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2021
Sumário
Página 2 de 54
E
coli.....................................................................................................................................
.............................03
Salmonella.........................................................................................................................
..............................10
Actinobascilose..................................................................................................................
...........................15
Actinomicose.....................................................................................................................
............................18
Dermatofilose.....................................................................................................................
...........................20
Carbúnculo
Hemático............................................................................................................................
.....23
Clostidiose.........................................................................................................................
..............................30
Encefalite
Equina................................................................................................................................
..........45
Herpes virose
Equina................................................................................................................................
..48
Diarreia
Viral....................................................................................................................................
...............52
Doença das
mucosas............................................................................................................................
......55
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Colibacilose – E coli
Etologia do agente:
A colibacilose é definida como qualquer afecção causada
em animais de sangue quente ou no homem que tenham
como agente causador a bactéria gram negativa em
forma de bastão, Escherichia coli, microorganismo
naturalmente encontrado na flora intestinal dos indivíduos,
mas que possui diversas apresentações, das quais
algumas são potencialmente causadoras de doenças e
outras são oportunistas.
Características:
Bactéria Escherichia coli (Gram -), possui mais de 150 sorotipos (reação imunológica
–ação de imunoglobulinas).
- Fatores predisponentes:
→ Falhas de higiene:
→ Aglomeração.
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- Porta de entrada: mucosa do aparelho digestivo, uretra, via oro-nasal e canal galactófaro.
Fatores de virulência:
- Antígenos (proteínas) de superfície (epítopos)
→ Somáticos - O
→ Capsulares - K
→ Flagelares - H
→ Fimbriais – F
▪ STa: ativa a GNP cilase (guanidil ciclase): inibe a absorção de sódio e de cloreto na
membrana intestinal.
→ Verotoxina – VT: causa lesão, que abre uma porta para entrar no endotélio vascular e
nos enterócitos
→ Fator necrosante citotóxico – CNF: CNF1 e CNF2 alteram a função de proteína celular.
Patogenia:
- Equilíbrio da microbiota: ao nascer o trato intestinal é estéril e, depois ele vai sendo
rapidamente colonizado por coliformes, lactobacilos e anaeróbios obrigatórios. A E. coli
coloniza em pouca quantidade o intestino delgado e em grande quantidade no intestino
grosso. A localização no trato intestinal e a relação da idade do hospedeiro com diferentes
cepas parecem estar relacionados com a presença ou ausência de receptores para
fímbrias específicas nas células epiteliais.
- Equilíbrio intestinal: é mantido por vários fatores, como (1) pH baixo (quantidade de ácido
secretado no estômago altera a população de espécies de Lactobacillus, anaeróbias
facultativas, Gram positivas); (2) ingestão de imunoglobulinas e outros fatores de proteção
do colostro e leite; (3) estabelecimento dos lactobacilos como microrganismos dominantes
no estômago e intestino delgado; e (4) bactérias anaeróbias que são as mais prevalentes
no íleo e cólon.
⮚ Enterotoxigênico (ETEC)
→ Bezerros: acomete animais com menos de uma semana de idade e causam diarreia.
⮚ Enteropatogênico (EPEC)
- Além da diarreia aquosa e com muco (normalmente com sangue) decorrente dos danos
às vilosidades, o animal também apresenta febre e desidratação.
- Embora todo trato intestinal possa ser acometido, o cólon é o local mais comumente
afetado.
- Costumam ocorrer em bezerros de 2 dias a 4 meses de idade, mas também pode ocorrer
em bezerros com mais de 4 meses de idade, provocando deficiência na absorção e
digestão e perda de proteína.
- A EPEC está associada à falta de higiene e saneamento básico, sendo que crianças de
baixo nível socioeconômico estão frequentemente expostas à EPEC e geralmente
adquirem imunidade após o primeiro ano de vida.
⮚ Entero-hemorrágico (EHEC)
- Vacinas (bacterinas comerciais) não costumam proteger contra estes tipos (uso vacinas
autógenas?).
- O tipo clássico de colite hemorrágica em humanos é causado pela cepa O157:H7. Essa
cepa causa diarreia sanguinolenta e ocasionalmente falha renal. A via de transmissão é
fecal-oral, contato direto ou pela ingestão de alimentos (carne bovina mal cozida, vegetais
crus, leite contaminado e água contaminada).
- Muitas cepas produzem uma exotoxina que é uma hemolisina (HylA), a qual é capaz de
formar poros na membrana celular.
- Em suínos são responsáveis por quadros como cistite, uretrites, prostratites, e mesmo
pielonefrites.
→ Pneumonia;
→ Feridas;
→ Abortamentos.
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Sinais clínicos:
→ Diarreia aquosa (mais frequente e principal causa de morte neonatal)
→ Septicemia
Profilaxia:
Medidas relativas às fontes de infecção:
Medidas Gerais:
Diagnostico:
Tratamento:
Terapia de suporte e cuidados gerais:
o Não suspender o leite por mais de 24 horas para não deixar o filhote fraco;
contraindicados.
Salmonella
Etologia do agente:
Salmonella é um gênero de bactérias, em forma de
bastonete, gram negativos, moveis, não esporulam,
anaeróbios facultativos, pertencentes à
família Enterobacteriaceae. Nesse gênero, podem ser
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Fatores de virulência:
⮚ Endotoxina: lipopolissacarídeo, além de contribuir para a resistência à ação do
complemento e desempenhar uma função importante na colonização do epitélio
intestinal.
