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Fisiologia
(Prova
Parcial)
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09/11/2022
Células Sanguíneas: Função
O sangue é constituído de plasma e células.
O plasma é a matriz fluida do sangue, dentro do qual os elementos celulares estão
suspensos. A água é o principal componente do plasma, correspondendo a aproximadamente
92%do seu peso. As proteínas respondem por outros 7%. Os 1% remanescentes são moléculas
orgânicas dissolvidas (aminoácidos, glicose, lipídeos e resíduos nitrogenados), íons (Na, K, Cl,
H, Ca2+ e HCO3), elementos-traço e vitaminas, além de oxigênio dissolvido e dióxido de
carbono.
Hemostasia
Hemostasia é o processo de manter o sangue dentro de um vaso sanguíneo
danificado (oposto de hemostasia é hemorragia).
A hemostasia possui três passos principais: 1) vasoconstrição, 2) bloqueio
temporário por tampão plaquetário e 3) coagulação, a formação de um coágulo que sela o
orifício até que o tecido seja reparado.
O primeiro passo na hemostasia é a constrição imediata dos vasos danificados, a
fim de reduzir o fluxo sanguíneo e a pressão no vaso temporariamente. Se você aplicar
pressão sobre um ferimento que está sangrando, você
também diminuirá o fluxo dentro do vaso danificado. A
vasoconstrição normalmente é causada por
moléculas parácrinas liberadas do endotélio.
A vasoconstrição é rapidamente seguida pelo
segundo passo, o bloqueio mecânico do orifício por
um tampão plaquetário solto. A formação do tampão
inicia com a adesão plaquetária, quando as
plaquetas aderem ou são expostas ao colágeno na
área danificada. As plaquetas aderidas tornam -se
ativas, liberando citocinas na área ao redor da lesão.
Esses fatores plaquetários reforçam a
vasoconstrição local e ativam mais plaquetas, que se agregam ou se ligam umas às
outras para formar um tampão plaquetário solto. As plaquetas ativando mais plaquetas são
um exemplo de alça de retroalimentação positiva.
Simultaneamente, o colágeno exposto e o fator tecidual (uma mistura de proteínas e
fosfolipídeos) inicia o terceiro passo, a formação de uma rede de proteína fibrina, que
estabiliza o tampão plaquetário para formar um coágulo. A fibrina é o produto final de uma
série de reações enzimáticas, denominada cascata da coagulação. Alguns fatores químicos
envolvidos na cascata da coagulação também promovem a adesão e a agregação plaquetária
na região danificada. Por fim, quando o vaso danificado é reparado, o coágulo retrai quando a
fibrina é lentamente dissolvida pela enzima plasmina.
O corpo deve manter o equilíbrio adequado durante a hemostasia. Pouca hemostasia
permite sangramento excessivo e muita hemostasia cria trombos, coágulos sanguíneos
que aderem a paredes de vasos não danificados. Um trombo grande pode bloquear o lúmen
do vaso e interromper o fluxo sanguíneo.
Embora a hemostasia pareça fácil de se entender, algumas questões permanecem
sem resposta nos níveis molecular e celular. A coagulação sanguínea inapropriada tem um
importante papel em acidentes vasculares encefálicos e cardíacos. Mutações herdadas que
afetam a função das plaquetas podem levar a coágulos inapropriados ou sangramento
excessivo, devido a falhas na hemostasia.
Ventilação Pulmonar
As 4 funções primárias do sistema respiratório são: 1) Troca de gases entre a
atmosfera e o sangue, 2) Regulação homeostática do pH do corpo, 3) Proteção contra
patógenos inalados e 4) Vocalização.
Existem dois tipos de respiração: 1) Celular: produção de ATP (mitocondrial) e 2)
Externa: movimento de gases (meio externo para células do corpo).
A respiração pode ser dividida em 4 componentes principais:
(1) ventilação pulmonar, que significa o influxo e o efluxo de ar entre a atmosfera e os
alvéolos pulmonares;
(2) difusão de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue;
(3) transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e
nos líquidos corporais e suas trocas com as células de todos
os tecidos do corpo;
(4) regulação da ventilação e outros aspectos da respiração.
