Você está na página 1de 11

HERPESVIRUS

BOVINO TIPO
1,2 e 5

Ana Lucia Gomes


Chaianna
Juliana Schmedecker dos Reis
Maria Laura Cadorin
Nadyne Monteiro
Herpevírus tipo 1,2 e 3
• são classificados na subfamília Alphaherpesvirinae,
• Produzem perdas econômicas em rebanhos atingidos
por diminuir os índices produtivos e reprodutivos e
causar mortalidade de animais.
• Essas infecções ocorrem com frequência em
rebanhos brasileiros.
• Esses vírus têm sido alvo de estudos de patogenia,
pela importância sanitária e econômica das infecções
para rebanhos bovinos.
• Nesses estudos, coelhos têm sido utilizados como
modelo experimental, pois quando inoculados pela via
intranasal com o BoHV-5 apresentam doença
neurológica, e pela via conjuntival com o BoHV-1
desenvolvem sinais oculares semelhantes aos
observados em bovinos.
Etiologia
• O BoHV-1 é associado a várias manifestações clínicas, incluindo aborto, doença
respiratória, genital e eventualmente neurológica

• BoHV-2 produz mamilite herpética

• BoHV-5 é associado à enfermidade neurológica de curso geralmente fatal em


bovinos jovens
Diagnóstico
• Não pode ser baseado somente nos sinais clínicos e na histopatologia, pois a maioria dos casos
será inconclusivo, devido a variedade de manifestações clínicas e as suas semelhanças com sinais
de outras doenças infecciosas, parasitárias e intoxicações.

• Necessário a associação de métodos diagnósticos laboratoriais para confirmar a suspeita clínica de


BoHV-1 ou BoHV-5.

• Métodos mais utilizados:

• Isolamento viral,
• Testes sorológicos,
• Imunohistoquímica
• Diagnóstico molecular por meio da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR).
Diagnóstico Sorológico
• A técnica sorológica mais utilizada para o diagnóstico de BoHV-1 e BoHV-5 é a
soroneutralização

• É considerada como técnica padrão para a detecção de anticorpos específico para BoHV.

• SORONEUTRALIZAÇÃO: a técnica consiste na neutralização da partícula viral pelos anticorpos


presentes no soro do animal infectado, sendo utilizada em inquéritos epidemiológicos,
certificação de rebanhos, triagem de reprodutores destinados à coleta e comercialização de
sêmen, além de dar suporte à investigação clínica .

• ELISA: utilizado também para diagnóstico sorológico , apresentam uma alta taxa de
sensibilidade e especificidade. Tem como vantagem a possibilidade de processar um grande
número de amostras, além de ser uma técnica rápida e de fácil execução
Controle e Prevenção
• Manejo sanitário e nutricional adequados, desinfecção periódica das instalações,
controle de pragas e imunização dos animais, dificultam a disseminação viral dentro
do rebanho.
• A vacinação é recomendada em locais onde a infecção por herpesvírus é endêmica,
bem como em propriedades onde haja condições favoráveis para a transmissão viral.
• Nesses casos, a erradicação da enfermidade é economicamente inviável – pelo
grande custo envolvido no descarte de animais – e a imunização dos animais torna-se
uma maneira eficaz de diminuir as perdas econômicas advindas da manifestação
clínica da doença.
• A vacina para b0hv1 já tem porem não é totalmente eficaz e do bohv5 ainda não esta
sendo totalmente utilizada
Sinais Clinicos
• A rinotraqueíte viral bovina (IBR), produzida pelo BoHV-1.1, é uma enfermidade importante para rebanhos bovinos no
mundo inteiro.
Pode causar doença respiratória,
Aborto,
Conjuntivite e
Infecções sistêmicas em neonatos.

• As infecções respiratórias podem ser subclínicas ou ainda caracterizadas por febre, depressão, anorexia, dispnéia,
taquicardia, tosse e descarga nasal,
apresentando morbidade de até 100% e índices de mortalidade frequentemente baixos (<5%).

O BoHV-1.2 é associado a doença genital, produzindo a


Vulvovaginite - fêmeas
Balanopostite pustular infecciosa - machos
• Essa doença é caracterizada por lesões vesiculares que ulceram e são recobertas por material fibrinoso, localizadas na
vulva, pênis e prepúcio de bovinos
• O BoHV-2 apresenta distribuição mundial, e no Brasil a infecção é relatada desde a
década de 70 , com ampla distribuição deste agente em rebanhos bovinos de
diferentes aptidões no Estado do Rio Grande do Sul.
• Esse agente é associado a duas formas clínicas, a pseudo-lumpy skin disease e a
mamilite herpética bovina , que é caracterizada por lesões vesiculares e erosivas
nos tetos e úberes, predispondo a mastites e reduzindo a produção leiteira.

• O BoHV-5 produz meningoencefalite geralmente fatal em bovinos jovens.


• No Brasil existem relatos da ocorrência de surtos da infecção pelo BoHV-5 em
vários Estados, incluíndo o Rio Grande do Sul, Mato Grosso , Mato Grosso do Sul,
São Paulo ,Paraná , Rio de Janeiro e Minas Gerais .
Tratamento
• Não há tratamento específico para a meningoencefalite por BoHV-5.

• BoHV-1 e o BoHV5 são antigenicamente muito semelhantes, recomenda-se a vacinação


com vacinas para BoHV1 como forma de reduzir as perdas causadas por BoHV-5,
principalmente durante surtos de doença neurológica.

• Outras medidas podem ser adotadas para prevenir ou reduzir os prejuízos ocasionados
pela enfermidade, como

• testar sorologicamente os bovinos ,


• minimizar situações de estresse, sobretudo no desmame, e
• isolamento dos bovinos afetados.
Patogenia
• A patogenia do BoHV-5 ainda não foi completamente compreendida.
• Estudos com inoculação de animais revelaram que, após infecção intranasal, ocorre a replicação na
mucosa respiratória.
• O vírus pode ser isolado das excreções nasais - até 10 dias pós-infecção (com relatos de até 16 dias).
Pico de eliminação – 4.º e 6.º dia.
Disseminação ocorre pelo sangue, sistema nervoso e célula-célula.

• Ocorre um ciclo de replicação nas células do epitélio respiratório, passando então para a infecção
dos neurônios periféricos como os olfatórios e do glânglio trigêmeo. Alcança o sistema nervoso por
um mecanismo associado com o transporte intra-axonial.
• Poucos animais sobrevivem à infecção pelo BoHV-5. Os mesmos tendem a se recuperar, porém
estarão permanentemente infectados pelo vírus em estado de latência
• O gânglio trigêmeo é o principal sítio onde o vírus é encontrado. O vírus é reativado em momentos
de estresse, mas também com tratamento por glicocorticóides.
• Administração de 0,1 mg/kg de dexametasona por cinco dias provoca a reativação.
OBRIGADO

Você também pode gostar