- Suportam pH entre 4 e 9;
- Sensíveis a:
→ Peróxido de hidrogênio
→ Ácido acético
→ Ácido lático
→ Cloro
→ Formaldeído
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→ Fenóis
→ Glutaraldeído
→ Amônia quaternária
→ Iodo
Patogenia:
- A evolução da doença depende do sorotipo e do hospedeiro.
- A enterite aguda acomete animais adultos de todas as espécies. Ela gera febre alta (que
pode diminuir com o início da diarreia), diarreia líquida intensa com muco ou sangue,
palpação retas, dor abdominal, anorexia, desidratação, toxemia (alteração de
permeabilidade vascular e extravasamento de sangue subcutâneo na pele, formando
petéquias em suínos) e morte em 75% dos casos sem tratamento.
- A enterite crônica é comum em suínos, bovinos e equinos adultos após um surto. Causa
febre moderada, diarreia intermitente ou persistente que pode apresentar muco ou sangue,
perda de peso e perda de produtividade. Além disso, os animais são fonte de infecção,
podendo passar ao agente etiológico para os demais animais do rebanho e para os
filhotes.
Salmonelose bovina
o Surtos graves são raros, mas estresse, restrição hídrica ou alimentar podem
desencadear o quadro;
Salmonelose ovina
Salmonelose caprina
o Rara;
Salmonelose suína
Salmonelose equina
o Ocorrência esporádica;
o Rara;
Sinais clínicos:
Entre seus sintomas, estão febre, dor de cabeça, falta de apetite, náuseas e vômitos,
diarreia com ou sem presença de sangue e dor abdominal.
Profilaxia:
✔ Controlar fontes de infecção;
✔ Controlar fatores de risco;
✔ Higiene;
✔ Desinfecção;
✔ Vacinação;
✔ Uso profilático de antibióticos (controverso = resistência?);
✔ Água e alimento de qualidade e de origem controlada.
Diagnostico:
o Necrópsia;
o PCR;
o Aglutinação.
Tratamento:
O tratamento consiste em hidratação e alívio dos sintomas. O uso de antibióticos só ocorre
em alguns casos, conforme necessidade e indicação médica.
o Tratamento de suporte;
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o Antibioticoterapia:
Actinobascilose
Etologia do agente:
A actinobacilose, também conhecida como “língua de pau” ou
“língua de madeira”, é uma doença infecciosa, não contagiosa,
crônica e granulomatosa que acomete os tecidos moles de
bovinos, resultando no aparecimento de piogranulomas com
presença de drusas no seu interior.
● Família Pasteurellaceae
● Cocobastonete
● Gram negativo
● Cresce em ágar sangue
● Não hemolítico
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Características:
● Doença infecciosa (bactéria) não contagiosa (não transmitida pelo contato direto),
crônica e piogranulomatosa
● Afeta os tecidos moles
● Sinonímia: Língua de pau
● Comensal de TGI
● Invasão oportunista
● Qualquer idade e sexo pode ser afetado
● Ocorrência esporádica, raramente surtos
● Solução de continuidade
● Forragens abrasivas ou espinhosas
Epidemiologia:
● Fonte de infecção: animais com lesões supuradas ou portadores
● Via de eliminação: secreções eliminadas a partir das lesões
● Via de transmissão: ambiente e alimentos contaminados
● Porta de entrada: mucosas com solução de continuidade (lesão)
● Susceptíveis: bovinos (lesões em língua e linfonodos)
● Raro: ovinos, suínos, equinos e humanos (lesões em pele)
Patogenia:
A doença divide-se em três formas: forma que afeta os linfonodos, forma lingual e forma
pulmonar. Estas lesões possibilitam a instalação do agente etiológico no local e alcança
os linfonodos regionais e outros órgãos, por via linfática ou hemática.
Sinais clínicos:
● Salivação intensa
● Movimentos mastigatórios
● Dificuldade de se alimentar
● Glossite difusa: língua dura, sensível e dolorosa
● Lesões: lábios, palato, faringe, fossas nasais e face
● Linfadenite em região de cabeça e pescoço, linfonodos aumentados e indolores
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Profilaxia:
A profilaxia dessa doença é realizada através do isolamento de animais doentes,
impedindo que ocorra contaminação de alimentos devido à secreção de lesões, bem como
evitar uma dieta com alimentos grosseiros que podem causar ferimentos na cavidade
bucal.
Diagnostico:
• clínico • laboratorial
Tratamento:
O tratamento é feito com o uso de antibióticos à base de penicilina, sulfas ou
estreptomicina, administrada por via muscular, durante 5 a 7 dias, associada com solução
de iodeto de potássio a 10% na dose de 1g/12kg de peso vivo, por via intravenosa, dose
única.
Intoxicação:
● hipersalivação, anorexia e vômito
● Antibioticoterepia:
● Penicilina e aminoglicosídeos
● Sulfonamidas
● Isoniazida oral 10 a 20 mg/kg por 30 dias
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Actinomicose
Etologia do agente:
A actinomicose é uma doença anaeróbica hematogênica que pode
ser aguda ou crônica e é raramente invasiva, causada pela bactéria
do gênero Actinomyces spp, que geralmente faz parte da flora
comensal de regiões como a boca, trato gastrointestinal e
urogenital.
