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Ilha do Governador
HEMATOPOIESE
Começando no primeiro mês da vida pré-natal, surgem as primeiras células sanguíneas fora do
embrião, no mesênquima do saco vitelino, como ilhotas sanguíneas.As células são, predominantemente,
eritroblastos primitivos, que são grandes e megaloblásticos, se formam intravascularmente e preservam
seus núcleos. Na sexta semana de gestação tem início a hematopoiese no fígado e esse se torna o
principal órgão hematopoiético nas etapas inicial e intermediária da vida fetal. Eritroblastos definitivos, que
se tornam hemácias não nucleadas, são formadas em nível extravascular no fígado, e a granulocitopoiese
e os megacariócitos estão presentes em menor grau. Na fase intermediária, o baço e em menor grau os
linfonodos, desempenham um papel menor na hematopoiese, mas o fígado continua a dominar essa
função. Na segunda metade da vida fetal a medula óssea torna-se cada vez mais importante, como local
de produção de células sanguíneas, e o papel do fígado diminui.
Logo depois do nascimento, cessa a hematopoiese no fígado, e a medula passa a ser o único
local de eritrócitos, granulócitos e plaquetas. As células tronco hematopoiéticas e as células progenitoras
comprometidas são mantidas na medula óssea. Os linfócitos (tipo B) continuam a ser produzidos na
medula, bem como nos órgãos linfóides secundários, enquanto os linfócitos T são produzidos no timo e
também nos órgãos linfóides secundários.
Ao nascer, o espaço medular total é ocupado pela medula hematopoiética ativa (vermelha). À
medida que o crescimento do corpo progride e aumenta o espaço medular durante a infância, apenas parte
desse espaço será necessária para a hematopoiese. O restante fica ocupado pela medula óssea amarela,
formada por adipócitos. Mais tarde, na infância, apenas os ossos chatos (crânio, vértebras, gradil torácico,
ombro e pelve) e as partes proximais dos ossos longos (fêmures e úmeros) serão locais de formação de
sangue.
CÉLULAS TRONCO
Fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) – estimula produção e ativação funcional dos
granulócitos
COMPOSIÇÃO DO SANGUE
Glucídios Glicose
Substâncias nitrogenadas Uréia, Ácido úrico, Creatinina
NOME CARACTERÍSTICAS
Eritrócitos (glóbulos vermelhos) Forma discoidal, bicôncavo, repleta de hemoglobina, transporta
oxigênio para os tecidos.
Neutrófilo Forma esférica, núcleo trilobulado; Fagocitam bactérias e corpos
estranhos.
Leucócitos
(glóbulos Linfócitos Forma esférica, núcleo também esférico; participam dos
brancos) (B e T) processos de defesa imunitária, produzindo e regulando a
produção de anticorpos.
HEMOGRAMA
ERITROGRAMA
VGM = Hto x 10
Hm
HGM = Hb x 10
Hm
V.R. = 27 a 32 pg
Hto
V.R = 32 A 36 %
Definição:
Reticulócitos são hemátias jovens lançadas recentemente na circulação, contendo inclusões em
seu interior, após a eliminação do núcleo. Possuem uma rede reticulada compostas de restos nucleares e
ribossomais, que se coram pelos corantes supra-vitais, como o azul de cresil brilhante a 2% em soro
fisiológico.
V.R. - 0,5 a 1,5%.
Observação ao microscópio
LEUCOGRAMA
Contagem de leucócitos
• Em hemocitômetros (câmaras), ao microscópio: aceitável, mas virtualmente
abandonada.
• Em contadores eletrônicos: satisfatória, apesar de significativo erro
sistemático.
Fórmula leucocitária
• Ao microscópio: método tradicional, inexato e irreprodutível, mas ainda
indispensável.
• Em contadores eletrônicos, por volumetria; incompleta, útil só para triagem.
• Em contadores eletrônicos, por citometria em fluxo com múltiplos sensores:
exata e reprodutível nas cifras, mas insegura na identificação de células
anormais ou muito jovens.
PLAQUETOGRAMA
Métodos:
1.000
3
V.R. – 200.000 A 350.000/mm
Método Direto:
Interpretação:
Plaquetócrito
• Por cálculo (P X VPM): provavelmente inútil.
