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Introdução..................................................................................................................................2
Coagulação.................................................................................................................................3
Mecanismos de Coagulação................................................................................................3
Grupos Sanguíneos e Transfusão...............................................................................................5
Sistema ABO..........................................................................................................................5
Factores Rhesus (Rh)..............................................................................................................6
Importância dos grupos sanguíneos nas transfusões..................................................................6
Técnica para Realizar Transfusões Sanguíneas.........................................................................7
Anemia.......................................................................................................................................8
Mal Formação das Hemácias na Anemia Falciforme................................................................9
Conclusão.................................................................................................................................10
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Introdução
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Coagulação
Mecanismos de Coagulação
1º Via intrínseca, ocorre no plasma, perante um vaso lesado: uma série de factores (presentes
no plasma), interagem numa sequência química “em cascata” em três fases:
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formar polímeros (cadeias longas de proteínas) que constituem a rede fibrosa do
coágulo.
2º Via extrínseca, ocorre nos tecidos, perante uma lesão dos mesmos. Caracteriza-se por uma
reacção que ocorre em cascata, e que começa com a activação da “tromboplastina tissular” e
chega por outra via para activar a protrombina (continuando como as outras fases da via
intrínseca).
2. Acção da Plasmina: A plasmina é uma enzima proteolítica que atua na quebra das
fibras de fibrina, o principal componente dos coágulos sanguíneos. Ela cliva as
moléculas de fibrina em fragmentos menores chamados dímeros de fibrina, que são
então dissolvidos em produtos solúveis.
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Uma vez reparado (epitelizado) o defeito do vaso lesado, em seguida ocorre a fibrinólise.
Para isso, existem no plasma “agentes fibrinolíticos” (que degradam a fibrina), que são
proteínas como o “plasminogénio” que quando activada forma a “plasmina” (enzima), que
provoca a divisão da rede de fibrina, em pequenos fragmentos solúveis no sangue e assim o
coágulo é dissolvido e os seus produtos arrastado pela corrente sanguínea.
O endotélio (epitélio de revestimento interno dos vasos) intacto (não lesado) é liso e não
permite o contacto das plaquetas com o subendotélio conjuntivo, pelo que não se formam
trombos e não se desencadeiam as reacções da coagulação.
Sistema ABO
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• Grupo “A”, com antígeno A na superfície eritrocitária. O indivíduo com este
antígeno pode desenvolver anticorpos B (anti-B).
• Grupo “B”, com antígeno B na superfície dos eritrócitos. O indivíduo com este
antígeno pode desenvolver anticorpos A (anti-A).
• Grupo “AB”, com ambos antígeno A e B na superfície dos eritrócitos. O indivíduo
com estes antígenos não desenvolve nenhum anticorpo, pois se isso acontecesse iria
destruir os seus próprios eritrócitos. Por isso, este indivíduo é chamado de receptor
universal (pode receber sangue de todos os grupos).
• Grupo “O”, com nenhum antígeno na superfície dos eritrócitos. O indivíduo com
este grupo pode desenvolver tanto anticorpos A como anticorpos B (anti A e anti B).
Por isso, este indivíduo é chamado de dador universal e só pode receber o sangue do
indivíduo do mesmo grupo.
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Técnica para Realizar Transfusões Sanguíneas
Existem várias técnicas para realizar transfusões sanguíneas, cada uma com seus próprios
procedimentos específicos. Abaixo estão algumas das principais técnicas de transfusão
sanguínea:
1. Transfusão de Sangue Total (TST):
Na transfusão de sangue total, todo o sangue, incluindo células vermelhas,
células brancas, plaquetas e plasma, é transfundido para o receptor.
Esta técnica é usada quando o paciente necessita de todos os componentes
sanguíneos.
2. Transfusão de Concentrado de Hemácias:
Nesta técnica, apenas as células vermelhas do sangue são transfundidas para o
paciente.
É frequentemente utilizada em pacientes com anemia grave ou perda aguda de
sangue.
3. Transfusão de Concentrado de Plaquetas:
Consiste na transfusão de plaquetas concentradas para pacientes com
trombocitopenia (baixo número de plaquetas) ou distúrbios de coagulação.
É comummente realizada em pacientes com sangramento activo ou antes de
procedimentos cirúrgicos.
