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Crescimento e Desenvolvimento da

Criança e do Adolescente
Profª. Larissa Cantele
CRESCIMENTO
CRESCIMENTO

Crescimento corresponde ao aumento do número e tamanho das


células de todos os órgãos e sistemas.

Interação entre:

FATORES GENÉTICOS

CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Informações que o
indivíduo carrega
Alimentação, saúde, higiene,
moradia e estímulos que recebe

(FLORENTINO, CANABARRO, 2014)


CRESCIMENTO

Para avaliar o crescimento são


utilizadas curvas, que apresentam
valores considerados como dentro do
limite da normalidade.

Os dados coletados durante a consulta


são aplicado em gráficos já
estruturados (cardernetas) e
estabelecidos pela Organização
mundial da saúde (OMS).

(FLORENTINO, CANABARRO, 2014)


CRESCIMENTO

(DAHLGREN E WHITEHEAD, 1991)


Fatores ambientais que interferem no crescimento
intra-uterino:

o fumo;
o álcool e outras drogas;
a hipertensão arterial;
as doenças infecciosas, crônicas;
as doenças sexualmente transmissíveis.
o estado nutricional da gestante;
o curto intervalo interpartal (menor do que dois anos);
a elevada paridade, a idade materna (<19 anos e >35 anos);
a gestação múltipla e as anomalias congênitas.

Por essa razão, são chamados fatores de risco para baixo peso ao
nascer (<2.500g).
FATORES AMBIENTAIS QUE INTERFEREM NO
CRESCIMENTO:

Peso ao nascer
Alimentação
Infecções
Hipertermia
Higiene
Ações de nível de atenção básica
O PESO AO NASCER

O indicador que melhor retrata o que ocorre durante a


fase fetal é o peso de nascimento da criança
Recém-nascidos com menos de 2.500g são classificados,
genericamente, como de baixo peso ao nascer
IMPORTANTE!

Toda criança com história de baixo peso ao nascer deve ser


considerada como criança de risco nutricional.
ALIMENTAÇÃO

Crescer consome energia!!!

32% das necessidades calóricas de um


recém-nascido são destinadas ao
crescimento

A dieta da criança deve ter qualidade, quantidade, freqüência e


consistência adequadas para cada idade.
INFECÇÕES

•É essencial que as crianças sejam imunizadas para que se evite a


ocorrência das doenças imunopreveníveis.

•Por isso, é fundamental seguir o calendário vacinal e atentar para


os grupos que decidem por não vacinar seus filhos, devido ao
grande risco de doenças graves e mortais.
ALIMENTAÇÃO X HIPERTERMIA

Nos processos febris, observa-se que para cada grau de


temperatura acima de 38ºC, estima-se um aumento de 20% nas
necessidades calóricas e protéicas da criança, além de causar
perda acentuada de apetite.
HIGIENE

A higiene adequada da criança, dos alimentos, do ambiente


e de todos aqueles que lidam com ela são fatores essenciais
para seu bom crescimento.

Disponibilidade de água potável;


Saneamento Básico;
Destinação de lixo;
Manuseio, armazenamento, preparo e conservação dos
alimentos;
Higiene corporal e do ambiente.
AÇÕES NO NÍVEL DA ATENÇÃO BÁSICA

Registro de Peso/Idade - ANTROPROMETRIA


O Gráfico Peso/Idade do Cartão da Criança possui um eixo
vertical e um eixo horizontal. O eixo vertical corresponde ao peso
em quilogramas
Inicia-se com 2 kg e aumenta de 1 em 1 kg.
O eixo horizontal corresponde à idade da criança em meses e vai
do nascimento (0 meses) até 72 meses.
REGISTRO DE PESO/IDADE

Toda vez que a criança é pesada, esse peso é marcado com um


ponto no encontro da linha correspondente ao peso
observado (eixo vertical) e da linha correspondente à idade da
criança (eixo horizontal)
ESTIMATIVA DE GANHO DE PESO DA CRIANÇA DE
1º AO 7º ANO DE VIDA

1º ANO: 2º ANO
1º trimestre ganha 700g/mês
1º trimestre ganha 200g/mês
2º trimestre ganha 600g/mês
2º trimestre ganha 180g/mês
3º trimestre ganha 500g/mês
4º trimestre ganha 400g/mês
ESTIMATIVA DE GANHO DE PESO DA CRIANÇA DE
1º AO 7º ANO DE VIDA

2 a 3 anos 1.800 a 2Kg/ano

3 a 4 anos 1.800Kg/ano

4 a 5 anos 1.650Kg/ano

5 a 7 anos 1.500kg/ano
ESTATURA

O recém-nascido nasce com aproximadamente 50 cm Até 6


meses ganha 2,5 cm / mês;

Até 12 meses ganha 1,2 cm / mês;

Até 7 anos ganha 7,5 cm / ano;

De 8 a 15 anos ganha 5 cm / ano;

Na adolescência, geralmente, os meninos crescem mais que as


meninas.