CAUSAS DA EOSINOFILIA
CAUSA DE NEUTROPENIA
Seletiva:
Induzida por medicamentos: Antiflamatória: aminopirina ;fenilbutazona
Antibacteriana: cloranfenicol; cotrimoxazol
Anticonvulsivante: fenitoína; fenobarbitona
Anti-tireóideos: carbimazol
Fenotiazinas: clorpromazina, prometazina
Diversos: tolbutamida; fenidiona
Racial ou familiar
Cíclica
Infecções: Virais: particularmente parvovírus e hepatite
Bacteriana: tifo, tuberculose miliar
Protozoárias: malária; calazar
Auto-imunes:idiopáticas; síndrome de Felty; Lupo eritematoso sistêmico
Esplenomegalia
CAUSAS DE LINFOCITOSE
Infecções agudas:
Rubéola; coqueluche; caxumba; mononucleose infecciosa; linfocitose infecciosa aguda
Infecções crônicas:
Tuberculose; brucelose; hepatite infecciosa; sífilis
Tiriotoxicose
Leucemia linfocítica crônica
Outras leucemias linfóides e linfomas
Linfocitose crônicas da célula-T
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CAUSAS DE MONOCITOSE
Infecções:
Tuberculose; brucelose; endocardite bacteriana; malária; calazar; tripanosomíase; tifo
Doenças de Hodgkin e outros neoplasmas malignos
leucemias mielomonocíticas e monocíticas agudas, classificação FAB AML: M4 & M5
Síndrome mielodisplásica, Classificação FAB: Tipo V
(leucemia mielominocítica crônica)
Outras doenças inflamatórias:
Sarcoidose; colite ulcerativa; doença de Crhon; artrite reumatóide; Lupo eritematoso
sistêmico
GRANULÓCITOS AGRANULÓCITOS
Leucometria específica:
Basófilos – 0 a 1 %
Eosinófilos – 2 a 4 %
Mielócitos – 0 %
Metamielócitos – 0 a 1 %
Bastões – 1 a 5 %
Segmentados – 50 a 65 %
Linfócitos – 20 a 35 %
Monócitos – 2 a 8 %
7-Esfregaço normocítico
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“burr cells”
Tipos e distribuição
Tipo predominante
Número aumentado Leucocitose
Número diminuído Leucopenia
Formas normais
Formas imaturas Blastos
Formas atípicas Macronucléolo
Denteamento nuclear, granulações
MÉTODO DE COLORAÇÃO
Os corantes usados nas distensões de hematologia pertencem a duas classes gerais: corantes
básicos, como o azul de metileno e corantes ácidos, como a eosina. Os núcleos e outras estruturas no
sangue se coram pelos corantes básicos e, portanto, são chamados basófilos. Estruturas que se coram
apenas pelos corantes ácidos são denominadas acidófilas. Outras estruturas, que se coram por uma
combinação das duas classes de corantes, são chamadas neutrófilas. Os corantes polícromos contendo
eosina e azul de metileno são um desenvolvimento do método original de Romanowsky, que tomava muito
tempo para sua aplicação; hoje em dia são amplamente utilizados.
O corante de Wright é uma solução, preparada em álcool metílico, de eosina e uma mistura
complexa de tiazinas, inclusive o azul de metileno, azure B e outros derivados.
Técnica:
Coloca-se na lâmina uma gota de sangue (sem anticoagulante) e com outra lâmina em cima da
gota, faça um ângulo de aproximadamente 450 e corra rapidamente sem deixar formar “escadinhas”. Uma
boa lâmina deve possuir cabeça, corpo, cauda e bordas (local da leitura).
Problemas da coloração:
Câmara de Neubauer
a) Descrição e identificação
É uma lâmina de vidro, regular que possui dois sulcos transversais delimitando 3 plataformas. A
plataforma central é retirada e é 0,1 mm de profundidade mais baixas que as duas laterais.
Cada área reticulada mede 9 mm2 (3 mm x 3 mm) , dividida em quadrados grandes que
medem 1 mm em cada lado, com 1 mm2 de área.
Os 4 quadrados das extremidades se dividem em 16 quadradinhos.
