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CAPÍTULO

22
PODRIDÖESDE ÓRGÅOS DE RESERVA
Ivan Paulo Bedendo

Í NDICE
22.1. Sintomatologia. 22.4. Controle. 320
317
22.2. Etiologia ... 318 320
22.5. Doenças-tipo.......
22.6. Bibliografia consultada......... 321
22.3. Ciclo da relação patógeno-hospedeiro .318

s doenças que causam destruição de órgãos de tância da podridão, pois a própria semente ou seus derivados

A armazenamento compreendem os diversos tipos


de podridão que ocorrem em frutos, sementes e
örgãos de reserva. As podridões podem ser secas ou moles. As
podem se tornar tóxicos ao homem e aos animais. Além da
semente, podridões secas podem ocorrer em diversos tipos de
frutos suculentos. Numa fase inicial, os sintomas manifestam-se
secas, também chamadas podridões duras, ocorrem tanto em em frutos maduros através do aparecimento de pequenas manchas
sementes como en frutos. Nestes, os tecidos atacados perdem circundadas por tecido encharcado. Numa fase mais avançada, as
água, resultando na mumificação de órgãos. As podridões moles manchas chegam a tomar grande parte do fruto, ou o fruto inteiro.
ou aquosas levam à decomposição total de órgãos suculentos, provocando a desidratação do tecido. Estes frutos mumificados
como frutos, tubérculos e raízes. podem continuar presos à planta ou cair ao solo e, sob condições
Os agentes causais associados a este tipo de doença são de alta umidade, podem apresentar massas densas e acinzentadas
fungos e bactérias saprófitas. Os órgãos de reserva podem ser na sua superficie, que correspondem à frutificação do patógeno.
Intectados no camp0, antes ou durante a colheita, na embalagem, As podridões moles estão associadas a órgãos suculentos.
10 transporte ou na estocagem. Os ferimentos produzidos como tubérculos (batata), frutos (tomate, pimentào, abobrinha,
nos frutos durante estas operações favorecem a infecção, pois berinjela, mamão), bulbos (cebola) e raizes (cenoura, mandioca).
Constituem portas de entrada para os patógenos. Igualmente,
De modo geral, os sintomas têm início com o aparecimento de
a ocoéncia de alta umidade relativa e temperatura elevada
Contribuem para o desenvolvimento da doença.
pequenas manchas, de aspecto encharcado, deprimido e descolorido.
que crescem na superficie do órgão atacado (Figura 22.1). Quando
Aimportância das podridões em órgãos de armazenamento estas podridões são provocadas por tungos, nota-se uma massa
Pode ser interpretada de duas formas distintas: sob o ponto de
Sa botânico e sob o ponto vista econômico. No primeiro caso, cotonosa na superficie das lesões, constituida por hitas e estru
eGesejáveloapodrecimento do fruto para que ocorra a liberação turas de frutificação do patógeno. Apodrido envolve a produção
Posterior germinação da semente. No segundo caso, os órgãos de enzimas pectolíticas e toxinas por parte do patógeno,
Cserva são produtos de valor econômico e a sua deterioração desorganizando e matando os tecidos do hospedeiro, que serdo
deve ser evitada; é neste contexto que as podridões de órgãos de posteriormente colonizados. Esta desorganização ao nivel celular
teserva são consideradas doenças de pós-colheita. corresponde às manchas de aspecto encharcado, enquanto a
morte das células revela-se na forma de áreas escurecidas. Em
22.1. SINTOMATOLOGIA resumo, um órgãoatacado apresenta perda de consistència, áreas
escurecidas e, finalmente, transtorma-se numa massa amorta
AS podridões secas de sementes manifestam-se na forma
de deterioração desses órgãos. Em alguns casos, a formação de que gradativamente se liquefaz e, em alguns casos, exala odor
mIcOtoxinas durante o processo de deterioração realça aimpor- desagradável.

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Manual de Fitopatologia

A B

D E
F

Figura 22.1 - Sintomas de podridões de órgãos de reserva. Maçãcom podridão causada por
Penicillium sp. (A); podridão em morango causada
por Botrytis cinerea (B) e Rhizopus sp. (E); podridão parda de Monilinia fructicola em pêssego (C) e
laranja causada por Penicilliun spp. (F). nectarina (D): bolor em
Crédito das fotos: Silvia A. Lourenço.

