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LABORATÓRIO DE
BIOQUÍMICA CLÍNICA
INTRODUÇÃO A LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA CLÍNICA
SUMÁRIO
1- BIOQUÍMICA DO SANGUE 3
2- TIPOS DE EXAMES 8
3- URINA 13
4- SANGUE 17
5- EXAMES DE FEZES 22
6- HEMOGRAMA 24
7- ANÁLISES CLÍNICAS 26
8- ENZIMAS 30
9- FUNÇÃO METABÓLICA 34
11- ENZIMOLOGIA 38
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO A LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA CLÍNICA
1- BIOQUÍMICA DO SANGUE
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OBS.: PGI2 e ácido nítrico são produzidos toda hora para que não haja coagulação
desnecessária.
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Soro vs. Plasma: O plasma é uma solução aquosa rica de substância inorgânicas e
orgânicas, que ajuda no transporte de nutrientes, anticorpos, hormônios, gases da
respiração e produtos de excreção, rico de fibrinogênio. O soro representa o plasma,
do qual foi retirado o fibrinogênio e, portanto, não tem a capacidade de promover
coagulação sangüínea.
Caso Clínico: Diabético tipo II tem muito fibrinogênio, podendo desenvolver trombos
com maior facilidade. Apesar disso, suas feridas não cicatrizam com maior rapidez,
como poderíamos pensar, pois a glicose em excesso circulando no sangue se liga
ao colágeno modificando-o e o colágeno é o fator de iniciação do processo de
coagulação, a partir de sua exposição.
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Cascata da Coagulação: A célula tem núcleo, por isso, pode produzir proteínas
combatendo os inibidores de suas enzimas, contrariamente, as plaquetas não têm
núcleo. Para formação do coágulo é necessário diversos fatores, e as plaquetas. Há
duas vias para coagulação, dependentes entre si, a via intrínseca e a extrínseca.
A via intrínseca: A carga negativa de colágeno é quem estimula tal via de formação
de fibrina.
Fator VIIa ativa o fator IX; Sem o cálcio, não há coagulação!!! O fator XIII ativa a
polimerização de fibrina, sem polimerização a fibrina é frágil.
IX, VII, X, II – fatores dependentes de cálcio. XIII – precisa de cálcio apenas para dar
estabilidade ao coágulo. II – protrombina. Cálcio – fator IV.
Como se pode perceber, a via extrínseca é mais simples que a via intrínseca.
Na via extrínseca, a tromboplastina atua sobre o fator VII, ativando-o. O fator VII
ativado age sobre o fator X, já na via final comum. Na via intrínseca, a calicreína
deflagra a ativação dos fatores XII, XI e IX, em cascata, ou seja, um ativa o seguinte
numa seqüência ordenada. O fator IX, em presença de Cálcio e fator VIII (anti-
hemofílico) ativam o fator X, iniciando a via final comum. Na via comum, a
protrombina é ativada pelo fator X ativado (tenha o processo se iniciado pela via
extrínseca ou pela intrínseca), formando-se Trombina. A trombina converte
Fibrinogênio em Fibrina, mas também ativa o fator XIII, responsável pela
polimerização da fibrina.
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OBS.: Diabéticos têm alto nível de PAI, coágulo por mais tempo, ISQUEMIA.
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2- TIPOS DE EXAMES
Existem vários tipos de exame de sangue e cada um deles serve para avaliar
diferentes parâmetros. Os exames de sangue são usados para avaliar o
funcionamento de órgãos e glândulas como pâncreas, fígado e rins, detectar
doenças como câncer, anemia e diabetes, avaliar os níveis de colesterol, glicose,
ácido úrico, entre muitas outras indicações.
Hemograma
Hemácias
Quando o nível de hemácias está alto, o sangue pode ficar mais "grosso" e
prejudicar o funcionamento das outras células sanguíneas. Por outro lado, se houver
uma redução do número de glóbulos vermelhos, pode ser um sinal de hemorragia ou
anemia.
Leucócitos
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Plaquetas
HIV
Contudo, o fato do resultado dar negativo não significa que a pessoa não tenha a
doença. Os resultados falso-negativos ocorrem sobretudo na fase inicial da doença
ou no período da janela imunológica do HIV.
