tendo recebido outros alimentos 236. O conteúdo de gordura aumenta durante a mamada,
além do leite materno). Seu leite está inadequadamente pre- mecanismo relacionado à saciedade do bebê, mas não tem
parado. A concentração do leite em pó para essa idade é de relação com o transcorrer do dia! Resposta b.
15% e a de hidrato de carbono é de 5%, dispensando-se nesse
caso os 3% de “farinha”, pois haverá introdução da primeira 237. A causa mais comum de obesidade na infância é a exó-
alimentação salgada e de frutas. Resposta a. gena, decorrente de erros alimentares, que devem ser detec-
tados e corrigidos. Resposta a.
227. Não se realiza suplementação vitamínica ou mineral na
adolescência, exceto em situações especiais como transtor- 238. Cuidado nas questões com essas palavras, como “sem-
nos alimentares (anorexia, por exemplo). Resposta d. pre” ou “nunca”. Lembrar que o cálcio pode estar normal no
início do quadro, por estímulo do paratormônio. Pode haver
228. Lembrar que o critério de Gomez classifica a desnutri- tetania nos quadros graves, mas essa não é a manifestação
ção pela sua intensidade, indicando, de certa forma, prognós- mais frequente. Resposta b.
tico do quadro. Já a classificação de Waterlow nos indica a
duração do processo, podendo ser útil para estabelecimentos 239. O edema tem causa multifatorial no kwashiorkor, estan-
de prioridades de intervenção (pouco se faz nos quadros de do mais associado com a hipoproteinemia. Resposta d.
desnutrição pregressa; entretanto, nos quadros atuais e crôni-
cos, medidas devem ser tomadas!). Resposta e. 240. Trata-se do sinal clínico conhecido como craniotabes,
sinal precoce do déficit de vitamina D ou raquitismo caren-
229. O reflexo lingual possibilita que o alimento sólido cial. Resposta d.
atinja a porção posterior da cavidade oral, como preparo
para sua deglutição, porém não está bem desenvolvido nos 241. Esta é uma questão clássica do raquitismo carencial:
primeiros quatro meses de vida, ocorrendo a extrusão re- com a fosfatase elevada, há estímulo do PTH para aumen-
flexa dos sólidos colocados no segmento anterior da língua. tar a reabsorção de cálcio (manter calcemia a todo custo). O
Resposta b. tratamento é a suplementação com vitamina D. Resposta e.

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235
4 Tópicos de nutrologia

242. As petéquias, sangramento gengival e sangramentos subperiostais (determinado o quadro doloroso), resultam da fragi-
lidade capilar decorrente do escorbuto, deficiência de vitamina C. Observe que o lactente é desnutrido, condição que facilita
a concomitância de quadros deficitários vitamínicos. Em pouco tempo, desaparecem com a suplementação de vitamina C.
Resposta d.

243. Lembrar da deficiência de folato na criança que recebe aleitamento artificial com leite de cabra, bastante pobre nesse
micronutriente. Resposta c.

244. Contraindicação absoluta ao aleitamento; não resta mais dúvidas da transmissão do HIV pelo leite materno. Resposta c.

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Questões para treinamento
5 Segurança e maus tratos em pediatria

A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes.
Albert Einstein

SURCE – 2016 UFRN – 2016


1. Lactente de 5 meses é atendido na emergência, após 3. As injúrias não intencionais apresentam elevadas ta-
passar na Unidade Básica de Saúde, por apresentar xas de morbidade e mortalidade na faixa etária pedi-
irritabilidade seguida de letargia e vômitos. Os sin- átrica. Sobre elas, é CORRETO afirmar:
tomas já duram mais de 1 semana. O pai nega febre a) a idade da criança não interfere na ocorrência do
e outros sinais de doença e a mãe não está presente tipo de injúria nem na maior vulnerabilidade de um
no atendimento. O pediatra solicita parecer do neu- gênero sobre o outro
rologista, que constata hemorragia retiniana no exa- b) as condições socioeconômicas, o grau de escolarida-
me e solicita tomografia computadorizada de crânio, de dos pais e famílias numerosas não têm interferên-
que revela edema cerebral e hematoma subdural. A cia na ocorrência dessas injúrias
situação descrita acima é fortemente sugestiva de que c) a ocorrência é menor em famílias monoparentais e
condição? com melhores condições socioeconômicas
a) síndrome do bebê sacudido d) a idade é um importante fator que condiciona o tipo
b) meningite bacteriana de injúria, determinando as chamadas “janelas de
c) epilepsia do lactente vulnerabilidade” e a gravidade da injúria
d) meningite viral
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UNIFESP – 2016
UFRN – 2016
4. Um lactente de 2 meses é trazido ao Pronto Socorro
2. Criança de 3 anos chega em pronto socorro com quei-
pela mãe devido ao quadro de choro intenso. Ela re-
madura envolvendo toda a mão direita (em luva) com
lata que a criança rolou da cama e caiu no chão. A to-
limites bem definidos – linha regular até onde esse
mografia de crânio revela hematomas subdurais e no
membro havia sido mergulhado no líquido quente.
exame físico observa hemorragia retiniana bilateral.
Esses achados são característicos de
Qual a hipótese diagnóstica?
a) injúria não intencional
a) coagulopatia
b) acidente doméstico
c) injúria intencional b) cefalo hematoma
d) autoagressão c) trauma acidental
d) malformação vascular do SNC
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) abuso físico
237
5 Segurança e maus tratos em pediatria

FMABC – 2015 a) o médico deve ser isento de sanção se deixar de co-


5. Qual a melhor técnica para o exame físico de uma municar a autoridade competente os casos, de que
criança chorosa? tenha conhecimento, que envolvam a suspeita ou
a) pedir auxílio para mãe para conter a criança na confirmação de maus tratos contra a criança ou ado-
maca, possibilitando assim o exame físico completo lescente
b) conter a criança na maca sem o auxílio materno (se b) o hospital e estabelecimentos similares são obriga-
necessário solicitar enfermagem) e examiná-la com- dos a identificar o recém-nascido, mediante registro
pletamente de sua impressão plantar e digital e da impressão di-
c) basear-se mais na anamnese para a tomada de con- gital da mãe, sem prejuízo de outras formas norma-
duta, pois o exame físico estará prejudicado de qual- tizadas pela autoridade administrativa competente
quer maneira c) os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos
d) tentar realizar a maior parte do exame físico no colo contra criança ou adolescente devem ser, obrigato-
da mãe, iniciando-se pela ausculta pulmonar e cardí- riamente, comunicados ao Conselho Tutelar da res-
aca, deixando a visualização da orofaringe por último pectiva localidade, sem prejuízo de outras providên-
cias legais
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) os estabelecimentos de atendimento a saúde devem,
nos casos de internação de criança ou adolescente, pro-
FMJ – 2015 porcionar condições para a permanência, no local, em
6. Qual a posição recomendada para o lactente dormir tempo integral, de um dos pais ou responsável.
no primeiro ano de vida?  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) decúbito dorsal
b) decúbito lateral esquerdo
c) decúbito lateral direito UFMA – 2015
d) decúbito ventral 10. Assinale a alternativa CORRETA, que se refere ao
e) decúbito elevado acidente responsável pelo maior número de casos de
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA mortalidade em crianças menores de cinco anos.
a) afogamento
b) queimadura
FMJ – 2015 c) intoxicação aguda
7. Por falhas na prevenção de acidentes, uma criança d) automobilístico
de dois anos teve uma queimadura por escaldadu- e) queda
ra no braço direito. Qual a conduta inicial indicada
nesse acidente?  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) comprimir o local da queimadura
b) aplicar água fria Hospital Albert Einstein – 2015
c) usar cremes de barreira emolientes 11. Menino de 3 meses de idade chega no pronto-socor-
d) curativo com antibiótico ro acompanhado pela avó materna que conta que a
e) antibioticoterapia sistêmica
criança, há 3 horas, apresenta choro importante. A
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA avó acha que o neto caiu do berço quando estava com
o pai. Nega febre, alterações gastrointestinais ou ou-
tros sinais e sintomas. Ao exame físico está em BEG,
UERN – 2015 corado, choroso e hidratado. Chora com a manipu-
8. Mãe comparece a Unidade Básica de saúde levando lação do membro inferior esquerdo, sem outras al-
menina de cinco anos com quadro clínico compa- terações ao exame. Realizada radiografia simples de
tível com virose respiratória. Durante a consulta a membro inferior esquerdo que mostrou fratura espi-
mãe começa a chorar e relata desconfia que seu par- ralada em fêmur esquerdo. Qual é a conduta do caso?
ceiro abusa sexualmente da filha. Neste caso, a con- a) a criança deve ser encaminhada para a ortopedia
duta a ser tomada seria: e após procedimento receber alta com os respon-
a) realizar exame físico, acionar o Conselho Tutelar e sáveis legais
encaminhar a criança para atendimento hospitalar, b) deve-se internar o paciente, solicitar avaliação da or-
se necessário topedia e chamar o pai da criança para que explique
b) realizar exame físico, acionar a polícia e encaminhar o mecanismo de trauma
a criança para atendimento hospitalar c) após avaliação da ortopedia deve-se liberar o pa-
c) fazer boletim de ocorrência no local e encaminhar ciente com encaminhamento para investigação de
a criança ao Instituto Médico Legal para exame de doenças osteometabólicas
corpo de delito d) deve-se internar o paciente, solicitar avaliação da or-
d) agendar um retorno e convocar o pai a se fazer pre- topedia, acionar o serviço social, conselho tutelar e a
sente, neste próximo atendimento Vara da Infância e da Juventude
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UERN – 2015 PUC-RS – 2015


9. Considerando-se o que determina no Estatuto da 12. Em relação aos maus-tratos na infância, considere as
Criança e do Adolescente, é INCORRETO afirmar que: afirmativas abaixo:

SJT Residência Médica – 2016


238
Puericultura | Questões para treinamento

I - A suspeita deve ser registrada em prontuário, UFRN – 2014


com anamnese, exame físico e exames complemen- 16. A respeito do transporte seguro de crianças e adoles-
tares, se houver. centes em veículos automotores, é correto afirmar:
II - A notificação é compulsória, de responsabilidade a) crianças e adolescentes com estatura inferior a 1,45 m
do profissional de saúde, e feita ao Conselho Tutelar, podem viajar sem o dispositivo restritivo de segurança
mesmo que não haja certeza do diagnóstico. b) crianças e adolescentes menores de 13 anos podem via-
III - A família deve ser informada sobre a notificação jar no banco dianteiro, desde que utilizem cinto de três
da suspeita e acompanhada, incluindo criança, por pontos e air bag desativado
uma equipe multiprofissional. c) crianças e adolescentes com estatura inferior a 1,45 m
Está / estão correta (s) a (s) afirmativa (s) devem utilizar assentos elevadores com cinto de três
a) I, apenas pontos no banco dianteiro
b) II, apenas d) crianças com estatura superior a 1,45 m (média aos 11
c) III, apenas anos de idade) podem passar a usar o cinto de segu-
d) I e II, apenas rança de três pontos
e) I, II e III  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Santa Casa-SP – Pediatria – 2013
Santa Casa-BH – 2015 17. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito, qual a for-
13. Na síndrome de Munchausen por procuração, pode- ma correta de se transportar uma criança de 10 meses
mos afirmar, EXCETO: e com peso de 8.500 g, em veículos automotores?
a) os sintomas são fabulados ou produzidos na crian- a) em assento infantil próprio, no banco traseiro, virado
ça para que o profissional da saúde, em especial o para trás
pediatra, maltrate a criança com exames invasivos, b) em assento infantil próprio, no banco traseiro, virado
internações e tratamentos desnecessários. para frente
b) o agressor tem a necessidade constante de desafiar o c) em assento reversível, no banco traseiro, virado para trás
saber da equipe médica. d) em assento reversível, no banco traseiro, virado para
c) a vítima é excluída da vida infantil, privada do lazer frente
e está sempre sob ação de seu agressor. e) em assento elevatório, no banco traseiro, com cinto
d) a vítima apresenta um comportamento inconformado. de 3 pontos do veículo

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFSC – 2012
UFRN – 2015
18. Adolescente, 15 anos de idade, casada, é atendida em
14. As lesões apresentadas a seguir referem-se às injúrias
unidade de pronto-atendimento logo após ter sido ví-
intencionais na infância.
tima de violência sexual. Entre as alternativas abaixo,
I Lesões compatíveis com a idade ou com o desenvol-
assinale a que está de acordo com a Norma Técnica do
vimento psicomotor da criança. Ministério da Saúde para o atendimento desses casos.
II Lesões em várias partes do corpo ou lesões bilaterais. a) deve ser oferecida a anticoncepção de emergência,
III Lesões em estágios diferentes de cicatrização ou cura. preferentemente nos três primeiros dias, podendo
Considerando essas informações, é correto afirmar: ser usada até o quinto dia após o episódio
a) as lesões I e III correspondem à suspeita de sinais b) para a profilaxia do HIV, deverá ser feita a prescrição
gerais de maus tratos de zidovudina associado a ritonavir, preferentemen-
b) as lesões II e III correspondem à suspeita de sinais te nas primeiras 24 horas
gerais de maus tratos c) não há necessidade de comunicação ao Conselho
c) apenas a lesão II corresponde à suspeita de sinais ge- Tutelar, pois a menor é emancipada pelo casamento
rais de maus tratos d) caso resulte uma gestação, deverá ser oferecida a pos-
d) apenas a lesão III correspondem à suspeita de sinais sibilidade de aborto legal após ordem judicial
gerais de maus tratos e) os controles sorológicos laboratoriais devem ser feitos
três meses, seis meses e um ano após a data inicial
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
CREMESP – 2014
15. A principal causa de morte nas crianças com idade UFRJ – 2011
entre 1 e 14 anos é: 19. De acordo com os dados do Sistema de Vigilância em
a) infecção Saúde do Ministério da Saúde, entre as causas de mor-
b) malformações congênitas talidade na faixa etária pediátrica no Brasil é CORRE-
c) trauma TO afirmar que:
d) encefalopatias a) as anomalias congênitas são as primeiras em menores
e) câncer de um ano de idade
b) as neoplasias são a quinta causa na faixa etária entre
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA cinco e 9 anos de idade

SJT Residência Médica – 2016


239
5 Segurança e maus tratos em pediatria

c) os acidentes de trânsito são as principais entre as cau- d) em assento próprio em banco dianteiro, virado para
sas externas nos menores de cinco anos de idade frente
d) as causas externas são as primeiras na faixa etária en- e) no colo da mãe, com cinto de três pontas prendendo
tre cinco e 19 anos de idade somente a mãe
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SES-RJ – 2011 HUGO – 2011


20. Para os pediatras, a defesa da saúde física e mental das 23. Lactente de seis meses, residente em um grande cen-
crianças é um compromisso primordial, marca muito tro urbano, é levada por sua mãe a um pronto-socor-
importante de sua prática profissional. Reconhecer e ro, com histórico de ter caído do berço ao tentar pular
combater os maus tratos, que comprometem a integri- por cima da grade. A menina apresentava hematoma
dade física e mental das crianças, é uma questão que em tronco e fratura em metáfise proximal da tíbia es-
pode, infelizmente, fazer parte do atendimento. Em re-
querda. A conduta indicada, além dos cuidados refe-
lação à violência contra a criança, pode-se afirmar que:
rentes às lesões, inclui:
a) lesões físicas, normalmente inexplicadas, não podem
a) denunciar a mãe à autoridade policial
servir de base para o diagnóstico
b) orientar a mãe para que aumente a grade do berço
b) a maioria dos pais ou cuidadores envolvidos com
violência contra a criança apresentam sinais de dis- c) notificar ao conselho tutelar suspeita de maus tratos
túrbios psiquiátricos d) alertar a mãe para que fique mais atenta contra acidentes
c) apesar de muitas vezes evidente a situação de maus e) encaminhá-la para exame de corpo de delito com
tratos, o pediatra somente deverá fazer a denúncia médico legista
se tiver certeza do diagnóstico
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) quando se suspeita de abusos físicos contra a criança
com menos de dois anos, é necessário raio X de ossos
longos, crânio, tórax, mãos e pés e bacia, sendo neces- Cruz Vermelha-PR – Pediatria – 2011
sária repetição dos mesmos raio X entre sete e dez dias 24. Sobre os maus tratos na infância, assinale a alternati-
va correta:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) a súbita desacelaração do tronco, com movimento de
“chicote” e hemorragia pontina são típicos da síndro-
UERJ – 2011 me do bebê sacudido (shaken baby)
21. Uma menina de oito anos levada por sua tia ao pron- b) a notificação ao Conselho Tutelar passa a ser obriga-
to atendimento por ter sofrido violência física no dia tória quando houver risco de vida ou de recorrência
anterior, infringida por seu pai. A acompanhante re- dos maus tratos
fere que a menina não conseguiu aprender a ler e que c) nos casos de abuso sexual, a contracepção de urgên-
por isso não foi matriculada este ano na escola. Relata cia está indicada somente nas adolescentes que já
ainda que a criança mora com os pais e dois irmãos apresentam vida sexual ativa
mais novos, e que o agressor está frequentemente en- d) a síndrome de Münchausen por procuração caracte-
volvido em outras situações de violência. A menina riza-se pela simulação de sinais e sintomas pela pa-
não olha para o examinador e parece estar amedron- ciente, auxiliada pelo pai ou responsável
tada, não autorizando o exame físico. Está desnutrida e) a falha na provisão de suporte básico de alimentação,
grave e apresenta hematomas em diversos estágios de
higiene e suporte emocional constitui negligência
evolução no tronco e nos membros. A conduta ime-
diata é notificar o Conselho Tutelar da suspeita de  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
maus tratos e:
a) internar a menina em unidade hospitalar
b) examinar a genitália para avaliar abuso sexual Cruz Vermelha-PR – Pediatria – 2011
c) encaminhar a menina para o Instituto Medico Legal 25. Embora exista desde 2008, recentemente foi colocada
d) solicitar que a menina retorne com um responsável legal em vigor, a resolução nº 277, que dispõe sobre o trans-
porte de menores de 10 anos e a utilização do dispositi-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA vo de retenção para o transporte de crianças em veícu-
los. A este respeito, assinale a alternativa correta:
AMP-PR – Pediatria – 2011 a) crianças de 4 a 7 anos e meio deverão usar assento
22. Qual a melhor forma de se transportar uma criança de elevação ou booster, com cinto de 3 pontos do
de 10 meses e com peso de 8,5 kg, em veículos? próprio carro
a) em assento próprio em banco traseiro, virado para trás b) crianças maiores de 7 anos e meio poderão usar cinto de
b) em assento próprio em banco traseiro, virado para segurança de 3 pontos, no banco dianteiro do veículo
frente c) até 18 meses, a criança deverá ser transportada em
c) em assento próprio em banco dianteiro, virado para trás bebê conforto, voltada para as costas do motorista

SJT Residência Médica – 2016


240
Puericultura | Questões para treinamento

d) crianças de 1 a 4 anos deverão usar cadeirinhas com UFRN – Pediatria – 2010


cinto de segurança próprio, voltadas para o vidro tra- 30. Atualmente, acidente causado por intoxicação medica-
seiro do carro mentosa é causa importante de morbidade e de morta-
e) esta resolução aplica-se também aos veículos de lidade na infância. Para a redução de intoxicações por
transporte escolar, taxis e ônibus medicamentos na infância, a conduta mais eficaz é:
a) tornar obrigatório o uso de tampa de segurança nos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
medicamentos
b) criar leis para a prescrição de todos os medicamentos
UFRJ – 2010 com receita controlada
26. Na definição da síndrome de Münchausen por procu- c) orientar a colocação de medicamentos longe do alcan-
ração, considera-se que: ce das crianças
a) um dos pais apenas simula doença em seu filho d) produzir medicamentos com concentrações menores
b) a criança simula ou provoca a própria doença
c) a criança apenas simula a própria doença  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) um dos pais simula ou provoca doença em seu filho

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA UFRN – Pediatria – 2010


31. Lactente de sete meses é sacudida violentamente por
UFRJ – 2010 seu pai, porque estava “chorando muito e não deixa-
27. É causa de hemorragia retiniana em lactentes, além va ninguém dormir”. A consequência mais frequente
da síndrome do bebê sacudido: dessa categoria de maus tratos é:
a) parto normal a) hemorragia retiniana
b) discrasia sanguínea b) fratura de clavícula
c) endocardite c) luxação atlantoaxial
d) hipertensão grave d) hematoma temporal
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SES-RJ – 2010 UFRN – Pediatria – 2010


28. No diagnóstico de abuso e maus tratos contra a crian- 32. Uma criança de três anos, e com história familiar de
ça, é correto afirmar que: maus tratos, é levada ao atendimento médico pela
a) é necessário, por parte do pediatra, ter certeza do diag- mãe, que se encontra no oitavo mês de gestação. Am-
nóstico de abuso físico para fazer a notificação às auto-
bas procuram pela primeira vez a Unidade de Saúde
ridades policiais e jurídicas de proteção à infância
da Família e da Criança para se cadastrar no programa
b) as lesões consequentes normalmente são bem eviden-
Bolsa Família. A mãe refere que o pai é alcoolista e está
ciados e mantêm boa correlação com a história conta-
da na anamnese da criança desempregado. Considere as recomendações abaixo:
c) a demora em procurar atendimento pode ser um fa- I. Acionar o conselho tutelar e fazer abordagem fa-
tor de suspeita de abuso ou negligência por parte dos miliar.
pais ou responsáveis II. Agendar a consulta pré-natal da mãe e realizar o
d) queimaduras, fraturas e equimoses são, respectivamen- CD na criança.
te, as manifestações mais comuns de abuso na infância III. Encaminhar para um serviço de referência para
criança vítima de violência.
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA IV. Priorizar a realização de exames na criança.

