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CLÍNICA DE GRANDES

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

BRONCOPNEUMONIA (complexo da doença respiratória bovina) - Isoladamente a mais importante das doenças infecciosas em
bovinos.
Sua causa é multifatorial, tais como: Stress (instalaçã o, transporte, temperaturas excessivas etc.), vírus e bacté rias. Todos esses pató genos
estã o na populaçã o bovina normal, incidê ncia nos primeiros 40 dias, tem uma predisposiçã o maior em bovinos, quanto comparado a outras
espé cies. Equilíbrio, quando ocorre quebra de equilíbrio ocorre a doença, normalmente por manejo incorreto dos animais.
No decorrer dos anos teve vá rios nomes como doença do transporte (Shipping fever), pneumonia enzoó tica dos bezerros e pasteurelose
bovina. É mais comum na indú stria do confinamento. Tem uma morbidade de 65-79% e mortalidade de 44-72%. No Brasil as regiõ es que
realizam confinamento sã o Regiã o Sul, Centro Oeste e Sudeste (Sã o Paulo).
A perda de desempenho de doença subclínica (nã o tem manifestaçã o da doença clinica, porem tem menor desenvolvimento do animal) é a
mesma que a doença clínica. Ocorre o “fenô meno iceberg”, onde a razã o entre os casos de subclínicos e clínicos é > que 10 : 1.

AGENTES ETIOLÓGICOS
Vírus causam morbidade e bacté rias causam mortalidade. Mas ambos sã o tratados com antibió ticos devido o risco de infecçã o secundá ria no
caso de infecçã o por vírus.
Vírus e sinais clínicos que eles causam:
• Vírus sincicial respiratório bovino (BRSV): Febre (40 – 41º C), Depressã o, Anorexia, Taquipneia, Salivaçã o, Descarga nasal,
Descarga lacrimal e Taxa de mortalidade normalmente baixa.
• Vírus rinotraqueite infecciosa bovina (IBRV): Febre, Letargia, Tosse, Descarga Nasal, Dispneia (abre a boca para respirar) e
Narinas hiperê micas (nariz vermelho).
• Vírus parainfluenza (PI3V): Febre, Tosse, Descarga nasal, Descarga ocular, Taquipneia, Baixa morbidade e mortalidade, e
Imunodepressã o.
• Vírus da Diarreia viral bovina (BVDV): Intensa Imunossupressã o, Descarga ocular e nasal, Edema ocular, Diarreia intensa com
perda de mucosas, Mortalidade elevada.

Todas essas sã o passiveis de controle atravé s de vacinaçã o, mas nenhuma delas é obrigató ria.

Bactérias - Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Histophilus somni - Aborto e SNC, Mycoplasma bovis - Abscessos
bronquiais e Artrite, aborto, mamite E Actinomyces pyogenes - Formaçã o de abscessos (mamá rios e subcutâ neos)
Sinais Clínicos: Febre (40 – 41º C), Depressã o marcada, Dispneia, Salivaçã o, Descarga nasal e Toxemia (febre, hipovolemia, depressã o,
alteraçã o da coloraçã o de mucosa (vermelho tijolo), ingurgitamento de vasos, halo toxê mico ao redor dos dentes, danos vasculares CID
(coagulaçã o intravascular disseminada).

DIAGNÓSTICO - Histó rico, Exercício, Regime alimentar, Ambiente, Medicamentos utilizados, Vacinaçã o e Queixa clínica. O diagnó stico é
fá cil, difícil é determinar o agente causador.

SINAIS CLÍNICOS - Espirros, Respiraçã o estertorosa, Tosse, Taquipneia, Dispneia, Cianose, Hemoptise, Corrimento nasal e Epistaxe.

PATOLOGIA CLÍNICA
• Infecções virais: Hemograma(pouco valor para o diagnó stico):Leucopenia, Diagnó stico soroló gico e PCR.
• Infecções bacterianas: Hemograma: Desvio degenerativo à esquerda, Leucocitose e Neutrofilia, Cultura/PCR: Swab nasal e Lavado
transtraqueal.

PREVENÇÃO E CONTROLE - Controle ambiental, Vacinaçã o profilá tica e Tratamento em massa em caso de sustos (maior do 15% acometido).

TRATAMENTO
• Antibiótico: penicilina benzatina 10000 UI/kg ou penicilina procaína 20000 UI/kg em dose ú nica. Pode ser usado enrofloxacina
duas a trê s aplicaçõ es ou Florfenicol uma a duas aplicaçõ es.
• Anti-inflamatório: flunixin meglumine, deve ser usado com cautela, pois ruminantes sã o muito sensíveis a essa classe, usar de
preferencia em dose ú nica, se necessá rio novas aplicaçõ es em dias intercalados, se muito necessá rio em dias seguidos e depois
preocupar com ulceras.

DOENÇAS DO ABOMASO
Tem importâ ncia econô mica, pois causa queda na produçã o, descarte de animais da produçã o de leite e alto custo no tratamento. A baixa
motilidade nos pré -estô magos interfere no abomaso, diminuindo també m sua motilidade.

ÚLCERAS ABOMASAIS
Sã o erosõ es na mucosa do abomaso, começa pela mucosa do ó rgã o. A severidade depende das camadas afetadas. Ocorre por quebra da
homeostase dos fatores protetores e fatores agressores.

ETIOLOGIA - Pode ocorre por doenças víricas como linfossarcoma de abomaso (leucose viral) Diarreia Viral; Peste bovina; Febre catarral
maligna. Introduçã o de dietas ricas em carboidratos (silagem de milho) repentinamente, o que leva alto da acidez com aumento da atividade
de pepsinas. Doenças concomitantes como stress aumenta a acidez gá strica e diminui a produçã o de fatores protetores e diminuiçã o da
imunidade, o que facilita o aparecimento de novas doenças e diminuiçã o da alimentaçã o. Estresse em adultos de alta produçã o,
secundariamente a impactaçã o ruminal.

EPIDEMIOLOGIA - Sua maior incidê ncia é em vacas leiteiras, seguida de touros, depois bezerros, seguida de ovinos e caprinos. Nas vacas
leiteiras ocorre no período de parto e lactaçã o, por causa do aumento da produçã o mais aumento da alimentaçã o normalmente por ser rica
em carboidrato, pode ocorrer també m por uso de AINES por mais de 3 dias.

CLASSICICAÇÃO CLÍNICA
Tipo 1 - nã o perfurada, mucosa muito pouco da submucosa, sintomas leves, nã o tem queda grande da produçã o, leve desconforto abdominal,
difícil diagnó stico.
Tipo 2 - nã o perfurada com perda grave de sangue, afeta mucosa, submucosa e camada muscular do ó rgã o, nã o tem extravasamento de
conteú do para cavidade. Ocorre presença de sangue nas fezes.
Tipo 3 - perfurada com peritonite local, pode formar abcesso e ficar com sintomas intermitentes.
Tipo 4 - perfurada com peritonite difusa. Sinais bem evidentes, o animal pode vir a ó bito em poucas horas ou poucos dias.

SINAIS CLÍNICOS
Dor abdominal (animal fica olhando para o flanco), melena e palidez das mucosas (anemia pela perda de sangue), Hiporexia / anorexia,
Diminuiçã o da motilidade ruminal, Fezes escassas (muito digerida e brilhante), Desidrataçã o, Hipertermia (febre da toxemia), Sinais de
choque, Morte ou Cronicidade.

DIAGNÓSTICO
Histórico, Anamnese e Exame Físico
Laboratorial - Teste de sangue oculto nas fezes (fazer de 3 a 5 dias, segundo a professora nã o serve muito), Hemograma (é inespecífico,
relacionado a hemograma de stress), Fibrinogênio plasmático (>700mg/dL), Abdominocentese (suspeita de peritonite), Laparotomia
exploratória (para ú lcera do tipo 3 e 4, para tipo 1 e 2 só se abrir a abomaso) e Necropsia.