22.2. ETIOLOGIA
do tipo bastonete, Gram-negativa, peritriquia eforma colônias
Fungos pertencentes adiversos gêneros são agentes causais esbranquiçadas em meio de cultura. Vive no solo,como sapröfita.
Lanto de podridoes duras como de podridões aquosas. Entre os podendo afetar dezenas de espécies vegetais, principalmente
patógenos de sementes, predominam as espécies pertencentes aos hortaliças. Seu desenvolvimento é favorecido por temperaturas
géneros Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Alternaria, Diplodia variando de 25 a 30°C e alta umidade.
e Cladosporium. Estes fungos são favorecidos quando o teor
de umidade da semente estáem torno de 25%. Sementes com 22.3.CICLO DARELAÇÃOPATÓGENO-HOSPEDEIRO
umidade próxima de 15% dificilmente são deterioradas por csses Uma sequência de etapas ordenadas levaao desenvolvimento
organismos. Micotoxinas diversas podem ser formadas em dccor das doenças do tipo podridão. Sob este aspecto, serào expostos, 3
réncia do alaque de fungos. seguir, os eventos que normalmente ocorrem nas podridðes moles
As podridöes moles de origem fúngica também são causadas causadas por Rhizopus spp. e por Pectobacterium carotovorum.
por um grande númerode espécies que se distribuem por diversos
ciclo de uma podridào aquosa de origem fiçngica (Figur1
O
péneros, principalmente Rhizopus, Penicilliumn e Botrytis, além de 22.2) tem inicio a partir de estruturas do patogeno presentes
funpos de nenor Cxpressåo neste contexto, como Colletotrichum,
Alternariue outros em órgåos vegetais doentes. Esta etapa corresponde à tàse de
Os mais tipicos apentes causais de podridões
sobrevivência. O inóculo é eticientemente liberado e transportado
aquosas pelo vento. A infecção tem inicio com a germinaçdo dos
pertencem ao género Rhizopus. Estes fungos caracterizam-se por
possuir hifas nao sepladas e esporángios, que produzem esporn aplanósporos sobre um óngào suculento sUscetivel. 0 patogeno
penetra atravésde ferimentos de natureza nmecânica ouprovocads
giósporos seim tagelos (aplanósporos). IEstes esporos assexuados por insetos, lerimentos estes que poden ocorrer no campo, 0
podem germinar, fomando um novo micélio, ue se desenvolve
através de estolóes, os quais se prendem a0 substrato através transporte ou no manuseio do produto vegetal. Especiticamente
de hulas mod1licadas denonadas rizojdes. F'ste para Rhizupus stolonfer, a penetraçdo pode ocomer diretamente
patógeno é através de tecidos intactos do hospedeiro, desde que opalogeite
Considerado un parasila fraco. Apresenta, poré), alta capacidade
saprofitica, estando presente nos nas varados ambienles. tenha disponibilidade de nutrientes que proporcionem
O principal agente bacterianO aSs0ciado as podridoes moles germnaçlo dos aplanósporos. Uma vez dentro da planta, as hitas
micanm il colonizaçdo dos tecidos, com a producâo de enzimas.
que ocorrem em diversas culturas éa cspécie Pectobacerion
que digerenm as substâncias pécticas constituintes da lamela mediu.
curotovorn (siIonimia Erwnia arotovoru), Esta bactéria é Como consequência, as células perdem seu arranjo estrutural.

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Podridões de Orgãos de Reserva

Esporos formados no interior do


esporânglo sendo dispersos

Meiose e formação do Esporangióforo


tubo germinativo

Esporo deposltado na
Zigósporos em tecido superficie do hospedeiro,
em decomposição penetrando por ferimento
Colonização
Zigósporo

Zigoto
Sintomas
iniciais
Gametângio Aplanósporos Esporângio

Progametângio Podridão k

Hifas
Estolão

Rizoides

Figura 22.2 - Ciclo de podridão mole causada por Rhizopus sp.


Fonte: Redesenhado por Serge Savary, adaptada de Agrios (1997).

