O Primeiro relato de bactérias em plantas foi descoberto pelo botânico
alemão F.M. Draenert, que viu possibilidade da gomose da cana-de-açúcar ser de etiologia bacteriana. E consequentemente vários autores comprovaram as bactérias importantes patógenos de plantas (Rocha, G. G. 2013).
As bactérias são seres Procariontes e unicelulares e possui a 3,5 μm de
comprimento por 0,5 a 0,7 μm de diâmetro. As bactérias fitopatogênicas mais comuns têm forma de bastonete, 1 a 3 µm comprimento x 0,3 a 0,8 µm de diâmetro,embora possam apresentam nas formas de Cocos, bacilos e espirilos.
A estrutura pode ser ou não revestida por cápsula, em seguida a parede
celular, citoplasma, e não existe membrana nuclear. Como apêndices celulares podem encontrar: os flagelos, principais responsáveis pela motilidade; as fímbrias, responsáveis pela aderência da bactéria ao substrato; e finalmente o pilus com função no processo de recombinação genética conhecido como conjugação.
As bactérias fitopatogênicas multiplicam-se principalmente pelo processo
assexuado de fissão binária ou cissiparidade. Já as bactérias miceliais reproduzem- se por esporulação ou segmentação do micélio e formação de conídios ou esporângios no ápice das hifas. fitopatogênicos.
Sintomatologia e Danos
As bactérias penetram nas plantas através de aberturas naturais como
estômatos, lenticelas, hidatódios, aberturas florais etc., e também através de ferimentos.
Provoca alterações sobre o equilíbrio hormonal e de crescimento da planta.
Alterações manifestam-se como deformidade das flores, ciclos e florações antecipadas, frutos instáveis ou pequenos demais e alterações dos espaços entre os nós e acumulo desordenado dos ramos.
Sendo microrganismos que podem viver somente no interior de células vivas
interferem em duas maneiras:
Desacelerando ou bloqueando o funcionamento normal da circulação da
seiva elaborada com as consequentes alterações no nível cromático e, portanto amarelamento e vermelhão nas folhas, acúmulo de amido, enrolamento, engrossamento, desdobramento sobre o pecíolo, contorção, e formação de bolhas sobre as folhas. Necroses delimitadas nas nervuras nas frutas e sobre os ápices vegetativos: necroses das raízes, esponjosidade e engrossamento da cortiça e por fim um crescimento reduzido e nanismo.
Se colonizarem o tecido vascular podem causar murcha, morte dos
ponteiros e cancro. Se colonizarem os espaços intercelulares irão produzir manchas, crestamentos, galhas, fasciação e podridão mole.
Os principais sintomas causados por bactérias fitopatogênicas são: anasarca
ou encharcamento, mancha, podridão mole, murcha, hipertrofia, cancro, morte das pontas, talo-ôco e canela preta.
Muitas vezes a presença de sinais é evidente, caracterizados por exsudado,
pús bacteriano ou fluxo bacteriano, tanto nas lesões como nas doenças vasculares, principalmente em condições de alta umidade.
Medidas de Controle
Bactérias são importantes patógenos de plantas, não somente pela alta
incidência e severidade em culturas de valor econômico, mas também pela facilidade com que se disseminam e pelas dificuldades encontradas para o controle das enfermidades por elas incitadas.
O controle é realizado através da adoção de varias medidas, como o
emprego de sementes de boa qualidade e certificadas, controle dos insetos responsáveis da disseminação, Incorporação de restos culturais infectados a uma profundidade de 15-20 cm, rotação de cultura com plantas não hospedeiras da bactéria por um período mínimo de um ano e eliminação de ervas daninhas e plantas voluntárias são algumas medidas que também podem ser adotadas (Kimari, H. 1997).
Referencias:
KIMARI, Hiroshi et al. MANUAL DA FITOPATOLOGIA. Disponível em: <
file:///C:/Users/Claudia/Downloads/Livro%20-%20Manual%20de%20Fitopatologia %20-%20vol.2.pdf > . Acessado em: 17 de junho de 2016.