TRATAMENTO
Transfusã o de sangue 10-20ml/kg (Ht<14%), Fluidoterapia, Antiá cidos (MgO 50-80g/450kg 2-4x/dia), Protetores de Mucosa
(caulim/pectina), Antibió tico amplo espectro, Correçã o cirú rgica e Correçã o da dieta, do estresse, tratamento de doenças concomitantes.

COMPACTAÇÃO ABOMASAL
Ocorre por acú mulo de ingesta – obstruçã o. Pode ser primá ria pelo aumento de forragem de baixa qualidade com menor ingestã o de á gua,
pode ser ainda secundá ria por indigestã o vagal, disfunçã o pó s cirú rgica, obstruçõ es mecâ nicas. No Brasil a doença é subdiagnosticada.

TRATAMENTOS
Borogluconato de cá lcio intravenoso (nã o pode ter suspeita de obstruçã o), Fluidoterapia, Emolientes, Laparotomia e Oxido de magné sio, é o
mais usado, pode causar diarreia e nã o deve ser usado em obstruçã o mecâ nica.

DILATAÇÃO DO ABOMASO
Esta relacionado a atonia. Ocorre abaulamento na parte ventral, ocorre em animais de alta produçã o devido a suplementaçã o com
carboidrato, ocorre com frequência na regiã o sul.

DESLOCAMENTO DO ABOMASO
O deslocamento do abomaso pode ser a esquerda (DAE), a direita (DAD) que pode ocorrer com ou sem vó lvulo ou torçã o. Podem ser
classificados como leve, moderado (nã o ultrapassa a13ª costela) e grave (ultrapassa a 13ª costela).

ETIOPATOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA
Vaca de leite de alta produçã o, Holandê s P/B (preto e branco) (profundidade), Idade 4 – 7 anos (pico de lactaçã o); Escore corporal no
momento do parto, Primeiras 6 semanas pó s parto (90%), Dieta e Doenças concomitantes;

SINAIS CLÍNICOS
Menor apetite (seletivo) e menor produçã o, Apatia, Cetose e Desidrataçã o, Timpanismo leve a severo, Có licas (escoicear o abdô men, pisoteio)
e Alteraçõ es metabó licas (HCl no intestino delgado).
Durante a inspeção vai se observar: abaulamento bilateral, Fezes ausentes ou escassas, liquefeitas, enegrecidas e com odor fé tido,
Afundamento do globo ocular por causa da desidrataçã o e Fossa paralombar direita com estrutura similar a uma víscera distendida em
formato de meia-lua.
Em caso de DAD com vó lvulo pode ter ainda: apatia severa, decú bito, vocalizaçã o, distensã o severa do lado direito, desidrataçã o, aumento da
frequê ncia cardíaca, respirató ria, aumento da temperatura corpó rea, mucosas secas, pá lidas e frias, pulso fino, fraco e filiforme. Se nã o for
feita intervençã o rá pida vai apresentar diminuiçã o da temperatura e aumento da frequê ncia cardíaca que é conhecida como “cruz da morte”.

DIAGNÓSTICO
Anamnese, Exame das instalaçõ es, Exame físico completo: Inspeçã o, Palpaçã o, Percussã o, Ausculta: Zona de auscultaçã o do lado esquerdo,
som metá lico “Ping”, Zona de auscultaçã o do lado direito, som metá lico “Ping”, dá 6ª, 7ª até a 13ª costela, Aferiçã o da Temperatura, - Palpaçã o
retal, se for uma torçã o a esquerda tá para sentir alguma coisa, se for a direita esquece que vai ser um buraco negro, Ultrassonografia (nã o é
usado a campo), Hemograma e Bioquímica (nã o tem nada especifico), Laparotomia explorató ria, Aná lise de Fluido Ruminal, alteraçã o no
odor, levemente viscoso, queda do pH, atividade de protozoá rios comprometida e aumento nos níveis de cloretos (>30mEq/l).

TRATAMENTO
Tratamento clínico: Oferecer feno ou forragem de qualidade, Retirar grã os da dieta, Corrigir desequilíbrio hidroeletrolítico (hipocalcemia),
Pró ciné ticos (metoclopramida; betanecol), Anti espasmó dicos (hioscina+dipirona), Rolamento, só resolve em casos leves de deslocamento a
esquerda, e tem muitos casos de recidiva, Estimular o exercício e Tratar doenças concomitantes.
Tratamento cirúrgico: Retorno da motilidade, deve-se observar, apó s o procedimento pode ter hipomotilidade, Descompressã o, presença de
muito gá s, Reposicionamento, Fixaçã o permanente (pexia), tem varias té cnicas (ela nã o entrou em detalhe de nenhum).

Toggle é rolamento com sutura fechada. A sutura fechada é fixar o abomaso na musculatura sem abrir a cavidade abdominal.
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS - Dieta adequada, Restriçã o de Espaço, Limpeza da Ferida Cirú rgica, Curativo, Inspeçã o Diá ria (defecaçã o,
micçã o, apetite).

PROGNOSTICO - Favorável (Dilataçã o simples / DAE leve a moderado), Reservado (DAE severa / DAD sem torçã o) OU Desfavorável (DAD
com torçã o).

AFECÇÕES PODAIS

Essas afecçõ es causam diminuiçã o da produçã o, perda de peso, dificuldade em demonstrar cio, longevidade comprometida. Sendo 2% do
total de casos resultam na morte do animal, 20% dos animais acometidos sã o descartados para abate, e quando comparado com animais
abatidos por outro motivo a carcaça tem qualidade inferior a 40%, os animais acometidos tem baixo desempenho reprodutivo. Os problemas
relacionados a reproduçã o sã o: fraca demonstraçã o de cio ou anestro, menor taxa de concepçã o no primeiro serviço e maior nú mero de
serviços por concepçã o.

FATORES PREDISPONENTES
Individuais - Está gio da lactaçã o, animais no inicio da lactaçã o, Idade, novilhas pré e pó s-parto, Nú mero de partos, Ocorrê ncia de infecçã o
sistê mica, Conformaçã o dos membros e herança gené tica;
Rebanho - Nutriçã o, alimentaçã o rica em carboidrato, Manejo, confinamento, Quantidade de atividade física, Tipo de piso, cimento, Conforto
e Ambiente.

DIAGNOSTICO
O diagnó stico das afecçõ es de casco, deve ter atençã o especial nos primeiros 60 dias de lactaçã o, para as novilhas no período de pré e pó s-
parto, observar as vacas durante o deslocamento para ordenha, examinar os animais que estiverem lentos, atençã o a anormalidade na
lactaçã o (baixa inesperada ou ausê ncia de pico). Deve-se fazer inspeçã o do animal em estaçã o: postura e comportamentos anormais e
inspeçã o da marcha do animal (decú bito, lesõ es por decú bito, lesõ es ó bvias do casco, atrofia muscular, severidade da claudicaçã o com
alteraçã o da marcha, localizaçã o da lesã o).
Exame clínico
Animal parado (inspeciona postura, posiçã o da cabeça e membros), Animal em movimento (observa – se deitar, levantar e andar), Exame dos
membros (por inspeçã o e palpaçã o) e Avaliaçã o dos cascos
Exames complementares (não é muito usado)
Punçã o articular, Exame radiográ fico e Anestesia diagnó stica.

SINAIS CLÍNICOS
Crescimento anormal das unhas, Deformaçã o na estrutura dos cascos, Queda na produçã o de leite e carne, Perda da condiçã o corporal, Mal
cheiro característico e Presença de ectoparasitos (bicheira).