HUEC – 2010 Em relação ao caso relatado, as recomendações ade-


29. Lactente de 13 meses chega ao pronto-atendimento com quadas voltadas ao cuidado integral são:
história de que há aproximadamente 6 horas iniciou, a) III e IV
subitamente, irritabilidade e vômitos, sem antecedentes b) II e IV
significantes e sem história atual de diarreia ou febre. Ao c) I e II
exame comatoso, apresentou respiração gemente e pro- d) I e III
funda, reagindo a estímulos dolorosos, hipotérmico, má
perfusão periférica, equimoses em membros superiores  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e tórax, presença de petéquias em fundo de olho bilate-
ralmente. Assinale qual o diagnóstico mais provável. Unificado-MG – 2010
a) meningococcemia
33. Afirmação correta em relação às queimaduras, que cons-
b) púrpura trombocitopênica trombótica
tituem um dos acidentes mais frequentes em pediatria é:
c) síndrome do bebê sacudido
d) leucemia aguda a) a escaldadura predomina na infância, sobretudo em
e) hipertensão intracraniana por processo expansivo crianças acima de 2 anos de vida
b) a eletricidade produz queimaduras geralmente su-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA perficiais

SJT Residência Médica – 2016


241
5 Segurança e maus tratos em pediatria

c) o contato com fios elétricos causa queimaduras com FESP – 2009


perda de substância dos lábios, gengivas e língua 37. Das opções abaixo, relacionadas com situações em
d) o resfriamento com água fria deve ser evitado na que uma criança é vítima de violência física, é incor-
fase de urgência no tratamento das queimaduras reto afirmar que:
a) as equimoses são manifestações muito comuns
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) a demora em buscar socorro deve aumentar a sus-
peita de abuso
c) é necessária a certeza do diagnóstico de abuso fí-
UFMS – Pediatria – 2010
sico para notificar
34. Com relação aos quadros de afogamento e quase afo-
d) as crianças de alto risco são as prematuras, lactentes
gamento, assinale a alternativa INCORRETA.
com doenças crônicas e crianças com histórias de es-
a) os achados radiológicos de vítimas de quase afoga-
tresse familiar
mento são semelhantes ao do edema pulmonar de ou-
tras etiologias  ACERTEI    ERREI    DÚVI-
b) nem todos os pacientes necessitam ser encaminhados DA
ao CTI pediátrico, no entanto, todas as vítimas de aci-
dentes por submersão devem permanecer no hospital
Leia o enunciado abaixo para responder às próxi-
por um período de, no mínimo, 24 horas, mesmo que
mas duas questões:
não apresente sinais clínicos de desconforto respiratório
c) as alterações no volume intravascular que ocorrem em
No plantão da emergência, trazida pela equipe do
vítimas de quase afogamento de água doce ou salgada são Corpo de Bombeiros, chega uma criança de um
diretamente proporcionais ao volume de líquido aspirado ano e meio com fratura de fêmur. Na história, você
d) algumas vítimas podem apresentar febre (que pode ter identifica que ela caiu da janela do quarto andar
efeito prejudicial ao cérebro acarretando aumento do do prédio onde mora, tendo a queda amortecida
metabolismo neuronal) com convulsões, como conse- pela fralda descartável que ficou presa em gram-
quência da lesão cerebral pos do muro.
e) as vítimas de afogamento e quase afogamento podem
ter, como complicações primárias, as decorrentes da FESP – 2009
anóxia, como, por exemplo, a síndrome da angústia 38. Dada a ausência de familiares no domicílio, con-
respiratória e as complicações secundárias decorren- siderando os tipos de maus tratos, você supõe se
tes da manipulação terapêutica ou infecção tratar de um caso de:
a) imperícia
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) negligência
c) abuso sexual
UERJ – 2009 d) Münchausen por procuração
35. É atendido, na emergência, lactente de quatro meses
 ACERTEI    ERREI    DÚVI-
acompanhado de sua mãe, com história de queda aci-
DA
dental do colo há duas horas. Foi diagnosticada fratura
na diáfise do fêmur em espiral. Diante da suspeita con-
sistente de maus tratos, a atitude imediata correta será: FESP – 2009
a) notificar o Conselho Tutelar 39. Após cuidadosa anamnese com os pais, que se
b) convocar o Serviço Social para manter sob vigilân- apresentaram espontaneamente ao serem comuni-
cia esta família cados por vizinhos do ocorrido, você deve provi-
c) convocar outros familiares para certificar-se da ve- denciar notificação ao Conselho Tutelar e propor-
racidade da história cionar:
d) após afastar o diagnóstico de fratura patológica, no- a) garantia de sigilo
tificar o Conselho Tutelar b) registro no prontuário
c) internação da criança
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) encaminhamento para abrigo

 ACERTEI    ERREI    DÚVI-


UFRJ – 2009 DA
36. (...) Juliana, 2 meses e 25 dias de vida, chega ao pronto
atendimento com febre (...). A causa mais comum de
acidentes não fatais nessa faixa etária é: SES-DF – Pediatria – 2009
a) asfixia 40. Pediatra atende a uma família há 2-3 anos, desde
b) queda quando se mudaram para a atual cidade. São duas
c) queimadura crianças, um menino, agora com 4 anos, e uma me-
d) intoxicação nina de 6 anos de idade. Nos últimos meses o médi-
co vem observando que a garota mudou de compor-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA tamento, estando mais arredia, afasta-se assustada

SJT Residência Médica – 2016


242
Puericultura | Questões para treinamento

quando tentam examiná-la e não permite que as rou- UFPE – 2009


pas lhe sejam tiradas. Ao lhe perguntar diretamente o 43. Os acidentes na infância são ocorrências frequentes e
que está ocorrendo, sai do consultório correndo. A mãe facilmente evitáveis, se houver orientação adequada
relata que a menina passou a não querer ir à escola, al- sobre os mesmos. Acerca desses acidentes, assinale a
terna subitamente de comportamento, está agressiva. alternativa CORRETA:
O pediatra convoca os pais para uma conversa, mas o a) a suspeita de corpo estranho no nariz deverá ser fei-
pai não pode comparecer. A mãe está confusa e perdi- ta na presença de secreção nasal bilateral persistente
da. O pediatra encaminha a criança para um psicólogo e com mau cheiro
especializado e: b) a maioria dos acidentes na infância ocorre fora do
ambiente doméstico
a) pede uma ressonância nuclear e solicita avaliação de
c) nos casos suspeitos de corpo estranho no ouvido, os
um neuropediatra
pais devem colocar água no ouvido ou outro líquido
b) aguarda o parecer da psicóloga para comunicar a que poderá embeber o corpo estranho, facilitando a
Vara da Infância e Adolescência sua retirada
c) aguarda o parecer da psicóloga para juntos concluírem d) nos casos de aspiração, após a avaliação do paciente
pelo encaminhamento ao psiquiatra e tratadas as manifestações que representam risco de
d) convoca a diretora da escola para saber sua versão vida ao mesmo, a manobra mais eficaz é a de Hei-
dos fatos mlich
e) vai até a casa da criança e aguarda para conversar com
os pais  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UFPE – 2008
44. Nos serviços de emergências pediátricas, o acidente
UNISA – 2009 responsável pelo maior número de atendimentos às
41. Lactente de 8 meses de idade, sexo masculino, é levado crianças menores de cinco anos é:
inconsciente ao serviço de pronto-atendimento próxi- a) queimadura
b) queda
mo da residência, após episódio compatível com quadro
c) intoxicação
convulsivo. A mãe refere que a criança estava sentada no
d) afogamento
chão da sala e que, brincando com a irmã de 2 anos, caiu
de costas batendo a cabeça. Na avaliação médica encon-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
trou-se no fundo de olho hemorragia retiniana bilateral.
A principal hipótese diagnóstica é:
USP-RP – 2007
a) intoxicação exógena
45. Menina, 4 anos de idade, é trazida até o Centro
b) coagulopatia adquirida de Saúde com queixas clínicas compatíveis com o
c) deficiência de piridoxina diagnóstico de virose respiratória. Porém, durante
d) síndrome do bebê sacudido a anamnese, a mãe muda de assunto e começa a
e) ruptura de aneurisma cerebral chorar dizendo desconfiar que o seu companheiro
abusa sexualmente da filha. Diante dessa situação, a
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA conduta a ser tomada é:
a) marcar um novo retorno com a presença do pai para
UNISA – 2009 entrevista, visando confirmar a informação
b) realizar exame físico, acionar o Conselho Tutelar e, se
42. Um menino de 3 anos, considerado pelos pais como
necessário, encaminhar a criança para atendimento
“tranquilo e obediente”, sofreu importante queimadu-
hospitalar
ra na palma das mãos ao tocar no forno quente. Os pais c) realizar exame físico, acionar a polícia e, se
estão muito ansiosos e querem saber como agir com o necessário, encaminhar a criança para atendimento
filho diante do risco de novos acidentes domésticos. A hospitalar
melhor orientação é: d) fazer boletim de ocorrência no local e encaminhar
a) proteger a criança e reduzir as situações de risco, pois so- a criança ao Instituto Médico Legal para exame de
mente ao redor de 5-6 anos ela será capaz de se proteger corpo de delito
b) tranquilizar os pais, pois após um acidente dessa gra- e) encaminhá-las à delegacia para realização de
vidade, naturalmente a criança ficará mais cuidadosa boletim de ocorrência e, posteriormente, a criança
c) vigiar rigorosamente a criança, pois ela não deve ser ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de
tão tranquila e obediente quanto eles imaginavam delito
d) intensificar os ensinamentos sobre acidentes domésti-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
cos, pois pela repetição a criança aprende a se proteger
e) matricular a criança numa creche onde estará mais
segura, sob constante vigilância Hospital do Servidor-SP – 2003
46. A respeito de violência contra crianças, é INCOR-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA RETO dizer:

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243
5 Segurança e maus tratos em pediatria

a) a síndrome do bebê chacoalhado (shaken baby) ca- a) tumefação na fronte com uma fratura craniana line-
racteriza-se por lesões em sistema nervoso central ar subjacente
(hemorragia subdural) e hemorragias retinianas em b) múltiplas equimoses nas faces extensoras das pernas
crianças abaixo dos três anos de idade c) equimose periorbitária unilateral (“olho roxo”)
b) a síndrome de Münchausen por transferência é a situ- d) equimoses lineares no dorso
ação na qual a criança é trazida para cuidados médi- e) múltiplas lesões escoriadas infectadas nos braços e
cos, mas os sintomas e sinais que apresentam são in- pernas
ventados ou provocados por seus pais ou responsáveis
c) quando uma queda da cama é aludida como o me-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
canismo responsável pelo trauma craniano, é im-
portante considerar que a fratura da caixa craniana UNESP – 2003
imatura com lesão neurológica significativa requer a 49. Um menino de 2 anos é trazido ao pronto-socorro;
queda de mais de 150 cm sobre uma superfície dura sua mãe relata que encontrou um frasco contendo
d) lesão pardo-esverdeada significa transformação em comprimidos de 325 mg de sulfato ferroso no assoalho
metemoglobina e hemossiderina, devido à ausência e a criança tinha um comprimido na mão. O menino
de oxigenação e o amarelo-esverdeado, em hemossi- vomitou uma vez, seu comportamento é normal e o
derina, correspondendo ao trauma provocado entre exame físico da criança não revelou anomalias; o peso
3 e 7 dias é de 13 kg. Assinale a alternativa correta:
e) o atendimento à criança vítima de violência sexual a) deve-se observar a criança durante as próximas quatro
só poderá ser realizado após exame de corpo de de- a seis horas; caso não haja sintomas adicionais pode-se
lito por autoridade policial dar alta para o lar e ser reexaminada no dia seguinte
b) o carvão ativado deve ser fornecido para absorver o
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA excesso de ferro no estômago, uma vez que a ingestão
deve ser considerada clinicamente significativa
c) embora ele tenha vomitado uma vez, deve-se admi-
USP – 2004 nistrar ipeca, pois um único episódio de vômito não
47. Criança do sexo masculino, 3 anos de idade, foi esvazia o estômago o suficiente
levada pela mãe ao pronto-socorro. Ao exame físico d) o tratamento com desferoxamina modifica o prog-
apresenta sangramento oral de pequena intensidade nóstico e deve ser iniciado imediatamente após ces-
devido à perda de um dente incisivo central superior, sação dos vômitos
equimose no lábio superior e na região orbitária e) uma radiografia do abdome deve ser inútil neste caso,
direita, além de várias manchas equimóticas pelo porque os comprimidos não são radiopacos
corpo. Indagada, a mãe relata que as lesões são
consequência de castigos corporais impingidos pelo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
pai, durante seus frequentes estados de embriaguez.
Quanto à revelação desse fato à autoridade UNICAMP – 2002
competente, o médico deve considerar como sendo: 50. A síndrome do bebê sacudido (shaken baby) é formada
a) obrigatória por se tratar de dever legal por 3 sinais que, além da ausência de sinais externos de
b) obrigatória por ser uma postura prescrita pelo traumatismo, inclui:
Código de Ética Médica, embora não exigida pela a) hemorragia retiniana e hematoma epidural unilateral
legislação em vigor b) hematoma epidural e fratura temporal
c) necessária como tentativa de defender o paciente e por c) hemorragia subaracnoidea e afundamento de crânio
ser uma postura digna dos altos ideais da medicina, d) hematoma parenquimatoso e trombose de seio venoso
e) hemorragia subaracnoidea ou subdural bilateral e
embora não exigida pela legislação em vigor
hemorragia retiniana
d) inaceitável porque a legislação assegura ao pai o
pátrio poder e desta forma o médico deverá realizar  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
gestões junto à mãe para que ela denuncie o fato
e) inaceitável porque a legislação assegura ao pai o
pátrio poder e obriga o médico a guardar sigilo UFRJ – 2002
51. A conduta mais adequada em relação a maus tratos
dos fatos que teve conhecimento no exercício da
infantis é:
profissão a) após a notificação, a alta hospitalar somente será dada
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA se houver garantia de segurança do lar para a criança
vítima de maus tratos
b) a notificação deve ser feita para o conselho tutelar mais
UNESP – Botucatu – 2003 próximo ao hospital que atendeu a criança vítima de
48. Um menino de 4 anos de idade é levado ao consultório maus tratos
c) a notificação não deve ser feita para os casos suspeitos
pediátrico por um funcionário da pré-escola devido a
d) a notificação é estritamente um procedimento médico,
preocupações com evidências de traumatismo na crian- não cabendo a outros profissionais
ça. Das lesões a seguir, que o pediatra pode detectar,
qual sugere mais provavelmente maus tratos infantis:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

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244
Puericultura | Questões para treinamento

Instituto Fernandes Figueira – 2002 c) atenção a crianças e adolescentes em situação de


52. Frente a qualquer caso de maus tratos (físico, risco social
psicológico, negligência, sexual e a síndrome de d) proteção integral a todas as crianças e adolescentes
Münchausen), suspeito ou confirmado, a medida mais
e) atenção às crianças em idade escolar
adequada a ser tomada pelo profissional de saúde é:
a) atender e encaminhar à delegacia policial  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) encaminhar a serviços especializados
c) atender, encaminhar a serviços específicos e notifi-
car o Conselho Tutelar SMS – 2003
d) atender clinicamente, solicitando exames comple- 54. Criança apresenta quadro de fratura em metáfise da
mentares
ulna direita. Ao raio X visualizam-se dois calos ósse-
e) encaminhar direto ao Conselho Tutelar, agendando
os, com deformidade no rádio direito. O diagnóstico
consulta médica para a primeira vaga disponível
mais provável é:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA a) doença de Ollier
b) síndrome de Hurler
Instituto Fernandes Figueira – 2002 c) síndrome de Caffey
53. O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre: d) síndrome de Larsen
a) atenção a crianças e adolescentes autores de atos in- e) síndrome de Ehler-Danlos
fracionais
b) proteção a crianças vítimas de violência  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

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Gabarito comentado
6 Segurança e maus tratos em pediatria

1. Trata-se da descrição clássica da síndrome do bebê sacudi- 6. Nas atuais recomendações de prevenção da síndrome de
do (shaken baby syndrome), onde a tríade é hemorragia reti- morte súbita do lactente, a condições do sono e a posição
niana + edema cerebral + hemorragia cerebral com ausência para dormir ocupam lugar de destaque. O local de dormir
de outros sinais de injúria. Resposta a. deve ser firme, plano, além de não usar travesseiros, cober-
tores ou brinquedos de pelúcia no berço da criança. Sempre
2. Alguns padrões de queimaduras são bastante sugestivos de colocar o bebê para dormir de barriga pra cima. Nunca deitar
maus tratos: queimaduras em luvas e em meias, queimaduras um bebê para dormir de barriga pra baixo ou de lado; ambas
isoladas em nádegas, queimaduras específicas (marcas de ci- as posições aumentam o risco de SMSL. Assim que o bebê
garro ou ferro de passar roupa). Resposta c. tem idade suficiente para rolar por conta própria (normal-
mente 4-7 meses), não há necessidade de reposicionar um
3. Para cada faixa etária pediátrica, bastante condicionada bebê dormindo se ele escolher uma posição de dormir dife-
pela etapa de desenvolvimento neuromotor da criança, exis- rente. Resposta a
tem os acidentes (ou injúrias não intencionais) mais espe-
cíficos. Condições socioeconômicas e grau de instrução da
7. A queimadura por escaldadura é a principal causa de quei-
família influenciam sim, a ocorrência de acidentes. Não há
madura em menores de 5 anos. Todas as queimaduras devem
associação ainda bem descrita com o tamanho da família.
ser tratadas de forma imediata para reduzir a temperatura
Resposta d.
da área queimada e o dano da pele e tecidos subjacentes. Até
que se tenha acesso ao atendimento médico siga as seguintes
4. Lembre-se que um dos indicativos que deve conduzir a
orientações são pertinentes:
suspeita de maus tratos e violência é a história clínica não
compatível com as habilidades de desenvolvimento da crian- • Retire a roupa que cobre a área queimada. Se a roupa esti-
ça. Assim, um bebê de dois meses não tem ainda a capacida- ver grudada na área queimada lave a região até que o tecido
de de “rolar” da cama. Ainda mais, as hemorragias retinianas, possa ser retirado delicadamente sem aumentar a lesão. Se
denotam movimentos de chacoalhamento do bebê (síndro- continuar aderido à pele, o tecido deve ser cortado ao redor
me do bebê sacudido). Resposta e. do ferimento. • Remova anéis, pulseiras e colares, pois o ede-
ma se desenvolve rapidamente. • Coloque a área queimada
5. Trata-se de questão muito bem elaborada, prática e que de- debaixo da água fria (e não gelada) ou coloque compressas
veria ser respondida tranquila e corretamente por qualquer alu- limpas e frias sobre a queimadura até que a dor desapareça. O
no ao final de sua graduação em Pediatria. Sendo uma situação resfriamento das lesões com água fria é o melhor tratamento
bastante comum, o bom exame físico pediátrico começa com de urgência da queimadura. A água alivia a dor, limpa a le-
a observação da criança e a ausculta torácica (partes em que o são, impede o aprofundamento das queimaduras e diminui
silêncio pode ajudar muito) e termina, elegantemente, com a oto o edema subsequente. • Dê um analgésico para alívio da dor.
e a oroscopia, partes mais desagradáveis à criança. Resposta d Resposta b
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8. Toda suspeita ou confirmação de maus tratos para a crian- segurança ou simplesmente tornar seu uso mais conveniente.
ça ou adolescente deve ser comunicada ao Conselho Tutelar Alguns modelos possuem bases destacáveis, que se prendem
da região onde a criança mora, independentemente das ações ao carro a fim de permanecer no lugar até que ele não seja
clínicas que se façam necessárias (exame físico e internação, mais necessário. O assento de segurança em si agarra-se à
para proteção se nenhuma outra forma de proteção à criança base e fixa-se no lugar, permitindo que você o use como um
houver). Resposta a. carregador de bebê. Dessa maneira, seu bebê pode ser car-
regado para dentro e para fora do carro, sem que seja ne-
9. O médico que deixa de comunicar seu conhecimento sobre cessário reinstalar o assento inteiro todas as vezes. Alguns
maus tratos pode ser punido (multa). A simples suspeita ou o fabricantes oferecem assentos reversíveis (ou conversíveis),
diagnóstico obriga esse profissional à comunicação ao Conselho com maiores limites de peso e altura. Um assento reversí-
Tutelar (conforme relatado na alternativa c) Resposta a. vel é maior e mais pesado do que um assento exclusivo para
recém-nascidos e pode ainda ser usado por mais tempo por
10. O acidente automobilístico é o primeiro acidente em termos crianças maiores. Uma vez que sua criança tenha atingido a
de mortalidade; as quedasa são as mais comuns em termos de altura e o peso adequados, o assento conversível pode ser gi-
morbidade. Resposta d. rado e, seguindo as instruções do fabricante, usado como um
assento voltado para frente. Em tese, pode-se usar um assen-
to reversível, dependendo da fixação da criança ao dispositi-
11. Fraturas espiroides em diáfises são altamente sugestivas de vo. Existem muitos modelos com fixação inadequada (o que
maus-tratos e, neste caso, totalmente divergentes do mecanis- torna a alternativa “C” inapropriada), além desse modelo não
mo de trauma referido pelo acompanhante. O caso deve ser ser citado na nossa legislação. Resposta a.
notificado ao Conselho Tutelar, independentemente da conduta
clínico-ortopédica. Resposta d. 18. Nunca esquecer que, nas adolescentes, após a violência
sexual, deve ser oferecida a anticoncepção de emergência (le-
12. Questão fácil, com respostas óbvias; a obrigatoriedade da vonorgestrel 1.500 mg) até 120 horas após a violência, deseja-
comunicação, o dever da realização de um prontuário claro e velmente antes das 72 horas. A quimioprofilaxia antirretroviral
ética informação para a família de tudo que está ocorrendo ! está recomendada em todos os casos de penetração vaginal e/
Resposta e. ou anal nas primeiras 72 horas após a violência, inclusive se o
status sorológico do agressor for desconhecido. O esquema de
primeira escolha deve combinar dois inibidores nucleosídeos
13. A vítima na síndrome de Munchausen é a pobre criança que
da transcriptase reversa (ITRN), como a zidovudina (AZT)
nem sabe o que está acontecendo e é submetida a todos os pro-
associada a lamivudina (3TC) e a um inibidor da protease adi-
cedimentos diagnósticos muitas vezes desconfortáveis e invasi-
cionado de ritonavir (IP/r) coformulado, como o lopinavir/
vos. Resposta d.
ritonavir (LPV/r). Os controles sorológicos já devem ser fei-
tos na admissão, com duas semanas, seis semanas, aos 3 meses
14. Lesões incompatíveis com o estágio de desenvolvimento e seis meses após a data inicial. A realização do abortamento
motor, em várias partes do corpo, numerosas, em diferentes es- não se condiciona à decisão judicial que sentencie e decida se
tágios de evolução, esquisitas e em áreas mais centrais do corpo ocorreu violência sexual. A norma técnica sobre prevenção e
(tronco e nádegas) são altamente sugestivas de abusivas. Res- tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra
posta b. mulheres e adolescentes encontra-se disponível no link http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prevencao_agravo_vio-
15. Em todas as faixas etárias pediátricas, excetuando-se o pri- lencia_sexual_mulheres_3ed.pdf. Resposta a.
meiro ano de vida, a principal causa de morte no Brasil é repre-
sentada pela causa externa, prevenível por definição. Esta inclui 19. Não existe dúvida, infelizmente, que a principal causa
todos os acidentes e violências na população infantil. Resposta c. de mortalidade acima de 5 anos de idade são as causas ex-
ternas (todas reunidas numa só categoria), sendo que, aci-
ma de 10 anos, a injúrias relacionadas ao trânsito são as
16. Todos devem ser transportados com um dispositivo de se- principais. Segundo os dados dos indicadores de mortali-
gurança; os maiores de 1,45 devem ser transportados com cinto dade do DATASUS de 2007 (últimos dados disponíveis para
de segurança. Crianças menores de 13 anos não deveriam usar o consulta no site http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2009/
banco dianteiro; caso necessitem, devem usar os mesmos dispo- matriz.htm#mort, temos: Nos menores de um ano, a prin-
sitivos que usariam no banco traseiro. Crianças e adolescentes cipal causa de mortalidade são as afecções originárias no
com estatura inferior a 1,45 m devem utilizar assentos elevado- período perinatal, seguida pelas malformações congênitas.
res com cinto de três pontos no banco traseiro. Resposta d. A partir de um ano, são as causas externas. De 1 a 4 anos, as
doenças do aparelho respiratório correspondem à segunda
17. Segundo nossa legislação de trânsito, crianças com massa causa de morte. Dos 5 aos 9 anos, as neoplasias ocupam o
menor que 9 kg (cerca de um ano de vida), devem ser trans- segundo lugar em termos de mortalidade, assim como dos
portadas em assento infantil apropriado, semireclinado (45 10 aos 19 anos. Nos menores de cinco anos de idade, das
graus), no banco traseiro do automóvel, com a criança vol- causas externas, a sufocação e o afogamento são as princi-
tada para o vidro traseiro do carro. Alguns assentos infantis pais causas. Nos maiores de 5 anos, os acidentes relaciona-
vêm com características adicionais que podem aumentar a dos ao trânsito. Resposta d.