Estas clulas, em seguida, são atacadas por enzimas pectolíticas e transporte e embalagem, e através do contato entre material
celuloliticas que, ao decompor os componentes da lamela média vegetal sadio e doente, principalmente durante o transporte e o
edas paredes celulares, promovem o rompimento das células e o armazenamento.
extravasamento do seu conteúdo. Externamente, as áreas atacadas A água, na forma de respingos, pode remover a bactéria
exibem um sintoma inicial de encharcamento para, em seguida, presente em restos de cultura e permitir que ela atinja outros
mostrarem-se amareladas e aquosas, evidenciando o processo órgos de reserva nas proximidades. A água de imigação.
degenerativo de podridão. A colonização tem continuidade implementos agrícolas e insetos também podem atuar como
com o fungo atuando sobre as células mortas, promovendo sua agentes de disseminação. A partir do momento que a bactria
decomposição e obtendo nutrientes para seu desenvolvimento. A atinge um órgão suculento, pode ter inicio a infecção, com a
medida que o patógeno cresce no interior do órgão atacado, as penetração do patógeno através de ferimentos provocados por
estruturas de reprodução do patógeno são emitidas para o exterior. insetos, pelo manuseio ou ainda devido a abrasões sotidas pelo
Em pouco tempo, o órgãoatacado pode se transformar numa massa hospedeiro em condições de campo. Uma vez no interior dos
disforme, totalmente tomada por crescimento cotonoso do fungo. tecidos, a bactéria multiplica-se rapidamente e passa a produzir
Osaplanósporos e, eventualmente, os oósporos, provenientes da enzimas que desdobram as substâncias pécticas da lamela mdia
feprodução do fungo sobre o tecido em decomposição, podem ea celulose da parede celular. Com isto, ocorre a desorganização
Ser disseminados pelo vento e infectar outros órgãos suculentos, do tecido vegetalatacado, extravasamento de agua para os
eSpaços
Caracterizando, assim, o ciclo secundário da doença. intercelulares e morte das células afetadas; os sintomas extemos
Ociclo das relações patógeno-hospedeiro para podridões correspondem ao encharcanmento, amarelecimento e necrose da
noles de causa bacteriana apresenta alguma semclhança com área atacada, caracterizando o proceSso de podridâo nnole ou
dquelas de origem fúngica, a despeito da grande diferença exis aquosa. Numa fase mais avançada, a ruptura da epiderne do orgào
ente entre os agentes causais. A fonte de inóculo, que garante a afetado permite a liberação de uma massa vegetal liqueteita, na
Sobrevivência da bactéria, é constítuída por órgãos de reserva qual se encontram os talos bacterianos. Como resultudo tinal, o
nlectados, encontrados no campo Ou em locais de annazenamento, órgãovegelal torna-se una nassa amortu, parcialmente liqueteita
alemde restos de culura em decomposição, que permanccem no e totalmente colonizuda pelo patógeno,
um odor fétido caracteristico, A reproduçdoexalando, usualmente,
Gmpo após acolheita. Adisseminação pode ser feita através do do putógeno ocorre
manuseio dos órgãos vegetais durante os tratos culturais, colheila, simultaneamente ao apodrecimento, pois a progressåo da doença
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Manual de Fitopatologia