Lesões na sola do casco


Hematoma de sola - É sinal do derrame sanguíneo ocorrido no có rium. O animal nã o manca, poré m fica mais lento.
Tratamento - Nã o é necessá rio casquear e nem perfurar a á rea (Nã o pode perfurar a á rea porque pode desencadear uma ú lcera de sola),
Certificar que nã o existe uma lesã o mais sé ria, Manter o animal sob observaçã o, Pedilú vio contendo formol (5%), Colocaçã o de taco de
madeira (Hematomas maiores é recomendado uso de
taco de madeira na unha ao lado, nã o acometida a fim de facilitar a recuperaçã o).

Úlcera de sola
É a afecçã o mais comum e mais importante quando consideramos a laminite, normalmente nas unhas laterais dos membros posteriores.
Animais confinados em piso de concreto mais acometidos, normalmente na porçã o medial da sola, o organismo tenta reparar a á rea lesada
com invasã o da mesma por tecido de granulaçã o que, eventualmente, emerge n sola como um “botã o” vermelho. Dessa forma, a lesã o é
caracterizada por uma ferida circunscrita na sola do casco.
Tratamento - Período de recuperaçã o longo devido ao tempo necessá rio para o crescimento do casco que, posteriormente cobrirá toda a
extensã o da á rea lesada, O objetivo principal é aliviar a dor e evitar contato com o solo (evitar o contato da lesã o com o piso abrasivo,
possibilitando um maior desenvolvimento do tecido do casco, com consequente cicatrizaçã o mais rá pida e eficiente), Colocaçã o do taco de
madeira e Em casos graves uso de antibió tico parenteral.

Doença da linha branca


Consiste na distensã o da á rea da linha branca, predispondo à ocorrê ncia de uma pequena rachadura. Pode ocorrer a penetraçã o de
fragmentos na á rea podendo levar a uma infecçã o.
Tratamento - Casqueamento para evitar que evolua para um abscesso de sola e Controle da umidade.

Abscesso de sola
Associada a ocorrê ncia de laminite. Ocorre pró ximo à linha branca, é consequê ncia da entrada de sujidades e corpos estranhos pela linha
branca, desencadeando uma reaçã o infecciosa e culminando com a formaçã o de um abscesso subsolear. A pressã o exercida pelo abscesso
causa muito desconforto. A coroa do casco pode estar inchada.
Tratamento - Casqueamento e drenagem do abscesso ( a eficiê ncia do tratamento depende da eficiê ncia da drenagem), Quanto mais cedo o
diagnó stico e tratamento menos o casco é acometido, Colocaçã o de taco de madeira e Uso de antibió tico parenteral.

Lesões no talão e periferia do casco


Erosão de talão
Associada a ambientes ú midos e sujos, agente envolvido Dichelobacter nodosus. Desgaste no talã o com perda de tecido e presença de
exsudato fé tido e de coloraçã o escura.
Sinais físicos - O talã o e a sola apresentam pequenas depressõ es escuras, Retraçã o do tecido có rneo com dor e inflamaçã o, Há perda do
tecido có rneo do talã o, permitindo a entrada de sujidades e Facilita o aparecimento de infecçõ es secundá rias.
Tratamento – Pedilú vio e Sulfato de cobre tó pico (mais recomentado fazer o debridamento mecâ nico);

Dermatite digital
É uma doença contagiosa e causa extremo desconforto, epidemia nos EUA, diferentes graus de severidade de acordo com o ambiente e
imunidade do animal. Normalmente no talã o e sobre as unhas, altamente contagiosa, e morbidade 90% apresentando recidivas.
Fatores predisponentes: Presença de lama e umidade, Falta de higiene nas instalaçõ es, Grande densidade animal, Compra de animais, Uso
impró prio de pedilú vio e Distâ ncia percorrida pelas vacas até a ordenha.
Tratamento – Pedilú vio, Antibió ticos local (Antibió tico oxitetraciclina e lincomicina, normalmente nã o é necessá rio o tratamento com
antibió tico parenteral).

Filariose
Associada a Stephanofilaria spp. O parasita causa dermatite ulcerativa em bovinos e bubalinos, causa lesõ es crostosas pró ximas ao casco.
Possui vá rias subespé cies causam lesõ es no ú bere, cernelha, orelha, ao redor dos olhos.
Tratamento - Limpeza da ferida (retirada da crosta porque ela impede a açã o do medicamento), Aplicaçã o de iodo a 5%, Aplicaçã o de pasta
contendo organofosforado e Aplicaçã o de ivermectina.

Lesões do espaço interdigital


Hiperplasia interdigital
Ambiente sujo e ú mido, associada a conformaçã o ruim do casco ( unhas abertas), reaçã o proliferativa do espaço interdigital (decorrente de
lesã o primá ria causada por sujidades e agentes pontiagudos), desconforto depende da extensã o da lesã o e da presença ou nã o de infecçã o no
gabarro. Nos pequenos podem nã o causar desconforto e permanecer por anos sem causar manqueira, enquanto gabarros grandes ou
infeccionados causam manqueira.
Tratamento – Pedilú vio e Retirada do gabarro (gabarros pequenos só o pedilú vio controla).

Flegmão interdigital
Agentes envolvidos - Fusobacterium necrophorum, Dichelobacter nodosus, Escherichia coli e Actinomyces pyogenes.
Normalmente se inicia com lesã o traumá tica no espaço interdigital, causa extremo desconforto, inchaço generalizado do espaço interdigital e
periferia do casco, manqueira intensa e repentina.
Sinais físicos - Claudicaçã o severa, febre e queda na produçã o de leite e de peso, Inflamaçã o profunda do espaço interdigital, com edema e
separaçã o das unhas, É comum presença de ulceraçã o, necrose ou fenda longitudinal com secreçã o purulenta, Geralmente apresenta odor
desagradável;
Tratamento - Antibioticoterapia parenteral (Antibió tico parenteral o quadro de dor e desconforto desaparece rapidamente quando o quadro
é tratado logo no início da manqueira) e Limpeza do casco acometido.

Laminite
Uma inflamaçã o assé ptica dos dígitos, ocasionada por distú rbios na microcirculaçã o do có rium, com consequente degeneraçã o da junçã o
entre a derme e a epiderme.
Etiologia - Fatores nutricionais (tanto excesso, quanto escassez de alimentos), Meio ambiente e Doenças infecciosas.
Laminite aguda Laminite crônica Laminite subclínica
Muito doloroso; Casco achinelado; Manifestaçã o mais comum;
Incomum em vacas leiteiras; Consequê ncia da laminite subclínica; Lesõ es associadas: ú lcera, abscesso e
Muralha sem brilho e bastante ondulada; hematoma.
Tratamentos
Taco de madeira - Eleva a unha lesada, Maior duraçã o da bandagem ou medicaçã o no local, Dura de 10-20 dias e Resina acrílica + líquido
acrílico = acrílico autopolimerizante.
Pedilúvio - É recomendado a construçã o de um “lava – pé s”: para remover a maté ria orgâ nica e estimular que o animal urine e defeque. O
pedilú vio deve conter: Formol – 5%, Sulfato de cobre – 5%, Sulfato de Zinco – 5%, Cal – 5%, Hipoclorito de só dio – 1% e Apó s passar pelo
pedilú vio deve permanecer 30 minutos em local seco e limpo.
Casqueamento - Aparar as pinça das unhas maiores que 7,5 cm, Rebaixar a pinça para que o animal se apoie mais na pinça do que no talã o,
Abrir o espaço interdigital (facilitar a saída de sujidades) e Alinhar os talõ es para que tenham a mesma altura.