Características:
● Gram positivo
● Anaeróbios facultativos
● Bacilos imóveis
● Zoonose
● Formam filamentos
● Microbiota normal de cavidade oral
● Invasão oportunista
● Qualquer idade e sexo pode ser afetado
● Ocorrência esporádica, raramente surtos
● Solução de continuidade (lesão em mucosa, erupção de dentes)
● Forragens abrasivas ou espinhosas
Epidemiologia:
Fonte de infecção: animais com lesões ou portadores
Susceptíveis: bovinos
Patogenia:
Os Actinomyces spp são agentes de baixa patogenicidade e necessitam de ruptura da
barreira da mucosa para causar doença. A actinomicose, em geral, ocorre em pessoas
imunocompetentes, mas pode se manifestar também em pacientes com comprometimento
imune.
Uma vez estabelecido no local, o organismo pode se espalhar de forma progressiva para
os tecidos circundantes. A infecção tende a se espalhar sem considerar as barreiras
anatômicas, incluindo os planos fasciais e os canais linfáticos. A actinomicose leva à
infecção crônica, supurativa, acarretando fibrose densa com disseminação por outros
tecidos e fistulização.
Sinais clínicos:
● Dificuldade de mastigação
● Perda de alinhamento dos dentes
● Tumefação de consistência dura indolor no início
● Dor e perda dos dentes com o avançar do quadro
● Ulceração da pele, fistulas, presença de pus
● Emagrecimento progressivo e emaciação
Tratamento:
O tratamento da actinomicose consiste na administração de antibióticos e, em alguns
casos, na realização de uma cirurgia para a remoção de tecido infectado.
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Dermatofilose
Etologia do agente:
A dermatofilose é uma doença bacteriana que tem como
agente o Dermatophilus congolensise, responsável por uma
dermatite altamente exsudativa (lesão muito úmida), e a
dermatofitose, conhecida popularmente como “tinha”, que é
uma micose causada por fungos dermatófitos do
gênero Microsporum e Trychophyton.
Características:
● Actinomicetos
● Citologicamente: são procariotos
● Morfologicamente: assemelham-se a fungos – produzem esporos assexuais e
possuem micélio (hifas)
● Bactéria (actinomiceto) gram-positiva anaeróbica facultativa
● Zoosporos móveis em forma de cocos
● Encontrados no solo e pele de animais saudáveis
● Potencialmente zoonótic
● Doença caracterizada por dermatite pustular exsudativa infecciosa não pruriginosa
● Sinonímias:
● Senkobo
● Estreptotricose cutânea
● Dermatite micótica (mas não é fungo!)
● Não confundir com dermatofitose (este sim é fungo)
● Importância econômica: desvalorização do couro e lã
Epidemiologia:
Fonte de infecção: portadores saudáveis e doentes
Fatores de risco
● Clima úmido e quente (pele úmida)
● Traumas em pele (tosquia, picadas de inseto, lesões)
● Falhas de manejo (higiene, estresse, nutrição)
Patogenia:
● Lesão em pele
● Invasão e multiplicação
● Formação de microabcessos e crostas
● Regeneração da epiderme
● Crostas
Sinais clínicos:
● Pápulas foliculares e não foliculares, pústulas, rapidamente elas se coalescem e se
tornam exsudativas
● Lesões ativas contêm pus espesso, cremoso, amarelado ou esverdeado que se
adere à superfície da pele e superfície interna das crostas
● Esses exsudatos formam crostas e os pêlos ficam grudados
● Lesões inicialmente no dorso, depois observadas no escroto, períneo, úbere e
porções distais dos membros
● Peles claras (focinho, porção distal dos membros) são mais afetadas e podem
exibir eritema como resultado de fotodermatite
● Lesões dolorosas mas não pruriginos
Profilaxia:
● Remover fatores predisponentes
● Melhorar higiene, nutrição e práticas de manejo
● Evitar traumas em pele
● Controle de insetos e artrópodes
● Evitar traumas mecânicos na pele
● Animais afetados devem ser isolados • Animais previamente infectados não
desenvolvem imunidade significativa.
Diagnostico:
● Coloração e/ou cultura de pus ou crostas
● Biópsia de pele
● Diferencial
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● Dermatofitose
● Foliculite e furunculose por estafilococos
● Pênfigo foliáceo
Tratamento:
O tratamento é realizado em duas formas associadas: tratamento tópico (pulverização com
substâncias à base de iodo, ácidos e sulfatos) e tratamento parenteral (administração de
antibióticos com o princípio ativo à base de oxitetraciclina, estreptomicina, penicilina G,
procaína entre outros).
● Lesões localizadas
● Remoção das crostas (cuidado com contaminação ambiental)
● Tratamento tópico com clorexidina ou iodo-povidine
● Animais com lesões disseminadas e quadros crônicos
● Antibioticoterapia sistêmica (penicilina procaína + estreptomicina ou eritromicina)
Carbúnculo Hemático
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Etologia do agente:
● bactéria Bacillus anthracis
● bactéria anaeróbica
● imóvel
● capsulada
● gram-positiva
Sua forma vegetativa é muito sensível, sendo destruída através da pasteurização, por
agentes químicos e durante a putrefação de cadáveres. No entanto, os esporos são
altamente resistentes, sobrevivendo à dessecação por anos, agentes químicos e calor.
Características:
● É encontrado nos solos, principalmente de onde já ocorreu a doença, pois
sobrevive por vários anos.
● Quando em meio aeróbico, os bacilos originam pequenos corpúsculos, conhecidos
como esporos.
● Esta bactéria produz toxinas, destacando-se um “fator edema” e um “fator letal”.
● Sua forma vegetativa é muito sensível, sendo destruída através da pasteurização,
por agentes químicos e durante a putrefação de cadáveres.