Colesterol
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Quado os níveis de LDL e VLDL (mau colesterol) estão altos, pode haver formação
de placas de gordura dentro das artérias que podem obstruir o fluxo sanguíneo,
aumentando o risco de derrames e infarto.
Triglicerídeos
Glicemia
Quando a glicemia está acima dos valores de referência (hiperglicemia), pode ser
um sinal de diabetes. Já a hipoglicemia caracteriza-se pela pouca quantidade de
glicose na circulação e na maioria dos casos trata-se de um efeito colateral de
tratamentos com insulina ou hipoglicemiantes orais.
Ácido úrico
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O ácido úrico é um produto metabólico das purinas, uma substância presente nas
células e que fazem parte do material genético das mesmas.
Ureia
Contudo, o exame de ureia não é muito exato para avaliar a função renal, já que a
ureia pode se elevar conforme a alimentação e o nível de hidratação do indivíduo,
bem como em caso de infecções, doenças hepáticas, gravidez, entre outras
doenças e condições.
Uma vez que os níveis de ureia no sangue podem estar altos ou baixos em diversas
situações, é comum pedir esse exame juntamente com o exame de creatinina, que é
mais preciso para avaliar a função renal.
Creatinina
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Boa parte da creatinina é filtrada nos rins, por isso esse exame de sangue serve
para avaliar a capacidade de filtração dos rins. Se a função renal estiver reduzida,
os resultados irão apresentar níveis de creatinina elevados.
PSA
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3- URINA
Parece até um pouco nojento, mas é importante observar a cor do xixi. Uma vez
que a urina reúne substâncias que até pouco tempo atrás estavam trafegando pelo
corpo, ela revela informações pra lá de úteis sobre sua saúde. Conheça agora o que
sete diferentes tons podem dizer sobre o estado do organismo:
Ligeiramente amarelo
É a cor ideal: significa que você está bebendo uma boa quantidade de água, o que é
fundamental para diluir e descartar toxinas e o excesso de minerais. “Elementos
como sódio, potássio e ureia são todos eliminados pela urina”, explica o urologista
José Carlos Truzzi, do Fleury Medicina e Saúde.
Transparente
Talvez o consumo de H2O esteja mais elevado do que o seu organismo realmente
necessita – daí os rins retiram o excedente da circulação sanguínea. Se o quadro
persistir, vale procurar um médico. “É comum que no diabete descontrolado, por
exemplo, o indivíduo vá muito ao banheiro e libere um líquido incolor”, relata Truzzi.
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Amarelo-escuro ou castanho
Aqui é a situação contrária: a carência nos goles d’água faz o xixi ficar concentrado
de ureia e companhia. “Em longo prazo, isso aumenta o risco de desidratação e
cálculo renal”, avisa Maria Alice Barcelos, nefrologista do Hospital 9 de Julho, em
São Paulo. Para evitar complicações, basta caprichar na hidratação.
Laranja
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Vermelho
Você comeu beterraba? Componentes dessa raiz tingem o xixi e as fezes. Mas aí
não há nenhuma repercussão ruim no corpo. Em todo caso, é bom prestar atenção:
a troca de cor também acontece pela presença de sangue. “Aí é preciso investigar,
porque alguma estrutura do sistema urinário, como os rins ou a bexiga, pode estar
doente”, alerta Maria Alice.
Verde ou azul
Espumoso
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É natural que, ao cair no vaso sanitário, a urina crie um pouco de espuma. Mas, se
surgirem muitas bolhas, fique esperto: você provavelmente está eliminando proteína
pelo xixi. “Isso não é normal e pede consulta com um médico”, diz o nefrologista
Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo. Às vezes, o motivo é o
excesso de proteína na dieta.
E o exame de urina?
O teste é simples e dá vários detalhes em relação à saúde. Ele acusa a
concentração de várias substâncias e detecta elementos como sangue, glicose e
células de defesa, o que auxilia no diagnóstico de quadros como diabete e
infecções.
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4- SANGUE
Funções do Sangue
Uma das funções básicas do sangue é o transporte de substâncias, das quais
destacam-se:
Composição do Sangue
Composição do sangue
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O plasma, corresponde até 60% do volume do sangue, é a parte líquida onde ficam
suspensos os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. A quantidade de
cada componente pode variar conforme o sexo e idade da pessoa.