O quadrado central se divide em 25 quadradinhos.
Junto com a câmara utilizamos uma lamínula de vidro que se adapta perfeitamente sobre
as duas plataformas laterais, deixando um espaço de 0,1 mm entre elas e a plataforma central.
Sabendo-se a área de cada retículo de contagem ( a câmara de Neubauer possui dois),
que é de 9 mm2, e a sua altura que é de 0,1 mm, podemos calcular o seu volume ( 0,9 mm3).
Cada um dos nove quadrados que fazem parte do retículo apresenta um área de 1 mm2 .
Sendo assim o seu volume será de 0,1 mm3.
Exemplo:
Contagem do primeiro quadrado ⇒ 110
Contagem do segundo quadrado ⇒ 101
Contagem do terceiro quadrado ⇒ 105
Contagem do quarto quadrado ⇒ 102
Contagem do quinto quadrado ⇒ 107
Total 525
Diluição ⇒ 1:20
Líquido de Turk ⇒ (Ácido acético glacial / solução aquosa de violeta de genciana a 1% ou
solução de ácido acético a 2%.
Contagem ⇒ Área reticulada dos 4 cantos da lâmina destina aos glóbulos brancos L1, L2, L3,
L4.
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Cálculos ⇒ Contados os 4 retículos temos 0,4 mm3 de sangue diluído
Exemplos:
Contagem de L1 ⇒ 38 leucócitos
Contagem de L2 ⇒ 40 leucócitos
Contagem de L3 ⇒ 39 leucócitos
Contagem de L4 ⇒ 41 leucócitos
Glóbulos Vermelhos
Leucócitos
A excitação nervosa, frio, calor e exercícios, como também a alimentação. Nas crianças
ocorrem variações dos leucócitos muito grandes, com predominância do sistema linfóide sobre o mielóide.
⇒ O aumento específico de cada tipo de célula é designado pelo sufixo filia ou ose: eosinofilia, basofilia,
linfocitose, monocitose.
Reação Leucemóide:
Pode ocasionar confusão com leucemias. A diferenciação é feita pela análise em lâmina da presença de
formas imaturas e/ou hiato leucêmico.
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LEUCEMIAS
LMA é a forma mais comum de leucemia aguda durante os primeiros meses de vida. Durante a
infância e a adolescência é relativamente rara. Entretanto, durante a meia-idade e a velhice é a forma mais
freqüentemente observada de leucemia aguda.
A instalação da LMA freqüentemente lembra uma infecção aguda ou mesmo uma condição
séptica. Alterações incluem sinais de insuficiência granulocítica, com ulcerações de membranas mucosas
(especialmente na boca e na garganta) e febre. Aumento do tamanho dos linfonodos, baço e fígado
normalmente não é pronunciado. Prostração acentuada e mal-estar geral podem estar presentes. Nos
casos não tratados, o curso é rapidamente progressivo.
Eritroleucemia ( M 6)
O diagnóstico de eritroleucemia é feito quando mais de 50% das células nucleadas da medula
óssea são eritroblastos e 30% ou mais das células não eritróides são mieloblastos. Verifica-se
freqüentemente anormalidades morfológicas acentuadas nos eritroblastos, com achados megaloblásticos
atípicos, formatos nucleares bizarros e formas gigantes multinucleadas. O citoplasma pode conter
pseudópodos ou vacúolos, particularmente nos proeritroblastos e eritroblastos basofílicos. Em alguns
casos de M6 as células eritróides podem mostrar forte positividade ao PAS (Ácido Periódico de Schiff).
LMC ocorre em adultos jovens e de meia-idade. Entretanto, a maior incidência é verificada após
os 50 anos de idade. A instalação é progressiva e a doença pode ser descoberta acidentalmente em um
exame de sangue de rotina. O paciente pode ter sintomas de anemia e perda de peso ou simplesmente
pode queixar-se de mal-estar. O baço aumenta progressivamente e o paciente começa a perder peso, ter
febre e sudorese noturna associadas ao metabolismo aumentado como resultado do aumento do turnover
de granulócitos. O desconforto associado à esplenomegalia pode levar o paciente ao médico. Infartos no
baço podem produzir dor no quadrante superior esquerdo. Linfadenopatia, apesar de freqüente, raramente
é proeminente.