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247
6 Segurança e maus tratos em pediatria

20. Obviamente as evidências de lesões abusivas, específicas ou nais e sintomas que não ocorrem com a ausência materna. As
não, podem servir como substrato para o diagnóstico de maus vítimas desta síndrome podem receber tratamento médico,
tratos. Maus tratos não tem relação direta com distúrbios psi- muitas vezes invasivo, desnecessário. Resposta d.
quiátricos dos pais e sim, de sociopatias. A comunicação aos
órgãos de proteção à criança (Conselho Tutelar) deve ser feita 27. Embora não seja uma questão diretamente relativa a um
diante da suspeita ou confirmação da violência. Crianças peque- assunto que você está estudando, lembre-se que as clássicas
nas, que não referem agressão devem ser investigadas para le- hemorragias retinianas da síndrome do bebê chacoalhado
sões pregressas (calos ósseos ou sequelas de fraturas) por exame (tipo comum de violência/maus tratos ou, pelo menos, des-
radiológico. Não somos tão enfáticos como na afirmativa, nem cuido em crianças pequenas) podem também (menos fre-
entendemos a obrigatoriedade de repetição do exame em todas quentemente pesquisadas) serem observadas após o parto
as crianças, mas é o gabarito oficial da questão. Resposta d. normal, por anóxia ou causa mecânica, ocorrendo resolução
nos primeiros três dias de vida. Resposta a.
21. Nesse caso tão particular, diante de uma escolar desnu-
trida, negligenciada, vítima de violência física no local onde 28. A alternativa A está errada: a simples suspeita de maus tra-
mora e, ainda não sabemos se também vítima de violência tos já deve ser comunicada ao conselho Tutelar. A alternativa
sexual, deve-se internar a paciente para melhor investigação, B está errada: as lesões normalmente são inespecíficas, sem
por profissionais habilitados para avaliação genital, que deve nítida correlação com a história (deturpada, comumente), ofe-
sim ser realizado, mas não forçosamente e numa situação de recendo um grande desafio diagnóstico ao médico. Na alterna-
proteção à criança. Resposta a. tiva D, as equimoses são as manifestações mais comuns e não
as queimaduras (redação péssima da alternativa). Resposta c.
22. Lembre-se que o que define a forma de transportar uma
criança no carro não é a idade e sim a sua massa. Crianças com 29. Criança pequena que chega ao Pronto-Socorro com al-
menos de 9 kg devem ser transportadas no banco traseiro do teração aguda de nível de consciência (torpor, obnubilação),
automóvel, em assento infantil apropriado, semirreclinado (45 sem explicações plausíveis, com hemorragias retinianas bila-
graus), de costas para o motorista do veículo. Resposta a. terais, até prove contrário, podem ter sido sacudidas (síndro-
me do bebê chacoalhado). As hemorragias em retina ajudam
23. Lactente de seis meses não tem habilidade motora para na identificação do quadro. Resposta c.
pular o berço; obviamente há suspeita de maus tratos, abu-
so físico cuja conduta obrigatória inicial é a comunicação ao 30. A utilização de recipientes e tampas de segurança, estra-
serviço de proteção à criança, no nosso meio, entidade de- tégia passiva de proteção, é, sem dúvida, a maneira mais efi-
nominada Conselho Tutelar. Reiteramos que a comunicação caz na prevenção desse tipo de acidente comum na infância.
não é para autoridade policial e sim, judiciária. Resposta c. As demais alternativas apresentam estratégias boas também,
mas note que o examinador sempre perguntará a “mais efi-
24. A lesão típica da síndrome do bebê sacudido é a hemorra- caz”. Resposta a.
gia em sistema nervoso central acompanhada de hemorragia
retiniana. A notificação para o Conselho Tutelar é obrigatória 31. “Epidemia de questões sobre “bebê sacudido” em 2010.
para todos os casos de maus tratos. A alternativa C dispensa Questão copiada do TEP-2008 (vide adiante). A apresenta-
qualquer comentário. A síndrome de Münchausen dita por ção da hemorragia retiniana é o ponto mais importante do
procuração (tradução de ”by Proxy”) é uma desordem na qual exame físico a ser pesquisado nessas crianças além, claro, do
os pais fabricam uma doença no filho, por meio de mentiras na comprometimento do nível de consciência. Resposta a.
história, simulação ou indução de sintomas, e procuram servi-
ço médico para tratamento. Resposta e. 32. Primeira conduta que não deve ser esquecida é a comu-
nicação do Conselho Tutelar pelos maus tratos detectados
25. Aqui está o ponto mais polêmico da resolução 277: a indi- contra a criança (poderia ser apenas suspeita). No atendi-
cação do assento de elevação está indicada apenas até os 7 anos mento ambulatorial dessa criança as ações de monitorização
e meio, idade onde existe grande número de crianças ainda de crescimento e desenvolvimento jamais devem ser deixa-
menores que 150 cm. Crianças até 10 anos sempre no banco das (claro que na dependência do estado clínico da criança
traseiro. Somente após os 9 kg a criança é transportada voltada que, pelo enunciado da questão, não apresenta nenhum dado
para as costas dos motorista; as menores de 1 ano deverão estar de maior importância clínica). Obviamente a mãe deve ser
voltadas para o parte traseira do veículo. A resolução, infeliz- encaminhada para atendimento pré-natal. A alternativa III
mente, exclui transporte escolar, taxis e ônibus. Resposta a. pode ser desejável a médio prazo ou em casos de violência
sexual (que necessita instituição mais preparada para lidar
26. A síndrome de Münchausen dita por procuração (tradução com casos particulares). Resposta c.
de ”by Proxy”) é uma desordem na qual os pais fabricam uma
doença no filho, por meio de mentiras na história, simulação 33. Questão de péssima redação, muito mal elaborada. No
ou indução de sintomas, e procuram serviço médico para tra- Brasil as queimaduras representam a quarta causa de morte
tamento. Em geral, a mãe leva o filho ao médico com sintomas e hospitalização, por acidente, de crianças e adolescentes de
ou sinais recorrentes ou persistentes inexplicáveis, ou com si- até 14 anos. A maioria das queimaduras ocorre na cozinha e

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na presença de um adulto. A escaldadura (queimadura por 35. Embora toda fratura diafisária espiroide de ossos longos,
líquidos quentes) é a principal causa em menores de 5 anos até prova em contrário, seja suspeita de maus tratos, nessa
(o que pode deixar dúvidas em relação a alterantiva A). O questão, esse diagnóstico fica em evidência, pois é totalmen-
resfriamento sempre deve ser indicado: “cool the burn”. O te incompatível o diagnóstico clínico do lactente e a história
resfriamento das lesões com água fria é o melhor tratamento (mecanismo do trauma) referido pela mãe (o que, felizmente,
de urgência da queimadura. A água alivia a dor, limpa a le- é comum nas histórias de agressão, facilitando o nosso diag-
são, impede o aprofundamento das queimaduras e diminui o nóstico). A atitude obrigatória imediata diante da suspeita
edema subsequente. A eletricidade produz lesões mais pro- (observe que a simples suspeita!) ou confirmação de maus
fundas e distantes dependendo de sua intensidade. Apresen- tratos é a comunicação ao Conselho Tutelar. Esta conduta
tamos o gabarito oficial, com ressalvas. Resposta c. será sempre solicitada nas questões clássicas da Pediatria.
Resposta a.
34. O tratamento médico avançado de um indivíduo vítima
de quase-afogamento é instituído de acordo com a classifica- 36. Dos acidentes apresentados, quase de forma intuitiva,
ção do afogamento. De maneira bastante simples e didática: embora confirmado pelas nossas estatísticas, o acidente não
Cadáver: vítima com tempo de submersão acima de uma fatal, geralmente ocorrido em ambiente doméstico mais co-
hora ou com sinais físicos óbvios de morte (rigor mortis, li- mum são as quedas acidentais, particularmente quando a
vores e/ou decomposição corporal). Não iniciar ressuscita- criança começa a mudar de decúbito (rolar na superfície).
ção. Encaminhar o corpo ao IML. Intoxicações são menos comuns, pois o acesso da criança aos
Grau 6 – Parada cardiorrespiratória: a ressuscitação iniciada medicamentos depende basicamente do cuidador. Asfixias
por leigos ou guarda-vidas na cena deve ser mantida por pes- podem ser responsáveis por acidentes fatais. Resposta b.
soal médico especializado até que seja bem sucedida ou caso
não seja possível aquecer a vítima no local.
37. Não é necessária a certeza para a comunicação ao Con-
Grau 5 – Parada respiratória: este grau de afogamento é ge-
selho Tutelar. O artigo 13 do Estatuto da Criança e do Ado-
ralmente revertido com a chegada do pessoal treinado em
suporte avançado de vida. A vítima em apneia exige ventila- lescente (ECA) diz que, na simples suspeita, já está indicado
ção artificial imediata. este procedimento, para a segurança da criança. A alternativa
Grau 4 – Edema agudo de pulmão com hipotensão arterial: D apresenta as crianças de risco (epidemiologicamente des-
oxigênio com suporte de ventilação mecânica é a terapia de critas) para maus tratos. As equimoses/hematomas são sinais
primeira linha. Inicialmente o oxigênio deve ser fornecido denunciadores (e fáceis de observar) de maus tratos/abuso
com uma máscara facial a 15 L/min, até que a cânula oro- físico. Resposta c.
traqueal possa ser introduzida. O afogado grau 4 precisa de
intubação orotraqueal em 100% dos casos. 38. Embora os dados oferecidos sejam escassos, a ausência
Grau 3 – Edema agudo de pulmão sem hipotensão: uma víti- de um cuidador no ambiente domiciliar para um bebê de
ma com SaO2 > 90% em uso de oxigênio a 15 L/min via más- um ano e meio, configuraria uma situação de negligência. As
cara facial consegue permanecer sem suporte ventilatório in- demais alternativas são, de certo modo, absurdas. Imperícia
vasivo em apenas 27,6% dos casos. Os outros 72,4% precisam nem é um tipo de maus tratos. Resposta b.
de intubação e ventilação mecânica.
Grau 2 – Ausculta com estertores em alguns campos pulmo-
39. Todas as informações obtidas, dados do atendimento ao
nares: das vítimas com este quadro clínico, 93,2% necessitam
paciente, exames laboratoriais pertinentes devem sempre
apenas de 5 L/min de oxigênio via cânula nasofaríngea.
constar no prontuário do paciente, de forma clara e legível. O
Grau 1 – Tosse com ausculta pulmonar normal: estes pacien-
prontuário é o principal documento do paciente. Notificado
tes não necessitam de oxigênio ou suporte ventilatório.
o Conselho Tutelar, cabe ao médico a avaliação do risco da
Resgate: ausência de tosse ou dificuldade respiratória. Ava-
criança. Não há dados no enunciado (essa questão poderia
liar e liberar do local do acidente, sem necessidade decuida-
estar mais bem redigida), que indiquem encaminhamento
dos médicos.
para abrigo (apenas que os pais vieram espontaneamente e
O atendimento hospitalar de casos graves (graus 4 a 6) só é
preocupados(?) para o hospital). Também não há nada sobre
possível se os cuidados pré-hospitalares de suporte básico e
a gravidade clínica da criança (que obviamente indicaria in-
avançado tiverem sido feitos de maneira eficiente e rápida.
ternação). Resposta b.
Cuidados hospitalares são indicados para afogados de graus
2 a 6. A decisão de internar o paciente em um leito de CTI ou
de enfermaria em vez de mantê-lo em observação na sala de 40. Embora poucos dados existam na questão, diante de
emergência deve levar em consideração fatores como: anam- tal situação clínica é importante o diagnóstico diferencial
nese completa; história patológica pregressa; exame físico de- de maus tratos, particularmente a agressão sexual. Criança
talhado e alguns exames complementares, como radiografia mudou de comportamento, não deixa tocá-la nem tirar-lhe
de tórax e gasometria arterial. Afogados classificados como a roupa na consulta de rotina. Tudo está esquisito. Devemos
grau 3 a 6 devem ser internados no CTI para observação e pedir ajuda a um profissional mais atento a essas questões
tratamento adequados. Os pacientes grau 2 devem ser manti- comportamentais, conversar com os pais e aguardar essa
dos em observação na sala de emergência por seis a 24 horas, avaliação do psicólogo. Ainda são poucos os dados para
enquanto os pacientes grau 1 e os resgates sem queixas e co- “suspeita de maus tratos”, embora o sinal de alerta deva ser
morbidades podem ser liberados. Resposta b. ligado. Resposta b.

SJT Residência Médica – 2016


249
6 Segurança e maus tratos em pediatria

41. Criança com quadro neurológico agudo, história de 48. Quanto mais centrais as lesões na criança, mais sugesti-
movimentação tipo-anteroposterior do conteúdo craniano vas de maus tratos, principalmente se múltiplas. Lesões sobre
(queda e trauma) e, particularmente, o achado de hemor- proeminências ósseas, fronte, joelhos e cotovelos, escoriações
ragia retiniana bilateral favorece a suspeita diagnóstica de e ferimentos em membros são lesões habituais dos “traumas”
shaken baby syndrome. Resposta d. cotidianos infantis. Lesões em dorso (local não habitual),
particularmente de formas lineares (“esquisitas”, que podem
42. Esta questão já apareceu numa prova para obtenção significar marcas de cintadas ou traumas com bastões) são
do Título de Especialista em Pediatria (veja mais adiante). lesões suspeitas. Resposta d.
Conceito clássico de que a criança, até os 5-6 anos deve ser
protegida. O risco de acidentes é inerente ao fato de ela ser 49. Embora seja um tema apresentado e discutido no capítulo
criança (não tem nada a ver com o fato de ser boazinha ou “Intoxicações Exógenas”, vale o exercício e as considerações bási-
não), passar por etapas maturacionais e de desenvolvimento cas. Podem ser identificadas cinco fases na intoxicação pelo ferro:
que a torna suscetível a determinados tipos de acidente. É €€ Efeitos irritativos locais sobre a mucosa gastrintestinal
mito a ideia de o acidente “assustar” a criança e ela ficar mais (30 min até 2 horas após ingestão): cessam após 6 a 12
cuidadosa. Resposta a. horas e consistem em vômitos, náuseas, diarreia, dor ab-
dominal, podendo ocorrer hematêmese e enterorragia.
43. A suspeita de corpo estranho nasal deve ser feita na pre- €€ Aparente recuperação (2 a 6 horas após): falsa sensação
sença de obstrução e secreção unilateral com odor fétido. A de segurança.
maioria dos acidentes ocorre em ambiente domiciliar, par- €€ Lesão celular (12 horas após): hipoglicemia e acidose me-
ticularmente na cozinha. Na suspeita de corpo estranho em tabólica, atribuível a um comprometimento mitocondrial
ouvido, a criança deve ser encaminhada ao médico para re- (metabolismo anaeróbio).
tirada; embeber o corpo estranho (dependendo de sua cons- €€ Necrose hepática grave (após dois a quatro dias da inges-
tituição) compromete ainda mais a sua retirada. Resposta d. tão) com elevação de transaminases. Bilirrubinas e altera-
ções de coagulação.
44. Mais uma questão do Título de Especialista em Pediatria €€ Fibrose e estenose de piloro secundárias à ação irritativa
utilizada em prova de residência (Título de Especialista em inicial (2 a 4 semanas após).
Pediatria – 2005). A questão “original” estava assim redigida: Nem todos os pacientes demonstram as fases em incremen-
O acidente responsável pelo maior número de atendimentos tos distinguíveis. A maioria das crianças desenvolve poucos
a crianças menores de cinco anos em serviços de emergência (ou nenhum) sinais ou sintomas, mas deve ser acompanhada
é: a) queda; b) intoxicação; c) afogamento; d) queimadura; e) durante 4 a 6 horas antes de ser considerada livre de toxici-
automobilístico. Dentre os acidentes relacionados à criança dade. Resposta a.
e apresentados, todos, em suas formas graves, previsíveis e
preveníveis, o mais comum entre todos eles, comprovado por 50. Na shaken baby syndrome (síndrome do bebê sacudido),
nossa prática clínica, é a queda acidental. Resposta b. na qual súbita aceleração e desaceleração do conteúdo cra-
niano (movimento em “chicote”), encontramos hemorragia
subdural, subaracnoide, edema cerebral difuso, hemorragia
45. Os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos con- retiniana (em até 50%-80% dos casos) e, geralmente, ausên-
tra crianças e adolescentes serão obrigatoriamente comuni- cia de outros sinais de injúria. Resposta e.
cados ao Conselho Tutelar da região onde a vítima mora. Não
há indicação de denúncia para órgão policial, mas judicial, o 51. A notificação, no diagnóstico ou na simples suspeita, será
que torna as outras respostas incorretas (delegacia de polícia realizada ao Conselho Tutelar da localidade onde a criança
e IML são instituições policiais); quem encaminha ao IML é mora; na ausência deste, ao Juizado da Infância e Juventude,
o delegado, não o médico. Claro que a mãe pode procurar a Vara da Família, Ministério Público ou a qualquer autoridade
delegacia para queixar-se, mas o papel do médico é atender, judicial. Resposta a.
examinar e realizar procedimentos técnicos indicados (inclu-
sive internação). Resposta b. 52. ECA – Artigo 13: Os casos de suspeita ou confirmação de
maus tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoria-
46. O atendimento de uma criança ou adolescente vitima- mente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva loca-
dos não tem qualquer relação com procedimentos legais lidade, sem prejuízo de outras providências legais. Resposta c.
ou policiais. Toda assistência pode e deve ser oferecida, e a
53. O ECA é a legislação específica, em nosso país, sobre os
comunicação ao Conselho Tutelar deve ser realizada, inde-
direitos e a atenção para crianças (0 a 11 anos incompletos) e
pendentemente das providências legais que os familiares ou
adolescentes (12 a 18 anos). A alternativa D contempla todas
a autoridade policial irão determinar. Resposta e.
as crianças apresentadas nas demais opções. Resposta d.

