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coagulação?
6.1 INTRODUÇÃO E FISIOLOGIA DA
COAGULAÇÃO
A hemostasia é o processo resultante do equilíbrio entre proteínas pró-coagulantes,
anticoagulantes e fibrinolíticas, para manter o sangue fluido e, quando necessário,
coibir o sangramento. O equilíbrio é alcançado pelo bom funcionamento de vasos
sanguíneos –endotélio –, plaquetas, proteínas da coagulação, da fibrinólise e dos
anticoagulantes naturais. Muitos fatores, genéticos ou adquiridos, podem contribuir
para romper esse equilíbrio, levando a estados de hipocoagulabilidade ou
hipercoagulabilidade. Didaticamente, a hemostasia pode ser dividida em três etapas
– Figura 6.1 –.
#importante
A hemostasia primária é responsável por estancar o
sangramento por meio da formação do tampão
plaquetário.
Por fim, o tampão plaquetário tem atividade pró-coagulante, por meio da exposição
de fosfolípides pró-coagulantes e complexos enzimáticos na superfície da plaqueta,
o que resulta na inter-relação entre ativação plaquetária e ativação da cascata da
coagulação.
Todos os fatores de coagulação são produzidos pelo fígado, com exceção do fator
VIII e do fator de von Willebrand, que são secretados pelo endotélio.
#importante
A cascata da coagulação é dividida em duas vias
principais: a via intrínseca, desencadeada por fatores
de contato, de carga negativa, e a via extrínseca,
desencadeada pelo fator tecidual, que confluem
para uma via comum.
#importante
Os fatores de coagulação dependentes de vitamina
K são: II, VII, IX, X, proteínas C e S.
Figura 6.3 - Cascata da coagulação sanguínea
6.1.3 Fibrinólise
• Contagem de plaquetas;
• Tempo de sangramento;
• Tempo de trombina;
• Fibrinogênio;
• D-dímero.
Quadro 6.1 - Diferenças entre hemostasias primária e secundária
Para a análise da hemostasia secundária, deve ser lembrada a divisão didática em via
intrínseca/extrínseca, pois, assim é possível desenvolver raciocínio clínico com a
história do paciente e os exames laboratoriais.
#importante
O TP/Razão Normalizada Internacional (RNI) avalia a
via extrínseca, o TTPA, a via intrínseca, e a via
comum é avaliada por ambos.
6.1.6.1 Pseudoplaquetopenia
Fonte: Tleonardi.
É feita por meio do teste com o plasma do paciente misturado com plasma normal, à
proporção 1:1. Em caso de deficiência, o alargamento do tempo em estudo será
corrigido completamente, visto que foi ofertado o fator deficiente. Em caso de
presença de inibidor, após a mistura a 50%, o tempo não corrige ou o faz
parcialmente.
Além dos anteriores, pode-se utilizar o teste do tempo de lise de euglobulina, que
consiste em separar do plasma do paciente a fração de euglobulina – proteínas que
incluem fibrinogênio, plasminogênio, plasmina ativa, ativadores e inibidores do
plasminogênio; ativadores da fibrinólise –. Essa fração separada é ressuspensa junto
à trombina, e, a partir daí, conta-se o tempo para a formação do coágulo; tempo
encurtado equivale a hiperfibrinólise, e tempo alargado, a hipofibrinólise.