● Esporos são altamente resistentes, sobrevivendo à dessecação por anos, agentes
químicos e calor, radiação UV, desinfetantes
● Carbúnculo (carvão): aspecto enegrecido da cavidade abdominal dos animais
mortos
● Sinonímias: Carbúnculo Hemático, Antraz, Carbúnculo Verdadeiro, Febre do baço,
Pústula Maligna.
Epidemiologia:
Geralmente, a via de infecção é a oral, através da mucosa da faringe e do intestino,
podendo os esporos ser ingerido através da água, rações e pastos contaminados.
Via de transmissão: por solo, alimento ou água contaminados por esporos ou formas
vegetativas. A infecção ocorre geralmente pela ingestão de esporos presentes no solo
Patogenia:
Acidentalmente pode ser transmitida ao homem, ocorrendo três tipos de infecção: cutânea
(mais comum), inalatória e gastrointestinal.
A bactéria produz uma potente e complexa exotoxina, composta por três frações
termolábeis que além do caracter antigênico, determinam a potência da amostra em
função da suas combinações. São elas:
a) Fator I - fator edematoso (EF): é uma adenilase-ciclase sendo responsável pela
formação de edemas;
b) Fator II - fator antígeno protetor (PA): enzimas que potencializam as outras
frações, sendo inativa quando sozinhas;
c) Fator III - fator letal (LF): que é essencial para o efeito letal da toxina do B.
anthracis sobre o organismo animal.
Estas frações quando sozinhas não possuem efeitos tóxicos no organismo, porém as suas
combinações as tornam extremamente potentes causando efeito letal (PA+FL), efeito
edematoso (EF+PA) e edema, necrose e efeito letal quando presente as três frações
juntas.
MORTE:
Sinais clínicos:
⮚ RUMINANTES
o Forma super aguda - 1 a 2 horas
o Forma aguda - 2 dias
o Forma sub-aguda- até 8 dias
o Septicemia e morte rápida (em torno de 1 a 24 horas após os primeiros sinais)
⮚ EQUINOS
o Aguda, varia com o modo de infecção
o Ingestão = septicemia = enterite e cólica
o Picada de inseto = grandes áreas de tumefações edematosas doloridas e firmes
(pescoço, do abdome e tórax, nos membros, região perineal e genitália externa)
o Febre alta, depressão, dispneia
o Quando a rota de infecção é a digestiva, a lesão primária pode estar na garganta
e intestino e a morte pode ocorrer pela reação local sem septicemia – asfixia
⮚ SUÍNOS
o Relativamente resistentes
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Profilaxia:
o Notificação aos órgãos oficiais
o Estabelecimento de quarentena
o Incineração ou depósito em cova profunda dos animais mortos, dejetos e fômites
o Desinfecção de estábulos e equipamentos usados no manejo
o Isolamento dos animais doentes e remoção dos animais sadios
o Uso de repelentes ou de inseticidas
o Controle dos abutres que se alimentam de animais mortos
o Pessoas que estão em contato com animais doentes devem tomar cuidados
sanitários, para sua própria segurança e para prevenir a disseminação da doença
o Em casos suspeitos, suspender o abate e notificar o serviço veterinário oficial
PROFILAXIA
o Vias de transmissão
– Cremação: não-recomendada
o Suscetíveis (Humanos)
– Vacinação
– Suscetíveis (Animais)
o Vacinação
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– Revacinação anual
– Suspender a vacinação quando houver decorrido três anos sem novos casos da doença
Diagnostico:
A necropsia não é muito indicada devido ao risco de contaminação, sendo realizada
apenas quando se pretende realizar um diagnóstico laboratorial, que pode ser um
esfregaço sanguíneo de animais que morreram recentemente ou ainda estão agonizando;
outro material que pode ser utilizado neste exame é o osso da canela.
o Presuntivo
o Epidemiológico
o Patológico
o Bacterioscópico (esfregaço)
o Definitivo – Cultura – Inoculação em animais de laboratório – Material – Sangue
recém-eliminado das narinas (papel de filtro ou zaragatoa) fragmento de orelha,
osso de canela desarticulado.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
o Clostridioses
o choque por raio
o leptospirose aguda
o hemoglobinúria bacilar
o tristeza parasitária
o intoxicações agudas por plantas tóxicas
Tratamento:
Para o tratamento utiliza-se soro anticarbunculoso para neutralizar a toxina liberada pelo
bacilo, geralmente combinado com antibióticos como penicilina, por exemplo, que é eficaz
no combate ao bacilo, inibindo a multiplicação do agente.
• Resistência:
Solos →+ de 15 anos
• Fatores de virulência:
o Exotoxina →termolábil
o Fração I: toxina do edema
o Fração II: antígeno protetor
o Fração III: toxina letal
o Isoladamente: inócuas
o Conjunto: hemoconcentração, distúrbios eletrolíticos, insuficiência renal aguda,
anoxia terminal e choque
Clostidiose
Etologia do agente:
O grupo de infecções e intoxicações causadas por
bactérias anaeróbias do gênero Clostridium são
chamadas clostridioses, e são altamente letais.
Características:
o Bacilos anaeróbicos
o Gram positivos – móveis (exceto C. perfringens)
o esporulados – produtores de uma ampla gama de toxinas potentes e letais 1 2 3 4
M.E.T.