47. A comunicação de maus tratos, em nosso meio, para o 54. A síndrome de Caffey, para alguns autores, como maus
Conselho Tutelar ou, na sua ausência, para uma autorida- tratos infantis, na qual se identificam sinais de fraturas em
de judicial (seja esse diagnóstico suspeito ou confirmado) diferentes estágios de consolidação. Trata-se de uma questão
é obrigatória e dever legal, preconizado pelo Estatuto da “regional”, pois em algumas localidades essa terminologia
Criança e do Adolescente (ECA). Resposta a. não é utilizada nem conhecida. Resposta c.

SJT Residência Médica – 2016


Questões para treinamento
7 Imunizações

Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio domentado e enxada às costas cavar no meu quintal
vestígios dos meninos que fomos.
Manoel de Barros

AMRIGS – 2016 Americana de Saúde (OPAS). Apesar disso, 20 anos


1. Qual das situações abaixo constitui contraindicação às após essa irradiação as campanhas de vacinação con-
vacinas de bactérias ou vírus atenuados na infância? tinuam a acontecer no país. O principal motivo para
a) desnutrição que isso ocorra é:
b) doença neurológica com sequela a) impedir a entrada de casos importados do polivírus
c) impetigo selvagem de países endêmicos
d) uso de 2 mg/Kg/dia de prednisona durante os últi- b) diminuir o risco de ocorrência de paralisia pós-vaci-
mos 15 dias
nal em crianças de 6 meses a 5 anos de idade
e) antecedente familiar de convulsão
c) diminuir a imunidade de rebanho
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) não há nenhum sentido em se manter essas campa-
nhas vacinais, que acarretam um alto custo ao país

FMABC – 2016
FMJ – 2016
2. Criança com 4 meses de idade procura UBS para re-
ceber vacinas atrasadas. A mesma ficou internada 4. Você atende uma criança de 5 anos com coqueluche,
por 15 dias devido quadro de bronquiolite. Mãe está na segunda semana da fase paroxística. O paciente
preocupada porque a criança só recebeu vacinas até mora com o pai, a mãe e um irmão de 6 meses. Qual
2 meses de idade. Assinale a alternativa contendo as a conduta em relação à prevenção da coqueluche
vacinas que deverá receber hoje. desse lactente?
a) meningo C e pneumo10 a) se o irmão de 6 meses já tomou as 3 doses da vacina
b) meningo C, penta, UOP, pneumo10 da coqueluche, nada a fazer
c) meningo C e retorno em 1 mês para as outras vaci- b) independentemente da situação vacinal do irmão de
nas 6 meses, prescrever quimioprofilaxia para ele
d) meningo C, penta (DPT, HIB, Hep B), VIP, rotaví- c) não se recomenda quimioprofilaxia para menores de
rus, pneumo10 1 ano
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) realizar, imediatamente, hemograma no pai, na mãe
e no lactente
e) independentemente da situação vacinal do irmão de
FMABC – 2016 6 meses, prescrever quimioprofilaxia para ele e para
3. A poliomielite foi erradiada no Brasil em 1989. Em os seus pais.
1994 o Brasil recebeu o certificado de área livre de cir-
culação do polivírus selvagem pela Organização Pan  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
251
7 Imunizações

HPM-MG – 2016 d) reação vacinal, solicitar urina tipo I por sondagem


5. A respeito das principais contraindicações às vacinas, vesical para afastar hipótese de ITU
é CORRETO afirmar que: e) pielonefrite, solicitar hemograma completo e PCR
a) a vacina influenza está contraindicada em caso de para confirmar a hipótese e decidir o tratamento
imunodeficiência mais adequado
b) a vacina tríplice viral está contraindicada em todos
os pacientes HIV positivos, inclusive os assintomáti-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
cos
c) alergia grave a ovo de galinha é contraindicação ao
SES-GO – 2016
uso das vacinas contra febre amarela e influenza
9. Faz parte das recomendações da Sociedade Brasileira
d) a vacina contra hepatite B não deve ser administra-
de Pediatria para o novo calendário vacinal 2015:
da em recém-nascido prematuro, com peso de nas-
a) reforço da BCG aos seis anos
cimento de 1600 gramas
b) vacinação das crianças maiores de nove anos contra
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA o HPV (papilomavírus humano), em dose única
c) uso obrigatório da vacina inativada contra a polio-
mielite (VIP) nas duas primeiras doses, aos dois e
IAMSPE – 2016 quatro meses
6. Assinale a alternativa que apresenta uma vacina que é d) vacinação contra varicela aos doze meses, em dose
contraindicada para uma criança imunodeprimida. única
a) rotavírus
b) vírus influenza  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) HPV
d) VIP
e) hepatite B SURCE – 2016
10. No Centro de saúde, uma criança de 11 meses de ida-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA de, recém-chegada de Santa Catarina, saudável, pro-
cura consulta de Puericultura. Ao analisar a cader-
neta de saúde, o médico avalia que todas as vacinas
IAMSPE – 2016
correspondentes à idade foram aplicadas, levando em
7. Analisando as afirmações abaixo, assinale a alternati-
consideração o Calendário Nacional de Vacinação do
va INCORRETA.
Ministério da Saúde. Qual das alternativas contém as
a) de maneira geral, as vacinas de vírus vivos atenuados
vacinas que foram aplicadas na criança?
deverão ser aplicadas pela via subcutânea.
a) BCG (1 dose); contra hepatite B (3 doses); contra
b) pacientes alérgicos ao ovo deverão evitar receber va-
difteria, tétano, coqueluche, Haemophílus influenzae
cinas contra febre amarela e tríplice viral.
(3 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (2
c) a vacina contra pertussis utilizada pelo Programa
doses); antirrotavírus (2 doses); antimeningocócica
Nacional de Imunizações pode provocar reação do
tipo síndrome hipotônica-hiporresponsiva. C (3 doses)
d) a vacina antipneumocócica conjugada é mais eficaz b) BCG (1 dose); contra hepatite B (3 doses); contra
que a antipneumocócica de polissacarídeo. difteria, tétano, coqueluche, Haemophílus influenzae
e) a diferença entre vacinas dupla bacteriana infantil e (3 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (3
dupla bacteriana adulto relaciona-se com a quanti- doses); antirrotavírus (2 doses); antimeningocócica
dade de toxoide diftérico presente. C (2 doses)
c) BCG (1 dose); contra hepatite B (2 doses); contra
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA difteria, tétano, coqueluche, Haemophílus influenzae
(2 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (4
doses); antirrotavírus (2 doses); antimeningocócica
Santa Casa-SP – 2016 C (2 doses)
8. Lactente de 4 meses, sexo feminino, vem apresentan-
d) BCG (1 dose); contra hepatite B (3 doses); contra
do choro intenso há cerca de 12 horas, sem outros si-
difteria, tétano, coqueluche, Haemophílus influenzae
nais e sintomas. A mãe refere que recebeu as vacinas
(3 doses); antipólio (3 doses); antipneumocócica (2
dos quatro meses no dia anterior. O pediatra que deu
doses); antirrotavírus (3 doses); antimeningocócica
início ao atendimento solicitou urina tipo I para afas-
C (3 doses)
tar infecção do trato urinário (ITU) com o seguinte
resultado: DU 1020, pH: 7,0, 20.000 leucócitos/ml,  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
4.000 hemácias/ml, bactérias +. Qual a hipótese diag-
nóstica e conduta mais adequada nesse caso?
a) ITU, iniciar o tratamento com antibioticoterapia UFPR – 2016
b) ITU, solicitar ultrassonografia de rins e vias uriná- 11. Você atende um escolar de 8 anos que sofreu um aci-
rias na urgência dente em um parquinho (queda de um brinquedo) e
c) reação vacinal, orientar curva térmica e observação, apresenta ferimentos extensos, profundos e sujos em
prescrever sintomáticos membros superiores, inferiores e face. Além, da lim-

SJT Residência Médica – 2016


252
Puericultura | Questões para treinamento

peza das lesões, qual a conduta profilática em relação FMABC – 2015


ao tétano, considerando que seu calendário vacinal se 15. Uma adolescente de 12 anos de idade sofreu lesão
encontra atualizado de acordo com o programa na- cortante profunda na perna esquerda quando cami-
cional de imunizações? nhava por uma trilha. Seu esquema vacinal encon-
a) 1 dose de reforço de vacina antitetânica, 1 dose de tra-se completo. Qual a conduta em relação à profi-
soro antitetânico laxia do tétano?
b) reforço com vacina DTP agora a) imunização passiva
c) reforço com vacina dT na adolescência
b) vacina dupla adulto e imunização passiva
d) 1 dose de gamaglobulina antitetânica
c) vacina dupla adulto
e) 1 dose de reforço de vacina antitetânica, 1 dose de
gamaglobulina antitetânica d) não há necessidade de profilaxia

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UFSC – 2016 FMJ – 2015


12. Das alternativas abaixo, qual delas NÃO é considera- 16. Uma criança com 22 meses de idade recebeu regu-
da indicação para o uso da vacina DPTa? larmente todas as vacinas indicadas pelo calendá-
a) recém-nascido prematuro, independentemente do rio brasileiro de imunizações setembro/ 2014 (SUS
peso e da idade gestacional – Ministério da Saúde). Para quantos agentes de
b) convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas doenças infecciosas essa criança de 22 meses já foi
após vacinação vacinada, excluindo-se as vacinas da gripe e da febre
c) síndrome hipotônica hiporresponsiva nas primeiras amarela?
48 horas após vacinação a) 11
d) doença convulsiva crônica b) 16
e) doenças neurológicas crônicas incapacitantes c) 12
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) 15
e) 13

UNIFESP – 2016  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


13. Você recebe o resultado de uma cultura de líquor po-
sitiva para Haemophilus influenzae tipo b (Hib) de
uma criança de 7 meses com meningite. Ao avaliar a FMJ – 2015
sua carteira de vacinção, você observa que ela está em 17. A análise do cartão vacinal de uma criança com 05
dia, com 3 doses da vacina pentavalente. A conduta meses de idade revela que ela foi vacinada com a
mais adequada após a recuperação clínica da criança BCG na maternidade, no entanto não apresenta re-
é: ação ou cicatriz vacinal no deltoide direito. Qual a
a) investigar uma possível imunodeficiência conduta recomendada nesta situação?
b) administrar uma dose de reforço da vacina Hib a) revacinar com BCG imediatamente
c) repetir o esquema completo de 3 doses da vacina b) realizar teste do PPD
Hib c) considerar a criança vacinada, mesmo sem cicatriz
d) iniciar Ampicilina como profilaxia de outras infec- d) pesquisar a imunidade celular da criança
ções bacterianas graves e) observar se surge reação vacinal até a consulta de 6
e) investigar tuberculose como possível desencadeante
meses
do quadro meníngeo
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

Hospital Santa Marta – 2015


UNITAU – 2016
14. Nas campanhas nacionais de vacinação antipoliomie- 18. A respeito da vacina penta, é correto afirmar que é
lite, a vacina utilizada é a oral (VOP), em vez da in- prevenção
jetável (VIP). O principal motivo dessa escolha, para a) secundária constituída somente contra doenças cau-
controle da poliomielite no Brasil, é: sadas por bactérias
a) o baixo custo da VPO b) primária contra duas doenças bacterianas e três
b) a aceitabilidade, pelas crianças, da via oral doenças virais
c) a disseminação do vírus vacinal pela via fecal-oral c) primária contra três doenças bacterianas e duas virais
d) a possibilidade de congelamento da VPO, sem que d) secundária somente contra doenças causadas por
se perca sua potência bactérias
e) o fato de não ser necessário pessoal especializado e) primária contra quatro doenças bacterianas e uma
para sua aplicação viral

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


253
7 Imunizações

Hospital Santa Marta – 2015 c) os prematuros não devem ser vacinados na idade
19. Nos últimos quinze anos, ocorreram modificações cronológica normal, com as mesmas doses
importantes no esquema rotineiro de vacinação das d) o uso atual de antibióticos de antibióticos contra-
crianças. Foi introduzida, aos quinze meses de idade, -indica o uso de vacinas
a tríplice viral, que protege contra
a) rubéola, hepatite B e sarampo  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) sarampo, caxumba e rubéola
c) hepatite A, rubéola e gripe
UERN – 2015
d) poliomielite, sarampo e rubéola
24. A conduta para um RN cuja mãe é assintomática e so-
e) rubéola, caxumba e poliomielite
ropositiva para o antígeno de superfície da hepatite B
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA ( HBsAg) deverá ser:
a) iniciar a vacina após um mês de idade
b) acompanhar com sorologia e transaminases nos pri-
IAMSPE – 2015 meiros seis meses de vida e vacinar se houver soro-
20. Quanto às vacinas que utilizam vírus vivo atenuado, conversão
assinale a alternativa correta. c) acompanhar, pois os filhos de mãe soropositiva para
a) influenza o HbsAg não se beneficiam da vacina
b) antipolio VIP d) iniciar vacinação nas primeiras horas de vida, admi-
c) HPV
nistrando também imunoglobulina específica
d) antirrotavírus
e) hepatite B  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UERN – 2015
25 RN comunicante domiciliar de paciente com tuber-
IAMSPE – 2015
culose pulmonar bacilífera deverá inicialmente ser
21. Menor faz uso contínuo de aspirina. Assinale a alterna-
submetida à:
tiva que apresenta a vacina que pode acarretar compli-
cações ao ser utilizada concomitantemente ao AAS. a) vacinação com BCG, sem quimioprofilaxia
a) febre amarela b) vacinação com BCG e quimioprofilaxia com rifam-
b) varicela picina
c) BCG c) quimioprofilaxia com rifampicina por três meses
d) hepatite B d) quimioprofilaxia com isoniazida por três meses
e) vacinas conjugadas (H. influenzae, Pneumococo,
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
Meningococo)

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA UFMA – 2015


26. Segundo o calendário básico de vacinação adotado
UEPA – 2015 pelo Ministério da Saúde para crianças com 2 meses,
22. Você está de plantão no hospital e é dia de campanha doenças são evitadas, EXCETO;
nacional de vacinação, para crianças de 6 meses à 5 a) tuberculose miliar
anos, contra pólio e sarampo. Na enfermaria, estão b) meningite tuberculosa
crianças oncológicas em tratamento, a enfermeira quer c) hepatite B
saber se pode vaciná-las, a indicação nesse caso é: d) meningite causada por Neisseria meningitidis do so-
a) liberar vacina para todas as crianças de 6 meses à 5 rogrupo C
anos (faixa etária da campanha) e) poliomielite
b) liberar vacina para poliomielite para todas as crianças
c) liberar vacina para sarampo para todas as crianças  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
d) não liberar vacinas, pois são de vírus vivos atenuados.
e) não liberar vacina de pólio UFMA – 2015
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 27. Qual dessas vacinas não faz parte do calendário va-
cinal de uma adolescente com 11 anos de idade não
vacinada anteriormente?
UERN – 2015 a) vacina da hepatite B (HB)
23. Considerando a obrigatoriedade da vacinação, pode- b) vacina oral poliomielite (VOP)
mos afirmar c) vacina febre amarela (FA)
a) a desnutrição é uma contraindicação a administra- d) papilomavírus humano (HPV)
ção de vacinas e) difteria e tétano tipo adulto (dT)
b) os quadros viróticos leve-moderados não contra-
-indicam o uso de vacinas  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


254
Puericultura | Questões para treinamento

Hospital Infantil Varela Santiago – 2015 c) DTPa + Pólio + Anti-pneumocóccica + Vacina con-
28. Lactente com 12 meses de idade é atendida numa Uni- tra Hepatite A + Tetra viral
dade Básica de Saúde e, segundo a acompanhante, a d) DTPa + Hib + Pólio + Anti-pneumocóccica + Vaci-
criança foi adotada e não dispõe do cartão de vaci- na contra Hepatite A + Tetra viral
na. Seu exame físico está normal. Apresenta cicatriz
vacinal no braço direito. O médico decide atualizar  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
o cartão de vacina desta criança. Todas as vacinas do
primeiro ano de vida serão aplicadas, exceto:
UFF – 2015
a) Tríplice viral
32. A Vacina Pentavalente imuniza a criança não só con-
b) BCG e vacina contra Rotavírus
tra tétano, mas também contra:
c) Apenas BCG
d) Tríplice viral e a pentavalente a) difteria, coqueluche, Haemophilus influenzae b e he-
e) Todas as vacinas devem ser aplicadas patite B
b) poliomielite, coqueluche, Haemophilus influenzae b
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e hepatite B
c) difteria, coqueluche, Haemophilus influenzae b e he-
Hospital Infantil Varela Santiago – 2015 patite A
29. Uma menina com 8 anos de idade acidentou-se com d) poliomielite, coqueluche, Haemophilus influenzae b
metal enferrujado, ferindo-se gravemente em mem- e hepatite A
bro inferior. É levada ao hospital onde é realizada a
e) poliomielite, Haemophilus influenzae b e varicela
sutura. Seu esquema vacinal estava completo. Em re-
lação à prevenção do tétano, neste caso:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) deve-se dar reforço da vacina (tríplice acelular), sem
imunização passiva
FMABC – 2014
b) deve-se dar reforço da vacina (dupla adulto) e imu- 33. Quais vacinas e número de doses a Sociedade Brasileira
nização passiva de Pediatria recomenda a uma adolescente de 17 anos,
c) deve-se dar reforço da vacina (dupla adulto), sem hígida, que recebeu as vacinas relacionadas a seguir?
imunização passiva €€ Ao nascimento: BCG
d) deve-se fazer apenas a imunização passiva €€ 2 meses: DTP (difteria, tétano e coqueluche), vaci-

e) não é necessário vacinação de reforço nem imuniza- na oral contra poliomielite (VOP)
ção passiva €€ 4 meses: DTP+Hib, VOP
€€ 6 meses: DTP+Hib, VOP
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA €€ 9 meses: contra sarampo
€€ 15 meses: DTP, vacina oral contra poliomielite, va-
INCA – 2015 cina contra Sarampo + Caxumba + Rubéola (SCR)
30. Criança de 4 meses evoluiu com episódio de Síndro- €€ 5 anos: DTP, VOP, Hib (Hemófilos influenza tipo B),
me hipotônica hiporresponsiva nas primeiras 24 ho- Hepatite B
ras após a vacinação com DPT celular. Aos 6 meses a) três doses da vacina contra hepatite B, uma dose de
deverá ser indicada: vacina contra SCR, três doses da vacina contra pa-
a) DPT celular pilomavírus humano (HPV), duas doses da vacina
b) DPT acelular contra hepatite A, reforço da dupla adulto (dT) ou
tríplice bacteriana do adulto (dTpa), uma dose da
c) dT vacina antimeningocócica conjugada
d) DT b) duas doses da vacina contra hepatite B, uma dose de
vacina contra SCR, três doses da vacina contra HPV,
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
duas doses da vacina contra hepatite A, reforço da
dT ou dTpa, uma dose da vacina antimeningocócica
SURCE – 2015 conjugada
31. A mãe de uma criança de 17 meses de idade apresenta c) três doses da vacina contra hepatite B, duas doses
o cartão de vacinas totalmente adequado para a idade da vacina contra HPV, duas doses da vacina contra
de seu filho. Qual a alternativa que contém as vacinas hepatite A, reforço da dT ou dTpa, duas doses da va-
aplicadas nos últimos três meses? cina antimeningocócica conjugada
d) duas doses da vacina contra hepatite B, reforço da
a) DTPa + Hib + Pólio + Vacina contra Hepatite A +
dT ou dTpa, duas doses da vacina contra HPV, duas
Tetra viral
doses da vacina antimeningocócica conjugada
b) DTPa + Hib + Pólio + Vacina contra Hepatite A +
Tetra viral + Influenza  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