ACHADOS LABORATORIAIS:
Essa doença ocorre em todas as faixas etárias, com um pico de ocorrência em crianças entre 2 e
10 anos de idade. Um segundo pico na freqüência da LLA ocorre na meia-idade e em idosos. Os indivíduos
com essa doença freqüentemente se apresentam com sintomas de fadiga, febre e sangramento.
Linfadenopatia generalizada, esplenomegalia e hepatomegalia são achados comuns. Devido as células
leucêmicas infiltrarem muitos tecidos do organismo, podem ocorrer outros sintomas. Desta forma, dor na
perna pode estar associada a infiltrados periosteais e cefaléias, náuseas e vômitos a infiltrados nas
meninges. A contagem de leucócitos normalmente é muito alta, em torno de 100.000/mm3.
A classificação FAB das leucemias linfoblásticas é, principalmente, de acordo com o seu aspecto
morfológico:
CITOLOGIA L1 L2 L3
Tamanho Pequeno Grande Grande/homogêneo
Cromatina Homogênea Variável Finamente pontilhado
Forma Regular Irregular Oval a redonda
Nucléolos Raros Presentes 1-3
Citoplasma Escasso Moderado Moderado
Basofilia Moderada Variável Intensa
Existem dois subtipos. O primeiro, tipo celular misto de LLC, é composto tanto de linfócitos
grandes como pequenos no sangue. Os linfócitos maiores têm citoplasma basofílico mais abundante, com
uma razão núcleo/citoplasma menor. A cromatina nuclear é agrupada, e os nucléolos estão variavelmente
presentes. Menos de 10% das células são pró-linfócitos. A segunda, LLC/ leucemia pró-linfocítica é
composta por uma população dimórfica de pró-linfócitos (> 10% e menor que 55%) e linfócitos pequenos
no sangue.
CITOQUÍMICA
PEROXIDASE (MIELOPEROXIDASE)
A reação de peroxidase é baseada no princípio de que na presença de peróxido de hidrogênio, a
mieloperoxidase em grânulos de leucócitos oxida diidrocloride-benzina de uma forma sem cor para um
derivativo azul ou marrom que fica localizado no local da enzima. A atividade da mieloperoxidase está
presente em todos os estágios do desenvolvimento dos neutrófilos e está localizada nos grânulos
azurofílicos.
ESTERASES
A reação de PAS é baseada no princípio de que o ácido periódico (HIO4) é um agente oxidante
que converte hidroxigrupos de átomos de carbono adjacentes em aldeídos. Os eritroblastos normalmente
são PAS-negativos. Na eritroleucemia e na talassemia alguns precursores eritróides são PAS-positivos.
FOSFATASE ÁCIDA
FOSFATASE ALCALINA
DOENÇAS ERITROCITÁRIAS
Anemias
A perda sanguínea pode ocorrer para o espaço externo, para dentro do trato gastrointestinal ou
para um espaço tecidual ou cavidade corporal. Se houver perda sanguínea em um período curto de tempo,
mas em quantidade suficiente para causar anemia, haverá o desenvolvimento de anemia pós-hemorrágica
aguda.
A alteração hematológica de aparecimento mais precoce é uma queda transitória na contagem
de plaquetas, que pode voltar a subir para níveis mais elevados do que o normal no intervalo de uma hora.
A alteração seguinte é uma leucocitose neutrofílica moderada, com desvio à esquerda. A hemoglobina e o
hematócrito não caem rapidamente, mas decrescem lentamente enquanto os fluidos teciduais passam para
a circulação para compensar a perda de volume sanguíneo.
A anemia que se desenvolve no início é normocrômica e normocítica, com VCM e HCM normais
e anisocitose e poiquilocitose mínimas. A secreção aumentada de eritropoietina – EPO - estimula a
proliferação eritróide na medula, e os reticulócitos começam a alcançar a circulação em três a cinco dias,
atingindo um máximo em aproximadamente em dez dias.
Metabolismo do ferro
Anemia ferropriva
Quando a perda de ferro excede a ingesta por um longo tempo, suficiente para depletar os
estoques corporais, a quantidade de ferro disponível é insuficiente para a produção normal de
hemoglobina. Quando adiantada, a deficiência de ferro é caracterizada por uma anemia hipocrômica e
microcítica.