implica no aumento da população bacteriana. Assim, àmedida Drodutos germicidas aplicados nas paredes, piso e teto.
que os tecidos vegetais vo sendo decompostos, os nutrientes periódicas devem ser realizadas visando eliminar órgãosInspeções
vegetaie
vào sendo liberados e novas células bacterianas vào sc formando atingidos pela podridào.
por diviso das células jáexistentes. O órg§o atacado, parcialou Ouanto ao controlc das podridões de sementes,
totalmente destruido, pode atuar como fonte de inóculo, tanto a colhcita quando as mcsmas recomenda-sa
apresentarem teor de umidada
em condições de campo como de armazcnamento, propiciando adcquado, pois umidade excessiva pode favorccer o ataque de
asobrevivência do patógeno até o inicio do ciclo secundário. patógenos. A cstocagem dcve ser fcita em local arciado É
Uma das principais fornas de disseminação da doença, no ciclo indicado, lambém, a prálica de fumigação, pois os insetos podem
secundário, éatravés da prescnça de órgåos vegetais afetados provocar ferimentos nas scmentes, propiciando a penetracão de
misturados com órgãos sadios. agentes causadores de podridões.
22.4. CONTROLE 22.5. DOENÇAS-TIPO
As podridões moles, tanto de origem fngica como bacteriana, A podridão de Rhizopus é considerada a mais
sâo favorecidas por condições de alta umidade (70-90%) e alta importante
podridão pós-colheita para a cultura do morango (Figura 22.2)
temperatura (25-30°C) e pela presença de ferimentos nos órgos embora os seus danos possam ser minimizados por meios
suculentos. Assim. as medidas de controle visam, principalmente, adequados de colheita, embalagem, transporte, estocagem e
alterar os fatores ambientais que propiciam rápido desenvolvimento comercialização. Aprincipal espécie envolvida no processo de
da doençae evitar a ocorència de ferimentos. podridão é Rhizopus stolonijer. Além do morango, o fungo pode
O
controle das podridòes deve ser iniciado no campo, ainda atacar uma gama de órgãos de reserva pertencentes a diversos
antes da colheita. Escolher terreno com solo de boa drenagem, hospedeiros, tais como tomate, abobrinha, mandioca, mamão
evitar locais altamente infestados e promover rotação de cultura frutos de rosáceas de caroço e outros. R. stolonifer apresenta
em åreas com alta população do patógeno são práticas que devem micélio bem desenvolvido, hifas cenociticas, esporângios escuros
ser observadas. principalmente para o caso de bactérias. O uso sustentados por esporangióforos longos, além de rizoides que
de espaçamento adequado que permita boa aeração da cultura é promovem a fixação da hifa ao substrato. Os esporos assexuados
uma medida indicada para evitar a formação de um microclima (esporangiósporos) são do tipo aplanósporos, ovais ede coloração
favoråvel àdoença. A aplicação de produtos químicos para castanha. Os esporos sexuados (zigósporos) são ovais, escuros e
proteção de frutos ainda presos à planta é viável para algumas resultantes da fusão de gametângios. O crescimento do micéljo é
podridões füngicas. Evitar o contato do fruto com o solo, através feito através de estolões que se fixam ao substrato pelos rizoides:
do uso de plástico ou cobertura morta, é uma medida recomendada nestes pontos são formados os esporangióforos e, nas extremidades
para determinadas culturas. destes, os esporângios. O conteúdo dos esporângios diferencia-se e
Alguns cuidados devem ser tomados, principalmente durante dá origem aos esporangiósporos, que são liberados pelo rompimento
acolheita. Nesta etapa, deve-se evitar ferimentos nos produtos dos esporângios. Os esporangiósporos germinam, formando hifas.
que estão sendo colhidos, sejam eles colhidos da parte aérea da que se ramificam e formam um novo micélio.
planta ou arrancados do solo. A separação e descarte dos órgãos O ciclo da doença tem início quando os aplanósporos,
infectados éuma prática simples que impede a contaminação que são disseminados pelo vento, caem na superficie do fruto.
de órgãos sadios. Para frutos de textura delicada, recomenda-se Os aplanósporos germinam na presença de água e nutrientes e.
a colheita durante periodo do dia com temperatura mais amena, posteriormente, penetram no hospedeiro. Uma vez no interior
sobretudo no início da manhã. No caso de raízes e tubérculos, uma do fruto, o patógeno produz pectinase, que provoca desarranjo
secagem natural e rápida realizada imediatamente após a colheita estrutural do tecido, e celulase, que promove o rompimento das
desfavorece o desenvolvimento de podridões. células. Ofungo cresce sobre este substrato rico em nutrientes e
O
manuseio dos frutos durante a embalagem deve ser feita de rapidamente forma novas estruturas vegetativas e reprodutivas,
maneira cuidadosa, evitando ferimentos normalmente provocados visíveis sobre a área atacada. No final do processo, todo o fruto
por atrito entre frutos, pressão exercida pelas mãos ou choques com pode estar deteriorado.
o recipiente onde estão sendo acondicionados (ver Figura 19.10, Os sintomas externos manifestam-se pela presença de áreas
Capitulo 18). É indicada a remoção dos frutos infectados, impedindo do fruto inicialmente encharcadas e, posteriormente, amolecidas.
seu contat0com frutos sadios. Adesinfestação dos recipientes,em exibindo descoloração. Écomum ocorrer nestas áreas unma massa
especial caixas plásticas ou de madeira, com produtos germicidas, cotonosa de micélio claro, pontilhado por pequenas estruturas
constitui-se numa importante medida de controle. Frutos de alto puntiformes escuras, que correspondem aos esporângios. Num
valor comercial podem ser embrulhados em papel impregnado com estádio mais avançado da podridão, esta massa torna-se escura
produtos quimicos e. posteriormente, embalados em outro tipo de e espessa. Com o passar do tempo, o fungo toma o fruto intero.
recipiente, como caixas de papelão. Para alguns tipos de fruto, pode causando a transformação da polpa numa massa amolecida e, em
ser interessante a imersão em solução ou suspensão de produtos parte, liquefeita.
quimicos como fungicidas e/ou cera de carnaúba (ver Figuras 14.13 Condições de alta temperatura (20-30°C) e alta umidade
e 14.)4 do Capitulo 14, e Figura 18.8 do Capítulo 18). (acima 70%) são favoráveis ao patógeno e promovem råpida
A estocagern dos produtos colhidos deve ser leita, sempre deyeneração do fruto. Apresença de solução nutritiva na superticie
que possivel, em local bem arejado, ou em ambiente de baixas do fruto, usualmente decorrente do extrivasanmento da polpa atraves
temperatura (5-10'C) e umidade relativa. Estas condições são de ferimentos, é um dos pré-requisitos para a instalaçdo do prwe
desfavoráveis àdoença, pois prejudican o desenvolvimento do de doença.
patógenoealrasamn a maturação do fruto. Os locais utilizados para As recomendaçðes de controle envolvem diversas metidas.
armazenamento devem ser previamente desinfestados, através de cOoevitar o contato dos tirutos con1 o solo, atraves do