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Patogenia:
Essas bactérias produzem toxinas que, consequentemente, causam lesões nos órgãos e
tecidos dos animais. Na maioria dos casos, a bactéria coloniza algum tecido animal e
produz suas toxinas, tendo como exceção o botulismo, onde o animal ingere a toxina
pré-formada ao ingerir alimento e/ou água contaminados.
Clostridium tetani
Etologia do agente:
Tétano é uma toxi-infecção altamente letal que acomete todos os mamíferos, porém os
eqüinos, constituem a espécie mais sensível, devido a penetração da toxina.
A doença é causada pelo C. tetani, uma bactéria encontrada no solo, naqueles onde há
frequente adubação de fezes de animais domésticos.
Ela produz esporos e podem se manter infectantes no solo por períodos superiores à 40
anos.
O tétano ocorre quando feridas são infectadas com esporos. Após, essas bactérias produz
uma potente neurotoxina a tetanospasmina e a tetanolisina e a não espanogenica
Característica:
o Bactéria
o Gram positiva
o Anaeróbicos estritos
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Epidemiologia:
Via de transmissão: o C. tetani, em sua forma esporulada, está presente nas fezes dos
animais e no solo contaminado por estas fezes, em sedimentos marinhos, nos intestinos
de animais e de humanos, em águas putrefatas, em instrumentos perfuro cortantes
enferrujados, na poeira, etc.
A bactéria Clostridium tetani, que vive no intestino de animais, pode ser encontrada no
solo, poeira e fezes. Ela produz esporos que, ao entrarem em contato com ferimentos,
tecidos necrosados e tecidos queimados, podem provocar o desencadeamento da doença.
Muitas pessoas associam a doença a objetos enferrujados, pois eles ficam muito tempo
expostos e, portanto, mais sujeitos ao contato com o bacilo tetânico.
Susceptíveis: mamíferos, sendo que os cães mais jovens são os mais susceptíveis e são
os que desenvolvem os sinais clínicos de mais gravidade.
a) Tetanolisina:
⮚ hemolítica
⮚ aumenta necrose tecidual e ação antifagocítica
⮚ Toxina não espamogênica
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⮚ neurotóxica (SNP)
⮚ paralisia de sistema nervoso periférico
Após a ligação, esta toxina se espalha pelo sistema nervoso central, ascendendo os
nervos periféricos até a medula espinhal. Neste local, a toxina se conjuga com os
interneurônios inibidores (células de Renshaw) e inibe a liberação de glicina
(neurotransmissor inibitório), gerando paralisia espástica por impedir o relaxamento
muscular. A toxina também pode ser conduzida pelo sangue, principalmente quando
produzida em grande quantidade e, então ligar-se a terminais motores em todo o
organismo antes de ser transferida ao sistema nervoso central.
Sinais clínicos:
● Espasmos, inicialmente, da musculatura temporal, de evolução progressiva
findando em postura de cavalete/cavalo de pau (paralisia espástica generalizada);
● Trismo (dificuldade de abrir a boca devido a contração prolongada dos músculos
da mastigação);
● “Risus sardonicus”;
● Rigidez de pavilhões auriculares;
● Narinas dilatadas;
● Marcha rígida;
● Sialorréia (produção excessiva de saliva);
● Dispnéia (dificuldade respiratória);
● Enoftalmia (afundamento do globo ocular para dentro da órbita);
● Disfagia (dificuldade para engolir);
● Opistótono (espasmo, típico do tétano, em que a coluna vertebral e as
extremidades se curvam para diante e o corpo, em arco, fica apoiado sobre a parte
de trás da cabeça e os calcanhares.)
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Além do clinico que é essencial e do hemograma que foi feito, como complementar
poderia fazer também:
o Esfregaços a partir do material das lesões e corados pelo método de Gram podem
revelar formas em raquete, características do C. tetani,
entretanto sua ausência não exclui tétano, e sua presença é meramente sugestiva já que
essa morfologia não é exclusiva.
o Bioquímica
o PCR
Profilaxia:
✔ Vacinação: duas doses iniciais e revacinação anual – negligenciada pelos
veterinários e desconhecida pelos tutores!!!!!
Embora o tétano possibilite uma profilaxia simples e barata através da vacinação, ela
ainda é bastante negligenciada, e até desconhecida, pela grande maioria dos clínicos
veterinários de pequenos animais pelo fato de que não se crê que os cães e gatos são
susceptíveis à doença, além da baixa casuística.
No mercado, está disponível o Toxóide Tetânico Veterinário Vencofarma, que é composto
por um filtrado estéril de cultura de Clostridium tetani. Nos cães, fazem-se três doses de
1mL com intervalo de 30 dias entre cada uma, com reforço de monodose anual.
Tratamento:
✔ debridamento e remoção de tecido necrosado limpeza e desinfecção com água
oxigenada 10 vol
✔ soro antitetânico (antitoxina - soro hiperimune)
✔ antibióticos: penicilina G, tetraciclinas ou metronidazole
✔ anticonvulsivantes, sedativos, relaxantes musculares
✔ isolamento em ambiente tranquilo, se possível em uma baia de pouca
luminosidade e distante dos ruídos (colocar algodão nos ouvidos)
● O suporte nutricional, se necessário, pode ser feito por meio da utilização de sonda
nasogástrica ou gastrotomia e o animal passa a ser alimentado na mão a partir do
momento em que for capaz de prender o alimento e deglutir.
Clostridium botulinum
Etologia do agente:
O botulismo é uma doença pouco comum, potencialmente fatal, resultante da ação de uma
neurotoxina (toxina que ataca os neurônios) elaborada pela bactéria Clostridium botulinum,
ele não é contagioso, ou seja, não é transmissível diretamente de uma pessoa para outra.