Algumas doenças, como a anemia, também podem causar modificações nos valores
normais dos componentes do sangue.
Glóbulos Vermelhos
Eles são produzidos pela medula óssea, ricos em hemoglobina, uma proteína cujo
pigmento vermelho dá a cor característica ao sangue. Ela tem a propriedade de
transportar o oxigênio, desempenhando papel fundamental na respiração.
Glóbulos Brancos
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Plaquetas
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Plasma
Ele é constituído por grande quantidade de água, mais de 90%, onde encontram-se
dissolvidos os nutrientes (glicose, lipídios, aminoácidos, proteínas, sais minerais e
vitaminas), o gás oxigênio e hormônios, e os resíduos produzidos pelas células,
como gás carbônico e outras substâncias que devem ser eliminadas do corpo.
Tipos Sanguíneos
Os tipos sanguíneos são sistemas de classificação do sangue. Eles foram
descobertos no início de século XX pelo médico Karl Landsteiner.
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Para a espécie humana, os tipos sanguíneos mais importantes são o Sistema ABO e
o Fator Rh.
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5- EXAMES DE FEZES
O exame de fezes pode ser solicitado pelo médico para avaliar as funções
digestivas, quantidade de gordura nas fezes ou ovos de parasitas, sendo útil para
saber como está a saúde do indivíduo. Veja o que a cor das fezes pode dizer sobre
a sua saúde clicando em: Como entender a cor das fezes.
O material para o exame pode ser guardado na geladeira dependendo do exame a
ser feito mas o laboratório poderá esclarecer esta dúvida. No caso do exame
parasitológico e na pesquisa de sangue oculto as fezes podem ser guardadas na
geladeira por até 24 horas.
Pode até dar nojinho, mas a coleta de xixi e cocô é essencial para confirmar o
diagnóstico de um monte de encrencas, já que fornece pistas relativamente fáceis
de serem vistas pelos experts. Conheça mais sobre os exames de urina e
fezes, que estão entre os mais antigos do mundo.
O urina 1, nome oficial do teste mais popular da categoria, flagra problemas nos rins
ou no trato urinário, além de outros males sistêmicos, como alguns tipos
de anemia e especialmente o diabetes.
Há ainda a urocultura, que investiga infecções, e a urina de 24 horas, que considera
todos os xixis feitos no dia e pode ser solicitada para confirmar a pré-eclâmpsia – ou
seja, a hipertensão típica das gestantes.
Já o exame parasitológico de fezes ajuda a entender melhor as dores de estômago,
por exemplo, ou confirmar a suspeita de que algum parasita, como a lombriga,
instalou-se no sistema digestivo. Existe também a pesquisa de sangue oculto nas
fezes, teste que detecta possíveis tumores e outros males intestinais.
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Resultados
Periodicidade
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6- HEMOGRAMA
– Anemias
– Policitemias
– Doenças hemolíticas
– Leucemias
– Processos alérgicos
Orientações de coleta
Interpretação
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7- ANÁLISES CLÍNICAS
hematologia;
bioquímica;
imunologia;
uroanálise;
microbiologia e
parasitologia.
Assim como o hemograma, a análise de urina pode ser muito importante para a
detecção de determinadas substâncias capazes de indicar a presença de alguma
patologia que não apresente sintomas. É no setor de uroanálises que essa
investigação irá começar.
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Hoje, com os avanços tecnológicos, essas análises são feitas com o auxílio de
aparelhos automatizados que garantem resultados mais precisos. O uso deles evita
erros comuns, como uso de unidades erradas, erros de digitação, etc.
Por isso, na hora de escolher um laboratório para realizar seus exames, fique atento
se este utiliza aparelhos tecnológicos modernos, além, claro, de contar com equipe
de profissionais qualificados.
A análise dos fluidos pode ser executada por diversos profissionais da saúde, tais
como biólogos, bioquímicos, biomédicos, farmacêuticos, médicos e veterinários.
Agora que você já sabe um pouco mais a respeito das análises clínicas, rotinas em
um laboratório e os profissionais envolvidos, que tal considerarmos a importância
dos exames laboratoriais?