INDIGESTÃO DO PRÉ-ESTÔMAGO DE RUMINANTES

A relaçã o alimentaçã o x microbiota se encontra em homeostase e a modificaçã o em qualquer desses fatores pode gerar o quadro de
indigestã o. Para promover aumento na produçã o há uma alteraçã o na microbiota ruminal por meio de uma alimentaçã o mais concentrada e,
isto deve ocorrer de forma gradativa, para nã o gerar problemas a saú de do animal, podendo até levar a ó bito. À pasto o animal se alimenta de
forragem, com isso, sua microbiota é adaptada para um crescimento lento e alto metabolismo. Já a microbiota adaptada para digerir amido e
açú car tem crescimento rá pido, e, com a alteraçã o na alimentaçã o ocorre alta proliferaçã o.

QUADROS FERMENTATIVOS:
INDIGESTÃO SIMPLES: auto-limitante e relativamente branda. Geralmente decorre da “quebra na rotina”, como mudança no capim,
introduçã o de concentrado, antibió ticos, muita ingestã o de á gua gelada, alimentaçã o com frutas, etc.
Sintomas - anorexia, diarreia, motilidade diminuída, preenchimento alterado do rú men e timpanismo brando, se ocorrer. A medida que
passa por indigestã o todo funcionamento do rú men da microbiota e estímulo de fibras de bom tamanho (estímulo físico da fibra e químico do
gá s). Com o desequilíbrio a osmolaridade do rú men aumenta, entrando mais á gua o que leva a uma diarré ia. O rú men entã o é esvaziado, o
animal começa a beber muita á gua e procurar por alimento fibroso, entã o o rú men é recolonizado e, em no má ximo 1 semana o animal se
alimenta normalmente, poré m, esta 1 semana diminui a produçã o e por isso há intervençã o.
Tratamento: tratamento de suporte, correçã o do pH (alcalinizar – bicarbonato, acidificar – vinagre), lembrando que este deve ser corrigido
de forma correta, atravé s de coleta do liquido e transfaunaçã o (somente apó s correçã o de pH). Como a diarré ia nã o é infecciosa e sim
osmó tica, oferece-se á gua com eletró litos, e até mesmo soro caseiro.
Diagnóstico: clínico (vaca com diarreia a 3-4 dias, sem comer), mas certifique-se de que nã o é acidose lá tica ruminal aguda (com sinais
sistê micos).

INATIVIDADE DA MICROBIOTA RUMINAL: associada a um período do ano -seca, a qual a dieta é pobre em energia e proteína (corte tardio,
feno lignificado, palha), ou em deficiê ncias minerais específicas (P, S, N)
Sintomas: emagrecimento, diminuiçã o da produçã o de fezes, fezes ressecadas com fibra mal digerida, baixa motilidade, nã o há estratificaçã o
e conteú do só lido a impressã o da mã o fica aderido, queda na produçã o, cetose, emaciaçã o e pelagem em mau estado. A microbiota torna-se
ineficiente, aumenta o tempo de digestã o (normal – 48h, passa a ser 72-96h), diminuiçã o de á cidos graxos (emagrecimento e acú mulo de
alimenta levando a distensã o do abdô men). Pode levar a impactaçã o ruminal e/ou abomasal, tem que agir rá pido!
Tratamento: sais laxativos que també m atuam como alcalinizantes e á gua no rú men, modificador orgâ nico, transfaunaçã o, melhora na dieta
e até ruminotomia em casos graves.
ACIDOSE LÁTICA RUMINAL AGUDA: decorre de consumo em excesso de carboidratos prontamente fermentáveis (cevada, fubá de milho,
raçã o). Geralmente é um acidente no manejo. Uma dieta rica em carboidratos solú veis leva ao crescimento de bacté rias amilolíticas que num
primeiro momento produzem á cidos graxos volá teis em grande quantidade, e estes se acumulam, levando a uma queda brusca no pH ruminal,
aumentando a bacté rias á cido resistentes e diminuiçã o das bacté rias celulolíticas (morrem em pH inferior a 5,5). Sobra principalmente
lactobacilos e Streptococcus bovis, que aumentam a produçã o de á cido lá tico, que é corrosivo e lesiona a mucosa ruminal. A decorrê ncia
desses eventos levam a diminuiçã o da motilidade ruminal e, isso se reflete em uma acidose sistê mica e choque sé ptico. A estratificaçã o é
quase zero, há acumulo de açú car e perda de liquido para este espaço, levando a uma desidrataçã o intensa.
Sintomas: desidrataçã o intensa, anú ria, hipó xia, acidose sistê mica, destruiçã o do epité lio, ruminite tó xica.
Tratamento: EMERGENCIAL – salva-se apenas 30-40% do animais tratados e geralmente deixa seqü elas. Fluidoterapia parenteral e enteral,
ruminotomia tirando todo conteú do com á gua morna, pectina para proteçã o da mucosa equilíbrio do pH, transfaunaçã o, antibioticoterapia,
antiinflamató rios.

ACIDOSE LÁTICA RUMINAL CRÔNICA: doença característica de animais de alta produçã o, quando sã o levados ao seu limite. Para aumentar a
produçã o, o manejo feito com muito alimento a base de carboidrato e pouco volumoso. Além de ficar mais barato há o aumento do estímulo
das papilas ruminais que crescem muito e absorvem mais os á cidos graxos volá teis, levando a sua alta produçã o, principalmente de á cido
propiô nico, butírico e lá tico (aumenta bacté rias fermentadoras amilolíticas, diminui bacté rias celulíticas e o pH).Com o tempo, o á cido lá tico
lesionará as papilas que sofrerã o queratinizaçã o, levando a paraqueratose ruminal, em 2-3 anos. Há també m pouca mastigaçã o, que leva a
menor produçã o de saliva o que diminui ainda mais o pH. Leva a traumatismo e inflamaçã o crô nica, podem ocorrer doenças secundá rias
como mastite, ruminite, abomasite, hepatite e laminite, etc.
Sintomas: reduçã o do apetite, reduçã o da produçã o, acidose crô nica, necrose cé rebro cortical. O diagnó stico é clínico e nã o há tratamento, o
animal é descartado da produçã o.

ALCALOSE RUMINAL: pouco freqü ente em nossa regiã o, geralmente associada a dieta proté ica. Mais comum no sul, onde há uso de
leguminosas, ricas em proteínas. Como sã o pobres em fibras, há pouco á cido graxo, pouca fermentaçã o e há putrefaçã o (liquido ruminal
fé tido com coloraçã o verde enegrecida), aumentando a produçã o de amô nia e o pH. Muitas vezes há o timpanismo espumoso associado. Apó s
o tratamento deve fazer adequaçã o da dieta e a proteína deve ser introduzida gradativamente.

OBSERVAÇÃ O: INTOXICAÇÃO POR URÉIA- ocorre muito no Sudeste, onde a cana de é muito utilizada, que é pobre em fibra e rica em
proteína suplementada por uré ia. Sem proteçã o a uré ia é convertida em amô nia e nã o proteína, levando a intoxicaçã o, uremia. Os sinais sã o
tremores, incoordenaçã o, fraqueza, timpanismo, hipoatividade intestinal, dor abdominal, vô mito e taquipné ia. O tratamento é feito com
correçã o do pH e transfaunaçã o, em casos graves ruminotomia, adequaçã o nutricional.

DIFERENCIAR PELA ALIMENTAÇÃ O!

