O documento resume os principais estágios da hemostasia: 1) vasoconstrição, 2) hemostasia primária mediada por plaquetas, 3) coagulação com formação de fibrina, 4) resolução. Também explica o que é trombose, definida como obstrução vascular por um trombo que se forma a partir de lesão endotelial, e lista os fatores da "Tríade de Virchow" associados ao risco de trombose.
O documento resume os principais estágios da hemostasia: 1) vasoconstrição, 2) hemostasia primária mediada por plaquetas, 3) coagulação com formação de fibrina, 4) resolução. Também explica o que é trombose, definida como obstrução vascular por um trombo que se forma a partir de lesão endotelial, e lista os fatores da "Tríade de Virchow" associados ao risco de trombose.
O documento resume os principais estágios da hemostasia: 1) vasoconstrição, 2) hemostasia primária mediada por plaquetas, 3) coagulação com formação de fibrina, 4) resolução. Também explica o que é trombose, definida como obstrução vascular por um trombo que se forma a partir de lesão endotelial, e lista os fatores da "Tríade de Virchow" associados ao risco de trombose.
Thaisa Bocatti (T15) e Gabriela Rizzi (T17) – Monitoria de farmacologia
Farmacoterapia na Trombose e no Infarto I
INTRODUÇÃO Um exemplo disso é na punção venosa que dá errado, nunca tentar de novo no mesmo Hemostasia Processo fisiológico que tem vaso ou ficar mexendo a agulha, pois, por objetivo manter o sangue fluido, livre de mesmo que mínima a lesão acontece coágulos e trombos nos vasos normais. Ao vasoconstrição reflexa e mais difícil fica a mesmo tempo ela funciona para garantia de coleta. que, em qualquer situação onde ocorra ruptura do vaso, haja interrupção da perda de 2º Estágio: hemostasia primária (fase sangue levando a formação de um tampão plaquetária) chamado de tampão hemostático nos locais Essa fase envolve basicamente as plaquetas. de lesão vascular, para interromper o Primeiro deve ter lesão endotelial que expõe extravasamento de sangue. a matriz colagenosa. Assim, o colágeno Tampão Hemostático: é formado em vasos serve de aderência para o fator de von lesados por uma massa organizada Willebrand (FvW), que irá reter plaquetas. O (camadas) de plaquetas (resquícios dos colágeno que está presente na matriz megacariócitos que liberam esses subendotelial, serve de superfície para a fragmentos citoplasmáticos na circulação) e ligação do FvW, como se ele fosse um fibrina (fator de coagulação, funciona como intermediário na interação com a plaqueta. A cola, é insolúvel no sangue e é o que dá plaqueta possui um receptor para fator de estabilidade), com aderência de leucócitos e von Willebrand que é chamado de hemácias em quantidades variáveis. glicoproteína 1b (GPIb), ela se liga ao fator de von Willebrand e a plaqueta fica aderida Esse tampão ele apresenta uma consistência ao vaso. firme, friável e fica aderido/ preso a parede vascular Ao mesmo tempo a plaqueta que foi ativada por conta da GP-Ib também expressa outra ESTAGIOS DA HEMOSTASIA glicoproteína (GPIIb-IIIa) e é ela a responsável por se fixar ao fibrinogênio, que 1º Estágio: Vasoconstrição é convertido em fibrina. Dessa forma, uma plaqueta se liga a outra, formando um Sempre que existe qualquer tipo de estimulo agregado de plaquetas. de dano no vaso, ocorre uma ativação do sistema nervoso simpático, resultando na Plaquetas ativadas na superfície do vaso ativação dos receptores que provocam começam a secretar alguns grânulos, ADP e vasoconstrição reflexa. Essa vasoconstrição TxA2. Eles são capazes de aumentar a acontece por liberação de norepinefrina que ativação plaquetária: atua em receptores alfa adrenérgicos tipo 1. Entretanto, essa vasoconstrição é rápida, ADP funciona como um ligante, pois imediata a lesão do vaso, pois a as plaquetas têm receptor para ADP norepinefrina se degradada rapidamente, o (P2Y e P2Y1) que são receptores de objetivo dela é tentar evitar uma possível proteína G. após a ligação diminuem perda de sague. os níveis de PKA, aumentando a ativação plaquetária Thaisa Bocatti (T15) e Gabriela Rizzi (T17) – Monitoria de farmacologia A plaqueta também tem um receptor de proteína G para TxA2, que passa por diversos segundos mensageiros, que resultam no aumento de GPIIb- IIIa, promovendo agregação plaquetária