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Com esses recursos, os médicos geralmente chegam a uma hipótese sobre uma
possível patologia que possa estar em desenvolvimento.
Neste contexto, os exames de análises clínicas são um dos recursos mais eficientes
que um profissional de saúde tem a sua disposição. Com eles, é possível avaliar
parâmetros e analisar de forma minuciosa a condição de saúde de determinado
paciente.
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8- ENZIMAS
Elas aceleram a velocidade das reações, o que contribui para o metabolismo. Sem
as enzimas, muitas reações seriam extremamente lentas.
Durante a reação, as enzimas não mudam sua composição e também não são
consumidas. Assim, elas podem participar várias vezes do mesmo tipo de reação,
em um intervalo de tempo pequeno.
Como funcionam?
Cada enzima é específica para um tipo de reação. Ou seja, elas atuam somente em
um determinado composto e efetuam sempre o mesmo tipo de reação.
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Exemplos e Tipos
As enzimas são formadas por uma parte protéica, chamada de apoenzima e outra
parte não protéica, chamada de co-fator.
Quando o co-fator é uma molécula orgânica, recebe a denominação de coenzima.
Muitas coenzimas são relacionadas com as vitaminas.
O conjunto da enzima + co-fator, é chamado de holoenzima.
Veja algumas das principais enzimas e suas ações:
Enzimas de Restrição
As enzimas de restrição ou endonucleases de restrição são produzidas por
bactérias.
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Ribozimas
Ribozimas são moléculas de RNA que atuam como enzimas. Muitas reações
químicas que ocorrem dentro das células são catalisadas pelo RNA.
Assim como as proteínas que atuam como enzimas, essas moléculas de RNA
aceleram a velocidade de certas reações químicas.
A atuação dessas ribozimas está ligada a várias etapas da síntese de proteínas nas
células.
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9- FUNÇÃO METABÓLICA
O que é Metabolismo:
Metabolismo acelerado
Há influência de diversos fatores no metabolismo, por exemplo, genética, idade,
sexo, altura, peso, prática de atividade física, entre outros.
O gasto de mais ou menos energia depende desses fatores. Por isso, algumas
pessoas são magras e, mesmo comendo de tudo, não engordam. Enquanto outras,
enfrentam grandes dificuldades para conseguirem emagrecer.
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Metabolismo basal
Consiste na quantidade de calorias consumidas em vinte quatro horas por um
indivíduo que se encontra em repouso absoluto e em jejum (de pelo menos 12
horas), sem haver dano nos órgãos internos do seu corpo.
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LIPÍDIOS
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Triglicerídeos: formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Constituem
a forma mais eficiente em armazenar energia. São divididos em ácido graxos
saturados e ácidos graxos insaturados. Por exemplo: óleos e gorduras
Esteroides: são consideradas moléculas sinalizadoras, precursoras de hormônios
como o estrogênio, progesterona e testosterona. O colesterol é um lipídio do grupo
dos esteroides que é naturalmente produzido pelos animais no fígado (colesterol
endógeno) e pode ser absorvido a partir dos alimentos (colesterol exógeno). O
excesso de colesterol pode estimular o aparecimento de doenças vasculares como a
aterosclerose.
PROTEÍNAS
11- ENZIMOLOGIA
pois elas facilitam com que aconteçam certas reações internas de nosso corpo,
dando uma melhor agilidade quando de certa forma as coisas costumam ocorrer
mais devagar. Se não fossem as enzimas, diversas reações do nosso metabolismo
aconteceriam de maneira exageradamente lenta, o que iria prejudicar e muito o
nosso sistema. Elas agilizam as reações químicas das células aumentando a
velocidade com que elas trabalham, assim, a sua atuação se torna mais eficaz,
fazendo com que haja um melhor desempenho.
Atividades enzimáticas
Como são catalisadores, as enzimas não são consumidas na reação e não alteram
o equilíbrio químico dela.