Na anemia ferropriva em estágio inicial, o esfregaço freqüentemente mostra eritrócitos
normocíticos e normocrômicos. Em estágios mais tardios, o quadro é de microcitose, anisocitose,
poiquilocitose e graus variados de hipocromia. Os reticulócitos estão usualmente diminuídos em números
absolutos exceto após terapia com ferro. A medula apresenta hiperplasia normoblástica precocemente,
mas em estágios mais tardios, o fator limitante de uma deficiência severa de ferro restringe a eritropoiese a
um nível basal.
Ferro Sérico – O intervalo de referência é de 50-160 µg/dL em adultos. O nível é mais baixo na deficiência
de ferro, mas também em infecções e nas anemias por doenças crônicas.
Capacidade Total de Ligação de Ferro – A referência para adultos é de 250-400 µg/dL . Na anemia
ferropriva a TIBC está aumentada. Ela é normal ou diminuída na anemia da doença crônica.
Saturação Percentual da TIBC – A proporção de ferro sérico para a TIBC é a saturação percentual da
TIBC. Normalmente está é de 20 a 55%. Valores abaixo de 15% indicam eritropoiese deficiente em ferro.
Ferritina Sérica – Em adultos, os valores de referência são de 12 a 300 µg/L . Valores menores que 12
µg/L indicam baixos níveis de ferro armazenado.
Anemia Megaloblástica
Hemólise
As anemias que são devidas primariamente a um aumento na destruição das hemácias são as chamadas
anemias hemolíticas. Um tempo de sobrevida diminuído das hemácias, portanto, prova que a hemólise
está presente. As anemias hemolíticas podem ser devido a alterações da hemácia em si, ou então ser uma
anemia hemolítica intrínseca; estes tipos usualmente são hereditários e são comumente agrupados como
alterações de membrana, metabólicas ou de hemoglobinas. Alternativamente, a hemólise pode ser devida
a algum fator fora da hemácia e agindo sobre a mesma, uma anemia hemolítica extrínseca. Estes tipos são
quase sempre adquiridos. Os termos hemólise intravascular e extravascular se referem ao local de
destruição da hemácia: dentro ou fora do sangue circulante.
Desordens de membrana
Esferocitose hereditária
Eliptocitose hereditária
A eliptocitose hereditária é uma condição autossômica dominante que provavelmente inclui mais
de uma variante genética. Todos os caso de eliptocitose hereditária estão associados a um
enfraquecimento do esqueleto da membrana e uma associação defeituosa das proteínas que mantém o
esqueleto. Outras anormalidades incluem uma alteração na espectrina provocando uma ligação
prejudicada de dímeros de espectrina em tetrâmeros e oligômeros de espectrina.
A maioria das pessoas com a forma comum de eliptocitose hereditária (aproximadamente 90%
dos casos) não são anêmicas; uma minoria apresenta hemólise discreta.
A HPN é uma desordem adquirida da stem cell cacterizada pela produção de eritrócitos,
granulócitos e plaquetas anormais. A alteração da hemácia torna-a mais suscetível à lise intravascular
mediada por complemento. Enzimas associadas à membrana tais como a acetilcolinesterase e fosfatase
alcalina leucocitária também podem estar deficientes.
Clinicamente, a HPN usualmente ocorre em adultos jovens e é caracterizada por hemólise
intravascular crônica com ou sem hemoglobinúria óbvia. A hemossiderinúria está, no entanto, quase
constantemente presente. O sangue usualmente mostra uma anemia normocítica com reticulocitose que é
freqüentemente menor do que o esperado para o grau de anemia. Anemia hipocrômica e microcítica não é
incomum e é devida a perda de ferro pela urina.
BIBLIOGRAFIA
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HENRY, John Bernard. Diagnósticos clínicos e conduta terapêutica por exames laboratoriais.
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HOFFBRAND, A. Victor - PETTIT, John E. - Hematologia Clínica Ilustrada - Manole Ltda - 1988.
Manual Sistema Vacutainer – Pequeno guia para coleta de sangue.Becton-Dickinson
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