(CHAUD, 1999).
PERÍMETRO CEFÁLICO (PC)

É a medida da circunferência do crânio


A circunferência da cabeça, aumenta rapidamente no
primeiro ano de vida, com o objetivo de adaptar-se ao
crescimento do cérebro. O perímetro cefálico,
especialmente no primeiro ano de vida, deve ser verificado
a cada consulta (puericultura)
Quando o PC cresce mais rápido do que o esperado, há
indícios de hidrocefalia. Se a pouco ou nenhum
crescimento, há indício de microcefalia
MEDINDO O PERÍMETRO CEFÁLICO
PERÍMETRO CEFÁLICO DE MENINOS
E MENINAS DE 0 A 2 ANOS EM CENTÍMETROS
Ganho Esperado de Perímetro Cefálico:

- 0 a 3 meses: 2 cm por mês;


- 3 a 6 meses: 1 cm por mês;
- 6 a 9 meses: 0,5 cm por mês;
- 9 a 12 meses: 0,5 cm por mês.

Medição: A fita deve passar pelas partes mais proeminentes do frontal e do occipital.
MEDINDO O PERÍMETRO CEFÁLICO

O recém-nascido tem o PC aproximadamente de 35 cm


Estima-se de crescimento do Pc do 1º ano de vida até a idade adulta:

•1º trimestre: + 5 cm
•2º trimestre: +5 cm  Aos 12 meses = 47 cm
•3º trimestre: + 2 cm  Aos 18 meses = 48 cm
 Aos 2 anos = 49 cm
 Aos 13 anos = 56º cm
 Na idade adulta = 57 cm

(SCHMITZ e cols., 1989)


PERÍMETRO TORÁCICO (PT)

Medida da circunferência do tórax, importante para


detectar algumas doenças.

A relação entre Pt e Pc é:

Até 6 meses o Pc é maior que o Pt


Aos 6 meses o Pc = Pt
Acima dos seis meses o Pc é menor que o Pt
PERÍMETRO ABDOMINAL (PABD)

Esta medida não dá informações sobre o crescimento, mas


é muito importante em alguns distúrbios que a criança
possa apresentar e que estejam envolvidos com o sistema
renal retenção de líquidos); aparelho digestivo (distúrbios
hepáticos, gástricos e intestinais que provocam distensão
abdominal) ou presença de tumores.
A criança nasce com Pabd aproximadamente 1 a 2 cm
menor que o Pt
Aos 2 anos o Pabd será aproximadamente 50 cm
CRESCIMENTO x DESENVOLVIMENTO

A INFLUÊNCIA DO MEIO AMBIENTE


Ex: de gêmeos homozigóticos (portanto com a mesma
herança e potencial genético de crescimento)

quando criados separadamente em meios diferentes, o que


cresceu em meio favorável tende a atingir sua meta de
crescimento determinada pelo seu potencial genético
enquanto o que foi criado em meio desfavorável, cresce
aquém do seu potencial genético.
CRESCIMENTO x DESENVOLVIMENTO

Desenvolvimento Crescimento sem


sem crescimento desenvolvimento
NANISMO LESÃO
NEUROLÓGICA
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO

É composto por muitas etapas que se organizam de forma


sequencial e organizada, apresentando diversas habilidade,
como:

oFísico;
oNeurológico;
oCognitivo;
oEmocional; e
oSocial.

(FLORENTINO, CANABARRO, 2014)


DESENVOLVIMENTO

Desenvolvimento é a capacidade que o indivíduo vai


adquirindo de realizar funções cada vez mais complexas,
como sentar, andar, falar, etc.
DESENVOLVIMENTO

(FLORENTINO, CANABARRO, 2014)


ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO

Estágio Oral (do nascimento até 1 ano):


Atividades orais como sugar, mastigar e vocalizar;
Estágio anal (entre 1 e 3 anos):
Capaz de reter e eliminar o material fecal conforme sua vontade.
Estágio fálico (entre 3 e 6 anos):
Reconhecem a diferença entre os sexos, a genitália se torna uma área de
curiosidade.

(WONG, 2011)
DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO

DENTIÇÕES
Primária
o20 Dentes de leite
oInferiores antes dos superiores
oInciso central, inciso lateral, canino, 1°molar e 2°molar
6° mês de vida
oAumenta salivação
oCriança leva a mão a boca
DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO
DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO
TODA CRIANÇA QUE NÃO SE MANTÉM SENTADA
AOS 10 MESES E NÃO ANDA AOS 18 MESES,
PODE APRESENTAR UM CERTO RETARDO!!!
(Ministério da Saúde, 2012)
(Ministério da Saúde, 2012)
Desenvolvimento...

“Um desenvolvimento infantil


satisfatório, principalmente nos
primeiros anos de vida, contribui
para formação de um sujeito com
suas potencialidades desenvolvidas,
com maior possibilidade de tornar-se
um cidadão mais envolvido, apto a
enfrentar as adversidades da vida”

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).


Referências

Hockenberry, M.J – Wong: Fundamentos de Enfermagem Pediátrica – 9ª


edição. Elsevier. 2008
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da Criança: Acompanhamento do
Crescimento e Desenvolvimento Infantil. Cadernos de Atenção Básica.
Nº 33. Brasília – DF. 2012

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