QUADROS MOTORES:

TIMPANISMO GASOSO: ocorre devido a algum problema no pré -estô mago ou caminho da eructaçã o, havendo acú mulo de gases. As diversas
causas incluem falha na eructaçã o, obstruçõ es esofá gicas, principalmente na é poca das frutas, obstruçã o da cá rdia ou no orifício reticulo-
omasal e até devido a alteraçõ es na motilidade reticulo-ruminal.
Obstrução Esofágica Intraluminal: Determinante: é poca de frutas, Predisposiçã o: estenose no esô fago e há bitos alimentares, Sinais:
ansiedade, movimentos com a cabeça e pescoço, sialorré ia intensa, tosse, timpanismo grave, taquipné ia e taquicardia, corpo estranho no
esô fago cervical,Tratamento: punçã o ruminal / trocaterizaçã o, esofagotomia e Sequelas: ruptura e estenose.

Obstrução Esofágica Intramural: Etiologia: neoplasias no esô fago (carcinoma epidermó ide, Pteridium aquilinum – samambaia) e Baixa
freqü ê ncia.

Obstrução Esofágica Extramural: Aumento de linfonodos mediastínicos: aguda- pneumonia em bezerros, crô nica- tuberculose, tumores
(Leucose Enzoó tica Bovina).

Alterações na Cárdia ou no Orifício Reticulo – Omasal: Tumores (crô nico): actinobacillus lignirressi, papilomatose bovina, samambaia;
Iatrogê nicas: derrubar o bovino sobre o rú men levando a atonia, hipocalcemia pó s-parto, compactaçã o do rú men; Obstruçã o por corpos
estranhos: plá stico, corda, placenta, pê los.

Alterações na Motilidade Reticulo – Ruminal: Inatividade muscular: hipocalcemia pó s-parto, xilazina, febre  endotoxemia, stress 
transporte, intoxicaçã o por HCN, Aderê ncia do reticulo e tumores, Disfunçã o do nervo vago, Alteraçã o na biota ruminal: indigestã o, acidose,
alcalose e Distensã o abomasal severa: DAE, super alimentaçã o.
DIAGNÓSTICO:
Sonda nã o passa: corpo estranho esofá gico ou Sonda passa com dificuldade e libera gases, há aumento de linfonodos mediastínicos; Apó s a
liberaçã o dos gases, à ausculta pode-se supor o diagnó stico: Rumé m Hiperativo: indigestã o vagal; Rumé n Ativo: alteraçã o na cá rdia ou
problema no orifício reticulo – omasal; Rú men em Atonia: parede ruminal Sonda passa com facilidade e há atonia de parede
TIMPANISMO ESPUMOSO: pode ocorrer por ingestã o excessiva de grã os (pastagem de leguminosas – alfafa, trevo, vicia spp.) e pouco
conteú do em fibra ou, por fatores individuais como saliva, posiçã o da cá rdia, motilidade. É de alta incidê ncia, principalmente em animais de
produçã o intensiva.
Sintomas: distensã o abdominal (leve aumento no flanco esquerdo e acentuado no flanco direito), dispné ia, boca aberta, protusã o da língua,
aumento dos movimentos ruminais, diminuiçã o brusca da produçã o leiteira, desidrataçã o.
Diagnóstico: a sonda passa facilmente e nã o libera gases, dependendo do enchimento sai espuma. O trocater nã o resolve. Se analisar o
liquido ruminal observa-se aumento do viscosidade e presença de espuma – nã o ocorre correta sedimentaçã o).
Tratamento: clínico, sonda calibrosa, ó leo mineral, surfactante, antiespumante (silicone, metilcelulose) e se for cirú rgico, ruminotomia.
Profilaxia: Gado de leite: adaptaçã o do parto, uso preventivo de silicone, pastoreio por curtos períodos; Gado de corte: 10-15% da
alimentaçã o com forragem longa, nã o triturar muito os grã os, antibió ticos ionó foros (selecionam bacté rias do rú men).
INDIGESTÃO VAGAL: Síndrome de Hoflund / Estenose Funcional: Disfunçõ es do nervo vago, Alteraçõ es motoras nos pré -estô magos e
Distensã o abdominal moderada a severa.
a- TIPO 1: Falha na Eructação - Alteraçõ es do nervo vago a nível torá cico, Obstruçã o e compressã o esofá gicas e lesã o no trajeto do
nervo vago.
b- TIPO 2: Falha no Transporte Omasal - Orifício reticulo- omasal, Estenose funcional anterior: nã o passa alimento do rú men –
reticulo para omaso. O alimento fica acumulado no rú men.
c- TIPO 3: Abomaso – Estenose Funcional Posterior - - Deslocamento e torçã o do abomaso, compactaçã o do omaso e/ou abomaso,
obstruçã o intestinal e linfoma de abomaso.
d- TIPO 4: Indigestão por Gestação Avançada - - O feto muito grande desloca o abomaso, este se apoia sobre o intestino, nã o
permitindo passagem de alimento. O tratamento é feito pela induçã o do parto. É idiopá tica em mini-bovinos.
SINAIS: anorexia, diminuiçã o da produçã o, emaciaçã o, distensã o abdominal (timpanismo recidivante e crô nico, bradicardia ->
hipermotilidade, atonia -> hipomotilidade, estratificaçã o mal definida).

RETICULITE TRAUMÁTICA E OBSTRUÇÃO ESOFÀGICA

RETICULITE TRAUMÁTICA - A reticulite traumá tica é uma patologia que ocorre devido a ingestã o de corpos estranhos perfurantes
(usualmente pregos, arames e parafusos). Estes corpos ficam retidos nas pregas do retículo causando danos e promovendo o
desenvolvimento da doença.

Epidemiologia - É fundamental, para se fechar o diagnó stico, conhecer a epidemiologia do processo. Estes casos geralmente estã o ligados a
animais criados em confinamento (alimentaçã o em cocho), sendo incomum correr em animais criados a pasto. Quando sã o fornecidas raçõ es
mais secas os nú meros de casos sã o menores uma vez que o animal irá mastigar o alimento mais vezes para umidece-lo, o que nã o ocorre em
raçõ es mais ú midas, em que o animal irá engolir mais rapidamente, aumentando os casos da doença pois nã o irá perceber a presença do
corpo estranho misturada a raçã o.
Patogenia - Quando o animal ingere o corpo estranho este tende a ficar retido no retículo (sã o pesados). Conforme o movimento de
contraçã o do retículo o corpo estranho alojado perfura esta regiã o (geralmente na regiã o crâ nio ventral do pré - estô mago), desencadeando o
processo de reticulite. A perfuraçã o promove um processo inflamató rio e dor, com hipotomia ou atonia da musculatura, prejudicando a
digestã o. Devido a proximidade que existe entre o retículo e o coraçã o, o corpo estranho alojado no retículo pode perfurar o pericá rdio,
desencadeando um processo de retículo pericardite traumática. Alé m do pericá rdio o corpo estranho pode perfurar baço e fígado.
Sinais clínicos - Os principais sinais clínicos apresentados sã o: Mudança de postura devido a dor e exaustã o. Animal afasta os jarretes,
mantem a cabeça abaixada e manté m seu corpo inclinado, Taquicardia (retículo pericardite traumá tica) e Taquipneia, Hipotonia ou atonia da
musculatura do estô mago (digestã o prejudicada), Isolamento do animal, Diminuiçã o da ingestã o de alimento, Sinais de dor (gemido) quando
realiza-se a compressã o da regiã o do retículo ou quando animal é submetido a prova da rampa (ao descer o animal sente dor), Fezes com
presença de muito alimento nã o digerido, Febre e Emagrecimento progressivo, podendo desenvolver cetose.
Exames Complementares - Hemograma: neste exame o principal achado é a existê ncia de um foco de infecçã o no organismo do animal e
Teste do suco ruminoreticular: o pH do suco encontra-se modificado, ligeiramente alcalino.
Tratamento - A cura geralmente se estabelece apó s a dissoluçã o do corpo estranho que tende a se movimentar cada vez menos devido ao
processo inflamató rio: Antibió ticoterapia: é feita como tratamento de suporte para diminuir o foco de infecçã o até que o corpo estranho se
dissolva, Fluidoterapia, Intervençã o cirú rgica: é realizada uma abertura na fossa paralombar ( acesso pelo rú men) e com a mã o, o cirurgiã o
passa pelo pilar retículo ruminal, chegando ao retículo ( observa-se a aderê ncia e presença de secreçã o) para a remoçã o do corpo estranho.
Observação: para o diagnosticar a presença do corpo estranho no retículo pode-se utilizar o detector de metais