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Pelo fato de serem proteínas com estrutura terciária ou quaternária, as enzimas são
dotadas de dobramentos tridimensionais em suas cadeias polipeptídicas, o que lhes
confere uma forma característica e exclusiva. Assim, diferentes enzimas têm
diferentes formas e, portanto, diferentes papéis biológicos. Para que um enzima
atue, é necessário que os substratos "se encaixem" na enzima. Esse "encaixe",
porém, depende da forma, isto é, do "contorno" da enzima. Por isso, substratos que
se "encaixam" em uma determinada enzima não se "encaixam" em outras diferentes,
e a reação não ocorre; daí a especificidade das enzimas quanto aos substratos em
que atuam. Uma vez ocorrido o "encaixe", forma-se o complexo enzima-substrato,
dado isso, temos a famosa "Teoria Da Chave-Fechadura" O local da enzima onde o
substrato se "encaixa" é denominado sítio ativo (ou centro ativo). No caso de
substâncias que reagem entre si, sob a ação catalisadora das enzimas, a reação é
facilitada, tornando-se mais rápida, pois a proximidade entre as moléculas
"encaixadas" acelera o processo reativo; após a reação, a enzima desliga-se do
substrato e permanece intacta.
A região que contém estes resíduos catalíticos, que se liga-se ao substrato e que
desempenha a reação, é denominada de sítio activo. As enzimas também podem ter
sítios onde se ligam cofactores, que são necessários às reações catalíticas.
Algumas enzimas também podem ter sítios de ligações para pequenas moléculas,
que são produtos ou substratos, diretos ou indirectos, da reação catalisada. Estas
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Tal como todas as proteínas, as enzimas são formadas por longas cadeias lineares
de aminoácidos que sofrem um enovelamento que tem como resultado um produto
com estrutura tridimensional. Cada sequência única de aminoácidos produz também
uma estrutura tridimensional única que tem propriedade específicas. Cadeias
individuais de proteínas podem por vezes agrupar-se para formar um complexo
proteico. A maioria das enzimas pode sofrer desnaturação, isto é, a sua estrutura
pode sofrer desagregação e inativação pelo aumento de temperatura, o que provoca
alterações na conformação tridimensional da proteína. Dependendo da enzima, a
desnaturação pode ter efeitos reversíveis ou irreversíveis.
As cadeias laterais dos aminoácidos no sítio ativo das enzimas podem agir como
ácidos fracos ou bases com funções críticas para a manutenção de um estado
ionizado necessário para a atividade enzimática. A faixa de pH na qual a enzima
sofre alterações em sua atividade pode indicar inclusive o tipo de resíduo de
aminoácido envolvido na catálise.
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Especificidade
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As enzimas exibem uma elevada especificidade, e foi sugerido por Emil Fischer, em
1894, que esse facto era devido a que tanto as enzimas como os substratos
apresentam formas geométricas complementares, fazendo com que encaixem de
maneira precisa umas nos outros. Este processo é muitas vezes referido
como modelo chave-fechadura. No entanto, apesar deste modelo explicar a
especificidade das enzimas, falha em explicar a estabilização dos estados de
transição que as enzimas exibem.
Mecanismos
Dinâmica e funções
Cofactores
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Enzimas que requerem um cofactor mas que não se ligam a estes, são
denominadas apoenzimas. Uma apoenzima juntamente com o(s) seu(s) cofactor(es)
são denominadas holoenzimas. As enzimas complexas, ou holoenzimas, possuem
além da parte protéica (apoenzima), um cofator, podendo ser um íon ou uma
coenzima, que é uma molécula orgânica, vitamina ativada transformando-se em
coenzima. A maioria dos cofactores não se ligam por covalência a uma enzima, mas
estabelecem ligações fortes. No entanto, os grupos prostéticos orgânicos podem
ligar-se de maneira covalente. Um exemplo disso é a ligação da tiamina pirofosfato à
enzima piruvato desidrogenase.
Coenzimas
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Termodinâmica
Tal com acontece com todos os compostos catalisadores, as enzimas não alteram a
posição do equilíbrio químico da reacção. Normalmente, na presença de uma
enzima, a reacção desenvolve-se na mesma direção que se seria tomada se ela não
estivesse presente, mas de maneira mais rápida. no entanto, Na ausência da
enzima, as reações poderão dar origem a diferentes produtos, porque nessas
condições esses produtos são formados de maneira mais rápida.