✔ bactéria
✔ anaeróbica
✔ forma de bastonete
✔ Botulismo: intoxicação pela neurotoxina produzida pelo C. botulinum
✔ intoxicação: ingestão da toxina préformada (mais importante)
✔ toxinfecção: multiplicação bacteriana e produção de toxinas no TGI
✔ ferimentos: multiplicação bacteriana e produção de toxinas na ferida
Características:
o O Clostridium botulinum é uma bactéria facilmente encontrada no solo, em
sedimentos de lagos e mares, nos intestinos de peixes e crustáceos, produtos
agrícolas, mel ou nas superfícies de vegetais, frutas e outros alimentos.
o Se encontra no ambiente sob a forma de esporos, que são muito resistentes ao
calor, podendo sobreviver até temperaturas de 100ºC durante cinco ou mais horas.
o Os esporos só são destruídos por aquecimentos acima de 120ºC, por pelo menos
15 minutos.
o Quando condições ambientais adequadas estão presentes, os esporos conseguem
germinar e evoluir para a foma vegetativa, que é a forma ativa da bactéria, capaz de
multiplicar-se e produzir toxinas.
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Toxinas:
Epidemiologia:
A infecção não é provocada diretamente pela bactéria, mas sim pelas neurotoxinas por ela
produzidas.
Patogenia:
Ingestão da toxina → Absorção em TGI → Corrente circulatória → Sistema Nervoso
Periférico → Paralisia flácida → Sinais clínicos
o Junção neuromuscular
o Terminais nervosos colinérgicos
o Gânglios autônomos
o Terminações nervosas parassimpáticas pósganglionares
Sinais clínicos:
o midríase (pupilas dilatadas)
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o mucosas secas
o xerostomia (hipossalivação)
o flacidez na língua
o disfagia
o incoordenação
o marcha rígida seguida de paralisia flácida
o decúbito
o parada respiratória
Profilaxia:
o Vacinação dos animais • duas doses: 1 mês de intervalo (1 mês antes de confinar
o animal)
o correto armazenamento de feno, de silagem e de ração para evitar material em
decomposição
o adoção de uma mistura mineral de boa qualidade, associada a eficaz remoção de
carcaças e ossos das pastagens
Diagnostico:
o Comprovação com auxílio de testes laboratoriais em amostras de material coletado
de animais suspeitos
o soro sanguíneo, extrato hepático, líquido ruminal e conteúdo intestinal
o Bioensaio: inoculação intraperitoneal de amostras, centrifugadas e filtradas, em
camundongos
o Observação de manifestação do quadro clínico, por três a quatro dias
o Outros: Prova de Soroneutralização e Teste de Microfixação de Complemento,
RIFD, ELISA, PCR
o identificação de toxinas pelo uso de antitoxinas botulínicas C e D
Tratamento:
o Indicado em casos subagudos ou crônicos
o Tratamento sintomático devido à indisponibilidade de antitoxina no mercado
o soluções hidroeletrolíticas
o soluções injetáveis de cálcio e fósforo
o purgativos (tentativa de remover a toxina do TGI)
o hepatoprotetores
o vitaminas do complexo B
o uso de antibióticos (prevenir ou controlar o aparecimento de infecções
secundárias)
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Clostridium perfringens
C. perfringens é um bacilo Gram-positivo, anaeróbico, produtor de esporos. A doença é
produzida pela formação de toxinas no organismo. Ingestão de alimentos contaminados
por solo ou fezes e sob condições que permitam a multiplicação do agente. A maioria dos
surtos está associada a carnes aquecidas ou reaquecidas inadequadamente como carnes
cozidas, tortas de carne, molhos com carne, peru ou frango.
Clostridium perfringens
o α (alfa) – Fosfolipase C (lecitinase): hemolítica, aumenta permeabilidade capilar,
degeneração de membrana plástica de células musculares
o β (beta) – necrotizante: necrose da mucosa intestinal
o ε (épsilon) – necrotizante e neurotóxica: lesão de células endoteliais do cérebro
o ι (iota): necrotizante, letal: necrose de mucosa intestinal
o δ (delta): hemolisina
o θ (theta): hemolisina
o κ (kappa): colagenase
o μ (mi): hialuronidase
Epidemiologia:
o os clostrídios estão naturalmente na microbiota intestinal dos hospedeiros
o desequilíbrio da microbiota leva a multiplicação do agente, gerando o quadro
clínico
o falhas de manejo
o mudanças repentinas na dieta
o influências ambientais
Enterotoxemia: toxinfecção alimentar que pode causar distúrbios em TGI, SNC, rins,
vasos sanguíneos e morte súbita
tipo A:
o clostridiose intestinal equina: diarreia aquosa profusa, cólica, alta mortalidade
o diarreia em suínos: diarreia amarela, aquosa, em leitões com até 5 dias de idade,
alta morbidade
o doenças hemolíticas: repentina depressão, palidez de mucosas, icterícia, dispneia,
alta mortalidade
o doença hemolítica em ovinos e bovinos
o doença do cordeiro amarelo
o enterite hemorrágica aguda em bovinos
o enterotoxemia em potros
o gastrenterite hemorrágica canina
Tipos B, C e E:
o enterite hemorrágica (ou necrótica) dos suínos: RNs morrem em 24 horas.
o Animais com mais de 2 semanas desenvolvem quadro crônico.