Diagnóstico Diferencial - Para diferenciar a retículite de outras patologias que culminam com os mesmos sinais clínicos, utiliza-se como
ferramenta a epidemiologia: Deficiê ncia nutricional, Intoxicaçã o por ureia: a reticulite apresenta-se em casos individuais já a intoxicaçã o por
ureia é uma doença de rebanho e Acidose: esta patologia, desencadeada por diversas causas, tem como sinal clínico a atonia ruminal, sendo
um importante diagnó stico diferencial da reticulite. Em contrapartida a acidose pode ser desencadeada por uma reticulite primá ria, entã o,
por isso, e fundamental conhecer a epidemiologia das doenças para poder diferencia-las.

OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA - Esta patologia esta relacionada a ingestã o de corpos estranhosque ficam alojados no esô fago, prejudicando a
ingestã o de alimentos e eructaçã o. Para investigar a presença de corpo estranho alojado no esô fago utiliza-se palpaçã o e principalmente a
passagem de sonda, além da epidemiologia, que é fundamental para iniciar o diagnó stico. Ainda é possível ofertar alimentos palatáveis ao
animal para verificar se será ingerido ou nã o.
Sinais Clínicos - O principal sinal clínico relacionada a obstruçã o esofá gica é a ausê ncia de eructaçã o, que pode acarretar em problemas
graves, uma vez que o animal produz um litro de gá s por minuto, e se nã o houver a eliminaçã o destes gases o animal irá morrer rapidamente,
sem que tenha tempo para desidratar devido a privaçã o hídrica causada pela obstruçã o. Animal pode apresentar dificuldade respirató ria pois
a expansã o do rú men pode comprimir os pulmõ es.
Diagnóstico e Tratamento - O principal mé todo para diagnosticar a obstruçã o esofá gica é a passagem de sonda, alé m de ser uma manobra
terapê utica, uma vez que empurra o corpo estranho para o rú men, desobstruindo o animal. Quando o corpo estranho chega ao rú men deve-se
realizar uma ruminotomia para a remoçã o. Dependendo a localizaçã o do corpo estranho o veteriná rio pode remove-lo pela boca, sem que
seja necessá ria a abertura do rú men.
Diagnóstico Diferencial - Um dos principais diagnó sticos diferenciais da obstruçã o esofâ gica é a acidose ruminal e pode ser diferenciada
pelo grau de desidrataçã o. Na acidose o animal desidrata rapidamente, diferentemente da obstruçã o em que o animal morre antes de
desidratar. O diagnó stico epidemiologico é fundamental pois a obstruçã o esofá gica pode culminar em acidose.

Nota: comentários do professor(aleatórios) que podem ou não ser cobrados em prova.


a- No timpanismo bolhoso utiliza-se óleo mineral para o tratamento, pois o óleo desfaz as bolhas de gás;
b- Uma vaca em lactose, que produz 32 litros de leite produz 1 quilo de lactose;

ESTUDO DIRIGIDO - 2ª prova de CMAP- II

1) O veterinário foi chamado a uma propriedade, em que se utilizava grande quantidade de concentrado na alimentação dos
animais, visando o aumento de produção. O proprietário da fazenda se queixou que dava bons resultados e que havia uma alta
produção de leite por parte dessas vacas, mas que com o passar dos anos houve uma queda significativa na produção e diminuição
no apetite. Com esse breve histórico, qual seria sua principal suspeita clínica como veterinário responsável? Qual a explicação para
essa queda na produção?
Acidose ruminal crônica. Isso ocorre pois com grande quantidade de carboidrato na dieta, há um aumento das bactérias amilolíticas, que
rapidamente fermentam os alimentos ingeridos. Com isso há uma elevada concentração de AGVs, resultando num líquido moderadamente ácido.
Os ácidos butírico e propiônico estimulam a proliferação no epitélio das papilas ruminais (inicialmente levando a aumento de produção). Quando
esse processo é exagerado ela progride para paraqueratose, as papilas ficam com epitélio muito queratinizado e aglomeram entre si, levando
assim a uma menor absorção.

No caso dessa indigestã o, o problema é causado pelo fornecimento de excessivas quantidades de concentrado, com uma ingestã o contínua ao
longo de prolongado período de tempo, e nã o a exposiçã o sú bita, sem adequada adaptaçã o, que é o caso da acidose lá tica aguda. É uma
doença de vacas de alta produçã o, que sã o levadas até seu limite para produzirem mais. Alé m da proliferaçã o da microbiota amilolítica, que
leva a rá pida fermentaçã o e diminuiçã o do pH como já dito anteriormente, há ainda uma menor mastigaçã o e insalivaçã o, o que ajuda na
diminuiçã o do pH també m. As lesõ es na parede ruminal, devido a acidez, podem fazer com que haja penetraçã o de bacté rias e disseminaçã o
até o fígado, sendo encontrado secundariamente abscessos hepá ticos comumente. Foram atribuídos também a acidose crô nica,
secundariamente, mastite, abomasite, laminite e necrose cerebro cortical ( Bradford P. Smith) Sinais gerais: queda na produçã o, reduçã o de
apetite, acidose crô nica. Dx: clínico, sendo o histó rico importantíssimo como diferencial. Tto: Nã o há , o animal é descartado.

2) Numa propriedade, chamou-se o veterinário, com queixa de que um animal apresentava anorexia, diarréia, motilidade
diminuída e um timpanismo brando. Durante a anamnese, foi relatado que havia sido introduzido concentrado na dieta do animal,
que só se alimentava de capim. Durante o exame clínico não se observou nenhum sinal sistêmico. Qual seria sua suspeita clínica?
Como proceder com o tratamento para esse animal? Qual a explicação para a ocorrência da diarréia nesse caso? Ela deve ser
controlada?
Indigestão simples.
Tto: Medir o pH e fazer a correção. Para alcalinizar utiliza-se bicabornato e para acidificar vinagre. (alcalose ou acidose vai depender do
nutriente causador do problema e de sua resultante degradação fermentativa), Transfaunação, apenas após correção do pH, Hidratação,
Alimentação a base de volumoso

A diarré ia é osmó tica, no entanto nã o deve ser controlada. Com o desequilíbrio do rú mem, a osmolaridade fica aumentada, há entrada de
á gua e consequentemente uma diarré ia. A indigestã o simples é a sequela mais abrupta da mudança de raçã o, decorre da quebra de rotina na
alimentaçã o, como mudança de capim, introduçã o de concentrado, mudança de concentrado, antibió ticos, muita á gua gelada, frutas e etc.
Pode haver um preenchimento alterado do rú men, mas será discreto, alé m dos sinais citados na questã o. Se nã o houver intervençã o, no
má ximo em uma semana o animal volta a se alimentar normalmente e sai do quadro de indigestã o, no entanto, uma semana atrapalhara a
produçã o, devendo entã o ser feita a intervençã o.

3) Qual seria sua suspeita, diante de um animal com diminuição dos sons cardíacos, sem adesão de peritôneo , imobilidade e num
período pós-parto?
Retículo-pericardite traumática.

4) Um animal com dieta a base de capim foi levado para uma fazenda no sul do país, onde a alimentação era feita com leguminosas,
que são ricas em proteínas. Com essa mudança na dieta, qual problema o animal pode desenvolver possivelmente? Como se
procederia o tratamento desse problema?
Alcalose rumInal.
TTO: Correção do pH e transfaunação. Se grave faz ruminotomia, lavagem do conteúdo e correção do pH. Após correção do pH se faz a
transfaunação. Na introdução da alimentação novamente deve ser feito um período de adaptação.

O pH alcalino ocorre quando a taxa de fermentaçã o microbiana é reduzida ( como no caso da ingestã o de leguminosas, que é pobre em fibra. A
baixa taxa de fermentaçã o nã o gera suficiente quantidade de á cido para a neutralizaçã o do pH da saliva.

5) Qual epidemiologia e quais sinais direcionam o medico veterinário a suspeitar que um animal apresenta Acidose lática aguda?
Como é feito o tratamento no caso dessa indigestão?
Esse problema decorre do excessivo consumo de carboidratos prontamente fermentáveis, isso ocorre quando os animais ingerem excessos de
alimentos concentrados,como subitamente expostos aos alimentos sem adaptação, ou devido ao acesso acidental a esses alimentos. Esses
alimentos incluem grãos de cereais, frutas e tubérculos. O animal se encontrará com desidratação intensa, anúria, hipóxia, acidose sistêmica,
ruminite tóxica, destruição do epitélio.
O tratamento consiste em muito fluido parenteral e enteral, ruminotomia retirando o conteúdo com água morna, normalização de pH,
transfaunação, pectina para proteção da mucosa, antibioticoterapia, antinflamatatórios. É emergencial, mesmo assim costuma-se salvar menos
de 50 % dos animais com esse problema.

Com uma dieta rica em carboidrato solúvel há o crescimento das bacté rias amilolíticas. Num primeiro momento, os AGV em grande
quantidade se acumulam havendo uma diminuiçã o no pH ruminal muito rá pido, com isso aumentam as bacté rias á cido resistentes e morrem
as bacté rias celulolíticas, sobrando principalmente, lactobacilos e Strep. bovis. Essas bacté rias vã o produzir á cido lá tico que será corrosivo,
atacando a parede da mucosa ruminal. esses eventos irã o levar a uma diminuiçã o da motilidade ruminal. A acidez vai para corrente sanguínea
provocando acidose sistê mica e choque sé ptico. A estratificaçã o é quase zero, é perdido muito líquido para o rú mem , encontrando-se o
animal extremamente desidratado. O tratamento é extremamente emergencial, ainda assim salvando-se apenas 30 a 40 % dos animais,
e ainda podendo deixar sequelas.
6) Quais sinais clínicos e qual epidemiologia e fatores condicionantes para que se suspeite de um Deslocamento de Abomaso. Qual
seu tratamento?
O deslocamento abomasal é comum em vaca HPB (holandesa preta e branca), de alta produção, devido a sua profundidade, geralmente tem
predisposição no pico de lactação, no pós parto (90% nas primeiras 6 semanas pós-parto), escore corporal alto no parto, dietas com muito
concentrado e pouca fibra, e falta de exercício.
Os sinais são queda na produção de leite, apatia, apetite seletivo, recusando concentrado, diminuição do apetite, olhos retraídos na órbita,
cólicas, timpanismo, dilatação do abomaso, estrutura com forma de meia lua no antímero correspondente ao lado do deslocamento, ping
metálico ( ultrapassando a última costela). No caso de torção e volvulo haverá apatia severa, decúbito, vocalização, distensão severa do lado D,
desidratação severa, aumento frequência cardíaca e respiratória e temperatura, mucosas pálidas, secas e frias, pulso fraco.

O deslocamento do abomaso, ocorre no lado direito(DAD) ou no lado esquerdo(DAE) do abdô men, onde o gá s se acumula no interior daquela
víscera. O DAE é o mais frequente. A atonia do abomaso, causada por concentraçã o anormalmente elevada e AGVs, e pela contínua
fermentaçã o microbiana do material ingerido, leva ao acú mulo de gases e a resultante distensã o. A hipocalcemia, por levar a queda do tono da
musculatura, pode també m contribuir para atonia do abomaso e consequentemente acú mulo de gá s, distensã o e deslocamento. Durante o
DAD pode haver o vó lvulo do abomaso, necessitando assim de de intervençã o cirú rgica com emergência.
O tratamento será dieta sem grã os, apenas com volumoso de qualidade, antiespasmó dico, corrigir eletró litos, transfaunaçã o. No caso de
volvulo e torçã o o tratamento é apenas cirurgico, também para descompressã o e omentopexia ou abomasopexia.
DAE : deslocamento completo ou parcial do abomaso dilatado, entre rú mem e a parede ventrolateral do abdô men , sendo sua posiçã o mais
usual no flanco esquerdo inferior.
DAD: Nesse caso pode ser sem torçã o ou com torçã o ou volvulo. Sem torçã o, o abomaso se enche de gá s, mas permanece do lado direito,
posicionando entre o fígado, e a parede abdominal D, em casos muito graves pode estender-se caudalmente para a regiã o pé lvica.
Com torçã o ou volvulo, o abomaso sofre uma obstruçã o vascular e lesã o isquê mica.

7) Cite os achados clínicos da Retículo Pericardite/peritonite traumática.


•Peritonite aguda local : Anorexia completa ,queda brusca na produção, dor abdominal, reluta em movimentar-se , decúbito ,
arqueamento do dorso “Encolhido”, defecação e micção dolorosas, Aumento de temperatura (39,5°-40°C) , FC - 80 bpm e FR - 30 mpm, respiração
superficial.
•Peritonite crônica local : Apetite e produção não retornam ao normal , Dor não evidente, Marcha lenta, Gemidos ,Ruminação
deprimida, Timpanismo moderado crônico, Fezes firmes e secas, Distensão aparente do abdome.
•Peritonite aguda difusa: Toxemia profunda (após a peritonite local) , Cessam os movimentos do trato alimentar , Depressão ,
Temperatura elevada ou subnormal , Fc 100-120 por minuto ,Dor à palpação (parede abdominal ventral) ,Colapso agudo – falência circulatória
periférica – não há respostas à dor.
 Pericardite: edema de barbela, pulso venoso positivo, sons cardíacos abafados.

8) Quais membros são mais afetados pelos problemas de casco em bovinos? Por que?
O bovino, nas patas anteriores, suporta maior pressão nas unhas mediais, e nas patas posteriores nas unhas laterais. A maior incidência de
problemas podais ocorrem nas unhas laterais das patas posteriores, onde se tem um aumento periódico do peso, quando a vaca anda.

9) Como deve ser feita a profilaxia para os problemas de cascos em bovinos?


A profilaxia ideal é feita com casqueamento, pelo menos uma vez ao ano, de preferência com a vaca seca, deixando o peso equilibrado, espaço
entre as unhas para diminuir a anaerobiose; pedilúvio para prevenção 2 a 3 passadas por semana,em soluções como formalina, sulfato de cobre,
hipoclorito de sódio, antibióticos (caro); e ainda deve ser feita adequação no manejo melhorando o conforto e higiene das instalações, nutrição
balanceada, correção funcional periódica dos cascos, seleção genética para cascos.

10) Quais vantagens e desvantagens na amputação para o tratamento dos problemas de casco em bovinos?
A amputação de unha acometida por alguma afecção podal pode ser uma boa alternativa por ser mais barata, de rápida recuperação e retirar
totalmente o tecido infectado. Tem como desvantagem uma vida produtiva reduzida, não responde bem em animais pesados e o defeito é
aparente.

Com o melhoramento gené tico, os animais aumentaram sua capacidade reprodutiva, respirató ria, tamanho dos tetos e capacidade de
produçã o de leite. No entanto, o melhoramento das pernas e pé s nã o acompanhou, por nã o haver tanta preocupaçã o com isso e por ter
baixa herdabilidade. Atualmente as afecçõ es podais se tornaram a terceira maior causa de prejuízos econô micos na produçã o leiteira, esses
prejuízos se devem a descarte e reposiçã o de animais, veteriná rio, medicamentos, diminuiçã o da ingestã o alimentar, levando a menor
produçã o, queda na reprodutividade, demora em ciclar, estro nã o observado, infertilidade, menor resistê ncia e doenças concomitantes, alé m
de perda do valor comercial do animal e diminuiçã o da sua vida ú til. Essas afecçõ es sã o multifatoriais, envolvendo fatores gené ticos como
conformaçã o, frouxidã o dos ligamentos, aprumo; fatores individuais como idade , estresse, lactaçã o, gestaçã o, peso; fatores nutricionais
relacionados com a proporçã o entre volumoso e concentrado, suplementaçã o de minerais; fatores ambientais como higiene, umidade, calor,
piso duro, pedras, á spero. O bovino, nas patas anteriores, suporta maior pressã o nas unhas mediais, e nas patas posteriores nas unhas
laterais. A maior incidê ncia de problemas podais ocorrem nas unhas laterais das patas posteriores. A taxa de crescimento das unhas dos
bovinos é cerca de 5 a 6 mm por mê s, em pisos muito duros o desgaste pode ultrapassar a taxa de crescimento, principalmente nos talõ es que
sã o mais macios. As pinças podem ter um supercrescimento por serem mais duras e desgastarem menos, levando a um aumento na pressã o
no talã o, muito comum em vacas em está bulos e em algumas vacas livres. O diagnó stico das afecçõ es podais deve ser feito com um
histó rico minucioso do animal e de todo o rebanho, quanto ao manejo, a alimentaçã o , as instalaçõ es, o escore corporal. Primeiramente
deve ser feito uma inspeçã o em estaçã o, seguido de inspeçã o em marcha para a avaliaçã o da localizaçã o e grau da claudicaçã o: GRAU 1:
Normal - GRAU 2: Leve anormalidade, claudicação não óbvia - GRAU 3: Leve, claudicação leve e inconsistente - GRAU 4: Moderada,
com alteração de comportamento - GRAU 5: Severa, não apóia o membro no chão .
Posteriormente se faz inspeçã o de todas as regiõ es do casco avaliando sensibilidade e lesõ es, com auxilio da rineta e pinça de casco. Podendo
utilizar també m auxílio de bloqueio anesté sico regional da regiã o mais distal para regiã o mais proximal, para encontrar o local da lesã o.
As principais afecçõ es:

Dermatite interdigital: Inflamaçã o superficial da pele do espaço interdigital, provocada por bacté rias, favorecida por falta de higiene e
umidade. Lesõ es limitadas à pele, que fica espessada, inchada, e com crostas. O tratamento corte curativo e limpeza da ferida.
Dermatite digital: Dermatite verrucosa ou Doença de Mortellaro: è uma infecçã o da pele acima da coroa,junto ao talã o, muito dolorosa,
acometendo principalmente membros posteriores.É favorecida pela falta de higiene, aumento da umidade, concentraçã o de animais e
introduçã o de animais infectados. Aparece em surtos e tem rá pida disseminaçã o. A lesã o é característica e o diagnó stico é clínico e
epidemioló gico (surtos). O tratamento nos casos individuais é o casqueamento corretivo, oxitetraciclina em pó na lesã o, e bandagem e em
caso de surtos se utiliza pedilú vio. Pode ser observado no espaço interdigital também.
Fleimão interdigital: Inflamaçã o profunda da pele no espaço interdigital, principalmente em animais em pastoreio e estabulados em cama
de palha. Provocado por bacté rias e traumatismos. No início há uma coxeira ligeira, inflamaçã o da coroa, talõ es e quartela e posterior
afastamento dos dedos.
O tratamento é feito com o corte curativo, limpeza geral dos cascos e antibió ticos.
Erosão do talão: Destruiçã o do tecido có rneo a nível dos talõ es, devido a exposiçõ es a agentes químicos, físicos, ou microrganismos como
Dichelobacter nodosus e Fusobacterium necrophorum. O tratamento é remoçã o do tecido lesado e bandagem.
Pododermatite séptica ( podridão dos cascos, broca): Inflamaçã o com infecçã o do tecido có rneo devido a penetraçã o de bacté rias,
devido a umidade que leva a amolecimento dos cascos. Fusobacterium necrophorum.Predisposto por tecidos á spero e duros, ou
quebrado, cimento novo, corpo estranho, casco mole, umidade, sujeira, laminite assé ptica.
Os sinais sã o claudicaçã o e destruiçã o do tecido có rneo. O tratamento é feito com limpeza, bandagem e antibió tico e pode ser feita a retirada
cirú rgica da regiã o afetada
Hiperplasia interdigital ( tiloma, fibroma, calo, gabarro) - Proliferaçã o da pele, com neoformaçã o de tecido firme que ocupa o espaço
interdigital.
Laminite: Metabó lica, leva a deformaçõ es nos cascos caracterizada por crescimento anormal dos mesmos. Como o custo com o tratamento e
o veteriná rio sã o caros, além dos prejuízos com a perda de produçã o e queda reprodutiva, além de outros prejuízos indiretos, a melhor forma
é identificar os pontos fracos e corrigi-los, investindo numa profilaxia.

11) No Complexo da Doença Respiratória Bovina, como se suspeitar clinicamente se tem origem viral, ou origem bacteriana?
Nas viroses de origem viral a febre geralmente é mais alta e a descarga nasal é serosa, enquanto nas bacterioses se tem um comprometimento
mais grave, sendo a descarga nasal purulenta.

12) Como é feito o tratamento do Complexo da Doença Respiratória Bovina?


Antibioticoterapia ( penicilina ou norfloxacina e - Gram + ; e no caso de Gram - se associa gentamicina) e AINE - flunexina meglumina,
fenilbutazona, diclofenaco. Usados no máximo 3 dias, para evitar úlceras abomasais.

Devemos propiciar aos animais enfermos, abrigos que os protejam da chuva, ventos frios ou sol quente. Nã o devem ficar aglomerados,
devendo ser fornecido alimento da melhor qualidade.( Bradford P. Smith)
O complexo da doença respirató ria dos ruminantes, consiste na broncopneumonia, e é causado por numerosos agentes infecciosos e suas
combinaçõ es, defesas comprometidas do hospedeiro, e condiçõ es ambientais. Diversos agentes bacterianos, usualmente combinados com
fatores virais, que facilitam a entrada bacteriana, sã o isolados de broncopneumonia.
Epidemiologia: Molé stia de causas multifatoriais. Os agentes sã o presentes na populaçã o bovina e produzem a doença apenas quando as
defesas do hospedeiro estã o reduzidas por estresse, deficiê ncias minerais, ou outras doenças concomitantes.
Prevenção e controle: Controle ambiental,vacinaçã o, tratamento dos doentes, em caso de surto tratamento em massa, diminuiçã o do
estresse com transporte, manejo de cirurgia de campos e melhora no manejo do desmame.

Teve uma questã o do Paulo que falava sobre retículo peritonite. Ele falava que o animal recusava se movimentar e outras coisas, mas nã o
falava nada de sinais circulató rios.. Muita gente colocou RETICULOPERICARDITE, e errou, pq como nã o tinha nenhum sinal como edema de
barbela, pulso venoso positivo, estase venosa, nã o pode ter pericardite, o certo é RETICULOPERITONITE TRAUMÁTICA. A nã o ser que ele fale
dos sinais de insuficiê ncia cardíaca.

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