Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE NILTON LINS

CURSO DE FARMÁCIA

RAISSA KEROLLEN MESQUITA MARTINS

INFECÇÕES FÚNGICAS

MANACAPURU- AM
2023
RAISSA KEROLLEN MESQUITA MARTINS

INFECÇÕES FÚNGICAS

Trabalho apresentado ao curso de Graduação


em Farmácia da Universidade Nilton Lins,
como parte dos requisitos para obtenção de
nota parcial do 2° semestre, do 1° período.
Prof. Raíssa Ferreira Trindade

MANACAPURU- AM
2023
3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5

2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 5

2.1. Fungos ..................................................................................................................... 5

2.2. Características Gerais dos Fungos .......................................................................... 6

2.2.1. Micoses e suas Classificações ............................................................................. 7

2.2.2. Micose Cutânea ................................................................................................... 7

2.2.3. Micose Subcutânea ............................................................................................... 8

2.2.4. Micose Sistêmica .................................................................................................. 9

2.2.5. Micose Oportunista............................................................................................ 10

3. CONCLUSÃO ................................................................................................... 11

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 12


4

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Estrutura de um cogumelo.......................................................................................6
Figura 2: Exemplos de micose cutânea...................................................................................8
Figura 3: Exemplos de micose subcutânea..............................................................................9
Figura 4: Exemplos de micose sistêmica...............................................................................10
Figura 5: Exemplos de micose oportunista..............................................................................11
5

1. INTRODUÇÃO
Os fungos são organismos eucarióticos que compõem um dos cinco reinos da vida.
Eles são encontrados em todo o mundo e desempenham papéis importantes na ecologia e na
economia, como decompositores, agentes de fermentação, produtores de alimentos e
medicamentos, entre outros.
São organismos que podem ser unicelulares, como as leveduras, ou multicelulares,
como os cogumelos. Eles podem ser encontrados em muitos habitats, desde solos até em
organismos vivos, como plantas e animais. Muitos fungos são benéficos para os seres
humanos e outros organismos, mas alguns também podem ser patogênicos e causar doenças.
A classificação dos fungos é baseada em características morfológicas e fisiológicas,
como a forma e a estrutura dos esporos e hifas, a presença de parede celular, a fonte de
energia, a temperatura e o pH ideais de crescimento, entre outros fatores.
Os fungos são importantes para a manutenção da saúde dos ecossistemas e para a
produção de alimentos, medicamentos e outras substâncias úteis. No entanto, eles também
podem ser prejudiciais para a saúde humana, causando infecções fúngicas que também são
chamadas de micoses, causando alergias e intoxicações alimentares.
Em resumo, este trabalho sucede falar sobre infecções fúngicas, pois podem ser
preocupantes devido ao desconforto e dor que causam à gravidade de algumas infecções, ao
tratamento difícil e prolongado, à possibilidade de recorrência e à facilidade de disseminação.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Fungos
Os fungos são um grupo diverso de organismos eucarióticos que pertencem ao reino
Fungi. Eles têm paredes celulares compostas de quitina, não possuem clorofila e obtêm
nutrientes absorvendo-os do meio ambiente. Desempenham um papel importante na natureza
e têm muitas aplicações úteis.
No entanto, os fungos também podem ser uma fonte de preocupação para os seres
humanos, pois alguns deles podem causar infecções fúngicas, que podem ser difíceis de tratar
e podem se tornar graves ou até fatais em pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos.
Além disso, podem produzir toxinas em certas condições, como em alimentos mal
armazenados. Essas toxinas podem causar intoxicações alimentares e outras doenças em seres
humanos e animais. Algumas infecções fúngicas comuns incluem candidíase, aspergilose e
micose. Por isso, é importante tomar medidas preventivas, como manter uma boa higiene
6

pessoal e ambiental, especialmente em ambientes hospitalares, e consumir alimentos seguros


e bem armazenados.
Apesar das preocupações, os fungos desempenham um papel importante na
manutenção do equilíbrio ecológico e têm muitas aplicações benéficas. Por exemplo, eles
podem ser usados na produção de queijos, cervejas e vinhos, e muitos medicamentos, como
antibióticos, são derivados de substâncias produzidas por fungos. Também são utilizados na
biodegradação de poluentes, como pesticidas e herbicidas.

Figura 1 - Estrutura de um cogumelo. (Fonte: http://www.bibliomed.com/)

2.2. Características Gerais dos Fungos


Os fungos têm várias características distintas que os diferenciam de outros grupos de
organismos. Algumas das principais características incluem sua parede celular compostas
principalmente de quitina, um polissacarídeo nitrogenado que confere rigidez e proteção às
células fúngicas.
Eles crescem um padrão filamentoso, onde uma única célula se ramifica em muitas
hifas, criando uma rede de células fúngicas chamada micélio. Ao contrário de plantas e
animais, os fungos não possuem tecidos diferenciados especializados em funções específicas.
A sua reprodução pode ser tanto assexuada quanto sexuadamente. A reprodução
assexuada dos fungos pode ocorrer de várias maneiras, dependendo do tipo de fungo.
7

Algumas espécies de fungos produzem esporos a partir de estruturas especializadas chamadas


conidióforos, enquanto outras produzem esporos a partir de esporângios, corpos frutíferos ou
outras estruturas fúngicas.
Na reprodução sexuada são envolvidas diferentes estruturas, dependendo do seu tipo.
Por exemplo, algumas espécies de fungos produzem estruturas chamadas ascos, dentro das
quais ocorre a fusão das células reprodutivas haplóides, enquanto outras produzem estruturas
chamadas basídios, onde ocorre a fusão das células reprodutivas haplóides.

2.2.1. Micoses e suas Classificações


As micoses, também conhecidas como infecções fúngicas, podem ser categorizadas de
acordo com os tecidos infectados, assim como pelas características dos organismos
causadores.
É um tema de grande importância na saúde, elas também são chamadas de infecções
fúngicas, e são classificadas como: cutâneas, subcutâneas, sistêmicas e oportunistas. As
micoses podem ser adquiridas através do contato direto com uma pessoa ou animal infectado,
contato com solo ou superfícies contaminadas com fungos ou por meio de exposição a
ambientes úmidos e quentes, que favorecem a proliferação de fungos. Algumas pessoas
podem ter maior predisposição a desenvolver micoses, como aquelas com problemas
circulatórios, diabetes, imunodeficiência ou que sofrem de estresse crônico.

2.2.2. Micose Cutânea


A micose cutânea é uma infecção fúngica que afeta a pele, podendo causar uma
variedade de sintomas, como coceira, vermelhidão, descamação e formação de lesões. Ela é
causada por diferentes tipos de fungos, sendo os mais comuns os dermatófitos.
Esses fungos pertencem às espécies Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton, e
são encontrados em ambientes úmidos e quentes, como piscinas, vestiários, chuveiros e
calçados.
Outros tipos de fungos, como Candida e Malassezia, também podem causar a micose
cutânea em algumas situações, como quando há um desequilíbrio da flora bacteriana ou uma
diminuição da imunidade do indivíduo.
Geralmente, os sintomas da micose cutânea podem variar dependendo do tipo de
fungo envolvido e da localização da infecção na pele. Em casos mais graves, podem ocorrer
8

lesões com crostas, bolhas ou pus. A micose cutânea também pode afetar as unhas, causando
mudanças na sua aparência, como espessamento, descoloração e deformidades.
O tratamento varia de acordo com o tipo de fungo e a gravidade da infecção. Em casos
leves, a infecção pode ser tratada com medicamentos antifúngicos tópicos, como cremes,
loções ou sprays, que são aplicados diretamente na pele afetada. Em casos mais graves, pode
ser necessário o uso de medicamentos antifúngicos por via oral ou intravenosa.
Além do tratamento, é importante adotar medidas preventivas para evitar a infecção,
como manter a pele limpa e seca, evitar compartilhar objetos pessoais, usar roupas leves e
respiráveis e evitar o contato com superfícies contaminadas com fungos.

Figura 2 - Exemplos de micose cutânea. (Fonte: http://www.bibliomed.com/)

2.2.3. Micose Subcutânea


A micose subcutânea é uma infecção fúngica que afeta a camada mais profunda da
pele e os tecidos subcutâneos, como tecido adiposo, músculos e ossos. Diferentemente das
micoses superficiais, como a micose cutânea, a micose subcutânea é uma infecção mais grave
e pode apresentar sintomas mais intensos e duradouros.
Alguns dos principais fungos que causam a micose subcutânea são: Sporothrix
schenckii, Fonsecaea pedrosoi, Phialophora verrucosa, Madurella mycetomatis. Esses fungos
são comuns em áreas rurais e em pacientes que trabalham com agricultura, jardinagem,
construção e outras atividades que envolvem contato com o solo ou a vegetação. A infecção
ocorre quando os fungos entram no corpo através de uma ferida ou lesão na pele.
9

O tratamento da micose subcutânea envolve o uso de antifúngicos por um período


prolongado, geralmente de vários meses a um ano ou mais. A escolha do antifúngico depende
do tipo de fungo envolvido na infecção. Além disso, é importante tratar as complicações da
infecção, como a formação de abscessos e a destruição óssea. Em casos graves, a cirurgia
pode ser necessária para remover o tecido infectado.