o Apatia, anorexia, fezes com sangue
o disenteria do cordeiro: clima frio, animais de 1 dia a 3 semanas
o enterotoxemia em potros e bezerros: rara, ocorre em animais com até 10 dias,
enterite hemorrágica grave e fatal
o enterotoxemia em ovinos: Inglaterra, morte súbita
Tipo D:
o doença do rim polposo ou da superalimentação: ruminantes, principalmente
cordeiros
o dieta rica gera amido parcialmente digerido que segue para o intestino, ótimo
substrato para os clostrídios
o sinais nervosos e morte
o na necrópsia é possível encontrar os rins autolisados
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Clostridium chauvoei
o Carbúnculo sintomático: miosite infecciosa (inflamação de músculos esqueléticos
causada por clostrídio)
o também denominada “Black leg” ou Peste da manqueira
o infecção endógena: endósporos dormentes
o fator desencadeante: contusão, trauma
Patogenia:
Ingestão do agente → intestino → fígado → grupos musculares (via corrente sanguínea) →
esporos quiescentes nos capilares → traumatismo → hipóxia tecidual acúmulo de ácido
lático anaerobiose → produção de toxinas → Necrose com produção de gás
Sinais clínicos:
o claudicação, dificuldade de locomoção
o mialgia
o lesões fétidas
o crepitação do músculo à palpação
o morte súbita
Tratamento:
antibioticoterapia: penicilina, tetraciclina
Profilaxia:
vacina: duas doses com intervalo de 1 mês e revacinação anual
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Clostridium haemolyticum
Hemoglobinúria bacilar (HB) é uma doença infecciosa de evolução aguda caracterizada
por necrose hepática. O agente etiológico é o C. haemolyticum produtor das toxinas β e
fosfolipase C. A doença parece ser desencadeada pela toxina fosfolipase C que causa
necrose e lise de eritrócitos.
Hemoglobinúria bacilar:
o infecção endógena – endósporos dormentes no fígado
o Bovinos, ocasionalmente ovinos
o Fator desencadeante: lesões hepáticas, podem estar associadas a migração de
fascíolas ou outros parasitas
Sinais clínicos:
o início súbito
o interrupção da ruminação, alimentação, lactação e defecção
o edema em peito
o morte
Profilaxia:
o Vacinação
o Manejo
o controle de verminoses
Etologia do agente:
A gangrena gasosa ou edema maligno é uma infecção que acomete de forma necrosante
tecidos moles de bovinos, ovinos e caprinos. Também é conhecida como miosite por
clostridios. Essa doença pode ser ocasionada por bactérias do gênero Clostridium, tais
como, as espécies Clostridium septicum, C. chauvoei, C. novyitipo A, C. perfringens tipo A
e C. sordellii.
Fatores predisponentes:
o Anaerobiose
o Isquemia
o pH ácido
Patogenia:
Estes microorganismos entram no corpo através de feridas na pele e membranas mucosas
ocasionadas por castração, tosquias, partos, procedimentos vacinais, punções venosas
entre outros.
Sinais clínicos:
o febre alta
o rigidez, claudicação
o necrose tecidual
o edema com crepitação subcutânea
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Diagnóstico:
– Clínico
Tratamento:
– drenagem da lesão e irrigação com H2O2
– suporte
Prevenção:
– evitar contaminação de feridas com terra
Outros clostrídios
o C. colinum: – enterite em codornas (grave), frangos, perus e galináceas
o C. difficile: – cães e suínos com diarréia hemorrágica – enterocolite hemorrágica
em potros RN – colite aguda em cavalos após antibioticoterapia ou excesso de
grãos
o C. piliforme: – necrose hepática severa em potros, bezerros, cães e gatos
o C. spiroforme: – enterites em coelhos após antibioticoterapia ou dieta pobre em
fibras
o C. villosum: – abcessos subcutâneos em gatos
Encefalomielite Equina
Etologia do agente:
A encefalomielite equina é uma doença viral causada por
um vírus do gênero Alphavirus, que se transmite entre aves
e roedores silvestres, através da picada de mosquitos do
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Características:
Esta doença tem três variedades:
Família Togaviridae
– Gênero Alphavirus:
Família Flaviviridae
– Gênero Flavivirus:
Fatores de risco:
● Equinos não vacinados
● Equinos não estabulados
● Exposição a mosquitos
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Epidemiologia: zoonose!
vetor: mosquitos
reservatórios: aves silvestres e mamíferos (pode se infectar, mas não desenvolve quadro);
Patogenia:
⮚ Vírus na saliva do vetor
⮚ Inoculação no susceptível
⮚ Replicação viral na porta de entrada e linfonodos regionais
⮚ Viremia
⮚ Invasão do SNC
⮚ Febre
⮚ Sinais neurológicos
Sinais clínicos:
• Febre • Depressão • Fotofobia • Cegueira • Andar em círculos • Ataxia • Incoordenação •
Convulsões • Perda de reflexos • Paralisia • Dificuldade em manter a cabeça erguida •
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Profilaxia:
Vacinação – EEE e WEE – duas doses iniciais e revacinação anual (depende do
fabricante)
Diagnostico:
• clínico: observação de sinais neurológicos
Herpesvirus Bovino
Etologia do agente:
Herpesvírus bovino 1 pertence à família Herpesviridae,
subfamília Alphaherpesvirinae, gênero Varicellorirus.