3º Estágio: hemostasia secundária (fase de
coagulação) O fator tecidual que está exposto na matriz e pelo endotélio lesado ativa um componente da cascata de coagulação, que irá provocar reações sucessivas (cascata de coagulação), isso até que ocorra a conversão do fator II (protrombina) em IIa (trombina), para que A trombina IIa (trombina) é um fator esse transforme I (fibrinogênio) em Ia (fibrina multifatorial na coagulação, ela pode *insolúvel) desempenhar diversos papeis na coagulação. Ela ativa plaqueta, endotélio e CASCATA DE COAGULAÇÃO cascata de coagulação (*depois de ativada Via extrínseca é ativada pela exposição do consegue ativar fator VII, VIII e V) fator tecidual (proteína presente em tecidos *até no endotélio superficial do vaso), que Estágio 4: resolução ativa o fator VII da coagulação, que para isso está próximo a membrana, pois ele precisa de Quando o tampão pode ser eliminado após a cálcio e vitamina K para ser ativado. Ele então renovação do endotélio, assim o agregado irá converter os fatores IX e X. O fator X irá pode ser removido. O endotélio então passa ativar o fator V, que irá ativar o II, que ativa o a liberar t-PA (fibrinólise), que irá converter o fator I (fibrinogênio) que passa a ser fibrina plasminogênio em plasmina, que irá degradar A via intrínseca depende do fator XII na a fibrina. Também há a secreção de presença de calicreína (ativada pelo fator IX), prostaciclina (PGI2), que reduz a agregação que ativa o fator XI, que ativa o VIII, que ativa de plaquetas e liberação de grânulos a X V II I. Assim, a via intrínseca é plaquetários. As moléculas semelhantes à dependente da via extrínseca heparina e a trombomodulina impedem a Lembrar que diversos fatores da coagulação ativação da cascata de coagulação. (VII, VIII, IX e V) dependem de cálcio e de vitamina K (*fatores mais dependentes da REGULAÇÃO DA HEMOSTASIA: vitamina K: IX, VII, X e II). Já a via comum, se inicia a partir do fator X V O efeito anticoagulante da heparina se dá II I. pela ligação com a antitrombina III, que consegue interagir com os fatores de coagulação ativados e os inativam. As proteínas C e S também atuam como anticoagulantes, que complexam entre si, atuando sobre os fatores VIIa e Va. Também a o inibidor da via do fator tecidual, contudo, não há fármacos que atuem sobre essa substância Thaisa Bocatti (T15) e Gabriela Rizzi (T17) – Monitoria de farmacologia TROMBOSE
É um processo hemodinâmico, vascular,
onde o sangue está impedido de circular por conta de uma obstrução, que é produzida por um trombo.
O trombo se forma quando ocorre lesão
endotelial, diferentemente do tampão que ocorre quando lesa todas as camadas.
Portanto o primeiro evento para que o trombo
se forme é a lesão endotelial, ele afeta somente a túnica intima. Além disso, outra diferença é que o trombo é estável, e consegue se soltar, pois não fica aderido, tornando-se um embolo ou trombo-embolo
Pode acometer tanto veias quanto artéria,
sendo mais comum trombose venosa devido ao retorno venoso deficiente, além disso é mais comum acometer membros inferiores pulmões Essa dificuldade de perfusão inicialmente provoca dor e edema, que pode resultar em isquemia (infarto de coagulação) e necrose Em casos de trombose sobreposta, uma placa de ateroma pode ocorrer uma ativação, com capitação do LDL oxidado. Isso diminui a luz do vaso, e pode ocorrer turbulência do sangue nesse vaso, que pode ocorrer lesão, expondo a matriz e sofrendo trombo Infarto renal pode ocorrer por obstrução de veia ou artéria, contudo é mais comum em veias. Já nas artérias cerebrais por isquemia (com algum comprometimento) ou hemorrágico (rompe-se o vaso AVE) Fatores causais do trombo – “Tríade de Virchow” Estase sanguínea Lesão vascular Estado hipercoagulável
Vídeo hemostasia: https://youtu.be/e4cQw70owYA assistam e 2X