Para além disso, as enzimas podem executar duas ou mais reacções, de tal maneira
que a actuação numa reacção termodinamicamente favorável possa facilitar a
actuação numa reacção menos favorável. Por exemplo, a energia disponibilizada
pela hidrólise do ATP é normalmente utilizada para executar outras reacções.
Cinética
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As enzimas podem catalisar até vários milhões de reacções por segundo. Por
exemplo, a reacção catalisada pela orotidina 5'-fosfato descarboxilase tem
uma semivida de 78 milhões de anos na ausência de enzima, diminuindo
para apenas 25 milissegundos na presença desta.[44] As velocidades de
reacção dependem das condições em que as enzimas se encontram e da
concentração de substrato. Condições de alta temperatura, pH extremos ou
altas concentrações salinas desestabilizam a estrutura da
proteína, desnaturando-a. Por outro lado, em geral, um aumento na
concentração de substrato tende a aumentar a actividade enzimática.
Inibição
Inibição competitiva
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Inibição não-competitiva
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Inibição mista
Usos de inactivadores
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Funções biológicas
exóticas são operadas por enzimas, como é o caso da luciferase que gera luz
nos pirilampos. Os vírus podem conter enzimas que auxiliam na infecção de
células (HIV-integrase e transcriptase reversa) ou na libertação celular de
vírus (neuraminidase no vírus influenza).
Uma importante função das enzimas tem lugar no sistema digestivo dos
animais. Enzimas como as amilases e proteases, quebram grandes
moléculas como o amido e proteínas, respectivamente, em moléculas de
menores dimensões, de maneira a que estas possam ser absorvidas
no intestino. O amido não é absorvível no intestino, mas as enzimas
hidrolizam as cadeias de amido em moléculas menores tais como
a maltose e a glucose, podendo desta maneira ser absorvidas. Diferentes
enzimas actuam sobre diferentes tipos de alimento. Nos ruminantes, que
possuem uma dieta herbívora, bactérias no sistema digestivo produzem uma
enzima denominada celulase que quebra as paredes celulares das células
vegetais.
Controle da atividade
1. A produção da
enzima (transcrição e tradução dos genes que codificam a enzima)
pode ser aumentada ou diminuída pela célula em resposta a
mudanças no ambiente celular. Esta forma de regulação genética é
designada como indução ou inibição da expressão enzimática. Por
exemplo, as bactérias podem desenvolver resistência a
antibióticos como a penicilina porque são induzidas enzimas (β-
lactamases) que hidrolisam o anel beta-lactâmico presente na
estrutura do antibiótico e essencial para a sua actividade biológica.
Outro exemplo é a importância das enzimas hepáticas citocromo P450
oxidases, envolvidas no metabolismo de desintoxicação
de xenobióticos.
2. As enzimas podem encontrar-se compartimentadas, com difentes vias
metabólicas (ou partes de vias metabólicas) ocorrendo em diferentes
compartimentos celulares. Por exemplo, os ácidos gordos são
sintetizados por um conjunto de enzimas no citoplasma, no retículo
endoplasmático e no complexo de Golgi e usados por um conjunto
diferente de enzimas como fonte de energia na mitocôndria, através
da β-oxidação.
3. As enzimas podem ser reguladas por inibidores e activadores. Por
exemplo, os produtos finais de uma dada via metabólica são
frequentemente inibidores das enzimas que catalisam os primeiros
passos da via (normalmente o primeiro passo factualmente
irreversível), regulando assim a quantidade de produto final produzido
pela via. Este tipo de regulação é denominado mecanismo
de feedback (ou autoalimentação) negativo porque a quantidade de
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Envolvimento em doenças
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Fenilalanina hidroxilase
Nomenclatura
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Classes de enzimas
Classe
Transferases Transferem grupos químicos entre moléculas.
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Classe
Isomerases Transformam uma molécula num isómero.
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Aplicações
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REFERÊNCIAS
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de julho de 2019>
https://medicoresponde.com.br/quais-sao-os-principais-tipos-de-exame-de-sangue-e-
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2019>
https://saude.abril.com.br/medicina/para-que-servem-os-exames-de-urina-e-
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http://educacao.globo.com/biologia/assunto/fisiologia-celular/glicidios-lipidios-
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