⮚ BoHV-1.1 (IBR “like”) está relacionado aos quadros com sintomatologia respiratória
e problemas reprodutivos, como infertilidade e abortamentos;
⮚ BoHV-1.2a tem sido associado a uma vasta variedade de manifestações clínicas,
que incluem transtornos reprodutivos (abortamento), doenças do trato genital (IPV
e IPB) e problemas respiratórios; por sua vez, episódios de doença respiratória
leve, IPV e IPB
⮚ BoHV-1.2b, sendo que a ocorrência de abortamentos nunca foi associada a este
genótipo.
Características:
Epidemiologia:
• Fonte de infecção: animais doentes, convalescentes e portadores inaparentes
(subclínicas)
• Via de transmissão: aerossóis, contato direto com animais infectados, monta natural,
água contaminada, sêmen para inseminação artificial, ordenhadeira mecânica e fômites.
A transmissão de BoHV-1 ocorre por meio do contato direto entre secreções nasais,
oculares e genitais, sêmen e anexos fetais de animais infectados ou por inalação de
aerossóis contaminados, sendo o contato direto o mais relevante na epidemiologia da
doença, principalmente, em rebanhos criados de modo intensivo ou semiintensivo. A
transmissão transplacentária já foi relatada e está condicionada ao estado imunológico da
fêmea no momento da infecção.
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BoHV-1
• Rinotraqueíte infecciosa bovina: infecção respiratória por BoHV-1.1, que pode ser
responsável por abortamentos, conjuntivite e infecções sistêmicas em neonatos
PATOGENIA – BoHV-1
BHV1.2 – via genital – replicação viral em mucosa genital – útero não gravídico –
vulvoaginite/ metrite/ ooforite – infértil transitória ou permamenente – latência no gânglio
sacral
BoHV-2
• Mamilite herpética bovina: doença ulcerativa severa em tetos causada por BoHV-2
• 87,7% (487/555) de novilhas soropositivas para BoHV-2 em SP, sem ocorrência clínica
DIAGNÓSTICO
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• Doenças vesiculares: – Febre Aftosa – BVDV – IBR – Estomatite Vesicular – Língua Azul
– Varíola Bovina – Pseudovaríola • Causas não-infecciosas: – escore corporal – manejo
zootécnico – estresse térmico – defeitos Congênitos – distocias – tóxicas – gêmeos –
anomalias cromossômicas.
TRATAMENTO
PROFILAXIA
• Quarentena (2 a 3 semanas)
• Vacinação
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Etologia do agente:
A diarreia viral bovina (BVD) é causada por um vírus que
pertence à família Flaviviridae, gênero Pestivirus, que
abriga outros dois vírus antigenicamente relacionados: o
vírus da Peste Suína Clássica e o vírus da Doença da
Fronteira, de ovinos.
Características:
Subtipos: O gênero Pestivirus pode ser:
Nessa fase da gestação, o sistema imunológico do feto é imaturo e as proteínas virais são
reconhecidas erroneamente como próprias. O animal PI torna-se imunologicamente
tolerante ao BVDV, e por meio deste o vírus é mantido na população bovina. A rota mais
comum é quando a fêmea gestante entra em contato com o vírus nos primeiros 125 dias
de gestação e a menos comum são bezerros PIs oriundos de suas mães PIS.
Epidemiologia:
• Perdas produtivas: perda de peso (diarreias, problemas respiratórios) e mortalidade
perinatal;
• Alta letalidade;
A fonte de infecção tem contato com uma vaca prenhe soropositiva, o vírus não ultrapassa
a placenta, pois ela tem anticorpos, logo, o feto nasce livre da infecção. Porem, se for uma
vaca prenhe soronegativa, o vírus ultrapassa a placenta e infecta o feto. As complicações
dependerão da fase de gestação e da virulência da cepa.
⮚ Se for no inicio da gestação, vai atingir os tecidos moles e vai ser absorvido. Óbito
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Infecção persistente: o timo produz timocitos pra que ele expresse uma proteína de
membrana, receptor de célula TCR. Quem não produzir, sofre apoptose. As que
expressam, irão interagir com receptor MHC e os linfócitos T geram a resposta. O
problema é quando reconhecem a cepa BVD não cito patogênica como próprio, o ”self”,
havendo a apoptose e nunca irá responder e não tendo resposta imunológica sobre a
cepa.
Infecção persistente
BVDv citopatogênico
Diversidade viral: nCP BVDv 1; CP BVDv 1; nCP BVDv 2; CP BVDv 2nCP: não
citopatogenio
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Patogenia:
A patogenia do BVDV sobre a reprodução não se limita apenas a abortos ou
malformações congênitas, mas também está associada a perda embrionária precoce, nos
primeiros dias de vida do embrião e até mesmo durante a fecundação.
Infecção pós natal - Quadro agudo: Febre • Depressão • Anorexia, queda produção de
leite, descarga ocular, descarga oronasal, erosões orais, diarreia, quadros hemorrágicos.
Sinais clínicos:
Doença das Mucosas Quadro agudo: mesmos sinais do pós natal; edema de córnea;
tenesmo; taquicardia; leucopenia; trombocitopenia; infertilidade; morte em 2 a 10 dias.
Diagnostico:
• Suspeita em casos de:
Diagnóstico laboratorial
• Anatomohistopatológico
• ELISA
Prevenção e controle
• Medidas relativas às fontes de infecção:
Etologia do agente:
Características:
Epidemiologia:
Patogenia:
Sinais clínicos:
Controle:
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Profilaxia:
Diagnostico:
Tratamento: