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BACTÉRIAS FITOPATOGÊNICAS

Ana Paula Souza Costa


Fitopatologia, Prof. Anderson

Etiologia

O Primeiro relato de bactérias em plantas foi descoberto pelo botânico


alemão F.M. Draenert, que viu possibilidade da gomose da cana-de-açúcar ser de
etiologia bacteriana. E consequentemente vários autores comprovaram as bactérias
importantes patógenos de plantas (Rocha, G. G. 2013).

As bactérias são seres Procariontes e unicelulares e possui a 3,5 μm de


comprimento por 0,5 a 0,7 μm de diâmetro. As bactérias fitopatogênicas mais
comuns têm forma de bastonete, 1 a 3 µm comprimento x 0,3 a 0,8 µm de
diâmetro,embora possam apresentam nas formas de Cocos, bacilos e espirilos.

A estrutura pode ser ou não revestida por cápsula, em seguida a parede


celular, citoplasma, e não existe membrana nuclear. Como apêndices celulares
podem encontrar: os flagelos, principais responsáveis pela motilidade; as fímbrias,
responsáveis pela aderência da bactéria ao substrato; e finalmente o pilus com
função no processo de recombinação genética conhecido como conjugação.

As bactérias fitopatogênicas multiplicam-se principalmente pelo processo


assexuado de fissão binária ou cissiparidade. Já as bactérias miceliais reproduzem-
se por esporulação ou segmentação do micélio e formação de conídios ou
esporângios no ápice das hifas. fitopatogênicos.

Sintomatologia e Danos

As bactérias penetram nas plantas através de aberturas naturais como


estômatos, lenticelas, hidatódios, aberturas florais etc., e também através de
ferimentos.

Provoca alterações sobre o equilíbrio hormonal e de crescimento da planta.


Alterações manifestam-se como deformidade das flores, ciclos e florações
antecipadas, frutos instáveis ou pequenos demais e alterações dos espaços entre os
nós e acumulo desordenado dos ramos.

Sendo microrganismos que podem viver somente no interior de células vivas


interferem em duas maneiras:

 Desacelerando ou bloqueando o funcionamento normal da circulação da


seiva elaborada com as consequentes alterações no nível cromático e,
portanto amarelamento e vermelhão nas folhas, acúmulo de amido,
enrolamento, engrossamento, desdobramento sobre o pecíolo, contorção, e
formação de bolhas sobre as folhas.
 Necroses delimitadas nas nervuras nas frutas e sobre os ápices vegetativos:
necroses das raízes, esponjosidade e engrossamento da cortiça e por fim um
crescimento reduzido e nanismo. 

Se colonizarem o tecido vascular podem causar murcha, morte dos


ponteiros e cancro. Se colonizarem os espaços intercelulares irão produzir manchas,
crestamentos, galhas, fasciação e podridão mole.

Os principais sintomas causados por bactérias fitopatogênicas são: anasarca


ou encharcamento, mancha, podridão mole, murcha, hipertrofia, cancro, morte das
pontas, talo-ôco e canela preta.

Muitas vezes a presença de sinais é evidente, caracterizados por exsudado,


pús bacteriano ou fluxo bacteriano, tanto nas lesões como nas doenças vasculares,
principalmente em condições de alta umidade.

Medidas de Controle

Bactérias são importantes patógenos de plantas, não somente pela alta


incidência e severidade em culturas de valor econômico, mas também pela
facilidade com que se disseminam e pelas dificuldades encontradas para o controle
das enfermidades por elas incitadas.

O controle é realizado através da adoção de varias medidas, como o


emprego de sementes de boa qualidade e certificadas, controle dos insetos
responsáveis da disseminação, Incorporação de restos culturais infectados a uma
profundidade de 15-20 cm, rotação de cultura com plantas não hospedeiras da
bactéria por um período mínimo de um ano e eliminação de ervas daninhas e
plantas voluntárias são algumas medidas que também podem ser adotadas (Kimari,
H. 1997).

Referencias:

KIMARI, Hiroshi et al. MANUAL DA FITOPATOLOGIA. Disponível em: <


file:///C:/Users/Claudia/Downloads/Livro%20-%20Manual%20de%20Fitopatologia
%20-%20vol.2.pdf > . Acessado em: 17 de junho de 2016.

ROCHA, Geraldo Gomes. Fitopatologia. Disponível em: <


http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/14-39-41-apostilafitopatologia.pdf
>. Acessado em: 17 de junho de 2016.

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