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Podridões de Örgãos de Reserva
de cobertura morta ou lona
primeiras horas da
manh; plástica:
promover a
estocagem dos frutos enm providenciar, após a colheita,colheita nas
aimediata
22.6. BIBILIOGRAFIA CONSULTADA
cuidadosamente os frutos ambiente
refrigeradode (5°C); manusear Agrios, G. N. Plant Pathology. 4 cd. San Diego, Elsevier Academic
durante as
operações
e estocagem; separar e descartar os
durante a colheita,o transporte eo
colheita, transporte
frutos infectados
Press, 1997.

Como exemplo de podridão dearmazenamento. encontrados


e ^grios, G. N. Plant Pathology. 5 ed. San Diego, Elsevier Academic
Press, 2005.
apodridão de tubérculos de batata
origem bacteriana, será usada Amorim, L.; Rezende, J.A.M.: Bergamin Filho, A.; Camargo, L.E.A.
causada por
carotovorum (sinonimia
Chastonete
Erwinia carotovora). Pectobacterium
Esta
(cd.). Manual deFitopatologia: Doenças das Plantas Cultivadas.
facultativa. É
curto, Gram-negativa, peritriquia e bactéria é
capaz de causar doença anaeróbica
São Paulo, Ceres, vol. 2, 2016.
Baggio, J.S.; Gonçalvces, F.P.; Lourenço, S.A.; Tanaka, FA.O.; Pascholati,
anpla de temperatura, dentro de uma faixa
na inúmeros produtoscompreendida entre 5 e 37°C. Abactéria S.F;Amorim, L. Direct penetration of Rhizopus stolonifer into stone
horticolas,
pimentão, cenoura, tomate, repolho, podendo ser encontrada em
fruits causing rhizopus rot. Plant Pathology 65:633-642, 2016.
ociclo da doença tem alface, entre outros. Barkai-Golan, R. Postharvest Diseases of Fruits and Vegctables:
inicio quando os talos Development and Control. Amsterdam, Elsevier, 2001.
cöo isseminados atraves de vários agentes. Assim, obacterianos Calderon, M. & Barkai-Golan, R. Food Preservation by Modified
oe tuhérculos, chuva ou de irrigação, o manuseio
a água de
Atmospheres. Boca Raton, CRC Press, 1990.
dos insetos e o uso de
aodem colocar em contatoferramentas parae cortar os movimento
tubérculos Christensen, C.M. &Kaufmann, H.H. Deterioration of stored grains by
hospedeiro patógeno. Durante
armazenamento, o contato entre material infectado fungi. Annual Review of Phytopathology 3: 69-84, 1965.
e sadio é
responsável pela disseminação da bactéria. Apresença de água Dennis, C. Post-Harvest Pathology of Fruits and Vegetables. New
superficie do tubérculo permite a multiplicação dos talos na York, Academic Press, 1983.
gue penetram através de ferimentos e lenticelas. A bacterianos, Food and Agriculture Organization. Food loss prevention in perishable
envolve a multiplicação bacteriana nos espaços colonizacão crops. Agr. Serv. Bull. (FAO) 43: 1-72, 1981.
intercelulares
simultänea produção de enzimas, que desdobram as substâncias ea
Gonçalves, EP; Martins, M.C.; Silva Jr, G.J.; Lourenço, S.A.; Amorim,
nécticas, constituintes da lamela média, e a celulose, L. Postharvest control of brown rot and Rhizopus rot in plums and
da parede celular, promovendo a morte da célula. constituinte
A ação destas nectarines using carnauba wax. Postharvest Biology andTechnology
enzimas leva àdesorganização do tecido, 58: 211-217, 2010.
conteúdo celular e degeneração de parte ou deextravasamento
todo o tubérculo.
do