VENTILAÇÃO PULMONAR
A troca de ar entre a atmosfera e os pulmões é
conhecida como ventilação ou respiração. Inspiração
(inalação) é o movimento do ar para dentro dos pulmões.
Expiração (exalação) e o movimento de ar para fora dos
pulmões. Os mecanismos pelos quais a ventilação ocorre são
chamados coletivamente de mecânica da respiração.
Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por
duas maneiras:
(1) Por movimentos de subida e descida do diafragma para
aumentar ou diminuir a cavidade torácica;
(2) por elevação e depressão das costelas para elevar e
reduzir o diâmetro ântero-posterior da cavidade torácica.
Na inspiração, como a área aumenta, a pressão dentro dos pulmões diminui para que
o ar possa entrar, pois ele trabalha por difusão e vai do lugar com maior pressão para o de
menor pressão. Já na expiração, a área dos pulmões diminuem e, consequentemente, a
pressão aumenta fazendo com que o ar contido lá dentro saia pelo mesmo mecanismo de
difusão. Assim, pode-se concluir que a diferença de pressão é um fator importante para as
trocas gasosas.
A respiração ocorre automaticamente por toda a vida de uma pessoa, mas também
pode ser controlada voluntariamente até certo ponto. A presença de interações sinápticas
complicadas entre neurônios cria os ciclos rítmicos de inspiração e expiração. Esses
neurônios são influenciados continuamente por estímulos sensoriais, principalmente a
partir de quimiorreceptores que detectam CO2, O2e H+.
A rede neural do tronco encefálico que controla a respiração se comporta como um
gerador de padrão central com atividade rítmica intrínseca, que provavelmente é decorrente
de neurônios marca-passo com potenciais de membrana instáveis e entradas sensoriais
derivadas alterações do CO2 e de outros quimiorreceptores.
Os neurônios respiratórios do bulbo controlam músculos
inspiratórios e expiratórios. Os neurônios respiratórios estão
concentrados em duas áreas do bulbo. Uma área chamada
de núcleo do trato solitário (NTS) contém o grupo respiratório
dorsal (GRD) de neurônios que controlam principalmente os
músculos da inspiração. Os sinais provenientes do GRD vão
via nervos frênicos para o diafragma e via nervos
intercostais para os músculos intercostais.
Classificação Hormônios
Os hormônios são divididos em três principais classes químicas: hormônio
peptídico/proteico, hormônios esteróides e hormônios derivados de
aminoácidos/amínicos.
Os hormônios peptídicos/proteicos são compostos de aminoácidos unidos. Os
hormônios esteróides são todos derivados do colesterol. Os hormônios derivados de
aminoácidos, também chamados de hormônios amínicos, são modificações em um único
aminoácido, triptofano ou tirosina.
Paratireóide
EQUILÍBRIO DO CÁLCIO (Ca2+)
Três hormônios controlam o equilíbrio de cálcio.
Três hormônios regulam o movimento de Ca2+ entre osso, rim e intestino: hormônio da
paratireóide, calcitriol (vitamina D3) e calcitonina.
● Hormônio da paratireóide
Quatro pequenas glândulas paratireoides repousam sobre a superfície dorsal da
glândula tireóide. Elas secretam o hormônio da paratireóide (PTH) (também chamado de
paratormônio), um peptídeo que possui função principal de aumentar as concentrações
plasmáticas de Ca2+. Um estímulo para a liberação do PTH é a diminuição das
concentrações plasmáticas de Ca2+, monitorada por um receptor sensível ao Ca2+ (CaSR, do
inglês, Ca2+-sensingreceptor), localizado na membrana celular. O PTH atua no osso, no rim e
no intestino para aumentar as concentrações
plasmáticas de Ca2+.
Hormônio da paratireóide aumenta o Ca2+
plasmático de três formas:
1) O PTH mobiliza cálcio dos ossos.
Os osteoclastos sejam responsáveis por
dissolver a matriz calcificada e serem um alvo lógico
para o PTH
CALCITONINA
O terceiro hormônio envolvido no metabolismo de cálcio é a calcitonina, um peptídeo
produzido pelas células C da tireóide. As suas ações são opostas às do hormônio da
paratireóide. A calcitonina é liberada quando as concentrações plasmáticas de Ca2+
aumentam.