255
7 Imunizações

UFG-GO – 2014 SUS-SP – 2014


34. O Ministério da Saúde do Brasil (MSB) adota um ca- 36. Segundo o Calendário Nacional de Vacinação do Mi-
lendário vacinal para pessoas com idade maior e igual nistério de Saúde do Brasil, a vacina contra rotavírus
a 60 anos. Para um idoso de 60 anos, residente em lar deve ser aplicada aos:
para idosos na região de Goiânia, saudável, doador de a) 12 meses
sangue, e que nega qualquer vacinação prévia, o MSB b) 2 e 4 meses
indica as vacinas: c) 3 e 5 meses
a) recombinante de hepatite B (três doses); adsorvida du- d) 2, 4 e 6 meses
pla tipo adulto (três doses e reforços a cada 10 anos); e) 9 meses
atenuada de febre amarela (uma dose a cada 10 anos);
inativada influenza sazonal (uma dose anual) e polis-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
sacarídica pneumocócia 23-valente (uma dose e um
reforço cinco anos após) Albert Einstein – 2014
b) adsorvida dupla tipo adulto (três doses e reforços a
37. A vacina do HPV está indicada a ambos os sexos, re-
cada 10 anos); atenuada de febre amarela (uma dose
comendando-se administrá-la antes do início da ati-
a cada 10 anos); inativada influenza sazonal (uma
vidade sexual. É CORRETO afirmar que:
dose anual) e polissacarídica pneumocócia 23-va-
a) o número de doses varia com a idade de início da
lente (uma dose e um reforço cinco anos após)
vacinação
c) atenuada de febre amarela (uma dose a cada 10
b) a vacina está contraindicada aos adolescentes que já
anos); inativada influenza sazonal (uma dose anual),
inativada para poliovírus (Salk três doses) e quadri- tenham tido algum contato sexual
valente para papilomavírus humano (três doses) c) a incidência de câncer do colo do útero reduz com
d) atenuada de sarampo, caxumba e rubéola (uma o uso da vacina, mas o principal objetivo é reduzir a
dose); adsorvida dupla tipo adulto (três doses e re- incidência do condiloma acuminado
forços a cada 10 anos); atenuada de febre amarela d) a indicação no sexo masculino visa a redução de ver-
(uma dose a cada 10 anos); inativada influenza sa- rugas genitais uma vez que o câncer é muito raro nes-
zonal (uma dose anual) e quadrivalente para papilo- te grupo
mavírus humano (três doses) e) entre as doenças a serem prevenidas está o câncer de
laringe
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
SUS-SP – 2014
35. Pedro tem 12 anos de idade e vem à sua primeira consul-
ta na UBS de um bairro do município de São Paulo onde Albert Einstein – 2014
irá morar a partir de agora. Em relação à vacinação, Ma- 38. O Ministério da Saúde iniciou este ano a aplicação da
tilda, sua mãe, relata que falta uma dose contra hepatite vacina tetravalente viral (contra sarampo, rubéola, ca-
B, mas perdeu a carteira de vacinação em uma enchente. xumba e varicela) em crianças de 15 meses de idade. Em
Pedro apresenta cicatriz de BCG. Qual é a conduta ade- relação à vacina contra varicela é INCORRETO afirmar:
quada para regularizar a situação vacinal de Pedro? a) a varicela em criança vacinada pode ocorrer com
a) como o cartão de vacina foi perdido, deve-se revaci- presença de poucas vesículas e sem febre
nar Pedro com 1 dose de BCG; 3 doses de anti-he- b) a aplicação da vacina em quem já teve a doença pode
patite B; 3 doses da difteria e tétano (dupla adulto); 3 levar a quadro de anafilaxia
doses de antipólio oral e duas doses contra meningi-
c) o risco de convulsão febril na primeira dose é discre-
te e 1 dose contra pneumococo
tamente mais elevado com a vacina tetravalente viral
b) como o cartão de vacina foi perdido, deve-se reva-
do que com a vacina monovalente contra a varicela
cinar Pedro apenas com 3 doses contra hepatite B; 3
d) a proteção da vacina contra a forma grave da doença
doses de difteria e tétano (dupla adulto) e duas doses
chega a 95%
de sarampo, caxumba e rubéola que são vacinas im-
e) em crianças que receberam transfusão de sangue ou
portantes nessa faixa etária
c) como a mãe lembra qual vacina está faltando, deve- imunoglobulina deve-se postergar a vacina contra
-se abrir novo cartão e atualizar o esquema vacinal, varicela por, no mínimo, 3 meses
administrando a última dose contra hepatite B e  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
administrando 3 doses da difteria e tétano que são
vacinas importantes nessa faixa etária
d) como o cartão de vacina foi perdido, deve-se revaci- Albert Einstein – 2014
nar Pedro com 3 doses de anti-hepatite B; 3 doses da 39. Alternativa que contém pelo menos uma doença que
difteria e tétano (dupla adulto); 3 doses de antipólio NÃO pode ser prevenida com vacinas:
oral e duas doses de sarampo, caxumba e rubéola a) difteria; papiloma vírus humano
e) como a mãe lembra qual vacina está faltando, deve- b) meningite por Haemophilus influenzae B; sarampo
-se abrir novo cartão e revacinar apenas com 1 dose c) febre tifoide; febre amarela
contra hepatite B; 1 dose de BCG e duas doses de d) pneumonia pneumocócica; tétanos
sarampo, caxumba e rubéola que são vacinas impor- e) meningite meningocócica; malária
tantes nessa faixa etária
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


256
Puericultura | Questões para treinamento

PUC-RS – 2014 em 2013. Com que idade, de acordo com este calen-
40. Em relação às vacinas a serem ministradas na infân- dário, a criança deve receber o primeiro reforço da
cia são feitas as assertivas seguintes: vacina DTP e em qual apresentação é recomendada a
vacina para este reforço?
I. A vacina tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e a) aos 15 meses – vacina tetravalente (DTP + Hib)
varicela) é aplicada em dose única e deve ser rea- b) aos 15 meses – vacina pentavalente (DTP + Hib +
lizada aos nove meses de vida.
Hepatite B)
II. A vacina BCG confere proteção contra as formas
c) aos 18 meses – vacina DTP
disseminadas da tuberculose (miliar e meningite
tuberculosa). d) aos 15 meses – vacina DTP
III. Crianças entre quatro e seis anos de idade devem e) aos 24 meses – vacina DTP
receber uma dose da vacina do rotavírus, caso não
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
tenham feito esta vacina no momento adequado.

Está/Estão correta(s) a(s) afirmativa(s): UFSC – 2014


a) I, apenas 44. Assinale a alternativa que responde CORRETAMEN-
b) II, apenas TE à pergunta abaixo:
c) I e III, apenas
Dos componentes da vacina pentavalente (DPT + Hib +
d) II e III, apenas
e) I, II, III Hep B), utilizada rotineiramente pela Secretaria Muni-
cipal de Saúde de Florianópolis em 2013, qual provoca
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA efeitos colaterais significativos, mais frequentemente?
a) diftérico
b) tétano
UFRN – 2014
c) pertusis
41. Lactente de dois meses, nascido de parto domiciliar e
d) hemófilos
nunca vacinado, com quadro provável de imunodefi-
ciência congênita, em boas condições clínicas, é leva- e) hepatite B
do ao posto de saúde para receber orientação quanto  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
à vacinação. A conduta adequada é aplicar:
a) todas as vacinas indicadas para a idade
b) todas as vacinas, exceto BCG UFPR – Pediatria – 2013
c) somente vacinas de agentes inativados 45. De acordo com as novas recomendações do Minis-
d) somente vacinas com agentes atenuados tério da Saúde para o Programa Nacional de Imu-
nizações, implantadas em 18 de agosto de 2012, um
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
lactente que esteja seguindo o novo calendário de va-
cinação deverá receber aos quatro meses as vacinas:
Hospital Municipal São José-SC – 2014 a) poliomielite inativada, pentavalente (DTP+Hib+HB),
42. A respeito da vacinação em crianças, assinalar a alter- rotavírus e pneumocócica 10 valente
nativa CORRETA: b) poliomielite atenuada, tetravalente (DTP+Hib), ro-
a) a vacina contra a hepatite B não deve ser realizada tavírus e pneumocócica 10 valente
em recém-nascido (RN) de mãe HBsAg positivo c) poliomielite inativada, tetravalente (DTP+Hib), ro-
b) a vacina BCG deve ser adiada em RN com peso infe- tavírus e pneumocócica 10 valente
rior a 2.000 g d) poliomielite atenuada, tetravalente (DTP+Hib), ro-
c) RN de mãe com tuberculose bacilífera deve receber tavírus e pneumocócica 23 valente
a BCG logo após o nascimento e receber quimiopro- e) poliomielite atenuada, pentavalente (DTP+Hib+HB),
filaxia com isoniazida por seis semanas
rotavírus e pneumocócica 10 valente
d) segundo o novo calendário do Ministério da Saúde, a
vacina contra o rotavírus deve ser aplicada, em duas  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
doses, em todas as crianças até os dois anos de idade
e) nenhuma das alternativas acima está correta
UNESP – 2013
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 46. Criança de 5 meses está com as vacinas dos 4 meses atra-
sadas e, neste caso, segundo o Programa Nacional de
UFSC – 2014 Imunizações, deverá receber as seguintes vacinas contra
43. Assinale a alternativa que responde CORRETAMEN- a) poliomielite, difteria, tétano, Pertussis, Haemophilus
TE à pergunta abaixo: influenzae b e rotavírus
b) poliomielite, difteria, tétano, Pertussis, Haemophilus
Uma criança saudável recebeu esquema de vacinação influenzae b
completo no primeiro ano de vida de acordo com o c) poliomielite, difteria, tétano, Pertussis, Haemophilus
Calendário Nacional de Vacinação vigente no Brasil influenzae b e pneumocócica 10 valente

SJT Residência Médica – 2016


257
7 Imunizações

d) poliomielite, difteria, tétano, Pertussis, Haemophilus a) evitar casos de episódios hipotônico-hiporresponsi-


influenzae b e menigocócica C vos pós-vacinais
e) poliomielite, difteria, tétano, Pertussis, Haemophilus b) promover imunidade coletiva da população
influenzae b, rotavírus, pneumocócica 10 valente e c) reduzir o risco de paralisia flácida associada à vacina
meningocócica C atenuada
d) aprimorar a logística do PNI, garantindo uma vaci-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA na com maior termoestabilidade
e) permitir o desenvolvimento de imunidade sérica con-
UFF-RJ – 2013 tra os poliovírus vacinais
47. No Programa de Saúde da Família, é atendida criança  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
com quatro anos, procedente da zona rural, portan-
do cartão de vacinas com registro apenas de primeira UERJ – 2013
dose da vacina para hepatite B. Levando em consi- 51. Quanto à vacina tríplice viral, segundo as orientações
deração o Programa Nacional de Imunizações, essa do Ministério da Saúde, um adolescente (entre 11 e 19
criança deve ser vacinada contra: anos) deve receber:
a) BCG, hepatite B, poliomielite e rotavírus a) uma dose de vacina tríplice viral
b) hepatite B, BCG, tetravalente bacteriana e tríplice viral b) duas doses de vacina tríplice viral e um reforço 3
c) rotavírus, hepatite B, tríplice bacteriana e tríplice viral anos após a última dose
d) hepatite B, tríplice viral, BCG e hepatite A c) nenhuma dose, pois são doenças que acometem pre-
e) poliomielite, hepatite B, tríplice viral e varicela ferencialmente crianças não sendo necessária a vaci-
nação de adolescentes
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) uma dose de vacina tríplice viral caso haja comprovante
de vacinação com uma dose anterior ou duas doses, com
intervalo mínimo de 30 dias; caso não possua compro-
UFF-RJ – 2013 vante de vacinação anterior da vacina tríplice viral
48. Em relação à vacina BCG, pode-se afirmar que:
a) não deve ser aplicada em recém-nascidos com peso  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
inferior a 2.500 gramas
b) deve ser aplicada logo após o nascimento em recém- SES-SC – 2013
-natos de mães sabidamente bacilíferas 52. Criança com 6 meses realizou vacina em unidade de
c) é composta por antígenos do Mycobacterium tuber- saúde. Mãe refere que após 12 horas da vacinação, a
culosis, protegendo contra todas as formas de tuber- criança havia apresentado palidez, desvio do olhar e
culose na infância crise convulsiva generalizada (2 minutos de duração).
d) no Brasil, não é mais recomendada a segunda dose Após, permaneceu irritada por algumas horas, sem
para a profilaxia da tuberculose em crianças e ado- outras manifestações. Essa criança tem antecedentes
familiares de epilepsia. A partir desse momento, a va-
lescentes
cina que deve ser contraindicada seria a:
e) é administrada por via intramuscular
a) antitetânica
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA b) anti-hepatite
c) antimeningite
d) antissarampo
Unificado-MG – 2013 e) anticoqueluche
49. Com relação à vacina oral contra poliomielite, é ER-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
RADO afirmar:
a) impossibilita a erradicação da poliomielite no mundo UNITAU – 2013
b) induz resposta humoral e de mucosas 53. Pré-escolar de 5 anos é levado ao Posto de Saúde para
c) não está associada a ocorrência de poliomielite por aplicação das doses de reforço das vacinas recomenda-
poliovírus derivado da vacina das para a idade, pelo Ministério da Saúde. A mãe in-
d) resulta em imunização de contato das pessoas vaci- forma ao médico que seu filho é portador de asma e que
nadas (imunidade de rebanho) está fazendo uso contínuo de corticoide inalatório há 30
dias. A conduta em relação às imunizações indicadas é:
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) aplicar a tríplice viral, substituindo a tríplice bacte-
riana pela vacina acelular
UFPR – 2013 b) aplicar a tríplice viral e a tríplice bacteriana sem ne-
50. A vacina oral contra poliomielite vem sido utilizada nhuma precaução adicional
no Brasil há décadas e permitiu a erradicação da do- c) aplicar apenas a tríplice bacteriana, postergando a trí-
ença no país. Recentemente, o Ministério da Saúde plice viral até que o corticoide deixe de ser utilizado
alterou o esquema de imunização contra essa doença d) aplicar a tríplice viral e a tríplice bacteriana, reco-
no Programa Nacional de Imunizações (PNI), intro- mendando a suspensão do corticoide por um perío-
duzindo um esquema sequencial, em que as duas pri- do de 15 dias
meiras doses que a criança receberá serão de vacinas e) não aplicar nenhuma das vacinas até a suspensão do
inativadas contra poliomielite. A principal razão para corticoide
essa mudança é:  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


258
Puericultura | Questões para treinamento

Santa Casa-SP – 2013 UFRN – 2012


54. O uso da imunoglobulina humana anti-hepatite B 58. No alojamento conjunto de uma maternidade, a se-
está indicada nas primeiras 48 horas após as seguintes nhora MFR inicia, no segundo pós-operatório de parto
situações: cesárea, um quadro de varicela. Nessa situação, a medi-
a) abuso sexual independentemente do histórico de imu- da adotada, em relação ao RN, deverá ser:
nização pregressa da vítima a) aplicar imunoglobulina específica para Varicela-
b) exposição sexual com caso Anti-HBc reagente e Anti- -Zoster, por via intramuscular o quanto antes
-HBs reagente; quando o paciente exposto for Anti- b) iniciar aciclovir no recém-nascido e suspender o
-HBs não reagente aleitamento materno se houver lesões no seio
c) exposição ocupacional sanguínea de não vacinados para c) isolar a mãe e o recém-nascido e mantê-los interna-
hepatite B, quando o caso fonte for HBsAg reagente dos por 21 dias para monitorização rigorosa
d) parto de recém-nascidos de mãe Anti-HBs reagente d) notificar imediatamente o caso, pois trata-se de uma
e) exposição sexual desprotegida com parceiro de alto risco doença de notificação compulsória

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

Santa Casa-SP – 2013 UFSC – 2012


55. Paciente de 13 anos sofreu lesão cortante profunda em 59. Lactente, 2 meses de idade, após tomar uma das vaci-
perna esquerda por arma branca. Apresenta calendá- nas preconizadas pela Secretaria Municipal de Saúde
rio vacinal atualizado segundo Programa Nacional de de Florianópolis apresentou episódio de choro incon-
Imunização. Segundo o Ministério da Saúde qual a trolável por mais de 3 horas de duração. O componente
conduta para profilaxia do tétano? MAIS PROVÁVEL a provocar este tipo de reação é:
a) vacina anti-tetânica a) suspensão inativada de Bordetella, que compõe a va-
b) soro anti-tetânico cina DPT
c) vacina anti-tetânica + soro anti-tetânico b) proteína conjugada da vacina contra Haemophilus B
d) antibioticoterapia com cefalexina c) cepa tipo 3, que readquiriu virulência na Sabin
e) não há necessidade de profilaxia d) proteína conjugada da nova vacina contra meningite C
e) tiomersal, presente na vacina contra hepatite B
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

Santa Casa-BH – 2012


56. Criança, 15 meses, masculino, procura Centro de Hospital Albert Einstein – 2011
Saúde para regularizar seu cartão vacinal tendo em 60. Um menino com 5 anos de idade apresenta quadro de
vista não ter comparecido com um ano de idade. Mãe varicela. Durante os 2 dias anteriores ao aparecimen-
informa atendente que seu filho está fazendo uso to das lesões esteve em contato com o primo de 1 ano
diário e continuo de corticoide inalatório para qui- de idade. Recomenda-se a este primo:
mioprofilaxia da asma. Qual a conduta que melhor se a) vacinação com a vacina composta por vírus vivos e
aplica perante a situação descrita? administração de imunoglobulina hiperimune
a) aplicar a triplice bacteriana (TDP) normalmente e a b) vacinação com a vacina composta por vírus vivos,
tríplice viral após 15 dias de suspensão do corticoide apenas
b) aplicar triplice viral + reforço triplice bacteriana sem c) vacinação com a vacina composta por vírus inativa-
cuidados adicionais dos e administração de aciclovir
c) aplicar triplice bacteriana acelular em substituição à d) administração de imunoglobulina hiperimune, apenas
tríplice bacteriana celular + triplice viral e) administração de imunoglobulina hiperimune e de
d) é contra indicado vaciná-lo no momento aciclovir

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

AMP – 2012 UNICAMP – 2011


57. Segundo o Manual de Normas de Vacinação do Pro- 61. Menina, 5 meses, apresenta dificuldade respiratória,
grama Nacional de Imunizações, as vacinas de bacté- tosse seca, febre baixa e diminuição do apetite há 3
rias ou vírus atenuados são contraindicadas nas se- dias. Antecedentes pessoais: prematuridade (idade
guintes situações, exceto: gestacional = 29 semanas), ventilação assistida por 20
a) imunodeficiência congênita dias e oxigenioterapia em capuz por mais 15 dias. Re-
b) imunodeficiência adquirida cebeu alta com 50 dias de vida, sem uso de oxigênio,
c) desnutrição e com diagnóstico de displasia broncopulmonar. A
d) pacientes com neoplasia maligna mãe nega quadros pulmonares após alta hospitalar e
e) tratamento com corticosteroides em esquemas imu- a vacinação está adequada para a idade. Não foi ama-
nossupressores mentada com leite materno e frequenta creche desde
os 4 meses de vida. Exame físico: T = 37,8ºC, FC = 156
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA bpm, FR = 68 irpm, regular estado geral, corada, pali-

SJT Residência Médica – 2016


259
7 Imunizações

dez cutânea, hidratada, acianótica, anictérica. Tórax: d) o aumento na incidência tem ocorrido principal-
retração subcostal e de fúrcula esternal, diminuição mente em crianças pré-escolares e escolares
global do murmúrio vesicular e presença de sibilos e) a perda da imunidade após 10 anos ou mais do rece-
em todo campo pulmonar. Qual a medida profilática bimento da última dose da vacina pode ser respon-
que poderia ter evitado este quadro clínico? sável pelo aumento na incidência
a) vacina antipneumocócica conjugada 10 valente
b) antileucotrieno via oral  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
c) vacina antipneumocócica 23 valente
d) anticorpo monoclonal palivizumabe
USP-RP – 2010
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 65. Mãe de lactente hígido, de 1 mês e meio de idade, traz
o filho ao Pronto Socorro por ter notado um “caro-
UERJ – 2011 ço” na axila direita. A criança está ganhando peso
62. Mãe chega para consulta de rotina de seu bebê de 12 adequadamente. Não há alterações ao exame físico,
meses e informa que o irmão dele, de quatro anos, ini- exceto pela presença de um gânglio axilar de 1,5 cm
ciou quadro de varicela ha dois dias. A orientação em de diâmetro, arredondado, sem sinais flogísticos ou
relação à profilaxia da doença para o lactente será: fistulizações e nem aderências à planos profundos. O
a) afastar as crianças provável diagnóstico e a conduta mais adequada são:
b) aplicar vacina de varicela a) adenite reacional pela BCG; conduta expectante
c) indicar vacina e imunoglobulina b) adenite reacional pela BCG; isoniazida
d) fazer imunoglobulina específica para varicela c) tuberculose ganglionar; rifampicina, isoniazida, pi-
razinamida
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) tuberculose ganglionar; isoniazida

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


UFPR – Pediatria – 2011
63. A transmissão materno infantil da hepatite B ocorre
predominantemente durante a passagem do RN no ca- SUS-SP – 2010
nal de parto, pelo contato com sangue materno, secreção 66. São vacinas compostas por vírus vivos:
vaginal e raramente no período intrauterino. No caso de a) varicela e hepatite A
um recém-nascido de mãe portadora de vírus da hepa- b) polimielite oral e hepatite A
tite B (AgHbs+) que apresenta peso de nascimento de c) varicela e influenza
1.900 g, que medidas profiláticas estariam indicadas? d) polimielite oral e varicela
a) vacina anti-hepatite B nas primeiras 12 h de vida + e) hepatite A e rotavírus
orientar realização de 2 doses posteriores da vacina
(1 e 6 meses)  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) gamaglobulina hiperimune contra hepatite B + vacina
anti-hepatite B nas primeiras 12 h de vida + orientar re- FMJ – 2010
alização de 2 doses posteriores da vacina (1 e 6 meses)
67. Qual a conduta que deve ser realizada quando lacten-
c) gamaglobulina hiperimune contra hepatite B + va-
te de 11 meses, vacinado na maternidade com o BCG,
cina anti-hepatite B nas primeiras 12 h de vida +
não apresenta cicatriz vacinal?
orientar realização de 3 doses posteriores da vacina
a) realizar PPD
(1, 2 e 6 meses)
b) aguardar cicatriz até o 12º mês
d) aguardar o RN completar 2.000 g para iniciar a vaci-
c) sorologia para Tuberculose
nação no esquema de quatro doses (0, 1, 2 e 6 meses)
d) sorologia para HIV
e) investigar RN com sorologia para definição do es-
e) revacinar
quema vacinal mais adequado para o caso
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UNITAU – 2010
SES-SC – Pediatria – 2011
64. Tem-se observado nos últimos anos um aumento 68. Mulher com 25 anos de idade engravida e, durante
na incidência de coqueluche em diversos países do a realização do pré-natal, descobre ser portadora do
mundo, inclusive nos Estados Unidos da América e antígeno HBsAg. As medidas apropriadas para evitar
no Brasil. Com relação a esse aumento na incidência, a aquisição da doença pelo recém nascido são:
assinale a alternativa CORRETA. a) vacina e imunoglobulina hiperimune intramuscular
a) outras espécies de Bordetella pertussis são responsá- ao nascimento
veis pelo aumento na incidência b) imunoglobulina hiperimune intramuscular ao nas-
b) a baixa cobertura vacinal no Brasil justifica a maior cimento e vacina com 1 mês de vida
ocorrência de casos c) vacina ao nascimento e imunoglobulina hiperimune
c) há um erro no diagnóstico de coqueluche, sendo que intramuscular a cada mês, a partir de 10 dias de vida,
o aumento na incidência não é real por 2 meses