Harvey, J.M. Reduction of losses in fresh market fruits and vegetables.
Externamente, o tubérculo exibe encharcamento, amolecimento Annual Review of Phytopathology 16: 321-341, 1978.
eapodrecimento da região atacada. Sob condições favoráveis, a
Parisi, M.C.M., Costa, H.; Betti, J.A.; Tanaka, M.A.S.; May-De
doença progride, tomando todo o órgão. Durante o processo de Mio, L.L. Doenças do Morangueiro. In Kimati, H.; Amorim, L.;
podrido, o tubérculo vai se desfazendo e liberando um líquido de Rezende, J.A.M.; Bergamin Filho, A.; Camargo, L.E.A. Manual de
odor desagradável, que contém os talos bacterianos. Fitopatologia. Doenças das Plantas Cultivadas. São Paulo, Ceres,
Alguns fatores e condições específicas podem colaborar 2016. p. 561-572.
para a instalação e desenvolvimento da doença. A nutrição da Perombelon, M.C.M. & Kelman, A. Ecology of the soft rot Ervinias.
planta com excesso de nitrogênio, o plantio em solos de má
Annual Review of Phytopathology 18:361-387, 1980.
drenagem, o uso de espaçamento inadequado, a falta de maturação
dos tubérculos, os danos causados por insetos, que Prusky, D. Pathogen quiescence in postharvest diseases. Annual Review
provocam of Phytopathology 34: 413-434, 1996.
rupturas na superficie do tubérculo, a exposição à radiação
solar, a presença de ferimentos causados na colheita, transporte Snowdon,A.L. A Color Atlas of Post-Harvest: Diseases and Disorders
of Fruits and Vegetables. Boca Raton, CRC Press, 1990.
e amazenamento e a ocorrência de alta temperatura, umidade
relativa elevada e má aeração podem predispor o hospedeiro à Tanaka, M.A.S.; Betti, J.A.; Kimati, H. Doenças do Morangueiro. In
doença e favorecer o processo de podridão. Kimati, H.; Amorim, L.: Rezende, J.A.M.; Bergamin Filho, A.,
Visando o controle da doença, algumas medidas podem Camargo, L.E.A. Manual de Fitopatologia. Doenças das Plantas
ser adotadas, tais como a instalação da cultura em solos de boa Cultivadas. São Paulo, Ceres, 2005. p. 489-499.
drenagem, a utilização de espaçamento e densidade tecnicamente Tuite, J. & Foster, G.H. Control of storage diseases of grain. Annual
recomendados, o uso de adubação balanceada, a colheita somente Review of Phytopathology 17: 343-366, 1979.
quando os tubérculos estiverem fisiologicamente maduros e a Williams. R.J. & McDonald, D. Grain molds in tropics: problems and
não exposição dos produtos colhidos àradiação solar. Apesar importance. Annual Review of Phytopathology 21: 153-178, 1983.
de estas medidas desempenharem um papel importante no Wilson, C.L. & Pusey, P.L. Potencial for biological control of postharvest
controle da podridão mole, merecem atenção especial três plant diseases. Plant Disease 69: 375-378, 1985.
outras medidas adicionais: evitar, tanto quanto possível, a
0corrência de ferimentos nos tubérculos durante as operações de
colheita, transporte, embalagem e armazenamento; promover a
amazenagem do produto imediatamente após acolheita, em local
arejado e com temperatura baixa (5°C); promover a remoção de
tubérculos infectados durante as etapas de colheita, embalagem
C, principalmente, armazenamento, impedindo seu contato com
aqueles sadios.

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