4. Transfusão de Plasma Fresco Congelado (PFC):
O plasma fresco congelado contém todos os factores de coagulação do plasma.
É utilizado em pacientes com deficiências de coagulação, como na hemofilia
ou na coagulopatia de consumo.
5. Transfusão de Crioprecipitado:
O crioprecipitado é uma porção do plasma rico em factores de coagulação,
incluindo fibrinogénio, factor VIII e factor XIII.
É usado em pacientes com deficiência desses factores, como na doença de von
Willebrand ou na hemofilia A.
6. Transfusão Autóloga:
Envolve a colecta e armazenamento de sangue do próprio paciente para ser
transfundido posteriormente.
Reduz o risco de reacções transfusionais e transmissão de doenças, pois o
sangue é do próprio paciente.
7. Transfusão ABO e Rh Compatível:
É essencial garantir que o sangue do doador seja compatível com o tipo
sanguíneo do receptor para evitar reacções transfusionais adversas.
Testes de compatibilidade ABO e Rh são realizados antes de todas as
transfusões sanguíneas.
8. Transfusão Intra-uterina:
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Esta técnica é realizada em casos de anemia fetal grave, onde o sangue é
transfundido directamente no feto através do cordão umbilical.
Essas são algumas das principais técnicas de transfusão sanguínea usadas na prática médica
para tratar uma variedade de condições e situações clínicas. Cada técnica é seleccionada com
base nas necessidades específicas do paciente e nas circunstâncias clínicas.
Anemia
1. Anemia Ferropriva:
É o tipo mais comum de anemia e ocorre devido à deficiência de ferro no
organismo.
O ferro é necessário para a produção de hemoglobina, e sua falta pode resultar
em glóbulos vermelhos menores e mais pálidos.
As causas incluem dieta pobre em ferro, perda de sangue crónica (como em
casos de menstruação abundante ou úlceras gastrointestinais) e má absorção de
ferro.
4. Anemia Hemolítica:
Neste tipo de anemia, os glóbulos vermelhos são destruídos mais rapidamente
do que o normal, reduzindo sua vida útil.
Pode ser causada por várias condições, incluindo distúrbios genéticos (como
anemia falciforme), reacções imunológicas, infecções, toxinas e deficiências
enzimáticas.
5. Anemia Aplástica:
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É caracterizada pela diminuição da produção de todos os tipos de células
sanguíneas na medula óssea.
Pode ser causada por danos à medula óssea devido a toxinas, radiação,
infecções, drogas ou doenças auto-imunes.
Na anemia falciforme, as hemácias (glóbulos vermelhos) são afectadas por uma mutação
genética que resulta na produção de uma forma anormal de hemoglobina, chamada
hemoglobina S (HbS). Essa mutação genética causa uma alteração na estrutura das hemácias,
levando-as a adquirir uma forma de foice ou meia-lua quando desoxigenadas. Essa forma
anormal torna as hemácias rígidas e menos flexíveis do que o normal.
Essas hemácias falciformes têm uma vida útil mais curta do que as hemácias normais e são
mais propensas a ficarem presas nos vasos sanguíneos estreitos, causando obstruções no
fluxo sanguíneo. Isso pode levar a crises de dor intensa, chamadas de crises falciformes, e a
danos nos órgãos devido à falta de oxigenação adequada.
Além disso, as hemácias falciformes são mais frágeis e se quebram mais facilmente do que as
hemácias normais, resultando em anemia (baixa contagem de glóbulos vermelhos) crónica.
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Conclusão
No entanto, é importante reconhecer que a coagulação também pode ser um fator contribuinte
para uma série de condições patológicas, incluindo trombose arterial e venosa, embolia
pulmonar e hemorragia excessiva. Portanto, um entendimento aprofundado dos mecanismos
subjacentes à coagulação é crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas
eficazes e aprimoradas.
À medida que continuamos a avançar na pesquisa médica, novas descobertas estão sendo
feitas sobre a coagulação sanguínea e seus distúrbios associados. Espera-se que esses avanços
levem a melhorias significativas no tratamento e na prevenção de condições relacionadas à
coagulação, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes em todo o mundo.
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Bibliografia
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/fatos-r%C3%A1pidos-dist%C3%BArbios-do-sangue/
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Jacob SW. Anatomia e fisiologia humana. 5ª edição. Brasil: Guanabara Koogan; 1990.
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