SJT Residência Médica – 2016


260
Puericultura | Questões para treinamento

d) vacina e imunoglobulina humana intravenosa ao SES-RJ – 2010


nascimento 72. Adolescente de 13 anos, morador do RJ, chega ao am-
e) imunoglobulina humana intravenosa ao nascimento bulatório para atendimento de rotina e informa que
e vacina com 1 mês de vida irá viajar para o estado do Amazonas no próximo
mês. O cartão vacinal confirma que seu esquema está
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA completo. A recomendação, neste momento, segundo
o Programa Nacional de Imunizações, e a administra-
ção de vacina(s) para:
PUC-RS – 2010 a) febre amarela
69. Em relação às diferentes indicações de vacinação em b) hepatite B e febre amarela
crianças, são apresentadas as seguintes assertivas: c) hepatite B e reforço da dupla (dT)
d) reforço da dupla (dT) e tríplice viral (SRC)
I. Criança em uso regular de corticoterapia inalatória
não deve receber vacinas com vírus vivo atenuado.  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
II. Crianças imunocompetentes devem receber vaci-
na para rotavírus a partir dos 4 meses de vida.
III. Criança saudável, contactante domiciliar de pes- IJF – 2010
soa com Aids, não deve receber a vacina antipo- 73. Paulinho, 15 meses, portador da síndrome da imu-
liomielite oral. nodeficiência adquirida, apresentou, há uma semana,
pneumonia por Pneumocystis e candidíase de esôfa-
Qual é a alternativa correta? go. Na ocasião, sua contagem de LT-CD4 era de 200
a) apenas I células por mm3. Se Paulinho fosse realizar as próxi-
b) apenas II mas vacinas em um curto período de tempo, prova-
c) apenas III velmente sua pediatra indicaria:
d) apenas I e III a) todas as vacinas, sem restrições
e) I, II, III b) vacina inativada (Salk) contra poliomielite
c) vacina contra hepatite C
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA d) vacina tríplice viral

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


PUC-RS – 2010
70. Gestante de 35 semanas apresenta HBsAg positivo no
UFRN – Pediatria – 2010
pré-natal. Qual a conduta para evitar a transmissão
74. Adolescente de 15 anos, proveniente da zona rural,
vertical ao RN? após sofrer uma queda, apresenta ferimento limpo em
a) imunoglobulina hiperimune para hepatite B para a perna esquerda. A acompanhante mostra ao médico o
mãe durante o trabalho de parto e vacina da hepatite cartão em que estão anotadas as vacinas obrigatórias
B para o RN nas primeiras horas de vida que a adolescente tomou na infância, o qual está com-
b) vacina contra hepatite B e imunoglobulina hiperimu- pleto. A conduta correta para esse caso clínico é:
ne para hepatite B no RN logo após o nascimento a) aplicar a vacina de tétano, realizar a imunoglobulina
c) vacina contra hepatite B na gestante e imunoglobu- antitetânica e antibiótico profilático
lina hiperimune para hepatite B no RN b) aplicar a vacina de tétano, não realizar a imunoglobu-
d) vacina contra hepatite B e imunoglobulina hiperi- lina antitetânica e não aplicar antibiótico profilático
mune para hepatite B na gestante e para o RN em c) não aplicar a vacina de tétano, mas apenas a imuno-
suas primeiras horas de vida globulina antitetânica e antibiótico profilático
e) imunoglobulina hiperimune para hepatite B logo d) não aplicar a vacina de tétano nem a imunoglobuli-
após o nascimento para o RN e vacina hepatite B na antitetânica, mas aplicar antibiótico profilático
após 30 dias de vida  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
UFRN – Pediatria – 2010
75. Pré-escolar de cinco anos é levado ao pediatra para
Unificado-MG – 2010 atualização do cartão vacinal. A mãe informa que, aos
71. Na prática clínica, frequentemente, crianças não são 15 meses, o paciente apresentou quadro de distúrbio
vacinadas por razões que não são contraindicações de comportamento, por 72 horas, e três crises convul-
verdadeiras. Entre as afirmativas abaixo, a considera- sivas no quinto dia após a aplicação da vacina tríplice
da contraindicação verdadeira é: bacteriana. Para esse paciente, além da dose de refor-
a) desnutrição moderada ço da tríplice viral deve ser aplicada também a vacina
b) prematuridade com peso inferior a 2 kg a) dupla adulta
c) uso de antimicrobianos b) tríplice bacteriana acelular
d) uso de corticoesteroide por via inalatória em perío- c) tríplice bacteriana celular
do superior a 2 semanas d) tetravalalente

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


261
7 Imunizações

UFMS – 2010 c) a vacina passa a ser eficaz 2 semanas após a aplicação


76. São contraindicações absolutas ou precauções para ad- d) a vacina pode ser aplicada em todas as crianças após
ministrações adicionais da vacina antipertussis, exceto: os 3 meses de idade
a) encefalopatia dentro de 7 dias após vacinação e) todas as crianças menores de 8 anos, independente
b) convulsão febril ou não até 3 dias após vacinação das vacinações prévias contra o vírus influenza, ne-
c) febre igual ou maior a 40,5ºC sem outra causas pro- cessitam de 2 doses da vacina
vável até dois dias após a vacinação
d) história familiar de convulsão  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
e) choro ou gritos persistente e inconsolável por mais
de 3 horas após vacina
INCA – Anestesiologia-Patologia-Radiologia – 2009
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA 80. Recém-nascido (RN) com dez dias de vida é trazi-
do para primeira consulta por Lígia, sua mãe, que
tem diagnóstico de tuberculose pulmonar confir-
UFMS – 2010
mado por BAAR positivo 1+/4+. Ela refere fazer
77. A atual vacina contra Haemophilus influenzae é:
tratamento regular com esquema RIP há 18 dias.
a) composta por bactérias mortas
b) composta por bactérias vivas atenuadas O VDRL e a sorologia para HIV, de ambos, são ne-
c) composta apenas pelo polissacáride capsular gativos. O pediatra decide iniciar isoniazida para
d) conjugada a criança. Considerando o quadro atual de Lígia e
e) combinada o tempo de vida do RN, a orientação adequada em
relação à vacinação com BCG e realização de PPD
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA é, respectivamente:
a) vacinar / não realizar
b) não vacinar / não realizar
UFMS – 2010
c) vacinar caso PPD > 10 mm
78. Qual a sua conduta frente ao recém-nascido filho de
uma mãe que apresenta teste positivo de superfície da d) não vacinar / realizar mensalmente
hepatite B (HBsAg- positiva)?  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
a) banho escrupuloso imediato + administração de 1,5 mL
imunoglobulina anti-hepatite B nas primeiras 72 horas
+ primeira dose vacina anti-hepatite B após 1 semana FESP – 2009
b) banho escrupuloso imediato + administração de 0,5 81. A vacina para eliminar a síndrome de rubéola congê-
mL imunoglobulina anti-hepatite B nas primeiras 12
nita é contraindicada em:
horas + primeira dose vacina anti-hepatite B
a) pessoas em quimioterapia
c) apenas vacinar o paciente nas primeiras 72 horas de
b) adolescentes com urticária
vida com a vacina anti-hepatite e doses adicionais
c) mulheres na fase puerperal
com 2 e 4 meses de vida
d) o recém-nascido, filho de mãe que apresenta teste d) adultos imunizados para rubéola
positivo de superfície da hepatite B (HBsAg posi-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
tiva), deve receber apenas a imunoglobulina anti-
-hepatite B nas primeiras 24 horas de vida
e) recém-nascido, filho de mãe que apresenta teste po- HFA – 2009
sitivo de superfície da hepatite B (HBsAg positiva), 82. Mãe leva o filho de quatro meses à consulta no posto
não pode amamentar ao seio na primeira semana de saúde e relata que ele apresentou crise convulsiva
de vida, mesmo que receba a imunoglobulina anti- tônico-clônica logo após ser vacinado aos dois me-
-hepatite B nas primeiras 24 horas de vida ses. Ela está preocupada e solicita orientação, pois
ele irá ser vacinado novamente. Com base nessa si-
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
tuação hipotética, assinale a alternativa que contém
a orientação solicitada:
CREMESP – 2008 a) informar à mãe que a crise convulsiva foi febril e não
79. Uma comunidade está acometida por um surto de teve relação com nenhuma vacina
vírus influenza. Os líderes da comunidade estão b) indicar a DTPa (tríplice acelular) ao invés da DPT
preocupados em imunizar a população infantil. na próxima vacina
Para pôr em prática a proposta de vacinar as crian- c) investigar epilepsia na família e não suspender a
ças, os responsáveis pelo controle do surto preci- próxima vacinação pela DPT
sam ter em mente que: d) é provável que a convulsão ocorrida tenha sido uma
a) a vacina é contraindicada para as crianças portadoras reação da vacina do rotavírus
de asma e) prescrever antitérmico e indicar sem restrição a vaci-
b) aproximadamente 5% das crianças irão apresentar nação dos quatro meses
uma forma branda de gripe por influenza em conse-
quência da vacinação  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


262
Puericultura | Questões para treinamento

SES-CE – 2009 UFPE – 2009


83. Qual das seguintes vacinas NÃO deve ser administra- 87. Marcela tem três dias de vida, nasceu de parto normal, a
da a uma menina de 8 anos de idade que nunca foi termo. Sua genitora adquiriu varicela cinco dias antes do
imunizada previamente? parto. Qual a conduta a ser tomada em relação a Marcela?
a) vacina anti-hepatite B a) aplicar a imunoglobulina varicela-zoster (VZIG) por
b) vacina antitetânica via intramuscular
c) vacina tríplice bacteriana (difteria, coqueluche e tétano) b) como não há mais risco de transmissão, não há ne-
d) vacina antipoliomielite oral cessidade de nenhum tipo de profilaxia
e) vacina antissarampo c) iniciar aciclovir endovenoso
d) aplicar VZIG e aciclovir oral
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

UEL – 2009
CRM – 2006
84. Assinale a alternativa que indique as vacinas citadas e
88. Um menino com 9 anos de idade acidentou-se com
suas respectivas vias de administração, conforme pre- metal enferrujado quando caminhava por uma
conizados pelo Programa Nacional de Imunizações. trilha, em um passeio ecológico, ferindo-se grave-
a) vacina contra o rotavírus: subcutânea e vacina con- mente em um membro inferior. É levado ao hospi-
tra a febre amarela: intramuscular tal, onde realiza-se a sutura. Seu esquema vacinal
b) vacina contra a hepatite B: intradérmica e vacina estava completo. Em relação à prevenção do tétano,
inativada contra a poliomielite: oral neste caso:
c) vacina tríplice viral: subcutânea e vacina tríplice a) deve-se dar reforço da vacina (dupla adulto) e imu-
bacteriana: intramuscular nização passiva
d) vacina contra o hemófilo do tipo B: subcutânea e va- b) deve-se dar reforço da vacina (tríplice acelular), sem
cina contra o rotavírus: intradérmica imunização passiva
e) vacina contra a hepatite A: subcutânea e vacina con- c) não é necessária vacinação de reforço, nem imuniza-
ção passiva
jugada contra o meningococo: intradérmica
d) deve-se dar reforço de vacina (dupla adulto), sem
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA imunização passiva
e) deve-se dar reforço da vacina (tríplice acelular) e
imunização passiva
Nas questões dessa prova, comumente são apresen-
tadas assertivas, que, de forma discursiva, devem ser  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
julgadas, em corretas ou incorretas).
HSPM – Pediatria – 2008
HUB – 2009 89. A vacina BCG ID não pode ser administrada ao re-
85. Por ocasião da visita a uma Unidade Básica de Saú- cém-nascido:
de para vacinar o filho de 4 meses de idade, a mãe a) com peso abaixo de 2.000 g
informou que, quando da primeira dose da vacina b) filho de mãe HIV positivo
c) com menos de 37 semanas de idade gestacional
contra difteria, tétano e coqueluche (DPT) combi-
d) com sífilis congênita
nada ao Hib, a criança apresentou febre, alguma hi- e) em tratamento com aminoglicosídeo
porresponsividade e tumefação dolorosa no local da
aplicação. Revendo a história, o pediatra não identi-  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
ficou fator de risco para doença neurológica. Nessa
situação, o médico deverá recomendar a aplicação HSPM – Pediatria – 2008
de vacina DPT acelular. 90. A mãe de um bebê de 2 meses está preocupada com o
aumento dos casos de gripe entre os seus vizinhos e
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA pergunta ao médico da Unidade Básica de Saúde qual
a idade mínima em que poderia ser aplicada a vaci-
na contra a gripe (influenza) em seu filho. O médico
AMP – 2009
deve responder que a vacina só pode ser aplicada para
86. Qual das vacinas é constituída de vírus vivo atenuado?
crianças com a idade mínima de:
a) hepatite A a) 3 meses
b) influenza b) 6 meses
c) tríplice bacteriana c) 9 meses
d) tríplice viral d) 12 meses
e) hepatite B e) 18 meses

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


263
7 Imunizações

UEL – 2008 c) amoxicilina e adiar a vacinação


91. Com relação à vacina BCG, é correto afirmar: d) amoxicilina e realizar a vacinação
a) a infecção disseminada pela BCG, envolvendo múltiplos e) cefalosporina e adiar a vacinação
órgãos, pode ocorrer em aproximadamente 50% dos ca-
sos, sendo necessário o uso de isoniazida nestes casos  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
b) é contraindicação relativa sua aplicação em desnu-
tridos graves, erupções cutâneas generalizadas, do-
enças crônicas e peso menor de 2.000 g HSPM – 2007
c) a via de administração é intramuscular em 3 doses: 95. A presença de imunodeficiência celular, mediada por
ao nascimento, com 18 meses e 6 anos células T, constitui contraindicação formal para a apli-
d) filhos de mãe HIV positivo e crianças soropositivas cação de vacinas constituídas de micro-organismos
não devem ser vacinadas mesmo que não apresen- vivos, como as que oferecem proteção contra:
tem sintomas de Aids a) coqueluche e rubéola
e) a vacina deve ser conservada em geladeira e, após sua b) sarampo e tuberculose
reconstituição, pode ser armazenada por 48 horas c) difteria e tétano
d) caxumba e difteria
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA e) poliomielite e tétano

 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA


SES-SC – Pediatria – 2008
92. Em um recém-nascido de mãe HBsAg positivo e as-
sintomática, assinale a alternativa correta quanto à HSPM – 2007
conduta recomendada: 96. O surgimento de eventos adversos do tipo crise con-
a) acompanhar com sorologia e transaminases nos pri- vulsiva, choro persistente ou síndrome hipotônico-
meiros 6 meses de vida -hiporresponsiva, é mais comumente associado à
b) acompanhar, pois filhos de mãe HBsAg positivo não aplicação da vacina:
se beneficiam da vacina a) meningogócica
c) iniciar vacinação após a primeira semana de vida b) contra a febre amarela
d) iniciar vacinação nas primeiras horas de vida, admi- c) contra o sarampo
nistrando também imunoglobulina específca d) tríplice viral, contra caxumba, rubéola e sarampo
e) iniciar vacinação se a mãe tiver apresentado altera- e) DPT, contra difteria, coqueluche e tétano
ções das transaminases durante a gestação  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA
HSPM – 2007
CRM – 2007 97. Jovem de 18 anos sofreu lesão abrasiva no calcanhar,
93. Um indivíduo vacinado contra o vírus da hepatite B e em pequeno acidente de moto. No pronto-socorro de-
com boa resposta vacinal deve apresentar o seguinte clarou ter feito reforço vacinal contra tétano há mais
de 10 anos. A conduta profilática adequada, após lim-
perfil sorológico:
peza do ferimento, é:
Anti- Anti- Anti- a) aplicar reforço vacinal, mas não o soro antitetânico
AgHBs AgHBe
-HBs -HBe -HBc b) não aplicar reforço vacinal nem soro antitetânico,
a) + + - - + porque o ferimento foi superficial
c) não aplicar reforço vacinal, mas aplicar soro antite-
b) + - - - -
tânico
c) - + - - - d) recomeçar esquema vacinal contra tétano, porque a
d) - - - - + última vacinação foi há mais de 10 anos
e) aplicar reforço vacinal e soro antitetânico, porque o
e) - - - - -
reforço foi há mais de 10 anos
 ACERTEI    ERREI    DÚVIDA  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

USP-RP – 2007 HSPM – 2007


94. Criança com 6 meses de idade procurou o Posto de 98. Vacinas que não contêm micro-organismos vivos são:
Saúde para receber vacinas. Apresentava tosse produ- a) febre amarela, febre tifoide e raiva
tiva, coriza hialina e febre baixa há 2 dias. Ao exame b) pólio oral, sarampo e tuberculose
físico notou-se hiperemia da orofaringe, opacificação c) coqueluche, difteria e tétano
da membrana timpânica direita e roncos pulmonares d) rubéola, caxumba e febre tifoide
difusos. Além do tratamento sintomático, a conduta é: e) hepatite B, Haemophilus e tuberculose
a) adiar a vacinação
b) realizar a vacinação  ACERTEI    ERREI    DÚVIDA

SJT Residência Médica – 2016


Gabarito comentado
8 Imunizações

1. Das condições citadas na questão, a única contraindicação da situação vacinal. Nos comunicantes de 1 a 7 anos, é indi-
formal (contraindicação verdadeira) é a imunossupressão cada nos comunicantes não vacinados ou com menos de 4
causada por corticoterapia por mais 15 dias ou mais, na dose doses da vacina. Nos maiores de 7 anos e adultos é indicado
de 2 mg/kg/dia de prednisona (ou 20 mg nas crianças maiores para todos os contactantes, que tiveram contato entre 21 dias
que 10 kg) ou equivalente de outro corticosteroide. As demais antes do início dos sintomas até 3 semanas após a fase pa-
situações apresentadas são contraindicações falsas ou relati- roxística. Nessa questão, portanto, mãe e pai também fazem
vas. Ninguém, por exemplo, injetará em uma região de pele quimioprofilaxia. Resposta e.
com uma lesão com impetigo. Mas o enunciado é bastante
claro sobre vacinas vivas (atenuadas). Embora não desse mar- 5. Sendo a vacina de influenza uma vacina inativada (morta),
gem a dúvidas a Resposta da questão, lembre-se que a vacina não há contraindicação para realiza-la em imunoincompe-
BCG (que é viva) deve ser postergada para quando o peso for tentes. Pacientes portadores do HIV assintomáticos e com
maior de 2 kg (a restrição do crescimento intrauterino não é boa resposta imune podem receber a vacina tríplice viral. A
uma forma de desnutrição? Para pensar...). Resposta d. vacina contra hepatite B pode ser administrada no prematu-
ro e na criança com menos de 2 kg; entretanto, 4 doses, no
2. Aos 4 meses, segundo o calendário atual do PNI, a criança total devem ser administradas, o que já se faz, na rotina, após
receberá: a segunda dose de pentavalente (DPT + hemófilos a introdução da vacina pentavalente. Resposta c.
+ hepatite B), a segunda dose de pneumoco 10-valente, a se-
gunda dose de VIP e a segunda dose de vacina oral de rota-
vírus. Todas essas são rotineiramente aplicadas aos 4 meses. 6. Das opções apresentadas, a única vacina viva é a vacina
Ainda, essa criança não recebeu a vacina contra o meningo- contra o rotavírus. As vacinas inativadas podem ser aplicadas
coco C que deveria ter sido aplicada aos 3 meses. Resposta d. no paciente imunocomprometido. Resposta a.

3. Infelizmente ainda existem dois países do mundo endê- 7. Pacientes alérgicos ao ovo (reações anafiláticas) não re-
micos para a poliomielite. Enquanto eles existirem, o mundo cebem a vacina contra febre amarela e influenza (que são
todo deve realizar ações de vacinação contra essa doença. A feitas em ovos). A tríplice viral era contraindicada nessa si-
vacina usada nas campanhas é a vacina oral contra poliomie- tuação e não é mais. As demais informações apresentadas
lite, viva, que pode (evento raríssimo), relacionar-se à parali- são corretas. As vacinas de sarampo, caxumba, rubéola, va-
sia pós-vacinal e tem a capacidade de vacinação coletiva (re- ricela e febre amarela são administradas por via subcutânea.
banho), tornando as alternativas b e c, incorretas. Resposta a. Resposta b.

4. A quimioprofilaxia é uma medida preventiva, para evitar 8. Embora até pudéssemos realizar a coleta de uma urocul-
o surgimento de casos secundários. É indicada, nos menores tura (exame para confirmação de uma infecção urinária),
de um ano (como o caso em questão), independentemente preferentemente por método mais adequado (sondagem) –
265
8 Imunizações

alternativa que não existe na questão, resta-nos a plausibili- 15. Entendendo-se que essa adolescente encontra-se com
dade da associação do choro persistente com a reação vacinal seu esquema básico até o momento completo ( 3 doses no
ao componente pertussis celular. Resposta c. primeiro ano de vida + 1 reforço aos 15 meses e 1 reforço
aos 5 anos ), ela está há 7 anos sem tomar vacina do tétano (
9. A recomendação da realização da vacina inativada para > 5 anos). Sendo um acidente com um ferimento não limpo
poliomielite, particularmente nas duas primeiras doses não (corte profundo + local “sujo”), há indicação de revacinar se
se iniciou em 2015, mas... é a única alternativa plausível. Não a última dose foi feita há mais de cinco anos. Imunização pas-
há reforço de BCG, vacina para HPV é realizada, no âmbito siva só tem indicação em ferimentos não leves com ausência
privado, ainda em três doses e a proteção contra varicela, pela de vacinação básica. Resposta c.
recomendação da SBP, é realizada com duas doses de vacina.
Resposta c. 16. Vamos à conta: tuberculose + hepatite B + difteria + co-
queluche + tétano + hemófilos + rotavirus + poliomielite +
10. Um resumo geral de todas as vacinas aplicadas antes de pneumococo + meningococo + sarampo + rubéola + caxum-
11 meses de idade: BCG e hepatite B ao nascimento; penta- ba + varicela + hepatite A (acabara de entrar no calendário
valente (difteria, tétano, coqueluche, hemófilos, hepatite B), brasileiro) = total 15 doenças infecciosas. Resposta d.
em três doses (2,4 e 6 meses), assim como a antipólio (até
o ano de 2015, 2 doses VIP e uma dose VOP). Além disso,
recebe rotavírus aos 2 e 4 meses, antipneumococo aos 2, 4 e 17. Criança que não responde à vacina BCG, aplicada ao
6 (a partir de 2016, somente aos 2 e 4) e antimeningococo C nascimento, é revacinada aos seis meses de idade. O habitu-
al é que já haja cicatriz na consulta de três meses; portanto,
aos 3 e 5 meses. Resposta b.
dificilmente a cicatriz aparecerá na consulta de seis meses,
embora essa seja a única opção mais correta da questão.
11. Trata-se de um acidente grave, “não-limpo”, em uma
Resposta e.
criança que, entretanto, supostamente recebeu a última dose
de vacina para o tétano aos 5-6 anos, portanto, há menos de 5
anos. Nada a fazer, portanto, a não ser aguardar a adolescên- 18. A vacina pentavalente brasileira compreende a um imu-
cia (10 anos após última dose) para prosseguir com as doses nobiológico contra a difteria, tétano, coqueluche, hemófilos e
subsequentes. Resposta c. hepatite B, administrada aos 2, 4 e 6 meses. Resposta e.

12. Nas indicações dos CRIEs, antecedente pessoal de pre-


19. Hoje, aos 15 meses , a vacina administrada é a quadriva-
maturidade não é uma indicação para receber a vacina acelu-
lente viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – vamos
lar. As demais alternativas mostram indicações, onde a crian-
perdoar o redator da questão ! Resposta b.
ça pode, num centro de referência, receber a vacina acelular
ao invés da pentavalente oferecida nas Unidades Básicas de
Saúde. Resposta a. 20. A vacina contra gripe utilizada no Brasil é com vírus
morto, assim como a vacina inativada da poliomielite (VIP) e
13. Quando se considera as “red flags” para imunodefici- hepatite B. A vacina contra o HPV também é com VLP (vírus
ências, os clássicos 10 sinais de alerta são: 1. Duas ou mais like particle). Portanto, das apresentadas, a única vacina viva
Pneumonias no último ano 2. Quatro ou mais novas Otites é a do rotavírus humano. Resposta d.
no último ano. 3. Estomatites de repetição ou Monilíase por
mais de dois meses. 4. Abcessos de repetição ou ectima. 5.
21. Sendo a vacina de varicela composta por vírus vivo (ate-
Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteo- nuado) e sabendo-se da associação de varicela e uso con-
artrite, septicemia) 6. Infecções intestinais de repetição / diar- comitante de ácido acetilsalicílico com síndrome de Reye,
reia crônica / giardíase 7. Asma grave, doença do colágeno ou sugere-se uma certa atenção a essa conjunção, embora seja
doença autoimune 8. Efeito adverso ao BCG e/ou infecção um evento extremamente improvável em criança pequena,
por micobactéria 9. Fenótipo clínico sugestivo de síndrome com 12 meses, que esteja em uso crônico de AAS. Resposta b.
associada a Imunodeficiência 10. História familiar de imu-
nodeficiência. Observe que um episódio de doença sistêmica
grave já é sinal de alerta, ainda mais causado por um agente, 22. Não se indica vacinas atenuadas (vivas) para indivíduos
cuja efetividade da vacina (quadros invasivos de hemófilos) é imunodeprimidos ou imunossuprimidos, pacientes clássicos
muito alta (praticamente todas as crianças desenvolvem anti- de uma enfermaria oncológica. A vacina utilizada em cam-
corpos protetores após as 3 doses). Resposta a. panha para a poliomielite é a VOP (Sabin), com vírus vivo,
assim como a vacina contra o sarampo. Resposta d.
14. Nas estratégias de campanha, foca-se na proteção cole-
tiva (rebanho). Nesse aspecto a vacina oral, viva, tem disse- 23. Representam falsas contraindicações as quadros respirató-
minação oral-fecal. Todos os outros motivos apresentados, rios febris; portanto, as viroses respiratórias e mesmo as suas
são, de certa forma, verdadeiros também. Lembre-se que, no complicações bacterianas não são indicativas de se suspender a
calendário básico, a partir de 2016, a imunização para polio- vacinação. Nem desnutrição, nem prematuridade, nem uso de
mielite, no primeiro ano de vida, será realizada com a vacina antibióticos contraindica vacina, exceto a vacina BCG que deve
inativada (VIP). Resposta c. ser administrada na criança maior de 2 kg. Resposta b.

SJT Residência Médica – 2016


24. Conduta atual para os filhos de mãe com hepatite B: vaci- rampo, caxumba, rubéola e varicela). Além disso, pode ter
na e imunoglobulina, em dois grupos musculares diferentes recebido (12 a 15 meses) reforço da antipneumocócica. Essa
(um em cada coxa). A mãe pode amamentar tranquilamente. é a resposta mais completa. Resposta d.
Resposta d.

32. A entrada da vacina batizada “pentavalente brasileira”


25. A quimioprofilaxia antituberculosa é a medida de pre- tem gerado confusões quanto à composição das vacinas,
venção que utiliza uma droga antituberculosa específica, a principalmente em crianças que fazem esquema de vacina-
isoniazida. O emprego deste quimioterápico tem o intuito de ção misto nos setores público e privado. Portanto, é pertinen-
evitar que o indivíduo portador de infecção latente progrida te frisar as diferenças de composição das vacinas pentavalen-
para doença clinicamente ativa. RN filho de mãe bacilífera, tes em uso atualmente no Brasil:
não recebe vacina BCG, inicia quimioprofilaxia por 3 me- Vacina “pentavalente brasileira” – DTP + Hepatite B + Hib :
ses e avaliada, a partir de então: PPD negativo, vacina-se e adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil desde o segundo
encerra-se o caso ou PPD positivo, completa-se a profilaxia semestre de 2012, aplicada aos 2 e 4meses de vida, com uti-
por 6 meses. Resposta d. lização simultânea em injeção separada da vacina inativada
contra a poliomielite (VIP).
26. A criança de dois meses recebe a vacina pentavalente que Vacina pentavalente acelular – DTPa + SALK + Hib: vacina
protege 5 doenças (hepatite B, infecções invasivas por hemó- disponibilizada já há vários anos no Brasil no setor privado,
filos, difteria, coqueluche e tétano), a anti-poliomielite ina- quando combinada com a vacina contra hepatite B, constitui
tivada e a vacina contra o rotavírus. Além disso, já recebeu, a vacina hexavalente . Resposta a.
ao nascimento, a BCG, que protege contra formas graves de
tuberculose. Embora possa ser dada a partir dos dois meses, a
33. Todas as adolescentes devem ter recebido duas doses da
vacina antimeningocócica, por questões operacionais e logís-
vacina tríplice viral; observe que essa paciente em questão re-
ticas é dada, em sua primeira dose aos 3 meses. Resposta d.
cebeu uma dose de sarampo aos 9 meses e uma tríplice viral
aos 15 (falta uma dose de SCR). Como recebeu apenas uma
27. Adolescente que necessita ser vacinado contra a polio- dose de vacina para hepatite B aos 5 anos, deve completar seu
mielite, no caso de uma viagem, por exemplo, deveria fazê-lo esquema com mais duas doses (completar e não reiniciar!).
com a vacina inativada (VIP) e não com a vacina viva (VOP). Recomenda-se as três doses de vacina para o HPV, o mais
Resposta b. precocemente possível, antes de iniciar atividade sexual. Aos
15 anos deveria receber o reforço da dupla adulto ou, mais
modernamente, devido ao ressurgimento da coqueluche, a
28. Tendo a marca da “pega’ da vacina BCG, esta não precisa tríplice acelular do adulto. Realiza-se apenas uma dose de va-
ser administrada. Além disso, a vacina contra o rotavírus não cina antimeningocócica na adolescência (preferencialmente
pode, por recomendação em bula, ser administrada, em sua deveria ter recebido o esquema no primeiro ano de vida (3
primeira dose, após os 3 meses e 15 dias. Todas as demais doses) e na idade escolar (1 dose). Resposta b.
vacinas do primeiro ano podem e devem ser administradas.
Resposta b.
34. Embora rara essa situação atualmente, o adulto idoso
deve receber as três doses habituais da vacina contra a he-
29. Ferimento não limpo nessa criança com histórico vacinal patite B, inclusive por ser doador de sangue. Indica-se tam-
adequado (última dose de tríplice aos 5-6 anos) não indica bém a vacinação contra tétano e difteria, cujo reforço ocorre
reforço vacinal ou imunização passiva. Se a vacina ocorreu a cada 10 anos; entretanto, como é dito no enunciado que
há mais de 5 anos (acidente grave), realiza-se reforço. Res- nunca recebeu nenhuma vacina, deve-se realizar o esquema
posta e. básico completo de 3 doses. Morando em Goiás deve receber
a vacina contra a febre amarela. A população idosa, além de
crianças e profissionais de saúde, constitui uma população
30. Quadro hipotônico-hiporresponsivo após a administra- vulnerável à infecção por influenza e, portanto, há mais de
ção evacina contra coqueluche celular, indica próximas doses uma década é contemplada nas campanhas de vacinação
com vacina acelular, disponível, inclusive, para o SUS, nos para idosos. Outro risco infeccioso do idoso é a infecção
Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) pneumocócica; ele é atenuado com a administração da va-
Resposta b. cina antipneumocócica polissacarídica 23 valente, adminis-
trada para idosos institucionalizados e populações de risco.
Outra vacina necessária é a tríplice viral. Resposta a.
31. Vacinas aplicadas aos 15 meses: tríplice bacteriana (dif-
teria, coqueluche e tétano), que , no serviço privado (ideal
recomendação da sociedade Brasileira de Pediatria) é reali- 35. Cartão vacinal perdido e ausência de informações objeti-
zada na forma acelular de pertussis, com reforço hemófilos vas e registradas indicam reiniciar os esquemas vacinais. Aos
(somente necessário pois criança recebe vacina acelular para 12 anos, realizar as 3 doses de hepatite B, duas doses de trípli-
pertussis), vacina para poliomielite (idealmente VIP), vacina ce viral, o esquema primário de difteria e tétano (dupla adul-
para hepatite A (segunda dose), vacina tetravalente viral (sa- to) em três doses (lembrar que não se realiza Pertussis em sua
267
8 Imunizações

forma celular após os 7 anos de idade na rede pública). Tendo 42. A vacina contra hepatite B deve ser aplicada no RN filho
a cicatriz de BCG, essa vacina não precisa ser realizada. Em- de mãe com hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, assim
bora devesse receber vacina para meningococo, essa não é como a imunoglobulina específica para prevenir transmissão
realizada na rede pública para essa idade. A vacina contra a vertical. RN filho de mãe bacilífera não recebe BCG; é ama-
poliomielite pode ser indicada até 15 anos. Resposta d. mentado, recebe profilaxia (6 meses) e é acompanhado. A
vacina contra o rotavirus é aplicada aos 2 e 4 meses de idade.
Resposta b.
36. A vacina contra o rotavírus adotado no Programa Nacio-
nal de Imunizações contempla duas doses com a vacina oral
atenuada aos 2 e 4 meses de idade. Resposta b. 43. O reforço de DPT é realizado aos 15 meses, na forma
da vacina tríplice. No primeiro ano, ela é oferecida na forma
pentavalente (com hemófilos e hepatite B). Resposta d.
37. O número de doses independe do início da vacina (3
doses, sempre). A vacina não é contraindicada em quem já
iniciou atividade sexual, embora tenha risco de já ter conta- 44. Seguramente, o principal componente relacionado aos
to com algum tipo de HPV, tornando a imunização menos fatores adversos é o componente celular Pertussis. Febre é a
efetiva (mas, sempre vale a pena vacinar, pois o indivíduo reação mais comum, não contraindicando as doses posterio-
dificilmente terá entrado em contato com todos os tipos con- res dessa vacina. Resposta c.
templados na vacina). O principal objetivo da vacina é a lesão
precursora e, por consequência, o câncer de colo uterino. A
vacina quadrivalente também protege contra os principais 45. Lembre-se sempre das novas mudanças do PNI a par-
agentes de verruga genital. A vacinação no menino tem como tir do segundo semestre de 2012: introdução do esquema
maior importância a epidemiológica e também no raro, mas sequencial contra poliomielite (as doses de 2 e 4 meses são
existente, câncer de pênis. Resposta e. realizadas com vacina inativada injetável) e a substituição
da vacina tetravalente pela pentavalente brasileira (difte-
ria, tétano, coqueluche, doenças invasivas por hemófilos e
38. Não há qualquer contraindicação (em nenhuma vacina)
hepatite B). A vacina contra pneumococo 10-valente e de
para imunização em quem já teve a doença contra a qual de-
rotavírus continuam sendo realizadas como eram antes.
ve-se proteger. Isso é um mito e uma falsa contraindicação.
Resposta a.
As demais alternativas apresentam informações verdadeiras.
Resposta b.
46. Aos 4 meses uma criança deveria receber, a vacina pen-
tavalente (difteria, coqueluche, tétano, hemófilos e hepatite
39. Ainda não se dispõe de vacina contra malária; as vacinas
B), no calendário atual (estranho a prova da UNESP não
contra difteria (pentavalente), HPV, meningite por hemófilos,
perguntar sobre as modificações de 2012), uma dose de po-
sarampo (tríplice viral), febre amarela, doença pneumocóci-
liomielite (agora inativada), a segunda dose de rotavírus e
ca invasiva, tétano, e doença meningocócica são disponíveis
no calendário do PNI no Brasil. A febre tifoide é uma doença a segunda dose de antipneumocócica 10 valente e antime-
com distribuição mundial, sendo mais frequente em regiões ningococo C. Serão, portanto, todas essas que essa criança
com condições deficientes de saneamento. As vacinas atual- de 5 meses (suponho que 5 meses completos!) deve receber.
mente disponíveis contra a febre tifoide apresentam baixa efi- Resposta e.
cácia e não devem ser recomendadas de forma indiscrimina-
da. Quando o risco de infecção é muito elevado, a utilização 47. A criança deve ter completada seu esquema de imuniza-
de uma das vacinas, como medida complementar, deve ser ção para hepatite B (não reiniciada !), com mais duas doses,
avaliada individualmente. Indivíduos portadores de doenças
receber a BCG, a vacina contra difteria, tétano e coqueluche
crônicas intestinais, gastrectomizados, com diminuição da
(DPT) + hemófilos, este último ainda pensado como agente
acidez gástrica, em uso de antibióticos ou imunodeficientes,
de infecções até os 4 anos de idade. Deve também receber
têm um risco maior de adquirir a doença. Resposta e.
proteção contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral).
Rotavírus não deve ser administrada (apenas aos 2 e 4 meses
40. A vacina tetraviral recentemente introduzida no país é de idade). Não está errado administrar antipoliomielite oral;
realizada em dose única aos 15 meses de idade, após uma tanto que, no calendário de São Paulo, existe uma dose dessa
dose de tríplice viral realizada aos 12 meses. A vacina contra vacina até os 5 anos de idade. Resposta b.
rotavírus somente é administrada aos 2 e 4 meses de idade.
Resposta b.
48. A vacina BCG, protetora das formas graves de tuberculo-
se (não todas as formas) é administrada, via intradérmica em
41. Não se realizam vacinas com componentes vivos em pa- deltoide direito, em apenas uma dose para os recém-nasci-
cientes imunossuprimidos ou com suspeita de tal quadro. dos, na maternidade. Portanto, a “antiga” dose administrada
Portanto, aos 2 meses, não devem receber vacina para rota- no escola não é mais realizada. Não deve-se administrar BCG
vírus. Essa criança irá receber a dose de pentavalente, a an- para as crianças com menos de 2000g. RN de mães bacilíferas
tipneumocócica e dose de poliomielite inativada. Resposta c. recebem quimioprofilaxia. Resposta d.

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Puericultura | Questões para treinamento

49. A manutenção da vacina oral contra a poliomielite (ví- 55. Ferimento grave, não limpo, em adolescente de 13 anos,
rus atenuado), nos países e regiões onde a poliomielite está que deve ter recebido sua última dose de antitetânica aos 5
erradicada compromete a proposta de erradicação completa anos de idade (portanto, mais de 5 anos), tem indicação de
da doença pelo risco da poliomielite vacinal e pelas formas “adiantar-se” sua próxima vacina para tétano. Somente have-
de poliomielite determinadas pelos vírus mutantes derivados ria indicação para imunoglobulina para tétano ( e não mais
das vacinas, que podem se expressar em surtos de doença soro antitetânico) se o paciente não tivesse recebido o esque-
(VDPV). A vacina oral contra poliomielite induz proteção de ma básico de imunização para a doença. Resposta a.
mucosa, pois é administrada por via oral. Resposta b.
56. Uso contínuo de corticosteroide inalatório ou tópico na-
50. A manutenção da vacina oral contra a poliomielite (ví- sal não contraindica a imunização ativa com agentes vivos;
apenas o uso de medicação oral por mais de 15 dias de uma
rus atenuado), nos países e regiões onde a poliomielite está
dose igual ou superior a 2 mg/kg/d de prednisona (ou equi-
erradicada compromete a proposta de erradicação completa
valentes) representa impedimento para vacinação com agen-
da doença pelo risco da poliomielite vacinal e pelas formas
te atenuado. Portanto, para o paciente em questão, deve-se
de poliomielite determinadas pelos vírus mutantes derivados
realizar a dose perdida aos 12 meses de tríplice viral (saram-
das vacinas, que podem se expressar em surtos de doença
po, caxumba e rubéola) e a tríplice bacteriana celular (dispo-
(VDPV). Essa foi a principal razão para a adoção do esque-
nível pelo PNI) sem cuidados adicionais. Resposta b.
ma sequencial no calendário brasileiro a partir do segundo
semestre de 2012. Resposta c.
57. Desnutrição não representa contraindicação para a va-
cinação, exceção única para a vacina BCG que deve ser ad-
51. Todos os adolescentes devem ter recebido duas doses ministrada na criança com mais de 2kg. Não se faz vacina
de vacina tríplice viral; normalmente receberam a primeira com componente vivo (vírus ou bactérias) para indivíduos
com 12 meses de vida e a segunda dose (introduzida mais imunocomprometidos (imunodeprimidos naturalmente ou
recentemente), entre 4 e 5 anos de idade. Esta ainda é uma imunossuprimidos através de terapêutica). Resposta c.
das vacinas cujo calendário completo ainda é faltante em
grande parte dos jovens, pois não receberam a segunda 58. O uso de imunoglobulina humana antivaricela zoster está
dose. Resposta d. indicado em pacientes suscetíveis (sem história bem-defini-
da de doença ou vacinação) e que apresentem risco de vari-
cela grave ou complicações, após contato significativo com
52. As reações adversas da tríplice bacteriana (incorporada
varicela nas seguintes situações: pacientes imunocomprome-
na pentavalente, atualmente em uso no calendário brasi- tidos, gestantes, RN de mães com varicela nos últimos cinco
leiro), devem-se ao componente Pertussis. Quando ocorre dias de gestação ou até 48 horas após o parto, RN prematuro
convulsão até 72h após aplicação dessa vacina, contraindica- de idade gestacional maior que 28 semanas, cuja mãe nunca
-se doses posteriores de vacina tríplice celular (componente teve varicela ou RN com menos de 28 semanas de idade ges-
Pertussis inteiro na vacina), indicando-se, dessa forma, que tacional, independentemente da história de varicela materna.
as próximas doses sejam realizadas com vacinas acelulares A VZIG deve ser aplicada o mais precocemente possível, até
(fragmentos da Bordetella). Resposta d. 96 horas pós-exposição, por via intramuscular. Resposta a.

53. De acordo com o PNI, as vacinas a serem oferecidas para 59. O principal componente da vacina tríplice bacteriana ce-
essa criança são a tríplice viral (SCR) e a tríplice bacteriana lular (contemplada no PNI), responsável pelas reações adver-
(DPT). No caso da primeira, vacina composta por agentes sas dessa vacina (febre, irritabilidade, sonolência, choro in-
vivos, não há qualquer contraindicação por estar usando controlável, convulsões, quadro hipotônico-hiporresponsivo
corticosteroide inalatório; haveria, sim se estivesse utilizado e encefalopatia é a Bordetella pertussis inativada (morta) que
essa medicação por via oral , por mais de 15 dias, numa dose compõe a vacina. Resposta a.
superior a 2mg/kg/dia, considerada dose imunossupressora.
Corticoterapia tópica não constitui contraindicação para va- 60. A vacina contra varicela tem um importante papel de
cinas vivas. Resposta b. bloqueio quando administrada até 72 horas após o contato
com um caso índice, o que é apresentado nesta questão. Por-
tanto, a vacina pode ser administrada e o resultado esperado
54. Vítimas de abuso imunizadas não precisam receber é de não ocorrer varicela ou, se houver, com número bem
imunoglobulina. Na alternativa “b”, demonstra-se uma situ- atenuado de lesões. A administração de imunoglobulina hi-
ação de contato sexual com uma pessoa que já teve hepatite perimune (específica) fica indicada para comunicantes imu-
B e está curada (anti HBs reagente), assim como o RN da nocomprometidos, gestantes suscetíveis e RN de mães que
alternativa “d” que nasce de uma mãe vacinada ou que já apresentam varicela nos últimos 5 dias de gestação até 48 ho-
teve doença (tem anticorpos). Em tese, deve-se conhecer ras após o parto. Resposta b.
o perfil sorológico do parceiro e saber a situação vacinal
ou sorológica para decidir sobre o uso de imunoglobulina, 61. As infecções do trato respiratório inferior pelo vírus sinci-
tornando a alternativa “e”, simplória para qualquer análise. cial respiratório (VSR) são frequentes e graves nos primeiros
Resposta c. meses de vida, principalmente em crianças menores de seis

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8 Imunizações

semanas de idade, em recém-nascidos pré-termo e naqueles tella pertussis, que tem uma apresentação sintomática muito
portadores de displasia broncopulmonar (DBP), cardiopatias frustra e inespecífica, entretanto, deixando o indivíduo capaz
congênitas graves e imunodeficiências. Os prematuros que de disseminar o agente para não imunizados (crianças muito
desenvolvem doença respiratória crônica têm indicação de pequenas). Daí a indicação atual, se possível, de se realizar
profilaxia para doença respiratória causada pelo vírus respi- a vacina do adolescente, aos 15 anos, com a vacina tríplice
ratório sincicial (VRS). A utilização de uma injeção mensal acelular do adulto. Resposta e.
de anticorpo monoclonal específico para o VRS, durante a
época epidêmica (março a setembro), reduz a incidência de 65. A adenite reacional pela vacinação com BCG é uma ade-
hospitalização por doença respiratória causada pelo VRS. A nopatia unilateral, geralmente axilar, fibroelástica e com ca-
utilização desse anticorpo monoclonal (palivizumabe) está racterísticas evolutivas de benignidade, sem abscesso, sem
fundamentalmente indicada para: fistulização, sem sinais e sintomas sistêmicos, que caracteriza
€€ todos os recém-nascidos prematuros com idade gesta- uma complicação (ou evolução “anormal” ou “inesperada”)
cional abaixo de 28 semanas devem receber profilaxia até da vacina BCG que não requer nenhum tratamento especí-
um ano de idade; fico a não ser a observação e o acompanhamento. O quadro
€€ todos os recém-nascidos prematuros com idade gestacio- é autolimitado e resolve-se espontaneamente, em até seis
nal de 29 a 32 semanas devem receber profilaxia até seis meses. Abscesso frio, supuração e grandes ulcerações seriam
meses de idade; indicações da terapêutica com isoniazida. Resposta a.
€€ todos os prematuros que tenham desenvolvido doença 66. A vacina contra a hepatite A é composta por vírus inati-
pulmonar crônica, com necessidade de oxigênio nos seis vo; a vacina contra a influenza também é composta por vírus
meses anteriores ao período epidêmico (março a setem- morto. As vacinas com vírus vivos atenuados são as contra
bro), devem receber profilaxia até dois anos de idade. O a varicela, poliomielite oral (Sabin) e rotavírus. Resposta d.
seu limitante é o alto custo.
São Paulo, desde 2007, disponibiliza pela Secretaria de Saúde
67. A conduta atual para o bebê que não apresenta cicatriz
o palivizumabe para: crianças menores de um ano de idade
vacinal após BCG (lembrando que o tempo para a cicatri-
que nasceram prematuras (idade gestacional menor ou igual
zação é de até 3 meses) é revacinar aos 6 meses de idade (6
a 28 semanas), após alta hospitalar e crianças menores de
meses após a primeira dose de BCG), sem necessidade de
dois anos de idade, portadores de doença cardíaca congênita
PPD. Não apresentando reação após esta nova dose, não se
com repercussão hemodinâmica importante ou com doença
revacina mais. Resposta e.
pulmonar crônica da prematuridade, que necessitaram trata-
mento nos seis meses anteriores ao período de sazonalidade
do VSR. Resposta d. 68. A recomendação atual é de que filhos de mães HbSAg po-
sitivas recebam nas primeiras 12 horas de vida (quanto mais
62. A vacina contra varicela tem um importante papel de blo- precoce melhor), vacina e imunoglobulina hiperimune para
queio quando administrada até 72 horas após o contato com hepatite B em dois grupos musculares diferentes. Resposta a.
um caso índice, o que é apresentado nesta questão. Existem
vacinas que podem ser administradas após 12 meses de idade 69. Corticoterapia inalatória e nem tópica não são contrain-
e uma apresentação especial que já pode ser administrada aos dicações à quaisquer vacinas. A vacinação para rotavírus
9 meses de idade. Portanto, a vacina pode ser administrada e deve ser realizada, pelo calendário brasileiro, aos 2 e 4 meses
o resultado esperado é de não ocorrer varicela ou, se houver, de idade, com tolerância máxima para a primeira dose de 3
com número bem atenuado de lesões. A administração de meses e 7 dias. Crianças com imunodeficiências e contactan-
imunoglobulina hiperimune (específica) fica indicada para tes de imunodeficientes devem preferencialmente receber
comunicantes imunocomprometidos, gestantes suscetíveis e imunização contra a poliomielite na forma da vacina de ví-
RN de mães que apresentam varicela nos últimos 5 dias de rus morto (VIP – vacina inativada contra polio). Resposta c.
gestação até 48 horas após o parto. Resposta b.
70. A recomendação atual é de que filhos de mães HbSAg po-
63. As ações preconizadas para os filhos de mães HbsAg+ sitivas recebam nas primeiras 12 horas de vida (quanto mais
são: gamaglobulina hiperimune nas primeiras 12 horas em precoce melhor), vacina e imunoglobulina hiperimune para
crianças filhas de mães positivas e vacinação nas primeiras 12 hepatite B em dois grupos musculares diferentes. Resposta b.
horas de vida (grupo muscular diferente da administração de
imunoglobulina). A amamentação não traz riscos adicionais
para os RN de mães positivas desde que tenham recebido a 71. O peso menor que 2 kg é uma contraindicação (ou mais
primeira dose de vacina e de HBIG nas primeiras 12 horas. corretamente, uma indicação de adiamento da vacina) espe-
Prematuros menores de 33 semanas ou 2.000 g deverão re- cificamente para a vacina BCG. As demais situações apresen-
ceber uma dose extra com dois meses de idade (0, 1, 2 e 6 tadas são falsas contraindicações à vacinação. Resposta b.
meses). Resposta c.
72. Viagens para a região norte do país representam indica-
64. Trabalhos demonstram a diminuição de imunidade ao ção para a vacinação para a febre amarela, que deve ser rea-
longo dos anos para coqueluche (após 10 anos), tornando o lizada, pelo menos, dez dias antes, para a garantia de imuni-
adolescente e adulto jovem vulnerável à infecção pela Borde- zação. Observe no enunciado a afirmação: “o cartão vacinal

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Puericultura | Questões para treinamento

confirma que seu esquema está completo”, deixando todas disso, as vacinas contra hemófilos existem na forma isolada
as demais alternativas impossíveis de serem cogitadas. No (proteção exclusiva para infecções invasivas do HiB) ou com-
Brasil, os locais de risco são as regiões de matas e rios das binada com a tríplice bacteriana (tetravalente). Resposta d.
seguintes regiões: todos os Estados da Região Norte e Cen-
tro-Oeste, bem como parte da Região Nordeste (Estado do 78. Mãe soropositiva para HBsAg durante a gravidez de-
Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia), termina a necessidade de a criança receber a primeira dose
Região Sudeste (Estado de Minas Gerais, oeste de São Paulo da vacina logo após o parto e imunoglobulina hiperimune
e norte do Espírito Santo) e Região Sul (oeste dos Estados do da hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 mL via intramuscular
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). As pessoas que (IM) nas primeiras 12 horas de vida, aplicadas concomitan-
moram nestas regiões, ou aqueles que irão viajar para estes temente, mas em locais diferentes. A eficácia dessa conduta
locais devem tomar a vacina, caso ainda não tenham feito ou é de 95% e elimina o eventual risco de transmissão pelo leite
o fizeram há mais de dez anos. Resposta a. materno. Quando a mulher não foi testada para o HBsAg ou
essa informação não está disponível, o exame deve ser soli-
73. Paciente infectado com HIV ou com Aids (no caso apre- citado logo após o parto. Enquanto se aguarda o resultado, o
sentado, a criança tem manifestação da doença), imunode- recém-nascido deve receber a primeira dose da vacina. Se o
primido, portanto, não tem indicação de receber vacinas com resultado do exame for positivo, a imunoglobulina deve ser
agentes vivos. A antipólio oral deve ser substituída pela va- aplicada o mais cedo possível, dentro dos primeiros 7 dias
cina inativada, parenteral. Não existe vacina contra hepatite após o parto. No entanto, se a pesquisa de HBsAg não for
C e a tríplice viral é uma vacina de agentes atenuados (con- possível, não se justifica dar imunoglobulina para todos os
traindicada no caso). Resposta b. recém-nascidos, já que a vacina isoladamente é bastante
eficaz na prevenção da doença em 70 a 90% dos casos. No
parto de gestante HBsAg-positiva, orienta-se lavar bem o re-
74. Na profilaxia do tétano após acidentes, a única indicação
cém-nascido, retirando todo vestígio de sangue ou secreção
de imunoglobulina (ou soro) antitetânica é quando o feri-
materna. Por outro lado, mesmo que a mãe apresente fissu-
mento não for limpo e a situação vacinal básica do indivíduo
ra mamária com sangramento, não se contraindica a ama-
para o tétano for desconhecida ou incompleta. Não existe
mentação. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda
qualquer indicação de antibiótico profilático após acidentes.
que recém-nascido pré-termo com peso menor que 2.000 g e
Neste caso, como a última dose de proteção para o tétano
filho de mãe HBsAg-positiva deve receber o esquema vacinal
deve ter sido aos 5 anos (tomou todas da infância), tendo 15
de quatro doses (ao nascimento, com 1, 2 e 6 meses de vida),
anos agora, existe indicação da dupla adulto. Resposta b.
além da imunoglobulina30. Se o esquema proposto não for
iniciado no período neonatal, então a criança deverá receber
75. Não há resposta. Esta questão foi anulada, pois a real indi- as três doses habituais de vacina. Em todas as situações, o
cação para esta criança é a vacina dupla infantil, pois tem me- aleitamento materno deve ser recomendado. Resposta b.
nos de 7 anos (não pode receber dupla adulto). Lembre-se que
crianças que tiveram encefalopatia pós-vacinal, não podem re- 79. A vacina para influenza não é contraindicada para os
ceber mais o componente Pertussis em próximas imunizações, portadores de asma. Ao contrário, tem indicação precisa
portanto, nem tríplice acelular e muito menos celular. para essa população, inclusive distribuída nos Centros de Re-
ferência para Imunobiológicos Especiais, gratuitamente, para
76. História família de convulsão é falsa contraindicação para os portadores de asma brônquica. Não existe manifestação
qualquer imunização incluindo a contra a coqueluche. Encefa- gripal, com clínica de vias aéreas após a vacinação para in-
lopatia pós-vacinal é indicação de nunca mais receber o com- fluenza. Este é um grande mito, pois a vacina é constituída
ponente Pertussis. Convulsão febril e quadro hipotônico hipor- por vírus inativado. Quando ocorre reação adversa, esta pode
responsivo é indicação de substituição da vacina celular (células ser local, febril inespecífica ou quadro de mialgia. Segundo a
inteiras) pela vacina acelular. Febre alta, choro e irritabilidade Sociedade Brasileira de Pediatria, esta vacina está indicada a
são efeitos adversos comuns da DPT e, embora no programa na- partir de 6 meses de idade (para todas as crianças até 2 anos
cional, hoje, não permitam oferta de DPT acelular, sempre que de idade). A primeira vacinação é realizada em duas doses
possível, deve-se pensar nessa possibilidade. Resposta d. (com intervalo de um mês) e as doses subsequentes (anuais)
são realizadas em dose única. Resposta c.
77. A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B (HiB)
é uma vacina de polissacáride da cápsula do HiB (chama- 80. Recém-nascido, filho de mãe TB-bacilífera, em tratamen-
do PRP – polímero de ribosil-ribitol-fosfato). Entretanto, to recente ou que ainda não iniciou tratamento: manter em
o PRP é um imunógeno relativamente fraco, à semelhança aleitamento materno e iniciar isoniazida (principal indica-
do que ocorre com outros polissacárides, por atuarem como ção da quimioprofilaxia primária: RN cuja mãe é bacilífe-
antígenos T-independentes, que não induzem formação de ra). Deve ser iniciada isoniazida por 3 meses e ao final deste
memória e não são suficientemente imunogênicos antes dos período realiza-se PPD. Se este for não reator, indica que a
dois anos de idade. A solução encontrada foi a conjugação criança não se infectou e deve ser feita a vacinação BCG. Se o
do PRP a diferentes proteínas, alterando sua imunogenicida- PPD for reator, é sinal de que mesmo com a isoniazida foi in-
de, podendo ser administrada após os dois meses de vida. A fectado e, sendo assim, a quimioprofilaxia deve ser mantida
proteína conjugada pode ser o toxoide tetânico (PRP-T) ou por mais 3 meses). Guarde também que a amamentação deve
o mutante não tóxico da toxina diftérica (CRM-197). Além ser mantida. Resposta b.

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8 Imunizações

81. Como é uma vacina composta por vírus vivo, a vacina con- 85. Quadro hipotônico-hiporresponsivo (e não por causa da
tra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) não deve ser febre) constitui uma das indicações de troca pela vacinação
administrada a gestantes e imunodeprimidos, que sofram de com DPT acelular na sequência do calendário vacinal da
doenças imunodepressoras, que estejam recebendo terapêu- criança. Resposta correta.
tica imunossupressora para sua doença de base. Estas cons-
tituem verdadeiras contraindicações dessa vacina. Resposta a. 86. Vacina contra hepatite A: vírus inativado. Vacina contra
influenza: vírus inativado. Tríplice bacteriana: obviamente
82. Possivelmente, esse efeito adverso observado deveu-
não é formada por vírus e, sim, toxoides diftérico e tetânico
-se à administração da vacina tríplice celular (componente
e células mortas do agente da coqueluche. Vacina contra he-
Pertussis). Há nítida indicação de a próxima dose (4 meses)
patite B: pedaços do agente viral produzidos por engenharia
ser realizada com a vacina acelular, assim como se a crian-
genética. Resposta d.
ça apresentasse quadro hipotônico-hiporresponsivo (QHH).
Guarde as duas grandes indicações de substituição da vacina
por acelular (convulsões e QHH). Resposta b. 87. A varicela neonatal pode desenvolver-se em cerca de
um quarto das crianças cujas mães tenham apresentado a
83. A vacina tríplice bacteriana tem sua indicação, na Pe- doença no período perinatal. Uma criança que tenha nas-
diatria, até os 7 anos de idade. A partir desse momento, há cido de uma mãe em fase virêmica da catapora foi exposta
indicação da retirada do componente Pertussis celular, ofere- ao vírus e não recebeu anticorpos protetores, que começam
cendo-se a vacina dupla tipo adulto (dT). Resposta c. a surgir no sangue materno somente no final da fase virê-
mica (cerca de 5 a 7 dias após o início do quadro). Assim,
84. A vacina contra o rotavírus é administrada por via oral; toda criança que tenha nascido de uma mãe que apresentou
a da febre amarela, subcutânea; a vacina da hepatite B, intra- quadro clínico de varicela desde cinco dias antes até dois
muscular; a vacina inativada contra pólio, por via intramus- dias após dar à luz seu RN, deve receber uma dose de imu-
cular; a vacina oral contra pólio, nem precisa falar! A vacina- noglobulina varicela-zoster (VZIG) por via intramuscular.
ção com a tríplice bacteriana (DPT), Hemófilos, hepatite A e Se houver doença, esta costuma ter manifestações clínicas
meningococo são realizadas por via intramuscular. A tríplice mais brandas. Resposta a.
viral é por via subcutânea. Memorize que as duas vacinas
com vírus atenuado (SCR e FA) são administradas por via 88. Vamos analisar a situação com base nas indicações de va-
subcutânea. Resposta c. cina ou soro para profilaxia do tétano.

Ferimento
Outros tipos ferimentos
limpo
Segurança e Maus Tratos Vacina Soro ou Ig Vacina Soro ou Ig
Em Pediatria Sim Não Sim Sim
Três doses ou mais; última há menos de 5 anos Não Não Não Não
Três doses ou mais; última entre 5 e 10 anos Não Não Sim Não
Três doses ou mais; última há mais de 10 anos Sim Não Sim Não

Assim, no paciente em questão, que tem ferimento não lim- doses, com intervalo de um mês nas crianças que iniciarem a
po, calendário vacinal básico completo (3 doses) e último re- vacinação até os 9 anos de idade. O uso rotineiro nas crianças
forço há 4 anos (imaginando-se que, se está tudo correto com entre 6 meses a 2 anos não está, até o momento, incluso no
sua carteira, tomou último reforço aos 5 anos): não há nada a Calendário Básico de Vacinação da Criança. Resposta b.
fazer para esse paciente com relação à vacinação. Resposta c.
91. A infecção disseminada após a vacinação com a BCG é mui-
89. A BCG-ID deve ser adiada, apenas, em crianças abaixo to rara, ocorrendo, na maioria dos casos, em indivíduos imu-
de 2.000 g ou até 3 meses após o uso de imunossupressores nodeprimidos e o tratamento é feito com esquema isoniazida,
ou naquelas com afecções dermatológicas extensas em ativi- rifampicina e etambutol (a cepa vacinal é resistente à pirazina-
dade. Crianças nascidas de mãe HIV+ e que estejam assinto- mida). A administração da BCG é intradérmica em deltoide di-
máticas podem receber esta vacina a partir do nascimento. Já reito, em dose única, ao nascimento. Filhos de mãe HIV + assin-
nos indivíduos HIV+ sintomáticos há contraindicação abso- tomáticos devem receber a vacina. A vacina deve ser conservada
luta ao uso da BCG-ID. Resposta a. entre 2ºC e 8ºC, é inativada à exposição de raios solares (mas
não sofre alteração com a luz artificial) e após o preparo deve ser
consumida em período máximo de 6 horas. Resposta b.
90. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a vacina
contra influenza deve ser aplicada a partir de 6 meses de ida-
de, anualmente, até os dois anos, em todas as crianças. A par- 92. Filhos de mães HBsAg positivas, de qualquer idade gesta-
tir de 2 anos de idade, fica recomendada apenas para grupos cional, deverão receber imunoglobulina humana anti-hepa-
de maior risco. A primovacinação deve ser feita com duas tite B (IGHHB), simultaneamente (mas em sítios diferentes)

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à vacina da hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 96. A DPT está associada aos eventos adversos, tais como
horas após o nascimento. Na impossibilidade da aplicação sonolência prolongada, irritabilidade, anorexia e vômitos,
precoce, a IGHHB pode ser feita no máximo até sete dias choro persistente (com duração de mais de 3 horas), crise
após o parto. Resposta d. convulsiva (até 72 horas pós-vacinação), síndrome hipotôni-
co-hiporresponsiva (nas primeiras 48 horas) e encefalopatia
93. Após a imunização por vacinação contra hepatite B, o (até 7 dias após vacinação). Estes eventos são, em geral, tran-
indivíduo deve apresentar perfil sorológico com, somente, o sitórios e estão relacionados à fração Pertussis da vacina. A
Anti-HBS positivo. Na imunidade pós-infecção pelo vírus da DPT acelular é recomendada nos casos em que houve crise
hepatite B, além do Anti-HBs positivo, o paciente apresenta- convulsiva ou SHH em dose anterior da DPT celular. Em si-
rá também o Anti-Hbc total positivo. Resposta c. tuações de encefalopatia pós-vacinação com a DPT, o com-
ponente Pertussis é contraindicado e a criança deve receber a
94. A criança da questão apresenta um quadro clínico agu- DT (dupla infantil). Resposta e.
do e leve, compatível com IVAS e, portanto, NÃO há mo-
tivo para se contraindicar a vacinação. Na descrição não 97. Trata-se de ferimento superficial em paciente com va-
existem sinais e sintomas compatíveis com infecção bacte- cinação pregressa, não havendo, portanto, necessidade de
riana, não havendo necessidade de prescrição de antibióti- soro antitetânico. Porém, a última dose da vacina antitetâ-
co. Resposta b.
nica foi há mais de 10 anos, estando indicada dose de refor-
ço. Resposta a.
95. As vacinas que contêm micro-organismos vivos atenu-
ados são as contra: o sarampo, a caxumba, a rubéola (vaci-
na tríplice viral ou SCR), a poliomielite oral (Sabin), a febre 98. A DPT contém a bactéria Bordetella pertussis inativada
amarela, a varicela, o rotavírus e a BCG. A imunização para (morta) e os toxoides tetânico e diftérico. Todas as alter-
coqueluche é feita através da DPT (ou tríplice viral), sendo nativas contêm vacinas com micro-organismos vivos: sa-
seu componente inativado (morto). As vacinas contra tétano rampo, caxumba, rubéola (vacina tríplice viral ou SCR), a
e difteria (DPT, DT ou dT) contêm o toxoide tetânico e dif- poliomielite oral (Sabin), a febre amarela e a tuberculose.
térico. Resposta b. Resposta c.

É uma jornada árdua, mas prazerosa. Estudar, aprender e divulgar conhecimentos é um dos propósitos da vida.
R.A.G

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