Figura 3 - Exemplos de micose subcutânea. (Fonte: http://www.bibliomed.com/)

2.2.4. Micose Sistêmica


A micose sistêmica, também conhecida como micose profunda ou sistêmica, é uma
infecção fúngica que afeta os órgãos internos do corpo, como pulmões, fígado, baço, ossos e
cérebro. Essa infecção é causada por fungos que são encontrados no solo, poeira e em
materiais orgânicos em decomposição, como madeira e folhas. Os fungos podem entrar no
corpo através da inalação de esporos, ingestão de alimentos contaminados ou por meio de
lesões na pele.
Os sintomas incluem febre, dor no peito, tosse, falta de ar, sudorese noturna, fadiga,
perda de peso e dor óssea. A micose sistêmica é mais comum em pessoas com sistema
imunológico enfraquecido, como pacientes com HIV/AIDS, transplantados, pacientes em
tratamento quimioterápico ou com outras condições que afetam o sistema imunológico.
O tratamento da micose sistêmica envolve o uso de antifúngicos sistêmicos, que são
medicamentos potentes que podem ter efeitos colaterais significativos. A duração do
tratamento varia de acordo com o tipo de micose e a gravidade da infecção. O tratamento
pode levar meses ou até anos para curar completamente a infecção.
A prevenção da micose sistêmica é difícil, uma vez que os fungos causadores são
encontrados em muitos ambientes diferentes. No entanto, medidas como evitar contato com
materiais orgânicos em decomposição, usar equipamentos de proteção individual durante o
10

manuseio de materiais potencialmente contaminados e manter uma boa higiene pessoal


podem ajudar a reduzir o risco de infecção.

Figura 4 - Exemplos de micose sistêmica. (Fonte: http://www.bibliomed.com/)

2.2.5. Micose Oportunista


As micoses oportunistas podem afetar várias partes do corpo, incluindo a pele, os
pulmões, o sistema nervoso central e o trato gastrointestinal. Alguns exemplos de fungos que
podem causar micoses oportunistas incluem o Candida, Aspergillus, Cryptococcus,
Histoplasma e Pneumocystis.
Os sintomas mais comuns incluem febre, tosse, dor de cabeça, fadiga, dor muscular,
lesões na pele e ulcerações. O diagnóstico das micoses oportunistas é feito por meio de
exames laboratoriais, como culturas de tecido e testes de DNA.
O tratamento das micoses oportunistas envolve o uso de antifúngicos, que são
medicamentos que combatem os fungos. A escolha do antifúngico e a duração do tratamento
dependem do tipo de fungo envolvido e da gravidade da infecção. Além disso, em pacientes
com sistema imunológico enfraquecido, é importante tratar a condição subjacente para
fortalecer o sistema imunológico e prevenir recidivas.
A prevenção das micoses oportunistas envolve medidas como manter uma boa higiene
pessoal, evitar contato com materiais orgânicos em decomposição, usar equipamentos de
proteção individual durante o manuseio de materiais potencialmente contaminados e seguir
11

cuidadosamente as orientações médicas para tratar outras condições que afetam o sistema
imunológico.

Figura 5 - Exemplos de micose oportunista.. (Fonte: http://www.bibliomed.com/)

3. CONCLUSÃO
Em conclusão, as infecções fúngicas representam um importante desafio para a saúde
pública, uma vez que afetam uma ampla variedade de órgãos e sistemas, incluindo a pele, as
unhas, os pulmões e o sistema nervoso central.
A prevenção e o tratamento adequado das micoses são fundamentais para minimizar
seus efeitos negativos na saúde humana. Essa prevenção envolve medidas simples de higiene
e proteção, como manter a pele seca e limpa, evitar o compartilhamento de objetos pessoais,
como toalhas e roupas, e utilizar calçados apropriados em ambientes úmidos, como vestiários
e piscinas.
Além disso, é importante que haja investimento em pesquisas e desenvolvimento de
novas terapias antifúngicas, assim como aprimoramento das estratégias de prevenção e
controle dessas infecções. A conscientização da população em geral e a capacitação dos
profissionais de saúde também são essenciais para garantir um diagnóstico e tratamento
precoces das infecções fúngicas. Com isso, podemos minimizar os efeitos negativos na saúde
humana e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essas infecções.
12

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NEGRI, M.; OLIVEIRA, M. Fungos: fundamentos e aplicações. Viçosa: Editora UFV,
2010.
QUEIROZ-TELLES, F. et al. Micologia médica básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2002.
SOUZA, L. K. H.; GANDRA, R. F.; OLIVEIRA, M. B. M. Micoses superficiais:
diagnóstico e tratamento. Revista Médica de Minas Gerais, v. 27, p. e-1881, 2017.
TELLES FILHO, F. Q.; ALMEIDA, M. T. G.; AZEVEDO, R. Micoses: principais causas
de morbimortalidade. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 45, n. 4, p.
255-268, 2009.

Você também pode gostar